CAPÍTULO 8 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON II

DINÂMICA DO MOVIMENTO CIRCULAR 3. Estrada com Lombada e Depressão

Nos movimentos circulares uniformes a força resultante

é centrípeta, pois esta deve produzir a aceleração centrípeta
necessária para alterar a direção da velocidade. recordando
a 2a lei de Newton, temos:
FR = FC ↔ FR = maC

Esta força é uma resultante de forças, isto é, não existe

uma força efe vamente centrípeta e sim uma resultante de lombada depressão
forças radialmente centrípeta. Os vetores força resultante FR
P − N = FCA N − P = FCB
e aceleração centrípeta aC possuem módulos constantes e
orientam-se perpendiculares à velocidade do móvel, ambos
v2 v2
com sen do voltado para o centro da curva. P −N = m A N−P =m B
RA RB
Aplicações Usuais
1. Corpo girado por um o em plano horizontal liso 4. Avião Efetuando uma Curva
A força de sustentação aerodinâmica (F), normal às
asas, e o peso (P) do avião geram, por composição, a sua
resultante centrípeta horizontal.

A resultante centrípeta (horizontal) corresponde à força

de tração do o sobre o corpo:

v 2
 
FR = Fc ⇒ T = mac = m
R
F
2. Carro Executando uma Curva è = R ⇒ FR = Ptgèθ
tgθ
P
Considere um carro de massa m descrevendo uma curva v2 v2
horizontal de raio R, com velocidade escalar constante v. m = mgtgèθ ⇒ R =
R gtgθè

5. Movimento Circular Ver cal

O movimento, embora circular, não é uniforme, pois o
corpo é acelerado na descida e desacelerado na subida.

A resultante centrípeta (horizontal) corresponde à força

de atrito está co, que impede o seu escorregamento lateral.

v2
FR = Fat ⇒ Fat = mac = m
R

Maior velocidade que o carro poderia executar tal curva,

sem risco de derrapagem lateral:

v2 Na direção tangente à trajetória circular temos:

Fat = m max
R → → →
FR = ma1 → Pa = ma1
→

2
vmax
μì mg = m ⇒ vmax = μ
ì Rg mgsenθ = ma1 → a1 = gsenθ
R

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CAPÍTULO 8 - APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON II FÍSICA 1

Na direção radial temos: A componente tangencial do peso, Px, é a força

→ → → → → restauradora do movimento oscilatório do pêndulo e sua
FR = mac → T - Py = mac
intensidade é dada por:

T - mgcosθ = m v² → T = m v² + gcosθ Desta equação vemos que o pêndulo simples não é

R R
No ponto mais baixo da trajetória θ = 0o, senθ = 0 e cosθ
= 1. Então, nesse ponto, a aceleração tangencial at é nula. A
tração na corda é, então
rigorosamente um movimento harmônico simples, pois Px
não é diretamente proporcional a elongação x.
Por outro lado, para pequenas amplitudes de oscilação
(θ < 10o): senθ = x/ℓ. Com isso:

T = m v² + g Px =
mgx
R

No ponto mais elevado, θ = 180o, senθ = 0, cosθ = -1. A 6.1 Equação do movimento
tração é, então
−mg mg
T = m v² - g ma = x ⇒ kpêndulo =
R  

Em movimento desse po, existe uma determinada

6.2 Frequência angular
velocidade crí ca vc, no ponto mais alto da circunferência,
abaixo da qual a corda ca frouxa. Para determinar esta mg
velocidade, toma-se T = 0 n equação anterior, k  ⇒ω g
ù=
ω = ù=
m m 
v²c
T=m -g
R 6.3 Período de oscilação

ð
2 
Tð = 2π ⇒ T = 2π
vc = √Rg ù
ω g

7. Pêndulo cônico
6. Pêndulo simples
O pêndulo simples consiste de um pequeno corpo de massa
m suspenso em um ponto xo por um o inextensível e de peso
desprezível. Quando afastado de sua posição de equilíbrio e
abandonado, o corpo oscila em torno desta posição.

• ℓ é o comprimento do o.
• x é a projeção do movimento da massa sobre o eixo horizontal.
• θ é o ângulo formado entre a posição de equilíbrio e o
ponto de máxima extensão, medido em radianos.
• T é a força tração na corda.
• P é a força peso.
• Px é a força restauradora.
• m é a massa pendular
Px = mgsenθ

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FÍSICA 1

EXERCÍCIO NÍVEL I QUESTÃO 5

Um automóvel percorre uma curva circular e horizontal
QUESTÃO 1 de raio 50 m a 54 km/h. Adote g = 10 m/s2. O mínimo
Um garoto gira sobre a sua cabeça, na horizontal, coe ciente de atrito estático entre o asfalto e os pneus que
uma pedra de massa m = 500g, presa a um o de 1,0 m permite a esse automóvel fazer a curva sem derrapar é
de comprimento. Desprezando-se a massa do o, qual é a
força que traciona o o quando a velocidade da pedra é v a) 0,25
= 10m/s? b) 0,27
c) 0,45
a) 2500 N d) 0,50
b) 5000 N e) 0,54
c) 25 N
d) 50 N QUESTÃO 6
e) 100N Um carrinho é largado do alto de uma montanha russa,
conforme a gura.
QUESTÃO 2
Um avião de brinquedo é posto para girar num plano
horizontal preso a um o de comprimento 4,0 m. Sabe-se
que o o suporta uma força de tração horizontal máxima
de valor 20 N. Sabendo-se que a massa do avião é 0,8 kg, a
máxima velocidade que pode ter o avião, sem que ocorra o
rompimento do o, é

a) 10 m/s
b) 8 m/s
c) 5 m/s Ele se movimenta, sem atrito e sem soltar-se dos
d) 12 m/s trilhos, até atingir o plano horizontal. Sabe-se que os raios
e) 16 m/s de curvatura da pista em A e B são iguais. Considere as
seguintes a rmações:
QUESTÃO 3 I . No ponto A, a resultante das forças que agem sobre o
carrinho é dirigida para baixo.
A gura representa em plano vertical um trecho dos
lI. A intensidade da força centrípeta que age sobre o
trilhos de uma montanha russa na qual um carrinho está
carrinho é maior em A do que em B.
prestes a realizar uma curva. Despreze atritos, considere a
lII. No ponto B, o peso do carrinho é maior do que a
massa total dos ocupantes e do carrinho igual a 500 kg e a
intensidade da força normal que o trilho exerce sobre ele.
máxima velocidade com que o carrinho consegue realizar
Está correto apenas o que se a rma
a curva sem perder contato com os trilhos igual a 36 km/h.
O raio da curva, considerada circular, é, em metros, igual a
a) I
b) II
a) 3,6
c) III
b) 18
d) I e II
c) 1,0
e) II e III
d) 6,0
e) 10
QUESTÃO 7
QUESTÃO 4 O pêndulo de um relógio é constituído por uma
haste rígida com um disco de metal preso em uma de
Um carro de massa m = 1000 kg realiza uma curva de
suas extremidades. O disco oscila entre as posições A e
raio R = 20 m com uma velocidade angular w = 10 rad/s. A
C, enquanto a outra extremidade da haste permanece
força centrípeta atuando no carro em newtons vale:
imóvel no ponto P. A gura abaixo ilustra o sistema. A força
resultante que atua no disco quando ele passa por B, com a
a) 2,0 106.
haste na direção vertical, é:
b) 3,0 106.
c) 4,0 106.
d) 2,0 105
e) 4,0 105

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CAPÍTULO 8 - APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON II FÍSICA 1

a) 231512 N
b) 215360 N
c) 1800 N
d) 25800 N
e) 24000 N

QUESTÃO 10
A trajetória de uma partícula, representada na gura, é
um arco de circunferência de raio r = 2,0 m, percorrido com
velocidade de módulo constante, v = 3,0 m/s.

(Note e adote: g é a aceleração local da gravidade.)

a) nula.
b) vertical, com sentido para cima. O módulo da aceleração vetorial dessa partícula nesse
c) vertical, com sentido para baixo. trecho, em m/s2, é
d) horizontal, com sentido para a direita.
e) horizontal, com sentido para a esquerda. a) zero.
b) 1,5.
QUESTÃO 8 c) 3,0.
Um avião de acrobacias descreve a seguinte trajetória d) 4,5.
descrita na gura abaixo: e) impossível de ser calculado.

EXERCÍCIOS NÍVEL II
QUESTÃO 1
A gura representa uma curva plana de um circuito de
fórmula 1.

Ao passar pelo ponto mais baixo da trajetória a força

exercida pelo banco da aeronave sobre o piloto que a
comanda é:
Se, durante uma corrida, um piloto necessitar fazer tal
a) igual ao peso do piloto. curva com velocidade elevada, evitando o risco de derra-
b) maior que o peso do piloto. par, deverá optar pela trajetória representada em qual al-
c) menor que o peso do piloto. ternativa?
d) nula.
e) duas vezes maior do que o peso do piloto.

QUESTÃO 9
Um automóvel de massa 800 kg, dirigido por um
motorista de massa igual a 60 kg, passa pela parte mais
baixa de uma depressão de raio = 20 m com velocidade
escalar de 72 km/h. Nesse momento, a intensidade da força
de reação que a pista aplica no veículo é: (Adote g = 10 m/
s2).

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FÍSICA 1

QUESTÃO 2 aproximadamente.
A gura abaixo representa dois corpos idênticos giran-
do horizontalmente em MCU com velocidades lineares v1 e
v2. A razão T1/T2 entre as intensidades das trações nos os
ideais 1 e 2 é

a) 3,2
b) 7,1
c) 5,5
d) 6,3

2v12 + v22
a) QUESTÃO 5
v22

v12 + v22
b)
v22

v12 − v22
c)
v22

v22
d)
v12

QUESTÃO 3
Durante um show de patinação, o patinador, representado
na gura, descreve uma evolução circular, com velocidade esca-
lar constante, de raio igual a 10,8m. Considerando desprezíveis
quaisquer resistências, a velocidade do patinador, ao fazer a refe-
rida evolução, é igual a:
Dados: sen53° = 0,80; cos53° = 0,60.
a) 12m/s
b) 7m/s
c) 8m/s
d) 9m/s
QUESTÃO 4
A gura abaixo representa uma pista pertencente ao
plano vertical. O raio R da parte circular vale 4m. Um cor-
po parte do repouso no ponto A. Desprezando o atrito e
a resistência de ar e considerando que, em B, a força que
comprime o móvel contra a pista vale 1/4 do seu peso,
pode-se a rmar que, a sua velocidade em B vale, em m/s,
Na gura acima, uma partícula de massa m = 0,02kg
em movimento retilíneo uniforme entra com velocidade
horizontal com módulo igual a 80 m/s, conforme a gura
dada, em uma região do espaço onde uma força passa a
atuar sobre ela, sendo esta sempre perpendicular ao vetor
velocidade, enquanto estiver dentro desta região.
A região mencionada está no primeiro quadrante e cor-
responde ao quadrado com limite inferior esquerdo nas
coordenadas (0,0) e limite superior direito nas coordenadas
(100,100). O vetor força tem módulo constante, igual ao
módulo da velocidade multiplicado por 8 (oito), e no ponto
de entrada da partícula é vertical para cima. Considerando
que a partícula entra na região mencionada nas coordena-
das (0,20), podemos dizer que as coordenadas onde a par-
tícula abandona essa região são:
a) (100,20).
b) (0,100).
c) (100,100).
d) (100,60).
e) (0,60).
QUESTÃO 6
Considere uma partícula maciça que desce uma super-
fície côncava e sem atrito, sob a in uência da gravidade,
como mostra a gura. Na direção do movimento da partí-
cula, ocorre que:

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CAPÍTULO 8 - APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON II FÍSICA 1

g  a
a) = sen arctg 
L  g

g  a
b) = cos arctg 
L  g

L  a
c) = cos arctg 
a) a velocidade e a aceleração crescem. g  g
b) a velocidade cresce e a aceleração decresce.
c) a velocidade decresce e a aceleração cresce. a
d) =
d) a velocidade e a aceleração decrescem. L
e) a velocidade e a aceleração permanecem constantes.
e) =0
QUESTÃO 7
Em um local onde a aceleração da gravidade vale g,
uma partícula move-se sem atrito sobre uma pista circular QUESTÃO 9
que, por sua vez, possui uma inclinação θ. Essa partícula A gura representa o percurso de um ciclista, num pla-
está presa a um poste central, por meio de um o ideal de no horizontal, composto de dois trechos retilíneos (AB e
comprimento l que, através de uma articulação, pode girar EF), cada um com 6,0m de comprimento, e de um trecho
livremente em torno do poste. O o é mantido paralelo à sinuoso intermediário formado por arcos de circunferên-
superfície da pista, conforme gura abaixo. cias de mesmo diâmetro, igual a 4,0m, cujos centros se en-
contram numerados de 1 a 7. Considere pontual o sistema
ciclista-bicicleta e que o percurso é completado no menor
tempo, com velocidade escalar constante.

Ao girar com uma determinada velocidade constante, a

partícula ca “ utuando” sobre a superfície inclinada da pis-
ta, ou seja, a partícula ca na iminência de perder o contato Se o coe ciente de atrito estático com o solo é μ = 0,80,
com a pista e, além disso, descreve uma trajetória circular assinale a opção correta que indica, respectivamente, a ve-
com centro em C, também indicado na gura. locidade do ciclista, o tempo despendido no percurso e a
frequência de zigue-zague no trecho BE.
Nessas condições, a velocidade linear da partícula deve
ser igual a
a) 6,0m/s 6,0s 0,17s–1
b) 4,0m/s 12s 0,32s–1
c) 9,4m/s 3,0s 0,22s–1
d) 6,0m/s 3,1s 0,17s–1
e) 4,0m/s 12s 6,0s–1

QUESTÃO 8
Um vagão de trem descola-se horizontalmente com
aceleração a, sendo g a aceleração da gravidade no local.
Em seu interior, preso no teto, encontra-se um o ideal de
comprimento L, que sustenta uma massa m puntiforme.
Em um determinado instante, o vagão passa a se deslocar
com velocidade constante, mantendo a direção e o sentido
anteriores. Nesse momento, a aceleração angular a da mas-
sa m em relação ao ponto do vagão em que o o foi preso é:

83
FÍSICA 1
QUESTÃO 10
Uma pequena esfera de massa M, presa a um o ideal,
é solta com o o na posição horizontal, descrevendo a tra-
jetória abaixo.
Na posição onde a tração no o é máxima, o o se rom-
pe e a esfera é lançada, atingindo o solo. O módulo da tra-
ção máxima é igual a três vezes o módulo do peso da esfe-
ra. Despreze a resistência do ar e considere g = 10,0m/s2. A
distância horizontal (em metros), desde a vertical de saída
da esfera até a sua chegada ao solo, é:
a) 1,5
b) 1,8
c) 2,0
d) 2,3
e) 2,5
ANOTAÇÔES:
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