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Estagio Clinca Udc Maria Isabel
Estagio Clinca Udc Maria Isabel
2023
1
MARIA ISABEL FRASSON DA CUNHA
2023
2
MARIA ISABEL FRASSON DA CUNHA
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Profª. Dra. Renata Prestes Antonangelo de Oliveira
Docente UDC
_________________________________________
Profª. Me. Marilia Mascarenhas Souza
Docente UDC
Junho, 2023
3
FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO
4
SUMÁRIO
Lista de figuras...........................................................................................................xx
Lista de tabelas..........................................................................................................xx
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................xx
5. DISCUSSÃO .........................................................................................................xx
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................xx
5
LISTA DE FIGURAS
6
Figura 15 Laboratório de Patologia Clínica da Clínica escola de Medicina Veterinária
UDC............................................................................................................................xx
7
LISTA DE TABELAS
especialidades............................................................................................................xx
anestesiologia.............................................................................................................xx
pacientes....................................................................................................................xx
8
RESUMO
9
ABSTRACT
10
1 INTRODUÇÃO
11
plantonista noturno, além de recepcionista, técnica em farmácia e zeladora.
12
A clínica conta com uma recepção na entrada principal (figura 3), dois
consultórios (figuras 4 e 5) para atendimento geral como consultas e vacinas, duas
salas de internamento - uma destinada a espécie canina (figura 10) e outra destina a
espécie felina (figura 11).
13
Figura 4: Consultório 1 da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
14
Possui 3 centros cirúrgicos, sendo dois para cirurgias de pequenos animais
(figura x e y) e um para cirurgia de grandes animais (figura x). Possui laboratório de
patologia clínica para análises de materiais biológicos (figura xx) e estrutura para
realização de ultrassom (fig z) e radiografia (fig z), quando necessários.
Por ser uma clínica escola desenvolvida para o ensino de alunos do curso de
Medicina Veterinária, da instituição UDC, ela oferece consultas com valor diferenciado
das demais clínicas da cidade, promovendo desconto para procedimentos em horários
de aula, sempre contando com a supervisão de um professor.
15
Figura 6: Sala de radiografia da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
Figura 7: Centro cirúrgico I de pequenos animais da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
Figura 8: Centro cirúrgico II de pequenos animais da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
16
Figura 11: Farmácia Veterinária da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
Figura 13: Laboratório de Patologia Clínica da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
17
Figura 14: Sala de Esterilização da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
Figura 15: Sala de Guardar materiais da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
18
Figura 16: Sala de Lavagem da Clínica escola de Medicina Veterinária UDC.
19
Figura 17: Sala de Semiologia da Clínica escola de Medicina Veterinária UDC.
20
Figura 19: Laboratório de Patologia da Clínica escola de Medicina Veterinária UDC.
Figura 20: Sala de recuperação anestésica da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
21
Figura 21: Sala de preparo anestésico da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
22
Figura 23: Vestiários da Clínica Escola de Medicina Veterinária UDC.
23
2.2 Atividades exercidas
Durante o período de estágio supervisionado na área de clínica médica e
cirúrgica de pequenos animais na Clínica escola de Medicina Veterinária da UDC,
foram acompanhados atendimentos dentro das várias especialidades clínicas (Tabela
1), coletas de amostras, realização de exames laboratoriais e de imagem,
procedimentos cirúrgicos e cuidados de enfermagem nos animais atendidos e
internados. Durante o período de estágio foram atendidos o total de xx pacientes
caninos e felinos.
Foram acompanhadas um total de xx consultas, sendo xx caninos, dentre
esses foram xx machos e xx fêmeas, e xx felinos, sendo xx fêmeas e xx machos
(Tabela 2). Esses dados demonstraram uma maior casuística de cadelas na rotina
clínica. Segue a amostragem na tabela 1 abaixo.
Tabela 1: Atendimentos acompanhados, de acordo com as especialidades, relacionados
a casos clínicos e cirúrgicos no período de estágio supervisionado durante os dias 06 de
março a 23 de junho, na Clínica Escola de Medicina Veterinária da UDC
24
adequada durante os procedimentos cirúrgicos, com fármacos como lidocaína
associada ou não a vasoconstritor.
26
Tabela 7 - Casos clínicos e cirúrgicos atendidos no período de estágio supervisionado durante
os dias 06 de março a 23 de junho, na Clínica Escola de Medicina Veterinária da UDC
relacionados as doenças infecciosas
27
localizada. Esses animais passavam por triagem hematológica para excluir causas
extracranianas, como doenças endócrinas e infectocontagiosas. Foram
acompanhados xx caninos e xx felinos, e o veterinário responsável pelo atendimento
realizava o tratamento sintomático, prescrevendo medicamentos anticonvulsivantes e
anti-inflamatórios, como diazepam e prednisolona, respectivamente. Quando
necessário e viável financeiramente, os pacientes eram encaminhados para exames
de imagem intracranianos fora da cidade. No caso de animais sem diagnóstico
definitivo, foram realizados tratamentos sintomáticos. No entanto, a maioria dos casos
de convulsão e coma resultou em óbito ou eutanásia. Os casos estão dispostos na
Tabela 9.
28
financeiramente, o médico veterinário que realiza o atendimento encaminha o
paciente para a consulta especializada em oftalmologia. Antes disso, são realizados
testes de fluoresceína e lacrimal de Schirmer para descartar ou diagnosticar doenças
oftalmológicas comuns em cães, como úlceras de córnea e ceratoconjuntivite seca.
Tabela 11 - Casos clínicos e cirúrgicos atendidos no período de estágio supervisionado
durante os dias 06 de março a 23 de junho, na Clínica Escola de Medicina Veterinária da UDC
relacionados ao sistema oftalmológico
29
quimioterapia e da neoplasia, utilizando fármacos como prednisolona, ondansetrona,
maropitant e omeprazol.Os casos clínicos estão dispostos na Tabela 12.
30
Biópsia cutânea
Dermatite atópica
Dermatofitose
Desbridamento de feridas
Drenagem de abscesso, cisto e
vesícula
Exérese de verrugas
Foliculite
Lavagem otológica
Malasseziose 1
Miíase 2
Otite Externa
Prurido
Piodermite
Total
31
Os exames ultrassonográficos eram realizados por médicos veterinários especialistas
terceirizados, que traziam seus próprios equipamentos ou utilizavam o aparelho de
ultrassom da clínica, e desempenharam um papel crucial na determinação de diversos
diagnósticos. As radiografias também eram terceirizadas, seguindo sempre as normas
de segurança e utilizando uma máquina de radiologia pertencente especialista, que
elaboravam os laudos, enviando os resultados ao médico veterinário responsável.
Tabela 14: Exames laboratoriais e de imagem realizados para diagnóstico de afecções dos
pacientes no período de estágio supervisionado durante os dias 06 de março a 23 de junho,
na Clínica Escola de Medicina Veterinária da UDC
33
As alterações fisiológicas dos macrófagos afetam sua capacidade de realizar funções
cruciais para o sistema imune, como a fagocitose e a apresentação de antígenos, o
que pode contribuir para a disseminação das Ehrlichias pelo organismo (Blaese et al.,
2020).
Em alguns casos, a infecção por Ehrlichia pode levar à anemia, trombocitopenia e
disfunção renal grave, o que pode resultar em uma série de outros sintomas e
possíveis complicações (Maggi et al., 2014).
O estudo da patogenia da erliquiose canina é importante não apenas para uma melhor
compreensão dos mecanismos envolvidos na progressão da doença, mas também
para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e de prevenção (Lin et al.,
2016).
Os sinais clínicos da erliquiose canina são variáveis, podendo incluir anorexia,
letargia, febre, linfadenopatia e sangramento, entre outros (Carvalho, Carvalho e
Mendes, 2018). É comum haver manifestações clínicas inespecíficas, o que pode
dificultar o diagnóstico.
A evolução da erliquiose canina pode variar de acordo com a gravidade da infecção e
com a resposta imunológica do animal. Segundo Diniz, Breitschwerdt e Oliveira
(2016), a doença pode evoluir para um estado crônico, com lesões crônicas em
diversos órgãos, principalmente na medula óssea e no baço.
De acordo com Carvalho, Carvalho e Mendes (2018), o diagnóstico é feito por meio
de exames laboratoriais, como PCR e sorologia, que têm alta sensibilidade e
especificidade.
O exame PCR, conforme elucidado por Diniz, Breitschwerdt e Oliveira (2016), permite
a detecção da bactéria Ehrlichia canis no sangue do animal por meio da amplificação
do DNA. É uma técnica de alta sensibilidade e precisão, sendo capaz de detectar a
doença em fase inicial.
O teste sorológico ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), segundo Carvalho,
Carvalho e Mendes (2018), utiliza antígenos purificados da Ehrlichia canis para
detectar anticorpos específicos produzidos pelo organismo do animal infectado. É uma
técnica de baixo custo e ampla disponibilidade, mas pode apresentar resultados falso-
negativos em fases iniciais da doença.
O tratamento da erliquiose canina consiste na administração de antibióticos, como a
doxiciclina, além de medidas de suporte e controle de sinais clínicos, conforme
34
esclarecido por Carvalho, Carvalho e Mendes (2018) e Diniz, Breitschwerdt e Oliveira
(2016). A doxiciclina é efetiva no combate à bactéria Ehrlichia canis por penetrar nas
células infectadas e provocar a sua morte, além de impedir que a bactéria se
multiplique.
O tratamento de cães com infecção simultânea por Ehrlichia canis e outras bactérias,
como Rickettsia spp., pode ser um desafio clínico (Carvalho, Carvalho e Mendes,
2018). Nesses casos, pode ser necessário ajustar a dosagem, a frequência e a
duração do tratamento antibiótico.
O sistema nervoso central pode ser afetado pela erliquiose canina, resultando em
complicações neurológicas, como evidenciado por Gomes et al. (2019) e Machado et
al. (2018). A meningite é uma das complicações mais graves e pode apresentar
sintomas como dor na coluna vertebral, rigidez muscular, comportamento agressivo e
até convulsões.
Além disso, a patogenia da erliquiose pode desencadear a Síndrome de Angústia
Respiratória Aguda (SARA), caracterizada por uma reação inflamatória excessiva no
pulmão que pode levar à insuficiência respiratória e óbito, conforme descrito por
Machado et al. (2018). A gravidade da infecção, o tempo de evolução da doença e a
resposta imunológica do animal afetado são fatores que contribuem para o
prognóstico da doença.
Apesar da alta prevalência da infecção em cães, existem opções de tratamento
eficazes para a erliquiose canina. A administração de doxiciclina, por exemplo, é
capaz de diminuir a carga parasitária e melhorar o prognóstico da doença, conforme
evidenciado por Ferreira et al. (2019). No entanto, a precocidade do diagnóstico e o
início do tratamento são fundamentais para reduzir a morbidade e mortalidade
associadas à doença.
Foi atendida pelos serviços de clínica médica da clínica escola, uma paciente, de
nome Mimis, cadela da raça Shih Tzu, com 9 anos de idade e peso de 5,300 kg. Ela
foi resgatada há 8 anos e passou por uma cirurgia de cesariana com OH
(Ovariohisterotomia) para a remoção de fetos mortos, juntamente com uma
35
nodulectomia em mama. Recentemente, dois nódulos nas mamas M1 e M2
observados pela tutora já em 2020, apresentaram crescimento abrupto nos últimos 2
meses. Durante a primeira consulta, realizada em 14 de abril de 2023, na anamnese,
foi relatado que a paciente em questão apresentava quadro de normofagia alternada
com hiporexia, poliúria, intolerância ao exercício, claudicação dos membros torácicos
devido ao peso do tumor, rarefação pilosa bilateral na região torácica dorsal, pelos
opacos e quebradiços. Relatou-se ainda, a convivência com mais 14 cães em
ambiente super infestado de carrapatos. Alinhada a esta observação, ao exame físico,
durante a inspeção visual, observou-se a presença de carrapatos distribuídos por todo
o tegumento do animal. Em continuidade, o exame físico revelou uma temperatura de
37,3°C, mucosas hipocoradas, teste de prega cutânea com retorno lento, tempo de
preenchimento capilar maior que 3 segundos, frequência cardíaca de 60 batimentos
por minuto e frequência respiratória de 32 movimentos por minuto. Também foi
observada linfadenomegalia e desidratação.
Na percepção da hipovolemia apresentada pela paciente, exames complementares
foram realizados para auxiliar no diagnóstico definitivo uma vez que, o diagnóstico
presuntivo fora o quadro neoplásico, sugeria uma doença transmitida por vetor. O
hemograma revelou anemia regenerativa, leucocitose e trombocitose. Os resultados
dos exames bioquímicos mostraram níveis de creatina e BUN abaixo dos valores de
referência, enquanto os níveis de AST e ALT estavam acima dos valores de
referência. O teste rápido para doenças transmitidas por carrapatos foi positivo para
erliquiose. Radiografias ventrodorsais, laterolaterais direita e esquerda foram
realizadas, e a impressão diagnóstica apontou a presença de imagens compatíveis
com osteomas pulmonares, sem evidência de metástases. No dia 17 de abril de 2023,
foi realizado um ultrassom abdominal, que revelou uma cavidade gástrica com lúmen
repleto de alimento e vesícula biliar com repleção líquida moderada.
Em 25 de abril de 2023, a cirurgia de mastectomia unilateral foi realizada em Mimis.
Após o procedimento, foi observado um edema generalizado durante o período de
internamento, além da necessidade de transfusão sanguínea devido à anemia grave.
No dia 26 de abril de 2023, foram realizados exames histopatológicos dos tecidos
removidos durante a cirurgia, e o diagnóstico morfológico indicou a presença de
osteossarcoma. Em 2 de maio de 2023, um novo hemograma foi realizado, revelando
anemia regenerativa, monocitose, trombocitose e leucocitose.
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A recuperação de Mimis tem sido desafiadora, exigindo cuidados intensivos e uma
abordagem multidisciplinar. A equipe médica tem se empenhado em fornecer terapia
de suporte, incluindo transfusões sanguíneas, monitoramento regular dos parâmetros
clínicos e ajustes no tratamento para garantir a estabilização do quadro.
O caso de Mastectomia em cadela com erliquiose, envolvendo a paciente Mimis, tem
sido desafiador devido à presença do osteossarcoma, complicações pós-cirúrgicas e
a necessidade de cuidados intensivos. A abordagem terapêutica tem envolvido a
administração de tratamento específico para erliquiose, juntamente com a
mastectomia e suporte clínico adequado. A evolução do caso tem sido monitorada de
perto, com ajustes no tratamento conforme necessário. O acompanhamento contínuo
e os cuidados de enfermagem adequados são essenciais para promover a
recuperação e o bem-estar da paciente.
DISCUSSÃO
O diagnóstico precoce de tumores mamários em cadelas, como no caso de Mimis, é
fundamental para reduzir a morbidade e mortalidade associadas a essa condição (Kim
et al., 2021). A mastectomia é frequentemente o tratamento indicado para cadelas
com tumores mamários, especialmente se os nódulos forem grandes ou apresentarem
malignidade (Malmberg et al., 2020). No caso de Mimis, a cirurgia mastectomia
unilateral foi realizada com sucesso para remover os nódulos nas mamas M1 e M2,
que apresentaram crescimento abrupto nos últimos 2 meses, juntamente com uma
nodulectomia em mama anterior e castração realizadas há 8 anos atrás.
A erliquiose canina, uma doença transmitida por carrapatos, é uma complicação
comum em cães, apresentando uma das maiores prevalências no mundo (Carvalho
et al., 2018). Os sintomas variam de leves a graves e podem incluir anorexia, febre,
letargia, vômitos, icterícia e disfunção renal e hepática (Camargo et al., 2020). No caso
da Mimis, poliúria, intolerância ao exercício, rarefação pilosa bilateral na região
torácica dorsal e carrapatos foram observados, juntamente com a detecção de
erliquiose. A terapia para a erliquiose inclui o uso de antibióticos eficazes contra as
bactérias do gênero Ehrlichia, juntamente com terapia de suporte, como a
administração de fluidos e a transfusão sanguínea, se necessário (Diniz et al., 2016).
37
A presença de osteossarcoma em Mimis é uma complicação adicional e apresenta
um desafio adicional no tratamento. O osteossarcoma é o tumor ósseo primário mais
comum em cães e é altamente invasivo, com uma taxa de metástase significativa
(Amaral et al., 2020). No caso de Mimis, o exame histopatológico dos tecidos
removidos durante a cirurgia revelou a presença de osteossarcoma. Os cuidados
intensivos e a supervisão clínica adequada são de extrema importância no tratamento
dessas condições.
A anemia regenerativa, os níveis elevados de ALT e AST, juntamente com a
trombocitose e leucocitose em Mimis, são achados comuns em cães com neoplasias
e complicações sistêmicas decorrentes (Gonçalves, 2020; Romero et al., 2019). A
terapia adequada requer a realização de exames complementares, juntamente com a
administração de terapia específica e suporte clínico.
O acompanhamento continuo e cuidados de enfermagem adequados são críticos para
garantir uma recuperação adequada de pacientes como Mimis. A terapia de suporte,
como a administração de fluidos, transfusões sanguíneas e monitoramento regular
dos parâmetros clínicos, é essencial para garantir a estabilização do quadro. A
abordagem multidisciplinar e personalizada também é fundamental no tratamento
dessas condições complexas para obter o melhor resultado possível.
Em resumo, o caso clínico de Mastectomia em cadela com erliquiose, envolvendo a
paciente Mimis, destaca a importância da detecção precoce, terapia específica,
suporte clínico adequado e monitoramento cuidadoso durante o processo de
recuperação de pacientes com condições complexas. Tratamentos multidisciplinares,
personalizados e bem gerenciados são de fundamental importância para garantir o
melhor resultado possível na recuperação de pacientes com complicações sistêmicas
decorrentes.
Neste contexto, destaca-se a importância da abordagem personalizada e
multidisciplinar no tratamento de pacientes com condições complexas, como no caso
da Mimis. A terapia deve envolver uma equipe integrada, incluindo veterinários,
enfermeiros, terapeutas hepticos, oncologistas, dentre outros que possam estar
envolvidos no cuidado com os pets. Uma abordagem integrada com uma colaboração
ativa entre seus envolvidos e especialistas na área são cruciais para obter melhores
resultados com terapias personalizadas que respeitem as particularidades de cada
paciente (Takano et al., 2021).
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Um estudo publicado recentemente indicou que o câncer é um dos principais
causadores de mortalidade em cães, representando cerca de 30% das causas de
morte na população canina (Gangwar et al., 2022). Nesse sentido, a detecção precoce
e o tratamento adequado são fatores críticos que estão diretamente relacionados à
melhoria da qualidade de vida dos animais de estimação (Bertazzolo et al., 2021). Por
isso, é importante a adoção de medidas preventivas e educativas para os tutores dos
animais, tais como realização periódica de exames de prevenção, administração de
vacinas adequadas, e cuidados quanto ao uso de protetores solares em pets de pelo
claro (Kluger et al., 2022).
O caso clínico de Mastectomia em cadela com erliquiose, envolvendo a paciente
Mimis, também mostra a importância da implementação de protocolos bem definidos
para o tratamento de pacientes com condições complexas, como o uso de antibióticos
eficazes para combater as infecções secundárias e a terapia de suporte para
minimizar o impacto da doença na saúde geral do animal. A administração de
analgésicos e antiinflamatórios pode ser necessária para minimizar o desconforto pós-
operatório e ajudar no processo de recuperação (Milovancev et al., 2019).
Por fim, destaca-se que o sucesso no tratamento e recuperação de pacientes com
condições complexas depende de uma série de fatores, incluindo diagnóstico precoce,
tratamento individualizado, acompanhamento cuidadoso e a administração adequada
de medicamentos específicos, conforme a particularidade de cada caso. São fatores
cruciais para garantir uma abordagem bem-sucedida, identificando potenciais
complicações e a adoção de medidas preventivas, visando o bem-estar do animal e a
redução de sua morbidade e mortalidade.
CONCLUSÃO
Em conclusão, este relato de caso destaca a complexidade da erliquiose canina em
um cenário de cirurgia de mastectomia. O diagnóstico precoce, a escolha adequada
do tratamento, a monitorização cuidadosa durante o período pós-operatório e os
cuidados de enfermagem são essenciais para a recuperação bem-sucedida de cães
com erliquiose canina submetidos a mastectomia. No entanto, é importante ressaltar
que cada caso clínico é único e requer uma abordagem individualizada. A realização
de mais estudos e relatos de caso é necessária para uma melhor compreensão da
39
interação entre a erliquiose canina e os procedimentos cirúrgicos, a fim de melhorar
as estratégias de tratamento e cuidados para esses casos específicos.
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