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ILUSTRÍSSIMO(A) SENHOR (A) PREGOEIRO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE

GRAVATAÍ/RS

Pregão eletrônico: 280/2022

INSTITUTO CONSULPAM CONSULTORIA PÚBLICO – PRIVADA, pessoa


jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 08.381.236/0001-27,
estabelecida na Av. Evilásio Almeida de Miranda, nº 280, Edson Queiroz,
Fortaleza/CE, CEP: 60.834-486, vem interpor RECURSO ADMINISTRATIVO, contra
decisão da Comissão Permanente de Licitação que habilitou a empresa LEGALLE
CONCURSOS E SOLUCOES INTEGRADAS LTDA, haja vista o envelope relativo aos
documentos de habilitação, qual seja, estarem em desconformidade com os itens
8.2.1, 7.5.3”, ambos do Edital, respectivamente, o que faz pelas razões a seguir
articuladas.

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DOS FATOS

A Prefeitura Municipal de GRAVATAÍ/RS tornou pública a realização de


licitação na modalidade pregão eletrônico nº 280/2022, objetivando a
“CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA ELABORAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO”.

Procedeu-se, nos dias 13/09/2022, às 14h00, o recebimento dos


envelopes, e, após apreciação dos documentos pela Presidente da Comissão
Permanente de Licitação do Município de Gravataí/RS, oportunizado o momento
para as licitantes manifestarem-se, a Recorrente observou que a empresa LEGALLE
CONCURSOS E SOLUCOES INTEGRADAS LTDA apresentou Inscrição Municipal em
desconformidade itens 8.2.1, 7.5.3”, ambos do edital pregão eletrônico nº 280/2022.
Em seguida, o Presidente informou a necessária análise da documentação
mencionada para ato seguinte, publicar o resultado em jornal de grande circulação e
Diário Oficial do Estado e Município.

No dia 29/09/2022, às 09h00, fora realizada a Sessão Pública de


julgamento da habilitação das empresas participantes da Tomada de Preços. O
Pregoeiro do Município de Gravataí/RS, declarou habilitada a seguinte empresa:
LEGALLE CONCURSOS E SOLUCOES INTEGRADAS LTDA. Nesse liame, o Pregoeiro
declarou aberto o prazo recursal de 05 (cinco) dias úteis e, por fim, deu-se por
encerrado o presente certame, lavrando-se a respectiva ata.

Ocorre que, Sr. Pregoeiro da Prefeitura Municipal de Gravataí/RS, ao


proceder a abertura dos Documentos de Habilitação, a empresa vencedora como
podemos ver nas atas na parte fabricante/marca colocou seu próprio nome, uma vez
que isso é vedado porque é visto como identificação da empresa antes dos lances,
além de que a empresa vencedora apresentou apenas um
profissional/administrador, e o edital pede mais de um, restando evidente a

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inobservância aos requisitos mínimos legais e editalícios, razão pela qual impõe a
necessária inabilitação da licitante, conforme será demonstrado.

DA TEMPESTIVIDADE

Nos termos do artigo 4º, inciso XVIII da Lei nº 10.520/2002, qualquer


licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer, sendo-
lhe concedido o prazo de 03 (três) dias para apresentação das razões do recurso.

Demonstrada, portanto, a tempestividade do presente Recurso


Administrativo.

DAS RAZÕES RECURSAIS

DA NECESSÁRIA INABILITAÇÃO DA RECORRIDA ANTE A INOBSERVÂNCIA AOS


REQUISITOS MÍNIMOS LEGAIS E EDITALÍCIOS: itens 8.2.1, 7.5.3– VÍCIO INSANÁVEL

A Administração procedeu com errôneo julgamento ao aceitar a


habilitação da empresa LEGALLE CONCURSOS E SOLUÇÕES INTEGRADAS LTDA, posto
que a mesma manifestamente descumpriu algumas exigências essenciais constantes
no edital, essenciais não só sob o aspecto formal, mas também quanto às
especificações exigidas, agredindo dessa forma o Princípio da Igualdade, ao mesmo
tempo em que a aceitação de tal condição de favorecimento compromete a
observância da isonomia de tratamento entre os licitantes, como se observa a seguir:

Em primeiro momento, a referida empresa descumpriu o disposto no


item 8.2.1, ao apresentar como podemos ver nas atas na parte fabricante/marca
colocou seu próprio nome, conforme documentação em anexo, uma vez que isso é
vedado porque é visto como identificação da empresa antes dos lances. Senão
vejamos:

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Consolidando o entendimento mencionado acima, artigo art. 30, § 5, da
Lei 10.024/19, esclarece:

Art. 30. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase


competitiva, oportunidade em que os licitantes poderão
encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico.
§ 5º Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em
tempo real, do valor do menor lance registrado, vedada a
identificação do licitante.

Em um segundo momento, a Recorrida também descumpriu o disposto


no item 7.5.3, ante a ausência de mais de um profissional qualificado, nos termos
abaixo:

Importante mencionar que a empresa apresentou somente um


profissional/administrador, conforme mencionado acima no edital é necessário mais
de um profissional no seu quadro funcional.

Assim, seguindo o entendimento da legislação correlata sobre o tema:

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Art. 48. Serão desclassificadas:

I - as propostas que não atendam às exigências do ato


convocatório da licitação;

Dessa forma, como salientado a empresa vencedora não atendeu


requisitos necessários previstos no edital.

Nesse sentindo, o entendimento do TJ/AM:

APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA. LICITAÇÃO.


DECISÃO DE DESCLASSIFICAÇÃO DO LICITANTE VENCEDOR
DO PREGÃO ELETRÔNICO. PRELIMINAR DE AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. ART. 93, X, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOBSERVÂNCIA DAS EXIGÊNCIAS
DO EDITAL DO CERTAME. AUSÊNCIA DE ATO ILÍCITO.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. O
processo licitatório deve atender aos princípios da legalidade
e da igualdade, encontrando-se o Administrador vinculado às
exigência previamente definidas no Edital do Certame.
Inteligência do artigo 3º da Lei 8.666/93 e dos Princípios
Constitucionais da Administração Pública. 2. Na espécie, a
empresa impetrante pugna pela reforma da sentença
proferida, por entender que houve ilegalidade na decisão de
desclassificação. 3. Entretanto, observa-se que houve
desrespeito as normas do certamente, especificamente no
que diz respeito às especificações técnicas do produto
ofertado. 4. Dessa forma, correta a decisão do
Administrador Público em declarar a desclassificação do
licitante que não se adequou às exigências previamente

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definidas, inexistindo postura ilícita ou violação das regras
da licitação. 5. Recurso não provido.

(TJ-AM - AC: 06531035220188040001 AM 0653103-


52.2018.8.04.0001, Relator: Jomar Ricardo Saunders
Fernandes, Data de Julgamento: 05/05/2021, Câmaras
Reunidas, Data de Publicação: 05/05/2021)

Sopesa que o princípio da isonomia e legalidade no processo licitatório


decorre da Constituição Federal, como também do artigo 3º da Lei nº 8.666/93, a
saber:

Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do


princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta
mais vantajosa para a administração e a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que
lhes são correlatos.

De igual modo, o art. 37, inc. XXI, da CF/88 dispõe que o processo de
licitação pública, qualquer que seja, deve salvaguardar a igualdade de condições
entre todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento e que mantém as condições efetivas das propostas, nos termos da lei, a
saber:

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as


obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com

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cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica
e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.

DOS PEDIDOS

Pelo exposto, requer o recebimento e a procedência do presente recurso


para que seja declarada a INABILITAÇÃO da empresa vencedora LEGALLE
CONCURSOS E SOLUÇÕES INTEGRADAS LTDA no presente edital de Pregão
Eletrônico nº 280/2022, uma vez que a empresa Recorrida como podemos ver nas
atas na parte fabricante/marca colocou seu próprio nome, uma vez que isso é vedado
porque é visto como identificação da empresa antes dos lances, a empresa
vencedora apresentou apenas um profissional/administrador, e o edital pede mais de
um, sendo este um erro insanável, posto que é vedada a inclusão posterior de
documento ou informação que deveria constar originariamente na proposta, redação
contida no art. 30, § 5, da Lei 10.024/19 e nos itens 8.2.1, 7.5.3 do edital licitatório.

Termos em que,

Pede e espera deferimento.

Fortaleza/CE, 03 de outubro de 2022.

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___________________________________
Gisele Borges Pereira de Oliveira
Diretora-Presidente

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