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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE CIÊNCIAS E TECNÓLOGA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

AGUINELIA LATAS

CELINA FERNANDO ABUJATE

ETA TITO OSCAR

ZITA ARMINDO SOZINHO

ZITA JOAQUIM XAVIER

CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES MONTANHOSAS

Quelimane

2023
AGUINELIA LATAS

CELINA FERNANDO ABUJATE

ETA TITO OSCAR

ZITA ARMINDO SOZINHO

ZITA JOAQUIM XAVIER

CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES MONTANHOSAS

Trabalho de carácter avaliativo ser apresentando


na faculdade de Ciência se Tecnologia, no curso
de Licenciatura em ensino de Geografia, na
cadeira de Geografia Regional I, leccionado
pelo:

Dr. José Nicumua

Quelimane

2023
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Índice
1. Introdução ....................................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos ................................................................................................................................... 3
1.1.1. Gerais ...................................................................................................................................... 3
1.1.2. Específicos .............................................................................................................................. 3
1.2. Metodologias ............................................................................................................................... 3
2. Características das regiões montanhosa .......................................................................................... 4
2.1. Conceitos ..................................................................................................................................... 4
2.2. Zoneamento vertical .................................................................................................................... 4
2.3. Condições de formação do solo .................................................................................................. 5
2.4. O clima das regiões montanhosas ............................................................................................... 7
2.5. Características da flora e fauna nas regiões montanhosas ........................................................... 8
3. Conclusão ...................................................................................................................................... 11
4. Bibliografia ................................................................................................................................... 12
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1. Introdução

Montanha é uma forma de relevo, cuja principal característica é possuir altitude mais elevada
do que as áreas ao seu redor. Muitas montanhas e cadeias montanhosas são formadas a partir
do choque entre placas tectónicas, ou seja, por acção de agentes internos do relevo.
Montanhas deste tipo são conhecidas como montanhas de dobramentos ou montanhas jovens
e possuem altitudes elevadas.

Os territórios montanhosos, aparentemente, foram os primeiros a serem desenvolvidos na


terra, e a agricultura de montanha é uma das mais antigas. A agricultura moderna de
montanha (incluindo vales montanhosos e montanhas baixas dissecadas) é de grande
importância em muitos países. Os planaltos, por serem geralmente mais altos dos que as
planícies, apresentam o predomínio de processos erosivos. Isso quer dizer que o desgaste do
solo é maior do que o acúmulo de sedimentos, que costuma deslocar-se para áreas mais
baixas. Quase sempre os planaltos estão cercados por depressões relativas, tal como costuma
ocorrer no território brasileiro.

1.1.Objectivos
1.1.1. Gerais
 Compreender as características das regiões montanhosas.
1.1.2. Específicos
 Descrever as condições de formação do solo;
 Ilustrar as condições do clima; e
 Debruçar entorno de flora e fauna das regiões montanhosas.

1.2.Metodologias

Para a realização deste trabalho e para o alcance dos objectivos pretendidos, recorreu ‘se a
diversas pesquisas em artigos científicos, manuais, tomadas e notas e materiais já publicados.
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2. Características das regiões montanhosa


2.1.Conceitos

Esses ambientes são classificados segundo critérios de altitude, relevo relativo e declividade.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera que a elevação precisa estar a pelo
menos 300 metros acima do relevo médio circundante, considerando o raio de sete
quilómetros. No Brasil, ainda não há consenso na classificação das montanhas, (Pedro, 2014).

Fonte: Henriques, (2014).

Ambientes de montanha são ricos em fauna e flora, abrigam nascentes da maior parte dos
grandes rios, ocupam um quarto da superfície terrestre e são a base directa do sustento de 12
por cento da população mundial, segundo dados também das Nações Unidas, (Pedro, 2014).

São, por outro lado, considerados vulneráveis a mudanças climáticas, processos de


desflorestamento, instabilidade geológica e práticas agrícolas não adequadas que, por sua vez,
podem levar a inundações, deslizamentos de terra, erosões e perda da fertilidade dos solos,
com severas consequências sociais. Por isso, requerem maior rigor no estabelecimento de
critérios de planeamento das ocupações humanas e das actividades produtivas, (Pedro, 2014).

2.2.Zoneamento vertical

De particular importância nas questões da estrutura da cobertura do solo são os padrões de


zonalidade vertical nas montanhas. Pela primeira vez, VV Dokuchaev chamou a atenção para
essas regularidades, que, em artigos publicados em 1898-1899, dedicados à doutrina das
zonas naturais, apresentaram uma ideia sobre o exemplo do Cáucaso sobre a zonalidade
vertical dos solos nas montanhas. A zonalidade vertical deve ser entendida como a mudança
dos solos em função da altura da área, que está associada às mudanças climáticas e da
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vegetação. Assim como nas planícies na direcção latitudinal há uma mudança de zonas do
solo, nas regiões montanhosas, com a mudança da altura do terreno, as zonas do solo são
dispostas em forma de cinturões, (Gerasimov, 1986).

As zonas verticais do solo não são uma simples repetição das zonas latitudinais do solo. Eles
são muito encurtados, comprimidos e alguns deles geralmente caem. Este fenómeno é
chamado de interferência de zona. Um exemplo de interferência é a ausência na
Transcaucásia do Sul entre solos de castanheiros de montanha-estepe e solos de prados de
montanha não apenas de floresta de montanha, mas também de chernozems de montanha.
Todos os solos de montanha são caracterizados por um perfil encurtado e seus horizontes
genéticos. Uma característica distintiva dos solos de montanha é a sua natureza esquelética -
pedregosa ou cascalho. Às vezes, com a altura do terreno, a mudança sucessiva dos solos é
perturbada. O fenómeno de ocorrência reversa, ou "errada", de solos é chamado de inversão
de zonas de solo, (Gerasimov, 1986).

Um exemplo de inversão é a Transcaucásia do Sul, onde os chernozems das montanhas (por


exemplo, a estepe Loi) ficam acima dos solos das florestas montanhosas. Ocorre que uma
zona de solo é introduzida em outra, o que se deve ou à exposição do talude, ou à penetração
de zonas de solo ao longo dos vales. rios de montanha. Essa mudança de uma zona para outra
é chamada de migração de zonas do solo. Um exemplo de tal anomalia é um movimento
ascendente significativo de solos de florestas montanhosas nas encostas da exposição norte e
solos de estepes montanhosas ao longo das encostas sul, (Gerasimov I.P., 1986).

2.3.Condições de formação do solo

As condições de formação do solo em áreas montanhosas são muito diversas. A zonalidade


altitudinal é caracterizada principalmente por mudanças climáticas regulares. Com o aumento
da altitude, a temperatura média do ar diminui em média 0,5 ° C a cada 100 m. Com o
aumento da altitude, a quantidade de precipitação aumenta, a radiação solar total aumenta
humidade relativa ar. No clima de montanha, há contrastes mais acentuados nos ciclos diários
e sazonais do que nos solos correspondentes das planícies. O relevo das regiões montanhosas
é complexo. Está associado à história geológica dos sistemas montanhosos e às características
de suas rochas constituintes. características comuns relevo da montanha são sua dissecção
extremamente forte e variedade de formas. Os tipos de superfície dominantes nas montanhas
são encostas de várias formas, declividade e exposição, (Bogatyrev, 2002).
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O relevo provoca um forte desenvolvimento de processos de desnudamento de taludes, a


formação de intensos escoamentos geoquímicos laterais intrasolo e subsolo. Os processos de
denudação removem constantemente as camadas superiores dos produtos de intemperismo e
formação do solo e determinam a baixa espessura do perfil do solo. Assim, os solos de
montanha, por um lado, são constantemente enriquecidos com os produtos do intemperismo e
da formação do solo, por outro lado, são constantemente esgotados neles como resultado do
intenso fluxo geoquímico. (Bogatyrev, 2022).

No final dos anos 40 do século passado, de acordo com o plano de Stalin para a transformação
da natureza, foi planejado um conjunto de medidas para alterar o clima para garantir altos
rendimentos nas zonas de estepe e floresta-estepe da parte europeia da URSS. Por esta
resolução, a fim de superar o efeito prejudicial dos ventos secos sobre o rendimento das
culturas, proteger os solos férteis da degradação, melhorar o regime hídrico e condições
climáticas essas áreas previam a construção de oito pistas estaduais, (Pedro, 2014).

A água possui alta capacidade calorífica, portanto, tanto no território das próprias florestas
quanto nos espaços adjacentes a elas, forma-se um meso clima relativamente húmido que
afecta a biota circundante, incluindo os solos. Nesse sentido, há a necessidade de um estudo
abrangente do impacto dos cinturões florestais nos ecossistemas naturais. zona de estepe para
obter informações confiáveis sobre a determinação da área e uso racional do território do
ecótono - a zona de transição entre a floresta artificial e a estepe. De particular valor são os
estudos da influência de cinturões florestais perenes de várias fileiras em espaços adjacentes.
No território da região de Orenburg, esse cinturão florestal que atende a todos os requisitos
necessários é estendido a fragmentos do cinturão florestal estadual Monte Vishnevaya - o Mar
Cáspio, (Pedro, 2014).

É representado por cinturões florestais de seis fileiras, três dos quais localizados na margem
esquerda do rio. Ural e três - à direita, desenvolvimento dos solos de montanha depende da
estrutura do relevo, da distribuição fragmentária dos solos, da pedregosidade e da espessura
dos solos. Durante a actividade económica, a erosão do solo é claramente manifestada, são
formados fluxos de lama, deslizamentos de terra e avalanches de neve. Portanto, durante o seu
desenvolvimento, é necessário prever a organização ante erosão do território. Nas montanhas
baixas e contrafortes, a lavoura das plantações, os terraços nas encostas, as rotações de
culturas para protecção do solo, a agricultura em faixas são usadas, as operações de extracção
de madeira são simplificadas, a extracção de madeira é estritamente regulamentada, a
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extracção de madeira não é permitida em encostas íngremes e o trabalho de florestação é


realizado. O pastoreio de gado deve ser regulamentado em áreas montanhosas, (Pedro, 2014).

As áreas de montanha são caracterizadas por uma grande variedade de condições naturais nas
quais vários tipos de solos se desenvolvem. A cobertura do solo das montanhas é
caracterizada por uma mudança rápida e muitas vezes abrupta no espaço devido a mudanças
nas condições bioclimáticas. A formação e distribuição dos solos nas montanhas obedecem à
lei da zonalidade vertical (zonação) de V.V. Dokuchaev. O zoneamento vertical é entendido
como uma mudança regular de solos com mudança de altura (do sopé das montanhas até seus
picos). A faixa inferior de solos de montanha corresponde às condições da zona natural em
que as montanhas estão localizadas. O número e a sequência de cinturões em diferentes
sistemas de montanha são diferentes. Se as montanhas estão localizadas na zona taiga-
podzólica, então são formadas zonas de solos de montanha-podzólica e montanha-tundra.
Quando um sistema de montanha está localizado em uma zona desértica, solos cinzentos de
montanha, solos de castanheiro de montanha, chernozems de montanha, floresta de montanha
e solos de prado de montanha podem se formar em suas encostas do pé ao topo, (Pedro,
2014).

2.4.O clima das regiões montanhosas

De acordo com Henriques, (2010), clima de Montanha é aquele que ocorre nas regiões
marcadas pela presença de cadeias de montanhosas. Podemos encontrar este tipo de clima,
principalmente, nas seguintes regiões: Alpes (Europa), Montanhas Rochosas (Estados
Unidos), Cordilheira dos Andes (América do Sul), Cáucaso (sudeste da Europa), Himalaia
(Ásia). O clima de Montanha possui as seguintes características:

 A humidade relativa do ar é bem elevada no lado em que bate o vento: de 80 a 90%. Já


no lado em que não ocorre a incidência de vento, ela cai para cerca de 40%
 O índice pluviométrico varia de acordo com a localização geográfica. Em regiões
equatoriais e tropicais costuma chover entre 1500 e 2000 milímetros por ano. Já em
áreas de clima subtropical os índices ficam entre 300 e 1000 milímetros por ano;
 as áreas da montanha acima de dois mil metros de altitude, há presença de gelo
durante o ano todo. Nestas áreas, as temperaturas são baixíssimas, o ar é rarefeito
(pouca quantidade de oxigénio) e quase não há presença de vegetação ou vida animal.
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2.5.Características da flora e fauna nas regiões montanhosas

Uma das principais características das florestas de montanha é que elas recebem mais
radiação solar e isso afecta os tecidos das espécies vegetais e animais. Que têm de conseguir
suportar as condições adversas da natureza para se adaptarem totalmente ao ecossistema. No
processo de adaptação, a flora e a fauna recorrem a recursos como as folhas duras e grandes
das plantas que se encontram em altitudes mais elevadas e a pelagem espessa dos animais,
que lhes permitem resistir às baixas temperatura No bioma montanhoso, a gravidade auxilia
no escoamento da água da chuva, elemento essencial para a manutenção das espécies vegetais
e animais. Outro ponto a favor é a orientação da encosta, pois, como existem duas encostas
com orientações diferentes, a radiação solar as banha em diferentes horários do dia,
melhorando a variedade da flora existente, (Aguiar, 2008).

Fonte: OFEV/Markus Bolliger (2021).

A fauna das florestas montanhosas muda conforme estamos em clima temperado ou tropical,
o que, como veremos adiante, também ocorre com a flora. No clima temperado frio, os
habitantes são ursos negros, lobos e, como na Espanha, ursos pardos e abutres barbudos. Uma
ave de rapina que tem a característica de deixar cair sua presa de uma altura considerável para
quebrar seus ossos e sugar sua medula. Além disso, nas florestas caducifólias de clima
temperado encontramos o tetras, uma ave que pode medir 90 centímetros de comprimento,
com uma envergadura de 90 a 125 cm, que vive todo o ano na cordilheira cantábrica e só
come folhas de árvores e arbustos, (Aguiar, 2008).
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No ecossistema tropical montanhoso, encontraremos felinos como a onça, o tigre e o


leopardo, convivendo com pássaros, insectos, répteis e mamíferos não muito grandes. Assim
como acontece com a fauna, na floresta montanhosa de clima temperado, a vegetação muda à
medida que subimos, pois a radiação solar é maior e, ao contrário, a temperatura é menor.
Assim, nas áreas mais baixas há um maior desenvolvimento de árvores, enquanto nas áreas
mais altas o desenvolvimento é de arbustos e plantas herbáceas, justamente por isso, pelo
papel desempenhado pelo sol, (Monteiro, 2014).

Fonte: https://www.peritoanimal.com.br/animais-de-montanha-23960.html

Nas áreas mais baixas existem florestas de diferentes tipos, como floresta de coníferas e
floresta decídua; a conífera é o pai do pinheiro e do larício, para mencionar duas árvores
emblemáticas, e na decídua as espécies são as angiospermas, como a faia e a bétula. Mais
acima, nas terras altas, está a tundra alpina, que foi a mãe de gramíneas, rosas, musgos e
líquenes, onde não há grandes árvores, apenas arbustos. Não é o mesmo no ecossistema
montanhoso de clima tropical, onde as florestas húmidas e nubladas abundam com árvores
altas como a girantera caribensis, ou cucharo, ou a albizia carbonaria, conhecida como
carbonero, enquanto no páramo, em altitudes mais elevadas, só encontramos pastagens frias, ,
(Monteiro, 2014).
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Nas florestas montanhosas, as chuvas são abundantes, pois esses ecossistemas são um
obstáculo às correntes de ar quente que possuem uma boa carga de humidade. Que esfriam ao
subir a montanha. Quando a humidade se condensa, as nuvens se formam e então ocorre a
precipitação. Isso em algumas ocasiões pode ser neve, claro, dependendo da altura, (Monteiro,
2014).
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3. Conclusão

Conclui-se que Esses ambientes são classificados segundo critérios de altitude, relevo relativo
e declividade. A Organização das Nações Unidas (ONU) considera que a elevação precisa
estar a pelo menos 300 metros acima do relevo médio circundante, considerando o raio de
sete quilómetros. No Brasil, ainda não há consenso na classificação das
montanhas. Ambientes de montanha são ricos em fauna e flora, abrigam nascentes da maior
parte dos grandes rios, ocupam um quarto da superfície terrestre e são a base directa do
sustento de 12 por cento da população mundial, segundo dados também das Nações Unidas.

São, por outro lado, considerados vulneráveis a mudanças climáticas, processos de


desflorestamento, instabilidade geológica e práticas agrícolas não adequadas que, por sua vez,
podem levar a inundações, deslizamentos de terra, erosões e perda da fertilidade dos solos,
com severas consequências sociais. Por isso, requerem maior rigor no estabelecimento de
critérios de planeamento das ocupações humanas e das actividades produtivas.
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4. Bibliografia

Aguiar, J. V. (2008). Fauna e Flora nas Regiões Montanhosas: uma aproximação ao tema,
Lisboa, Apenas Livros.

Pedro, S. (2014). Características dos solos nas regiões de altitude. Lisboa: Edições 70, 2014.

Henriques, D. J. (2010). Clima da Regiões Montanhosas. Lisboa, Estampa

Monteiro, J. P. (2014). Características da Fauna e Flora nas montanhas: dimensões


internacionais. Lisboa: Edições.

Matos, P. (2012). Características da regiões montanhosas. 2a. ed. Lisboa: Editora do ICS.

Meneses, F. R. (2009). Salazar, uma biografia política, Lisboa, Dom Quixote.

Bogatyrev, F.G. (2002). Clima Relevo na Regiões Montanhosas. Lisboa, Imprensa Nacional
Casa da Moeda.

Gerasimov I.P. (1986). Formação dos solos nas regiões montanhosas. São Paulo

https://www.peritoanimal.com.br/animais-de-montanha-23960.html

www.OFEV/Markus.Bolliger. br (2021).

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