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LISTA HUMANISMO

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Vem um Sapateiro com seu avental e carregado de formas,


chega ao 1batel infernal, e diz:
Hou da barca!
Diabo – Quem vem aí?
Santo sapateiro honrado,
como vens tão carregado?
Sapateiro – Mandaram-me vir assi...
Mas para onde é a viagem?
Diabo – Para a terra dos danados.
Sapateiro – E os que morrem confessados
onde têm sua passagem?
Diabo – Não cures de mais linguagem!
que esta é tua barca, esta!
Sapateiro – Renegaria eu da festa
e da barca e da barcagem!
Como poderá isso ser, confessado e comungado?
Diabo – Tu morreste excomungado,
não no quiseste dizer.
Esperavas de viver;
calaste dez mil enganos,
tu roubaste bem trinta anos
o povo com teu mister.
Embarca, pobre de ti,
que há já muito que te espero!
Sapateiro – Pois digo-te que não quero!
Diabo – Que te pese, hás de ir, si, si!

(Gil Vicente. Auto da Barca do Inferno. Adaptado.)

batel: pequena embarcação.


1

1. O texto transcrito de Gil Vicente assume caráter

a) moralizante, uma vez que traz explícita crítica aos costumes do personagem.
b) educativo, pois o personagem reconhece seu erro e, ao final, é perdoado.
c) humorístico, com intenção de entreter mais do que condenar comportamentos.
d) doutrinário, considerando a devoção do personagem à religião quando em vida.
e) edificante, já que o comportamento do personagem se torna exemplo a seguir.

2. Na situação apresentada, o sapateiro

a) espanta-se com a ideia de ir para o inferno, mas o diabo admite que não pode levá-lo por ter
sido um homem cristão em vida.
b) opõe-se à ideia de ir para o inferno, alegando que fora religioso em vida, mas o diabo o
relembra dos pecados cometidos.
c) mostra entusiasmo por seguir na embarcação do diabo e reconhece que, mesmo tendo sido
religioso, acha justa a punição.
d) sujeita-se à ordem do diabo e toma lugar em sua embarcação, com a esperança de que sua
disposição para o trabalho ainda possa salvá-lo.
e) confronta o diabo, considerando que este possa se intimidar ao descobrir que fora um
homem religioso em vida.
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3. Leia as estrofes abaixo, que se referem a uma peça teatral de Gil Vicente.

[...]

Renego deste lavrar


E do primeiro que o usou;
Ó diabo que o eu dou,
Que tão mau é d’aturar.
Oh Jesus! Que enfadamento,
E que raiva e que tormento,
Que cegueira, e que canseira!
Eu hei de buscar maneira
D’algum outro aviamento.

Coitada, assi hei de estar


Encerrada nesta casa
Como panela sem asa,
Que sempre está num lugar?
E assi hão de ser logrados
Dous dias amargurados,
Que eu possa durar viva?
E assim hei de estar cativa
Em poder de desfiados?

[...]

Assinale a alternativa correta acerca da obra a que estas estrofes pertencem.

a) As estrofes apresentadas referem-se à peça teatral Auto da Barca do Purgatório, em que a


personagem principal é encarregada de conduzir as almas ao destino apropriado, após a
morte. Pode-se observar que, nesta obra, a característica do Humanismo predominante é o
antropocentrismo.
b) As estrofes apresentadas referem-se à peça teatral Auto da Barca do Inferno; as cenas
ocorrem à margem de um rio, onde estão ancorados dois barcos: um é dirigido por um anjo
e o outro é dirigido pelo diabo. Pode-se depreender que esta obra apresenta uma
característica bem marcante do Humanismo: as decisões do homem prevalecem e o
indivíduo possui em vida livre-arbítrio.
c) Farsa de Inês Pereira é o título dado à peça, cujas estrofes foram apresentadas. Esta peça,
considerada a mais humanista de Gil Vicente, retrata o comportamento amoral da
degradante sociedade da época; os versos correspondem às falas de Inês, uma moça
insatisfeita ao se ocupar das prendas domésticas.
d) O nome da peça cujas estrofes foram apresentadas é Breve sumário da história de Deus,
obra em que Gil Vicente reafirma a certeza quanto à existência do inferno e ressalta uma
importante característica do Humanismo: a demonstração da figura humana e suas
expressões.
e) As estrofes apresentadas foram extraídas da seguinte obra de Gil Vicente: O velho da horta,
peça de enredo, na qual se desenvolve uma ação contínua e encadeada em torno de um
episódio extraído da vida real, em que a individualidade, característica do Humanismo, é
valorizada.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do
escritor português Gil Vicente (1465?-1536?). A peça prefigura o destino das almas que
chegam a um braço de mar onde se encontram duas barcas (embarcações): uma destinada ao
Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.
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Vem um Frade com uma Moça pela mão […]; e ele mesmo fazendo a 1baixa começou a
dançar, dizendo

Frade: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;


Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha!
Diabo: Que é isso, padre? Quem vai lá?
Frade: 2Deo gratias! Sou cortesão.
Diabo: Danças também o 3tordião?
Frade: Por que não? Vê como sei.
Diabo: Pois entrai, eu 4tangerei
e faremos um serão.
E essa dama, porventura?
Frade: Por minha a tenho eu,
e sempre a tive de meu.
Diabo: Fizeste bem, que é lindura!
Não vos punham lá censura
no vosso convento santo?
Frade: E eles fazem outro tanto!
Diabo: Que preciosa 5clausura!
Entrai, padre reverendo!
Frade: Para onde levais gente?
Diabo: Para aquele fogo ardente
que não temestes vivendo.
Frade: Juro a Deus que não te entendo!
E este 6hábito não me 7val?
Diabo: Gentil padre 8mundanal,
a Belzebu vos encomendo!
Frade: Corpo de Deus consagrado!
Pela fé de Jesus Cristo,
que eu não posso entender isto!
Eu hei de ser condenado?
Um padre tão namorado
e tanto dado à virtude?
Assim Deus me dê saúde,
que eu estou maravilhado!
Diabo: Não façamos mais 9detença
embarcai e partiremos;
tomareis um par de remos.
Frade: Não ficou isso na 10avença.
Diabo: Pois dada está já a sentença!
Frade: Por Deus! Essa seria ela?
Não vai em tal caravela
minha senhora Florença?
Como? Por ser namorado
e folgar c’uma mulher?
Se há um frade de perder,
com tanto salmo rezado?!
Diabo: Ora estás bem arranjado!
Frade: Mas estás tu bem servido.
Diabo: Devoto padre e marido,
haveis de ser cá 11pingado…

(Auto da Barca do Inferno, 2007.)

1
baixa: dança popular no século XVI.
2
Deo gratias: graças a Deus.
3
tordião: outra dança popular no século XVI.
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4
tanger: fazer soar um instrumento.
5
clausura: convento.
6
hábito: traje religioso.
7
val: vale.
8
mundanal: mundano.
9
detença: demora.
10
avença: acordo.
11
ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginário popular,
processo de tortura que ocorreria no inferno).

4. Assinale a alternativa cuja máxima está em conformidade com o excerto e com a proposta
do teatro de Gil Vicente.

a) “O riso é abundante na boca dos tolos.”


b) “A religião é o ópio do povo.”
c) “Pelo riso, corrigem-se os costumes.”
d) “De boas intenções, o inferno está cheio.”
e) “O homem é o único animal que ri dos outros.”

5. Considere o trecho para responder à questão.

No final do século XV, a Europa passava por grandes mudanças provocadas por invenções
como a bússola, pela expansão marítima que incrementou a indústria naval e o
desenvolvimento do comércio com a substituição da economia de subsistência, levando a
agricultura a se tornar mais intensiva e regular. Deu-se o crescimento urbano, especialmente
das cidades portuárias, o florescimento de pequenas indústrias e todas as demais mudanças
econômicas do mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia.

Tomando-se por base o contexto histórico da época e os conhecimentos a respeito do


Humanismo, marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso e assinale a alternativa correta.

( ) O Humanismo é o nome que se dá à produção escrita e literária do final da Idade Média e


início da moderna, ou seja, parte do século XV e início do XVI.
( ) Fernão Lopes é um importante prosador do Humanismo português. Destacam-se entre
suas obras: Crônica Del-Rei D. Pedro I, Crônica Del-Rei Fernando e Crônica de El-Rei D.
João.
( ) Gil Vicente é um importante autor do teatro português e suas principais obras são: Auto
da Barca do Inferno e Farsa de Inês Pereira.
( ) Gil Vicente é um autor não reconhecido em Portugal, em virtude de sua prosa e
documentação histórica não participarem da cultura portuguesa.
a) V, V, V, F.
b) V, F, V, V.
c) F, V, V, F.
d) V, V, F, F.
e) V, F, F, V.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Chicó – 3Por que essa raiva dela?

João Grilo – Ó homem sem vergonha! Você inda pergunta? 5Está esquecido de que ela o
deixou? Está esquecido da exploração que eles fazem conosco naquela padaria do inferno?
Pensam que são o cão só porque enriqueceram, mas 4um dia hão de pagar. E a raiva que eu
tenho é 3porque quando estava doente, me acabando em cima de uma cama, via passar o
prato de comida 6que ela mandava para o cachorro. Até carne passada na manteiga tinha.
Para mim nada, João Grilo 6que se danasse. Um dia eu me vingo.
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Chicó – João, 1deixe de ser vingativo que 2você se desgraça. Qualquer dia você inda se mete
numa embrulhada séria.

Ariano Suassuna, Auto da Compadecida

6. Considere as seguintes afirmações.

I. O texto de Ariano Suassuna recupera aspectos da tradição dramática medieval, afastando-


se, portanto, da estética clássica de origem greco-romana.
II. A palavra Auto, no título do texto, por si só sugere que se trata de peça teatral de tradição
popular, aspecto confirmado pela caracterização das personagens.
III. O teor crítico da fala da personagem, entre outros aspectos, remete ao teatro humanista de
Gil Vicente, autor de vários autos, como, por exemplo, o Auto da barca do inferno.

Assinale:

a) se todas estiverem corretas.


b) se apenas I e II estiverem corretas.
c) se apenas II estiver correta.
d) se apenas II e III estiverem corretas.
e) se todas estiverem incorretas.

7. Gil Vicente escreveu o Auto da Barca do Inferno em 1517, no momento em que eclodia na
Alemanha a Reforma Protestante, com a crítica veemente de Lutero ao mau clero dominante
na igreja. Nesta obra, há a figura do frade, severamente censurado como um sacerdote
negligente. Indique a alternativa cujo conteúdo NÃO se presta a caracterizar, na referida peça,
os erros cometidos pelo religioso.

a) Não cumprir os votos de celibato, mantendo a concubina Florença.


b) Entregar-se a práticas mundanas, como a dança.
c) Praticar esgrima e usar armamentos de guerra, proibidos aos clérigos.
d) Transformar a religião em manifestação formal, ao automatizar os ritos litúrgicos.
e) Praticar a avareza como cúmplice do fidalgo, e a exploração da prostituição em parceria com
a alcoviteira.

8. Gil Vicente, criador do teatro português, realizou uma obra eminentemente popular. Seu
Auto da Barca do Inferno, encenado em 1517, apresenta, entre outras características, a de
pertencer ao teatro religioso alegórico. Tal classificação justifica-se por
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a) ser um teatro de louvor e litúrgico em que o sagrado é plenamente respeitado.


b) não se identificar com a postura anticlerical, já que considera a igreja uma instituição
modelar e virtuosa.
c) apresentar estrutura baseada no maniqueísmo cristão, que divide o mundo entre o Bem e o
Mal, e na correlação entre a recompensa e o castigo.
d) apresentar temas profanos e sagrados e revelar-se radicalmente contra o catolicismo e a
instituição religiosa.
e) aceitar a hipocrisia do clero e, criticamente, justificá-la em nome da fé cristã.

9. O teatro de Gil Vicente caracteriza-se por ser fundamentalmente popular. E essa


característica manifesta-se, particularmente, em sua linguagem poética, como ocorre no trecho
a seguir, de "O Auto da Barca do Inferno".

Ó Cavaleiros de Deus,
A vós estou esperando,
Que morrestes pelejando
Por Cristo, Senhor dos Céus!
Sois livres de todo o mal,
Mártires da Madre Igreja,
Que quem morre em tal peleja
Merece paz eternal.

No texto, fala final do Anjo, temos no conjunto dos versos

a) variação de ritmo e quebra de rimas.


b) ausência de ritmo e igualdade de rimas.
c) alternância de redondilha maior e menor e simetria de rimas.
d) redondilha menor e rimas opostas e emparelhadas.
e) igualdade de métrica e de esquemas das palavras que rimam.

10. Considerando a peça "Auto da Barca do Inferno" como um todo, indique a alternativa que
melhor se adapta à proposta do teatro vicentino.

a) Preso aos valores cristãos, Gil Vicente tem como objetivo alcançar a consciência do homem,
lembrando-lhe que tem uma alma para salvar.
b) As figuras do Anjo e do Diabo, apesar de alegóricas, não estabelecem a divisão
maniqueísta do mundo entre o Bem e o Mal.
c) As personagens comparecem nesta peça de Gil Vicente com o perfil que apresentavam na
terra, porém apenas o Onzeneiro e o Parvo portam os instrumentos de sua culpa.
d) Gil Vicente traça um quadro crítico da sociedade portuguesa da época, porém poupa, por
questões ideológicas e políticas, a Igreja e a Nobreza.
e) Entre as características próprias da dramaturgia de Gil Vicente, destaca-se o fato de ele
seguir rigorosamente as normas do teatro clássico.

11. A cena do embarque do frade Babriel é uma das mais importantes do "Auto da Barca do
Inferno", de Gil Vicente.
Numere as seguintes ações de Babriel de acordo com a ordem em que elas ocorrem na
referida cena.

( ) O frade utiliza-se do hábito na tentativa de alcançar a salvação.


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( ) O frade, ao se encontrar com o Diabo, está acompanhado de Florença.


( ) O frade dirige-se à Barca da Glória.
( ) O frade é recebido pelo parvo Joane.
( ) O frade, acompanhado da mulher, acolhe a sentença.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 2 - 1 - 4 - 3 - 5.
b) 3 - 4 - 2 - 5 - 1.
c) 2 - 1 - 3 - 4 - 5.
d) 5 - 3 - 2 - 1 - 4.
e) 5 - 2 - 3 - 4 - 1.

12. Em Farsa de Inês Pereira (1523), Gil Vicente apresenta uma donzela casadoura que se
lamenta das canseiras do trabalho doméstico e imagina casar-se com um homem discreto e
elegante. O trecho a seguir é a fala de Latão, um dos judeus que foi em busca do marido ideal
para Inês, dirigindo-se a ela:

"Foi a coisa de maneira,


tal friúra e tal canseira,
que trago as tripas maçadas;
assim me fadem boas fadas
que me soltou caganeira...
para vossa mercê ver
o que nos encomendou."

friúra: frieza, estado de quem está frio


maçadas: surradas
fadem: predizem
(VICENTE, Gil. "Farsa de Inês Pereira". 22a ed. São Paulo: Brasiliense, 1989. p. 95.)

Sobre o trecho, é correto afirmar:

a) Privilegia a visão racionalista da realidade por Gil Vicente, empregada pelo autor para
atender as necessidades do homem do Classicismo.
b) É escrito com perfeição formal e clareza de raciocínio, pelas quais Gil Vicente é considerado
um mestre renascentista.
c) Retrata uma cena grotesca em que se notam traços da cultura popular, o que não invalida a
inclusão de Gil Vicente entre os autores do Humanismo.
d) Sua linguagem é característica de um período já marcado pelo Renascimento, o que se
evidencia pela referência de Gil Vicente a figuras mitológicas clássicas, como as "boas
fadas".
e) Revela em Gil Vicente uma visão positiva do homem de fé que se liberta da doença pelo
recurso à divindade.

13. Diabo, Companheiro do Diabo, Anjo, Fidalgo, Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade,
Florença, Brísida Vaz, Judeu, Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros são
personagens de AUTO DA BARCA DO INFERNO, de Gil Vicente.
Analise as informações a seguir e selecione a alternativa incorreta, cujas características não
descrevam adequadamente a personagem.
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a) Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e usurádo; de tudo que juntara, nada leva para a
morte, ou melhor, leva a bolsa vazia.
b) Frade representa o clero decadente e é subjugado por suas fraquezas: mulher e esporte;
leva a amante e as armas de esgrima.
c) Diabo, capitão da barca do inferno, é quem apressa o embarque dos condenados; é
dissimulado e irônico.
d) Anjo, capitão da barca do céu, é quem elogia a morte pela fé; é austero e inflexível.
e) Corregedor representa a justiça e luta pela aplicação íntegra e exata das leis; leva papéis e
processos.

14. Na passagem da Idade Média para o Renascimento, dois escritores portugueses se


destacaram, por apresentar características que já previam uma nova tendência filosófica e
artística.

Trata-se de:

a) Fernão Lopes e Gil Vicente.


b) Camões e Bocage.
c) D. Dinis e Paio Soares de Taveirós.
d) Pe. Vieira e Gregório de Matos.
e) Garcia de Resende e Aires Teles.

15. Em relação a Gil Vicente, é incorreto dizer que

a) recebeu, no início de sua intensa atividade literária, influência de Juan del Encina.
b) sua primeira produção teatral foi "Auto dos Reis Magos".
c) suas obras se caracterizaram, antes de tudo, por serem primitivas e populares.
d) suas obras surgiram para entretenimento nos ambientes da corte portuguesa.
e) seu teatro caracterizou-se por observações satíricas às camadas sociais da época.

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