ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E EDUCAÇÃO: UM OLHAR SOBRE A SEGURANÇA ALIMENTAR E
SUA MEDIAÇÃO NA COMUNIDADE VILA NOVA, P.A JATOBÁ - CANTÁ
NOLETO1, Alanys
1
Graduanda do Curso de Antropologia no Instituto de Antropologia na Universidade Federal de
Roraima - Campus Paricarana (alanyssilvanoleto@gmail.com)
Palavras Chave: Direitos Humanos, Políticas Públicas, Educação Alimentar, Cultura, Saúde.
INTRODUÇÃO
A legislação é composta por leis e programas que buscam
garantir a promoção de planejamentos e políticas públicas
que consideram a Segurança Alimentar e Nutricional
(SAN)⁵ em combate à Insegurança Alimentar (IA). No
entanto, de acordo com indicadores, as populações que
vivem no espaço rural fazem parte da parcela majoritária
de pessoas que encontram-se em níveis elevados de
vulnerabilidade socioeconômica. Consequentemente, este
cenário, resultado de privações de políticas públicas, não
afeta apenas o direito à saúde e à educação, mas afeta
diretamente o acesso à uma alimentação adequada. Os
moradores do P.A Jatobá, localizado no Cantá,
reconhecem que se fossem amparados adequadamente
pelos programas, organizações e associações nacionais,
políticas e programas de combate à insegurança
alimentar, teriam motivação para ter autonomia e enfrentar
tais adversidades. O estudo objetivou compreender quais
são os determinantes que instalam e mediam este cenário
na comunidade e quais diagnósticos e ações podem ser
feitas para enfrentá-lo.
MATERIAL E MÉTODOS
Metodologicamente, o presente estudo segue uma
abordagem qualitativa, através da observação direta e
participante com a comunidade analisada pela experiência
de campo. A pesquisa, de caráter experimental, tem como
base dar estabilidade ao diálogo dos moradores e às
demandas apresentadas ao longo dos debates e rodas de
conversas. O diálogo, neste contexto, é a base material
referencial para a produção dos relatórios e textos
escritos, sendo sua análise e avaliação feitas
coletivamente e apresentada aos moradores.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para os moradores do P.A Jatobá, a questão da
alimentação na comunidade é totalmente negligenciada
pelas políticas estatais. A ausência de fiscalização dos
alimentos, nas comunidades e nas escolas; o desmonte
dos conselhos de fiscalização; a incerteza sobre a
qualidade dos produtos consumidos pela população; a
falta de estrutura adequada para a produção e escoação
dos produtos do pequeno agricultor; a morte da
capacidade de produção do agricultor; fábricas e
construções mortas. Todos estes fatos colaboram para
que as condições precárias de insegurança alimentar na
comunidade piorem. Desta forma, a comunidade aponta
para alternativas que possibilitem sua participação na
tomada de decisões e autonomia sobre os alimentos
presentes na comunidade e aqueles que vêm da cidade
(ex.: ultraprocessados, etc). Para promover o bem-estar da
comunidade e a sua segurança alimentar, optou-se por
projetos educativos que promovam a educação e a
conscientização alimentar em casa e a organização de um
plano alimentar específico que considere o contexto
cultural da comunidade promovendo a soberania
alimentar.
CONCLUSÕES
Para que a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) seja
garantida nas comunidades rurais, é necessário que ela
atenda às demandas culturais e econômicas específicas
da comunidade. Com políticas de atenção à saúde, à
educação e à alimentação, mudanças de hábitos podem
ser promovidas mudando a qualidade de vida dos
moradores.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos coordenadores do Espaço DH - UFRR pela
oportunidade de participar do evento e conhecer os
moradores de Vila Nova, P.A Jatobá no Cantá, em RR.
Agradeço também aos professores e amigos que me
proporcionaram momentos de aprendizado e alegria.
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² Lei n° 11.346/2006.