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II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
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II Colóquio Técnico e Científico da
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Sumário
CLÍNICA E CIRURGIA
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Clínica e Cirurgia
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INTRODUÇÃO
Presente na estratosfera, o gás de ozônio tem sido avaliado
e utilizado com fins medicinais. Este gás possui um grande Figura 1: a) imagem da ferida 60 dias após o incidente
poder oxidante, além de propriedades bactericidas, (14/05/2018); b) imagem da ferida registrada logo após a
fungicidas e viricidas. O ozônio pode ser utilizado no última sessão de ozonioterapia; c) imagem da ferida em
tratamento de diversas patologias, como doenças arteriais, 30/10/2018.
úlceras e lesões de pele, imunodeficiências, hepatites,
terapia de suporte em pacientes com câncer, inflamações e
tratamentos dentários. Entretanto, a ozonioterapia não deve
ser empregada como tratamento principal, e sim como uma
terapia complementar.
O presente trabalho apresenta um relato de caso de
tratamento de ferida dermatológica em jarrete de um equino,
domiciliado no município de Cláudio, estado de MG.
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INTRODUÇÃO
A displasia renal (DR) é uma doença que afeta o
parênquima renal, podendo se manifestar de forma
adquirida, congênita ou hereditária, causando insuficiência
renal em cães jovens. Qualquer agente agressor, incluindo
vírus, pode interferir no desenvolvimento embrionário do
néfron provocando esta doença. As raças mais acometidas
são Shih-tzu, Ilhasa Apso e Yorkshire, mas estudos
demonstram que esta enfermidade pode ocorrer em todas
as raças, tanto em machos quanto em fêmeas. Alguns dos
achados que foram encontrados, em diferentes relatos de
casos e artigos experimentais, são a presença de rins
pequenos, disformes, pálidos, e parênquima com
hiperecogenicidade devido modificações celulares. As Tabela 1 - Achados morfofisiológicos em cães com displasia
alterações encontradas são cruciais para o diagnóstico renal
7
preciso da Displasia Renal . Dada à relevância da DR na Um paciente com DR pode surgir por causa de má-formação
saúde dos pacientes caninos, este trabalho tem como congênita hereditária ou adquirida, provocando a destruição
objetivo realizar uma revisão bibliográfica abordando os ou morte dos néfrons e gerando danos nos rins . Desta
2
aspectos morfofisiológicos dos rins acometidos. forma, os néfrons destruídos não se recuperam,
MATERIAIS E MÉTODOS ocasionando sinais clínicos como polidipsia, poliúria, vômitos
4
Para a realização desta revisão bibliográfica, se utilizaram entre outros relacionados a alterações das funções renais .
as seguintes bases de dados: PubMed, Scientific Eletronic As alterações fisiológicas da DR encontradas pelos autores
Library Online (SCIELO) e Bibliotecas virtuais. Dessa forma citados na Tabela 1, apresentaram-se quando grande parte
se procuraram artigos científicos por meio de palavras dos constituintes primordiais da função renal se encontraram
chaves e descritores, referindo-se a: ―Nefrologia‖, ―Pequenos em estado defeituoso ou até mesmo afuncionais, devido as
animais‖, ―Rim‖, ―Anatomia‖ e ―Histologia‖. Os artigos foram alterações teciduais. Além disso, por meio de exames
selecionados de acordo com o tema deste trabalho. radiográficos pode ser observado a presença de
RESULTADOS E DISCUSSÃO osteoporose. Isto se deve ao aumento do fósforo circulante
A Displasia Renal (DR) caracteriza-se pela presença de que evita que o fígado modifique a vitamina D, provocando a
1
substâncias nefrotóxicas nos rins, o que torna esses órgãos diminuição da absorção do cálcio pelos rins . A identificação
3
desfavoráveis para as etapas de crescimento do animal . A dessas alterações em determinadas raças permite a adoção
forma mais extrema dessa afecção é chamada de rim das medidas de Renoproteção que inclui a prevenção,
multicístico. Nesta classificação, grande parte do tecido proteção e o controle da doença renal instalada.
renal é substituída por cistos e tecido fibroso, sendo indicada CONSIDERAÇÕES FINAIS
5
a nefrectomia do rim anormal . A DR é identificada Os aspectos morfofisiológicos pautados neste trabalho
principalmente com alterações na imagem ultrassonográfica contribuem claramente na identificação e no entendimento
do rim, que revela diminuição ou perda da definição das do diagnóstico da DR, o qual é extremamente importante
regiões cortical e medular de cães muito jovens. Não devido ao caráter hereditário da doença, e desta forma evita-
obstante, o rim com DR possui alteração no tamanho como se a utilização destes animais para a reprodução. Por outra
se mostrado na Figura 1. parte, pode-se incluir como tratamento conservador a ração
Figura 1: Rins com características morfofisiológicas de cães renal ou uma dieta de poucas proteínas e fósforo, e fluidos
com displasia renal. intravenosos para minimizar os teores de toxinas
metabolizadas nos rins.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. AMSTUTZ H E. Manual Merck de Veterinária. 8º ed. São Paulo:
Editora Roca, 2001.
2. BABICSAK VR et al. Contribuição da ultrassonografia para o
diagnóstico da displasia renal em cães. Veterinária e Zootecnia. 2012
19(2): 181-185.
3. BIRCHARD JS Manual Saunders – Clínica de Pequenos
Animais: 2º ed. São Paulo: Rocca, 2003.
4. CORSI V, Doença renal crônica em pequenos animais
Fonte: GUIMARÃES et al. (2014) [Trabalho Monográfico de pós-graduação]. Campinas: Clínica médica de
Os estudos conduzidos pelos autores descritos na Tabela 1, Pequenos Animais da UCB; 2007
5. CUNHA A.S. et. al., displasia renal: revisão clínico-patológica,
relataram que na DR ocorre redução do tamanho do rim, ACTA Médica Portuguesa 1992: 5:274-278
perceptível no diagnóstico por imagem (ultrassom). Essa 6. GUIMARÃES L.L.B., et. al., Achados patológicos em caninos
alteração macroscópica está relacionada com as diversas com displasia renal no Sul do Brasil, 2014: 34(12):1227-1230
mudanças histológicas que ocorrem no parênquima renal. 7. PICUT CA, Lewis RM. Microscopic Features of Canine Renal
Dysplasia. Department of Veterinary Pathology, New York State College of
Veterinary Medicine. 1987;(24):156-163. 7.
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MATERIAIS E MÉTODOS
REVISÃO DE LITERATURA
Alguns dos acupontos relacionados ao coração são: C-1, Fonte: Livro ―Quatro Patas Cinco Direções, Cheryl Schwartz, DVM‖.
localizado no centro da axila que serve para tratar de dor no . Vaso Concepção VC17: Beneficia o diafragma e regula a
tórax e na região cardíaca; C-7, localizado no aspecto respiração.
caudal do rádio próximo ao osso acessório do carpo que . Fígado F2: Libera calor do fígado, olhos e cabeça.
serve para tratar dor na articulação do carpo e ansiedade; C- . Baço/Pâncreas BP6: Umedece e tonifica o sangue e os fluidos.
4, localizado na borda caudolateral do membro anterior, . Coração C7: Equilibra o Coração enquanto estabiliza as emoções.
indicado para tratar as dores no membro anterior. Existem
fatores como nutrição, hábitos de vida, clima, entre outros, CONCLUSÕES
que facilitam o tratamento das doenças por meio da
acupuntura. Embora muitos outros pontos possam ser A acupuntura veterinária é realizada com o intuito de
considerados, alguns são úteis para o tratamento dos prolongar a vida do paciente, melhorando seu desempenho
componentes emocionais, como por exemplo inquietações, físico e sentimental, diminuindo a tensão tanto do animal
ansiedade e depressão. Para ansiedade e inquietação, quanto do dono, além de auxiliar no tratamento de
utilizam-se os pontos VG-20 (localizado na região occipital); patologias. Perceber e reequilibrar essas desarmonias no
PC-7 (no osso acessório do carpo); B-15 (lateralmente a início podem prevenir o estabelecimento de doenças,
linha média dorsal); C-7 (no aspecto caudal do rádio). No minimizando os problemas cardíacos. Os pontos de
caso da depressão, os pontos utilizados são VG-20 acupressão, suplementos nutricionais e as recomendações
(localizado na região occipital); PC-6 (no lado medial do dietéticas, podem ser benéficas em associação ao
membro anterior); B-13 (no oitavo espaço intercostal); VC-14 tratamento médico. Além disso, é importante providenciar
(na linha média ventral, próximo ao processo xifoide). Alguns exercícios regulares na rotina do animal e oferecer uma
sinais precoces e/ou tardios podem auxiliar na identificação atmosfera calma para viver e particularmente para comer
de alguma disfunção cardíaca no animal. Dentre eles
podemos citar: BIBLIOGRAFIAS
Sinais Precoces de Desequilíbrios no Coração:
- Agitação, perambulação, uivo, latido excessivo; 1. ―Quatro Patas Cinco Direções, Cheryl Schwartz, DVM‖.
- Ofegar excessivo, sede e fadiga após exercícios. 2. KIMURA, Y., HARA, S. The effect of electroacupuncture stimulation on
rhythm of autonomic nervous system in dogs. J. Vet. Med. Sci., v.70,
Sinais Tardios de Desequilíbrios no Coração: p.349, 2008.
- Fadiga severa, tosse durante repouso ou exercícios; 3. KIDD, J.R. Alternative medicines for the geriatric veterinary patient. Vet.
- Dificuldade respiratória, sopros no coração; Clin. Small Anim., v.42, p.809-822, 2012.
- Perda de peso e diarreia.
Figura 1: Principais acupontos em cães.
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BIBLIOGRAFIAS
1. FARIA, A.B., SCOGNAMILLO-SZABÓ, M.V.R., ACUPUNTURA
VETERINÁRIA: CONCEITOS E TÉCNICAS - REVISÃO, Jaboticabal, SP,
v.24, n.2, 083-091, 2008.
2. TAGUTI, É.M. ACUPUNTURA VETERINÁRIA EM PEQUENOS
ANIMAIS. Botucatu, 2009.
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ALTERAÇÕES ANATÔMICAS CAUSADAS POR OSTEOPATIA HIPERTRÓFICA EM CÃES
Ferreira S.I 1*, César A.A.F², , De Oliveira M.C2, Martins M.L.F2, De Oliveira T.H2, Fabrizia Portes Curi Lima3, Rocha, Bruno Divino3.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG - Brasil
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
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ALTERAÇÕES CLÍNICAS EM CADELA SENIL COM PIOMETRA
Maria Eduarda Pereira de Melo1, Suellen da Silva Dutra¹, Darlene Souza Reis¹, Joana Rodrigues dos Santos², Fabrízia Portes Cury Lima3.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Medico Veterinário autônomo – UFMG– Belo Horizonte/ MG – Brasil
3
Professor do curso de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
A hiperplasia endometrial cística é uma lesão patológica No exame ultrassonográfico foi observado dimensões
primária, que ocorre por repetidas estimulações de levemente aumentadas de útero, presença de conteúdo
progesterona (P4). O aumento dos níveis de P4 estimula a anecogênico e paredes espessadas, e fígado levemente
proliferação de glândulas endometriais e das suas atividades aumentado. Frente ao diagnóstico de piometra aberta, por
secretoras.(2) A progesterona na fase luteínica do ciclo ser um animal que está entrando na senilidade e devido as
estral irá promover alterações como: inibição das repostas alterações apresentadas nos exames laboratoriais e no
leucocitárias e redução da atividade do miométrio. Ademais, ultrassom, sugestivos de uma possível toxemia, foi realizado
a liberações de estrógeno no cio provocam também uma a estabilização da paciente com fluidoterapia intravenosa e
hiperplasia do endométrio, e por consequência aumentam antibioticoterapia de amplo espectro. O tratamento de
os receptores endometriais de progesterona.(3) Tais escolha para esse caso foi a cirurgia de
alterações associada abertura do colo uterino, predispõe à ováriosalpingohisterectomia – OSH. (Fig1).
contaminação bacteriana por via ascendente do trato
geniturinário ou por via hematológica (menos comum). A
dificuldade em eliminar os agentes bacterianos do útero pós
o cio, devido a inibição da resposta leucocitária, resulta em
piometra (condição inflamatória séptica). Essa patologia
pode ocorrer de duas formas:aberta em que a cadela
apresenta corrimento vaginal purulento ou fechada, sendo
essa mais grave devido a possibilidade de translocação
bacteriana ou risco de ruptura do útero secreção
mucopurulenta contaminada na cavidade abdominal,
resultando em peritonite.(2) O diagnóstico confirmatório para
piometra se dá com base na anamnese, na associação de
exames complementares, laboratoriais, ultrassonográficos e
radiográficos, pois fornecem importantes ferramentas para
detecção de anormalidades metabólicas e macroscópicas
dos órgãos acometidos.(2;4)
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ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS EM RUMINANTES INTOXICADOS POR CESTRUM AXILLARE
Nayara Starling Pereira Martins da Costa1*, Aléxia Pimenta Bom Conselho¹, Luciene Ferreira da Conceição¹, Mariana Alves
Silva¹, Mariana Cardoso Batista Pimenta¹ Mariana Gonçalves Rangel¹ Matheus Antônio Resende¹ Breno Mourão de Sousa2,
Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira 2, Prhiscylla Sadanã Pires 2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
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AMPUTAÇÃO DE DÍGITO: REALATO DE CASO
Vinicius Araújo de Morais 1*, Rayanne Braga da Silva¹, Bruna Fonseca da costa¹, Stephanie Raissa Rodrigues Silva¹, Carlos Eduardo
Daurell¹, Nayara Starling Pereira Martins da Costa¹, Nayara da Silva Ribeiro¹,
Leandro Andrade Silva², Gustavo Henrique Moreira².
1
Graduando em Medicina Veterinária – Uni-Bh – Belo Horizonte/ MG – Brasil
² Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
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ANÁLISE DE MASTOCITOMAS CANINOS SOB DIFERENTES CLASSIFICAÇÕES
Maíra Meira Nunes¹, Ariane Martins Alves¹, Ana Júlia Vaz¹, Janine Tores de Figueiredo¹,
Bárbara Faleiro dos Santos¹, Daísa Santana Melo, Karen
Yumi Ribeiro Nakagaki², Aldair Junio Woyames Pinto³, Prhiscylla Sadanã Pires³.
¹Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte – MG - Brasil
²
Responsável técnica do Celulavet – Centro de Diagnóstico Veterinário.
³Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
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ANÁLISE DESCRITIVA DA LITERATURA DISPONÍVEL SOBRE A TRANSMISSÃO, PREVENÇÃO,
CONTROLE E TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC)
Raffaela Linhares Coelho1*, Barbara Faleiro dos Santos1, Caroline Lopes Gomes de Oliveira¹, Renan Neto Magalhães Barbalho¹, Camila
Stefanie Fonseca de Oliveira2, Bruno Divino Rocha3.
1
Graduandos em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professora adjunta do Departamento de Medicina Veterinária – UFMG - Belo Horizonte – MG – Brasil - sfo.camila@gmail.com
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil – brunodivino@yahoo.com.br
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ANÁLISE QUANTITATIVA DE FÊMEAS PARA DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA
Gustavo Fonseca1*, Clarissa Lustosa¹, Bruna Santos¹, Anna Assunção¹, Alexandra Abreu¹, Bárbara Tadim¹, Yara Costa¹, Luiz Telles².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
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INTRODUÇÃO
As serpentes podem apresentar em sua dentição quatro
tipos básicos de arcada dentária, chamadas Áglifa,
Opistóglifa, Proteróglifa e Solenóglifa, sendo algumas
serpentes peçonhentas ou não. A classificação de cada
serpente se dá pela presença ou ausência das presas e sua
localização (1). Os grupos de presas são reconhecidos de
acordo com sua posição (anterior ou posterior) na mandíbula Figura 1: Ilustração mostrando os quatro tipos básicos de
superior (3). Durante a evolução das serpentes, muitas dentição das serpentes.
especializações foram desenvolvidas relacionadas à sua
dentição no que diz respeito à função de condução da
peçonha (4). As presas de várias cobras são utilizadas para
injetar veneno em suas capturas, são longos dentes que
possuem um sulco ou canal no qual a peçonha após sair do
par de glândulas (situadas na base da cabeça) corre ou flui
internamente no dente, respectivamente, até chegar à sua
vítima (2/3). A origem deste sulco vem de uma hipótese que
diz que ele foi desenvolvido a partir da invaginação da
parede epitelial durante o desenvolvimento do germe
dentário das presas (2). O objetivo deste trabalho é reunir
informações sobre as diferenças dos tipos de arcada
dentária das serpentes.
MATERIAL E MÉTODOS
As informações utilizadas foram obtidas por meio de revisão
A. áglifa; B. opistóglifa; C. proteróglifa; D. solenóglifa.
de literatura de artigos científicos e livros.
Fonte: Adaptado de Franco (2003)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
As serpentes denominadas Áglifas são aquelas que não
possuem presas em sua arcada dentária, ou seja, não são De acordo com a literatura, ao longo da evolução das
peçonhentas. Apresentam, em toda a boca, dentes maciços serpentes, sua dentição sofreu diversas modificações,
que ajudam a conter a captura, como exemplos a Jibóia e a originando quatro tipos diferentes de arcadas dentárias:
Sucuri. Algumas das espécies de serpentes que são Áglifa, Opistóglifa, Proteróglifa e Solenóglifa. Essas
denominadas Opistóglifas apresentam um par de presas na modificações foram de extrema importância para a
região posterior da maxila superior, como a cobra Muçurana sobrevivência dessas serpentes, pois as presas originadas
e Cobra-cipó. As Proteróglifas são serpentes que contendo o canal no qual conduz a peçonha, no caso das
apresentam presas rígidas, as quais possuem um sulco serpentes com dentição Proteróglifa, Solenóglifa e algumas
mais profundo do que nas encontradas nas Opistóglifas, na Opistóglifa, são utilizadas ao decorrer de suas vidas para
região anterior da boca, como as Najas e Mambas. As sua defesa e sua alimentação. Apesar das serpentes com
serpentes Solenóglifas apresentam presas móveis e dentição Áglifa não apresentarem presas, sua arcada
caniculadas, recobertas por uma bainha chamada vagina dentária é essencial na hora da contenção de sua captura.
dentalis, na região anterior da boca, como a Jararaca e a Realizar a anatomia comparada das arcadas dentárias é
Cascavel. Todos os seus dentes são repostos, inclusive as muito importante, visto que ajuda na identificação de
presas (FIG.1). diversos tipos de serpentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Lobo LM et al. Análise comparativa dos diferentes tipos de dentição em
serpentes. Acta Tecnológica, vol.9, No 2, p.1-8, 2014.
2. Zahradnicek O et al. Viperous fangs: Development and evolution of the
venom canal. Mechanisms of Development 125, p.786, 2008.
3. Vonk FJ et al. Evolutionary origin and development of snake fangs. Nature
454, p.630, 2008.
4. Borget CM. Dentitional phenomena in cobras and other elapids with notes
on adaptive modifications of fangs. Bulletin of the American Museum Natural
History, v.81, p.338, 1943.
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ATRESIA ANAL EM BEZERRA GIR: RELATO DE CASO
Henrique Lamego¹, Peterson Oliveira¹, Tiago Carvalho¹, Tomás Monteiro¹, Fabrízia Portes Cury Lima2
1
Graduando em MedicinaVeterinária – UniBH - Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professora do Curso de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte/ MG – Brasil
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BEM ESTAR E ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL PARA GATOS DOMÉSTICOS
Natália Félix Rezende1, Janine Ramos da Silva Santos Dias1, Luisa Andrade Azevedo¹, Rafaella Linhares Coelho¹,
Núbia Isabela Barbosa¹, Caroline Lopes Gomes de Oliveira¹, Gabrielle Olivia Avelino Coelho¹,
Vinicius Santos Moura¹ Bruno Divino Rocha², Luiz Flávio Telles2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte – MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte – MG – Brasil
compõem sua dieta, tal como leões-marinhos e focas (2). 2. RIBEIRO, Ana Karyne Santa Cruz, ASPECTOS ECOLÓGICOS E COMPORTAMENTAIS DO
As mudanças climáticas, tais como tempestades, TUBARÃO BRANCO, Carcharodon carcharias, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA 2013.
inundações e temperaturas extremas, influenciam 3. Corbyn, Zöe, Migration tracking reveals marine Serengeti, Nature, 2011, disponível em:
negativamente a migração de várias espécies marinhas, https://www.nature.com/news/2011/110622/full/news.2011.379.html, acesso: novembro de 2018.
fazendo com que haja perda de habitat, mudanças na 4. LASCELLES, Ben, et. Al., Migratory marine species: their status, threats and conservation
localização das presas e nas rotas de migração, esta, management needs, Aquatic Conserv: Mar. Freshw. Ecosyst. 24(Suppl. 2): 111–127 (2014), disponível em:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1002/aqc.2512, acesso: novembro de 2018.
influenciada pelas mudanças nas correntes oceânicas e das
temperaturas da superfície do mar, redução da 5. DOHERTY, P., D., et. Al., Long-term satellite tracking reveals variable seasonal migration
strategies of basking sharks in the north-east Atlantic, Nature Scientific Reports, 2017, disponível em:
produtividade e, possivelmente, aumento da mortalidade https://www.nature.com/articles/srep42837.pdf, acesso: novembro de 2018.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
CARCINOMA EM TUMOR MISTO EM CADELA
ALMEIDA, K. G ¹, MORAIS, T. R ², ANDERSSON, R. C ³, FERRARI, T, B ⁴, LIMA. F, P,C
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
sistólica (mmHg)
ANIMAL 1
Pressão arterial
esse distúrbio.
ANIMAL 2
O ducto arterioso é responsável pela conexão entre a artéria 200 ANIMAL 3
pulmonar e a artéria aorta, em região distal à artéria
ANIMAL 4
subclávia esquerda. Sua oclusão ocorre 24 horas após o
nascimento, tornando-se permanente após duas a três 0 ANIMAL 5
4
semanas devido à formação do ligamento arterioso . As 1 2 3 4 5
Dias após procedimento cirurgico
consequências fisiológicas da persistência do ducto são
dadas pelo seu tamanho e pela direção do fluxo sanguíneo,
sendo este ultimo determinado pela diferença entre a Tendo em vista que a pressão arterial sistólica considerada
5
resistência vascular sistêmica e a pulmonar . normal em cães é de 110 a 120mmHg, podendo ser aceita
em ambiente hospitalar até 170 mmHg devido ao estresse
O PDA é comumente tratado pela obliteração cirúrgica ou 7
em que o animal está submetido ; nota-se que quatro de
por oclusão intravascular através de cateteres, sendo a
cinco animais apresentaram pico hipertensivo após a
primeira técnica realizada por dissecação do ducto seguida
6 correção cirúrgica. Isso pode ser explicado pelo fato de que
de ligadura dupla do mesmo . A complicação mais grave da
ligadura do duto arterioso é a ruptura, bem como shunt com a obliteração cirúrgica, a pressão sanguínea exercida
na artéria aorta torna-se maior no pós operatório imediato
residual. Casos de PDA não tratados geralmente progridem
até que seja estabelecida adequação fisiológica do animal.
para insuficiência cardíaca congestiva esquerda, edema
6 Apenas o animal 4 apresentou pico hipertensivo no terceiro
pulmonar e óbito em um ano .
dia, possivelmente devido ao remodelamento cardíaco já
A condição mais comum de PDA é caracterizada pelo fluxo presente antes da cirurgia que levou a um maior esforço
sanguíneo da aorta para a artéria pulmonar (sentido da para adaptação circulatória. Este animal estava sob uso de
esquerda para a direita), denominada persistência clássica pimobendan, benazepril e furosemida.
5
do ducto arterioso . CONCLUSÕES
Este relato tem como objetivo avaliar as alterações de Com este levantamento conclui-se que, apesar da avaliação
pressão arterial sistólica durante o pós operatório de cinco da pressão arterial poder ser considerada subjetiva quando
casos de persistência clássica do ducto arterioso e avaliada pelo uso do doppler, a maioria dos animais
correlacionar com possíveis alterações cardiopulmonares apresentou pico hipertensivo principalmente no primeiro dia
concomitantes. após o procedimento cirúrgico. Alterações funcionais das
RELATO DE CASO E DISCUSSÕES câmaras cardíacas podem levar à apresentação de um pico
Foram atendidas e submetidas à cirurgia para correção de hipertensivo mais tardio, proporcionando prolongamento do
persistência do ducto arterioso, na Escola de Veterinária da tempo de internação do animal.
Universidade Federal de Minas Gerais (EV - UFMG), cinco BIBLIOGRAFIAS
cadelas das seguintes raças: pinscher, maltês, spitz alemão, 1. Buchanan, J.W., 2001. Patent ductus arteriousus morphology,
welsh corgi Pembroke e sem raça definida. Os referidos pathogenesis, types and treatment. J. Vet. Cardiol. 3, 7–16
2. den Toom, M.L., Meiling, A.E., Thomas, R.E., Leegwater, P.A., et
animais apresentavam sinais clínicos de dispneia, cansaço al., 2016. Epidemiology, presentation and population genetics of patent ductus
ao esforço físico, tosse, cianose, além de sopro continuo arteriosus (PDA) in the Dutch Stabyhoun dog. BMC Vet. Res. 12, 105.
característico de ―som de maquinaria‖. Todos os casos 3. Buchanan, J.W., 1999. Prevalence of cardiovascular disorders. In:
Fox, P.R., Sisson, D.D., Moïse, N.S. (Eds.), Textbook of Canine and Feline
tratavam-se da persistência clássica do ducto arterioso, não Cardiology: Principles and Clinical Practice, 2nd edn. W. B. Saunders, pp. 647
possuíam alterações de pressão arterial sistólica e foram Philadelphia, PA, USA
diagnosticados através de exame físico, eletrocardiograma e 4. Kittleson, M.D., 1998. Patent ductus arteriosus. In: Kittleson, M.D.,
ecodopplercardiograma, sendo as cadelas pesando de 1 a Kienle, R.D. (Eds.), Small Animal Cardiovascular Medicine. Mosby, St Louis,
MO, USA, pp. 218–230
12,3kg e variando de nove a cinquenta e dois meses. 5. Stopiglia, A.J.; Freitas, R.R.; Irino, E.T. et al. Persistência do Ducto
As dimensões dos ductos foram mensuradas Arterioso em Cães: Revisão. Revista de Educação Continuada do Conselho
macroscopicamente no momento da cirurgia e foram obtidos Regional de Medicina Veterinária de São Paulo, São Paulo, v. 7, nos 1/3, p.
23- 33, 2004
os valores de 0,3 X 0,5cm; 0,5 X 0,5cm; 1cm X 0,2cm; 0,6 6. Tobias, A.H., Stauthammer, C.D., 2010. Minimally invasive per-
cm X 0,5 cm; 1cm X 0,5cm; X; Y referentes a animal 1, catheter occlusion and dilation procedures for congenital cardiovascular
animal 2, animal 3, animal 4, animal 5 respectivamente. abnormalities in dogs. Vet. Clin. N. Am. Small Anim. Pract. 40, 581–603.
Os valores de pressão arterial sistólica dos pacientes foram 7. Tilley, L.P., Goodwin, J.K. Manual de cardiologia cães e gatos.
Roca, São Paulo, SP, 2002.
acompanhados através da pressão arterial invasiva nos dois APOIO: Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
COLIBACILOSE NEONATAL EM BEZERROS
Sannelly Assis Procópio1, Alexandre Ferreira Sturzeneker1, Daniele Cristine de Oliveira Freitas ¹,
Gabriel Rodrigues Franco da Cruz1, Larissa Soares Ramos¹, Luiz Felipe Justiniano Gonçalves¹,
Breno Mourão de Souza2, Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira2, Prhiscylla Sadanã Pires2.
1
Graduando em Medicina Veterinária– UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
A pesquisa bibliográfica foi realizada através do Google Figura 2: Utilização do pedilúvio como medida preventiva à
Acadêmico e comunicado técnico da EMBRAPA. Os critérios pododermatite.
para a seleção da bibliografia basearam-se em trabalhos
publicados entre os anos de 2010 a 2018. As palavras
chaves utilizadas: pododermatite, caprinos, ovinos, infecção.
REVISÃO DE LITERATURA
diferente naquela época.⁴ A domesticação pode sugerir, well-being of cats, a carnivore that has moved indoors. 2011, JAVMA, Vol 239, No 5.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
CRIOPRESERVAÇÃO DE SÊMEN EQUINO: REVISÃO DE LITERATURA
Ana Claúdia Junqueira de Castro1; Lucas Fiusa Araújo¹; Fernanda Diniz Francisco¹; Fabrízia Portes Cury Lima. ²
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
3
Professor do curso de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil - fabrizia.lima@prof.unibh.br
3,4
INTRODUÇÃO são bem estabelecidos . Na maioria dos casos são
O Brasil é um dos países com a maior biodiversidade do observados sinais como letargia e dispneia devida à
mundo, sendo constituído por 6 diferentes biomas, utilizado dilatação cardíaca exacerbada e a menor capacidade de
1
como abrigo para diversas espécies animais . Porém, são expansão pulmonar. Animais submetidos a longos períodos
observados inúmeros fatores relacionados à degradação a dietas com baixo teor de taurina podem evoluir pra atrofia
destes biomas, estando vinculados ao aceleramento do do miocárdio e morte.
processo de extinção das espécies. Sendo assim, é A taurina também atua no mecanismo osmótico da epiderme
4
crescente o deslocamento de animais silvestres e ocupação e sua deficiência ocasiona em alopecia . Entretanto,
de áreas urbanas pelos mesmos. conforme relatado por Lupppi (2008), o crescimento é
O número de tamanduás recolhidos por órgãos fiscais do reestabelecido dias após o tratamento (Figura 1).
meio ambiente é baixo quando comparado a outras O tratamento e prevenção se baseiam na suplementação
espécies, mas significante. Segundo o Centro de triagem de dos animais que apresentam deficiência. Devido ao
animais silvestres do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e comercio de produtos específicos para animais insetívoros
dos Recursos Naturais Renováveis (CETAS-IBAMA), no ano ser restritos no Brasil, uma segunda alternativa é a utilização
de 2014 foram recebidos 127 tamanduás-mirins, criados em de rações para gatos, fornecimento de insetos como
cativeiro com posterior reintrodução na natureza, quando enriquecimento ambiental ou administração oral de taurina
2 3,4
não mais dependentes do auxilio humano . Deste modo, é sintética .
relevante, para fins de conservação da espécie, conhecer os
hábitos comportamentais e alimentares das diversas Figura 1: Evolução do caso clinico de um tamanduá após
espécies animais, onde, em alguns casos, pode ser administração de taurina sintética.
necessário a suplementação nutricional em cativeiro.
Além disso, são diversas as doenças relacionadas a falhas
nutricionais que afetam os tamanduás, sendo uma destas a
3,4
deficiência nutricional de taurina . Portanto, o objetivo do
presente trabalho é abordar a importância desse aminoácido
e sua necessidade de suplementação na dieta de Tamanduá
tetradactyla em cativeiro.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em plataformas
digitais e seleção de artigos entre o ano de 2005-2018 para
o desenvolvimento do presente trabalho.
REVISÃO DE LITERATURA
A: antes do tratamento; B: 3 dias após o tratamento; C: 12
Os tamanduás são insetívoros obrigatórios, alimentam-se de
meses após o tratamento (Luppi, 2008).
insetos, principalmente de cupim e formigas, mas também CONCLUSÕES
podem se alimentar de pequenos vertebrados. Com o auxilio
de suas longas garras, escavam cupinzeiros, facilitando a Conforme a preservação ex situ cresce com a finalidade de
3 aumentar a população e retirar essa espécie do risco
captura dos insetos com a língua . Em seu habitat natural,
sua alta ingestão de insetos satisfaz sua exigência iminente de extinção, cresce também a necessidade de
nutricional de taurina, porém, em cativeiro, é inviável a obter maiores informações sobre boas práticas de manejo
criação e manutenção de formigas e cupim, dificultando sua alimentar e comportamental. Além disso, proporciona ao
4 animal cativo condições semelhantes aos desafios
dieta que deverá ser suplementada .
A taurina é um aminoácido sulfurado, sintetizado a partir do enfrentados em vida livre, o que pode ser revertido em maior
metabolismo da metionina e cisteína pela enzima eficiência reprodutiva. As pesquisas envolvendo animais
descarboxilase no fígado na maioria das espécies, sendo silvestres vêm aumentando significativamente, no entanto,
encontrada exclusivamente em alimentos de origem animal .
4 ainda há uma defasagem de informações necessárias para
Nos tamanduás, assim como nos gatos, esse aminoácido é o total compreendimento nutricional e dos benefícios da
considerado essencial – isto é, não produzido pelo seu taurina no organismo dessa espécie. Contudo, é notório os
próprio organismo – devendo ser ingerido para suprir suas malefícios causados pela sua ausência.
BIBLIOGRAFIAS
necessidades. A taurina é encontrada na forma livre em
1. MMA, Ministério do meio ambiente. Biodiversidade. Disponível em:
vários tecidos do corpo, principalmente no cérebro, na retina http://www.mma.gov.br/biodiversidade.html Acesso em: 26 de outubro de
e na musculatura cardíaca, sendo o último o local de maior 2018.
concentração, auxiliando na contratilidade e frequência 2. CETAS-IBAMA. Relatório técnico 2002-2014. Mar., 2016
4 3. FRANCISCO, A.T.; TEIXEIRA, P.S. Biologia e manejo nutricional de
cardíaca .
tamanduás das espécies Myrmecophaga tridactyla E Tamandua tetradactyla
Contudo, a deficiência de taurina pode estar associada à mantidos em cativeiro: Revisão. Rev. Ciên. Vet. Saúde Públ., v.5, n. 1, p.
degeneração da retina, distúrbios neurológicos associados 085-0, 2018.
4. LUPPI, M.M. et. al., Deficiência de taurina em filhote de tamanduá-mirim
ou não a convulsões, anormalidades reprodutivas, ascite e (Tamandua tetradactyla) alimentado com substitutos de leite para cães e
cardiomiopatia dilatada, porém, seus mecanismos ainda não gatos. Ciência Animal Brasileira, v.9, n.4, p.1004-1009, 2008.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
DESCONGELAMENTO DE SEMEN E SEU IMPACTO NA TAXA DE VIABILIDADE
Felipe Álvaro de Aguiar Chaves1*, Alexandre Ferreira Gabriel¹, Gabriel Torres Pires Ferreira¹, Artur Maia Braga¹, Sergio Henrique Andrade
dos Santos¹, Thallyson Thalles Teodoro de Oliveira¹, Breno Mourão de Sousa², Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira², Prhiscylla
Sadanã Pires².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
Devido ao uso de animais geneticamente superiores, a Denomina-se procedimento convencional, aquele em que no
demanda de sêmen criopreservado aumentou no Brasil nas tempo máximo de 10 segundos ocorre a retirada das
últimas décadas, tornando-se essencial para a aplicação das palhetas do tanque contendo nitrogênio líquido, seguido da
biotécnicas reprodutivas como a inseminação artificial². sua colocação em recipiente com água aquecida a 37ºC,
Segundo Hafez ―o principal objetivo da preservação do permanecendo imerso por 30 segundos. Presumisse que
5
sêmen é obter gestações por inseminação artificial tão esse é o tempo seguro para o descongelamento.
eficazmente quanto a monta natural¹. Após o descongelamento, recomenda-se para a verificação
Está revisão tem por objetivo descrever a importância do da viabilidade espermática: testes de termorresistência
descongelamento do sêmen bovino, abordando os principais (TTR), hiposmótico (teste HO) e de reação acrossômica .
parâmetros de descongelamento e o seu impacto na taxa de Além de testes convencionais para investigação do número
fertilidade. total de espermatozoides móveis, da motilidade progressiva
e da morfologia. ³
Demais formas de descongelamento conhecidas, como
MATERIAIS E MÉTODOS descongelamento na mão, no bolso, na vagina da vaca e
Este trabalho foi conduzido por meio de revisões nas axilas, não serão recomendadas uma vez que
bibliográficas de dois artigos e três livros, publicados entre o provavelmente não apresentarão resultados satisfatórios na
ano de 2004 e 2015. fertilização.
A seleção foi realizada por pesquisa na base de dados
Scielo por meios dos descritores ―reprodução animal‖ e CONCLUSÕES
―descongelamento de sêmen‖. O descongelamento do sêmen criopreservado possui
Foram selecionados artigos que contemplassem a influência direta na taxa de fertilidade. Estudos
reprodução em larga escala, a capacidade técnica do demonstraram que para melhor aproveitamento
empresário rural e análise da criopreservação a 196ºC espermático, independente das formas de inseminação, o
negativos com nitrogênio líquido. sêmen dever ser descongelado em água com temperaturas
entre 35°C – 37ºC, manualmente ou eletronicamente. Este
REVISÃO DE LITERATURA processo garante a qualidade dos gametas envolvidos,
Hafez elucida as etapas do processamento do sêmen da preservando a sua morfologia, com consequências diretas
seguinte forma. O sêmen é coletado em temperatura sobre a sua motilidade, vitalidade e capacitação.
ambiente, posteriormente diluído, em seguida resfriado a
5ºC. Nesta etapa adicionando-se o glicerol, que é utilizado Figura 1. Ilustração de um descongelador eletrônico.
como agente crioprotetor. Em última etapa, o sêmen é
congelado em temperatura final de 196ºC negativos. ¹
O sêmen permanece armazenado por um longo período, até
que, no momento de sua utilização, passará pelo processo
de descongelamento.
Nos processos de congelamento e de descongelamento,
são possíveis a ocorrência de falhas que induzem alterações
nas membranas celulares, nas organelas, e na interação
célula-célula, que posteriormente afetam a capacidade Fonte: Disponível em https://www.abspecplan.com.br/descongelador,
4
fecundante do espermatozóide. A lentidão no processo de acessado em 11/11/2018, às 18:07.
descongelamento causa a reorganização dos cristais de
gelo. E, por ser uma célula complexa, o espermatozoide BIBLIOGRAFIAS
torna-se infértil quando um de seus fatores bioquímicos ou 1. HAFEZ, B. Reprodução animal / B. Hafez, E.S.E Hafez; [coordenação de
morfológicos são afetados. ³ tradução da 7. Ed. original Renato Campanarut Barnabe]. – Barueri, SP:
Hafez recomenda a forma de descongelamento de acordo Manoele, 2004. Pág. 441, 442, 443,
2. EMERICK, L. L.; DIAS, J. C.; VALE FILHO, V. R. do; SILVA, M. de A. e;
com o seu armazenamento. Se conservado em palhetas, ANDRADE, V. J. de; LEITE, T. G.; MARTINS, J. A. M. Avaliação da
aplica-se o descongelamento com imersão em água gelada Integridade de Membrana em Espermatozoide Bovino Criopreservado
até temperatura de 67ºC. Quando conservado em ampolas para Prever o Índice de Prenhez. Ciên. Anim. Bras., Goiânia-GO, v.12, n.3,
p. 536-546, jul./set. 2011.
sob condições de campo, devem ser descongeladas por 3. SIQUEIRA, J.B; GUIMARÃES, J.D; COSTA, E.P; HENRY, M.; TORRES,
meio de água gelada, por aproximadamente 8 minutos. Já C.A.A; DA SILVA, M.V,G,B; SILVEIRA, T.S; Relação da taxa de gestação
quando em pallets, recomenda-se o descongelamento a com sêmen bovino congelado e testes de avaliação espermática in vitro.
R. BRAS. ZOOTEC., v.36, n.2, p.387-395, 2007.
40°C, entretanto, quando em campo, poderá ser utilizado 4. Woods EJ; Benson JD; Agca Y; Critser JK. Fundamental cryobiology of
água gelada. Hafez reitera que as palhetas podem ser mais reproductive cells and tissues. Cryobiology. 2004; 48(2):146-156.
bem descongeladas a temperaturas de 37ºC, dependendo 5. Villa-Duque, Norberto; Valencia-Giraldo, Julián A.; Germán, Gómez-
do diluidor. ¹ Londoño; Henao-Uribe,Francisco J. Efecto de los errores en la
inseminación com semen congelado sobre la morfofisiología
Villa-Duque, Norberto. Et al, defendem uma padronização do espermática bovina. ORINOQUIA - Universidad de los Llanos - Villavicencio,
procedimento de descongelamento vislumbrando menor Meta. Colombia Vol. 19 - No 2 - Ano 2015.
APOIO: (GEPBOV)
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
DESLOCAMENTO DE ABOMASO A ESQUERDA EM VACA GIROLANDO
Carlos Eduardo Dayrell1, Rayanne Braga da Silva1, Vinicius Araújo de Morais¹, Stephanie Raissa Rodrigues Silva¹,
Bruna Fonseca da Costa¹, Nayara Starling Perreira Martins da Costa¹, Arthur Caio Otoni¹, Caroline de Oliveira Santos¹,
Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira², Leandro Silva Andrade².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
Para revisão de literatura foram utilizados artigos científicos
nacionais, disponíveis online em texto completo sobre a
temática, acessados na base de dados Google acadêmico,
publicados nos últimos seis anos (2009 a 2012).
REVISÃO DE LITERATURA
Existem dois tipos de diabetes mellitus, o tipo I, mais comum
em cães e caracterizado por ser dependente de insulina, e o
tipo II, não dependente de insulina. O número de casos de
diabetes mellitus tipo I nos cães, vem aumentando
gradativamente pelo fato dos animais não alimentarem de
maneira correta e não se exercitarem, permitindo ganho de
peso exacerbado. Essa alimentação incorreta é devido ao CONCLUSÃO
consumo de alimentos humanos, ricos em gordura, como a O diabetes mellitus tipo I é uma doença crônica de grande
comida caseira, pães e biscoitos oferecidos constantemente importância na clínica médica de pequenos animais que vem
pelos tutores, fazendo com que os cães adquiram doenças aumentando a incidência gradativamente entre as
que podem interferir na regulação glicêmica. populações de cães e gatos. O controle depende
A inabilidade na utilização da glicose induz o catabolismo exclusivamente da dedicação dos tutores, levando os
das reservas corporais (GRECO, 2001; NELSON, 2006), o animais constantemente ao médico veterinário para controle
aumento da cetogênese hepática, da lipólise e a mobilização hiperglicêmico, reduzindo a oferta de alimentos
de ácidos graxos livres, culminando em hipercetonemia e inadequados, medicando todos os dias nos horários corretos
alterações do equilíbrio ácido-base (FOSTER & McGARRY, e praticando exercícios físicos regularmente. Desta forma,
1983; FOSS-FREITAS & FOSS, 2003). Além disso, a glicose os animais diabéticos passariam a ter uma maior expectativa
em excesso pode ser encontrada no cristalino, causando de vida.
ruptura das fibras e tumefação do mesmo, com consequente
catarata e cegueira. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A confirmação da doença é realizada através da associação 1. SANTORO, NatÁlia Angelucci. DIABETES MELLITUS EM CÃES. 2009. 61
dos sinais clínicos apresentados à hiperglicemia persistente. f. Monografia (Especialização) - Curso de Medicina Veterinária, Centro
UniversitÁrio Fmu, São Paulo, 2009.
Além disso, podem ser observadas alterações 2. POPPL, Álan Gomes. Estudos clínicos sobre os fatores de risco e a
hematológicas como leucocitose neutrofílica, resistência à insulina na diabetes mellitus em cães. 2012. 215 f.
hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia (lipemia), aumento Monografia (Especialização) - Curso de Medicina Veterinária, Faculdade de
Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.
de alanino-aminotranferase e fosfatase-9 alcalina. Na
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
DIAGNÓSTICO DE HISTOPLASMOSE EM FELINOS
Mariana Pinheiro Mafra Dutra¹ Gabrielle Olivia Avelino Coelho¹ Luisa Andrade Azevedo¹ Raffaela Linhares Coelho¹ Fernanda Orneles
Granda¹ Natalia Felix Rezende¹ Janine Ramos da Silva Santos Dias¹ Ana Luisa Chalub Teixeira¹ Mariana Azevedo Silva¹ Aldair Junior
Woyames Pinto² Bruno Divino Rocha²
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente trabalho é uma revisão de literatura, baseada
nos artigos científicos publicados entre os anos de 2008 e
2018, levantados nas bases de dados Scielo, Capes e
Periódicos Científicos, nos idiomas português e inglês sobre
histoplasmose felina. Os seguintes descritores foram
aplicados em: histoplasmose felina, doenças fúngicas
felinas, diagnósticos para histoplamose e incidência de
histoplasmose felina. Dispondo assim de forma prática e
conceitual as características do agente etiológico causador
da histoplasmose, assim como sua prevenção e tratamento.
MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa bibliográfica foi realizada através do Google Fonte: Google imagens; Acesso 08/11/2018
Acadêmico e comunicado técnico da EMBRAPA. Os critérios
para a seleção da bibliografia basearam-se em trabalhos CONCLUSÕES
publicados entre os anos de 2010 a 2018. As palavras
chaves utilizadas: cabras, mastite, infecção. É importante diagnosticar a mastite subclínica em pequenos
ruminantes evitando maiores perdas econômicas e
REVISÃO DE LITERATURA produtivas. O diagnóstico através do cultivo bacteriológico
proporciona a identificação direta do patógeno causador da
A mastite subclínica é um dos maiores problemas na infecção e proporciona o melhor método de tratamento,
caprinocultura, resultando em perdas de produtividade e não sendo assim torna-se o teste de eleição para o diagnóstico
possui métodos de diagnósticos específicos para cabras³. de mastite subclínica em cabras.
A avaliação microbiológica é considerada o melhor teste
para o diagnóstico de infecções intramamárias BIBLIOGRAFIAS
diagnosticando vários microorganismos causadores de
mastite em pequenos ruminantes³. Os principais agentes ¹ Monteiro, J.P; Souza, V; Diagnóstico de mastite
etiológicos causadores da mastite nos pequenos ruminantes subclínica caprina por meio da detecção de
são as bactérias dos gêneros: Staphylococcus spp. (Fig.1), Staphylococcus aureus utilizando a técnica de RT-PCR,
Streptococcus spp., Corynebacterium spp., Pseudomonas ISSN 1676-7675 dezembro, 2015 Sobral, CE.
spp. e Mannheimia haemolytica. A mastite também pode ² Moura J.W.F.; Avaliação de teste diagnostico
ocorrer por algumas espécies de fungos, porém, é menos para mastite subclínica caprina em sobral CE,
freqüente³. Universidade Estadual Vale do Acaraú, Julho, 2016 Sobral,
Do ponto de vista epidemiológico, é de grande importância a CE.
determinação da origem dos micro-organismos envolvidos ³ Souza V.; Costa V.M.D.; Fernandes D.R.; Lima
na etiologia. Nesse contexto, a caracterização exata dos A.R.; Pinheiro R.R; Diagnostico da Mastite subclínica
patógenos se faz imprescindível para exibir as fontes de caprina, ISSN 1676-7675 dezembro, 2015 Sobral, CE.
infecção, além de permitir o monitoramento da disseminação
de estirpes bacterianas entre populações animais. As Apoio:
metodologias para o diagnóstico bacteriológico se
padronizaram, facilitando o isolamento e identificação dos
patógenos do úbere por meio de cultura de amostras
coletadas assepticamente, se tornando um dos testes mais
utilizados para o diagnóstico da mastite³. Para a realização
do teste primeiro se higieniza os tetos com álcool iodado e
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
DIETAS LIVRES DE GRÃOS PARA CÃES E GATOS
Hanna Luiza Freitas Emerick1*, Dayra Soares de Souza1, Lívia Geraldi Ferreira².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
*Autor para correspondência: hanna.quimica@gmail.com
MATERIAL E MÉTODOS
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados
SciELO e Google Acadêmico durante o período de setembro Além disso, há de se considerar também as altas
a novembro de 2018. As palavras-chave utilizadas para a concentrações de antioxidantes geralmente presentes em
seleção dos artigos foram: grain free, proteína, pet food, alimentos livres de grãos, os quais retardam o
carnívoros, cães e gatos. Os trabalhos selecionados datam envelhecimento celular, e a inclusão de diversos
dos anos de 2003 a 2018. componentes nutracêuticos ou funcionais.
1
ausência do odor fétido supostamente característico do MELO, Flávia Azevedo Cavalcanti; MARTINS, Christine Souza. Efusão
piotórax. No entanto, o exame da efusão revelou a presença Pleural em gatos: revisão de literatura e estudo retrospectivo. Medvep -
Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de
de alto valor proteico (5,19 g/dL), com predominância de Estimação 2009;7(23);442-446.
neutrófilos segmentados, presença de bactérias livres e
SOUZA, Heloisa Justen. Coletâneas em medicina e cirurgia felina. Rio de
fagocitadas (leucofagocitose), bem como células mesoteliais Janeiro: L. F. Livros de Veterinária, 2003.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
ELETROQUIMIOTERAPIA NO TRATAMENTO DO CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
Raffaela Linhares Coelho¹*, Caroline Lopes Gomes de Oliveira¹, Ana Luiza Chalub Teixeira¹, Fernanda Orneles Gandra¹, Núbia Isabela
Barbosa¹, Mariana Azevedo Silva¹, Gabrielle Olivia Avelino Coelho¹, Janine Ramos da Silva Santos Dias¹, Mariana Pinheiro Mafra Dutra¹,,
Luiz Flávio Telles2 .
1
Graduando em medicina veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil – luiz.flavio@prof.unibh.br
MATERIAIS E MÉTODOS
Fonte: Adaptado de (5).
Foi realizada uma busca bibliográfica nas plataformas
Google Acadêmico e Scielo, utilizando como palavras- Figura 1. A- Lesão do carcinoma de células escamosas em
chave: neoplasia, carcinoma espinocelular, carcinoma felino e tratamento com eletro quimioterapia há 5 dias. B-
epidermóide, CCEs. Tendo como parâmetro de escolha Lesão após tratamento de 60 dias com eletro quimioterapia.
artigos analisados entre o período temporal de 2006 a 2018 .
CONCLUSÃO
REVISÃO DE LITERATURA A utilização da eletroquimioterapia vem se destacando
dentro da oncologia veterinária devido a suas possibilidades
O Carcinoma de células escamosas (CCE) são neoplasias de utilização de maneira eficaz e segura. Além disso,
características do epitélio cutâneo e podem apresentar observa-se que a eletro quimioterapia tem se mostrado uma
outras denominações, como, Carcinoma Espinocelular, alternativa bastante interessante no tratamento do
Carcinoma Escamocelular ou Carcinoma Epidermóides. (2). carcinoma de células escamosas em felinos, enfermidade de
Estudos demonstram que a ocorrência da CCE é mais
frequente em felinos do que em outras espécies, sobretudo relevante incidência nessa espécie.
quando analisamos os fatores ambientais e individuais. A
pigmentação da pele e a exposição aos raios solares são REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
fatores predisponentes ao surgimento do carcinoma, assim 1.SILVEIRA, L. M. G.; CUNHA, F. M.; BRUNNER, C. H. M. Utilização de
como hábitos individuais e a presença de áreas totalmente eletroquimioterapia para carcinoma de células escamosas tegumentar em
felino. Pesquisa Veterinária Brasileira, São Paulo, v.36, n.4, p.297-302, abril,
ou parcialmente glabas na pele. A CCE apresenta uma 2016.
menor capacidade metastática, no entanto, o câncer pode 2. ROSOLEM, M.C., MOROZ, L.R. e RODIGHERI, S.M. Carcinoma de células
segregar do sítio primário e se introduzir em outras partes do escamosas em cães e gatos - Revisão de literatura. PUBVET, Londrina, V. 6,
corpo (3). Para o tratamento antitumoral diversas N. 6, Ed. 193, Art. 1299, 2012.
modalidades terapêuticas são utilizadas pela oncologia, no 3.BRAGA, et al. Carcinoma de células escamosas em orelha de gato:
qual a eletroquimioterapia tem se mostrado uma alternativa abordagem clínico-cirúrgica em relato de caso. v.12, n.6, a103, p.1-4, Jun.,
2018
eficaz na retenção do quimioterápico no local de predileção,
4.RODRIGUES, G. Eletroquimioterapia para tratamento de câncer -
minimizando assim a toxicidade ao paciente, além de desenvolvimento e avaliação em estudo de caso com camundongos
resultar em boas respostas ao tratamento. A portadores de melanoma B16F10 2014. 110f. Tese (Doutorado em
eletroquimioterapia compreende-se como uma técnica na Biotecnologia) - Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2014.
qual se baseia no princípio da eletroporação, liberando
5.COCHI, I.C. R. C. Relato de Caso: Utilização da eletroquimioterapia como
pulsos elétricos de voltagem elevada, onde através de um tratamento do carcinoma de células escamosas em felinos. 2016. 21 f.
aparelho eletroporador, irão se formar poros transitórios nas Dissertação de especialização - Fundação Educacional Jayme de Altavila,
células cancerígenas que possibilitarão que o antineoplásico São Paulo.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
ENDOMETRITE EM ÉGUA PÓS TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO COM HOLDING CONTAMINADO
Ariadne do Nascimento Silva¹, Daniel Macêdo Dornas¹, Gustavo Gonzalez Monteiro de Barros¹, Larissa Dias Rodrigues1, Melani Zwaal1,
Rodrigo Novaes Viegas2. Fabrizia Portes Cury Lima3
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte – MG – Brasil
2
Mestrando em Reprodução Animal – UFMG – Belo Horizonte – MG – Brasil
3
Professor do curso de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
A endometrite é comum em éguas, levando em muitos Figura 1: conteúdo oriundo do lavado uterino.
casos à infertilidade e elevadas perdas econômicas, o que
faz desta patologia um dos maiores problemas que os
médicos veterinários que trabalham com reprodução equina
tem de enfrentar. Pode ser um fenômeno fisiológico ou
patológico que se origina devido à entrada de agentes % 2013
exógenos no útero, originando uma inflamação e/ou infecção
no endométrio. A etiologia da endometrite na égua pode ser 2014
múltipla: bacteriana, fúngica, pós cobrição, degenerativa ou
até fisiológica. O correto diagnóstico poderá ser difícil devido
às suas diversas etiologias e sinais clínicos. Éguas
susceptíveis a inflamação uterina crônica representam a
Subtipo
maioria dos problemas de infertilidade e subfertilidade na
reprodução equina. Esta inflamação que ocorre após Em seguida, utilizando uma pipeta de inseminação artificial,
inseminação ou cobertura precisa ser eliminada pela égua o conteúdo de duas bisnagas de Botukiller® foi aplicado no
em até 96 horas, pois, o embrião chega ao lúmen uterino no corpo do útero. Além disso, foi instituído tratamento
5º ou 6º dia após a fertilização. A presença de fluido, sistêmico através da administração de Enrofloxacina durante
bactérias e produtos inflamatórios pode prejudicar o sete dias.
transporte espermático e a fertilização e pode ser Após o tratamento, a égua foi reavaliada por ultrassom,
incompatível com a sobrevivência do embrião. Uma apresentou grande melhora, sem presença de pus no útero
inflamação persistente geralmente resulta em luteólise ou qualquer outro sintoma de endometrite.
prematura e perda embrionária, devido a concentrações
aumentadas de prostaglandina. O relato de caso a seguir
objetiva identificar uma das possíveis causas de endometrite CONCLUSÕES
em égua receptora após uma prática comum na reprodução
Podemos afirmar que se trata de um caso de holding
equina - transferência de embrião, na qual é necessário
contaminado, uma vez que o caso se repetiu na mesma
cuidado e utilização de equipamentos e substâncias seguros
propriedade quando utilizamos o holding de determinada
do ponto de vista sanitário.
marca. Além disso, outros colegas relataram o mesmo
problema. Após a substituição do holding por outro de marca
diferente, a complicação não se repetiu.
RELATO DE CASO E DISCUSSÃO
Assim sendo, é essencial salientar a importância de se
Diferentes tampões são utilizados nos meios de lavagem e utilizar meios de transferência de embriões de procedência
manutenção embrionária durante os procedimentos de confiável, visto que a utilização de meios contaminados
transferência de embriões em equinos. O uso de holdings ou pode impactar negativamente na ciclicidade e na fertilidade
meios contaminados é situação comumente encontrada, de éguas.
pois aparentemente, o produto não apresenta alterações
físicas, o que dificulta a identificação de contaminação ou BIBLIOGRAFIAS
potencial problema no produto. No caso descrito, uma égua
1. LOPES, Jordana Luisa Portugal de Sena et al. Endometrite na Égua.
receptora de 4 anos da idade da raça Mangalarga Relatório final de estágio apresentado ao Mestrado Integrado em Medicina
Marchador, estava sendo monitorada por ultrassonografia Veterinária, Porto, 2013.
para que o embrião recuperado no lavado da doadora 2. CAMOZZATO, Giovani Casanova et al. Endometrite em Égua. Monografia
pudesse ser transferido para a mesma. Ao exame de apresentada ao Curso de Medicina Veterinária, como requisito parcial para
obtenção do título de Médica Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande
ultrassom, a égua não apresentou alterações de imagem no do Sul, Porto Alegre, 2010.
útero, cérvix e ovários, estando apta a receber um embrião. 3. JÚNIOR, Otávio Lamartine Paiva et al. Endometrite em Égua. Monografia
Foi realizada a inovulação do embrião, respeitando toda a apresentada ao Curso de Medicina Veterinária, como requisito parcial para
técnica de antissepsia, evitando carrear contaminação por obtenção do título de Médica Veterinária, Universidade Federal de Campina
Grande, Patos, 2008
via ascendente até o útero da égua. Cinco dias após a
transferência do embrião, foi feito um exame
ultrassonográfico para realizar o diagnóstico de gestação do
embrião transferido. No entanto, foi constatada uma grande
coleção de pus/líquido em toda a extensão do útero. Como
tratamento, foi instituída limpeza e remoção do conteúdo
purulento através de sonda transcervical, lavando o útero
com três litros de Ringer Lactato até recuperar um líquido
translúcido, sem a presença de pus.
.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
ENDOMETRITE EM ÉGUAS: REVISÃO DE LITERATURA
Ana Claúdia Junqueira de Castro1; Lucas Fiusa Araújo¹; Fernanda Diniz Francisco¹; Fabrizia Portes Cury Lima. ²
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil - fabrizia.lima@prof.unibh.br
RESUMO: O presente trabalho trata- se de um resumo expandido que baseou-se em análise de artigos científicos o conceito de Equoterapia e seus benefícios.
ABSTRACT: The present work is an expanded summary that was based on the analysis of scientific articles the concept of Hippotherapy and its benefits.
Palavras - chave: Equoterapia; Resultados; Desenvolvimento Psicomotor
INTRODUÇÃO
A esporotricose é uma micose subcutânea de caráter Figura 1: Exame solicitado no hospital veterinário do
subagudo ou crônico, causada pelo fungo Sporotrhrix UNIBH e realizado pelo laboratório Lessa em outubro de
schenckii. Este micro-organismo é dimórfico, apresentando 2018. Imagens citológicas sugestivas de Sporotrhrix
alterações morfológicas com a variação de temperatura. À schenckii descritos no resultado.
25°C o fungo apresenta-se na forma filamentosa, enquanto
à 37°C na forma leveduriforme. Devido as condições ótimas
para o crescimento do fungo, as regiões tropicais e
subtropicais, como o Brasil, apresentam maior prevalência
da doença. Os sinais clínicos mais comuns são lesões
cutâneas, podendo a doença ter respercurssão sistêmica e
atingir pulmões, rins, articulações e ossos ¹.
Em felinos esta zoonose tem grande importância
epidemiológica, sendo recentemente considerada uma
doença re-emergente com sérias implicações em saúde
pública². Diante do exposto, o presente trabalho tem como
objetivo relatar um caso de esporotricos felina de um animal
atendido no Hospital Veterinário do UNIBH.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Estudos na medicina veterinária relatam a expressão da
Cox-2 em diversos tumores que acometem os pequenos
animais: Tabela 1 e 2.
Marcações imunohistoquímicas positivas para Cox-2 foram
verificadas em 100% das neoplasias mamárias em cadelas
3
analisadas : Figura 1.
Foram citados os efeitos causados decorrentes do aumento
da Cox-2 em células tumorais, como a capacidade de 1: Glandula mamária normal, ausência de coloração para Cox-2.
promover angiogenese para suprimento e crescimento dos 2: Glândula mamária com células epiteliais neoplásicas com
2
tumores e maior alcance metastático , além do aumento da imunorreatividade para Cox-2. (Fonte: LAVALLE et al., 2009)
1
proliferação celular por estimulação de células endotelias . A
inibição da apoptose também é verificada, uma vez que, CONCLUSÕES
esse mecanismo proporciona maior sobrevivência de células É comprovada a expressão e os efeitos da Cox-2 em
1. 2
tumorais pela diminuição da morte celular programada . variados processos neoplásicos, portanto, é possível
Bibliografias mais recentes destacam o uso de antagonistas concluir que pode ser positiva a terapia adjuvante com
da Cox como alternativa na terapia contra neoplasias. Os AINEs seletivos.
AINEs impedem a produção de prostaglandinas e podem ser
usados juntamente com a quimioterapia em dose máxima BIBLIOGRAFIAS
tolerada e metronômica promovendo a inibição dos efeitos 1. RAMOS, Renata dos Santos; VOLPATO, Rodrigo; LOPES, Maria
causados pela Cox-2 anteriormente citados. Devem ser Denise. A contribuição da terapia com coxibes na oncologia de
pequenos animais. 2010. 8 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina
usados AINEs seletivos para Cox-2 como Meloxican, Veterinária, Unesp-botucatu, Botucatu, 2010
Carprofeno, Celecoxibe e Firocoxib para que minimize 2. KOLTAI, Zsofia; VAJDOVICH, Péter; DEKAY, Valeria,. (2014).
1, 2
efeitos adversos decorrentes da inibição da Cox-1 . Cyclooxygenase-2 (COX-2) expression in domestic animal tumours.
Literature review. Magyar Allatorvosok Lapja. 136. 579-587.
3. LAVALLE, G. E. et al. Cox-2 Expression in Canine Mammary
Carcinomas. Veterinary Pathology, [s.l.], v. 46, n. 6, p.1275-1280, 15 jul.
2009. SAGE Publications. http://dx.doi.org/10.1354/vp.08-vp-0226-c-fl.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
FEBRE DO NILO EM EQUINOS
Anna Carolina Souza Borges1*, Lívia Maria Braga de Oliveira1, Ana Luisa Soares de Miranda2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi realizado de acordo com a literatura utilizando
artigos, teses e revisões bibliográficas sobre o tema
discutido. Sendo utilizados sites como Scielo, Google
Acadêmico para a retirada dos arquivos. Os critérios para
seleção da bibliografia basearam-se em documentos
atualizados, confiáveis e coerentes com as informações
vistas em todas as literaturas. As palavras chaves utilizadas:
Tiloma, Afecções podais, Hiperplasia interdigital em bovinos, CONCLUSÕES
Gabarro.
A hiperplasia interdigital se destaca entre as afecções
podais devido às perdas econômicas por se trata de uma
RESULTADOS E DISCUSSÃO
doença crônica, que necessita de tratamento cirúrgico, o que
A hiperplasia interdigital é uma doença multifatorial que está provoca mais custos para produtores. Portanto é mais
entre os três problemas mais importantes na pecuária vantajoso previne do que tratar doenças podais.
leiteira. Dentre os fatores que predispõe a doença destaca-
se as condições de manejo como acúmulo excessivo de BIBLIOGRAFIAS
matéria orgânica (fezes e urina) entre os dígitos dos bovinos 1. ALVIM, Nilvado César; BENTO, Marco AntonioFurlanetto; Filho,
causando irritação química; pastagens íngremes que Luiz Fernando Coelho; SOUTO, João Henrique Barbosa. HIPERPLASIA
proporcionam traumas crônicos; o excesso de umidade INTERDIGITAL EM BOVINOS. Revista Cientifica Eletrônica de Medicina
levando o amolecimento do casco, além de fatores ligados Veterinária, ed.5, Julho de 2005.
,4 2. GARGANO,Ronaldo Gomes; BENESI, Fernando José; BIRGEL
ao estresse e predisposição genética¹ (Figura 1). JUNIOR, Eduardo Harry; LIBERA, Alice Maria Melville Paiva Della;
Um dos principais fatores de risco para a incidência da GREGORY, Lilian; SUCUPIRA, Maria Claudia Araripe; ORTOLANI, Enrico
doença é a falta da utilização de programas de prevenção Lippi; GOMES, Viviani; POGLIANI, Fabio Celidonio; ESTUDO
RETROSPECTIVO DAS AFECÇÕES LOCOMOTORAS EM RUMINANTES
de doenças podais, os famosos toaletes de casco do ATENDIDOS NA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
período seco. DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENTRE 2000 E 2012.
As lesões mais comuns são encontradas nos membros 3. SILVA, Gustavo Amâncio da. HIPERPLASIA INTERDIGITAL EM
posteriores e podem se apresentar de forma bilateral, mas BOVINOS: RELATO DE CASO. Revista Eletrônica do CESVA, v.10, n.2,
pág.93-104, 2017.
existem relados de animais que apresentaram a lesão 4. SOUZA,Rogério Carvalho; CARVALHO, Antônio Último de;
unilateral, há também relatos de animais que tiveram lesão FERREIRA, Paulo Marcos; FACURY FILHO, Elias Jorge; FERREIRA, Marina
nos membros anteriores¹‘². Guimarães; FERREIRA, Fafael Guimarães; COSTA, Cristina de oliveira;
NETO, Antônio Mourthe; PREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE LESÕES
Os sinais clínicos comumente encontrados em animais DIGITAIS EM VACAS LEITEIRAS NAS REGIÕES DE BELO HORIZONTE E
acometidos pela patologia são: claudicação, dificuldade de PEDRO LEOPOLDO; Escola de Veterinária da universidade Federal de Minas
locomoção, arqueamento de coluna, dor, ficam deitados a Gerais.
maior parte do tempo, reduzem o consumo de alimentos e
de água, consequentemente tem queda e perdas APOIO:
significativas na produtividade leiteira³.
O tratamento desta enfermidade é a retirada de todo tecido
fibroso hiperplásico da região acometida. Após a remoção é
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
HIPERTENSÃO PULMONAR EM CÃES
Lucas Queiroz dos Santos¹*, Guilherme Júnio Fernandes Pinto1, Lucas Christian Alves Diniz1, Klaus Meine Dias Amador1, Leila Cristina
Nascimento1, Sérgio Henrique Andrade dos Santos1, Tiffany Costa Pêssoa1, Lívia Geraldi Ferreira2.
¹ Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
² Professora do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte – MG – Brasil
*Autor para correspondência: lucas.qs2014@gmail.com
INTRODUÇÃO Todo o sistema deve ser mantido sem bolhas de ar, uma vez
A pressão arterial é um produto do débito cardíaco e da que estas provocam a redução da amplitude do pulso, o que
resistência vascular periférica (1), sua monitoração é interfere na aferição da pressão arterial (6).
altamente recomendada em pacientes anestesiados. Pode Alternativamente ao uso de monitores, pode-se fazer a
ser mensurada por métodos diretos (invasivos) e indiretos monitoração utilizando o Manômetro Aneroide, método
(não invasivos), contudo os métodos diretos na monitoração simples e barato, no entanto, este só permite a aferição da
anestésica promovem monitoramento contínuo, dinâmico e pressão arterial média (3). Para essa mensuração o cateter
mais preciso, tornando-o padrão ouro (2). intra-arterial é conectado a um sistema montado com
extensores e torneiras de três vias. Uma seringa com
MATERIAIS E MÉTODOS
solução heparinizada é acoplada na primeira torneira de três
O presente trabalho revisa parte da literatura científica vias fechada para o paciente. Deve-se injetar a solução nos
publicada entre 2005 e 2017, com o objetivo de descrever tubos em direção ao manômetro até que a pressão alcance
diferentes métodos para a aferição de Pressão Invasiva. Os 150mmHg, a primeira torneira de três vias é então fechada
artigos científicos utilizados foram selecionados através de para a seringa e aberta no intervalo do manômetro
busca em bancos de pesquisa, onde as terminologias pressurizado e o cateter arterial. A pressão equilibrada é
pesquisadas foram definidas a partir do tema procurado e igual a pressão arterial média do paciente (3), como é
definidas com palavras chaves dentre elas: invasive, blood demonstrado na figura 1.
pressure, monitoring.
REVISÃO DE LITERATURA Figura 1: Sistema de Manômetro Aneroide
A mensuração da pressão arterial é fator fundamental na
monitoração anestésica, classificada como o quarto sinal
vital, juntamente à respiração, temperatura e frequência
cardíaca (5).
Os artigos levantados utilizaram a monitoração da pressão
invasiva com transdutor e/ou manômetro para comparação
com os métodos indiretos. Obtiveram como resultados que a
aferição invasiva fornece resultados mais confiáveis e
verídicos, no entanto passíveis de erros ao serem usados
por pessoas inexperientes (4), e variações na mensuração
em diferentes artérias do corpo (5).
Diversos fatores podem alterar a homeostase cardiovascular Após a retirada do cateter da artéria deve-se fazer
dos pacientes anestesiados, destacando-se os fármacos compressão manual sobre o local evitando a formação de
tranquilizantes e alguns opióides como, Acepromazina e hematomas (6).
Meperidina, respectivamente (2), e os próprios
procedimentos cirúrgicos (1). CONCLUSÕES
Sua aferição pode ser realizada de maneira indireta por O método invasivo de monitoração da pressão arterial
esfignomanometria ou diretamente com o uso de cateter permite um acompanhamento muito mais detalhado,
intra-arterial. A esfignomanometria via Doppler ou dinâmico e fiel das condições cardiovasculares do paciente
Oscilométrico são menos confiáveis que a técnica invasiva, anestesiado. A técnica utilizada para sua obtenção deve ser
devido ao fato de não apresentarem mensurações escolhida por profissional treinado e experiente, buscando a
dinâmicas e precisas (3). Entretanto a aferição de pressão melhor monitoração possível do paciente anestesiado e a
arterial de maneira invasiva exige treinamento, atenção e menor incidência de erros como a presença de coágulos e
cuidados de antissepsia devido à introdução do cateter em bolhas de ar dentro do sistema, que podem proporcionar
uma artéria (5). medições incorretas.
A técnica de mensuração intra-arterial considerada Padrão
Ouro, pode ser executada de maneira transcutânea ou por BIBLIOGRAFIAS
dissecação. Em cães e gatos as artérias mais utilizadas são 1.DURHAM, H. Edward.ARTERIAL BLOOD PRESSURE MEASUREMENT .
a metatársica dorsal, auricular e a artéria femoral (1). A Veterinary Technician. Vol.26 no.5. Maio 2005.
utilização dessas artérias é favorecida pelo menor risco de 2.MACFARLANE, Paul D. COMPARISON OF INVASIVE AND NON-INVASIVE
BLOOD PRESSURE. Vet Res Commun 34:217–227. Liverpool, 2010.
formação de hematomas, devido a grande quantidade de monitoring during clinical anaesthesia in dogs
tecido subcutâneo e sua justaposição (3). Após o 3.TRANQUILLI, William J.; THURMON, John C.; GRIMM, Kurt A. . LUMB E
posicionamento do cateter este deve ser perfundido com JONES ANESTESIOLOGIA E ANALGESIA VETERINÁRIA. 4 edição. ed. São Paulo:
solução heparinizada, para evitar a formação de trombos (1), Gen, 2014. 1192 p. v. unico.
4.MOLL,Xavier. VALIDITY AND RELIABILITY OF DOPPLER ULTRASONOGRAPHY
e conectado a um transdutor elétrico do equipamento de AND DIRECT ARTERIAL BLOOD PRESSURE MEASUREMENTS IN ANAESTHETIZED
monitoramento. Para a aferição ser precisa, o transdutor DOGS WEIGHING LESS THAN 5 KG. Veterinary Anaesthesia and Analgesia, 1-10.
deve ser ajustado na altura do coração do paciente (4). Para Barcelona,2017.
5.ACIERNO,Mark J.. COMPARISON OF DIRECTLY MEASURED ARTERIAL BLOOD
zerar as mensurações obtidas pelo transdutor, ele deve ser PRESSURE AT VARIOUS ANATOMIC LOCATIONS IN ANESTHETIZED DOGS. AJVR.
calibrado de acordo com as indicações do fabricante (3). É Vol 76. No. 3. Louisiana. Março, 2015.
possível visualizar no monitor os valores de pressão 6.ANJOS, T.M. AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE
sistólica, diastólica e média, juntamente ao traçado da onda MENSURAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA EM GATOS HÍGIDOS
ANESTESIADOS. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. vol.66 no. 4 Belo Horizonte ago.
de pulso (6). 2014.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
O USO DA HIDROTERAPIA NA MEDICINA VETERINÁRIA
Laís Barbosa Figueiredo¹*, Bruna Braun Pedrosa Leal¹, Danielle Maria Fink Salgado¹, Deivisson Junio Fernandes dos Santos¹, Laura
Araújo Fortes Ribeiro¹, Letícia Pedrosa Blazute¹, Roberta Renzo².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
A água é um elemento primordial para a existência de vida
no planeta Terra. Hipócrates (460- 375 a.C.), considerado
por muitos o ―pai da medicina‖, utilizou a água em diferentes
temperaturas para tratamento de algumas enfermidades.
Com o tempo, seu uso foi aprimorado e hoje ela é utilizada
com fins terapêuticos tanto na Medicina Humana como na
Medicina Veterinária. A Hidroterapia (do grego: ―hydor‖ =
água / ―therapeia‖ = tratamento), atualmente conhecida
como Reabilitação Aquática, é uma modalidade terapêutica
que vem crescendo dentro da Fisioterapia Veterinária,
proporcionando benefícios e melhora na qualidade dos
7 http://www.revistaveterinaria.com.br/2016/11/29/hidroterapia-equina-e-seus-
pacientes. Tal prática abrange variados métodos,
beneficios/
notadamente a natação e a esteira aquática.
APOIO:
http://www.clinicaveterinariadasoliveiras.com/hidroterapia.php
MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa bibliográfica foi realizada realizado com base em
artigos científicos, publicados em revistas e, em trabalhos
publicados em simpósios. Os critérios para seleção de
bibliografia basearam-se em trabalhos publicados após
2008, usando-se as palavras chaves: toxemia da gestação,
toxemia da prenhez, pequenos ruminantes, cetose.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A toxemia da prenhez acomete ovelhas e cabras no terço
final da gestação. Essa incidência se torna mais forte FONTE: (MARÇAL, 2011).
quando esses animais apresentam gestação múltipla e
quando ocorre falha no manejo alimentar, além de estresse
do final da gestação. Isso ocorre por que a demanda CONCLUSÕES
energética para crescimento e mantença dos fetos e da O distúrbio metabólico que desencadeia a toxemia da
gestante se tornam maiores, enquanto seu balanço prenhez é de suma importância pois acarreta em diversas
energético negativo apresenta-se mais acentuado devido a perdas econômicas para a produção. Por isso esses animais
maior compressão volumétrica do rúmen por múltiplos devem ser monitorados e receber manejo correto para evitar
filhotes. esse a ocorrência da doença e até mesmo diagnósticá-la o
Esse balanço energético negativo desencadeia o distúrbio mais precocemente possível.
metabólico que ocorre no desenvolvimento dessa patologia
que se apresenta muito semelhante ao de cetose em vacas BIBLIOGRAFIAS
leiteiras e novilhas de corte. 1. CATTANI, Márcia Helena Saldan. TRANSTORNOS
Esse balanço energético negativo desencadeia uma METABOLICOS DOS ANIMAIS DOMESTICOS: TOXEMIA DA GESTAÇÃO
EM OVELHAS E CABRAS. In: Programa de pós-graduação em ciências
mobilização de gorduras, que por sua vez irá desencadear, veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008, Rio grande
por meio de metabolização hepática, corpos cetônicos, do Sul. Disponível
esses, quando acumulam-se na corrente sanguínea inibem em:<https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/toxemia_gesta_ao.pdf>.
2. QUEIROZ, Hugo Estefanie. TOXEMIA DA PRENHES. In: Trabalho
mais ainda o consumo, gerando um ciclo vicioso em que de Monográfia em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Campina
cada vez mais ocorre mobilização de gorduras por causa o Grande, 2010, Paraíba. Disponível
consumo de matéria seca ineficiente, ocasionando um em:<http://www.cstr.ufcg.edu.br/grad_med_vet/mono2010_2/mono_hugo.pdf.
balanço energético negativo (Figura 1).
APOIO: GEPBOV
Os animais apresentam como sinais clínicos depressão,
posição de decúbito, com tremores musculares, bruxismo e
incoordenação e aborto.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
PERITONITE INFECCIOSA FELINA (PIF) – REVISÃO DE LITERATURA
Núbia Isabela Barbosa1*, Luisa Andrade Azevedo¹, Vinicius Santos Moura¹, Caroline Lopes Gomes de Oliveira¹, Micaella Simão Mendes¹,
Mariana Azevedo Silva¹, Ana Luíza Chalub Teixeira¹, Natália Félix Rezende¹, Fernanda Orneles Gandra¹, Bruno Divino Rocha²
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONCLUSÕES
Em qualquer tipo de efusão pleural, os achados em exames devem
O fluido pleural séptico apresenta uma coloração amarelada, ser acompanhados da avaliação física durante todo o tempo, para
variando as vezes de marrom a róseo, com aspecto floculento e que o tratamento seja feito de acordo com a real necessidade de
opaco. Possui odor fétido, quase sempre associado a colonização cada paciente, podendo variar de um para outro. As vezes o
por bactérias anaeróbicas. O odor é devido aos ácidos graxos de tratamento só com o antibiótico e sem a colocação do dreno pode
cadeia curta, as aminas voláteis e aos ácidos orgânicos resultantes mostrar que embora adotada em uma minoria de casos é capaz de
do metabolismo bacteriano. O elevado conteúdo proteico (>3,0 g/dL) obter resultados satisfatórios e duradouros.
e da gravidade especifica (>1.018) são consistentes com os
processos exsudativos (H.JUSTEN, 2003). Os exsudatos sépticos
de processos inflamatórios agudos contêm, na sua maioria, BIBLIOGRAFIAS
neutrófilos e poucos macrófagos e linfócitos. Nos casos crônicos 1. E. LITTLE, Susan.Medicina Interna de Felinos. 7ª edição. Rio
de Janeiro: Elsevier Editora Ltda Conhecimento sem
ocorre aumento de número das células mononucleares e
fronteiras, 2017.
mesoteliais e observam-se neutrófilos degenerados 2. SOUZA, Heloisa Justen M, de. Coletâneas em medicina e
(H.JUSTEN,2003) cirurgia felina- Rio de Janeiro: L.F.Livros de Veterinária,
Nos casos de piotórax, a antibioticoterapia sistêmica como 2003.
tratamento único é quase sempre ineficaz. A terapia com 3. NORSWORTHY, G. D. Quilotórax. In O Paciente Felino. Ed.
antibióticos necessita ser associada a drenagem agressiva do 1 Roca 2009
material purulento para resolução da afecção, como no tratamento 4. BARAL R. M. Cavidade Torácica – in LITTLE S. E. O Gato. 1
edição. Rio de Janeiro. Roca. 2012. Seção 4. Medicina
dos abscessos, evitando-se intoxicação séptica que é frequente nos
Interna de Felinos
felinos com piotórax (H.JUSTEN, 2003). 5. AUGUST, J. R. Medicina Interna de Felinos. Ed. 6, Rio de
É indicada a colocação de um tudo de toracostomia, em ambos os Janeiro, Elsevier, 2011.
lados do tórax, que permanecerá de 5 a 6 dias fixado junto à sua
APOIO: Due Diagnóstico por Imagem.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
PLASTINOSOMOSE EM FELINOS
Lorena Gabriela dos Santos Alves1*, Amanda Cristina do Amaral¹, Michelle Aguiar de Lima¹, Bruno Divino Rocha²
1
Graduando em Medicina Veterinária – UNIBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte /MG – Brasil
Autor para correspondência – Lorena Gabriela dos Santos Alves
lorena.g.alvest@outlook.com
INTRODUÇÃO
A pneumonia é uma das doenças respiratórias que mais mucociliar, podendo levar até mesmo a cílio-estase²
acomete os bovinos, geralmente tem uma maior ocorrência (figura1). Devido a desidratação e consequente acidose
até os dois anos de idade, sendo a maioria dos casos até o metabólica o animal consome os tampões circulantes,
desmame¹. Esse quadro pneumônico, tem alta relação com principalmente bicarbonato (HCO3-) sendo necessário o
outras enfermidades frequentes nos bezerros como as aumento da frequência e da profundidade respiratória na
diarréias e/ou Tristeza parasitária bovina (TPB), devido a tentativa de eliminar ao máximo CO2 do organismo, isso
alterações na fisiologia do animal. Tal fato pode refletir na para tentar restabelecer a homeostase do PH sanguíneo¹. O
vida produtiva dos animais, diminuindo em até 30% sua aumento da frequência e da profundidade respiratória
produção futura². Possui etiologia multifatorial ocorrendo por somada a cílio-estase e ao aumento da densidade do muco
um desequilíbrio na tríade de interação entre os agentes, em favorecem que agentes infecciosos cheguem mais
sua maioria vírus e bactérias, o sistema de defesa do facilmente aos pulmões, favorecendo seu estabelecimento e
hospedeiro e fatores ligados ao ambiente e ao manejo¹. Sob multiplicação resultando assim no aumento da incidência de
condições normais o mecanismo de defesa é acionado na pneumonias secundarias.
tentativa de proteger as vias respiratórias desses animais da
ação deletéria dos patógenos inalados. Entre os Figura 1 – Efeito do pH sobre a atividade enzimática dos
componentes do mecanismo de defesa das vias aéreas cílios traqueais.
podemos destacar a barreira física, caracterizada
principalmente pela filtração aerodinâmica, o aparelho
mucociliar e os reflexos de tosse e espirro; os componentes
secretórios, como o próprio muco e as substâncias solúveis
que carreiam as imunoglobulinas, antioxidantes, peptídeos
catiônicos, lisozimas e peroxidases e também, a defesa
celular caracterizada principalmente pelos macrófagos
alveolares².
MATERIAIS E MÉTODOS
O objetivo desse trabalho é realizar uma revisão de literatura
para um melhor entendimento sobre os mecanismos
patofisiológicos que resultam na ocorrência de pneumonias
secundárias a diarréia e a tristeza parasitaria (TPB) em
Fonte:Filho, 2013
bezerros.
CONCLUSÕES
RESULTADOS E DISCUSSÃO Visto que na grande maioria das vezes a pneumonia em
bezerro é conseqüência da diarréia e da TPB, é
Quando os mecanismos de defesa mucociliar e pulmonar
indispensável o bom manejo sanitário da propriedade, a fim
estão prejudicados, agentes patogênicos podem se
de diminuir a ocorrência dessa enfermidade e
estabelecer no trato respiratório inferior, e iniciar um
consequentemente da mortalidade de bezerros e evitar
processo pneumônico. Além disso as características
perda nas produções futuras. É indispensável à associação
anatômicas do pulmão dos bovinos facilitam a ocorrência
. da antibioticoterapia e anti-inflamatório associados a
das pneumonias
hidratação dos animais acometidos pela pneumonia, visto
Rotineiramente, os quadros de diarréia e de TPB são
que um dos mecanismos de regulação na acidose
seguidos por quadros de pneumonia devido a alterações
metabólica é a eliminação de hidrogênio (H+) pela urina,
ocorridas nas barreiras de proteção das vias aéreas desses
além disso é importante o animal estar hidratado para
animais². Bezerros com menos de 60 dias de vida são mais
receber a antibioticoterapia com maior eficiência e
propensos a apresentarem pneumonia advinda de um
segurança.
quadro de diarréia, e bezerros com mais de 60 dias onde
geralmente estão em fase de desaleitamento e transição
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
para piquetes são mais suscetíveis a apresentarem
pneumonia secundaria a um quadro de TPB³. Tal fato 1. FILHO, Antônio D. F. N. DESEQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE EM BOVINOS:
ocorre, pois tanto a diarréia quanto a TPB levam a aspectos etiológicos, diagnósticos e de tratamento . 2013. 45 p.
Seminário (Doutorado Patologia, Clínica e Cirurgia Animal)- Escola de
desidratação e a acidose metabólica. A acidose metabólica Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, Goiás, 2013.
ocorre devido à produção intensa de D-lactato pela
2. KIKUGAWA, Manoela Mieko. Tristeza Parasitária Bovina (Babesiose x
fermentação bacteriana, já na TPB ocorre devido a Anaplasmose) . 2009. 41 p. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
diminuição de eritrócitos circulantes resultando em hipóxia (Graduação em Medicina Veterinária)- Faculdades Metropolitanas Unidas,
tecidual e trabalho anaeróbio produzindo assim lactato². A São Paulo, 2009.
diarréia associada a acidose resultam em uma perda da 3. SOARES, Marcelo Cezar. Diarréia e acidose metabólica em bezerros
leiteiros: efeito da composição do concentrado inicial e avaliação e
eficiência de captação de partículas pelo muco associado ao probiótico . 2013. 171 p. Dissertação (Mestre em ciências - ciência animal e
retardo ou inibição do metabolismo das enzimas pastagens)- Escola superior de agricultura "Luiz de Queiroz", Piracicaba,
responsáveis pela movimentação dos cílios do aparelho 2013.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
POLIARTRITE SÉPTICA EM BEZERRO GIR DECORRENTE DE ONFALOFLEBITE
Caroline de Oliveira Santos e Nogueira1*, Rafaela Domênica Galves Antunes1, Luciene Ferreira da Conceição1, Luiz Felipe Justiniano
Gonçalves¹, Alexandre Ferreira Gabriel¹, Vinícius Araújo de Morais1,
Camila Cristina Nepomuceno de Souza1, Carlos Eduardo Ferreira Dayrell1,
Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira2, Leandro Silva de Andrade2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
Animais que não apresentam uma cura de umbigo
inadequada podem desenvolver infecções umbilicais
(onfalites). Como consequência da má cura de umbigo
podemos observar casos de abscessos hepáticos, infecções
nas articulações (artrite e poliartrite) dos animais, diarreias,
pneumonias, cistites, nefrites, endocardites, encefalites e
2
septicemia, podendo levar a morte do animal .Quando a
articulação é acometida, causando quadros de artrite ou
poliartrite, os animais apresentam principalmente aumento
de volume das regiões acometidas e dificuldade na
1
locomoção com quadros de claudicação .O trabalho tem por
objetivo relatar um caso de onfalofllebite cursando com
poliartrite séptica em um bezerro Gir atendido no Hospital
Veterinário do UNIBH. Figura 2: Articulação necrosada com acúmulo de fibrina. A: Animal
RELATO DE CASO E DISCUSSÃO eutanasiado para necropsia. B: Articulação com presença de fibrina
(FONTE: Arquivo pessoal).
Foi atendido no Hospital Veterinário do UNIBH, no dia
22/09/2018, um bezerro da raça Gir, pesando 47 quilos, com A B
aproximadamente 4 meses de vida. Segundo o proprietário
o animal, recebeu protocolo de cura de umbigo, mais não
citou como havia feito; relatou que a colostragem do animal
foi de forma comum, mamando na mãe sem mensurar
qualidade e nem quantidade de ingestão; e relatou que o
animal apresentou aumento de volume da articulação com
aproximadamente um mês de nascido. A principal queixa
que o proprietário demonstrou foi a de aumento de volume DISCUSSÃO
da articulação Úmero-Rádio-Ulnar do membro torácico A cura do coto umbilical é importante por causar a
esquerdo. desidratação das estruturas (vasos e úraco) impedindo e
Após realizar a anamnese, foi realizado o exame clínico do prevenindo a ascensão de patógenos pelo canal umbilical e
animal, observando dificuldade do animal em manter-se em consequentemente processos inflamatórios e infecciosos .
3
estação; dificuldade em se locomover e o membro afetado As principais alterações decorrentes das infecções
não era apoiado no chão (escore de claudicação 5), magro umbilicais sãos as artrites e abscessos hepáticos, quais
(Escore de condição corporal ECC 2), infestação de podem vir a prejudicar o crescimento e desenvolvimento do
carrapato, escaras de decúbito em diversos locais, com bezerro, o que se torna inviável para produção
1,2,3
. Os
comportamento apático. Além desses achados o animal microrganimos que cursam com a poliatrites, têm como sua
tinha catarata congênita; áreas com foco de surdes e principal porta de entrada pela corrente sanguínea do coto
crepitação no pulmão (pneumonia); tempo de preenchimento umbilical, casos de falha na cura de umbigo quanto na
capilar (TPC=2); frequência cardíaca (105 batimentos por higiene do ambiente em que o animal permanece ou
minutos), frequência respiratória (32Resp/min) com padrão nasceu, além de deficiência da imunidade passiva (falhas na
de respiração abdominal; 5 movimentos ruminais/ 5 minutos; colostragem) são causas para que ocorra essa infecção .
1,2
temperatura de 39,4°C; linfonodo pré-escapular esquerdo A cura de umbigo em animais neonatos é um dos grandes
reativo, demais linfonodos não apresentavam alteração; desafios da produção. Quando a desinfecção e feita de
animal não apresentava apetite; fezes escuras; urina normal; maneira correta o animal pode apresentar melhor
turgor cutâneo de 2 segundos; dor a palpação da articulação desempenho, saúde e contribuir com a diminuição da
Úmero-Rádio-Ulnar esquerda, que se apresentava bastante mortalidade em bezerros além de ser uma excelente forma
edemaciado com fístula excretando material purulento de profilaxia à onfaloflebite e as demais doenças infecciosas
(Figura 1) e aumento da temperatura local. que advêm de sua decorrência .
1,3
Com base no histórico e associação do exame clínico do CONCLUSÕES
animal, pôde-se chegar ao diagnóstico de poliartrite séptica.
Pôde-se perceber a importância da cura de umbigo na
Doença que dificilmente o animal apresenta um quadro
criação de bezerros; que se apresenta como uma excelente
clínico favorável, sendo assim a tomada de decisão foi
forma de profilaxia para onfaloflebite e as demais doenças
eutanásia e necropsia; que possibilitou observar
infecciosas que advém de sua decorrência.
diagnósticos macroscópicos do acometimento de todas as
BIBLIOGRAFIAS
articulações, com deposito de fibrina (Figura 2). 1. GORINO, Ana Claudia. CUIDADOS ESSENCIAIS AO BEZERRO NEONATO
NAS PRIMEIRAS 24 HORAS DE VIDA. Botucatu, 2011. 24p.
Figura 1: Membro torácico esquerdo, apresentando-se bastante 2. OLIVEIRA, Márcia Cristina de Sena.CUIDADOS COM BEZERROS RECÉM-
edemaciado com fistula excretando material purulento (FONTE: NASCIDOS EM REBANHOS LEITEIROS. Pesquisadores da EMBRAPA Pecuária
Arquivo Pessoal). Sudeste, São Carlos, SP. 2012.
3. ROCHA, Andressa Amorim; OLIVEIRA, Beatriz Silva;MOREIRA, Roberta
Tavares. CURA DE UMBIGO EM BEZERROS: INFLUÊNCIA DO TEMPO DE CURA
SOBRE A CICATRIZAÇÃO E OCORRÊNCIA DE ONFALOPATIAS. Disponível em:
<www.convibra.org>. Acesso em: 10/2018.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
PREVALÊNCIA DE LEISHMANIOSE CANINA EM MINAS GERIAS
Karen Stephanie Sebe Albergaria1, Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil Karensebe4@gmail.com
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
A análise foi realizada na Fazenda BC Senepol, situada no
município de Bom Jesus do Amparo, Minas Gerais, no período de
setembro de 2016 a setembro de 2017. A técnica de punção
folicular foi realizada por profissional qualificado e de acordo com a
literatura, na qual nem todas as doadoras foram aspiradas o mesmo
número de vezes. Foram utilizadas nove fêmeas da raça Senepol
puro de origem (PO). Após protocolo de superovulação, a aspiração
folicular foi realizada com auxílio do ultrassom com a técnica de CONCLUSÕES
aspiração transvaginal. Assim, os oócitos obtidos foram
Conclui-se por meio desta análise, que as doadoras 2 e 7
quantificados e classificados em viáveis e inviáveis, incluindo nos
apresentam melhor qualidade de oócitos partindo de seus
viáveis os oócitos sem defeitos morfológicos ou extrusão celular e
respectivos grupos de quantidade de aspirações, visto que
os desnudos e irregulares, sendo excluído dos procedimentos
apresentam maior média de oócitos puncionados, menor índice de
seguintes, apenas os inviáveis.
oócitos inviáveis. Assim como a doadora 1, que apesar de possuir a
sétima maior média de oócitos puncionados apresenta o menor
RESULTADOS E DISCUSSÃO índice de oócitos inviáveis e o maior índice de oócitos viáveis.
As doadoras 2, 3, 4 e 5 foram aspiradas entre três e quatro vezes,
sendo possível destacar o maior índice de oócitos viáveis na BIBLIOGRAFIAS
doadora 4, seguida pelas fêmeas 2, 5 e 3. Ressaltando que nos 1. PAULA, Daniel Fernando de. Senepol: Feito para o Brasil. 1ª
oócitos inviáveis a 5 apresenta maior índice e a 2 o menor índice. Edição. Uberlândia: Associação Brasileira dos Criadores da Raça
Paralelamente, as doadoras 6, 7, 8 e 9 foram aspiradas entre dez e do Senepol, 2014.
onze vezes, sendo a doadora 9 a que possui maior percentual de 2. G.A. Andrade, M.A. Fernandes, R.M. Knychala, M.V. Pereira Junior,
oócitos viáveis aspirados, seguida pelas fêmeas 7, 8 e 6. Enquanto A.J. Oliveira, D.P. Nunes, G.L. Bonato, R.M. Santos. Fatores que
a doadora 6 apresenta o maior índice de oócitos inviáveis e a 7 o afetam a taxa de prenhez de receptoras de embriões bovinos
menor índice. Há ainda a doadora 1, que se apresenta fora dos produzidos in vitro. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.36,
padrões quantitativos de aspiração, sendo puncionada uma única n.1, p.66-69, jan./mar. 2012.
vez e apresenta o maior índice de oócitos viáveis e possui o menor 3. GONSALVES, Paulo Bayard Dias, FIGUEIREDO, José Ricardo de,
percentual de oócitos inviáveis. Pode-se observar ainda que a FREITAS, Vicente José de Figueirêdo. Biotécnicas: Aplicadas à
fêmea 2, possui maior média de oócitos aspirados, seguida da 7, 3, Reprodução Animal. São Paulo: Varela LTDA, 2002.
9, 1, 8, 5, 4 e 6. Assim, tanto no grupo que foi aspirado entre três a
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
RELAÇÃO DO IFN- T COM TAXA DE PRENHEZ EM EMBRIÕES CRIOPRESERVADOS E FRESCOS
Uideane da Conceição de Souza¹, Luana Silva Metzker1, Radharani Faria Duarte¹, Hanna Luiza Freitas Emerick1, Fabrizia Portes Cury
Lima 2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Curso de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte/ MG – Brasil
REVISÃO DE LITERATURA
Os bovinos apresentam reconhecimento materno da
gestação entre 15 e 19 dias após a fertilização e esse é um
dos principais desafios biológicos estabelecidos para
obtenção de índices satisfatórios de taxas de prenhez e
nascimento na reprodução desses animais(4).A TE é um
dos métodos mais adotados para investimentos em
biotecnologia. Quando comparada a outras técnicas de
reprodução assistida, é considerada econômica, prática e Fonte: http://www.scielo.org.co/pdf/cmvz/v9n2/v9n2a16.pdf (5)
apresenta boas taxas de prenhez(3). Na técnica descrita, as CONCLUSÕES
receptoras aptas recebem o embrião proveniente de
A produção científica sobre o assunto, considerando os
superovulação de doadoras, e, de acordo com o
artigos avaliados, demonstrou a relevância do IFN-T para
InternationalEmbryo Technology Society(IETS), apenas
manutenção da gestação de ruminantes, bem como a
Mórula e Blastocisto Inicial são utilizados.A taxa de prenhez
diferença das concentrações deste, considerando a TE com
é diretamente proporcional a capacidade de sobrevivência
embrião fresco e embrião congelado. Neste contexto, a
embrionária(3), e para que isso aconteça, o embrião deve
criopreservação apresentou comprometimento na secreção
sinalizar ao endométrio sua presença através do IFN- T,
de IFN-T, obtendo assim uma menor concentração, se
quebrando os mecanismos de luteólise e secretando
comparado ao embrião fresco. Portanto, é importante a
progesterona para que aquela gestação seja mantida.
realização de estudos sobre o funcionamento desta
Quando um embrião é congelado ou resfriado, podem
glicoproteína e seus mecanismos de ação, bem como
ocorrer traumatismos celulares durante os processos que melhorias nas técnicas de criopreservação e uso de embrião
são capazes de comprometer o desenvolvimento do
fresco, com objetivo de aumento das taxas de prenhez.
concepto e a secreção de fatores fundamentais para
reconhecimento materno da gestação (Massip, et BIBLIOGRAFIAS
al.,1995)(4).Stojkovic et al. (1995) consideraram que os 1. ANTONIAZI, Alfredo Quites; et al. Função do interferon- tau
traumatismos provenientes da criopreservação de embriões durante o reconhecimento materno na gestação em ruminantes. Ciência
Rural, Santa Maria/RS, 2011, p.176-185.
comprometem a viabilidade das células trofoblásticas e sua 2. ARAÚJO, M.C.C; et al. Secreção de interferon- tau em embriões
capacidade de secretar IFN-T.(2) Tais lesões são bovinos produzidos in vitro frescos e congelados.Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.,
decorrentes da formação de microcristais de gelo dentro e 2005, p. 751- 756.
3. BRAGA, Hellen.Transferência de embriõesembovinos.
fora das células e dos efeitos osmóticos dos crioprotetores UniversidadeTuiuti do Paraná, 2017, Curitiba/PR. Trabalho de Conclusão de
durante a desidratação e reidratação do embrião (Saha e Curso.
Suzuki, 1997)(2). Elas comprometem a integridade das 4. MARQUES, Vanessa Belentani; et al. Interferon- tau e o
membranas das organelas, do núcleo e da membrana reconhecimento materno da gestação em bovinos. Rev. Bras. Reprod.
Animal, 2007, Belo Horizonte/MG, p.479-488.
celular, fato que prejudica a qualidade dos embriões e reflete 5. DESTRO, Flavia Caroline; et al. Atuação do Interferon- tau no
na sua capacidade de secretar IFN-T (Kristina et al., reconhecimento materno da gestação. Rev CES Med Zootec. 2014; Vol 9, p.
2001)(2). 338-347.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
RELAÇÃO ENTRE OVÁRIOS POLICÍSTICOS E TUMOR MAMÁRIO EM CADELA: RELATO DE CASO
André Marques Costa*¹, Júlia Vieira Miranda Sales¹, Raquel Freire Gelape¹, Tiago Rezende Lopes¹, Tamires
Eloah Vitor de Oliveira¹, Fabrizia Portes Cury Lima².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do curso de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
*autor para correspondência: André Marques Costa: andrepire@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO permitiu ao oncologista o acompanhamento do animal sem
complementação quimioterápica, sendo administrado ômega
A ocorrência de cistos ovarianos geralmente é devido a
3 (1 capsula/8kg) SID por 60 dias, como tratamento auxiliar.
deficiente resposta do hipotálamo ao feedback positivo
Até a presente data a cadela se mantém estável, sem
gerado pelo estrogênio, causando assim, pouca ou ausência
recidivas nodulares ou sinais clínicos que entrem em
de liberação de GnRH, anulando o pico pré-ovulatório de
desacordo com a fisiologia natural da espécie.
LH, fazendo com que o folículo fique anovulatório e cístico
[1; 2]. Fontbonne (2006) relata que os cistos ovarianos podem
Há crescentes evidências da etiologia hormonal para o produzir grandes quantidades de estrógeno, progesterona
tumor de mama em cadelas, onde o índice de risco é relativo ou nenhum destes. Segundo Johnston S.D, (1993) e O‘
entre cadelas castradas e não castradas e depende da fase Keefe, (1997) os tumores de mama em sua maioria são
em que a intervenção cirúrgica é efetuada [3]. O presente dependentes de hormônios, cerca de 0,5% apresentam
trabalho objetivou relatar e relacionar os fatos de um caso tumores mamários quando castradas antes do primeiro cio,
clínico de ovários policísticos em uma cadela que 8% após o primeiro ciclo estral e 26% após dois ou mais
apresentou tumores em suas duas cadeias mamárias. ciclos até os dois primeiros anos de vida. O‘ Keefe (1997)
afirma também que entre os tumores malignos a maioria
RELATO DE CASO E DISCUSSÃO
deles é carcinoma, coincidindo com diagnóstico principal do
Foi atendida na Clínica Veterinária Doutor Marco Antônio em presente relato. Fonseca, (1998), baseia a relação do
Belo Horizonte, MG uma cadela poodle, 11 anos, 4,500 kg, estrógeno com a incidência do tumor de mama a partir do
não castrada, com queixa de desconforto abdominal conceito de que a divisão celular desempenha papel
repentino. No exame clínico foi observado: animal em cio, fundamental na patogênese neoplásica e qualquer fator
abdômen ligeiramente distendido, nódulos de tamanhos desencadeante de atividade mitótica no epitélio mamário
variados nas duas cadeias mamárias com demais aumentará o risco de surgimento de tumores.
parâmetros dentro da normalidade. Foram feitos radiografia FONTE: ACERVO PRÓPRIO
torácica e ultrassom abdominal para avaliar possíveis
metástases ou outras alterações. O RX não detectou
nódulos dispersos no parênquima pulmonar e o ultrassom
também não mostrou alterações significativas que
justificassem o aumento abdominal. Foi indicado a retirada
total das duas cadeias mamárias. Como conduta pré-
operatória foram requeridos, perfil bioquímico (sem
alterações significativas); ecodoplercardiograma (disfunção
diastólica por alteração do relaxamento ventricular
esquerdo) e eletrocardiograma, onde foi acusada duração
aumentada do complexo QRS, onda T com amplitude Figura 1- Proliferação neoplásica em tecido mamário, composta por células
aumentada e seguimento ST com infra desnivelamento, epiteliais arranjadas em ninhos e túbulos com áreas carcinomatosas in situ,
entremeadas à proliferação mioepitelial com formação de matriz mixoide.
indicando que o paciente pertence à classe de risco
anestésico eletrocardiográfico ASA lll. Feito o procedimento CONCLUSÕES
cirúrgico para retirada da cadeia mamária direita, foi Baseando-se na avaliação do caso clínico, nas evidências
prescrito amoxicilina com clavulonato BID por 10 dias laboratoriais e estudos obtidos, conclui-se que
(25mg/kg), tramadol por 7 dias TID (3mg/kg) e dipirona por 7 possivelmente a cadela em questão desenvolveu neoplasias
dias TID (25mg/kg), com isso, o animal obteve excelente mamárias devido a uma exacerbada produção hormonal,
recuperação cirúrgica com retirada dos pontos após 10 dias em especial estrógeno, pelos ovários acometidos por
da realização da cirurgia. Passados cerca de 30 dias, foram múltiplos cistos. Logo, a retirada dos tumores, útero e
repetidos os exames pré-operatórios (mesmas acusações) e ovários foi de suma importância para o controle endócrino
novo procedimento cirúrgico, desta vez com a retirada da da cadela, proporcionando uma melhor qualidade de vida
cadeia mamária esquerda, linfonodo axilar e realizada para a mesma.
ovário- histerectomia, a conduta pós-operatória foi idêntica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ao primeiro procedimento e a paciente obteve uma 1- NASCIMENTO, E.F.; SANTOS, R.L. Patologia da reprodução dos animais
recuperação cirúrgica positiva sem quaisquer complicações. domésticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 137p.
2- FANTINE FILHO, J.C. Cistos ovarianos no puerpério de vacas com elevada
Foram enviadas amostras para exame histopatológico dos produção leiteira. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v.27, n.3, p.48-53,
tumores, útero e ovário. O exame histopatológico da cadeia 2003.
3- JOHNSTON S.D. 1993. Reproducctive Systems. In: Slatter D. (ED). Textbook o
mamária, identificou proliferação neoplásica, composta por Small Animal Surgery. 2nd edn. Philadelphia: Saunders, pp 2177-2199.
células epiteliais arranjadas em ninhos e túbulos com áreas 4- FONTBONNE, A. Infertility in the bitch. In: WORLD CONGRESS OF THE WORLD
SMALL ANIMAL VETERINARY, 31. 2006, Prague.Proceedings online...prague, 2006.
carcinomatosas in situ, entremeadas à proliferação p.679-682.
mioepitelial com formação de matriz mixoide com baixa 5- KEEFE, D.A 1997.Tumores do sistema genital e das glândulas mamarias. In
Ettinger S.J e Feldman E.C(Eds). Tratado de Medicina Veterinária. 4 ed. São Paulo:
atividade mitótica e todas as margens livres (Figura 1). O Moole, pp 2344-2354.
exame histopatológico do útero e ovário identificou 6- FONSECA, SC. Avaliação dos níveis séricos de 14, β-estradiol e progesterona em
cadelas portadoras de neoplasias mamárias. 1998. 87f. Dissertação (Mestrado em
hiperplasia cística endometrial e cistos ovarianos nos dois Cirurgia Veterinária) Faculdade de Ciências Agrarias e Veterinárias, Universidade
ovários (ovários policísticos). Estadual Paulista, São Paulo
RELATO DE CASO
Realizado uma visita no dia 10/10/2017 às 06h30min da
manhã de uma terça-feira, em uma visita no município de
Inhames, Minas Gerais (Brasil), com o intuito de realizar a
sexagem e confirmar resultado de inseminação realizada
pelos colaboradores da fazenda. Foi observado em algumas
novilhas no exame de inspeção direta do animal lesões
difusas no dorso, face, cauda e lateral com aparência
assimétrica, em estágios, tamanhos e profundidades
diferentes. As lesões tinham aparência sólida, exofítica,
acinzentada, áspera, dura e inelástica. Foi observada
também a presença de grande número de ectoparasitas
difuso na face (concentrado mais na região do pavilhão
auditivo), dorso, região pubiana, ventral, inguinal e caudal.
Estes apresentavam escore corporal 2,0 a 2,5.
Estás protuberâncias na pele com aparência de uma verruga
CONCLUSÕES
foi analisado e diagnosticada como papiloma vírus bovino.
Tratamento indicado foi cortar as verrugas deixando estas Realizando um apanhamento geral baseado nas condições
sangrando para induzir a estimulação de imunidade do enfrentadas pelos animais, considerado que estes eram de
animal e auxiliando assim a cicatrização do tecido, aplicar uma fazenda de gado de leite e que o ambiente não possui
nas lesões com formato de verrugas uma substancia para baias separadas para os doentes, propicia a um aumento da
ajudar na cicatrização e diminuir contato com insetos, repetir doença no rebanho. Desta forma uma das atitudes a ser
este processo com intervalo de uma semana. Administrar tomada e melhorar a dieta destes animais, buscando a
um complexo vitamínico com aditivo para melhorar o estado utilização de suplementos e também implementar banhos e
nutricional destas, foi injetado também subcutâneo Verrutrat sombrites na fazenda para diminuir o estresse calórico dos
e Dectomax para auxiliar na eliminação de ectoparasitas animais. Sendo assim daria a eles maneiras para responder
parasitas como miíase nas feridas, realizada pelo corte das a doença diminuindo consideravelmente os casos
verrugas. O médico veterinário também orientou que apresentados na fazenda.
separassem os animais infectados e que buscasse melhorar Um artigo publicado em 2004 utilizou uma citação de Corrêa
a alimentação delas, manter água sempre disponível e local e Corrêa publicada em 1992: ―A disseminação é maior em
sempre limpo para não ocorrer acumulo de dejetos, logo propriedades onde existem muitos carrapatos‖. O que me
acúmulo de moscas. leva a pensar que os ectoparasitas encontrados nos animais
A papilomatose é uma doença que esta diretamente podem ter cursado com um aumento da doença na fazenda,
associada à imunidade celular animal. Conversando com o através da transmissão indireta, sendo assim de grande
proprietário foi relatado uma queda de nutrientes na dieta importância em sua disseminação. Tornando se importante
das novilhas e vacas, devido a um problema com os que haja um controle dos mesmos ¹.
fornecedores da região, que foi acompanhado por um BIBLIOGRAFIAS
período de grande estresse térmico, ocasionando em uma 1. Marins R. S. Q.; Epidemiologia Da Papilomatose Cutânea
possível queda do sistema imunológico². Bovina E Avaliação Da Eficácia De Diferentes Tratamentos Em
Micro-Regiões Dos Estados Do Rio De Janeiro E Espírito
A doença pode ser transmitida de forma direta ocorrendo Santo; universidade estadual do norte fluminense darcy ribeiro-
principalmente quando o animal apresenta ferimentos ou campos dos goytacazes- rj março; 2004.
2. Monteiro V. L. C., coelho m. C. O. C., carneiro a. S. , silva a. A.,
lesões na pele, quando esta se localiza nos órgãos genitais Teixeira m. N., wanderley a. G., wanderley e. K, franco e. S.
ocorrendo transmissão durante a monta Já a forma indireta ;Descrição Clínica E Histopatológica Da Papilomatose
ocorre por fômites como, cercas, troncos, baias, mourões, Cutânea Bovina (Bpv); 2008;
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
RELATO DE CASO – PSEUDO-HERMAFRODITISMO MACHO EM SUÍNO
Stefany Bruna de Oliveira Araújo *, Fabrizia Portes Cury Lima²
1
Graduanda em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
3
Professor do curso de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
*autor para correspondência: stefanyb_oliveira@hotmail.com
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professora do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
A retículo pericardite traumática é definida como lesão
cardiotorácica, causada pela perfuração do reticulo por
corpos estranhos pontiagudos. Acomete com maior
frequência bovinos, por estes apresentarem hábitos de
pouca seletividade na apreensão do alimento. A dinâmica da
doença se dá através da ingestão de corpo estranho que é Figura 1. Saco Pericárdco aberto Figura 2. Coração com fibrina
(Fonte: Arq. Pessoal, 2018) (Fonte: Arq. Pessoal, 2018)
dirigido até o rumem, e, através dos movimentos ruminais o Ao continuar a necropsia, localizou-se o corpo estranho, um
objeto chega ao retículo, onde irá perfurar a parede do objeto metálico, linear, pontiagudo, medindo cerca de 10 cm
retículo alcançando o saco pericárdio, devido a sua de comprimento (FIG 3). Encontrava-se perfurando o
proximidade anatômica. A lesão no pericárdio predispõe a reticulo, com a extremidade perfurante voltada e de encontro
uma contaminação ascendente, via rúmen, uma vez que ao pericárdio. Nas camadas perfuradas do reticulo, notou-
este órgão contém uma grande quantidade e variedade de se depósitos de fibrina ao redor do objeto, como observado
bactérias, levando a um processo inflamatório conhecido na (FIG 4). Outros objetos foram encontrados no meio do
como pericardite. Em consequência da lesão e pela conteúdo rumenal do retículo.
migração dos micoorganismos, irá iniciar um processo
inflamatório com um acúmulo de exsudato, fibrina e material
purulento entre o saco pericárdico e o coração, resultando
em insuficiência cardíaca e dependendo da intensidade da
afecção e do volume do líquido acumulado, uma dificuldade
respiratória (2). Esta é uma afecção de grande importância
econômica, por ser uma doença de alta mortalidade. Ela é
Figura 3. Retículo com Perfuração Figura 4. CE retirado do Retículo
de fácil diagnóstico, porém, por apresentar um quadro de (Fonte: Arq. Pessoal, 2018) (Fonte: Arq. Pessoal, 2018)
desenvolvimento lento, com apresentação dos sintomas Observou-se ainda, no intestino delgado, na região do
tardiamente, o diagnóstico é pouco realizado. O animal com duodeno, uma massa de cor amarelada com presença de
esta lesão, continua realizando suas atividades líquido e bastante fibrose. Em toda extensão do intestino
normalmente, podendo apresentar sintomas após dias, delgado havia a presença de fibrose e sangue junto ao
meses ou anos após ocorrer a lesão. O presente trabalho conteúdo intestinal. Os rins apresentavam-se levemente
tem o intuito de descrever os achados macroscópicos de um aumentados, na tentativa de compensar a perda de líquido
caso de retículopericardite traumática em vaca leiteira. extracelular. E, demais órgãos sem alterações de relevância.
INTRODUÇÃO
O tumor venéreo transmissível (TVT) é uma neoplasia de RESULTADOS E DISCUSSÃO
células redondas, do mesmo grupo dos mastocitomas, Após a realização dos exames complementares, verificou-se
carcinomas de células basais, linfomas e histiocitomas (1), no resultado do hemograma uma diminuição das plaquetas
afeta principalmente a genitália externa de cães machos e (179000/µL) e uma leve leucocitose (18600/ µL). Na
fêmeas. A principal via de transmissão é através do coito, avaliação do exame direto pelo Imprint da lesão, foi possível
lambedura ou contato direto com o tumor. A massa tumoral, identificar células grandes, redondas similares a
desenvolve-se após um período que varia de dois a seis macrófagos, confirmando o diagnóstico. Foi sugerido o
meses após a inoculação (3). É uma neoplasia maligna, tratamento à base de Sulfato de Vincristina que, de acordo
porém tem baixo poder metastático, quando isso acontece, com a literatura, promove 90% de recuperação dos cães
normalmente afeta o linfonodo regional, períneo ou escroto, tratados e é o protocolo mais utilizado nas clínicas de
com maior chance de acontecer em animais com baixa pequenos animais atualmente (3). Mas além deste
imunidade. As metástases em outros órgãos são raras (1). protocolo, existem outros indicados para o tratamento de
Nos machos o tumor se localiza na base do pênis, TVT, como a excisão cirúrgica, radioterapia, imunoterapia e
precisando ser exposto para identificá-lo, enquanto nas quimioterapia, com outras drogas antineoplásicas. E, além
fêmeas se localiza caudalmente na vagina ou no vestíbulo disso, é de fundamental importância prevenir esta afecção,
(1), podendo ter descarga serossanguinolenta, protusão da por meio da realização de castração dos cães, o que ajuda a
neoplasia e deformação da genitália externa. Ocorrendo evitar a disseminação desta doença (2). Contudo, o
lambedura excessiva da genitália, odor desagradável, tratamento proposto é de alto custo e com um longo período
desconforto e infecção bacteriana secundária. O diagnóstico de duração, o que levou a tutora a adotar um tratamento
conjuga sinais clínicos e citologia, podendo aparecer lesões alternativo, visando apenas a melhora clínica. Dessa forma,
elevadas com aspecto friável e de couve-flor ou nodular, o tratamento iniciou-se logo após a castração e consistiu na
avermelhadas e com presença de secreção administração por via oral de cefalexina 500 mg de 12 em 12
serossanguinolenta (1). Os achados microscópicos incluem horas e meloxicam 0,5 mg de 24 em 24 horas por 14 dias
células grandes, similares a macrófagos, com formato consecutivos, prednisona 20 mg de 48 em 48 horas pelo
redondo, com citoplasma claro e presença de vacúolos, o mesmo período, e, uso local de rifamicina 10 mg/mL spray
núcleo também é redondo ou oval, e frequentemente é de 8 em 8 horas na área afetada até o desaparecimento da
excêntrico, de tamanho variável, com cromatina lesão. O tratamento mostrou-se eficaz, com regressão da
grosseiramente granular e com um ou dois nucléolos lesão e desaparecimento dos sinais associados. Até o
proeminentes. A presença de figuras mitóticas e células momento, 75 dias após o tratamento, não houve recidiva.
inflamatórias é outra característica desta neoplasia (1). O
tratamento de eleição para está enfermidade é o Sulfato de CONCLUSÕES
Vincristina, no qual se obtém resultados satisfatórios, com a Diante das observações clínicas realizadas neste caso, pré
cura da doença. Porém neste animal, foi realizado a e pós tratamento, foi possível perceber que mesmo
castração associada com cefalexina, prednisona, rifamicina utilizando tratamento terapêutico alternativo, diferente do
e meloxicam durante 14 dias após a cirurgia, objetivando preconizado pela literatura, obteve-se a melhora dos sinais
melhora clínica e cura. clínicos, sem recidivas do quadro apresentado, o que
proporcionou uma significativa melhora da qualidade de vida
RELATO DO CASO do animal. Porém, não se pode afirmar até o momento que
Uma cadela SRD, de aproximadamente 5 anos e porte houve a cura completa da doença, eliminando os riscos de
médio, foi atendido em um consultório veterinário, com disseminação da doença. Pois este tratamento, baseado nas
objetivo principal de realização de ovário-salpingo- associações entre antibióticos, antiinflmatórios e corticoides,
histerectomia, por se tratar de um animal de rua e multípara. não possui relatos científicos sobre seu uso e sua eficácia.
No exame clínico apresentou parâmetros fisiológicos Mas sem dúvida, é um tratamento que requer mais atenção
normais e presença de uma massa na região da vulva e do e estudos, para a comprovação de sua eficiência. Uma vez
canal vaginal, hiperêmica com leve hemorragia petequial que tratamentos com menor custo e tempo de duração,
(FIG 1), que já se mantinha por aproximadamente 60 dias, proporcionam maior adesão e conclusão dos tratamentos
sugerindo uma patologia reprodutiva, comum em animais propostos, reduzindo assim a disseminação da doença.
errantes, o tumor venéreo transmissível, TVT.
BIBLIOGRAFIAS
1. CARVALHO, Carina Marchiori. Tumor venéreo transmissível
canino com enfoque nos diversos tratamentos. Trabalho de
Conclusão de Curso – Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2010.
2. SANTOS, Daiane Ellen. [Et al]. TUMOR VENÉREO
TRANSMISSÍVEL (TVT) - REVISÃO DE LITERATURA.
Figura 1. Lesão Vulvar Figura 2. células grandes, similares a macrófagos
(Fonte: Arq. Pessoal, 2018) (Fonte: Arq. Pessoal, 2018) Revista Científica Eletrônica De Medicina Veterinária. Ano VI –
Número 10 – Janeiro de 2008.
3. SANTOS, Mariana Soares Pereira dos. [Et al]. TUMOR
Foram realizados também Hemograma Completo exame VENÉREO TRANSMISSÍVEL (TVT) - REVISÃO DE
citológico com confecção de lâmina com imprint da lesão LITERATURA. Revista Científica Eletrônica De Medicina
Veterinária. Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011.
para avaliação microscópica utilizando coloração de
Panótico (1) (FIG 2).
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
RELATO DE CASO SOBRE A MUSICOTERAPIA NA INTERNAÇÃO DE PEQUENOS ANIMAIS
1 1 1
Bruna Braun Pedrosa Leal ; Danielle Maria Fink Salgado ; Deivisson Junio Fernandes Dos Santos ; Laís Barbosa
1 1 1 2
Figueiredo . Laura Araújo Fortes Ribeiro ; Leticia Pedrosa Blazute ; Roberta Renzo .
1
Graduando em Medicina Veterinária-UniBH- Belo Horizonte/MG-Brasil
2
Professora do Departamento de Medicina Veterinária-UniBH- Beolo Horizonte-MG-Brasil
BIBLIOGRAFIAS
1.Kogan, R.L.; Schoenfeld-Tacher, R.; Simon, A.A. Behavio.
2.Calamita, S. C., Silva, L. P., Carvalho, M. D., & Costa, A. B. (2013). Uso da
musica na abordagem terapeutica e cadeia produtiva pela medicina
veterinaria no mundo: revisao de literatura. Unimar ciencias, p. 62.
3. Comin, J.; Silva, J.R.; risolia, L. W.; Oliveira, S. G.; Félix, A. P.; Maiorka, A.
(2016). Efeito do enriquecimento ambiental inanimado sobre comportamento
de cães de canil em ensaio matabólico.
MATERIAIS E MÉTODOS
Pesquisou-se em sites acadêmicos, trabalhos publicados a
partir de 2008, relacionados ao tema. Utilizando as
seguintes palavras chaves: retenção de placenta,
hipocalcemia, período de transição e imunossupressão.
REVISÃO DE LITERATURA
A placenta da vaca é classificada como epiteliocoreal, Fonte: RIO, N.S.D. 2010. Managing retained fetal membranes,
adeciduada, onde o cotilédone e a carúncula são aderidos
formando placentomas, que são responsáveis pela fixação CONCLUSÕES
da placenta no útero. Tornando a expulsão dos anexos Considerando a alta incidência de casos de retenção de
fetais mais demorado no pós-parto, sendo 12 horas o tempo placenta, bem como a hipocalcemia, é importante o
limite para que isso ocorra de maneira fisiológica. monitoramento das vacas no período de transição,
Excedendo esse período, podemos definir a ocorrência de considerando que o mesmo acarreta grandes mudanças e
4
retenção de placenta . O desprendimento dos tecidos desafios para as vacas. É natural ocorrer uma
materno fetais (placentoma) ocorre através da atuação do imunodepressão nessa fase, porém, é importante que as
sistema imune, que passa a reconhecer essa estrutura como instalações sejam apropriadas, e principalmente, que haja
não própria e com isso, células fagocíticas, especialmente bom manejo dos animais minimizando seu estresse.
os neutrófilos começam a destruí-lo permitindo sua liberação Destacando o suporte nutricional como uma relevante forma
no pós-parto (FIGURA 1). O cálcio é um dos minerais mais de controle e prevenção da hipocalcemia e
importantes do organismo, participando de forma direta ou consequentemente evitar o agravamento do estado
indireta de diversos processos intra e extracelulares, tais imunitário e retenção de placenta decorrente desse déficit de
como: proliferação, diferenciação e motilidade celular, no cálcio circulante.
controle da contração muscular, secreção hormonal, no
processo de coagulação sanguínea, adesão celular, BIBLIOGRAFIAS
manutenção da integridade dos ossos, além de atuar como1. GOFF, J. P. e KIMURA K. Interação entre doenças metabólicas e o sistema
5
segundo mensageiro e cofator enzimático . Sua redução na imune. In XIII CURSO NOVOS ENFOQUES NA PRODUÇÃO E
concentração sanguínea abaixo de 8,5-10 mg/dL é REPRODUÇÃO DE BOVINOS, 2009a, Uberlândia. Anais. Uberlândia, 2009a.
p. 251-260.
considerada como hipocalcemia subclínica e quando 2. MOREIRA, T. F. 2013. Perfil Metabólico de Vacas Leiteiras no
inferiores a 5,5 mg/dL, provocam sinais clínicos nos animais. Período De Transição em Sistema Semi-Intensivo em Minas Gerais No
No periparto é muito comum a ocorrência de hipocalcemia Verão e no Inverno. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte. 122p.
em vacas, devido sua alta demanda e mobilização para 3. OVERTON, T. R. Novos conceitos na regulação do metabolismo
2
atender as necessidades do feto e da glândula mamária . de energia em vacas em transição. In: XIII CURSO NOVOS ENFOQUES NA
Isso faz com que haja uma depleção na eficiência de PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DE BOVINOS, 2009b, Uberlândia. Anais.
mecanismos de ativação e resposta do sistema imunológico, Uberlândia, 2009b. p. 244-249.
4. PELIGRINO, R. do C., Melo, L. R. De, & Felipe, L. (2008).
reduzindo a atividade enzimática, degranulação e motilidade Retenção de placenta em vacas. Revista científica eletrônica de medicina
de neutrófilos, interferindo também na atividade dos veterinária, (10), 1–7.
macrófagos, comprometendo assim a capacidade de 5. WEILLER, M. A. A. et.al. Hipocalcemia Subclínica e sua Relação com a
5 imunidade em vacas leiteiras: Uma revisão. Dissertação de Mestrado,
liberação da placenta após o parto . Não existe um Universidade Federal de Pelotas, São Paulo. 2015. P. 78-93
tratamento para retenção de placenta com eficácia
comprovada, porém, deve ser realizado o monitoramento de
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
RUPTURA DE LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL EM CÃES
Amanda Cristina do Amaral1*, Lorena Gabriela dos Santos Alves¹, Anderson de Loredo¹, Michelle Aguiar de Lima1, Bruno Divino Rocha²
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
Autor para correspondência – Amanda Cristina do Amaral
amandavevet@outlook.com
RELATO DE CASO
Foi atendido em uma hípica na cidade de Belo Horizonte,
um macho da raça Brasileiro de Hipismo com 8 anos de
idade e 610 kg. No histórico relatou-se que, no momento em
que o animal se apresentava na pista durante o galope,
ocorreu uma hiperextensão dos membros pélvicos, e o
animal mancou do membro pélvico direito. Após esse Figura 3: Ultrassonografia de um membro normal (à esquerda) e do
achado, foi administrado 12ml de Fenilbutazona e 10ml de membro com a ruptura do animal em questão (à direita). Fonte:
arquivo pessoal.
Dexametazona, e prescrito repouso por três dias corridos.
Após o quarto dia houve reavaliação do animal, cujo exame
CONCLUSÕES
clínico evidenciou a dificuldade em articular a região do
jarrete direito, mantendo-se a prescrição de repouso. Depois A ruptura da estrutura em questão não é rotina na clínica de
de dois dias foi diagnosticado a hiperextensão do membro equinos, porém é uma lesão que requer extrema atenção do
pélvico (Fig. 2A), bastante característico da patologia. Foram médico veterinário. Caso os cuidados adequados não sejam
feitas radiografias para observar a presença de alguma tomados o animal pode ser aposentado do seu esporte ou
fratura por avulsão, mas nada foi encontrado, e somente na trabalho, o que acarreta em prejuízo ao proprietário.
ultrassonografia foi visto desorganização, espaçamento e
frouxidão das fibras do tendão fíbular terceiro (Fig.3). Não foi REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.STASHAK, TED S.; Claudicação em equinos segundo Adams; Claudicação,
observado área da ruptura total, o que caracterizou um Parte X Tarso, Ruptura do Peroneal Terceiro, pp. 918 – 919; 5ª ed.; São
rompimento parcial. Baseado nesse diagnóstico, o Paulo; 2006
tratamento do animal consistiu de repouso total em baia por 2.VARANDA, L.F. O., et. al; Ruptura de tendão fíbular terceiro durante monta
quatro meses e a partir disso foi feito fisioterapia, conforme natural; ABRAVEQ; São Paulo, 2010
3.KOENIG, J., CRUZ, A., GENOVESE, R., FRETZ, P., TROSTTE, S., Rupture
protocolo descrito a seguir: 15 minutos ao passo no piso of the peroneus tertius tendo in 27 horses.The Canadian Veterinary Joutnal,
duro, aumentando-se o tempo a cada semana, e com o vol. 46, Canadian Veterinary Medical Association, junho, 2015.
retorno gradativo ao trabalho. Segundo Stashak (2006), não 4.KONING, H., Lliebich, Anatomia dos Animais Domésticos, ed. 4ª, pág. 294,
é necessário intervenção cirúrgica e o prognóstico é 2011.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
SALMONELLA DUBLIN E S. TYPHIMURIUM EM BOVINOS
Tíffany Costa Pessôa¹, Caroline de O. Santos e Nogueira¹, Karen Maria de Almeida¹, Maria Vitória G. Joaquim¹, Cristielle Roberta Braga
Viana¹, Jacqueline M. Braz De Freitas¹, Klaus Meine Dias Amador¹, Breno Mourão de Sousa², Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira²,
Phriscylla Sadanã Pires².
1
Graduando em Medicina veterinária– UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil,
INTRODUÇÃO
Na década de 1980 ocorria lançamento de vacinas
inativadas com adjuvante a base de alumínio e a publicação Figura 1: Imagem com marcação ideal para aplicação de
do estatuto que obrigava vacinação antirrábica para todos os vacinas em felinos. (Arquivo Pessoal)
gatos da Pensilvania¹. Estudos epidemiológicos relatam
incidência de sarcoma pós-vacinal em 0,63 a 3 sarcomas
para cada 10000 (dez mil) felinos vacinados e 0,32
sarcomas para cada 10000 (dez mil) doses do total de
vacinas administradas². Apenas a inflamação crônica
causada pelas vacinas não é capaz de induzir a
transformação neoplásica por si só e os fatores relacionados
ao paciente são considerados essenciais na transformação
6
celular . É considerada possibilidade de sarcoma de
aplicação quando uma massa de qualquer tamanho persiste
no sitio de aplicação por mais de três meses, maior que dois
cm, independente do tempo decorrido em relação à
aplicação da vacina, ou quando ela aumentar de tamanho Tabela 1 - Local de aplicações injetáveis segundo
um mês após a aplicação vacinal³. VAFSTF
O objetivo do presente trabalho foi analisar e avaliar os VACINA REGIÃO
melhores locais de aplicação de vacinas, minimizando a
ocorrência de sarcomas por aplicação em felinos. Antirrábica Membro pélvico direito
REVISÃO DE LITERATURA
CONCLUSÕES
O diagnostico de SAF é feito por biopsia. A citologia quando
feita profundamente, é suficiente para o diagnóstico Ponderando a capacidade de agressividade do SAF,
4
definitivo, entretanto, pode ser necessária a histopatologia . complexidade da terapêutica e prognostico reservado, o
Para investigar possíveis metástases, realizam-se mais conveniente seria realizar a aplicação dessas vacinas,
radiografias torácicas. Também há possibilidade de sempre que possível, em locais onde há menor incidência
metástases em linfonodos regionais, mediastino, pericárdio, de SAF. Também utilizar vacinas sem adjuvantes ou mortas
fígado e
5
pelve . com adjuvantes, pois apresentam menor intensificação de
Para o planejamento da ressecção cirúrgica do tumor é reações inflamatórias.
indicada a tomografia computadorizada e/ ou ressonância
magnética que são importantes para detectar possíveis
metástases que possam passar despercebidas nos métodos BIBLIOGRAFIAS
5 1. HAUCK, M. Feline injection site sarcomas. Veterinary Clinics Small
tradicionais de radiografa e ultrassonografia . Existe a North America Animal Practice, Philadelphia, v.33, n.3, p.553-571, 2003.
possibilidade de metástases em pulmões, linfonodos 2. GOBAR, G. M.; KASS, P. H. World Wide Web-based survey of
5
regionais, mediastino, pericárdio, fígado e pelve . Após vaccination practices, postvaccinal reactions, and vaccine site-associated
avaliar com exatidão a extensão da neoplasia, pode-se sarcomas in cats. Journal of American Veterinary Medical Association,
Schaumburg,v.220, n.10, p.1477-1482, 2002.
prescrever o melhor tratamento: excisão cirúrgica, 3. Scarpa Carneiro, Carolina, Fernandes Queiroz, Genilson, Cattony
radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia gênica ou Zerwes, Maria Beatriz, Matera, Julia Maria, Sarcoma de aplicação felino.
uma combinação de duas ou mais¹ sendo a excisão Semina: Ciências Agrárias [en linea] 2008, 29 (Octubre-Diciembre) : [Fecha
de consulta: 8 de novembro de 2018] Disponível
cirúrgica o principal deles quando há acometimento apenas em:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=445744090024> ISSN 1676-546X
de tecidos moles 4. NOVOSAD, C. A. Principles o± treatment ±or vaccine-associated
Estudo demonstrou que uma única vacinação no espaço sarcomas.Clinical Techniques in Small Animal Practice, Philadelphia, v.18,
inter-escapular, local onde estas vacinas são aplicadas n.2, p.115-117, 2003.
5. SÉGUIN, B. Feline injection site sarcomas.Veterinary Clinics of
tradicionalmente, o risco de desenvolvimento de tumor foi de North America Small Animal Practice,v.32,n.4, p.983-985, 2002.
50%. Duas vacinações simultâneas aumentaram o risco 6. Amorim F.V. 2007. Sarcomas de locais de injeção. Acta Scientiae
para 127%, enquanto que três ou mais vacinações Veterinariae. 35: s221-s223.
resultaram em aumento no risco de 175%².
APOIO: Agradecimento aos coautores e orientadora do Centro
Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH).
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
SÉRIE HISTÓRICA DA RAIVA FELINA E CANINA NO BRASIL DE 1999 A 2017
Caroline Lopes Gomes de Oliveira1*, Raffaela Linhares Coelho1, Fernanda Orneles Gandra1, Ana Luíza Chalub Teixeira1, Janine Ramos da
Silva Santos Dias1, Mariana Azevedo Silva1, Núbia Isabela Barbosa1,
Luisa Andrade Azevedo1, Camila Stefanie Fonseca de Oliveira2, Bruno Divino Rocha3
1
Graduando em Medicina Veterinária– UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor Adjunto do Departamento de Medicina Veterinária – UFMG - Belo Horizonte – MG - Brasil
1
Graduando em Medicina V– UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em plataformas
digitais, utilizando as seguintes palavras chaves:
facoemulsificação, cristalino, catarata, oftalmologia.
O pós-operatório visa diminuir a inflamação e a hipertensão
intraoculares, prevenir infecções e evitar aderências
REVISÃO DE LITERATURA
(sinéquias). Preconiza-se o uso de colar protetor e colírios
A catarata é uma das afecções oculares mais frequentes midriáticos, inibidores de anidrase carbônica, antibióticos,
5,6
nos cães, e causa comum de perda da percepção visual . anti-inflamatórios (local e sistêmico).
Ela pode ser definida como qualquer opacidade da lente,
que resulta em variação do seu poder de refração. Decorre CONCLUSÕES
de alterações na estrutura das células lenticulares, de
1 A facoemulsificação deve ser utilizada como técnica de
alterações proteicas ou de ambas . Há diferentes maneiras
eleição para a remoção da catarata, visto que seus
de se classificarem as cataratas, como as baseadas na
resultados são superiores as demais técnicas descritas na
idade do paciente na ocasião do aparecimento, na
literatura. Entretanto complicações ainda são descritas, fato
localização, na velocidade e na extensão da progressão, na
6 que impulsiona estudos visando o aprimoramento da
aparência, e segundo a causa ensejante .
técnica. Ademais, é método terapêutico restrito a centros
Nos últimos anos, a oftalmologia veterinária, têm se especializados, exigindo grande experiência técnica e alto
4,5
beneficiado da facoemulsificação . Os efeitos, investimento em equipamentos e instrumental.
notadamente melhores, advêm de procedimento cirúrgico
rápido, da pequena incisão corneal e da sua reparação BIBLIOGRAFIAS
precoce. Adjunto, da inflamação, que é menor no pós-
1. Shiels, A; Hejtmancik, J. F. Genetic origins cataract. Archives of
operatório, da melhor aspiração das massas corticais e por Ophthalmology. v.125, n.2, p.165-173, 2007.
evitar o colapso da câmara anterior no curso da 2. Dziezyc J. 1990. Cataract surgery. Current approaches. Vet. Clin.
2
intervenção . North Am., Small Anim. Pract. 20(3):737-754.
Apesar dos significantes avanços proporcionados pela 3. Whitley R.D. et. al., 1993. Cataract removal in dogs: The surgical
techniques. Vet. Med. 88(9):859-866.
facoemulsificação, complicações ainda são notificadas.
4. Williams D.L., Boydell I.P. & Long R.D. 1996. Current concepts in
Interpõem-se as uveítes, menos intensas, comparativamente the management of canine cataract: A survey of techniques used by surgeons
7
a outras técnicas; a hipertensão intraocular pós-operatório , in Britain, Europe and the USA and a review of recent literature. Vet. Rec.
7,8
os descolamentos de retina , a opacidade de cápsula 138(15):347-353.
9 5. Glover T.D. & Constantinescu G.M. 1997. Surgery for cataract.
posterior, além da sua ruptura .
Vet. Clin. North Am., Small Anim. Pract. 27(5):1143-1173.
A facoemulsificação inicia-se com incisão corneal tunelizada, 6. Slatter D. 2005. Fundamentos de Oftalmologia Veterinária. 3ª ed.
em córnea clara têmporo-dorsal, distante 2 mm do limbo, Roca, São Paulo.
com bisturi de 15 graus. A câmara anterior é preenchida 7. Klein H.E. et. al., 2011. Postoperative complications and visual
com corante de cápsula (Azul de trypan). Soluções outcomes of phacoemulsification in 103 dogs (179 eyes): 2006-2008.
Veterinary Ophthalmology. 14: 114-120.
viscoelásticas devem ser aplicadas na câmara anterior para
8. Sigle, K.J.; Nasisse, M.P. Long-term complications after
proteção endotelial e preenchimento cameral (sulfato de phacoemulsification for cataract removal in dogs: 172 cases (1995– 2002).
condroitina à 4%, acrescido de hialuronato de sódio à 3% e Journal of the American Veterinary Medical Association, v.228, p.74–79, 2006.
hialuronato de sódio à 1%). Posteriormente, valendo-se de 9. Johnstone, N. & Ward, D.A. (2005). The incidence of posterior
um cistítimo, deve ser realizada a capsulotomia, permitindo capsule disruption during phacoemulsification and associated postoperative
10 complication rates in dogs: 244 eyes (1995–2002). Veterinary Ophthalmology
acesso ao cristalino . Com seringa munida de cânula de
8, 1, 47–50.
irrigação, realiza-se a hidrodissecção do núcleo do cristalino
7,8 10. Pigatto et. al., Avanços e benefícios da facoemulsificação. Acta
. A ponteira da caneta do facoemulsificador é introduzida Scientiae Veterinariae. 35: s248-s249, 2007.
na câmara anterior e no saco capsular, realizando-se a 11. Mota, M.A. Cirurgia de catarata – revisão de literatura. Trabalho de
emulsificação e a aspiração do córtex e núcleo do cristalino. conclusão de curso UNIFOR. Formiga, 4 nov. 2010.
Todas as massas corticais e substância viscoelástica
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
TOXOPLASMOSE EM CÃES: RELATO DE CASO
Ana Paula Peri Martins¹, Amanda Felício Bento de Souza¹, Luiz Flávio Telles²
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
Uveíte é definida como a inflamação dos tecidos uveais do controle da inflamação e possíveis complicações. A base do
olho (íris, corpo ciliar e coróide), sendo classificada em tratamento se dá através de ciclopégicos tópicos,
uveíte anterior, posterior e/ou panuveíte, dependendo de analgésicos, antiinflamatorios tópicos e/ou sistêmico, de
quais segmento da úvea estão envolvidos. Uveítes são
acordo com a gravidade do quadro.
causas comuns de alterações oftalmológicas em cães e
gatos. Dentro da fisiopatogênia estão envolvidos
Midriáticos e cicloplégicos são usados com o intuito de
mecanismos de danos aos tecidos uveais que cursam
quebra das barreiras hematoaquosa e hematorretinianas. Os dilatar de forma significativa a pupila (midríase), diminuindo
3
paciente acometidos apresentam sinais como a incidência de sinéquias.
blefarospasmo, edema corneal, dor ocular, hiperemia
conjuntival, entre outros. Além dos sinais clínicos Figura 1: Uveíte anterior em cão decorrente de processo
supracitados, ocasionalmente ocorrem sequelas e infeccioso. A)Hiperemia conjuntival (seta preta), edema de
complicações que frequentemente cursam com a perda córnea (*), formação de neovasos (seta preta tracejada) e
visual e perda da estrutura bulbar.
discoria (seta vermelha). B) 10 dias após tratamento com
O presente trabalho tem por objetivo revisar aspectos
referentes a etiopatogenia, sintomatologia, tratamento e antinflamatorios associados a atropina, alteração na cor da
complicações da uveite em cães e gatos. íris (seta preta tracejada) e discoria (seta amarela).
MATERIAIS E MÉTODOS
Realizou-se levantamento bibliográfico em plataformas
digitais, priorizando artigos científicos atualizados para
desenvolvimento do presente trabalho.
REVISÃO DE LITERATURA
A uveíte consiste em uma inflamação intraocular
desencadeada por dano vascular e tecidual, que libera
mediadores inflamatórios e causa quebra das barreiras
oculares (hematoaquosa e hemato-retiniana). A úvea pode
ser dividida nas porções anterior (íris e corpo ciliar) e
posterior (coróide). As alterações podem envolver a porção
CONCLUSÕES
anterior, posterior ou ambas (panuveíte). Apesar disso, nem
sempre é possível diferenciar as uveítes anteriores das A uveíte é alteração oftálmica significativamente presente na
posteriores devido a proximidade dessas estruras. Doenças rotina veterinária e decorre, frequentemente, de alterações
infecciosas, catarata, traumas, cirurgias intraoculares e sistêmicas (infecciosas), catarata, traumas, cirurgias
neoplasias induzem à quebra das barreiras oculares, à intraoculares, doenças autoimunes e neoplasias. O
síntese de PGs e à inflamação do trato uveal. ,
1 4 conhecimento da fisiopatogenia, etiologia e tratamento da
A sintomatologia envolvida na uveíte compreende afecção são imprescindíveis para o sucesso terapêutico,
blefarospasmo, fotofobia, lacrimejamento, enoftalmia, miose, tendo em vista a prevalência de sequelas que levam a
turbidez (flare) do humor aquoso além de complicações grande desconforto ocular, perda visual e estrutural
como ceratites ulcerativas esclerites e glaucoma.
4,2 (enucleação).
Adicionalmente, observa-se hipotensão intraocular, iridite,
hifema , hipópio, precipitados ceráticos, coriorretinites com
hemorragias e precipitados perivasculares na retina. Como
4 BIBLIOGRAFIAS
1- Pontes et al. (2006). Etiopatogenia da uveíte associada a doenças
frequentemente a uveíte decorre de alterações sistêmicas, infecciosas em pequenos animais. Disponível em: <
outros sinais clínicos não oftálmicos podem estar envolvidos. http://www.redalyc.org/html/3052/305226785009/>. Acesso: 05 de
A apresentação clínica pode ser uni ou bilateral, novembro de 2018.
notadamente quando ha´envolvimento sistêmico.
2- Azevedo, Mariane Gallecho. Uveíte em cães: revisão bibliográfica.
As sequelas e complicações provenientes da uveíte são UFRS, Porto Alegre, 2017.
sinéquias posterior (entre a lente e a íris) e anterior (entre a
córnea e a íris), íris bombé (sinéquia posterior em 360°), 3- Ribeiro e Schroder 2015. Uveíte anterior em cães e em gatos.
Disponível em:
cursando com alterações de drenagem do humor aquoso e <http://publicacoes.unifran.br/index.php/investigacao/article/viewFile/886
consequentemente, glaucoma secundário. Outras /719>. Acesso: 05 de novembro de 2018.
complicações referidas são descolamentos de retina,
3
luxações de cristalino e atrofia ocular (phitisis bulbi). 4- Townsend, W. M. Canine and feline uveitis. Vet Clin Small Anim 38
(2008) 323-346.
O tratamento baseia-se, primeiramente, na determinação e
tratamento da causa primária, promover alívio da dor,
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
Inspeção e Tecnologia
de Produtos de
Origem Animal
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
CARACTERIZAÇÃO FISICO-QUIMICA DO QUEIJO MINAS FRESCAL COMERCIALIZADO EM FEIRAS
NA REGIÃO DE BELO HORIZONTE
Luiza Nascimento Golfeto1*, Nathalia Stefanie Leite de Moraes ¹, Cecilia Melo Vasconcelos2, Cláudia Freire de Andrade Morais Penna3,
Breno Mourão de Sousa4
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Aluna do curso de mestrado em Ciência Animal da UFMG – Belo Horizonte/ MG – Brasil
3
Professora Doutora do Departamento de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal (DTIPOA/EV), Orientadora – UFMG - Belo Horizonte – MG – Brasil
4
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
Tabela 1 – Resultados das análises microbiológicas de queijos Minas Frescal
Segundo a Portaria n° 352, de 4 de novembro de 1997, é coletado em quatro feiras na região de Belo Horizonte.
considerado Queijo Minas Frescal, o queijo fresco obtido por Portaria
coagulação enzimática do leite com coalho e/ou outras Análises Q1 Q2 Q3 Q4
146/96**
enzimas coagulantes apropriadas, complementada ou não Salmonella spp. N* N* N* N* N*
com a ação de bactérias láticas especificas. Devido a SCP* (UFC/g) < 1,0 X 10¹ < 1,0 X 10¹ < 1,0 X 10¹ < 1,0 X 10¹ 1 x 10²
simplicidade, grande rendimento e baixo custo de
Coliformes 30° 2,4 X 10⁷ 2,0 X 10⁷ 9,7 X 10⁵ < 1,0 X 10¹ 1 x10³
fabricação, o Queijo Minas Frescal possui uma produção em
larga escala por pequenos e médios produtores, além de ser Coliformes 45° 2,4 X 10⁸ 2,0 X 10⁷ 9,7 X 10⁵ < 1,0 X 10¹ 1 x 10²
um queijo que não exige o processo de maturação, BAL (UFC/g) 4,0 X 10⁹ 1,4 X 10¹⁰ 4,1 X 10⁹ 6,5 X 10³ -
trazendo, dessa forma, ao produtor um retorno financeiro
mais rápido. Todas essas características conferem a esse BL* (UFC/g) 2,3 X 10³ 1,5 x 10⁵ < 1,0 X 10¹ < 1,0 X 10¹ 5 x10⁴
fabrico um preço acessível, tornando-o um alimento de alto
consumo pela população. O objetivo desse trabalho foi que o queijo apresenta possível presença de
coletar queijos Minas Frescal comercializados em feiras na microrganismos entéricos patogênicos e confirma que existe
região de Belo Horizonte e avaliar a qualidade contaminação fecal no produto.
microbiológica desse produto, de acordo com os padrões
Todos os queijos apresentaram alto crescimento de
exigidos nas legislações.
bactérias ácido-láticas (BAL). Para SILVA, et. al. (2015), as
MATERIAIS E MÉTODOS BAL‘s são consideradas bactérias seguras e benéficas nos
Foram coletadas quatro amostras de Queijos Minas Frescal, queijos, pois são capazes de reduzir o pH e produzir outras
de forma aleatória em quatro feiras localizadas em substâncias, que juntas são capazes de competir e inibir o
diferentes regiões de Belo Horizonte. As feiras foram crescimento de microrganismos deteriorantes e patogênicos.
denominadas como Q1, Q2, Q3 e Q4. Todos os queijos Para bolores e leveduras, constatou-se o crescimento nos
analisados foram provenientes de laticínios e possuem selo queijos Q1 e Q2, mas Q1 se encontrava dentro dos padrões
de inspeção, no entanto, em Q2 são comercializados queijos exigidos na legislação. Segundo FEITOSA, et. al. (2003), os
informalmente, sem rotulo e em embalagens inadequadas. fungos são os principais microrganismos deteriorantes dos
O queijo em Q1 foi coletado com oito dias de fabricação, em queijos e sua presença sugere que ocorreu falhas na
Q3 com quinze dias e em Q2 e Q4 os queijos tinham um dia fabricação, sanitização ou conservação. Constatou-se
de fabricação. As análises foram realizadas no laboratório ausência em todos os queijos para a pesquisa de
de microbiologia do Departamento de Tecnologia e Inspeção Salmonella spp. Esse resultado se denota satisfatório
de Produtos de Origem Animal (DTIPOA/EV), da segundo a legislação vigente. Para Brant, et. al. (2007) a
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foram ausência de Salmonella pode ser explicada pela baixa
realizadas as análises de presença e contagem de capacidade de competição que esses microrganismos
Salmonella spp., Staphylococcus coagulase positiva, apresentam em comparação com Staphylococcus e
coliformes totais (30°C), coliformes termotolerantes (45°C), Coliformes, sendo que seu crescimento pode estar
bolores e leveduras, seguindo a Instrução Normativa n° 62 associado à baixa contagem destas bactérias no alimento.
(BRASIL, 2003) e bactérias ácido-láticas CONCLUSÕES
(International...,1988). As características das propriedades Com base nos resultados, conclui-se que, apesar da
organolépticas dos queijos foram avaliadas segundo a obtenção do selo de inspeção, a maior parte dos queijos
Resolução MERCOSUL n°145/96 e a portaria n°352/97, que analisados está fora dos padrões exigidos pela legislação.
descrevem a identidade e qualidade do Queijo Minas BIBLIOGRAFIAS
Frescal. Os resultados das análises microbiológicas foram Brant, L. M. F.; Fonseca, L. M.; Silva, M. C. C. Avaliação da qualidade microbiológica do
comparados com os valores exigidos pela Portaria n° queijo de minas artesanal do Serro-MG. Revista: Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária
e Zootecnia. Minas Gerais, v.59, n.6, p.1570-1574, 2007
146/96. Feitosa, S. B..; Borges, M. P.; Paula, P. A.; Barbosa, M. S.; Braga, C. A. B.; Carneiro, L.
C. CARACTERIZAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO MINAS FRESCAL
RESULTADOS E DISCUSSÃO COMERCIALIZADO EM FEIRAS LIVRES. SAÚDE & CIÊNCIA EM AÇÃO – Revista
Acadêmica do Instituto de Ciências da Saúde, v.3, n. 01: Agosto-Dezembro 2016.
Os resultados da pesquisa podem ser observados na Tabela Feitosa, T.; Borges, M. F.; Nassu, R. T.; Azevedo, E. H. F.; Muniz, C. R. Pesquisa de
1. Os queijos coletados em Q1, Q2, Q3 e Q4 apresentaram Salmoneçça sp., Listeria sp. e microorganismos indicadores higiênico sanitários em queijos
produzidos no estado do Rio grande do Norte. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos,
resultados negativos para Staphylococcus coagulase p. 162-165, Dez, 2003.
positiva. Essas bactérias são capazes de produzir Melo, A.C.M.; Alves L.M.C.; Costa, F.N. Avaliação da qualidade microbiológica do queijo
tipo Minas Padrão comercializado na cidade de São Luís, MA. Revista: Arquivo do Instituto
enterotoxinas termoestáveis, resistentes à ação de enzimas Biológico. São Paulo, v.76, n.4, p.547-551, out./dez., 2009. Acesso em: 09 de novembro de
e que podem causar intoxicações alimentares, 2018.
Sangalleti, Naiane. Estudo da vida útil do queijo Minas Frescal disponível no mercado.
representando sérios riscos à saúde humana. Nas análises 2007. 81f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Escola Superior de Agricultura ―Luiz de
de coliformes 30° e 45°, observou-se contagem em Q1, Q2 e Queiroz‖, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Silva, Thamiris Evangelista. Estudo do Shelf Life do queijo Minas Frescal artesanal e
Q3, acima dos padrões exigidos pela legislação. Contagem industrial. 2015. 59f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Instituto Federal de
de coliformes 45°C pode ser sugestivo de presença de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Rio verde – GO.
Valiatti, T. B.; Sobral, F. O. S.; Romão, N. F.; Malavasi, N. V. Avaliação das condições
Escherichia coli, sendo que Feitosa et. al. (2016) higiênico sanitárias de queijos tipo Minas Frescal comercializados em feiras no município JI
mencionaram que resultados positivos para E. Coli aponta – Paraná-RO. Revista Cientifica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Paraná, p.
59-61, jan-jun, 2015.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
Medicina Veterinária
Preventiva
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
A IMPORTÂNCIA DO MÉDICO VETERINÁRIO NA IMUNOPROFILAXIA EM CÃES E GATOS
Bárbara Faleiro dos Santos1, Karoline Oliveira Sampaio¹, Janine Torres de Figueiredo¹, Ana Júlia Araújo Vaz Crispim¹, Maíra Meira
Nunes¹, Tatiane Ferreira de Paula¹, Bárbara Silva Boaventura¹, Juliana de Moura Costa Carvalho¹, Prhiscylla Sadanã Pires².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Estima-se que 2020 1 bilhão de pessoas sairão da pobreza
e ingressarão na classe média, o que aumentará em 50% o
consumo de leite, carne e ovos.¹ A segurança alimentar é
fonte: http://portal.cfmv.gov.br/site/pagina/index/artigo/86/secao/8
responsabilidade do médico veterinário, que irá garantir a
qualidade desses produtos, atuando na inspeção de
CONCLUSÕES
alimentos e vigilância sanitária, porém a aplicação do
conhecimento do profissional de Medicina Veterinária para a A população em geral ainda associa o médico veterinário
proteção e promoção da saúde humana vai muito além, apenas ao papel de clínico e cirurgião de animais por isso
inclusive sendo incluído como categoria profissional de nível sua atuação na saúde pública deve ser amplamente
superior para atuação no Conselho Nacional de Saúde divulgada e reconhecida pois este atua na prevenção,
através das resoluções nº 038/1993 e nº 287/1998.(4) Hoje controle e erradicação das doenças veiculadas por diversos
as principais atribuições do Médico Veterinário na Saúde fatores, entre os quais podemos citar: origem alimentar,
Pública além da inspeção são: Diagnosticar, controlar e parasitária, infecciosas, etc. Assim, o papel estratégico do
realizar vigilância sob zoonoses; Realizar estudos médico veterinário na prevenção e no controle de
comparativos da epidemiologia de enfermidades não enfermidades deve ser constante a ponto de permitir a
infecciosas dos animais em relação aos seres humanos; partilha de experiências com outros profissionais da área da
Promover o intercâmbio de informações entre a pesquisa saúde a fim de salvar vidas tanto dos animais e quanto da
médica veterinária e a pesquisa médica humana; Estudar população humana.
sobre substâncias tóxicas e venenos provenientes dos BIBLIOGRAFIAS
1. Armelin NT, Cunha JRA. O papel e a importância do médico
animais considerados peçonhentos; Realizar estudo de veterinário no sistema único de saúde: uma análise à luz do direito sanitário.
problemas de saúde relacionados às indústrias de produção Revista Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário. 2016 jan./mar,
de alimentos de origem animal, incluindo o destino 5(1):60-77.
adequado de dejetos, A supervisão da criação de animais 2 Menezes, C. C. F. A importância do Médico Veterinário na Saúde
Pública. 2005. 54f. Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) –
de experimentação; Consulta técnica sobre assuntos de Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2005.
Saúde Humana relativos aos animais³. Além das atividades 3. Xavier, R. D. O médico veterinário na atenção básica a saúde.
relacionadas à sua profissão, como as citadas acima, a Revista Desafios – v. 04,n. 02, São Paulo, 2017
4. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 287, de 18
ampla formação básica do Médico Veterinário em ciências de outubro de 1998. Resolve sobre a inclusão de categorias profissionais de
biomédicas o torna apto para desenvolver outras funções na saúde de nível superior para atuação no Conselho Nacional de Saúde.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO DIAGNÓSTICO DA LVC EM UM HOSPITAL VETERINÁRIO ESCOLA
DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS
Isabela Santos Fernandes1, Camila Stefanie Fonseca de Oliveira², Marina Greco Magalhães Guerra de Andrade³.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UFMG - Belo Horizonte – MG – Brasil
³Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH- Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
A leishmaniose visceral (LV) é uma doença grave, que A confirmação positiva de um animal suspeito se dá através
atinge crianças, adultos jovens ou pessoas imunodeprimidas de exames laboratoriais. Essa relação é demonstrada no
e, quando não tratada, pode apresentar letalidade de 95%. Gráfico 1.
Em cães, seu principal reservatório doméstico, há uma
prevalência significativa mas, muitos casos são Gráfico 1
assintomáticos ou oligossintomáticos (ALVES et al., 2003).
O único vetor bem estabelecido de parasitas de Leishmania
para cães na América do Sul é Lutzomyia longipalpis, mas Proporção de positivos e negativos, entre
outras espécies de flebótomos podem estar envolvidas. Em todos os suspeitos
alguns focos no Brasil, mais de 80% dos cães soropositivos
podem ser clinicamente saudáveis. Esta informação é 100% 84%
relevante uma vez que os cães soro positivos e 90%
80%
aparentemente saudáveis podem também servir como uma 70%
fonte de infecção para os flebotomíneos (TORRES, 2009). 60%
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, a leishmaniose 50%
40%
visceral tem-se expandido mesmo com uso de grande 30% 16%
recurso financeiro e humano no seu controle. Durante seu 20%
recente histórico na cidade (iniciado em 1992) a doença 10%
alcançou altos coeficientes de morbidade e letalidade nas 0%
populações atingidas (BORGES et al., 2007). Positivo Negativo
Diante disso, o objetivo desse estudo foi relacionar o
diagnóstico para Leishmaniose Visceral Canina (LVC), com
a presença de sinais e suspeição da doença em cães Foi possível observar que a proporção de suspeitos
atendidos em um Hospital Veterinário de um centro confirmados foi baixa, em relação ao número total de
universitário. suspeitos.
MATERIAIS E MÉTODOS A odds ratio para presença de sinais foi 16,02 (P<0,05), isso
quer dizer que cães com presença de sinais tem 16 vezes
Os dados utilizados foram gentilmente cedidos pelo Hospital
mais chances de serem considerados suspeitos para LVC
Veterinário de um centro universitário. Eles foram extraídos
neste Hospital Veterinário (Tabela 2).
das fichas de anamnese de todos os atendimentos de cães
Não houve associação estatisticamente significativa entre a
realizados entre janeiro de 2017 e dezembro de 2017 e
suspeitar de LVC e o diagnóstico positivo para LVC
foram organizados em uma planilha de Excel.
(p=0,138).
A análise dos dados foi realizada através do teste de qui-
Esse resultado pode ter como motivo o baixo número de
quadrado utilizando as ferramentas do programa STATA/MP
avaliações do ano de 2017, pois o esperado para essa
versão 14.0 e foi considerado um intervalo de confiança de
relação era o contrário, já que Belo horizonte é uma área
95%.
endêmica para LVC.
Para a simplificação analítica, os resultados do diagnóstico
foram transformados em variável dicotômica e todos os Tabela 2 - Razão de chances (odds ratio), intervalo de
animais com o resultado indeterminado foram considerados confiança (IC) e valor P das tabelas 1 e 2.
negativos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES Variável OR (Odds ratio) IC 95% Valor P
Verificou-se que 147 cães atendidos no Hospital Veterinário Presença de sinais 16,0274 6,9874 37,6233 0,000
do centro universitário, fizeram teste para LVC no período
estudado. O número de observações foi baixo, por ser o Suspeita de LVC 2,0892 0,7061 6,6227 0,138
mesmo ano de inauguração do Hospital Veterinário em CONCLUSÕES
questão. A presença de sinais é um fator importante para considerar
Na relação entre a identificação de sinais e a suspeição de um animal suspeito para LVC. O baixo número de cães
LVC, em 80% das vezes, os animais suspeitos suspeitos confirmados como positivos se deu possivelmente
apresentaram sinais e os não suspeitos não apresentaram pelo baixo número de observações totais do estudo.
(Tabela 1). BIBLIOGRAFIAS
1. ALVES, Waneska Alexandre; BEVILACQUA, Paula Dias. Reflexões sobre
a qualidade do diagnóstico da leishmaniose visceral canina em inquéritos
Tabela 1 - Associação entre identificação de sinais e epidemiológicos: o caso da epidemia de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil,
1993-1997. 2003.
suspeição de LVC 2. BORGES, Bárbara Kellen Antunes; DA SILVA, José Ailton; HADDAD,
João Paulo Amaral; MOREIRA, Élvio Carlos; DE MAGALHÃES, Danielle
Ferreira; RIBEIRO, Letícia Mendonça Lopes; FIÚSA, Vanessa de Oliveira
Suspeita de LVC Pire. Avaliação do nível de conhecimento e de atitudes preventivas da
população sobre a leishmaniose visceral em Belo Horizonte, Minas Gerais,
Sim Não Brasil. 2007.
3. TORRES, Felipe Dantas. Canine leishmaniosis in South America.
Identificação de Sim 61 15 Proceedings of the 4th Symposium on Canine Vector-Borne Diseases. 2009.
sinais
Não 17 67
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
ANAPLASMOSE BOVINA ASPECTOS CLÍNCOS EPIDEMIOLÓGICOS E PROFILÁTICOS
Klaus Meine Dias Amador1*, Caroline de Oliveira Santos e Nogueira1, Maria Vitória Germano Joaquim¹,
Ádila Caroline Gonçalves Santana¹, Karen Maria de Almeida¹, Cristielle Roberta Braga Viana1,
Nayane Nogueira de Souza1, Tiffany Costa Pessôa¹,Lucas Queiroz dos Santos¹,
Breno Mourão de Sousa2, Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira2, Prhiscylla Sadanã Pires2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
Anaplasmose bovina é uma doença infecciosa que em
conjunto da babesiose faz parte do complexo tristeza Figura 1: Sinais clínicos da anaplasmose bovina
parasitária bovina. Causada por Anaplasma marginale mais
1
patogênica para bovinos e A. centrale . A anaplasmose é
responsável por grandes prejuízos econômicos pois leva a
redução das taxas de produção, e reprodução além de levar
1
a gastos com o tratamento clínico dos animais . Diante do
grande impacto gerado pela anaplasmose na sanidade
animal e na economia decidimos realizar uma revisão de
literatura englobando os aspectos gerais da anaplasmose
bovina.
MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa bibliográfica foi realizada em bases de artigos,
utilizando palavras chaves relacionadas a anaplasmose,
também foram feitas consultas a livros didáticos e ao site da
organização mundial de saúde animal (OIE), objetivando um
maior embasamento para a elaboração da revisão de
literatura.
REVISÃO DE LITERATURA
As espécies causadoras da anaplasmose pertencem a
ordem Rickettsiales e são parasitas intracelulares Figura 2:Prevenção da Anaplasmose bovina/Autoral.
obrigatórios que infectam hemácias. A transmissão biológica
ocorre por diversos tipos de ixodídeos, porém no Brasil o
carrapato Rhipicephalus microplus é o principal vetor
3
biológico . A população desse artrópode sofre variação
dependendo das condições climáticas gerando assim áreas
de estabilidade e instabilidade enzoótica. A transmissão
mecânica realizada por moscas e mosquitos hematófagos
vem sendo descritas, entretanto, algumas pesquisas indicam
2
um menor potencial destes insetos como vetores . Ao
contrário, a transmissão iatrogênica tem incidência
aumentada e pode ocorrer através do uso de seringas
contaminadas, cirúrgias e transfusão sanguínea. A
transmissão transplacentária, também já foi notificada, mas
2
parece ter importância epidemiológica limitada .
Os principais sinais clínicos são anemia, hipertermia,
dispnéia, diarreia, e podem ser explicados pela hemólise
realizada pelo sistema monocitico fagocitário, após
alterações na membrana dos eritrócitos causadas pelo
1
agente etiológico (Figura 1).
O diagnóstico clínico é impreciso devido a inespecificidade CONCLUSÕES
3
dos sinais . Por isso, o diagnóstico pode ser feito por meio Anaplasmose bovina causa diversos prejuízos tanto
da observação do agente através de esfregaço sanguíneo, econômicos quanto a sanidade animal. O conhecimento dos
uma técnica rápida, eficaz e sensível que permite avaliar o aspectos gerais: clínicos, epidemiológicos, tratamento e
nível de parasitemia. prevenção, são de suma importância para o sucesso
A antibióticoterapia é a base de tratamento. A OIE terapêutico e controle da disseminação da doença.
recomenda uso de dipropionato de imidocarb na dose de BIBLIOGRAFIAS
1
3mg/kg IM, oxitetraciclina 22mg/kg IV . 1. COELHO, Leonardo Costa Tavares. ANAPLASMOSE BOVINA:
O uso de enrofloxacina 7,5 mg/kg também é eficaz na PARÂMETROS CLÍNICOS E DE PATOLOGIA CLÍNICA EM BEZERROS
INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE. 65p.- 2007.
redução da prevalência da doença de bovinos leiteiros. 2. KESSLER,Raul Henrique. CONSIDERAÇÕES SOBRE A
Entretanto, sugere-se que a associação de enrofloxacina e TRANSMISSÃO DE ANAPLASMA MARGINALE.Pesq. Vet. Bras.Embrapa
um dos outros antimicrobianos supracitados apresentam Gado de Corte, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, out./dez. 2001.
1 3. GONÇALVES, Patrícia Macêdo. EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE
mellhores resultados . DA TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA NA REGIÃO SUDESTE DO
Algumas medidas profiláticas podem ser tomadas por BRASIL. Aluno de Doutorado em Ciência Animal – Departamento de
exemplo: controle estratégico de vetores, quimioprofilaxia, Medicina Veteterinária Preventiva, Escola de Veterinária, Universidade
3 Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. Ciência Rural, Santa Maria, v.
premunição, e imunização por vacina (Figura 2).
30, n. 1, p.187-194, 2000 E-mail: pmacedog@dedalus.lcc.ufmg.br
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
AUTO-HEMOTERAPIA NO TRATAMENTO DA PAPILOMATOSE CANINA
Caroline Lopes Gomes de Oliveira1*, Adriana de Castro Moraes Rocha1, Maria Luiza Tanos dos Santos1, Raffaela Linhares Coelho1,
Prhiscylla Sadanã Pires2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil – caroline.lopesgomes@hotmail.com
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH- Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO então produz mais monócitos que colonizam os tecidos
5
Os papilomas são neoplasias benignas que ocorrem orgânicos, recebendo então a denominação de macrófagos .
comumente em cães e raramente em gatos, apresentando- Na Figura 1 é demonstrado abaixo, o mecanismo de ação
1
se focal ou multifocal e com aspecto verrucoso . do sistema imunológico através da técnica AHT empregada
Seu período de incubação varia de quatro a oito semanas, no tratamento.
regredindo após quatro a oito semanas de evolução. Os
cães que se recuperam da papilomatose tornam-se imune a Figura 1 – Mecanismo de ação do sistema imunológico pela
2
novas infecções . Devido ao seu comportamento auto- técnica AHT.
limitante, na maioria dos casos não se realiza tratamento.
Entretanto, quando há comprometimento do estado geral do
animal, são adotados diferentes protocolos de tratamento. A
auto-hemoterapia (AHT) é um método amplamente utilizado
3
para tratar várias patologias na medicina . Portanto, o
objetivo desta revisão foi avaliar o uso da AHT no tratamento
da papilomatose canina.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para levantamento de dados, foi realizada uma busca
bibliográfica nas plataformas Google Acadêmico e Scielo,
utilizando como palavras-chave: papilomatose canina,
tratamento, auto-hemoterapia. Como critérios de inclusão,
foram utilizados artigos publicados em língua portuguesa e
inglesa, entre os anos de 2012 a 2017.
REVISÃO DE LITERATURA
A papilomatose canina é uma afecção frequentemente
encontrada em cães, tendo como agente etiológico o
Papilomavirus canino. Sua transmissão ocorre por contato
direto ou indireto com secreções ou sangue oriundos dos
papilomas em superfícies lesionadas, instalações e fômites
4
contaminados previamente . Podendo acometer cães de Além disso, é importante oferecer alimentação de qualidade
todas as idades, sexo e raça, porém cães jovens ou ao paciente e mantê-lo em ambiente com poucos fatores
5 estressantes. Isso favorece a eficácia do tratamento da
imunossuprimidos são os mais comumente afetados . 4
Caracteriza-se por massa saliente, de forma única ou doença, além de evitar casos de recorrências . O uso de
múltipla e tamanhos variados, que no início apresenta-se antibióticos é muitas vezes indicado para o controle de
com aspecto liso e aderido em regiões cutâneas e muco- infecções secundárias.
cutâneas, porém com sua evolução torna-se com aparência Seu prognóstico é favorável, desde que seja removida a
semelhante a ―couve-flor‖ ou ―verruga‖, pedunculadas .
4 causa primária de imunossupressão do paciente, e institua
4
Em cães existem três formas: oral, ocular e cutânea. O os tratamentos recomendados, evitando recidivas .
diagnóstico é realizado pelo exame físico e histopatológico.
Devem ser diferenciada das epúlides fibromatosas, tumor CONCLUSÕES
venéreo transmissível e carcinoma de células escamosas, A papilomatose é uma doença infectocontagiosa oportunista,
5
devido à similaridade das características macroscópicas . frequentemente encontrada na espécie canina,
São descritos diferentes protocolos de tratamento, como a principalmente animais imunossuprimidos. Apesar dos bons
ressecção cirúrgica, criocirurgia, administração de drogas resultados obtidos na auto-hemoterapia e do baixo custo, é
anti-virais, vacinas autógenas, realização de AHT e/ou necessário um maior número pesquisas sobre o assunto.
4
drogas imunomoduladoras .
A AHT é uma prática de uso clínico crescente na medicina BIBLIOGRAFIAS
veterinária, que consiste em aplicações de sangue autólogo, 1. DALECK, C.R; DE NARDI, A. B. Oncologia em cães e gatos. 2ª edição.
Rio de Janeiro: Editora ROCA, 2016.
por via intramuscular, com o objetivo de estimular o sistema 2. BIANCHI, M. V. et al. Canine papillomatosis: A retrospective study of 24
imunológico através da ativação do sistema mononuclear cases (2001-2011) and immunohistochemical characterization. Pesq. Vet.
fagocitário Bras. 32 (7): 653-657, julho 2012.
Para AHT coleta-se de cinco a 20 ml de sangue venoso do 3. BORGES, O.M.M, et al. Effects of Autohemotherapy on Hematologic
Parameters and Morphology of Canine Oral Papillomatosis. Acta Scientiae
animal, sendo administrado imediatamente na base dos Veterinariae. 45(Suppl 1): 211, 2017.
papilomas e em áreas circundantes, a cada quatro dias até 4. DIAS, F. G. G, et al. Papilomatose oral em cães. Enciclopédia Biosfera,
regressão por completo. Essa regressão ocorre pois, o Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17; p. 2008. 2013.
5. BAMBO, O, et al. Auto-hemoterapia no tratamento da papilomatose oral
sangue, tecido orgânico, que em contato com o músculo, canina – Relato de caso. Medvep Dermato - Revista de Educação
tecido extravascular, desencadeia uma reação imunológica, Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária; 2012; 2(2); 39-
responsável pela estimulação do sistema retículo endotelial, 43.8/9
promovendo um estímulo proteínico inespecífico. Os
produtos da degradação eritrocitária são responsáveis por APOIO:
estimular a eritropoiese e ativar o sistema imune normal,
permitindo a manutenção da homeostasia. A medula óssea
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
BOTULISMO EM CÃES: UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA
Maria Clara Madureira de Lima Prado1*, Caroline Lopes Gomes de Oliveira1, Débora Fernandes de Paula Vieira1, Karoline Oliveira
Sampaio1, Lidiovane Lorena Gonçalves Jesus1, Maria Luiza Tanos dos Santos1,
Yara Mares da Silva1, Prhiscylla Sadanã Pires2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
*mariaclara.mlp@gmail.com
BIBLIOGRAFIAS
BIBLIOGRAFIAS
1. Diarreias em bezerras: causas e consequências, Revista Leite Integral,
2013.
2. Freitas, Moises Dias. Avaliação de soluções eletrolíticas orais em
Fonte: Revista Leite Integral bezerros neonatos durante o curso da diarreia. 2013.
3. Sena Oliveira, Márcia Cristina. Cuidados com bezerros recém-nascidos em
A presença de alguns patógenos provoca um quadro clínico rebanhos leiteiros. 2012.
4. Souza Chagas, Ana Carolina. Diarreia em bezerros leiteiros lactantes: a
de diarreia secretória composta pela eliminação de doença e o manejo em diferentes unidades da Embrapa, 2015.
enterócitos (células que recobre o tubo digestório), essas
células interrompem a absorção de fluidos e promove APOIO:
secreção de cloreto de sódio e água para lúmen intestinal.
Quando há o aumento dessa secreção, a absorção do
intestino grosso é inibida, ocasionando ao quadro de
diarreia. Outros patógenos podem destruir pequenas partes
das vilosidades intestinais, provocando uma redução na
absorção de água e eletrólitos³.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
CLOSTRIDIUM CHAUVOEI: PAPEL DAS TOXINAS NO CARBÚNCULO SINTOMÁTICO
Kristyelen Isabelle Cardoso Barbosa¹, Gabriella Fiuza Gomes¹, Davi Guilherme Souza¹, Samara Fernanda de Oliveira Silva¹, Prhiscylla
Sadanã Pires³
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO com atividade enzimática. Ela, permanece ativa após ciclos
O carbúnculo sintomático, também conhecido popularmente de congelação e descongelação, como também, em ampla
como ―mal de ano‖ ou ―manqueira‖, é uma doença infecciosa gama de temperaturas (4–50°C) e pH (4-7,5). Sugerindo,
aguda, caracterizada por miosite necrosante. Causada pelo assim, que permanecem ativas em condições desfavoráveis,
Clostridium chauvoei, que está predominantemente presente favorecendo a disseminação bacteriana, causando danos
no trato digestório dos herbívoros, a infecção está associada musculares após a propagação do C. chauvoei.
a ingestão dos esporos dessas, que permanecem latentes A toxina CctA foi descrita recentemente¹, pertence a família
na musculatura. A geração de anaerobiose intramuscular, das toxinas formadoras de poros do tipo barril-beta, da
permite a germinação bacteriana, e as células vegetativas superfamília das leucocidinas. Essas proteínas, possuem
produzem toxinas responsáveis pela lesão. A doença estrutura conservada, sendo, domínios capazes de se
acomete principalmente bovinos jovens, sendo a ligarem a receptores específicos da célula alvo, com
mortalidade em torno de 100%. O objetivo deste trabalho, é sequencia hidrofóbica, permitindo a internalização e
descrever as toxinas produzidas por esta bactéria. ancoragem da proteína, após isso, ocorre uma
MATERIAIS E MÉTODOS oligomerização, formando os poros, que culminam no influxo
7
Os dados do presente trabalho foram feitos a partir de uma de conteúdo extracelular, fazendo a lise das células .
breve revisão de literatura usando os termos: Clostridiose, Embora as toxinas anteriormente descritas tenham sido
C. chauvoei, Carbúnculo Sintomático. responsáveis pelos quadros de carbúnculo sintomático e
REVISÃO DE LITERATURA gangrena gasosa, anticorpos específicos contra CctA,
Os antígenos produzidos por C. chauvoei são divididos em protegeram 90% dos animais desafiados, neutralizando
todos os efeitos patogênicos promovidos pelo C. chauvoei.
dois grupos: antígenos celulares somáticos e flagelares; e
Esta é a primeira vez que uma vacina contra as exotoxinas
antígenos solúveis, que são as toxinas. Até pouco tempo,
apenas cinco toxinas produzidas por C. chauvoei eram do C. chauvoei foi capaz de proteger.
Figura 1: ação da toxina CctA, formando poro, com
conhecidas. No entanto, recentemente, a toxina CctA,
1 consequente influxo do conteúdo extracelular e lise da
imprescindível para ocorrência da doença, foi descrita .
célula.
A toxina alfa é uma hemolisina, descrita como uma proteína
2
necrosante e faltal . Essa toxina tem pico máximo de
produção na fase logarítmica de crescimento bacteriano,
sendo os eritrócitos de ovinos, bovinos e aves susceptíveis à
3
ação hemolítica dessa proteína . Imaginam que, isso ocorre
devido a existência ou não de receptores nas hemácias,
necessários para a ligação da toxina². A sua ação depende
da temperatura, sendo que quanto maior a temperatura,
menos toxina é requerida para fazer hemólise de eritrócitos.
Por muito tempo essa toxina foi considerada a principal
patogênica da espécie Clostridium spp;
A toxina beta é uma toxina do tipo desoxiribonuclease
(DNAse). É uma proteína termoestável, que degrada núcleo
das células musculares, participando das mionecroses
clostridiais. Essa toxina também é influenciada pela CONCLUSÕES
temperatura, pelo suprimento de carboidratos e pH; Foi possível compreender que, essas exotoxinas são fatores
A toxina gama é uma hialuronidase, são produzidas pela de virulência essenciais para a ocorrência do carbúnculo
maioria das bactérias Gram-positivas. O hialuronato, é um sintomático
dos principais constituintes do tecido conjuntivo, muscular e BIBLIOGRAFIAS
tegumentar. Assim, os patógenos que a produzem, são 1. FREY, J.; JOHANSSON, A.; BÜRKI, S.; VILEI, E. M.; REDHEAD,
capazes de causar infecções a partir da mucosa, tecido K. Cytotoxin CctA, a major virulence factor of Clostridium chauvoei conferring
protective immunity against myonecrosis. Vaccine, v. 30, n. 37, p. 5500–5505,
subcutâneo e/ou pele³. Elas conseguem destruir as 2012. Elsevier Ltd.
barreiras, constituída pela pele e tecido conjuntivo, 2. HANG‘OMBE, B. M.; KOHDA, T.; MUKAMOTO, M.; KOZAKI, S.
facilitando, assim, sua propagação. Embora a toxina gama Purification and sensitivity of Clostridium chauvoei hemolysin to various
erythrocytes. Comparative Immunology, Microbiology and Infectious Diseases,
não seja considera letal, com a destruição do tecido
v. 29, n. 4, p. 263–268, 2006.
conjuntivo, é permitida a disseminação da bactéria pelo 3. HYNES, W. L.; WALTON, S. L. Hyaluronidases of Gram-positive
tecido muscular; bacteria. FEMS Microbiology, v. 183, p. 201–207, 2000.
4 4. BRYANT, A. E.; STEVENS, D. L. The comprehensive sourcebook
A toxina delta são citolisinas tiol-ativada que atuam nas
of bacterial protein toxins. In: J. E. Alouf; M. R. Popoff (Eds.); The
membranas celulares, se oligamerizam, formando poros de comprehensive sourcebook of bactrial toxins. 1st ed., p.919–929, 2006.
5.
até 50 subunidades da toxina São proteínas sensíveis ao Londres: Elsevier.
contato com oxigênio, resultando na diminuição da ação 5. GILBERT, R. J. C. Pore-Forming toxins. Cellular anda Molecular
hemolítica; Life Sciences, v. 59, p. 832– 844, 2002.
6. HEUERMANN, D.; ROGGENTIN, P.; KLEINEIDAM, R. G.;
A neuraminidase, atua fazendo hidrólise do músculo e SCHAUER, R. Purification and characterization of a sialidase from Clostridium
endotélio. Substratos dessa proteína são encontrados chauvoei NC08596. Glycoconjugate journal, v. 8, n. 2, p. 95–101, 1991.
nesses locais, o que facilita essa ação. A produção dessa 7. REISS, K.; BHAKDI, S. Pore-forming bacterial toxins and
antimicrobial peptides as modulators of ADAM function. Medical Microbiology
toxina tem papel significativo na patogênese do carbúnculo and Immunology, v. 201, n. 4, p. 419–426, 2012.
6
sintomático . Quando ativas são compostas por três 8. Pires P.S., Relação parasito-hospedeiro na infecção de
domínios: a porção N terminal, responsável pela ligação ao macrófagos por Clostridium Chauvoei, Universidade Federal de Minas Gerais,
receptor, a central, que liga ao ácido siálico, e a C terminal 2015. Doutorado em Ciência Animal.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
DERMATOFITOSE EM BOVINOS
Karoline Oliveira Sampaio1, Adriana de Castro Morais Rocha¹, Ariane Martins Alves¹, Caroline Lopes Gomes de Oliveira¹, Débora
Fernandes de Paula Vieira¹, Lidiovane Lorena Gonçalves Jesus¹, Maria Clara Madureira de Lima Prado¹, Maria Luiza Tanos dos Santos¹,
Yara Mares da Silva¹, Prhiscylla Sadanã Pires².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH- Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose causada por
um protozoário da espécie Leishmania chagasi, sendo
transmitida no Brasil principalmente pela picada da fêmea do Figura 1: Formas amastigotas de L. chagasi em punção de
inseto vetor infectado, Lutzomyia longipalpis, comumente linfonodo.
conhecido por mosquito palha. O cão é o principal
hospedeiro em ambiente urbano, e também sofre da
doença, que nos esses casos é chamada de Leishmaniose
1
Visceral Canina (LVC) .
A leishmaniose é uma doença endêmica em países tropicais
2
como o Brasil . Portanto, o diagnóstico precoce de cães
infectados é de extrema importância para que se tenha um
3
controle adequado da mesma .
O diagnóstico da LVC é um desafio principalmente pela
inespecificidade de sinais clínicos e das alterações
histopatológicas, além da dificuldade de encontrar um teste
4
diagnóstico 100% específico e sensível . Atualmente o
diagnóstico baseia-se na realização de exames laboratoriais
5
como testes sorológicos, moleculares e parasitológicos .
O objetivo deste trabalho é descrever de forma sucinta o
diagnóstico parasitológico de Leishmaniose realizado em
cães, apresentando seus pontos positivos e negativos, por Fonte: Arquivo pessoal, cedido pelo laboratório LESSA.
meio de uma revisão bibliográfica.
CONCLUSÕES
MATERIAIS E MÉTODOS A LVC é considerada um grave problema de saúde pública e
Foi realizada uma revisão de literatura utilizando pesquisas deve ser diagnosticada precocemente. O diagnóstico
feitas pelo Google Acadêmico, Scielo e Ministério da Saúde. parasitológico, apesar de invasivo e apresentar sensibilidade
As palavras chaves buscadas em artigos foram: variável, ainda é considerado como um dos melhores devido
Leishmaniose Visceral Canina, diagnóstico LVC, diagnóstico a sua alta especificidade.
parasitológico, visceral leishmaniasis, diagnostic
leishmaniasis. BIBLIOGRAFIAS
1. PORTAL MINISTÉRIO DA SAÚDE. Leishmaniose Visceral. 2018.
RESULTADOS E DISCUSSÕES Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/leishmaniose-
visceral> Acesso em: 06 de novembro de 2018.
Os diagnósticos sorológicos reação de imunofluorescência 2. DEN BOER M, Argaw D, Jannin J, Alvar J. Leishmaniasis impact and
indireta (RIFI) e ensaio imunoenzimático (ELISA) são treatment access. ClinMicrobiolInfect. 2011 Oct;17(10):1471-7.
4 3. MAIA C, Campino L. Methods for diagnosis of canine leishmaniasis and
recomendados pelo Ministério da Saúde , porém, o
immune response to infection. VetParasitol. 2008 Dec;158(4):274-87.
parasitológico é considerado o teste ouro para o diagnóstico 4. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde.
3
da doença, uma vez que ele é 100% específico , não Departamento deVigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e
apresentando reações cruzadas com outras doenças, como controle da leishmaniose visceral.Brasília: Ministério da Saúde, 2006. p 27-
por exemplo tripanossomíase, que ocorre esporadicamente 29.
6 5. FARIA A. R, ANDRADE H.M.Diagnóstico da Leishmaniose Visceral
quando realizado por método de RIFI . Canina: grandes avanços tecnológicos e baixa aplicação prática,
O diagnóstico parasitológico baseia-se na observação direta RevPan-Amaz Saúde 2012; 3(2):47-57.
de formas amastigotas do parasita, obtidas em material 6. GONTIJO C.M, Melo M.N. Leishmaniose Visceral no Brasil: quadro
atual, desafios e perspectivas. Rev Bras Epidemiol. 2004;7(3):338-49.
biológico, à partir de esfregaços de conteúdo aspirado de 7. FERRER L.M. Clinical aspects of canine leishmaniasis. In: Proceedings
linfonodo, medula óssea, baço, fígado, pele e sangue, se of the International Canine Leishmaniasis Forum. Barcelona, Spain. Canine
corados adequadamente usando-se colorações Guiemsa ou Leishmaniasis: an update. Wiesbaden: Hoeschst Roussel Vet. 1999, p. 6-10.
7 8. GOMES YM, Cavalcanti MP, Lira RA, Abath FG, Alves LC. Diagnosis of
Panótico® . A figura 1 demonstra formas amastigotas de L.
canine visceral leishmaniasis: biotechnological advances. Vet J. 2008
chagasi em punção de linfonodo. Jan;175(1):45-52.
Os aspectos negativos da técnica parasitológica são que
além de a coleta de material biológico ser bastante invasiva,
o método pode apresentar falso-negativos por possuir APOIO:
sensibilidade variável. A distribuição dos parasitos nos
6
tecidos não é homogênea , e as amostras de animais com
baixa carga parasitária podem passar desapercebidas pelo
8
examinador, principalmente de cães assintomáticos .
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
DIAGNÓSTICOS MICROBIOLÓGICO E MOLECULAR DE RHODOCOCCUS EQUI
Mariela Arantes Bossi1*, Adriana de Castro Moraes Rocha¹, Ariane Martins Alves¹, Maria Clara Madureira de Lima Prado¹, Lidiovane
Lorena Gomes de Oliveira¹, Prhiscylla Sadanã Pires².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil – marielaarantes@gmail.com – (31)991613069
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
7
INTRODUÇÃO rápido, preciso e de custo acessível . A presença de
Inicialmente descrito como Corynebacterium equi, o bactérias pleomórficas no interior das células é sugestiva da
Rhodococcus equi, é uma bactéria Gram-positiva, aeróbica, infecção³, nesse exame.
de hábito saprofítico no solo. Possuem propriedade de O método de reação em cadeia polimerase (PCR) é utilizado
crescimento intracelular facultativo, são álcool-acido através do aspirado traqueal ou pulmonar, para detecção do
8
resistentes¹ e oportunistas . Apresentam-se nas formas DNA bacteriano, permitindo identificar gênero, espécie e a
cocoides, cocobacilares ou bacilares, podendo se diferenciar presença ou não do gene vapA5, reduzindo o tempo para o
devido ao tempo de cultivo laboratorial². A rodococose tem diagnóstico³, podendo ser usado após o método de
distribuição mundial e, no Brasil, mostra-se como uma das isolamento. O PCR, além de ser um método rápido e
doenças mais severas na criação de potros³, além de ser relativamente de baixo custo¹, tem como vantagem uma
4
uma zoonose . Ela atinge tanto trato gastrointestinal, sensibilidade de 100%, o tornando superior ao método de
levando ao quadro de enterocolite ulcerativa, quanto o trato cultivo bacteriano, com 57,1%¹. Esse método mostra
respiratório, ocasionando uma broncopneumonia supurativa qualidades desejáveis, quando se trata de análise de
crônica com abscedação¹. amostras contaminadas, como solo e fezes, quantificando
simultaneamente o microorganismo¹.
O objetivo desse trabalho é apresentar métodos de
diagnóstico microbiológico e molecular para detecção da
Tabela 1: Comparação entre PCR com amostra de lavado
infecção por R. equi.
traqueal, PCR com amostra de fezes e cultura biológica com
MATERIAIS E MÉTODOS amostra de lavado traqueal nos quesitos sensibilidade e
Foi realizada uma busca por artigos na plataforma Scielo e especificidade em porcentagem, para R. equi.
Google Acadêmico, usando-se os seguintes termos:
Rhodococcus equi e diagnóstico de Rhodococcus equi.
Testes diagnósticos Sensibilidade(%) Especificidade(%)
Foram considerados para esta revisão os artigos em língua
portuguesa e espanhola, publicados entre os anos 2001 e PCR de lavado traqueal 100 100
2018.
REVISÃO DE LITERATURA Cultura de lavado traqueal 82 100
Como em qualquer outra afecção, o diagnóstico da
rodococose deve relacionar os achados clínico- PCR de fezes 75 100
epidemiológicos, com os resultados laboratoriais³,
moleculares e microbiológicos.
O diagnóstico microbiológico e molecular são de extrema
importância ao se tratar do R. equi, tanto na medicina CONCLUSÕES
veterinária quanto na humana, pois este agente leva a uma Conclui-se que, os métodos, microbiológico e molecular, são
sintomatologia inespecífica, além de ocasionar uma diarreia os mais eficazes no diagnóstico de R. equi, sendo eles a
severa e uma perda do parênquima pulmonar, podendo cultura bacteriológica, isolamento, citologia e PCR, aonde as
levar a morte dos acometidos. amostras utilizadas devem ser o fluido traqueal e pulmonar
A imunodifusão e o ensaio imunoenzimático indireto (ELISA) ou fezes para todos anteriores, e recomenda-se a análise de
são análises sorológicas consideradas inefetivas para o mais de um método para o diagnóstico definitivo.
diagnóstico de rodococose, pois os anticorpos contra o
agente são frequentes em equinos³ e, nem sempre BIBLIOGRAFIAS
representam enfermidade¹. Por isso, os testes sorológicos 1. Oliveira LGS. Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do
disponíveis devem ser utilizados apenas para monitorar a Rio Grande do Sul, 2013, 97p. Dissertação de mestrado.
exposição da criação e não para diagnosticar potros 2. Vieira S. Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional
del Centro de la Provincia de Buenos Aires, 2016, 37p. Tese de graduação.
doentes³. 3. Porto ACRC, Fernandes WR, Barreira MCR. Ciência Rural, Santa
A cultura bacteriológica advinda do aspirado traqueal e Maria, 2011, Dez.41(12); 2143-2150.
pulmonar ou das fezes coletadas do animal, é realizada com 4. Fernandes MC et al. Radiologia Brasileira, 2014, Mai/Jun.47(3);XI-
o intuito de isolar a bactéria, contudo, esta pode ter XIII.
5. Gressler LT. Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de
resultados variáveis, já que nem sempre há sucesso no Santa Maria, 2013, 81p. Dissertação de mestrado.
isolamento. O sucesso ou não deste, dependerá do 6. Possebon KF, Fraga DR, Beck C. Salão do Conhecimento,
conteúdo nutricional do meio de cultura, do estágio de Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2014,
5p.
crescimento do agente inoculado e da ausência de outros 7. Fernandes WR et al. ARS Veterinaria, 2011.27(2); 073-079.
microrganismos competidores. Em vista da dificuldade 8. Ribeiro MG, Filho ASC, Listoni FJP. Ciência Rural, Santa Maria,
nesse método, deve-se utilizá-lo paralelamente a outro 2001.31(5); 889-892.
complementar³. De acordo com Krewer (2008), o cultivo
APOIO:
bacteriológico deve ser feito com meios específicos, como
NANAT (nalidixic acid novobiocin actidione-cycloheximide
potassium telurite) ou CAZ-NB (agar ceftazidima-
novobiocina), porque os dois possuem antimicrobianos que
irão inibir contaminantes, favorecendo assim a seleção da
bactéria R. equi³.
Outra forma de isolamento é através da citologia feita com o
lavado transtraqueal ou das fezes coletadas. É um método
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
DISTRIBUIÇÃO DA DIARREIA VIRAL BOVINA NO REBANHO BRASILEIRO ENTRE 2009 A 2014
Lidiovane Lorena Gonçalves Jesus1*, Débora Fernandes de Paula Vieira1, Karoline Oliveira Sampaio1, Maria Clara Madureira de Lima
Prado1, Yara Mares da Silva1, Ariane Martins Alves1, Maria Luiza Tanos dos Santos1, Darlene Souza Reis¹, Prhiscylla Sadanã Pires2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professora do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte – MG – Brasil
Fonte: Autor
APOIO:
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
FORMAS DE INFECÇÃO DA HABRONEMOSE EQUINA
Ariane Martins Alves1, Karoline Oliveira Sampaio1, Lidiovane Lorena Gonçalves Jesus1, Maria Luiza Tanos dos Santos1, Mariela Arantes
Bossi1, Yara Mares da Silva1, Ana Paula Pereira Neves Ferreira,
Prhiscylla Sadanã Pires3.
1
Graduando em Medicina veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Mestranda em Parasitologia – UFMG – Belo Horizonte - MG – Brasil
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
REVISÃO DE LITERATURA
As nematóides fêmeas adultas de Habronema spp. fazem a
ovipostura de ovos embrionados, que são eliminados com
as fezes, ou há a eclosão de larvas L1 no intestino que são
então eliminadas. As moscas M. domestica e S. calcitrans
são consideradas hospedeiros intermediários deste parasito.
Em condições ideais de umidade, de temperatura e de
oxigenação as larvas do parasito (L1 ) permanecem viáveis
no ambiente sendo ingeridas por larvas do hospedeiro
intermediário, ocorrendo o desenvolvimento de ambas
concomitantemente. Além disso, moscas adultas podem
ingerir larvas L1 misturadas à matéria orgânica presente no
excremento. Após uma a duas semanas de desenvolvimento
CONCLUSÃO
as larvas migram do trato digestivo em direção as peças
bucais da mosca, sofrem mudas e tornam-se larvas L3 A habronemose e uma doença de fácil disseminação que de
infectantes. Durante a alimentação das moscas o contato fato justifica pelas suas formas de infecção com a larva L1
com equino propicia que as larvas infectantes (L3) sejam se torna viável no ambiente e a larva L3 que reside nas
depositadas, geralmente, próximo às junções muco- moscas e contribui o que aumenta a sua incidência no
cutâneas (infecção cutânea), feridas previamente abertas, verão.
lábios, olhos e regiões cronicamente úmidas ocasionando o
ciclo errático. BIBLIOGRAFIAS
1. C. COLLOBERT-LAUGIER, ° C. LAMIDEY, ° N. BRISSEAU, ° C.
O equino pode se infectar também por via oral, através MOUSSU and ° N. HAMET.: Prevalence of stomach nematodes. Revue Méd.
ingestão direta de L3 ou deglutição de moscas infectadas Vét., 2000,151, 2, 151-156
presentes na água ou alimentos. As larvas L3 que são 2. SMITH, B.P. Tratado de medicina interna de grandes animais. 1
ingeridas pelo equino alcançam o estômago (habronemose ed. São Paulo: Manole, v.2, 1994.
3. MURO, Luis Fernando Ferreira, et al: Revista cientifica eletrônica
gástrica) onde tornam-se adultos, completando seu ciclo de de medicina veterinária – ISSN: 1679-73. Ano VI – Número 11 – Julho de
vida. Já as larvas que não completam a migração para o 2008 – Periódicos Semestral
estômago podem causar lesões granulomatosas na pele e 4. SILVA, Thayná Oliveira, et al .: Habronemose Cutanea Equina-
Relato de Caso.Revista cientifica Medicina Veterinária -ISSN 1679 -7353 Ano
olhos (habronemose cutânea e/ou ocular), e, raramente, XIV -Número 29 – Julho de 2017 – Periódico Semestral.
vísceras.
A migração continuada da L3 resulta em uma reação
inflamatória pruriginosa, podendo ocasionar auto-mutilação
resultante de necrose tecidual e calcificação das L3. Essas
lesões com prurido intenso, não cicatrizante, causam
incomodo aos animais, sendo este o sinal clínico mais
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
ETIOPATOGÊNESE DA MENINGOENCEFALITE NECROSANTE EM BOVINOS
Renata Mercês Drumond¹, Prhiscylla Sadanã Pires²
1
Graduando em medicina veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Brachiaria decumbens é muito utilizada como forrageira
CONCLUSÕES
devido ao seu rápido crescimento e alta produção de
matéria seca. Cerca de 95 milhões de hectares de A fotossensibilização muitas vezes não é perceptível pelo
pastagens cultivadas no Brasil são de Brachiaria spp., proprietário do animal, por falta de conhecimento, bem como
desse total, aproximadamente 25 milhões de hectares sua causa e suas consequências. O conhecimento e manejo
possuem B. decumbens, com isto a Brachiaria é a forrageira de pastagens é muito importante, evitando o fornecimento
mais importante no Centro-Oeste, Sudeste e Norte do de uma forrageira de qualidade inferior. A
Brasil (3). Apesar das várias vantagens da sua utilização, fotossensibilização é causa de diversos sinais clínicos,
a B. decumbens está associada à ocorrência de surtos de assim deve-se ficar atento para que essa enfermidade seja
fotossensibilização em diversas partes do mundo (2). tratada no início, evitando maiores prejuízos.
Fotossensibilização é uma dermatite que ocorre devido à
sensibilidade exagerada das camadas superficiais da pele à BIBLIOGRAFIAS
luz (4). Inicialmente, acreditava-se que o único agente 1.BORGES, L.H.A.; DOMINGUES, M.; MATTEI, S.S.; MIYAZAWA, M.K.;
SINCINETTI, J.M. Fotossensibilização secundária pela ingestão de brachiária
causador da fotossensibilização hepatógena era o fungo em bovino. Revista científica eletrônica de medicina veterinária. Periodicidade
Pithomyces chartarum, produtor da toxina esporidesmina semestral, edição número 5, julho de 2005, ISSN 1679-7353.
mas, atualmente, sabe-se que a B. decumbens e a B. 2.SATURNINO, K.C.; MARIANI, T.M.; BARBOSA-FERREIRA, M.
et al. Intoxicação experimental por Brachiaria decumbens em ovinos
brizantha podem, também, causar a fotossensibilização (4). confinados. Pesquisa Veterinária Brasileira, v.30, n.3, p.195-202, 2010.
A B. decumbens contém saponinas esteroidais litogênicas 3.RIET-CORREA, B. et al . Brachiaria spp. poisoning of ruminants in Brazil.
que induzem a formação de cristais no sistema biliar (3). A Pesq. Vet. Bras., Rio de Janeiro , v. 31, n. 3, p. 183-192, Mar. 2011 .
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
clorofila, ingerida pelos animais por meio das plantas, é
736X2011000300001&lng=en&nrm=iso>. access on 16 Nov. 2018.
metabolizada em filoeritrina pelo intestino e bactérias e, http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2011000300001.
posteriormente, é conjugada no fígado e eliminada. Devido à 4.MOREIRA, Nei et al. FOTOSSENSIBILIZAÇÃO HEPATÓGENA EM
lesão hepática causada pela formação dos cristais, a BOVINOS POR INGESTÃO DE BRACHIARIA DECUMBENS. Archives of
Veterinary Science, [S.l.], v. 23, n. 1, mar. 2018. ISSN 1517-784X. Disponível
conjugação e eliminação da filoeritrina ficam prejudicadas e em: <https://revistas.ufpr.br/veterinary/article/view/41659>. Acesso em: 16
está se acumula em vasos periféricos, onde é ativada para nov. 2018. doi:http://dx.doi.org/10.5380/avs.v23i1.41659.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
HÉRNIA UMBILICAL EM LEITÕES
Núbia Pâmela Fonseca Santos¹, Alessandra Silva Dias²
1Graduando em Medicina Veterinária– UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil, nubia-pamela@hotmail.com
2 Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
No presente trabalho foi realizada uma revisão de literatura,
desenvolvida por meio da busca de artigos científicos.
Foram utilizados sites de busca PubMed e Google
Acadêmico e as palavras- chave utilizadas foram Bem-estar,
hérnia, leitão. O levantamento de artigos foi feito no intervalo
de publicação entre os anos de 2014 a 2018.
REVISÃO DE LITERATURA
Hérnia umbilical é causada pela protrusão de uma alça
intestinal pelo anel umbilical, sendo de ocorrência comum
em leitões.
A hérnia pode ser classificada como verdadeira ou falsa. A
verdadeira possui a presença do conteúdo, do saco Fonte: Fazenda Escola UniBh
herniário e anel herniário. A hérnia falsa é somente o defeito
CONCLUSÕES
na cavidade abdominal com o conteúdo.
A hérnia pode ser classificada também como irredutível e A hérnia umbilical é de origem multifatorial, sendo sua maior
redutível, onde a irredutível na palpação não retorna para prevalência de origem genética. O tipo de manejo com os
dentro na cavidade, ela se mantem firme. A hérnia redutível animais desde o nascimento até a terminação deve ser
se apresenta sem resistência volta para a cavidade levado em consideração para evitar o desenvolvimento da
abdominal com facilidade e depois de algum tempo será hérnia, respeitando sempre o bem-estar.
expressa novamente no abdômen. [1] Está em estudo o melhor tratamento para hérnia umbilical,
Quando pequena a hérnia não é notada, o animal sendo assim para que se evite está patologia no rebanho é
desenvolve e cresce junto com outros animais do mesmo realizar seleção genética de matrizes e reprodutores.
lote, porém seu desenvolvimento e ganho de peso é inferior
comparado a outros animais do mesmo lote. Contudo ao BIBLIOGRAFIAS
perceber um animal com hérnia umbilical o mesmo deverá 1. Atkinson. M Et al. EVALUATION OF THE EFFECT OF UMBILICAL HERNIAS ON
ser descartado [1]. PLAY BEHAVIORS IN GROWING PIGS, Canadian Veterinary Medical Association,
Disponível Em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5603916/ Acesso dia
Suínos com hérnia umbilical tem o comportamento diferente 21 de outubro de 2018
dos outros animais sadios. Eles procuram ficar mais quietos, 2. Icaro Daniel Alves Dos Santos Souza, TRATAMENTO DE HÉRNIA UMBILICAL EM
SUÍNOS COM ENXERTO ALÓGENO DE CARTILAGEM AURICULAR. Minas Gerais,
não interagem com os demais e ficam deitados na maior 2018. Disponível em: https://even3storage.blob.core.windows.net/anais/81518.pdf
parte do tempo, fato que está associado à dor ocasionada 3. L. Pommerehn, HÉRNIAS: PATOGENIA E CAUSAS EM LEITÕES. Porto Alegre/RS
2014. Disponível em:
pela hérnia [1], interferindo no seu bem-estar [4]. https://www.researchgate.net/profile/Karine_Takeuti/publication/324890772_Hernias_
O diagnóstico é feito segundo [3] por meio de palpação onde patogenia_e_causa_em_leitoes/links/5ae99ff7a6fdcc03cd903e12/Hernias-patogenia-
e-causa-em-leitoes.pdf. Acesso dia 18 de outubro de 2018.
se observa se a hérnia é redutível ou irredutível. 4. V. L. Lago et. al, IDENTIFICATION OF GENETIC REGIONS ASSOCIATED WITH
Diferenciando também de abcessos, tumores ou eventração, SCROTAL HERNIAS IN A COMMERCIAL SWINE HERD. Veterinary sciences, 2018.
Disponível em: www.mdpi.com/journal/vetsci. Acesso dia 21 de outubro de 2018.
que no caso do suíno é raro. 5. Schild. Aa. L.S, DO UMBILICAL OUTPOUCHINGS AFFECT THE BEHAVIOUR OR
O melhor tratamento ainda está em discursão, mas existe CLINICAL CONDITION OF PIGS DURING 6 H HOUSING IN A PRE-TRANSPORT PICK-
UP FACILITY?. Denmark 2015. Disponível em: www.elsevier.com/locate/yrvsc.
uma técnica onde se utiliza um anel elástico em volta do Acesso dia 23 de outubro de 2018.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
IMPACTO SOBRE O USO DE ANTIMICROBIANO NA PRODUÇÃO ANIMAL
Débora Fernandes de Paula Vieira1*, Karoline Oliveira Sampaio1, Mariela Arantes Bossi1, Lidiovane Lorena Gonçalves Jesus1, Yara Mares
da Silva1, Maria Clara Madureira de Lima Prado1,
Maria Luiza Tanos dos Santos1, Ariane Martins Alves1, Prhiscylla Sadanã Pires2.
1
Graduando em medicina veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
Autor para correspondência – Débora Fernandes de P. Vieira: debora_veterinaria@hotmail.com
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma revisão de literatura utilizando pesquisas
feitas pelo Google Acadêmico e Scielo. Buscando artigos do
Como agravante, a disseminação do agente é garantida,
período de 1990 a 2017, com as seguintes palavras chaves:
uma vez que, há uma dificuldade de prevenção da
criptosporidiose, criptosporidiose em bezerros, C. parvum,
contaminação ambiental e uma ausência de medidas
Criptosporidium sp., diarreia em bezerros.
terapêuticas eficazes.
No trato gastrintestinal dos animais acometidos por C.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
parvum, é observado que a diarréia pode ser decorrente de
São descritos dois quadros clínicos para a infecção em dois mecanismos. O primeiro envolve uma diarreia má
bezerros: um de enterite aguda, com grave diarreia, absorsortiva devido a indução de uma grave atrofia das
desidratação e perda de peso, acometendo principalmente vilosidades. Esta atrofia é causada pela perda de
bezerros em lactação, e outro assintomático, associado à enterócitos, com consequente retração da vilosidade para
diminuição na produção de leite, comum em animais manter uma barreira epitelial. A hiperplasia das criptas
desmamados e jovens adultos. Os bezerros neonatos ocorre em função da substituição das células epiteliais
podem se infectar logo após o nascimento, com perdidas, no entanto, em infecções mais graves, pode
aproximadamente três dias, e eliminar oocistos em maior ocorrer rompimento da barreira epitelial. O outro mecanismo
quantidade na segunda semana de vida. Embora mais envolvido é uma diarreia secretória causada pela
comum em bezerros pode acometer também bovinos criptosporidiose e ocorre devido a vários fatores, como
adultos. aumento da substância P e de prostaglandinas. Durante a
O ciclo de vida do Cryptosporidium spp é semelhante ao de infecção pelo C. parvum, a produção de substância P, um
outros coccídeos com algumas particularidades quanto à neuropeptídio e transmissor de dor localizado em áreas de
resistência aos fármacos, localização no enterócito e inflamação, causa elevação da secreção de íons de cloreto
capacidade de auto-infecção. (1). e má absorção de glicose.
O principal mecanismo de transmissão do Cryptosporidium
spp para bezerros é através dos oocistos presentes nas CONCLUSÕES
fezes que contaminam o ambiente e água. A infecção se dá
No Brasil, são escassos os trabalhos relacionados a
através da ingestão do oocisto, após a ingestão do oocisto,
criptosporidiose em bovinos, devido a isso existe uma
na passagem pelo trato gastrointestinal, a exposição à
necessidade da realização de estudos para determinar um
acidez do estômago e em seguida aos ácidos biliares,
diagnóstico mais eficiente e conhecer melhores formas de
ocorre então a liberação dos esporozoítos que se aderem às
tratamento.
células epiteliais da região íleo-cecal. (Figura 1). Quando os
esporozoítos aderem às células epiteliais, são englobados
BIBLIOGRAFIAS
por microvilosidades, formando um vacúolo parasitóforo. 1. PRESTWOOD, A. K. Cryptosporidiosis. In: Greene, E.J. Infections
Após a fixação na célula, ocorrem modificações estruturais diseases of the dog and cat. Philadelphia. W.B.Saunders, 847-853, 1990.
no ápice da célula hospedeira e no parasita com formação 2. JR, Sergio F. Vargas et al. Surto de criptosporidiose em bezerros no Sul
da organela de nutrição localizada intracelular do Rio Grande do Sul1. Pesq. Vet. Bras, v. 34, n. 8, p. 749-752, 2014.
3. JORGE, J. G. C. Produção de IgY anti-Cryptosporidium parvum e estudo
extracitoplasmática. Os esporozoítos diferenciam-se em do comportamento da resposta humoral de bezerros com criptosporidiose
trofozoítos e inicia-se a multiplicação. São formados dois induzida. 2017. 94f. Tese. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas
tipos de merontes (tipo I e tipo II). O tipo I apresenta seis a Gerais.
4. FEITOSA, Francisco Leydson Formiga et al. Importância de
oito merozoítos e o tipo II, quatro merozoítos. Os merozoítos Cryptosporidium spp. como causa de diarréia em bezerros. Pesquisa
tipo I podem originar novos merozoítos iguais ou do tipo II. Veterinária Brasileira, p. 452-456, 2008.
Os merozoitos tipo II parecem dar origem à fase sexuada do 5. WILMSEN, Maurício Orlando; ROSALINSKI-MORAES, Fernanda.
ciclo ou gametogonia com diferenciação em microgametas e Criptosporidiose em ruminantes: revisão. PUBVET, v. 6, p. Art. 1307-
1312, 2016.
macrogametas. Após a fertilização ocorre formação do
zigoto, dando origem à oocistos auto-infectantes de parede
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
APOIO:
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
INCIDÊNCIA DE BRUCELLA ABORTUS EM MINAS GERAIS (2013-2017)
Yara Mares da Silva1, Ariane Martins Alves¹, Débora Fernandes de Paula Vieira¹, Karoline Oliveira Sampaio¹, Lidiovane Lorena Gonçalves
Jesus¹, Maria Clara Madureira de Lima Prado¹, Prhiscylla Sadanã Pires².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO
Os Sorghum spp. são de grande importância na alimentação
dos rebanhos bovinos de todo o Brasil, anuais e possuem
cultivo crescimento rápido, alta produção, capacidade de
perfilhamento e rebrota, além do adequado valor nutritivo.
Os sorgos (Sorghum hapeense, S. sudanense e S. vulgare e
variedades híbridas) são empregados em algumas regiões
do Brasil para a produção de forragem, as elevadas
quantidades de glicosídeos cianogênicos presentes na
forrageira quando estão na fase de crescimento e o manejo
não adequado, ocasiona alta mortalidade nos rebanhos
brasileiros. Objetiva-se avaliar nesta pesquisa as
particularidades do sorgo que levam à intoxicação de
1,2.
ruminantes, sobretudo os bovinos
MATERIAIS E MÉTODOS
Primeiramente, foram realizadas buscas bibliográficas nos
bancos de dados Science direct, Centro Latino Americano e Figura 1: Detalhe da brotação de Sorghum sudanense que
do Caribe (BIREME) e Scielo, utilizando as palavras-chave: causou intoxicação com sinais de consumo pelos bovinos.
2
Sorghum spp, Intoxications Ruminants.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As forrageiras de Sorghum spp. apresentam risco quando
são ingeridas com tamanho inferior à 50 cm de altura, ou
1
seja, quando estão jovens ou quando essas plantas jovens
rebrotam após terem seu crescimento prejudicado, durante
2
períodos de seca ou após geadas (FIGURA 1). O
glicosídeo cianogênico envolvido é a durrina, cuja hidrólise
libera ácido cianídrico (HCN), líquido incolor e volátil, uma
1.
das substâncias mais tóxicas conhecidas Os fatores que
influenciam a toxicidade de plantas cianogênicas são
diversos, dentre eles estão: a concentração do composto na
planta, a quantidade de plantas ingerida, a espécie animal, a
velocidade de ingestão, os tipos de alimentos ingeridos ao
mesmo tempo, a presença de enzimas de degradação ativa
em plantas e no trato gastrintestinal, além da capacidade do Figura 2: Folhas mastigadas de capim-Sudão na entrada do
3
animal em desintoxicar cianeto . A bactéria constituinte no rúmen de um bovino intoxicado, observado durante a
2
rúmen favorece a hidrólise dos glicosídeos cianogênicos, necropsia.
pois elas fazem com que eles sejam hidrolisados com
bastante rapidez, liberando de forma imediata o ácido CONSIDERAÇÕES FINAIS
cianídrico, além disso, as enzimas que hidrolisam os O Sorghum spp. apresenta um alto valor de energia,
glicosídeos cianogênicos são também produzidas por podendo assim ser incluso nas dietas de ruminantes. Devido
.
bactérias ruminais Quando o cianeto se liga a forma heme- à concentração de glicosídeo cianogênico na forrageira
férrico da citocromo-oxidase uma espécie de cianeto- devem ser tomadas medidas preventivas para que não
citocromo-oxidase interrompendo o transporte de elétrons ao ocorra a intoxicação por ácido cianídrico, evitando assim
longo da cadeia respiratória, inibindo, desse modo, o grandes perdas econômicas. É de fundamental importância
mecanismo oxidativo e a fosforilação, ou seja, a não deixar de fornecer alimentação ao animal por um longo
transferência de elétrons da citocromo-oxidase para o período e introduzi-los na pastagem de Sorghum sp., uma
oxigênio molecular é interrompida e a cadeia respiratória é vez que o consumo será exacerbado podendo levar a
paralisada. Em consequência ocorre uma anóxia histotóxica, intoxicação e se atentar a altura da forrageira.
resultando em asfixia tissular, pela paralisia dos sistemas
enzimáticos tissulares. Bovinos intoxicados, agudamente, BIBLIOGRAFIAS
podem apresentar dispneia, taquicardia, tremores 1 JUFFO, Gregory D. et al. Intoxicação espontânea por Sorghum
musculares, sialorreia, ansiedade, incoordenação motora e sudanense em bovinos leiteiros no Rio Grande do Sul. Pesq. Vet. Bras.,
convulsões que precedem as mortes. Na necropsia, devido Rio de Janeiro, v. 32, n. 3, p. 217-220, Mar. 2012.
2 AMORIM, Sara L et.al. Intoxicações por plantas cianogênicas no Brasil.
o óbito ser súbito, é possível observar as fibras da Centro de saúde e tecnologia rural. Universidade Federal De Campina
forrageiras bem visíveis no rúmen (FIGURA 2) o dor Grande, Paraíba, Ciência Animal, 16(1):17-26, 2006.
característico de cianeto (odor de amêndoa amarga) pode 3 CÂMARA, Antônio Carlos L. et.al. Patogênese, sinais clínicos e
2,3. epidemiologia das intoxicações por plantas cianogênicas no nordeste
emanar do rúmen brasileiro. Seminário: Ciências Agrárias, Londrina, v. 35, n. 4, p. 1961-1972,
jul./ago. 2014.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
MELHORAMENTO GENETICO SUINO – REVISÃO DE LITERATURA
Dayanne Kelly Oliveira Pires¹*, Camylla Marques¹, Davisson Junio Fernandes dos Santos¹, Michelle Pereira Tavares Moreira¹, Nágila
Rocha Aguilar¹, Rebeca Pimentel de Oliveira Silva¹, Alessandra Silva Dias².
¹Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil – Email:dayanne.kpires@yahoo.com.br
2
Professora do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma revisão de literatura com o auxilio de Fonte: Russiana.alibaba.com\g\canine-parvovirus-test.html.
artigos do Google acadêmico, Scielo e livros da biblioteca do
Centro Universitário de Belo Horizonte de onde foram CONCLUSÕES
extraídas as informações referentes ao diagnóstico e os Este trabalho mostra que as formas de diagnóstico são
testes para o correto diagnóstico da parvovirose canina. eficientes, sendo o teste ELISA o mais viável ao clínico por
sua especificidade, sensibilidade e baixo valor. É importante
RESULTADOS E DISCUSSÕES ressaltar os benefícios da vacinação para todos os
As fezes contaminadas são a fonte primária de infecção da proprietários, já que é a única forma eficaz de evitar o
parvovirose canina. Após a exposição oral, o vírus migra e contágio com vírus. Também é importante destacar a
infecta os linfonodos regionais da faringe e tonsilas. Após importância de uma desinfecção no ambiente e separar
infectar os linfonodos, o vírus ganha a corrente circulatória e demais animais do convívio com os infectados, sendo que, o
invadem vários tecidos, incluindo o timo, o baço, a medula vírus se dissemina no ambiente. O tratamento para a
óssea e finalmente o jejuno distal e o íleo, onde ele continua doença é de suporte aos sintomas clínicos apresentados.
a se replicar. A replicação causa a necrose das criptas do
epitélio do intestino delgado, com eventual destruição das BIBLIOGRAFIAS
4
vilosidades , evoluindo para uma gastrenterite hemorrágica 1. Ângelo; Gabriel Cicoti Cesar at all. Parvovirose Canina Revisão de
6 Literatura; Revista Cientifica Eletrônica de Medicina Veterinária;
grave .
Janeiro 2009
Os cães acometidos apresentam apatia, perda de peso, 2. Balvedi, Letícia at all. Protocolos terapêuticos utilizados no
4
vômito, diarreia sanguinolenta com odor pútrido . tratamento da parvovirose canina na região norte do Rio Grande
É comum que os animais afetados se desidratem do Sul. Anais da faculdade ideau Getúlio, Caxias do Sul, Rio
rapidamente e os óbitos ocorrem 24 ou 48 horas após o Grande do Sul, 2016
3. Chagas; Francisca Lazara. Venâncio. Reinaldo; Protocolos
aparecimento dos sintomas. Os sinais clínicos geralmente utilizados no tratamento da parvovirose caninos Revisão de
6
aparecem de 2 a 4 dias após a infecção . literatura; Boa Vista; RR2018
O diagnóstico definitivo da parvovirose realizado mediante a 4. Miyabe, FABRICIA; Laboratório de Virologia Animal,
Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade
identificação do vírus ou de antígenos virais nas fezes por Estadual de Londrina, Paraná, Brasil, 2013
meio de testes específicos. Testes de ELISA são 5. Oliveira, Eduardo C., Análise imuno-histoquímica de cães
amplamente utilizados na rotina veterinária, por serem naturalmente infectados pelo parvovírus canino, Pesq. Vet. Bras
rápidos, confiáveis e serem de custo não elevado. Outros 131-136, fevereiro 2009
6. Pavan, Tatiana. Ensaios imunoenzimárticos para detecção de
testes, como microscopia eletrônica, reação em cadeia da parvovirus canino, Porto Alegre, 2009
polimerase (PCR) para detecção do genoma viral; 7. Reis; Jéssica dos Antunes. Detecção,Caracterização de
hemaglutinação (HA), fundamentado na capacidade do vírus diagnóstico diferencial do parvovirus canino; Universidade Federal
Rio Grande do Sul, 2013.
aglutinar hemácias; e testes de imunocromatografia (IC), APOIO
que se baseiam no uso de anticorpos específicos marcados
com ouro coloidal, que caso haja formação de
imunocomplexos, adquirem certa coloração visível a olho nu.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DE CARCINOMA INFLAMATÓRIO MAMÁRIO CANINO
Davi Guilherme Souza¹, Julia Riquetti Vasconcelos¹, Roberta Mazzaro Reis¹, Prhiscylla Sadana Pires².
¹Graduandos em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/MG – Brasil
²Professora do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte – MG - Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
O método de inclusão foi realizado a partir de artigos
científicos nacionais atuais, buscando possíveis métodos
diagnóstico do carcinoma inflamatório canino. Foram
excluídos trabalhos julgados como desatualizados e em
outro idioma.
Palavras-chave: tumor, cadelas, diagnóstico, metástase,
inflamatório, biópsia, histologia, citologia.
REVISÃO DE LITERATURA
O carcinoma inflamatório mamário canino possui exsudato
purulento e ampla infiltração de células epiteliais malignas
nos linfonodos regionais, com difusão em tecidos adjacentes
como musculatura, subcutâneo e pele. Cadelas que
apresentam a doença manifestam sinais clínicos como
eritema, dor na região mamária, virilha e proximais dos
membros, aumento de temperatura local, prostração e
ulcerações superficiais que favorecem infecções
bacterianas. Além disso, gera linfadenopatia e linfedemas
nos membros devido a infiltração dos vasos linfáticos.
Porém, tais achados clínicos podem ser confundidos com
abcesso mamário, dermatite ou mastite, uma vez que essas
manifestações não são exclusivas de diferenciação
neoplásica. Ao ser apresentado um animal com neoplasia
mamária, deve-se realizar o diagnóstico diferencial, podendo
ser utilizado alguns testes como citologia aspirativa por
agulha fina (CAAF), biópsia incisional ou biópsia por agulha
CONCLUSÃO
grossa.
A CAAF é um procedimento seguro, barato e rápido, que Através dessa revisão de literatura, observa-se que o
consiste na introdução de uma agulha fina para aspiração de carcinoma inflamatório se dissemina rapidamente, por isso
células de nódulos palpáveis. Após análise microscópica, raramente é indicada sua excisão cirúrgica. Com isso, é de
observa-se intenso processo inflamatório composto de suma importância que seja feita a castração de fêmeas
neutrófilos e linfócitos e presença de grandes células antes do primeiro cio, como um método preventivo. O
epiteliais isoladas ou agrupadas com características diagnóstico definitivo consiste na retirada do tumor através
citológicas de malignidade (Zuccari et al., 2001; Pérez- da biópsia incisional com posterior avaliação histopatológica,
Alenza et al., 2004)³. Entretanto, o diagnóstico só poderá ser permitindo uma melhor análise das alterações geradas. Com
definitivo por meio de biópsia incisional e exame o melhor método diagnóstico efetuado e futuro prognóstico
histopatológico (Withrow & Macewen, 1989; De Nardi et al., da doença, o médico veterinário implicará as medidas
2008)³. terapêuticas corretas para cada paciente acometido.
A biópsia incisional consiste em uma incisão e retirada de REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. GOMES, C.; VOLL, J.; FERREIRA, K.C.R.S.; FERREIRA, R.R.; OLIVEIRA,
um fragmento do tumor. Após a retirada da amostra, L.O.; CONTESINI, E.A.; OLIVEIRA, R.T. Carcinoma inflamatório mamário
observa-se no exame histopatológico extensa infiltração de canino. Acta Scientiae Veterinariae. 2006.
células inflamatórias, compostos por grandes células 2. KUBOTA, L. E.; MAGALHÃES, G. M.; CINTRA, P. P.; CALAZANS, S. G.;
pleomórficas com núcleos bizarros ricos em cromatina e ELIAS, F.; FONSECA-ALVES, C. E. Carcinoma inflamatório de mama –
uma abordagem comparada. Arq. Ciênc. Vet. Zool. UNIPAR. 2016.
células epiteliais anaplásicas nos linfonodos regionais 3. SÁ, S.S.; REPETTI, C.S.F. Carcinoma Inflamatório Mamário Canino-
(Gomes et al., 2006)³. Revisão de literatura. Acta Veterinaria Brasilica. 2011.
A biópsia por agulha grossa é um método que possui caráter 4. AMORIM, L.M.; CAVALHEIRO, A.B.; BRUM, M.P.; SANTOS, M.T. Relato
de Caso de Carcinoma Inflamatório Mamário na Clínica Quatro Patas,
minimamente invasivo, que utiliza uma agulha calibrosa,
Porto Velho, Rondônia, Brasil. Revista FIMCA. 2017.
ligada a uma pistola especial, uma vez que será retirado 5. ZUCCARI, D.A.P.C.; SANTANA, A.E.; ROCHA, N.S. Correlação entre a
fragmentos de tecido para posterior análise histopatológica. citologia aspirativa por agulha fina e a histologia no diagnóstico de
tumores mamários de cadelas. Braz. J. vet. Res. Anim. Sci., São Paulo. 200
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
NOVOS CASOS DE PESTE SUÍNA CLÁSSICA REGISTRADOS NO BRASIL EM 2018
Lidiovane Lorena Gonçalves Jesus1*, Débora Fernandes de Paula Vieira1, Karoline Oliveira Sampaio1, Maria Clara Madureira de Lima
Prado1, Yara Mares da Silva1, Ariane Martins Alves1, Maria Luiza Tanos dos Santos1, Michelle Pereira Tavares Moreira¹, Darlene Souza
Reis¹, Prhiscylla Sadanã Pires2.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professora do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte – MG – Brasil
BIBLIOGRAFIAS
1. DEWES, Caroline et al. Peste Suína Clássica: monitoramento do status
sanitário dos suínos em propriedades da zona sul do Rio Grande do
Sul. Science And Animal Health, v. 4, n. 2, p. 148-153, 2017.
2. OIE. Word Organization for Animal Health. Classical Swine Fever, 2018.
Disponível em <http://www.oie.int/en/animal-health-in-the-world/animal-
diseases/Classical-swine-fever/> acessado em 15 de novembro de 2018.
3. CFSPH. The Certer for Food Security e Public Health. Classical Swine
Fever, 2015. Disponível em
As medidas adotadas na zona afetada foram: controle de <http://www.cfsph.iastate.edu/Factsheets/pdfs/classical_swine_fever.pdf>
movimento dentro do país, vigilância dentro e na área acesso em 15 de novembro de 2018.
externa da zona de contenção e de proteção, destruição 4. BRAGA, J. F. V. et al. Soroprevalência de pseudorraiva, peste suína
oficial dos produtos de origem animal, eliminação de clássica e brucelose em suínos do estado do Piauí. Arquivo Brasileiro de
Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 65, n. 5, p. 1321-1328, 2013.
carcaças, subprodutos e resíduos e a desinfecção do local. 5. MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2018.
Foram realizados pelo LANAGRO/MG teste de transcriptase Disponivel em < www.agricultura.gov.br > Acesso em 08 de novembro de
reversa em tempo real / reação em cadeia da polimerase, e 2018.
6. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução
em alguns casos, isolamento de patógenos em cultura Normativa nº 25, de 19 de julho de 2016. Declarando as unidades federais
celular para diagnostico, os resultados obtidos foram livres de peste suína clássica, 2016.
positivos, desta forma foi realizado o abate sanitário de
todos os animais, visto que é proibido a vacinação e APOIO:
tratamento de animais afetados. O MAPA continua
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
O MEL E O RISCO DE BOTULISMO INFANTIL
1*
Thais Andre Resende , Dayane Carolina Pinto Alves¹, Luiza Nascimento Golfeto¹, Michelle Pereira Tavares Moreira¹, Maria
1 ²
Clara Madureira de Lima Prado , Prhiscylla Sadanã Pires .
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
INTRODUÇÃO Figura 1: Exame por imagem de uma pata esquerda suína normal
A sindactilia é um defeito entre dois ou mais dígitos, uma em seqüência outra apresentando sindactilia.
anomalia congênita mais frequente do membro superior,
1
geralmente bilateral e simétrica .
Essa alteração assemelha-se a uma particularidade da raça
Mulefoot, cujas características são o casco fundido e a
pelagem escura. A raça Mulefoot é encontrada em Missouri,
Iowa, e segundo a Lista de Observação Mundial² para a
Diversidade Animal Doméstica, está em risco de extinção.
Os suínos casco-de-burro (ou casco-de-mula) são
resultantes de adaptações e cruzamentos de suínos na .
América que resultaram em um casco fundido tocando o (JUSTOLIN, 2015)
solo (CAVALCANTE-NETO et al., 2013)³. Entretanto a
literatura é controversa em relação essa característica ser Figura 2- Patas anteriores de um leitão com Sindactilia.
da própria da raça ou fenótipo que pode aparecer em
qualquer raça, devido a relatos da presença de casos
ocasionais em outras raças de suínos.
Um estudo foi feito no Brasil com propósito de explicar a
2
origem do suíno casco-de-burro . Esse estudo verificou
através de testes genéticos que os casco-de-burro estão
geneticamente distante dos suínos Mulefoot rejeitando-se a
hipótese de terem origem dessa raça, sendo as populações
de casco-de-burro mais próximas das raças bisara de
Portugal e Duroc.
O objetivo do presente estudo foi caracterizar e relatar, por
exames de imagem, uma população de porcos naturalmente
portadores de sindactilia na Fazenda Escola do Centro
Universitário de Belo Horizonte na Cidade de Ribeirão das
Neves – MG.
Acervo Pessoal
INTRODUÇÃO
A placenta dos ruminantes é epitéliocorial, este tipo de
placenta que não permite a transferência de anticorpos para
o feto, sendo essencial uma ingestão de colostro em tempo Figura 1: Manejo de cura de umbigo em bezerros recém-
e quantidade adequada. A má cura do umbigo em bezerros nascidos
gera muitos prejuízos como as infecções. (3) Os anticorpos
que o protege o bezerro é devido à ingestão adequada de
colostro, que é a imunidade passiva. Quando ocorrem falhas
na ingestão de colostro, o neonato ficará susceptível as
infecções neonatais, entre elas se destacam as diarréias,
broncopneumonias e as onfalopatias. As onfalopatias são
infecções comuns encontrados em bezerros que causam
prejuízos no período de cria e recria, acarretando perdas na
vida produtiva e reprodutiva desses animais, como menor
ganho de peso, custos com a mão de obra de profissionais,
com tratamentos, e até a morte no animal enfermo e com
atraso na iniciação da vida reprodutiva desses animais. O
cordão umbilical é composto por veia e artérias umbilicais e
o úraco, essas estruturas são revestidas pela membrana
amniótica. O cordão umbilical mantém a comunicação entre
o feto e a placenta, que será rompido durante ou logo após o
parto. (5)
CONCLUSÕES
MATERIAIS E MÉTODOS Com os presentes trabalhos concluímos que para que não
É uma revisão de literatura com base na pesquisa de artigos haja prejuízos na criação de bezerros é preciso fazer uma
encontrados no Google acadêmico e Scielo. Com publicação cura de umbigo bem e o mais rápido possível. A cura de
entre 2015 e 2018. umbigo é feita com iodo 5% onde é feita a imersão do coto
umbilical dentro da solução de iodo 5%, mas tomar cuidado
REVISÃO DE LITERATURA com a pelo, pois o iodo queima, e em caso de úraco
persistente entrar com uma cirurgia corretiva para que não
A onfalite é conhecida clinicamente como um aumento de
ocorram futuras infecções. O iodo vai causar uma
volume doloroso a palpação na região umbilical, que pode
desnaturação no coto umbilical. Por isso, é importante fazer
drenar conteúdo purulento ou não, podendo apresentar
a imersão do coto umbilical e pele em um frasco contendo
febre e reflexo de sucção diminuído. (5) As estruturas que
álcool iodado a 5% durante 60 segundos.
formam o cordão umbilical permanecem abertas, sendo ser
porta de entrada para microrganismos que causarão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
infecções nos animais. Os principais fatores de risco estão 1. ANDREWS, A. H. Medicina Bovina: Doenças e Criação de Bovinos. 2. ed. São Paulo:
ligadas a falta ou cura tardia do umbigo, ao treinamento Roca, 2008. 1080p.
inadequado dos tratadores, à exposição dos animais ao 2. COUTINHO, A.S. Importância da cura do umbigo do bezerro recém nascido. Disponível
em:<http://www.vallee.com.br/blog/arquivos/CURA_DE_UMBIGO%20_MATERIAL_%20TE
ambiente sujo e as alterações da morfologia da placenta são CNICO.pdf> Acesso em 30 de outubro de 2016.
fatores. (6;7;8) 3. DYCE, K. M.; SACK, W. O.; WENSING, C. J. G. Tratado de Anatomia Veterinária. 3. ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2004,813p.
Os principais agentes envolvidos nas onfalopatias 5. RADOSTITS, O.M.; GAY, C. C.; BLOOD, D. C.; HINCHCLIFF, K. W. Clínica veterinária,
infecciosas são: Escherichia coli, Protheussp, 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1737p.
6.REIS, A. S. B. et al. Onfalopatias em bezerros de rebanhos leiteiros no nordeste do
Staphylococcus sp, Archanobacterium pyogenes, estado do Pará. Ciência Animal Brasileira, Suplemento I, p.29-34. In: CONGRESSO
Fusobacterium necrophorum, Pasteurella sp Salmonella BRASILEIRO DE BUIATRIA, 8; 2009, Belo Horizonte, Anais... Belo Horizonte: Associação
Brasileira de Buiatria, 2009.
Typhimurium. As onfalites podem ser flegmonosas com 7.RENGIFO, S. A.; SILVA, R. A.; BOTTEON, R. C. C. M, BOTTEON, P. T. L. Hemograma
formação de úlceras ao redor do umbigo, que ou e bioquímica sérica auxiliar em bezerros mestiços neonatos e ocorrência de enfermidades.
Arquivo Brasileiro Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v.62, n.4, p.993-
apostematosas, que são presença de abscessos, causadas 997.2003, Aug, 2010.8
por hérnias umbilicais que pode ser de origem hereditária ou 8.RODRIGUES, C. A.; SANTOS, P. S. P.; PERRI, S. H. V.; TEODORO, P. H. M.;
ANHESINI, C. R.; ARAÚJO, M. A.; VIANA FILHO, M. N. Correlação entre os métodos de
traumática e úraco persistente, também conhecido como concepção, ocorrência e formas de tratamento das onfalopatias em bovinos: estudo
úraco patente. retrospectivo. Pesquisa Veterinária Brasileira, v.30 n.8, p.618-622, 2010.
9. SMITH, B. P. Medicina interna de grandes animais. 3 ed. Barueri, SP: Manole, 2006.
Algumas das complicações que podem envolver as 1784p.
onfalopatias são as hepatites, broncopneumonias, https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj
ipbCcgN_eAhUMh5AKHZhtDXoQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Fguiaanimal.blogspo
encefalites, meningites, endocardites, peritonites, t.com%2F2014%2F10%2Fcura-do-umbigo-em-bezerros-
septicemia, poliartrites, cistites e nefrites (1,5,9). recem.html&psig=AOvVaw3tIH8QOzIpfUshyCwOL4Jn&ust=1542666907981540
INTRODUÇÃO
A peste suína africana (PSA) é uma das doenças mais
importantes e graves que acomete os suídeos domésticos e Figura 1: Casos de Peste Suína Africana notificados à
selvagens. Por ser altamente contagiosa e ter capacidade Organização de Saúde Animal no 2° semestre de 2018.
de disseminar por longas distâncias, essa doença é uma das
mais temidas na criação de suídeos.¹ É uma doença listada
no Código Sanitário dos Animais Terrestres da Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE), sendo a notificação
obrigatória². No Brasil, foi erradicada em 1984 e o país foi
declarado área livre da doença, mas o país entrou em
estado de alerta após ocorrência da doença na Europa, Ásia
e África.
O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de
literatura sobre a PSA, distribuição da doença em 2018 e
suas consequências na suinocultura.
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente trabalho constitui-se de uma revisão de
literatura, realizada em novembro de 2018, no qual utilizou
Fonte: Organização Mundial da Saúde Animal - http://www.oie.int
como fonte de pesquisa artigos e trabalhos científicos
selecionados através de busca nos bancos de dados do
Google Acadêmico e análise de dados da OIE. As palavras Ao contrário da maioria das doenças, não há vacinação
chaves utilizadas na busca foram: peste suína africana, como forma de prevenção, sendo necessário evitar o
doença dos porcos africanos, african swine fever. O contato entre o vírus e o hospedeiro suscetível¹. A
parâmetro de escolha do material analisado foi o período prevenção em países livres da doença depende da
temporal de 2009 a 2018. implementação de políticas apropriadas de importação e
medidas de biossegurança, garantindo que nem os suínos
REVISÃO DE LITERATURA vivos infectados nem os produtos suínos sejam introduzidos
em áreas livre². É proibido o tratamento de animais
A PSA se manifesta como uma febre hemorrágica e pode
acometidos, pois mesmo após a recuperação o animal
causar mortalidade de 100% dos porcos infectados¹. É
dissemina o vírus através de seus dejetos. Isso ocasiona o
causada por vírus da família Asfarviridae, que também
aparecimento de novos animais infectados e dificulta ainda
infecta carrapatos do gênero Ornithodoros².
mais o controle, sendo necessário abate sanitário imediato
Os sinais clínicos da PSA são considerados indistinguíveis
dos animais positivos e destruição dos focos da infecção
dos achados em casos de infecção pelo pestivírus, agente 4
como carrapatos e outros vetores .
da Peste Suína Clássica (PSC), onde se observa febre alta,
diarreia, hemorragias e presença de vermelhidão
CONCLUSÕES
generalizada da pele. A esplenomegalia e hemorragias em
linfonodos e rins são os achados de necropsia mais Neste estudo, foi possível concluir que a PSA representa um
comuns³. risco à suinocultura e para evitar a disseminação da doença
A transmissão pode ocorrer através dos suínos vivos ou de se faz necessárias ações de biosseguridade nas granjas e
suas carcaças e além disso, pode ocorrer por meio de locais que recebem produtos para os animais.
alimentos contaminados e fômites (objetos inanimados)
como: vestuário; veículos; facas; equipamentos, entre BIBLIOGRAFIAS
1. PENRITH, Mary-Louise; VOSLOO, Wilna. Review of African swine fever:
outros, devido à alta resistência ambiental do vírus², gerando transmission, spread and control. Journal of the South African Veterinary
graves perdas económicas e de produção. Association, v. 80, n. 2, p. 58-62, 2009.
Em 2018, um surto de PSA envolvendo o continente 2. OIE (Organização Mundial da Saúde Animal): http://www.oie.int. Acesso no
Europeu, Africano e Asiático, conforme a figura 1, alarmou dia 07/11/2018.
3. RIBEIRO, Eduardo L. et al. Estudo comparativo e validação de três
todo o mundo. Na Europa acometeu suínos domésticos e técnicas de PCR em tempo real (qPCR) para diagnóstico de Peste Suína
javalis, enquanto na Ásia e África notificaram surtos apenas Africana. Pesq. Vet. Bras, v. 36, n. 6, p. 473-478, 2016.
em porcos domésticos. O número total de suínos afetados 4. MOURA, Josélio de Andrade. A peste suína africana no Brasil: a
epidemiologia, os registros históricos, a erradicação da doença e o
durante o ano, foram 855.195 animais e javali selvagem desenvolvimento da suinocultura nacional pós-ocorrência.
4.949 animais. Em agosto de 2018 na Ásia, a doença foi
relatada pela primeira vez na China, a maior produtora e APOIO: Agradecimento as coautoras e orientadoras pela contribuição na
consumidora de carne suína do mundo², causando grande elaboração da revisão e também à equipe de coordenação do Colóquio, pela
oportunidade de publicação do resumo.
ameaça para toda região asiática.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
TÉCNICAS ALTERNATIVAS PARA PROPORCIONAR BEM-ESTAR NA SUINOCULTURA
*
Michelle Pereira Tavares Moreira¹ ,Danielle Rodrigues Marinho¹, Dayanne Kelly Oliveira Pires¹, Juliana Stefani
de Almeida Pereira¹, Lidiovane Lorena Gonçalves Jesus¹, Nágila Rocha Aguilar¹, Alessandra Silva Dias².
¹ Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil – E-mail: michelle.p30@hotmail.com
2
Professora do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
2
INTRODUÇÃO Fonte: Produção de suínos: teoria e prática
Em 1967, na Inglaterra, o conselho de Bem-estar de Animais Outra técnica que pode ser implementada é a aromaterapia,
de Produção, estabeleceu um conjunto de ideias chamadas ela visa melhorar a saúde física, emocional e espiritual dos
de ―as cinco liberdades dos animais‖.¹ São elas: Nutrição seres vivos através do uso de óleos essenciais e outros
adequada; Sanidade adequada; Ausência de desconforto compostos aromáticos extraídos de plantas. Por exemplo, a
físico e térmico; Ausência de medo, dor e estresse intenso; utilização de óleo essencial de lavanda em sala de creche
Capacidade de expressar comportamentos típicos da logo após o desmame, mostraram nos resultados
espécie. ² preliminares que este enriquecimento contribuiu para
Atualmente, o bem-estar animal é um dos assuntos mais diminuir os comportamentos indesejáveis como ―brigas‖ e
polêmicos, embora não seja um conceito novo. É de ―vicio de morder‖.³ Os suínos tem o olfato muito
crescente importância no cenário suinícola mundial, desenvolvido e sensível e reagem de forma positiva à esses
principalmente por ser um requisito demandado pelos odores.
mercados internacionais consumidores da carne suína Outro método é a musicoterapia, que utiliza música para
brasileira.³ relaxar os animais, o som pode ativar regiões do cérebro
Alguns autores citam que medidas de enriquecimento que acalma, diminui a vocalização e reduz a ansiedade.³ A
ambiental diminuem comportamentos indesejáveis, como avaliação da exposição de suínos na fase de terminação a
agressividade e aumentam comportamentos naturais dois ritmos musicais (clássico e rock and roll) mostrou que a
específicos da espécie suína, como o investigativo. Além ingestão diária de matéria seca aumentou quando os
disso, pode-se observar uma melhora na produtividade, animais foram submetidos ao rock e o ganho de peso foi
sanidade e na qualidade do produto final, a carne suína.³ maior nos tratamentos com música clássica.²
Diante do exposto, este trabalho baseia-se em uma revisão A escolha do tipo de enriquecimento a ser utilizado em uma
de literatura com o objetivo de apresentar o benefício de granja é subjetiva, sendo dependente da sua realidade. É
algumas técnicas alternativas para o bem-estar dos suínos. importante considerar a viabilidade econômica e as
MATERIAIS E MÉTODOS condições de operacionalização do enriquecimento na
unidade de produção, ressaltando que o enriquecimento
O estudo foi realizado em novembro de 2018 e utilizou como
ambiental pode ser uma ferramenta de baixo custo e de
fonte de pesquisa artigos e trabalhos científicos
bons resultados, desde que se use a criatividade.³
selecionados através de busca nos bancos de dados do
Google Academics e Scielo. As palavras chaves utilizadas CONCLUSÕES
na busca foram: bem-estar, enriquecimento ambiental, A utilização de técnicas alternativas para proporcionar o
aromaterapia, musicoterapia. O parâmetro de escolha do bem-estar na suinocultura é benéfica para os animais e para
material analisado foi o período temporal de 2011 a 2014. os produtores, pois facilita o manejo, terá aumento na
REVISÃO DE LITERATURA produção e qualidade do produto final.
Na criação intensiva de suínos, os animais passam toda sua Com a inclusão dessas técnicas alternativas e o
vida produtiva em instalações fechadas e com espaços cumprimento das ―cinco liberdades dos animais‖, eles terão
individuais restritos, gerando situações que comprometem o melhor qualidade de vida.
bem-estar.³ BIBLIOGRAFIAS
1. Baptista R I A de A, Bertani G R, Barbosa C N. Indicadores do bem-estar
O ―enriquecimento ambiental‖ pode trazer melhorias no em suínos. Ciência Rural, 2011.
sistema de confinamento tornando o ambiente mais 2. Produção de suínos: teoria e prática / Coordenação editorial. Associação
adequado aos animais. Pode-se melhorar as celas de Brasileira de Criadores de Suínos; Coordenação Técnica da Integrall
parição (aumentando a área, melhorando os bebedouros e Soluções em Produção Animal.-Brasília, DF, 2014. 908p.
3. Paula, de A M, A. et al. Enriquecimento ambiental como medida para o
comedouros) e colocar objetos como correntes e adereços bem-estar positivo de suínos. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e
4
sobre as baias para quebrar a monotonia do ambiente. Tecnologia Ambiental, v. 14, n. 14, p. 2862-2877, 2013.
Oferecer substratos para cama, por exemplo, palha, reduz o 4. Coutinho, G. S. et al. Conforto térmico e manejo de suínos na maternidade
levando em consideração o bem-estar animal. Revista eletrônica Nutritime, v.
estresse pois o animal realiza um comportamento 11, n. 01, p. 3109-3119, 2014
investigativo que é natural da espécie.
.
Figura 1: Corrente Fixa Pendurada APOIO: Agradecimento as coautoras e orientadora pela contribuição na
elaboração da revisão e também à equipe de coordenação do Colóquio, pela
oportunidade de publicação do resumo.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
TRIPANOSSOMIASE NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Luiza Nascimento Golfeto1*, Dayane Carolina Pinto Alves¹, Michelle Pereira Tavares Moreira¹, Thais Andre Resende1, Yara Mares da
Silva¹, Leandro Silva de Andrade2, Prhiscylla Sadanã Pires2
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma revisão de literatura utilizando pesquisas
feitas pelo Google Acadêmico, Scielo e no portal de
periódicos capes. Buscando artigos com as seguintes CONCLUSÕES
palavras chaves: Trypanosoma vivax, Tripanossomose Podemos concluir que a tripanossomíase ocorre
bovina, Tripanossomíase em bovinos, Trypanosoma vivax principalmente em propriedades que desenvolvem atividade
em minas gerais. leiteira. Devido ao fato de grandes exposições leiteiras
aumentarem o trânsito de animais, além de ficarem
RESULTADOS E DISCUSSÃO agrupados em currais onde se concentra maior população
Como dito anteriormente o primeiro relato do parasita no de moscas, o não descarte das agulhas e a falta de um
estado de minas gerais foi feito por Carvalho et al. em 2007, manejo adequado, sendo esses fatores importantes na
de uma vaca oriunda de Igarapé. Em sequência Abrão et. al epidemiologia dos casos de T. vivax. Medidas profiláticas
em 2009 descreveu os impactos econômicos do surto de devem ser implantadas nas fazendas para evitar a
tripanossomíase no rebanho leiteiro proveniente desta vaca, disseminação da enfermidade.
onde foram observados antes do surto, entre 2006 até o final
do primeiro semestre de 2007, ocorreram 6 óbitos de vacas BIBLIOGRAFIAS
adultas e 4 abortos. Após a instalação da doença, foram 1. ABRÃO, D.C.i et al. IMPACTO ECONÔMICO CAUSADO POR
Trypanosoma vivax EM REBANHO BOVINO LEITEIRO NO ESTADO DE
constatadas 9 mortes de vacas leiteiras e 11 abortos. Além MINAS GERAIS. Ciência Animal Brasileira, [S.l.], p. 672 - 676, out. 2009.
disso, os mesmos relatam que no ano de 2008, 85% das 2. ABRÃO, D.C. et al. ASPECTOS CLÍNICOS E PATOLÓGICOS DA
mortes ocorreram no segundo semestre, época na qual se INFECÇÃO NATURAL EM BOVINOS LEITEIROS POR Trypanosoma vivax
iniciou o surto, e a redução somente ocorreu no segundo EM MINAS GERAIS, BRASIL. Ciência Animal Brasileira, [S.l.], p. 666 - 671,
out. 2009. ISSN 1809-6891.
semestre de 2008, quando o surto de tripanossomíase havia 3. BORGES. L.P.B ET AL. Tripanossomíase bovina na região de Ibiraci/MG –
sido controlado. relato de caso. Revista Acadêmica: Ciência Animal, [S.l.], v. 15, p. 337 -
Em um segundo relato de Abrão et. al. em 2009, 25 animais 338, ago. 2017. ISSN 1981-4178.
4. CARVALHO, A.U. et al . Ocorrência de Trypanosoma vivax no estado de
da fazenda de igarapé apresentaram parasitemia patente Minas Gerais.Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., Belo Horizonte , v. 60, n. 3, p.
por T. vivax segundo a técnica de Woo. Neste período, 769-771, Junho 2008
quatorze vacas abortaram e dois bezerros nasceram mortos. 5. FRANGE, R.C.C. - TRIPANOSSOMÍASE EM VACAS DA MICRORREGIÃO
Além disso relatam que a anemia foi a manifestação mais DE UBERABA – MG: ESTUDO SOROEPIDEMIOLÓGICO E RELATO DE
SURTO. Teses mestrado - Universidade de Uberaba. 76p. 2013.
freqüente, assim como encontrado em diversos trabalhos. 6. MENEZES, R.M. - TRIPANOSSOMOSE BOVINA EM MINAS GERAIS,
No município de Ibiraci/MG, foram observados 2011: SOROPREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO. Tese doutorado -
sintomatologia característica de tripanossomiase em cinco Universidade Federal de Minas Gerais. 61p., 2016.
animais de um rebanho de 90 fêmeas em lactação, e dois
meses após as manifestações iniciais, foram verificados
mais dez animais com sintomatologia semelhante. Foi
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
INTRODUÇÃO
O mormo é uma doença infectocontagiosa que acomete
equídeos, causada pela bactéria Burkholderia mallei. Com
características zoonóticas, esta doença pode ser transmitida
ao homem através do contato com secreções e utensílios
contaminados. Os equinos contraem o mormo pelo contato
com material infectante de um animal doente. (1). Os sinais
clínicos manifestam-se por corrimento viscoso nas narinas;
presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos
pulmões e nos gânglios linfáticos e pneumonia. Essa
doença é de notificação compulsória para a Organização Em seguida, a membrana é bloqueada por um tampão
Mundial de Saúde Animal (OIE), em virtude do impacto na proteico, evitando a ligações de proteínas inespecíficas. A
saúde animal e dos reflexos em saúde pública. (1,2) A coleta membrana bloqueada é exposta ao soro do animal e depois
de material para diagnóstico é realizada somente por um a um anticorpo secundário conjugado com uma molécula
médico veterinário habilitado. Animais com resultado repórter. A molécula repórter permitirá a visualização do
diferente de negativo, terão suas amostras encaminhadas anticorpo alvo no final do ensaio. É realizada lavagem com
pelo laboratório credenciado ao Lanagro para serem detergente neutro contendo tampão que são realizadas após
submetidas a testes complementares. exposição dos anticorpos para remover qualquer ligação
O objetivo é mostrar o uso do western bloting como um inespecífica (Figura 2) .(5)
exame complementar.
Figura 2: Etapa de transferência de proteína para
MATERIAIS E MÉTODOS membrana de nitrocelulose, ligação do soro, anticorpo
secundário e revelação.
O presente trabalho éuma revisão de literatura com base na
pesquisa de artigos encontrados no Google acadêmico e
Scielo. Com publicação entre 2015 e 2018.
REVISÃO DE LITERATURA
Os testes laboratoriais para diagnóstico do mormo no Brasil
foram definidos pela Portaria nº 35 do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de 2018. São
considerados exames oficiais para o diagnóstico de mormo:
os testes de Fixação de Complemento (FC); Ensaio de
Imunoabsorção enzimática (ELISA); WB e teste da maleína.
(3) O WB também conhecido como proteinblotting ou
immunoblotting, é um importante método em biologia
molecular utilizado para imunodetecção de proteínas após a
separação destas por eletroforese em gel e transferência
para membrana adsorvente. CONCLUSÕES
É um imunoensaio com critérios laboriosos utilizados pela
maioria dos laboratórios. No caso do diagnóstico de mormo, Com o presente trabalho concluímos que o WB pode ser
o WB é usado para confirmar a presença de um anticorpo utilizado como um exame complementar no diagnostico do
capaz de se ligar a uma proteína específica. O protocolo de mormo, permite detectar, caracterizar e quantificar múltiplas
WB utiliza eletroforese em gel (SDS-PAGE ou PAGE nativa). proteínas, principalmente aquelas que estão em baixas
Por meio dessa técnica, as proteínas são separadas de quantidades em determinadas amostras (4).
acordo com o seu peso molecular e posteriormente
transferidas do gel para uma membrana de nitrocelulose ou REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
1. http://WWW.defesaagropecuaria.al.gov.br/sanidadeanimal/momo
PVDF (Figura 1). 2. OIE
3.http://crmvba.org.br/portaria-do-mapa-define-testesparadiagnostico-
Figura 1: Separação de proteínas por meio da técnica de do-mormo-no-pais/
4. https://rockland-inc.com/western-blot.aspx
eletroforese em gel 5. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 16 DE JANEIRO DE 2018
KURIEN, B. T.; SCOFIELD, R. H. Western blotting. Methods. San Diego.
v.38, p.283-293, 2003, 2006.
https://rockland-inc.com/uploadedImages/Support/Protocols/blot-format-
1.png
APOIO:
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
Zootecnia e
Produção Animal
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
ANÁLISE DAS FEZES DE ANIMAIS CONFINADOS PARA A PRODUÇÃO DE BIOGÁS
Maíra Meira Nunes1*, Delcimara Ferreira de Sousa¹, Gabriel Rodrigues Franco da Cruz¹, Gabriel Torres Pires Ferreira¹, Julia Cruz Coelho
Silva¹, Leonardo Dothling Gonçalves¹, Silene Belini Vale¹, Alessandro Moreira Procópio3.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte - MG – Brasil
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
*autor para correspondência: Maíra Meira Nunes; mairameira2@gmail.com
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma visita técnica a fábrica de rações Futura,
localizada em Martim Campos/MG onde foram coletados CONCLUSÕES
dejetos de bovinos de corte, diretamente do reto, mantidos Devido ao índice elevado de amido nas fezes, a utilização
em confinamento e alimentados com puro grão (milho grão do biodigestor para a geração de biogás, é uma alternativa
inteiro). Posteriormente foi efetuada uma análise dessas que pode ser utilizada para mitigar os prejuízos do produtor
fezes pelo laboratório 3rlab. quanto a excreção exacerbada de amido nas fezes,
possibilitando uma melhor qualidade ambiental e econômica.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como todo processo biológico a biodigestão anaeróbia BIBLIOGRAFIAS
1. Cartilha simplificada e adaptada de MATTOS, Luis Cláudio Mattos;
depende de diversos fatores, os quais irão atuar sobre a FARIAS JÚNIOR, Mário. Manual do biodigestor sertanejo/ Luis Cláudio
degradação do material e consequente produção de biogás. Mattos, Mário Farias Júnior. – Recife: Projeto Dom Helder Camara, 2011. 55
Entre estes fatores, podem ser citados a temperatura, pH, p.
uso de inóculo, teores de sólidos totais e a composição.
2. DOS SANTOS, Edval Batista; DE NARDI JUNIOR, Geraldo. Produção de
Dentre todos estes fatores a composição do material biogás a partir de dejetos de origem animal. Tekhne e Logos, v. 4, n. 2, p. 80-
influencia diretamente o potencial de degradação, por isso a 90, 2013.
extensão da produção de biogás a partir dos dejetos é
3. GASPAR, Rita Maria Bedran Leme et al. Utilização de biogestores em
dependente da alimentação dos animais. Estudos pequenas e médias propriedades rurais, com ênfase na agregação de valor:
comprovam que dietas a base de concentrado aumentam um estudo de caso na Região de Toledo-PR. 2003.
em até 23% na produção do gás metano, afirmando então a
sua eficácia na produção do biogás. 4. PRADO, Pedro Ivo de Lima Almeida et al. VIABILIDADE
ECONÔMICA DE UM BIODIGESTOR NO IFMT CAMPUS CUIABÁ BELA
Observou-se que as fezes coletadas dos animais confinados VISTA.
obtiveram uma porcentagem de amido acima da média, o
que significa que um biodigestor abastecido com esses 5. ORRICO JUNIOR, Marco AP; ORRICO, Ana CA; LUCAS JÚNIOR,
Jorge de. Influência da relação volumoso: concentrado e do tempo de
dejetos terá uma maior eficiência na produção de biogás. retenção hidráulica sob a biodigestão anaeróbia de dejetos de bovinos.
Isso se dá pelo fato da nutrição dos bovinos em Engenharia Agrícola, p. 386-394, 2010.
confinamento ser baseada em puro grão (milho grão inteiro),
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
ASPECTOS RELEVANTES DA IMUNONUTRIÇÃO EM SISTEMAS DE PRODUÇÕES AVÍCOLAS
1 1
Vinicius Santos Moura , Mateus José Andrade Guerra , Matheus Fonseca Redoan¹, Mariana Helena Barros Amorim¹,
Daniel Macêdo Dornas¹, Caroline Silva Costa¹, Jeniffer Godinho Ferreira Pimenta², Breno Mourão de Sousa³.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
²Mestranda em Zootecnia – UFMG – Belo Horizonte/ MG – Brasil
³
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAL E MÉTODOS
Para o presente estudo foi realizado uma revisão
bibliográfica.
O processo de reações ocorre da seguinte forma: o
propionato é convertido em propionil CoA, e, esse
RESULTADOS E DISCUSSÃO sofrendo a ação da Metilmalonil CoA carboxilase
As deficiências de minerais são de grande importância nos transforma-se em D5-Metilmalonil CoA , que sofre a ação
ruminantes já que, entre outras coisas, causa baixo da enzima Metilmalonil CoA racemase, transformando-se
desempenho produtivo. A baixa produtividade ocorre tanto em Lr-Metilmalonil CoA, que à partir do co-fator B12 a
na deficiência de minerais como na diminuição da ingestão Metilmalonil CoA mutase forma o Succionil CoA, que por
5 6
de energia e proteína . A função fisiológica do cobalto foi fim, entra no ciclo de Krebs e na gliconeogênese . O
descoberta apenas quando a vitamina B12 foi isolado. O principal efeito da falta dessa vitamina é a incapacidade do
cobalto é exigido por microorganismos no rúmen para a ruminante em metabolizar o ácido propiônico, e,
síntese de vitamina B12, se o elemento é deficiente na consequentemente, levar à inapetência e a morte dos
5
dieta, então a vitamina não pode ser produzida no rúmen indivíduos por inanição
em quantidades suficientes para satisfazer as Concentrações séricas de vitamina B12 inferiores à 0,2
6
necessidades do animal. μg/l indicam deficiência . O valor da dosagem da vitamina
O cobalto é essencial na dieta de ruminantes pois participa B12 no soro, como auxílio no diagnóstico, suscita alguma
na reação do metabolismo do ácido propiônico, pois é dúvida, mas, se corretamente interpretado, parece útil.
necessário para síntese de cianocobalamina (B12)³. Essa Métodos de radioensaio, para dosar a vitamina B12 no
6
vitamina influencia o metabolismo energético, facilitando a soro e fígado de bovinos . Em ruminantes, a
formação de glicose através da ação da metilmalonil CoA gliconeogênese e a hematopoiese são criticamente
7
mutase formando succinato a partir de propionato . afetadas pela deficiência de vitamina B12, assim como o
Os ruminantes utilizam ácidos voláteis produzidos no metabolismo de carboidratos, lipídeos e ácido nucléicos¹
rúmen (propionato e butirato) como suas principais fontes
de energia, por serem precursores da glicose. Mas para CONSIDERAÇÕES FINAIS
que esse metabolismo é necessário a utilização da O Cobalto deve ser fornecido para bovinos, como fonte de
vitamina B12 como co-fator das reações enzimáticas e vitamina B12, proporcionando atividade metabólica
consequentemente, sem essa não há produção de glicose. energética, devido à síntese de glicose através do
Pastagens que contêm menos de 0,07 e 0,04 mg de propionato.
cobalto/kg MS resultam em doença clínica em ovinos e
bovinos, respectivamente. A maior incidência da doença
na primavera pode estar relacionada à predominância de REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
forrageiras de crescimento rápido na pastagem, as quais 1 De AZEVEDO, E. B.Deficiência de cobre, zinco, selênio e cobalto em
animais. 1998
apresentam conteúdo de cobalto menor do que as 2 LANDMANN, RENATA CRISTINA DOS REIS, Deficiência de Cobalto em
Ruminantes no Brasil. Botucatu, 2009, 22p. Trabalho de conclusão de curso de
leguminosas. Ocorre também ampla variação, entre os graduação (Medicina Veterinária, Área de Concentração: Clínica de Grandes
anos, no grau de intensidade das perdas decorrentes das Animais e Extensão Rural) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia,
alterações no teor de cobalto dos animais¹. O cobalto é o Campus de Botucatu, Universidade ―Júlio de Mesquita Filho‖
3 McDONALD, P.; EDWARDS R.A.; GREENHALGH, J.F.D. et al. Animal
único microelemento essencial na nutrição dos ruminantes, nutrition. 6th ed. Pearson: Edinburgh, 201
4 Figura 1 - MURRAY, R. K.; BENDER, D. A.; BOTHAM, K. M.; KENNELLY,
pois seu armazenamento orgânico é limitado e não é P. J.; RODWELL, V. W.; WEIL, P. A. Harper‘s illustrated biochemistry. 29ª ed. São
estocado em todos os tecidos. No ruminante adulto, sua Francisco: McGraw-Hill Medical, 2012
única função conhecida é no rúmen, devendo, por isso, 5 RIET-CORREA, F.; SHILD, A. L.; LEMOS, R. A. A; BORGES, J, R. J..
6. Doenças de ruminantes e equídeo icina interna de grandes animais. Malone, 3 ed., 2006
estar continuamente presente na alimentação 7 UNDERWOOD, E.J.; SUTTLE, N.F. The Mineral Nutrition of Livestock. 3rd
ed. CABI Publ. Wallingford. 1999
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
DIETAS DE EXCLUSIVO CONCENTRADO NA TERMINAÇÃO DE BOVINOS
Alexandre Ferreira Gabriel1*, Arthur Alves da Silva², Nathalia Stefanie Leite de Moraes¹,
Caroline de Oliveira Santos e Nogueira1, Luiz Felipe Justiniano Gonçalves1,
Luciene Ferreira da Conceição¹, Mariana Cardoso Batista Pimenta¹,
Breno Mourão de Sousa3, Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira3, Prhiscylla Sadanã Pires3.
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Doutorando em Zootecnia – UFMG. Belo Horizonte – MG – Brasil
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
3
INTRODUÇÃO solucionar o problema. Diante disso, é importante que o
Os equinos livres pastavam aproximadamente 16 horas por profissional esteja atento às questões relacionadas ao bem-
dia e viviam em bandos que, quando reunidos, obedeciam estar animal, buscando o conhecimento necessário para
1 2
uma hierarquia. A retirada desses animais do seu habitat resolver essas questões comportamentais.
natural e a sua domesticação proporcionaram mudanças em O foco principal no tratamento é localizar os pontos críticos
seu manejo e por consequência esses animais podem que influenciam a qualidade de vida desses animais e
2 5
apresentar estereotipias de baia . A finalidade de estabular promover melhorias ambientais. O enriquecimento
um cavalo é facilitar seu manejo, ter controle sobre sua ambiental consiste em criar um espaço que interage com o
alimentação, sua reprodução e reduzir lesões, pois garante animal, promovendo desafios e novidades, com o objetivo
uma maior segurança ao animal, porém o limita a expressar de deixar o local semelhante ao seu ambiente natural, o que
1 6
seu comportamento natural. Um dos distúrbios que esses gera conforto para o mesmo. Existem várias formas de
animais podem apresentar é a aerofagia, caracterizada por promover melhorias no ambiente em que o animal vive,
não ter nenhuma função e por ser repetitiva, sendo como disposição de galhos e pedras próximos ao
3
prejudicial à saúde do animal. Portanto o presente trabalho comedouro para se parecer com o seu habitat natural,
tem por objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a permitir contato com outros animais, escolhendo aqueles
aerofagia, além de apresentar técnicas de enriquecimento mais sociáveis, dispor diversas bolas e balões de diferentes
ambiental usadas para resolução dessas alterações. cores e tamanhos, reproduzir na caixa de som, sons de
natureza, promover desafios aos animais a buscar o próprio
MATERIAL E MÉTODOS alimento, por exemplo, através de alimentos congelados,
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas plataformas de utilizar garrafas pet com uma abertura, penduradas no teto
busca Scielo e Google Acadêmico, usando-se as palavras da baia com ração ou feno para o acesso do animal,
6
chave aerofagia, estereotipias de baia, enriquecimento aromaterapias, entre outras. Alguns materiais utilizados,
5
ambiental e bem-estar animal. Foram selecionados artigos podem ser recicláveis ou de baixo custo.
na língua portuguesa, publicados entre os anos 2007 a Essas técnicas despertam estímulos naturais no animal,
2018. diminuindo o estresse e aumentando sua curiosidade para
explorar o que há de novo em seu ambiente proporcionado
6
REVISÃO DE LITERATURA maior bem-estar.
A aerofagia pode ser definida como um vício geralmente Imagem 2: Enriquecimento ambiental para equinos estabulados.
adquirido, que acontece independente da raça e sexo,
podendo ser um hábito aprendido ou adquirido. Baseia -se
no animal engolindo o ar através do apoio dos dentes
3
incisivos em um objeto fixo, como representado na figura 1.
CONCLUSÃO
Conclui-se que é necessário ofertar aos animais estabulados
conforto e bem-estar, utilizando das técnicas de
enriquecimento ambiental, prevenindo, assim, estereotipias
comuns em animais estabulados como a aerofagia.
BIBLIOGRAFIAS
1. Rose, R. Equine Behavior: A guide for Veterinarians and Equine
Scientists. London: Elsevier Science,2004.
Essa alteração pode acarretar o desgaste excessivo 2. KONIECZNIAK, Paula et al. Estereotipias em equinos. 11. ed. Paraná:
dentário pelo apoio em superfícies duras, anorexia, uma vez Canoas, 2014.
3. STEINER, D.; ALBERTON, L. R. MARTINS, W. D. C. Aerofagia em
que o animal deixa de se alimentar devido a essa obsessão, equinos: revisão de literatura. Arq. Ciênc. Vet. Zool. UNIPAR, Umuarama,
associações com ulceração gástrica, pois o alimento v. 16, n. 2, p. 185-190, jul./dez. 2013.
funciona como um gastroprotetor e, como o animal 4. NICOLETTI, José Luiz de Mello et al. Estudo Retrospectivo de 11 casos
de aerofagia em equinos operados pela técnica de Miectomia de Forssell
apresenta baixo consumo, há uma maior predisposição a modificada. 3. ed. Santa Maria: Ciência Rural, 1996.
3
essa alteração, dentre outras leões. 5. MOLENTO, Carla Forte Maiolino. Bem-estar animal: qual é a
Segundo a literatura, ainda não há uma causa específica novidade? Paraná: Issn 1678-0345, 2007.
definida para a aerofagia. Porém, atualmente, alguns 6. 28° CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA, 2018,
Goiânia. EFICIÊNCIA DE DIFERENTES TIPOS DE ENRIQUECIMENTO
estudos associam o manejo inadequado e o estresse a esse AMBIENTAL NO COMPORTAMENTO E BEM ESTAR DE
4
comportamento. Alguns proprietários se incomodam com os EQUINOS. Goiânia: Centro de Convenções da Puc - Go, 2018. 5 p.
animais que apresentam essas alterações, pressionando o
Médico Veterinário responsável pela propriedade para
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
ESCORE CORPORAL E SUA INFLUÊNCIA NA TAXA DE FERTILIZAÇÃO
Felipe Álvaro de Aguiar Chaves1*, Alexandre Ferreira Gabriel¹, Gabriel Torres Pires Ferreira¹, Artur Maia Braga¹, Sergio Henrique Andrade
dos Santos¹, Thallyson Thalles Teodoro de Oliveira¹, Breno Mourão de Sousa², Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira², Prhiscylla
Sadanã Pires².
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Em seguida foram coletadas amostras de leite, de cada um 1. DEMEU, F. A. Simulação do impacto econômico da mastite em
rebanhos bovinos leiteiros. 177 f. 2009. Dissertação (mestrado) -
dos quartos mamários, sobre recipiente próprio para Universidade Federal de Lavras, Viçosa, MG, 2009.
realização do California Mastitis Test (CMT) (Figura 2) 2. FONSECA, L. F. L.; SANTOS, M. V. Qualidade do leite e controle
sendo adicionado logo em seguida o reagente próprio. da mastite. São Paulo: Lemos, 2001. 175 p.
Naquelas amostras em que onde houve o aumento da 3. BUENO, V.F.F.; NICOLAU, E.S.; MESQUITA, A.J.; RIBEIRO, A.R.;
SILVA, J.A.B.; COSTA, E.O.; COELHO, K.O.; NEVES, R.B.S. Mastite bovina
viscosidade ou formação de um gel as consideramos como clínica e subclínica, na região de Pirassununga, SP: frequências e redução na
positivas para mastite subclínica sendo representadas na produção. Ciência Animal Brasileira, v.3, n.2, p.47-52, 2002.
planilha com sinal de cruzes (+). De acordo com a 4. MOLINA, R. L. Aspectos clínicos das mastites bovinas.
Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Veterinária. Departamento
intensidade da viscosidade na reação a quantidade de de Clínica e Cirurgia Veterinária. Belo Horizonte, MG, 2016.
cruzes aumentava, variando de traços 5. UNILEITE. Diagnóstico, controle e monitoramento da ocorrência
(CCS>300.00/ml/leite), + (CCS>900000), ++ (CCS> de mastite em rebanhos leiteiros. Universidade Federal de Minas Gerais.
4,5 Escola de Veterinária. Belo Horizonte, MG, 2001.
2700000) e +++ (CCS> 8100000) .
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
IMPACTO ECONÔMICO DA MASTITE NA PRODUÇÃO DE LEITE E DERIVADOS
1 1 1
Gabriel Rodrigues Franco da Cruz , Luiz Felipe Justiniano Gonçalves , Sannelly Assis Procópio , Daniele
1 1 1
Cristine de Oliveira Freitas , Larissa Soares Ramos , Alexandre Ferreira Sturzeneker , Breno Mourão de
2 2 2
Sousa , Gustavo Henrique Ferreira Abreu Moreira , Prhiscylla Sadanã Pires .
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada revisão bibliográfica para identificação dos Assim, a diferença entre PSE e DFD é que o primeiro está
3
danos causados à carne de frango descritos na literatura . associado ao estresse em um curto espaço de tempo,
As bases de dados Google Acadêmico, Scielo e PubMed imediatamente antes do abate, enquanto que o DFD está
foram utilizadas para a pesquisa de artigos científicos sobre relacionado ao estresse de longo período antes do abate
o assunto. sem que tenha ocorrido reposição de carboidratos no
organismo. Essas particularidades refletem em produtos de
REVISÃO DE LITERATURA pouco rendimento na produção industrial e baixa aceitação
As aves podem ser submetidas ao manejo incorreto desde o pelos consumidores.
transporte da granja até a linha imediatamente pré-abate,
3
levando a danos na carcaça e na qualidade da carne . CONCLUSÕES
A carne pode apresentar alterações físico-químicas, como a Os sistemas de produção animal podem ser melhorados
PSE e DFD. A PSE tem esse nome por causa das palavras quando as condições de bem-estar são otimizadas. Os
em inglês pale, soft e exsudative, características que a carne principais fatores que alteram o bem-estar da ave estão
adquire: pálida, mole e exsudativa, baixa capacidade de relacionados ao manejo pré-abate, sendo que essas
retenção de água. Isso ocorre quando há um manejo pré- operações causam muitos prejuízos para as indústrias
abate inadequado, principalmente nas fases de apanha, avícolas, e assim é preciso tomar medidas para que haja
transporte e tempo de espera, tendo temperaturas uma melhor qualidade no produto final que chega ao
aumentadas e grande umidade. Quando uma ave sofre consumidor e consequentemente uma maior lucratividade
estresse ela necessita de um aumento de sua atividade para as empresas.
metabólica, fazendo com que sua via aeróbica produza mais
rapidamente energia. Após a morte é cessada a BIBLIOGRAFIAS
disponibilidade de O2, fazendo a energia disponível no 1. Vieira, FMC. et al. Perdas nas operações pré-abate: Ênfase em
músculo seja utilizada para glicólise anaeróbica, produzindo espera. Comunicado técnico, maio 2009. .
um acúmulo de ácido láctico e consequentemente fazendo o 2. Tinoco, IFF. Avicultura Industrial: Novos Conceitos de Materiais,
Concepções e Técnicas Construtivas Disponíveis para Galpões Avícolas
pH cair, ficando em cerca de 5,6, e chegar em seu valor final Brasileiros. Rev. Bras. Cienc. Avic., Campinas , v. 3, n. 1, p. 01-
antes do esfriamento da carcaça, o que gera uma 26, Jan. 2001
desnaturação proteica, fazendo a carne ficar pálida e mole. 3. Ludtke, CB. Et al. Abate humanitário de aves. WSPA Brasil, Rio de
A incidência da PSE é de até 22% das aves, afetando Janeiro, 2010.
3 4. Gregory, NG, Stunning and slaughter. Animal Welfare and Meat
principalmente o filé de frango . Science. Cabi. Publishing. 1998.
Por sua vez, a DFD tem sua sigla originada das palavras
dark, firm e dry, indicando que a carne terá as
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA DE LUZ PARA AVES POEDEIRAS
Caroline Silva Costa1, Matheus Fonseca Redoan¹, Jacqueline Mohamad Braz De Freitas¹, Vinicius santos Moura¹, Mariana Helena Barros
Amorim¹, Cátia Borges Ferreira², Bruno Antunes Soares³.
1
Graduando em medicina veterinária – UniBH/ FEAD – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Zootecnia- FEAD- Belo Horizonte – MG- Brasil
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBh - Belo Horizonte – MG – Brasil
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Atresia dos folículos
A energia é uma das mais importantes limitações
nutricionais em sistemas de produção de bovinos, BAIXA TAXA
principalmente nos períodos de escassez de chuva em que Longo período de anestro DE
a qualidade nutricional e a oferta de forragem é reduzida. CONCEPÇÃO
Os animais necessitam de energia para iniciar e manter uma
gestação. Além disso, a síntese de hormônios sexuais
necessita de aporte energético, pois os esteroidais
(estrógeno e progesterona) são produzidos a partir do CONCLUSÃO
colesterol. O desempenho reprodutivo exerce grande influência na
Existe uma relação entre a condição corporal ao parto e o produtividade de bovinos de corte e leite. O défict energético
desempenho reprodutivo pós-parto. Quando ocorre perda é um dos responsáveis pela queda do desempenho
severa na condição corporal no pós-parto, acima de um reprodutivo. Isso afeta diretamente a atividade hormonal da
1
ponto, o intervalo do parto à primeira ovulação é maior. fêmea bovina, alterando o ciclo produtivo da fazenda, devido
Vacas que estão em balanço energético negativo, devido a a baixa taxa de concepção e baixa taxa de reposição de
uma diminuição na ingestão de matéria seca, e aumento da novilhas.
exigência energética, possuem baixa secreção de leptina.
Esse hormônio é sintetizado e secretado pelo tecido adiposo BIBLIOGRAFIAS
e sua presença estimula o hipotálamo a realizar a síntese e 1. Maggioni, D., Rotta, P.P., Ito, R.H. et al. Efeito da nutrição sobre a
7
secreção do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). reprodução de ruminantes: uma revisão. PUBVET, V.2, N.11, Mar3, 2008.
Para que ocorra a ovulação dos folículos, é preciso que 2. Sartori, R., Guardieiro, M.M. Fatores nutricionais associados à reprodução
da fêmea bovina. R. Bras. Zootec., v.39, p.422-432, 2010.
aconteça a secreção pulsátil de LH (hormônio luteinizante), 3. Franco, L. G., Faria, F. J. C., D‘Oliveira, C. M. Interação entre nutrição e
porém a liberação desse hormônio é estimulada quando há reprodução em vacas de corte. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.37,
liberação do GnRH à hipófise, sendo assim, a diminuição do n.292, p.36-53, 2016.
4. Valle, E. R., Andreotti, R., Thiago, L. R. L. S. Técnicas de manejo
LH é conseqüência direta da diminuição da secreção de reprodutivo em bovinos de corte. Embrapa gado de corte. Campo Grande,
GnRH. 2000.
Devido à baixa concentração do LH, os folículos em 5. Abud, J. L., Hormônio leptina e sua interação com a reprodução de fêmeas
desenvolvimento sofrem atresia, acarretando em um longo bovinas. Seminários aplicados. Goiânia, 2011.
6. Parra, B. C., Beltran, M. P. Interação entre nutrição e reprodução em vacas
período de anestro após o parto, baixa produção de de cortes. Revista científica eletrônica de medicina veterinária, Ano VI, N.11,
progesterona pelo corpo lúteo, e baixa taxa de concepção, Julho, 2008.
resultando em maior tempo para retorno a ciclicidade. 7. Catunda, A.G.V., Lima, F.R.G., Lima, I.C.S. et al. O papel da leptina na
reprodução dos ruminantes. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.38,
O crescimento folicular no pós parto é influenciado pela n.1, p.3-9, jan./mar. 2014.
ingestão de energia. Assim, vacas subnutridas, devido a
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
INTERFERÊNCIA DAS BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE SILAGEM DE MILHO
Bruna Berger Jacobsem¹, Bruna Juliate Izac¹, Cíntia Carolina Silva¹, Gabriela Marianne Gonçalves Fernandes¹, Izabela de Paula Orzil¹,
Krislayne Pereira dos Santos¹, Larissa Monik Freitas Silva¹, Marcella Del Rio Pimentel¹, Priscila Ramos Luiz¹, Bruno Antunes Soares 2 ,
Breno Mourão de Sousa 2.
1
Graduando em Medicina Veterinária– UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
REVISÃO DE LITERATURA
Os receptores sensoriais presentes no úbere podem ser
estimulados pelo ordenhador, sendo que este estímulo,
muitas vezes ocorre no pré- dipping. Esta manipulação gera
um estimulo que é conduzido por vias aferentes até o
hipotálamo, onde promove a liberação de ocitocina, o
bloqueio da síntese e a liberação da dopamina, principal
neurotransmissor inibidor de prolactina, e a secreção de
peptídeo intestinal vasoativo por neurônios do núcleo
CONCLUSÃO
paraventricular, sendo que este hormônio estimula a
secreção de prolactina (figuras 1 e 2).
1,3
No sistema de O processo de ejeção do leite ocorre por meio de reflexos
pecuária leiteira, o ordenhador deve induzir o mecanismo de neuroendócrinos, envolvendo uma ação conjunta de fatores.
estimulação citado anteriormente pelo menos duas vezes ao O mais importante é a estimulação do úbere, responsável
dia.
2 por desencadear o reflexo de ejeção. Dessa forma, é
importante entender como funciona a ejeção e o que pode
A ocitocina é secretada pela neurohipófise na corrente
ser feito para auxiliar o animal, almejando assim alcançar
sanguínea levando a um aumento gradativo da pressão no níveis satisfatórios na lactação.
úbere. As células mioepiteliais possuem receptores de
ocitocina que, quando estimulados, desencadeiam a BIBLIOGRAFIAS
contração da musculatura lisa cerca de um minuto após a 1. Gaona R. C.; PAPEL DOS HORMÔNIOS NA LACTAÇÃO,
secreção do hormônio.³ A contração das células Universida de Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS; 2001;
mioepiteliais resulta na redução do lúmen dos alvéolos e o 2. Sousa B. M.; BOVINOCULTURA DE LEITE; Referencia
leite passa pelos ductos lactíferos chegando até os tetos apostila didática de bovino 2017;
3. Klein B. G.; CUNNINGHAM TRATADO DE FISIOLOGIA
onde ocorre a ejeção para o meio externo.³ VETERINÁRIA; 5º edição publicada em 2014, Capitulo 39 a
glândula mamária, página.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
REUTILIZAÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA CAMA DE FRANGO
Daniel Macêdo Dornas1*, Isabel Cristina Teixeira Silva¹, Cláudia Geralda Inácia Ribeiro¹, Vinicius Santos Moura¹, Jeniffer Godinho
Ferreira Pimenta², Bruno Antunes Soares³.
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Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Mestranda em Zootecnia – UFMG. Belo Horizonte – MG – Brasil
3
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
CONCLUSÕES
A Virginiamicina se mostra um importante melhorador de
desempenho que deve ser utilizado pelo produtor que busca uma
produção mais eficiente de seu rebanho.
BIBLIOGRAFIAS
1. BERCHIELLI, T.T.; PIRES, A.V.; OLIVEIRA S.G.; Nutrição de
ruminantes 2ªed Jaboticabal; FUNEP,2011.
2. MOURÃO, R. D. C et al. Aditivos alimentares para vacas
leiteiras. Revista eletrônica nutritime, Art. 179, v. 9, v. 5, p. 2011–
2040. Setembro/Outubro, 2012.
3. COSTA, J.P.R. Virginiamycin via mineral supplementation and
sward height in growing nelore young bulls. 2016. 91 f. (Doutorado
em Zootecnia) - Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita
Filho‖, Jaboticabal.
4. SEVERINO, H. Utilização e viabilidade da Virginiamicina em
MATERIAIS E MÉTODOS vacas leiteiras. Universidade federal de Goiás. 2017.
Este trabalho foi elaborado a partir de revisões de literatura e 5. NUÑEZ, A.J.C., CAETANO, M.; Uso combinado de ionóforo e
pesquisa de artigos acadêmicos em plataforma online, procurando virginiamicina em novilhos Nelore confinados com dietas de alto
pelas palavras chaves: Virginiamicina, nutrição, gado de corte. A concentrado. Universidade Federal de Lavras. 2008.
escolha da bibliografia consultada foi baseada em documentos 6. MONÇÃO, F. P. Suplementação e uso da virginiamicina como
atualizados e coerentes com o que foi visto em outras literaturas. moduladores de desempenho de bovinos nelore na recria e seus
efeitos na terminação em confinamento. Universidade estadual
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖. 2017.
7. MOURA, L. M. Monesina sódica e Virginiamicina para bovinos
A Virginiamicina é um antimicrobiano descoberto nos anos 50 na de corte: desempenho e simulação econômica. Universidade federal
Bélgica, obtido a partir da fermentação da bactéria Streptomices de Goiás. 2013.
virginae. A Virginiamicina age nas bactérias gram-positivas, inibindo
o crescimento das produtoras de ácido láctico, estabilizando o pH e
reduzindo possíveis casos de acidose em rebanhos que recebem
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
UREIA COMO FONTE DE PROTEÍNA PARA RUMINANTES
Matheus Antônio Resende1, Aléxia Pimenta Bom Conselho¹, Luciene Ferreira da Conceição¹, Mariana Alves Silva¹, Mariana Cardoso
Batista Pimenta1, Marina Gonçalves Rangel¹, Nayara Starling Pereira Martins da Costa¹, Breno Mourão de Sousa2, Gustavo Henrique
Ferreira Abreu Moreira2, Prhiscylla Sadanã Pires2
1
Graduando em Medicina veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
MATERIAIS E MÉTODOS
As pesquisas e testes foram desenvolvidos em propriedades
na área rural de Brumadinho MG, foram entrevistados
sitiantes e fazendeiros da região do vale do Paraopeba. Em
algumas foram levados sistemas de gerenciamento de
manejo por rádio frequência desenvolvidos por alunos
(Victor Sousa, Gabriel Resende), estes foram então testados Figura 2: Média de erros de manejo cometidos por dia,
e ajustados para maior precisão. Os dados foram então começo do uso do aparelho (4), e após uma semana de uso
coletados para desenvolvimento de um sistema de (0,72).
gerenciamento de manejo de baixo custo.
Sistema de transmissão RF MIFARE CLASSIC ®, tela LCD
(Liquid Crystal Display), SD ® , e processador SOC ( system
on a chip ) ATMEL AVR equipado com memória flash®.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As radiofrequências até então implantadas na medicina
veterinária são onerosas (Ver figura 1), com sistemas
passando das dezenas de milhares de reais (BRL), o que
torna essa tecnologia proibitiva a produtores de médio e
pequeno porte.
Partindo disso foi criado um sistema de manejo baseado em
um computador de mão (Estilo tablet), com engenharia
(eletrônica e microcódigo embarcado) criada por Victor
CONCLUSÕES
Sousa e Gabriel Resende Sousa, esse conta com sistema
de transmissão RF MIFARE CLASSIC ®, tela LCD (Liquid Conclui-se que quando apresentados a sistemas que sejam
Crystal Display), SD ® , e processador SOC ( system on a acessíveis financeiramente ou quanto a facilidade de uso, os
chip ) ATMEL AVR equipado com memória flash®, nos produtores possuem interesse em maior controle
animais era aplicado um brinco transmissor de RF passivo, organização de suas propriedades o que diminui perdas por
capaz da comunicação com a unidade de mão. Os erro de manejo
produtores mostraram grande interesse na tecnologia,
quando a mesma se apresenta de forma acessível, (custo BIBLIOGRAFIAS
aproximado de 2000,00 Reais BRL), o sistema apresenta
um cronograma diário do produtor e seus colaboradores 1. MIFARE Classic EV1 1K - Mainstream contactless
(caso tenha), como uma forma de agenda os afazeres do dia smart card IC for fast and easy solution development
são calculados pelo sistema que leva em consideração 2. 8-bit Atmel Microcontroller with 16/32/64KB In-System
como o produtor e seus colaboradores trabalham, leva em Programmable Flash Datasheet
consideração a entrada de dados técnicos inseridos no 3. Samsung SD & MicroSD Card product family SDA 3.0
mesmo, calculando datas de vermifugação, período de specification compliant-Up to UHS-I mode
carência de animais e outros. Observa-se a necessidade de 4. Systronix 20x4 LCD Brief Technical Data.
II Colóquio Técnico e Científico da
Medicina Veterinária do UniBH
UTILIZAÇÃO DE CEVADA NA NUTRIÇÃO DE RUMINANTES
Gabriel Torres Pires Ferreira1*, Alexandre Ferreira Gabriel1, Felipe Álvaro de Aguiar1,
Sérgio Henrique Andrade dos Santos1, Thallyson Thalles Teodoro de Oliveira1, Artur Maia Braga1, Breno Mourão de Sousa2, Gustavo
Henrique Ferreira Abreu Moreira2, Prhiscylla Sadanã Pires2
1
Graduando em Medicina Veterinária – UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil
2
Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH - Belo Horizonte – MG – Brasil
* Autor para correspondência Gabriel Ferreira: gabrieltpferreira@hotmail.com