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Art. 2º - A Programa instituído por esta Lei compreende as seguintes ações,
entre outras:
§ 2º - O poder público, optando pela aplicação de repelente líquido nos cães,
deverá ser realizado a cada vinte e um dias.
Art. 4º - Todos os animais vertebrados infectados pela leishmaniose deverão
receber tratamento, conforme preconiza o Código de Ética da classe Médico
veterinário, devendo o Poder Público Estadual e Municipal providenciarem em
conjunto os meios e recursos necessários para este tratamento.
Art. 9º - O Poder Executivo poderá firmar convênios com instituições públicas e
privadas, associações sem fins lucrativos e outros órgãos ou entes públicos
para a implementação das medidas previstas nesta Lei.
Parágrafo único - A implementação das medidas previstas nesta Lei deverá
ser precedida da análise de estimativa do impacto orçamentário financeiro no
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, devendo as
despesas decorrentes de sua aplicação estarem previamente previstas na lei
orçamentária do ano em que forem implementadas as medidas pelo Poder
Público.
MÁRCIO CANELLA
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
O presente Projeto de Lei tem como objetivo dispor sobre o Programa Estadual
de Prevenção e Tratamento da Leishmaniose Visceral (LV) em cães, gatos e
outros animais domésticos, de forma a encarar de frente um problema que tem
sido negligenciado pelo Poder Público e que culmina, na maioria dos casos,
com a solução mais rápida e barata: A morte do animal. O Programa pretende
chamar a atenção para este tema e, com isto, garantir tratamento adequado
aos animais infectados ao invés de simplesmente sacrificá-los. O principal
modo de transmissão do parasito para o ser humano e outros hospedeiros
mamíferos é por picada de fêmeas de artrópodes infectados, o “mosquito
palha” (Phlebotomus), deixando claro que a informação acerca da prevenção é
o melhor caminho para combater essa patologia, que atinge em maior número
os cães, mas também é encontrada em alguns gatos e roedores.
Estudos recentes têm provado que a eutanásia dos caninos infectados não
provocou redução ou mesmo controle na incidência da leishmaniose visceral
humana e, apesar de a eliminação de cães ser medida de controle
recomendada pela OMS e pela organização Pan-Americana de Saúde (OAS),
essas entidades também reconhecem o baixo impacto ambiental que tal
medida tem alcançado. A patologia não é uniformemente fatal e comprova-se
que os animais podem apresentar a cura permanente, pelo que a eutanásia
deve ser a última opção, aplicada somente por recomendação do médico-
veterinário.