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Trata-se de Orientação Técnica emitida em resposta à consulta realizada por meio do Canal
Pergunte à CGE, a fim de obter esclarecimentos acerca do assunto abaixo transcrito:
Consulta
Boa tarde. O Dec 1.525/2022 em seu Art 73, dispõe que em todas as licitações do Estado,
deverão ser aplicados os benefícios da Lei Comp Est 605/2018, para as Me e EPP. Já o
inciso I, do § 1º do Art. 4º da Lei Federal 14.133, dispõe que não se aplicam os benefícios da
Lei Complementar 123/2006 quando o valor da licitação for superior ao faturamento das
EPPs, no caso R$ 4.900.000,00 Ocorre que, os benefícios da lei 123 e da 605 são
exatamente os mesmos. Em uma licitação, por exemplo, no valor de 6 milhões, pela 14.133
eu não deveria aplicar os benefícios e as ME, EPP participariam como se fossem empresas
de grande porte, porém, pelo Dc. 1525, eu deveria aplicar os benefícios. A questão é,
poderia aplicar os benefícios e justificar que não estaria desrespeitando a 14.133 uma vez
que ela veda o uso dos benefícios da 123/2006 e não da 605/2018 e são esses que estou
usando? Afinal, ainda que sejam os mesmos, são instrumentos legais diferentes. É correto
esse entendimento ou não devo aplicá-los, já que, mesmo sendo instrumentos diferentes,
dispõe sobre os mesmos benefícios que a 14133 veda?
Orientação
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enquadrada na condição de empresa de pequeno porte foi declarada vencedora, sem
qualquer apontamento de eventual irregularidade relativa ao exercício desse direito em
razão do valor estimado da contratação.
7. Nesse sentido, uma vez que existe vedação expressa a tratamento diferenciado à
Licitações que ultrapassem ao limite imposto no art. 4º, I, da Lei 14.133/2021, cujo
fundamento seja a Lei Complementar 123/2006, em tese, tem-se que tal vedação alcançaria
também aos efeitos da Lei Complementar 605/2018, uma vez que está regulamenta os
dispositivos daquela Lei Complementar.
8. Assim, em que pese o Decreto 1525/2022, seja silente, em relação à vedação imposta
pela Lei 14.133/2021, entende-se em um primeiro momento, permanecer a vedação imposta
pelo dispositivo federal que dispõe sobre as normas gerais de licitação.
9. Isso porque o Decreto 1525/2022, não pode legislar sobre normas gerais de licitação, cuja
competência é privativa da União.
10. Entretanto, como se trata de conflito aparente de normas, recomenda-se que a consulta
seja distribuída ainda, ao jurídico da unidade para emissão de parecer sobre tema.
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São as orientações.
Auditor do Estado
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