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COMPARATIVO ENTRE OS SEGUINTES MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO

VITALÍCIA

Edmilson Faustino (UNYLEYA)


Edmilsonfaustinos777@gmail.com
Prof. Rodrigo Paduan Mendonça (UNYLEYA)

1. RESUMO
A competividade acirrada nos dias atuais, faz com que as empresas busquem
constantemente práticas que as permitam ser mais eficientes e reduzir seus custos
operacionais. São conceitos de uma manufatura enxuta ditada ao cenário
contemporâneo, onde as empresas devem identificar quais processos criam valores
para os seus clientes e eliminar os processos obsoletos ou que não criam valores para
a organização.
Baseando-se na reengenharia, cujo a idéia principal de processos é urna
coleção de atividades sequenciais tornando um ou mais tipo de insumos e criando um
produto que tem valor para seus clientes. Ou seja, essa idéia de processo é familiar
para quem trabalha com manufatura, mas não é tão natural no entendimento para as
pessoas das demais áreas da empresa.

Palavras-chave: Competitividade - Processos – Reengenharia

2. INTRODUÇÃO

Com o advento da economia globalizada, o mercado acirrado e a concorrência


em qualquer seguimento de mercado, as organizações devem ter uma visão holística,
não limitando seu processo apena a fabricação industrial e tão pouco a reengenharia
se restringir a manufatura. Ao contrário, deve-se procurar identificar os processos que
são típicos na realização do trabalho em todas as áreas da empresa.
Segundo Michael Hammer (1996) cita que as empresas são uma coleção de
processos que passam por diversos departamentos. A filosofia de empresas
orientadas por processos contrapõe a visão de empresa departamentada, onde um
departamento, somente, é responsável por uma determinada função. Os esforços de
Marketing não estão restritos ao departamento de Marketing, mas passa pela empresa
e diversos de seus departamentos como um processo de conquistar e manter clientes.
É necessário que haja transparência e para isso, as empresas as empresas devem
estar orientadas por processos.

3. DESENVOLVIMENTO

A confiabilidade pode ser definida como função de um determinado período de


tempo. Onde esta premissa baseia-se em cinco consequências, como, analisar a
unidade de tempo, descrever a falha utilizando variável aleatória em modelo
estatístico, não interpretar o termo tempo literalmente, conceito confiabilidade deve
ser associado a um período de tempo e não considerar a determinação do que deveria
ser usado para medir um ítem, e sim, relacionar às condições de ambiente em ele
está submetido. Interferindo no desempenho como por exemplo condições climáticas.
Conforme Knight (1991). O conceito de confiabilidade em sistemas técnicos
vem sendo aplicado há pouco mais de 50 anos. O conceito adquiriu um significado
tecnológico após o término da Primeira Guerra Mundial, quando foi utilizado para
descrever estudos comparativos feitos em aviões com um, dois ou quatro motores.
Naquele contexto, confiabilidade era medida como o número de acidentes por hora de
vôo.
Portanto, confiabilidade de uma unidade pode ser entendida como a sua
probabilidade de sobrevivência até um determinado tempo de interesse. A tal
probabilidade é possível determinando a modelagem por meio dos tempos até falha
da unidade em estudo. Conhecendo-se assim, a distribuição de probabilidade que
melhor se ajusta a esses tempos, possibilitando estimar a probabilidade de
sobrevivência da unidade para qualquer tempo (t), bem como outras medidas de
confiabilidade, como o seu tempo médio até falha e função de risco.
De acordo Fogliatto e Ribeiro (2011), quatro distribuições de probabilidade
frequentemente são utilizadas para descrever tempos até falha de componentes e
sistemas, que são detalhadas na sequência: (i) Exponencial, (ii) Weibull, (iii) Gama, e
(iv) Lognormal. Portanto abordaremos três distribuições dos autores, sendo:

DISTRIBUIÇÃO EXPONENCIAL
A distribuição exponencial é importante em estudos de confiabilidade por ser a
única distribuição contínua com função de risco constante. A simplicidade matemática
das expressões derivadas da exponencial difundiu o seu uso na área, às vezes
inadequado. Suas representações de confiabilidade, para t ≥ 0. A distribuição
exponencial apresenta três importantes propriedades:
- A primeira diz respeito à ausência de memória de unidades com tempos até falha
modelados pela exponencial; isto é, supõem-se unidades com uma mesma
confiabilidade R(t) para qualquer t, independente de sua idade ou tempo de uso. Tal
suposição restringe a aplicação da exponencial a alguns componentes elétricos;
unidades que apresentam desgaste ou fadiga são modeladas adequadamente pela
exponencial apenas durante o seu período de vida útil, quando a ocorrência de falhas
for relativamente constante no tempo.
- A segunda propriedade importante da exponencial garante que se T1,..., Tn, forem
variáveis exponenciais independentes e identicamente distribuídas, designa a
distribuição do qui-quadrado com 2n graus de liberdade. Tal propriedade permite a
determinação de um intervalo de confiança para λ baseado nas observações de n
variáveis exponenciais independentes. O intervalo para λ com confiança 100(1 – α).
- A terceira e última propriedade da exponencial a ser destacada aplica-se a
componentes submetidos a choques ou cargas de forma aleatória. Se o tempo entre
choques for modelado por uma distribuição exponencial com parâmetro λ, então o
número de choques no intervalo (0, t) segue uma distribuição de Poisson com
parâmetro λt.

DISTRIBUIÇÃO DE WEIBULL
A distribuição de Weibull é apropriada na modelagem de tempos até falha
apresentando funções de risco constante, estritamente crescente e estritamente
decrescente. Trata-se de uma das distribuições mais importantes na modelagem de
confiabilidade devido à sua flexibilidade e capacidade de representação de amostras
de tempos até falha com comportamentos distintos. Na análise de amostras de tempos
até falha de tamanho pequeno, supor dados seguindo uma distribuição de Weibull
costuma ser um bom ponto de partida na análise. A distribuição de Weibull modela
adequadamente uma ampla variedade de situações em que unidades apresentam
funções de risco distintas. O tipo de função de risco da Weibull é definido pelo seu
parâmetro de forma. A distribuição de Weibull, assim como a exponencial, apresenta
uma propriedade conhecida como de autorreprodução. Segundo essa propriedade,
se T1,...,Tn são tempos até falha seguindo uma distribuição de Weibull com
parâmetros de forma idênticos, então o mínimo desses valores também segue uma
distribuição de Weibull.

DISTRIBUIÇÃO LOGNORMAL
O tempo até falha T de uma unidade segue uma distribuição lognormal se Y =
lnT for normalmente distribuído. A lognormal é uma distribuição limitada à esquerda,
muito utilizada na modelagem de tempos até reparo em unidades reparáveis. Nesse
caso, é razoável supor que a probabilidade de completar uma ação de reparo aumenta
com o passar do tempo. No caso de o reparo demorar muito a ser concluído, há um
indicativo de causas especiais sobre o processo (por exemplo, falta de conhecimento
dos mecânicos para execução da tarefa que se impõe ou falta de matérias-primas
necessárias para realizar o reparo). Assim, costuma-se supor que a taxa de reparo
(isto é, a intensidade com que reparos são concluídos) se assemelhe à função de risco
de uma distribuição lognormal. A função de risco da lognormal apresenta o formato de
uma curva da banheira invertida, com h(t) crescendo inicialmente e, após,
decrescendo assintoticamente.

VALORES EXTREMOS
Segundo Jenkinson (1955) a distribuição generalizada de valores extremos, ,
reúne as três distribuições de valor extremos desenvolvidas por Fisher e Tippet (1928),
que são: Gumbel, Fréchet e Weibull. Tais distribuições foram desenvolvidas na teoria
dos valores extremos e são obtidas através do limite de máximos (ou mínimos).
A Distribuição de valor extremo geralmente se refere à distribuição mínima de
muitas observações aleatórias. Já nos referimos às distribuições de valor extremo ao
descrever os usos da distribuição Weibull. Distribuições de valor extremo são as
distribuições limitantes para o mínimo ou para o máximo de uma coleção muito grande
de observações aleatórias da mesma distribuição arbitrária.
De acordo Gumbel (1958) mostrou que, para qualquer distribuição inicial bem-
comportada (F (x) é contínua e tem um inverso), apenas alguns modelos são
necessários, dependendo se você está interessado no máximo ou no mínimo, e
também se as observações estiverem limitadas acima ou abaixo. No contexto de
modelagem da confiabilidade, distribuições extremas de valor para o mínimo são
frequentemente encontradas. Por exemplo: se um sistema consistir em n
componentes idênticos em série e o sistema falhar quando o primeiro desses
componentes falhar, os tempos de falha do sistema são o mínimo de “n” tempos de
falha de componente aleatórios. A teoria do valor extremo diz que, independentemente
da escolha do modelo de componente, o modelo do sistema abordará um Weibull à
medida que n se torna grande. O mesmo raciocínio também pode ser aplicado em um
nível de componente, se a falha do componente ocorrer quando o primeiro de muitos
processos de falhas concorrentes semelhantes atingir um nível crítico.

4. CONCLUSÕES

Concluir -se que:


O modelo exponencial, com apenas um parâmetro desconhecido, é o mais
simples de todos os modelos de distribuição de vida. O Modelo Exponencial modela
a porção plana da curva "banheira" - em que a maioria dos sistemas passa a maior
parte de suas vidas. Assim como muitas vezes é útil aproximar-se de uma curva por
segmentos de linhas retas em partes, podemos aproximar qualquer curva de taxa de
falhas por taxas constantes de semana a mês ou mês a mês, que são a média da taxa
de mudança real durante o respectivo tempo de duração. Dessa forma, podemos
aproximar qualquer modelo por segmentos de distribuição exponencial em partes
corrigidas.

O Weibull é um modelo de distribuição de vida muito flexível e possui dois


parâmetros. Basicamente ele possui o CDF e PDF e outras fórmulas principais que
devemos utilizar. Do ponto de vista do modelo de taxa de falha, o Weibull é uma
extensão natural do modelo exponencial de taxa de falha constante, uma vez que o
Weibull tem uma taxa de falhas polinomiais com o expoente {γ − 1}. Isso faz com que
todas as curvas de taxa de falha, mostradas no gráfico a seguir, sejam possíveis.
Lembrando que O modelo de Weibull é muito flexível e também tem justificativa teórica
em muitas aplicações, tais como:
- Devido à sua forma flexível e capacidade de modelar uma ampla faixa de taxas de
falhas, o Weibull tem sido usado com sucesso em muitas aplicações, como um modelo
puramente empírico.

- O modelo Weibull pode ser derivado teoricamente como uma forma de Distribuição
Extrema de Valor, governando o tempo até a ocorrência do "elo mais fraco" de muitos
processos de falha concorrentes. Isso pode explicar o porquê tem sido tão bem-
sucedido em aplicações como capacitor, rolamento de esferas, relés e falhas de
resistência de material.

A Distribuição de valor extremo geralmente se refere à distribuição mínima de


muitas observações aleatórias. Já nos referimos às distribuições de valor extremo ao
descrever os usos da distribuição Weibull. Distribuições de valor extremo são as
distribuições limitantes para o mínimo ou para o máximo de uma coleção muito grande
de observações aleatórias da mesma distribuição arbitrária.

A distribuição de vida lognormal, como a Weibull, é um modelo muito flexível


que pode ajustar empiricamente muitos tipos de dados de falha. A fórmula possui
dois parâmetros:

» O parâmetro σ, que é o parâmetro de forma; e

» O parâmetro T50, que é a mediana (considerado um parâmetro de escala).

O modelo lognormal é considerado muito flexível e também pode ser aplicado


(teoricamente) a muitos modos de falha do processo de degradação.

Observa-se que os modelos de distribuição exposto no artigo contempla uma


similaridade quanto a flexibilidade.

5. REFERÊNCIAS

Fogliatto, Flávio Sanson Confiabilidade e manutenção industrial [recurso eletrônico] /


Flávio Sanson Folgliatto e José Luis Ribeiro Duarte. - Rio de Janeiro: Elsevier:
ABEPRO, 2011.
GUMBEL, E. J. Statistics of Extremes. Columbia University Press, New York, 375p.
1958.

HAMMER, Michael (1996) Além da Reengenharia. New York: Harper Business.

KNIGHT, C.R. Four decades of reliability progress. Proceedings of the Annual


Reliability and Maintainability Symposium. [S.l.]: IEEE Relia

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