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ÍNDICE

LISTA DE GRÁFICO......................................................................................................................I
LISTA DE SIGLAS.......................................................................................................................III
DECLARAҪÃO............................................................................................................................IV
DEDICATORIA.............................................................................................................................V
AGRADECIMENTOS..................................................................................................................VI
RESUMO.....................................................................................................................................VII
ABSTRACT.................................................................................................................................VII
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................1
1.0.Introdução..............................................................................................................................1
1.1.Justificativa............................................................................................................................2
1.2.Problematização.....................................................................................................................2
1.3.Hipòteses................................................................................................................................3
1.4.Objectivos..............................................................................................................................4
1.4.1.Objectivo geral................................................................................................................4
1.4.2.Objectivos específico......................................................................................................4
1.5.Procedimentos metodológicos...............................................................................................4
1.5.1.Consulta Bibliográfica.....................................................................................................4
1.5.3.Técnica de inquérito (Instrumento de colecta de dados).................................................4
1.6.Enquadramento do tema.........................................................................................................5
1.7.Relevância do tema................................................................................................................5
1.7.1.Relevância social.............................................................................................................5
1.7.2.Relevância científica.......................................................................................................5
1.8.Delimitação do tema..............................................................................................................6
1.9.Tipo de pesquisa.....................................................................................................................6
1.10.População/universo de pesquisa...........................................................................................6
1.11.Amostragem e amostra.........................................................................................................6
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................7
2.1.Conceitos básicos...................................................................................................................7
2.2.Riscos ocupacionais em salões de beleza..............................................................................7
3

2.3.Promoção da saúde...............................................................................................................10
2.4.Doenças Profissionais associadas a sector de estética.........................................................11
2.5.Mecanismo de higienização para estabelecimentos de beleza e estética.............................11
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DE
RESULTADOS.............................................................................................................................13
3.1.Dados Sócio demográficos...................................................................................................13
3.2. Interpretação dos resultados do inquérito dirigido aos profissionais de salão de beleza....14
3.3.1.Medidas de mitigação....................................................................................................28
CAPÍTULOS IV: Conclusões, Recomendações, Sugestões e Limitações....................................30
4.1.Conclusão.............................................................................................................................30
4.2. Recomendações...................................................................................................................31
4.3.Sugestões..............................................................................................................................31
4.4.Limitações............................................................................................................................31
5.Referências Bibliográfica...........................................................................................................31
Apêndice 1: Questionário dirigido aos profissionais de beleza do 14o̱ e 15o̱ Bairro - Posto
Administrativo de Inhamizua.....................................................................................................35
Apêndice 2: Cronogramas das actividades................................................................................39
I

LISTA DE GRÁ FICO


Gráfico 1: Representa o tempo de trabalho dos profissionais de beleza.......................................15
Gráfico 2:Resposta dos profissionais dos salões de beleza em relação a existência de requisitos
para abertura de salão de beleza....................................................................................................15
Gráfico 3: Resposta dos questionados sobre o número de novos salões que viram ser aberto nos
últimos doze meses........................................................................................................................16
Gráfico 4: Resposta dos questionados em relação ao número de salões que viram a ser fechado
nos últimos doze meses.................................................................................................................16
Gráfico 5: Resposta dos questionados em relação a função que desempenha no salão de beleza?
.......................................................................................................................................................17
Gráfico 6: Resposta dos profissionais de beleza em ralação a existência de uma formação
profissional na área de beleza ou estética......................................................................................17
Gráfico 7: Resposta dos questionados em relação as doenças que eles acreditam que podem
adquirir com o trabalho..................................................................................................................18
Gráfico 8: Respostas dos questionados sobre as doenças que tiveram e acham podem estar
relacionada com a sua actividade profissional...............................................................................19
Gráfico 9: Resposta dos inqueridos em relação a tempo que trabalham de pé.............................19
Gráfico 10: Resposta dos inqueridos em relação aos equipamentos de protecção individual que
utilizam nos seus salões de beleza.................................................................................................20
Gráfico 11: Resposta dos inqueridos em relação aos equipamentos de protecção individual que
faltam nos seus salões de beleza....................................................................................................21
Gráfico 12: Resposta dos inqueridos em relação as consequências de não uso de equipamentos
de protecção individual..................................................................................................................22
Gráfico 13: Resposta dos questionados em relação as normas de biossegurança que podem ser
implantadas nos salões de beleza...................................................................................................23
Gráfico 14: Resposta dos inqueridos em relação a maneira como desinfectam os materiais não
metálicos ou de plástico.................................................................................................................24
Gráfico 15: Resposta dos inqueridos em relação a maneira como esterilizam os instrumentos
perfuro-cortantes............................................................................................................................25
Gráfico 16: Resposta dos inqueridos em relação a implicância de não higienizar de forma
adequada os objectos de usam no trabalho....................................................................................26
II

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Dados Sócio demográficos............................................................................................14


Tabela 2: Cronogramas das actividades........................................................................................38
III

LISTA DE SIGLAS

EPI – Equipamentos de protecção individual

SNE – Sistema Nacional de Educação

UNESCO –Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

HIV –Vírus de Imunodeficiência Humana


IV

DECLARAҪÃO

Declaro que está monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu
supervisor, seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas
no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.

Beira, ____ de ___________________ de 2019

________________________________________
(Albino Luís Bia)
V

DEDICATORIA

Dedico este trabalho e minha formação a meus pais, Luís Bia (em memoria) e Palmira Camela,
por depositarem em mim muita confiança e incentivo. Aos meus irmãos, Joana Luís Bia,
Laurinda Luís Bia e Madalena Beatriz pelo carinho e compreensão. A minha Namorada,
Madalena Joaquim, pelo incentivo e por estar ao meu lado nesta caminhada. A minha professora
e orientadora, Arminda Uachisso, pela paciência, atenção e disponibilidade. Aos demais colegas
por cada momento juntos de aprendizado e de troca de experiências.
VI

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus por me guiar, iluminar, proteger e por me dar forças e sabedoria para nunca
desistir. Aos meus pais em geral, que contribuíram para esta construção com muito empenho e
dedicação, em particular a minha mãe pela compreensão e por me acolher e fortalecer nos
momentos difíceis. A minha namorada e companheira Madalena Joaquim, que sempre esteve ao
meu lado, construindo juntos nosso futuro e nossa história. A orientadora e Professora Arminda
Uachisso, que tornou possível a realização deste trabalho e que será para sempre um exemplo a
seguir em minha vida. A equipe de trabalhadores de salão de beleza, do 14 o̱ e 15o̱ Bairro Manga,
sujeitos da pesquisa, pela valiosa contribuição ao responder aos questionários.

Meus amigos, em especial pela troca de experiências e por estarem sempre presentes nos
momentos difíceis, nesta fase de minha vida, e também nos momentos de felicidades, de
crescimento pessoal e profissional.

Aos meus colegas de curso, que se tornaram amigos também, que compartilharam das mesmas
aflições do início da faculdade e, consequentemente, das aflições quanto às entregas das nossas
monografias. Conseguimos!

Agradeço a todos os docentes da Universidade Licungo pelos seus ensinamentos e pela partilha
de experiências, aperfeiçoando o nosso entendimento quanto às responsabilidades que teremos
na vida profissional.
VII

RESUMO

Um salão de beleza é um ambiente onde se pode observar a presença de vários riscos ocupacionais desde os riscos
físicos, biológicos, químicos e ergonómicos. Considerando esta situação, o presente trabalho teve como objectivo
principal avaliar o nível de segurança ocupacional dos profissionais de salões de beleza do 14 o̱e 15o̱Bairro Manga. A
presente pesquisa tem a seguinte questão norteadora:"Qual é o nivel de segurança ocupacional dos profissionais de
salões de beleza do 14o̱ e 15o̱ Bairro Manga?". Metodologia: trata-se de um estudo descritivo qualitativo, realizado
no 14o̱e 15o̱ Bairro Manga, através do questionario emiestruturado contendo 16 perguntas . Os dados foram
analisados a partir da estatística descritiva .Os resultados relatam que os profissionais de beleza do 14 o̱ e 15o̱- posto
Administrativo de Inhamizua possuem baixo nivel de segurança ocupacional . Sendo assim, o estudo recomenda
que as entidades comunitárias criem condições juntodo Conselho municipal para as campanhas de sensibilização e
adopção de critérios para abertura de um salão de beleza, visto que, se este sector continuar a ser informal e não
inspeccionado se tornará uma ameaça a saúde pública.

Palavras-chave: salão de beleza, segurança ocupacional, Biossegurança.

ABSTRACT

A beauty salon is an environment where you can observe the presence of various occupational hazards from
physical, biological, chemical and ergonomic hazards. Considering this situation, the present work had as main
objective to evaluate the occupational safety level of the beauty professionals of the 14th and 15th Quarter Manga.
This research has the following guiding question: "What is the level of occupational safety of salon professionals in
the 14th and 15th Manga neighborhood?". Methodology: This is a qualitative descriptive study, conducted in the
14th and 15th Bairro Manga, through the structured questionnaire containing 16 questions. Data were analyzed
using descriptive statistics. The results report that Inhamizua 14th and 15th Administrative Professionals have a low
level of occupational safety. Therefore, the study recommends that community authorities create conditions with the
City Council for awareness-raising campaigns and the adoption of criteria for the opening of a beauty salon, since if
this sector remains informal and not inspected it will become a threat. public health.

Keywords: beauty salon, occupational safety, biosafety.


1

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.0.Introdução
Os estabelecimentos de embelezamento são estabelecimentos de interesse à saúde que, por suas
características e finalidades, prestam serviços destinados exclusivamente ao embelezamento dos
clientes. Incluem-se neste grupo os salões de beleza, com actuação nas áreas de Cabeleireiros,
Pedicuro, Manicura, Barbeiro (PERREIRA, 2012).

As doenças ocupacionais resultam de actividades desenvolvidas pelos trabalhadores ou da


exposição a diferentes produtos no ambiente de trabalho. Nos salões de beleza os funcionários
estão geralmente estratificados em categorias específicas: cabeleireiro, manicura, pedicura e
ajudante; contudo na prática costuma existir alguma polivalência por acúmulo usual de funções
(PERREIRA, 2012).

Globalmente, acredita-se que estes profissionais estão expostos a inúmeros riscos, sendo que
parte deles não são claros para os profissionais.(PERREIRA, 2012).

As condições de saúde e doença estão ligadas às más condições de vida, de trabalho, de


alimentação, à baixa qualificação profissional, que levam os indivíduos a perpetuação da
pobreza.

O trabalho tem como objectivo principal avaliar o nível de segurança ocupacional dos
profissionais de salões de beleza (barbeiro, cabelereiros, manicures, pedicures) do 14o̱ e 15o̱Bairro
Manga. O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: no primeiro capítulo, faz-se
menção a parte introdutória onde destacam-se assuntos como a justificativa de escolha do tema,
problematização, hipóteses, objectivo geral e específicos, enquadramento do tema, relevância do
tema; duração da pesquisa, tipo de pesquisa, metodologias da pesquisa, dentro desta tem:
população da pesquisa, amostragem e técnicas de pesquisa. No segundo capítulo encontramos
fundamentação teórica, onde foram abordados teorias sobre o tema em questão, e o terceiro
capítulo encontra-se a apresentação, análise, interpretação e discussão dos dados. Por último
encontra-se a conclusão, recomendações, sugestões, limitações e as referências bibliográficas.
2

1.1.Justificativa
O trabalho em salões de beleza caracteriza-se pela prestação de serviços de embelezamento de
cabelo, corte de cabelo, manicure e pedicure. Neste processo, os profissionais ficam exposto a
riscos químicos, biológicos, ergonómicos e físicos existentes no ambiente de trabalho, que
dependendo da sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de
causar danos à saúde dos trabalhadores e carecer custos a ministério da saúde. Uma das causas
da escolha do tema foi o facto do autor nas visitas que fez em alguns salões de beleza do 14 o
Bairro, constatar péssimas condições de higiene e segurança, o que coloca em risco a saúde de
todos envolvidos.

Outra causa é que os salões de beleza na cidade da Beira parecem maioritariamente informais e
muitos podem não estar em conformidade com as normas de Biossegurança, passando a perigar
não só a vida dos funcionário mas também dos utentes.

O autor ao perceber que produtos usados em salões de beleza podem causar efeitos nocivos e
doenças ocupacionais aos profissionais que passam grande parte da vida produtiva em ambientes
expostos a substâncias químicas, levanta a hipótese de haver necessidade de se avaliar o nível de
segurança ocupacional desses profissionais.

Os profissionais dos salões de beleza (manicures, pedicures, cabeleireiro) durante o exercício das
suas actividades compartilham riscos de contágio por doenças como HIV, hepatite B, da hepatite
C, etc. Esses profissionais também podem correr o risco de contrair doenças de origem
ergonómica por conta das posições desconfortáveis e execução de movimentos repetitivos, no
exercício das suas actividades.

1.2.Problematização
Da pré-pesquisa efetuada constatou-se que só no 14o̱ Bairro Manga existem 17 salões de beleza
situados em locais públicos e todos parecem do sector informal. Das observações feitas
constatou-se que na maioria dos estabelecimentos as condições de higiene e segurança não vão
de acordo com as normas de Biossegurança, sendo assim a possibilidade de surgimento de
doenças ocupacionais é maior. Doenças essas que podem ser de origem biológica, ergonómica,
física ou química.
3

Essas práticas podem expor profissionais e usuários ao contacto com agentes infecciosos
veiculados pelo sangue, representando riscos de transmissão de doenças como hepatite B,
hepatite C, HIV e lesões dermatológicas (CORTELLI, 2012).

O profissional que trabalha nessa área deve estar ciente da existência de uma série de riscos
físicos, químicos e biológicos próprios desta profissão, mas que podem ser minimizados através
de medidas que se enquadram na biossegurança (GARCIA , 2004).

É de suma importância que seja predominante à conduta ética por parte de qualquer profissional
com relação ao conhecimento e aplicabilidade das medidas de Biossegurança, voltadas para a
prevenção, minimização e eliminação de possíveis riscos. Diante das situações acima descritas
surge a seguinte questão norteadora:

"Qual é o nivel de segurança ocupacional dos profissionais de salões de beleza do 14 o̱ e 15o̱


Bairro Manga?"

1.3.Hipòteses
 Provavelmente os riscos que esses profissionais correm passam por suas actividades
laborais serem marcadas por longas jornadas de trabalho, posições desconfortáveis e
execução de movimentos repetitivos;
 Possivelmente na execução das actividades haja contacto com sangue agravando a
possibilidade de contágio com virus de HIV, Hepatite B e Hepatite C;
 Provavelmente os equipamentos de proteção individual utilizados por esses profissionais
não satisfazem as necessidades dos profissionais;
 Talvez se os profissionais adoptarem as medidas de Biossegurança, os riscos a doenças
ocupacionais a que estão expostos poderão reduzir.
4

1.4.Objectivos
1.4.1.Objectivo geral
 Avaliar o nível de segurança ocupacional dos profissionais de salões de beleza do 14o̱ e
15o̱ Bairro Manga.

1.4.2.Objectivos específico
 Identificar os riscos ocupacionais a que esses profissionais estão expostos, e suas
respectivas fontes;
 Descrever os equipamentos de protecção individual que são utilizados nos salões de
beleza para atenuação ou eliminação dos riscos;
 Propor medidas de prevenção a riscos ocupacionais nos salões de beleza.

1.5.Procedimentos metodológicos
1.5.1.Consulta Bibliográfica
Este método foi útil para pesquisa na medida em que permitiu a leitura de diversas obras
científicas entre dissertação, teses, monografias, artigos e livros cujos conteúdos se relacionam
com a temática em estudo.

1.5.2.Método estatístico

Este método facilitou a avaliação desta problemática, descobrindo o nível de segurança dos
profissionais de salões de beleza do 14o̱ e 15o̱ Bairro Manga. É a partir deste método detalhou-se e
generalizou-se os dados colhidos no campo. É com este método que o autor através de programas
estatísticos produziu os gráficos e fez a sua interpretação usando programas estatísticos como o
Excel.

1.5.3.Técnica de inquérito (Instrumento de colecta de dados)


O autor usou esta técnica como chave da pesquisa, desta feita foram inqueridos 20 profissionais
de beleza de modo a avaliaro nível de segurança dos profissionais de salões de beleza do 14o̱ e
15o̱ Bairro Manga. Para esta pesquisa o autor usou questionáriosemi-estruturado contendo 16
perguntas. (Apêndice 1).
5

1.6.Enquadramento do tema
A pesquisa enquadra-se em microbiologia, uma cadeira ministrada no curso de Biologia, quando
aborda-se sobre as teorias e prática de desinfecção, esterilização, e da assepsia, enquadra-sena
Educação ambiental e saúde públicaque também é uma cadeira ministrada no curso de
Biologia.No Sistema Nacional de Educação (SNE) enquadra-se na 2a unidade da 8a classe
“sistema ósseo muscular” quando aborda-se sobre a importância da educação física e do
desporto na manutenção sadia do sistema ósseo muscular.

1.7.Relevância do tema
1.7.1.Relevância social
Visto que se trata de um tema transversal, social que para alem de tratar-se de condições que
podem colocar em risco a saúde dos profissionais, também pode colocar em risco a saúde dos
clientes. Os profissionais tendo noção dos ricos ocupacionais que estão expostos, poderão evitar
contrair doenças. Evitando contrair doenças estarão assim a minimizar o trabalho dos médicos
assim como pouparam o estado das despesas com fármacos.

1.7.2.Relevância científica
A postura utilizada pela maioria dos profissionais está muito longe de ser confortável. Ela é
responsável por dores nas costas, tanto na parte superior quanto na inferior. Os movimentos
repetitivos ainda podem causar tendinite e ate túnel de carpo, que afecta os nervos e músculos da
mão. Esses profissionais também ficam exposto a ruídos extremos causado pela máquina de
barbeiro, rádio e cliente conversando. Esses ruídos podem causar Stress auditivo, que podem
desencadear reacções físicas como aumento de ritmo cardíaca, da pressão sanguínea e da
produção de adrenalina e outras hormonas, provocando ansiedade, irritabilidade e insónia.

Das doenças a que estes profissionais estão exposto destacam-se a HIV SIDA e as hepatites que
pode se adquirir por partilha de lâminas ou qualquer outro material crítico.
6

1.8.Delimitação do tema
A pesquisa tem como objecto de estudo a avaliação do nível de segurança ocupacional dos
profissionais de salões de beleza, estudo de caso 14o̱e 15o̱ Bairro Manga - Posto administrativo de
Inhamizua, no período de aproximadamente 6 meses, começado em Dezembro do ano 2018 até
Julho do ano 2019, que foi o fim da pesquisa.

1.9.Tipo de pesquisa
A pesquisa quanto a abordagem é uma pesquisa qualitativa; quanto aos procedimentos é pesquisa
de campo, quanto a natureza é pesquisa básica e quanto aos objectivos é pesquisa descritiva, que
visou descrever os elementos que permitiram avaliar o nível de segurança ocupacional dos
profissionais desalões de beleza do 14o̱ e 15o̱ Bairro Manga.

1.10.População/universo de pesquisa
A população para essa pesquisa foi constituída por todos trabalhadores de salões de beleza, dos
69 quarteirões das 12 unidades comunais(14o̱e 15o̱ Bairro).

1.11.Amostragem e amostra
A escolha da amostra teve dois momentos, onde para a escolha dos quarteirões usou-se a
amostragem não probabilística, pelo facto de haver quarteirões sem salão de beleza e quarteirões
com mais de 3 salões.

Para a selecção da Amostra dos salões de beleza e respectivos proprietários o autor também usou
o critério da amostragem não probabilística, desta feita foram escolhidos 20 salões de beleza.
7

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.Conceitos básicos
Cabeleireiro ou barbeiro – refere-se à categoria profissional que trabalha com o cabelo humano e
realiza diversas alterações no mesmo, como corte, coloração, entre outras (PERREIRA, 2012).

Manicuro (e) – refere-se à categoria profissional especializado no tratamento das unhas das mãos
e dos pés (PERREIRA, 2012).

Pedicuro (a) – refere-se à categoria profissional que trata dos pés e unhas de seus clientes
(PERREIRA, 2012).

Biossegurança é um conjunto de acções voltadas para a prevenção, minimização e eliminação de


riscos inerentes às actividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços que possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio
ambiente, ou a qualidade dos trabalhadores” (VALLE, 1996).

2.2.Riscos ocupacionais em salões de beleza


O risco de agravos à saúde nos Estabelecimentos de Embelezamento pode ser variado e
cumulativo tanto para os trabalhadores como para os clientes (PERREIRA, 2012). Portanto, é de
vital importância que todos os profissionais conheçam e adoptem o conceito de Biossegurança a
fim de se obter ambiente profissional livre de riscos para os trabalhadores e clientes.

A palavra risco origina-se do latim risicus, que significa cortar, perigo, inconveniente, danoso ou
fatalidade eventual, provável, as vezes ate previsível (Bulhões,1994).

No ambiente do trabalho podem ser oculto, quando o trabalhador não suspeita da sua existência;
latente quando causam danos em situações de emergência; reais, quando conhecidos por todos,
mas com pouca possibilidade de controlo, quer pelos elevados custos exigidos, quer pela
ausência da vontade política para soluciona-los (Bulhões,1994).

Ao estudar a história da humanidade, percebe-se que o ambiente de trabalho tem sido causa de
mortes, doenças e incapacidades para um grande número de pessoas. Entendido como conjunto
de todas as condições de vida no local de trabalho, engloba tanto as características do próprio
local (dimensões, iluminação, ventilação, ruído, presença de poeiras, gases ou vapores e
8

fumaças), como os elementos conexos a actividade em si (tipo de trabalho, posição do


trabalhador, ritmo de trabalho, ocupação de tempo, jornada laboral diária, turnos, horário
semanal, alienação e não valorização do património intelectual e profissional) (Bulhões,1994).

As várias situações presentes no ambiente laboral podem tornar-se nocivas, dependendo da sua
intensidade e também do tempo de contacto dos indivíduos às mesmas. Os trabalhadores, sem
escolha, submetem-se às relações, organizações, condições e aos ambientes de trabalho,
expondo-se fisicamente a poeira, vapores, gases, calor, barulho, acidentes e jornadas de trabalho,
situações sobre as quais não tem controlo algum (Lopes et al, 1996).

Riscos á saúde dos trabalhadores são todos os factores ambientais que podem causar lesão,
doenças, inaptidão ou afectar o seu bem-estar e o da comunidade (Lopes et al, 1996).

Estes conjuntos de factores, também conhecidos como riscos ocupacionais (Lopes et al, 1996),
favorecem o acontecimento de acidente, sofrimentos e doenças prejudicando a saúde dos
trabalhadores pela exposição ocupacional aos agentes que lhe são prejudiciais (Lopes et al,
1996).São vários os riscos ocupacionais existentes e, entre eles, estão os riscos biológicos que
são propiciadores de infecções agudas e crónicas causadas por vírus, fungos e bactérias; tem sido
responsáveis pelo aparecimento de doenças e acidentes do trabalho, os principais geradores de
insalubridade e periculosidade aos mesmos.

Os riscos físicos encontram-se representados pelos ruídos, vibrações, temperatura ambiental,


iluminação e electricidade. Os psicossociais relacionam-se, principalmente ao controlo dos
trabalhadores com a chefia, paciente e com as comunidades; os químicos reportam o uso de
numerosos compostos, que podem levar os trabalhadores a apresentar varias reacções; os agentes
anti-ergonómicos, de natureza Bio-psicossocial, podem produzir desequilíbrio no processo de
adaptação do homem ao trabalho e encontram-se associados a movimentação, posturas
prolongadas e inadequada e flexões frequentes da coluna. Portanto, a falta de segurança que os
trabalhadores vivenciam é evidente (Bulhões, 1994).

A via respiratória constitui uma porta de entrada para várias doenças transmitidas através do ar e
dos perdigotos, como a varicela e a tuberculose. Pode haver também a transmissão ocupacional
de hepatite B e C e a transmissão de conjuntivite, a via ocular é a mais rara, podendo ser uma via
de penetração para o vírus de tracoma (Bulhões, 1994).
9

Os agentes biológicos que podem ameaçar a saúde do trabalhador são as bactérias, fungos,
bacilos parasitas, protozoários, vírus, entre outros. Esse risco pode acometer profissionais como
barbeiro e cabeleireiros através do contacto físico com portadores de doenças de sangue e
infecções de pele (Bauk,1985).

Os agentes físicos são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes, bem como ultra-som e infra-som. Esse agente pode causar
danos a pele, perda de visão, catarata, queimaduras e alterações no sistema imunológico
(Bauk,1985).

Os agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no


organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou que, pela natureza da actividade de exposição, possam ter contacto ou absorvidos
pelo organismo através da pele ou por ingestão podendo desencadear patologias cutâneas e
respiratórias (Bauk,1985).

Tais agentes possuem determinadas substâncias denominadas tóxicas por produzirem acção
nociva ao organismo quando absorvidas pelo mesmo (Bauk, 1985).

A tautologia estuda a acção nociva das substâncias químicas sobre os tecidos biológicos (Bauk,
1985).

Estes agentes penetram no organismo através de várias portas de entrada e, após sua absorção,
exercem sua acção da mesma forma em que penetram, ou nos derivados em que se transformam.
O mecanismo pelo qual exercem acção no organismo humano varia de acordo com a natureza do
agente. O organismo, por sua vez, por meio de reacções metabólicas, procura abolir ou reduzir a
acção do tóxico. As vias habituais de penetração desses agentes no organismo são as seguintes:
via cutânea, digestivas e respiratórias. Em decorrência dessas vias de penetração dos agentes, o
controlo de patogenia das doenças profissionais faz-se, no meio ambiente, pela verificação no
limite da tolerância nas tabelas que fornecem as concentrações máximas permissíveis. Os fumos
10

e poeiras metálicas que penetram pela via respiratória, passando através das paredes alveolares
entram na corrente sanguínea e são absorvidos. Os tóxicos que penetram no organismo pela via
digestiva encontram uma barreira na função anti-tóxica do fígado e, quando a cota é elevada e
constante, aquela função torna-se insuficiente para deter o tóxico que penetra na circulação geral
(Bauk, 1985).

Os gases asfixiantes químicos agem como tóxicos sanguíneos impedindo o transporte de


oxigénio através da corrente sanguínea para os tecidos sendo a letalidade pode acontecer em
função da concentração do gás e do tempo da exposição (Bauk, 1985).

2.3.Promoção da saúde
A promoção da saúde é vista como um processo de capacitação das pessoas para aumentar o
controlo sobre a sua saúde, isto significa, aumentar o seu controlo sobre os factores pessoais,
sociais, económicos e ambientais - determinantes da saúde – que influenciam o status de saúde
dos indivíduos ou populações. Neste sentido, a promoção da saúde é um processo político e
social que representa uma abordagem compreensiva, com acções dirigidas para fortalecer as
competências e capacidades dos indivíduos e acções dirigidas para a mudança das condições
económicas, ambientais e sociais. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não
como objectivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos
sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas(Ottawa,1986).

É vital que a promoção da saúde evolua para fazer frente aos determinantes da saúde
(OTTAWA, 1986).

De acordo com JENSEN (1997), isto não significa que a informação relevante sobre os factores
que provocam doenças deverá ser retirada da educação para a saúde, pelo contrário, essa
informação deverá ser trazida para as discussões, tal como as visões e preferências dos próprios
alunos. Tais discussões equilibradas poderão ajudar a qualificar os produtores para fazerem
escolhas em relação à sua própria saúde.

As estratégias de promoção da saúde podem provocar e modificar estilos de vida assim como as
condições sociais, económicas e ambientais que determinam a saúde. As estratégias
recomendadas pela UNESCO para o desenvolvimento de competências de acção são: Discussão
11

em grupo, Trabalho de Grupo, Debate, Perguntas, Reflexão, Projectos e visitas de estudo


(MUCHANGOS, 2007).

Segundo Muchangos (2007) A discussão em grupo é apropriada para a discussão de um


determinado assunto, logo após a sua exposição. Ela permite que os participantes exponham suas
opiniões oralmente a respeito de determinado problema. Ajuda o participante a compreender as
questões, desenvolve a autoconfiança e a expressão oral. Quando se trata de assuntos polémicos,
a discussão em pequenos grupos estimula o desenvolvimento de relações positivas entre os
participantes.

2.4.Doenças Profissionais associadas a sector de estética


As eventuais doenças profissionais associadas a este sector são o eczema/Dermatose de contacto
alérgica, urticária, foto dermatose, doença pilonidalinterdigital, Paroníquia, onicólise; irritação
ocular/ conjuntivite; asma, doença pulmonar granulo matosa, Alveolite; cancros (bexiga, oro
faringe, pulmão); HIV e hepatites B e C; alterações Obstétricas (parto pré-termo, baixo peso ao
nascer e eventualmente aborto); síndroma do Túnel cárpica, tendinites e outras lesões músculo-
esqueléticas e Stress (Machado, 2014)

2.5.Mecanismo de higienização para estabelecimentos de beleza e estética


Desinfecção refere-se ao método capaz de eliminar a maior parte dos microrganismos
patogénicos, com excepção dos esporos (germe mais resistente). O tipo de desinfecção indicada
para os estabelecimentos de embelezamento é a desinfecção de médio nível, descrita a seguir:

Os desinfectantes de nível intermediário (isto é, álcoois, compostos de iodo, compostos


fenólicos) são usados para limpar superfícies ou instrumentos que há pouca probabilidade de
contaminação com esporos bacterianos e outros (Michael, 1997).

Esterilização é a destruição total de todos os microrganismos, incluindo as formas mais


resistentes como os esporos bacterianos, as micobactérias, os vírus não-envelopados e os fungos.
A esterilização pode ser obtida com o uso de esterilizantes físicos, vapores de gases ou
esterilizantes químicos (Michael, 1997).

Esterilização por calor húmido:

Autoclavagem
12

Filtração

Tindalização

Pasteurização

Esterilização por calor seco:

Esterilização Química

Irradiação

O tipo de esterilização indicado para estabelecimento de beleza é a pasteurização longa ou curta.


13

CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DE


RESULTADOS
Neste capítulo reservou-se aapresentação, análise, interpretação e discussão dos resultados
obtidos durante a pesquisa, usando a técnica de questionário.Faz-se uma análise qualitativa
através das informações colhidas através do questionário e análise documental, com o objectivo
de avaliar o nível de segurança ocupacional dos profissionais de salões de beleza do 14 o̱ e 15o̱
Bairro Manga.

3.1.Dados Sócio demográficos


Fazem parte desta, os dados relacionados com a faixa etária, o género e o nível de escolaridade
dos questionados, de acordo com a tabela abaixo.

Tabela 1: Dados Sócio demográficos

Variáveis [15-20] [21-25] [26; +∞]

Idade 5 4 11

Percentagem 25% 20% 55%

Sexo Homem Mulher

Questionados 13 7

Percentagem 65% 35%

Nível académico Elementar Básico Médio

Questionados 2 11 7

Percentagem 10% 55% 35%

Fonte: Autor (2019)

De acordo com a tabela acima, foram envolvidos no inquérito dessa pesquisa 20 profissionais de
beleza, nos quais a faixa etária varia de 18 anos a 35 anos. E olhando para o género verifica-se
mais homens do que mulheresnessa actividade com cerca de 65% no geral e quanto ao nível
académico, com a tabela pode-se aferir que a maioria dos inqueridos possuem nível básico com
uma percentagem de 55%.
14

3.2. Interpretação dos resultados do inquérito dirigido aos profissionais de salão de beleza.
Questão 1: Há quanto tempo você trabalha no salão de beleza?

Veja a resposta no gráfico a seguir.

Com Gráfico 1: Representa o tempo de trabalho dos profissionais de beleza. base no


gráfico, pode-se aferir que 8 dos inqueridos que correspondem a 40% afirmam estar a trabalhar
nesse ramo num período compreendido entre 1 a 3 anos, 2 deles que correspondem 10% afirmam
estar a trabalhar nesse ramo entre 3 a 5 anos, 9 deles que correspondem 45% afirmam estar a
trabalhar nesse ramo entre 10 a 15 anos enquanto somente 1dos inqueridos que corresponde a
5% afirma estar a trabalhar entre 15 a 20 anos.

Questão 2: Existem requisitos preconcebidos pelas entidades municipais para abertura de


um salão de beleza?

Veja a resposta no gráfico a seguir.


15

Gráfico 2:Resposta dos profissionais dos salões de beleza em relação a


existência de requisitos para abertura de salão de beleza
O gráfico 2, mostra que 40% dos profissionais inqueridos não sabem se existem requisitos
preconcebidos pelas entidades municipais para abertura de um salão de beleza, 60% deles
responderam que não existe nenhum requisito, as pessoas abrem salões quando bem entender.

Questão 3:Nos últimos doze meses, quantos novos salões viste a ser aberto?

Veja a resposta no gráfico a seguir.

Gráfico 3: Resposta dos questionados sobre o número de novos salões que viram ser
aberto nos últimos doze meses.
Com base no gráfico 3, pode-se aferir que dos 20 profissionais inqueridos, 16 profissionais de
beleza que correspondem a 80% afirmaram não terem visto nenhum salão de beleza a ser aberto
e 4 deles correspondentes a 20% afirmam ver entre 1 a 3 salões a serem abertos.

Questão 4:Nos últimos doze meses, quantos salões viste a ser fechado?

Veja a resposta no gráfico a seguir.

Gráfico 4: Resposta dos questionados em relação ao número de salões que


viram a ser fechado nos últimos doze meses.
16

Com base no gráfico acima, pode-se aferir que todos (100%) profissionais inqueridos não viram
nenhum salão de beleza a ser aberto no 14o̱e 15o̱ Bairro Manga - Posto Administrativo de
Inhamizua nos últimos doze meses.

Questão 5: Qual é a função que desempenhas no salão de beleza?

Veja a resposta no gráfico a seguir.

Gráfico 5: Resposta dos questionados em relação a função que desempenha no salão de


beleza?
Com base no gráfico 5, pode-se aferir que dos 20 profissionais de beleza inqueridos, 6 deles que
correspondem a 30% são cabeleireiros, 5deles que correspondem a 25% são barbeiros, 9 deles
que correspondem a 45% exercem todas funções.

Questão 6: Você tem uma formação profissional na área de beleza ou estética?

Veja a resposta no gráfico a seguir.

Gráfico 6: Resposta dos profissionais de beleza em ralação a existência de


uma formação profissional na área de beleza ou estética.
17

Com base no gráfico 6, pode-se aferir que a maioria dos profissionais, numa ordem de 70% não
têm formação profissional na área de beleza ou estética, e somente 30% responderam ter uma
formação na área de beleza ou estética.

7.Quais são as doenças que você acredita que pode adquirir ou desenvolver com o seu
trabalho?

Veja a resposta no gráfico a seguir.

Em resposta a questão acima


o gráfico 7, revela-nos
que, dos 20 profissionais
inqueridos, 4 deles que
correspondem a 20%
acreditam que podem
adquirir vírus de HIV com
Gráfico 7: Resposta dos questionados em relação as doenças
o seu trabalho, que eles acreditam que podem adquirir com o trabalho. 1 deles que
corresponde a 5% acredita que pode adquirir vírus de Hepatite B e C, 1 deles que corresponde a
5% acredita que pode ter alterações obstétricas com o seu trabalho, 1 deles que corresponde a 5%
acredita que pode adquirir o stress com o seu trabalho, 1 deles que corresponde a 5% acredita
que pode adquirir dermatoses com o seu trabalho, 5 deles que correspondem a 25% acreditam
que pode adquirir todas doenças que foram citadas com o seu trabalho e 7 deles que
correspondem a 35% acredita que pode adquirir a tuberculose com o seu trabalho, doença esta
que o autor não fez menção mas que pode se contrair trabalhando neste sector sem a divida
utilização de EPI.

8. De que doença sofreu acha que poderia estar relacionada com a sua actividade
profissional? Veja a resposta no gráfico a seguir.
18

O gráfico 8, revela as
doenças que os profissionais
tiveram que acham que
seja de origem ocupacional,
5 deles que
correspondem a 25%
Gráfico 8: Respostas dos questionados sobre as doenças que
tiveram Stress, tiveram e acham podem estar relacionada com a sua actividade 6 deles que
correspondem profissional a 30%
tiveram dermatoses
e 9 deles que
correspondem a 45% não tiveram nenhuma doença que acham que seja de origem ocupacional.

Questão 9: Durante 8 horas, por quanto tempo trabalhas de pé?

Veja a resposta no gráfico a seguir.

O gráfico 9, revela que dos


20 inqueridos somente 1 que
correspondea 5 % é que em 8
horas trabalha entre 3 a 5
horas de pé, enquanto 19
deles que correspondem
a 95% trabalham acima de 5
Gráfico 9: Resposta dos inqueridos em relação a tempo que
horas.
trabalham de pé.
10.Quais são os equipamentos de protecção individual que utiliza no teu salão de beleza?

Veja a resposta no gráfico a seguir.


19

Gráfico 10: Resposta dos inqueridos em relação aos equipamentos de


protecção individual que utilizam nos seus salões de beleza.

Segundo o gráfico 10, pode-se aferir que dos 20 inqueridos, 4deles que correspondem a 20%
utilizam luvas, 4 dos profissionais que correspondem a 20% utilizam mascaras, 9 deles que
correspondem a 45% não utilizam nenhum dos equipamentos de protecção individual e 3 deles
que correspondem a 15% utilizam todos equipamentos de protecção individual que o autor fez
menção.

Algo importante verificou-se nas visitas aos salões de beleza, os salões dos inqueridos que
afirmaram ter todos os EPI são salões muito sofisticados, e foi pouco difícil inquerir os
proprietários (as)por causa da demanda da clientela, isso coloca-nos a reflectir que quando mais
rigorosos forem os critérios de higiene haverá mais procura pelos serviços.

Durante a pesquisa notou-se que todos os inqueridos sabiam que os EPI são matérias de estrema
importância para a prevenção de inúmeras doenças, mas muitos deles não utilizam mascara
porque acham que de alguma forma cria desconforto ao respirar e quanto ao uso das luvas dizem
que escorrega ao pegar cabelo ou qualquer outro objecto de trabalho, e isso atrapalha o trabalho.

11.Quais são os equipamentos de protecção individual falta no teu salão de beleza?

Veja a resposta no gráfico a seguir.


20

Gráfico 11: Resposta dos inqueridos em relação aos equipamentos de protecção individual
que faltam nos seus salões de beleza.

Com o gráfico acima, pode-se aferir que dos 20 inqueridos, 3 deles que correspondema 15% tem
falta de luvas nos seus salões, 2 deles que correspondema 10% tem falta de sapatilhas, 1deles que
correspondem a 5% tem falta de mascaras no seu salão, 4 deles que correspondem a 20% tem
falta de sapatilhas, 3 deles que correspondem a 15% não tem falta de nenhum equipamento de
protecção individual que o autor fez menção e 7 deles que correspondem a 35% necessitam de
todos os equipamentos de protecção individual que o autor fez menção.

Com base nas análises feita pelo autor pode-se aferir que o uso de equipamentos de protecção
individual é negligenciado, porque EPI são matérias de fácil acesso e de baixo custo
comparativamente com outros materiais como secador por exemplo.

12.Que implicação terá a falta de uso de equipamentos de protecção individual?


21

Veja a resposta no gráfico a seguir.

Com base no gráfico 12,


pode-se aferir que dos 20
profissionais de beleza
inqueridos, 12 deles que
correspondem a 60%
acredita que a falta de uso
de equipamentos de protecção individual pode “agravar a possibilidade de contracção de doenças
Gráfico 12: Resposta dos inqueridos em relação as
respiratórias, oculares,
consequências de não uso de equipamentos de protecção
dermatológicas individual. e outras”. 1
Dos inqueridos que corresponde a 5% respondeu que” nada vai acontecer” e 7 dos inqueridos
que correspondem a 35%não sabem o que pode advir pela falta de uso de equipamentos de
protecção individual.

13. Quais são as normas de biossegurança que podem ser implantadas nos salões de beleza?
22

Veja a resposta no gráfico a seguir.

Gráfico 13: Resposta dos questionados em relação as normas de


biossegurança que podem ser implantadas nos salões de beleza.

Segundo o gráfico 13, dos 20 profissionais de beleza inqueridos, 3 deles que correspondem a
15% responderam que as normas de biossegurança implantadas no salão de beleza são “a
assepsia e esterilização de instrumentos críticos, semi-críticos e não críticos”. Dos inqueridos, 8
deles que correspondem a 40% responderam“o uso de equipamentos de protecção individual”, 1
deles que corresponde a 5% respondeu “a correcta gestão dos resíduos gerado pelo
estabelecimento”, 1dos inqueridos que corresponde a 5% apoiou “a higienização da mão e uso de
matérias descartáveis”, 6 dos 20 inqueridos que correspondem a 30% responderam “que todas
normas acima podem ser adoptada nos salões de beleza” e 1 dos 20 inqueridos que corresponde a
5%“disse que não sabe quais são as normas de biossegurança que pode ser implantadas no salão
de beleza”.

14.Como faz a desinfecção dos materiais não metálicos ou plásticos?


23

Veja a resposta no gráfico a seguir.

Como
ilustra o
gráfico 14,
dos 20
inqueridos
10 que

correspondem a 50% responderam que para desinfecção desse tipo de materiais usam água e
Gráfico 14:Resposta dos inqueridos em relação a maneira como desinfectam sabão para
os materiais não metálicos ou de plástico.
remoção de
cabelo e caspas, 8 deles correspondente a 40% responderam que lavam esse tipo de material com
água corrente e de seguida colocam álcool a 70% de forma a eliminar micróbios que podem
causar doenças, enquanto 2 dos 20 inqueridos que correspondema 10% respondeu que costuma
usar uma solução desinfectante que contenha composto de cloro ou cloro puro.

15.Como faz a esterilização dos instrumentos perfuro-cortantes (tesoura, pentes de


alumínio)?Veja a resposta no gráfico a seguir.
24

Segundo o gráfico
acima, pode-se
aferir que dos 20

Gráfico 15: Respostas dos inqueridos em relação a maneira como


esterilizam os instrumentos perfuro-cortantes

profissionais de beleza inqueridos 11 deles que correspondem a 55% responderam que para a
esterilização dos instrumentos perfuro-cortantes costumam usar uma solução desinfectante que
contem composto de cloro ou cloro puro, 3 dos inqueridos que correspondem a 15%
responderam que lavam com água e sabão.

Dos 20 dos inqueridos 6 deles que corresponde a 30%responderam que fazem a secagem e
colocam a ferver por 30 minuto no mínimo.

16.Que implicação terá se não higienizar de forma adequada os objectos que usas no
trabalho?Veja a resposta no gráfico a seguir.
25

Com o gráfico acima,


pode-se aferir que dos
20
profissionais de beleza
inqueridos, 8 dos
profissionais que
correspondema 40%
Gráfico 16: Resposta dos inqueridos em relação a implicância de
responderam não higienizar de forma adequada os objectos de usam no trabalho que se
não higienizar de forma adequada os objectos de trabalho a possibilidade de contrair doenças de
trabalho será maior.

Os restantes 12 inqueridos que correspondema 60% responderam que se não higienizar de forma
adequada os objectos que usam no trabalho os clientes podem se chatear pelas péssimas
condições de higiene e passar a frequentar outros salões de beleza.

3.3.Discussão dos resultados


26

Yoshida(2014) e Oliveira et al. (2014) Verificaram em seus estudos que a maioria dos
participantes (67,8% e 52% respectivamente) possuía o ensino médio completo, diferente da
presente pesquisa que da conta quea maioria (55%) possui nível básico.

Yoshida (2014) Constatou em sua pesquisa que 72% das profissionaisentrevistadas já haviam
realizado curso profissional na área de beleza ou estética, diferenciando-se dos resultados obtidos
no presente estudo que só 30% dos profissionais inqueridos já realizaram cursos profissionais na
área de beleza.

Segundo Dweck (1999) No aspecto legal do exercício profissional dos Estados Unidos, não há
uma regulamentação para os profissionais da beleza, mas apenas timidamente em alguns
municípios. Comprova-se, portanto, pouca exigência quanto à formação e qualificação em
instituições de ensino legalmente reconhecidas.

Um estudo realizado em Brasil aponta que na área de beleza não existe a obrigatoriedade para
apresentar algum tipo de certificação para iniciar as actividades de prestação de serviços, apesar
de isso constar na legislação de alguns municípios (Marília, 2006).

Este estudo vai de acordo com o estudo acima citado visto que dos20 profissionais de beleza
inqueridos, 60% afirmam que não existe requisito para abertura de salão, enquanto os restantes
40% não sabem se existem requisitos para abertura de salão de beleza.

O presente estudo também revela que o serviço de beleza ou estética vem aumentando de forma
ligeira visto que 20% dos profissionais inqueridos afirmam ver entre 1 a 3 salões a serem abertos
nos últimos doze meses e nenhum deles viu fechar salão algum nos últimos doze meses no 14o e
15o Bairro – posto Administrativo de Inhamizua.Com o crescimento dessas actividades e sem
uma devida inspecção sanitária, mais gentes estarão expostos a riscos próprios da actividade.

Estudo realizado para saber o nível de conhecimento dos profissionais de beleza sobre a
importância de utilização dos EPI, a população alvo (profissionais de beleza) quando
questionado sobre os EPI que utilizam, a maioradesão foi para às luvas (26%), seguido pelas
máscaras (13%) e apenas 9% utilizavam óculos de protecção e os restantes responderam que não
usavam nenhum material de protecção individual (52%) (OLIVEIRA, 2009).
27

Outro estudo realizado em Brasil sobre o conhecimento acerca de biossegurança entre manicures
e necessidade de educação em saúde, a população alvo (manicures) quando questionados sobre o
uso dos EPI, 63% responderam que usavam luvas, 3% responderam que usavam aventais, 26%
responderam que usavam máscaras e 8%óculos (Silva et al. 2016).

Com base nos dados colectados nesta pesquisa a maioria dos inqueridos que correspondem a
45% não utilizam nenhum tipo de equipamentos de protecção individual e só 15% dos inqueridos
utilizam todos os equipamentos de protecçãoindividual.Os EPI mais utilizados foram as luvas
(20%) e as mascaras (20%), dado este condizente com a literatura e as outras pesquisas, aferindo
que as luvas são EPI mais utilizados em salões de beleza.

Estudo realizado em Brasil sobre as doenças que os profissionais de beleza possam desenvolver
pelo trabalho, 22%dos entrevistados responderam lesão por esforço repetitivo/ doenças
osteomusculares relacionadas ao trabalho e 17% de forma genéricas doenças ósseas.

Neste estudo 20% dos inqueridos acreditam que pode adquirir o vírus de HIV com o seu
trabalho, 25% acreditam que podem adquirir todas doenças que o autor faz menção no
questionário (apêndice I) enquanto a maioria 35% acredita que só pode adquirir a tuberculose
com o seu trabalho.

Estudo realizado em Minas Gerais, com objectivo de realizar uma análise ergonómica do
trabalho em um salão de beleza do município de Viçosaapontou que 51% e 39% dos
profissionais de beleza entrevistados afirmavam ter uma jornadade oito horas diária e acima
disso respectivamente. O mesmo também aponta que a jornada se estende entre quinta-feira e
sábado, quando os salões recebem maior demanda de clientes (OLIVEIRA, 2009).

O presente estudo mostra estar em consonância com o estudo acima, visto que 95%dos
profissionais inqueridos trabalham de pé acima de 5 horas a cada 8 horas, onde a jornada
estende-se entre 6a feirae sábado, quando os salões recebem maior demanda de clientes.
28

3.3.1.Medidas de mitigação
Higiene pessoal

O asseio corporal é condição imprescindível para a manutenção do perfeito estado de saúde.

Os profissionais devem apresentar-se com:

• Roupas limpas;

• Unhas aparadas;

• Cabelos limpos e presos se forem longos;

Lavagem das mãos

Segundo Pereira et. Al.(2012) A lavagem correcta das mãos é uma das mais importantes medidas
utilizadas na diminuição da propagação de doenças. Esta lavagem tem a finalidade de livrar as
mãos da sujeira, removendo bactérias transitórias e residentes, pêlos, suor, oleosidade da pele, e
deverá ser feita antes e depois de atender cada cliente.

Os cabeleireiros devem adoptar este procedimento como um hábito e seguir as recomendações e


etapas para lavagem básica das mãos:

• Manter se possível, a água em temperatura agradável, já que a água quente ou muito fria
ressessa a pele. Usar de preferência sabão líquido;

• Ensaboar as mãos e friccioná-las em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações,


unhas e extremidades dos dedos;

• Enxaguar as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão.

Equipamentos de protecção individual

Segundo Pereira et. Al.(2012) Os equipamentos de protecção individual (E.P.I.) são “todo
dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador no
local de trabalho”.

São eles:
29

Protecção para a cabeça

Óculos - Devem ser usados para a protecção dos olhos, durante a manipulação de produtos
químicos. Exemplo: ao manipular tinturas e químicas para alisamentos (PERREIRA, 2012).

Máscaras - devem ser usadas contra gases (carvão activado) durante a manipulação de produtos
químicos, para evitar a inalação dos mesmos (PERREIRA, 2012).

Protecção para os membros superiores

Luvas - As luvas são de uso obrigatório nos procedimentos potencialmente invasivos, em que
exista risco de contacto com o sangue, no caso das actividades desempenhadas por manicuros,
pedicuros, dentre outros, devendo ser desprezadas após o uso em cada cliente.

Devem ser usadas, também, no contacto com produtos químicos de acção corrosiva, cáustica,
alérgica, tóxica e térmica (como por exemplo, as tinturas e as composições químicas para
alisamento de cabelos).

No caso da preparação de cera quente para depilação (quando manipulada em panela), devem ser
usadas luvas resistentes ao calor (couro) até a altura dos cotovelos, devido ao risco de
queimaduras (PERREIRA, 2012).

Protecção do tronco

Aventais - devem ser usados aventais impermeáveis, resistentes aos produtos químicos e ao
calor, capas e ou outras vestimentas para situações em que haja risco de lesões provocadas por
agentes químicos (ex: amónia, cloro, água oxigenada) (PERREIRA, 2012).

Protecção para membros inferiores

Sapatos - usar sapatos fechados, evitando o uso de chinelos (PERREIRA, 2012).


30

CAPÍTULOS IV: Conclusões, Recomendações, Sugestões e Limitações


No presente capítulo, irá se abordar acerca das conclusões que foram surgindo ao longo do
trabalho, conclusões estas obtidas das discussões entre os resultados do autor e resultados das
outras pesquisas, de modo a avaliar o nível de segurança ocupacional dos profissionais de salões
de beleza do 140̱ e 15o̱ Bairro Manga.

4.1.Conclusão
De acordo com as informações obtidas no presente estudo, foi possível concluir que o nível de
segurança ocupacional dos profissionais de salões de beleza do 14 o̱ e 15o̱Bairro Manga – Posto
Administrativo de Inhamizuaé insatisfatório ou mesmo baixo, visto que o sector não beneficia de
uma inspecção sanitária, não existem requisitos preconcebidos pelas entidades municipais para
abertura de um salão de beleza e essas actividades de busca de renda vai aumentando
gradativamente como se vê no gráfico 3.

Conclui-se que, as condições de trabalho dessesprofissionais são péssimas e deploráveis, visto


que a maioria não usam nenhum equipamento de protecção individual no exercício das
actividadese os possíveisimpactos na saúde são diversos, desde Hepatite B e C,HIV, tuberculose
e dermatoses.

Conclui-se que a informalidade está a constituir uma dificuldade extra na percepção dos riscos
para esses profissionais, visto que a falta de fiscalização faz com que muitas vezes o profissional
não tenha protecção adequada e/ou não siga as orientações de prevenção, se é que tenha.

Com a realização da pesquisa verifica-se que o nível de escolaridade que os profissionais de


beleza possuemé bom (55% e 35% nível básico e médio respectivamente), esperava-se por uma
adesão significativa dos EPI, mas apesquisaprovouque nem sempre o nível de escolaridade vai
ditar a conduta de um cidadão.
31

4.2. Recomendações
a) Aos profissionais dos salões de beleza:

 Recomenda-se que os profissionais de beleza se consciencializem para que aconteçam


mudanças em relação a sua conduta, passando a adoptarem medidas mínimas de
segurança no atendimento de todos os clientes, como forma de preservar a própria saúde
e da pessoa que está sendo atendida.
 Recomenda-se que os profissionais de beleza façamo uso de todos os EPI’s possíveis, que
optem por boa gestão dos resíduos gerados pelos estabelecimentos de beleza e criem
condições para obtenção de aparelhos (autoclave) mais eficazes para a esterilização dos
objectos críticos.

b) Aos Líderes Comunitários:

Recomenda-se que criem condições juntas do Conselho municipal para as campanhas de


sensibilização e adopção de critérios para abertura de um salão de beleza, visto que, se este
sector continuar a ser informal e não inspeccionadose tornará uma ameaça a saúde pública.

A consciencialização ou/e sensibilização pode ser feita por meio de palestras abertas,
demonstrações do uso dos equipamentos e até por meio da criação de cartazes explicativos.

4.3.Sugestões
Aqui o autor sugere aos futuros investigadores que pesquisem acerca do nível de segurança dos
utentes em relação aos riscos que podem estar a correr ao se fazer a um estabelecimento de
beleza sem mínimas condições de higiene e segurança, pensa-se que este feito poderá
complementar esta pesquisa.

4.4.Limitações
Tornou-se uma grande limitação a aquisição de artigos, monografias ou dissertações nacionais
que abordam sobre a temática, visto que seria de grande relevância para discussão de resultado.
32

5.Referências Bibliográfica
1. BAUK,D.A. Stress. Rev. Bras. Saúde ocupacional, São Paulo, v 13.1985.

2. BULHÕES, I. Riscos de trabalho de enfermagem. 2.ed. Rio de Janeiro. 1994.

3. CARTA DE OTTAWA, sobre promoção da saúde,1986.

4. CARAN, V. C. S. Riscos Psicossociais e Acesso moral no contexto acadêmico. Dissertação


(Mestrado) - Curso de Enfermagem, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2007.

5.CORTELLI, Andréia Ferreira Diniz. Procedimentos de biossegurança adoptados por


profissionais prestadores de serviços de manicure, pedicure, tatuagem, piercing e
maquiagemdefinitiva no município de Jacaréi – SP. 2012. Dissertação (Mestrado em Saúde
Pública). USP, São Paulo.

6. DWECK, R.H. A Beleza como variável econômica — reflexo nos mercados de trabalho e
debens e serviços.n. 618. 37p. 1999.

7. GARCIA, Leila Posenato& ZANETTI, Betina Giehl. Gerenciamento dos resíduos de


serviçosde saúde: uma questão de biossegurança.v.20, 2004.

8. LOPES, G.T.; SPINDOLA,T.; MATRINS, E.R.I. O adoecer em enfermagem segundo os


seus profissionais. REV.Enf.UERJ., Rio de Janeiro, v 4. 1996.

9. MACHADO, A. Riscos profissionais e suas consequências: uma análise no sector dos

Cabeleireiros. Tese de Mestrado em Psicologia. Especialização de Psicologia do Trabalho

e das Organizações. Universidade Católica Portuguesa. 2014.

10. MICHAEL, J. Pelczar, E.C.S.Chan, Noel R.Krieg - Microbiologia, conceitos e aplicações,


1997.

11. MOREIRA, A. C. A.; SILVA F. L.; at. al.Grau de informações dos profissionais de salões
de beleza sobre SIDA e Hepatite. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 2010.

12. MUCHANGOS, Aniceto; Educação Ambiental Fundamentos e Estratégias;Diname;


Maputo - Moçambique, 2007.
33

13. NUNES, E. L. S.; GROLLI, L. Requisitos para o desenvolvimento de um móvel


ergonômico para manicures. In: Anais do 12º Congresso Internacional de Ergonomia e
Usabilidade de Interfaces Humano-Computador. 12 a 16 de agosto 2012. Natal – RN – Brasil.

14. OLIVEIRA, Flávia Márcia. et al. Adesãoás medidas de Biossegurança Relacionadas á


Hepatite B por Manicures. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde. V.18,
2014.

15. PEREIRA, F.; MARCATTO, Maria. Manual de orientação para instalação e


funcionamento de instituto de beleza. São Paulo, 2012.

16. SILVA, Andressa Fernanda & SILVEIRA, Cristiane Aparecida.CONHECIMENTO


SOBRE BIOSSEGURANÇA ENTRE MANICURES: necessidade de educação em saúde.
2016.

17. VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Editora


Fiocruz; 1996.

18. YOSHIDA, Cecília Harumi. et al. Processo de Esterilização de instrumentais em


estabelecimentos comerciais com serviços de manicures e pedicuros. Acta Paulista de
Enfermagem. v. 27, 2014.
34

APÊNDICES
35

Apêndice 1: Questionário dirigido aos profissionais de beleza do 14o̱e 15o̱ Bairro - Posto
Administrativo de Inhamizua

Universidade Licungo

Questionário

O presente questionário é para fins académicos, e vai possibilitar a recolha de dados sobre o
tema: Avaliação do nível de segurança ocupacional dos profissionais de salões de beleza do 14 o̱ e
15o̱ Bairro Manga. Pedimos ao caro questionado para que responda com clareza, firmeza e sem
medo. Nas questões fechadas marca com X dentro de parênteses da opção que o identifica e
quanto as questões abertas é só relatar aquilo que sabes.

Grupo alvo: profissionais dos salões de beleza.

Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ). Idade ___ anos.

Estado civil: solteiro/a ( ) casado/a ( ) viúvo/a ( ) divorciado/a ( ).

Qual é o teu nível de escolarização? 1a a 5aclasse ( ) 6a a 7aclasse ( ) 8a a10a classe ( ) 11a a 12a
classe ( ) ensino superior ( ) Outro: __________________________________

Questões

1.Há quanto tempo você trabalha no salão de beleza? ( ) Menos de 1 ano ( ) Entre 1 e 3 anos
( ) Entre 3 e 5 anos ( ) Entre 5 e 10 anos ( ) Entre 10 e 15 anos ( ) Entre 15 e 20 anos
( ) Entre 20 e 25 anos ( ) Entre 25 e 30 anos ( ) Entre 35 e 40 anos ( ) Mais de 40 anos.
Quantos? ___ anos.

2.Existem requisitos preconcebidos pelas entidades municipais para abertura de um salão de


beleza?

Sim ( )

Não ( )

Não sei ( )
36

3. Nos últimos doze meses, quantos novos salões viste a ser aberto?

1a3( ) 4 a 6 ( )7 a 9 ( )10 ou mais ( ) Nenhum ( )

4. Nos últimos doze meses, quantos salões viste a ser fechado?

1a3( ) 4a6( ) 7a9( ) 10 ou mais( ) Nenhum ( )

5. Qual é a função que desempenha no salão de beleza?

Cabeleireiro ( ) Manicure ( ) Barbeiro( ) Pedicure ( ) Todas funções ( )

Outra: _______________________________________________________________

6. Você tem uma formação profissional na área de beleza? Não ( ) Sim ( ). Se sim, qual é?

_________________________________________________________________.

7.Quais são as doenças que você acredita que pode adquirir ou desenvolver com o seu trabalho?

Vírus de HIV ( )

Hepatite B e C ( )

Alterações obstétricas (eventual aborto) ( )

Stress ( )

Dermatose ( )

Todas acima citadas ( )

Outro: ______________________________________________________

8. De que doença sofreu acha que poderia estar relacionada com a sua actividade profissional?

Vírus de HIV ( ) Hepatite B e C ( ) Alterações obstétricas (eventual aborto) ( ) Stress ( )

Dermatose ( ) Nenhuma ( ) outro : _____________________


37

9. Durante 8horas, por quanto tempo trabalhas de pé?

Abaixo de 3 horas. ( ) Entre 3 a 5horas.( ) Acima de 5 horas. ( )

10. Quais são os equipamentos de protecção individual que utilizam no teu salão?

Luvas ( ) sapatilhas ( ) mascara ( ) óculos ( ) aventais ( ) Nenhum ( )

Todos acima citados. ( )

Outro: ______________________________________________________________

11. Quais os equipamentos de protecção individual faltam no teu salão?

Luvas ( ) sapatilhas ( ) mascara ( ) óculos ( ) aventais ( ) Nenhum ( )

Todos acima citados. ( ) Outro: ________________________________

12.Que implicação terá a falta de uso de equipamento de protecção individual?

Pode agravar a possibilidade de contrair doenças respiratórias, oculares, dermatológicas, etc. ( )

Nada vai acontecer. ( )

Não sei ( )

Outro: _______________________________________________________________________

13. Quais são as normas de Biossegurança que podem ser implantadas nos salões de beleza?

Assepsia e esterilização de instrumentos críticos, semi-críticos e não críticos. ( )

Uso dos Equipamentos de Protecção individual. ( )

Correcta gestão do resíduo gerado pelo estabelecimento. ()

Higienização das mãos e uso de materiais descartáveis. ( )

Todas opções acima citada. ( )


38

Não sei. ()

Outro: _______________________________________________________________________

14.Como faz a desinfecção dos materiais não metálicos ou plásticos (pentes, escovas, pincéis,
rolinhos)?

Lavo com água e sabão para remoção de cabelo e caspas. ( )

Lavo com água corrente, de seguida coloco álcool a 70%, de forma a eliminar micróbios que
podem causar doenças. ( )

Costumo usar uma solução desinfectante que contem composto de cloro (hipoclorito de sódio)
ou cloro puro.( )

Outro: ___________________________________________________________________

15. Como fazes a esterilização dos instrumentos perfuro-cortantes ou outros instrumentos


metálicos (tesouras, pentes de alumínio)?

Costumo usar uma solução desinfectante que contenha composto de cloro (hipoclorito de sódio)
ou cloro puro.( )

Lavo com água e sabão com o auxílio de escova que tenha cabo. ( )

Faço a secagem e coloco a ferver por 30 minuto no mínimo. ( )

Outro: ___________________________________________________________________

16.Que implicação terá se não higienizar de forma adequada os objectos que usa no trabalho?

A possibilidade de contrair doenças de trabalho será maior. ( )

Os clientes podem se chatear pelas péssimas condições de higiene e passar a frequentar outros
salões. ( ) Outro: ___________________________________________________________
39

Apêndice 2: Cronogramas das actividades


Tabela 2: Cronogramas das actividades

Fase Actividades Período

Preparação Levantamento do projecto de pesquisa. Dezembro de 2018

Execução Montagem do projecto de pesquisa. Março e Maio de


2019

Tratamento estatístico Colecta de dados através do questionário. Junho de 2019

Análise e interpretação de Leitura dos dados colhidos e a sua respectiva Junho e Julho de
dados análise. 2019

Apresentação do relatório Apresentação e entrega de relatório final ao Agosto de 2019


final ao supervisor. supervisor.

Fonte: autor 2019


Albino Luís Bia 40

Avaliação do nível de segurança ocupacional dos profissionais de salões de beleza – estudo de


caso 14o̱ e 15o̱ Bairro Manga, posto Administrativo de Inhamizua.

Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitação em Ensino de Química

Universidade Licungo

Beira

2019
41

Albino Luís Bia

Avaliação do nível de segurança ocupacional dos profissionais de salões de beleza – estudo de


caso 14o̱ e 15o̱ Bairro Manga, posto Administrativo de Inhamizua.

Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitação em Ensino de Química

Monografia Científica apresentada ao Departamento de


Ciências Naturais e Matemática, curso de Biologia, para
a obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de
Biologia com habilitação em Ensino de Química.

Supervisora:

Msc. Arminda Uachisso

Universidade Licungo

Beira

2019

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