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Literatura Portuguesa
Projeto Individual de Leitura (PIL)
Amor de perdição
De Camilo Castelo Branco
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Índice
1-Introdução................................................................................................................................3
2-O Autor.....................................................................................................................................3
2.1-Biobibliografia do autor.....................................................................................................3
2.1.1-Infância, Juventude, Vida amorosa.............................................................................3
2.1.2-Vida Académica...........................................................................................................4
2.1.3-Fase final da sua vida..................................................................................................5
2.1.4-Doença e morte...........................................................................................................6
2.2-Principais obras..................................................................................................................7
2.2.1-A Queda dum Anjo......................................................................................................7
2.2.2-A Brasileira de Prazins.................................................................................................7
2.2.3-Coração, Cabeça e Estômago......................................................................................7
.............................................................................................................................................8
2.2.4-Amor de salvação........................................................................................................8
3-A Obra.......................................................................................................................................8
3.1-Razão de Escolha................................................................................................................8
3.2-Modo, Género e corrente literária do livro........................................................................9
3.3-Resumo da Obra/ temática e Organização.........................................................................9
3.3.1-Resumo da Obra..........................................................................................................9
3.3.2-Temática e organização.............................................................................................13
3.4-Principais Episódios da obra.............................................................................................13
3.4.1-A fuga de Simão........................................................................................................14
3.4.2-A Prissão de Simão....................................................................................................14
3.4.3-O casamento forçado de teresa..............................................................................15
4-Características Estilísticas........................................................................................................15
4.1-Análise formal da obra e suas Características Estilíticas...................................................15
5-Apreciação Crítica...................................................................................................................17
6-Conclusão................................................................................................................................18
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1-Introdução
2-O Autor
2.1-Biobibliografia do autor
2.1.1-Infância, Juventude, Vida amorosa
Camilo Castelo Branco nasceu em Lisboa no dia 16 de março de 1825. Seu pai,
Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco, era um homem de família modesta,
oriundo de uma pequena e recente burguesia trasmontana, no entanto a
identidade de sua mãe era desconhecida, provavelmente devido às origens
humildes da progenitora. Como resultado, Camilo foi registrado como filho de
mãe incógnita.
Infelizmente, a tragédia abateu-se sobre a vida de Camilo desde cedo. Aos dois
anos de idade, ele perdeu a mãe, e, pouco mais tarde, aos 10 anos, também
perdeu o pai. Então, por decisão do conselho de família, ele e sua irmã, Carolina,
foram morar em Vila Real, sob a guarda de sua tia paterna, Rita Emília.
Infelizmente, Rita não foi uma figura benévola para os dois órfãos, o que
contribuiu para uma infância triste, que mais tarde poderá explicar o desfecho
da vida de Camilo.
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Dois anos depois, com apenas 16 anos, Camilo se casou com Joaquina Pereira
da França, uma camponesa temporariamente encarregada das funções de
amanuense na cidade de Friúme, concelho de Ribeira de Pena. Infelizmente, o
casal lutava com frequência e se desentendeu, e menos de um ano após o
casamento, Camilo deixou a esposa grávida de uma filha para retornar à casa da
irmã.
2.1.2-Vida Académica
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De volta a Vila Real, Camilo não desistiu de encontrar seu caminho. A partir de
1848, estabeleceu-se no Porto com o objetivo de ganhar a vida como jornalista.
Mas Camilo não era apenas um escritor talentoso. Ele também era um homem
de paixões intensas e muitas vezes tumultuosas. Em um momento de fervor
religioso passageiro, ele se matriculou no Seminário da diocese com a intenção
de se ordenar em 1850, mas essa suposta vocação se apagou poucos meses
depois. Camilo voltou à sua vida aventureira como um romântico boêmio,
frequentando cafés, teatros, salões da nova burguesia do Porto e redações de
jornais.
Foi durante esse período que ele conheceu Ana Augusta Plácido, a mulher fatal
da sua vida, casada com o comerciante Manuel Pinheiro Alves, que retornou do
Brasil. Ana se tornou o objeto de uma paixão romântica desordenada de Camilo.
Seduzida e também apaixonada, Ana depois abandonou o marido e fugiu com
Camilo.
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O destino dos filhos trouxe para a alma de Camilo de Castelo Branco nuvens
negras de funestos presságios: Manuel entregou-se aos excessos de uma vida de
boemia e morreu prematuramente em 17 de setembro de 1877, após uma
falhada aventura comercial em Angola. Nuno seguiu-lhe o exemplo, numa
sucessão ininterrupta de aventuras, jogos e degradação, a que nem um
casamento de escândalo, patrocinado pelo pai, conseguiu pôr termo. Jorge, que
desde cedo dera inequívocos sinais de perturbação mental, mergulhou pouco a
pouco num estado de demência irrecuperável.
2.1.4-Doença e morte
Camilo Castelo Branco morreu em São Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão,
no dia 01 de junho de 1890, com 65 anos, causa de morte suicídio.
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2.2-Principais obras
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2.2.4-Amor de salvação
3-A Obra
3.1-Razão de Escolha
Escolhi o livro Amor de Perdição pois é, de fato, uma das obras mais
reconhecidas da literatura portuguesa e o livro mais conhecido da carreira de
Camilo Castelo Branco. É um romance considerado um dos marcos do
romantismo em Portugal.
O autor retrata com realismo a vida das classes média e alta, mostrando as
diferenças sociais e os preconceitos que permeavam a época, portanto ao ler a
obra vou aprimorar o meu conhecimento sobre a sociedade do século XIX
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3.3.1-Resumo da Obra
Domingos José Correia Botelho era um fidalgo não muito rico que teve a
prerrogativa e sorte última de se casar com a ilustríssima e formosa Rita Teresa
Margarida Preciosa. Esta senhora era a Dama da rainha de Portugal (a rainha D.
Maria, também conhecida no Brasil como Maria, a louca) vigente na época em
que começou a narrativa de Castelo Branco, por volta aproximadamente de
1779, seguindo, pois, suas respetivas sucessões temporais.
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É justamente perto desta data apontada acima que Domingos Correia era juiz de
fora da cidade de Cascais, mas posteriormente conseguiu transferência para Vila
Real, cidade onde nasceu. Seria bom e gratificante exercer o ofício na terra onde
foi concebido à vida, não fosse as incessantes e inoportunas reclamações de Rita
Teresa, ainda saudosa de seus luxos monárquicos da corte de Lisboa, luxos estes
que toda Dama do Paço usufrui e, estando em sincronia com suas perfeitas
sanidades mentais, jamais quer abdicar.
Apesar dos queixumes de Rita Teresa, o casal ainda conseguiu ter cinco filhos:
Manuel, Simão, Maria, Ana e Rita. Manuel era o mais velho dentre os meninos,
e Rita a mais nova dentre os rebentos femininos.
Foi-se feita mais uma transferência do casal, agora para a cidade de Viseu, mas
desta vez acrescida a uma promoção: Domingos Botelho tornou-se corregedor
desta cidade.
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O ferreiro tinha uma filha chamada Mariana, “moça de vinte e quatro anos,
formas bonitas, um rosto belo e triste”. Ela demonstrou, desde o início, total
disposição para ajudar Simão no que fosse preciso, passando, além de ajudar
Simão, também a admirá-lo e amá-lo. Mariana tinha um rosto melancólico
porque predizia tristezas que aconteceriam com Simão caso ele continuasse com
seu amor por Teresa, amor este obstruído por egoísmo e orgulho dos pais do
casal:
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Como consequência óbvia e imediata, Simão fora preso em Viseu após o fato, e
Teresa transferida para o convento de Monchique, na cidade do Porto.
O pai de Simão nada fazia para tentar tirar o filho da reclusão. Era bem possível
que se quisesse fazê-lo conseguiria relativo êxito, pois detinha o ofício de
corregedor, profissão essa de significativo estatuto e influência persuasiva nos
meios jurídicos da época. Mas, a despeito de tudo isso, Domingos Botelho
sempre negava e limitava-se sempre a dizer isso:
“─ Eu não determino nada. Faça de conta que o preso Simão não tem aqui
parente algum.”
Enfim, foi graças a um tio-avô de Simão, Antônio da Veiga, que o pai deste pôde
repensar sua atitude de não ajudar o filho a se livrar da prisão, este que
ameaçou se matar caso o pai não “mexesse seus pauzinhos” para tirar o filho da
forca. Infelizmente, tudo que o corregedor conseguiu foi a substituição do
cárcere pela deportação de dez anos do filho para o exílio na Índia.
Mariana decidiu ir com o amado ao exílio. Para ela não restava mais nada na
vida a não se o amor que sentia por Simão, já que o pai desta rapariga morrera
assassinado por um almocreve. Quanto a Teresa, ao saber da resolução do exílio,
enlouquecera. Não poderia imaginar Simão exilado por dez anos.
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“─ É já o meu espírito que te fala, Simão. A tua amiga morreu. A tua pobre
Teresa, à hora em que leres esta carta, se me Deus não engana, está em
descanso”.
Simão, tempos depois de ler a carta, e já com bastante febre provocada pelo
enjoo do mar, falecera no navio pedindo antes que Mariana atirasse todas as
cartas que recebera de Teresa ao mar.
É claro que Mariana fez tudo isso conforme seu amado pediu. Só um detalhe:
Mariana atirou ao mar algo mais que as cartas. Atirou ao mar si própria,
tentando desesperadamente encontrar ali o corpo cadavérico de Simão que lá
estava, arremessado pelos almirantes do navio às ondas do mar.
Mariana morrera, pois, abraçada com o corpo do fidalgo em alto mar.
É com este final trágico que Camilo Castelo Branco rematou Amor de Perdição
3.3.2-Temática e organização
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Este evento ocorre no início da história, quando Simão descobre que seu pai
planeja forçá-lo a se casar com Mariana, uma mulher que ele não ama. Simão se
sente sufocado pelas obrigações familiares e, ao mesmo tempo, sofre com a
paixão que sente por Teresa, uma jovem de uma família rival.
Para escapar de suas obrigações e tentar esquecer Teresa, Simão decide fugir
para o Brasil. Essa fuga pode ser interpretada como uma forma de Simão tentar
se livrar de uma realidade que o oprime e buscar um novo começo em um lugar
distante.
A prisão de Simão pode ser vista como uma consequência de suas ações
impulsivas e apaixonadas. Ele se envolve em uma briga sem pensar nas
consequências e acaba sendo condenado à prisão.
Além disso, a prisão também pode ser interpretada como uma metáfora para a
prisão emocional em que Simão se encontra, preso em seu amor por Teresa e
incapaz de se libertar dessa paixão proibida.
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Depois que Simão foi preso, Teresa é forçada a se casar com um homem rico e
importante, que representa a estabilidade financeira e social que sua família
busca.
4-Características Estilísticas
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5-Apreciação Crítica
Por fim, a obra também é importante do ponto de vista histórico, já que retrata
a sociedade portuguesa do século XIX e seus valores, crenças e costumes. É um
retrato fiel da época e permite ao leitor compreender melhor o contexto
histórico em que a história se passa.
Em resumo, Amor de Perdição é uma obra literária rica e complexa, que aborda
temas universais e traz uma mensagem importante sobre perseverança e
determinação. É uma leitura interessante tanto do ponto de vista literário
quanto histórico, e que certamente irá cativar e emocionar os leitores.
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6-Conclusão
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