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[Publicado em: Soares, Maria Luísa Couto et al.

(eds) 2009, Expressões da Analogia / Expressions


of Analogy. Actas / Proceedings, Lisboa: Colibri, pp. 185-192]

AINDA A ANALOGIA
(notas em torno da adequação descritiva e valor explicativo do conceito de
analogia em linguística histórica)

Maria Teresa Brocardo


Universidade Nova de Lisboa, Faculdade
de Ciências Sociais e Humanas

1. Introdução

O conceito de analogia, sendo, como é sabido, essencial na tradição de estudos


de linguística histórica, continua a ser recorrentemente invocado quando se trata de dar
conta de mudanças linguísticas em diferentes níveis de análise. Tradicionalmente, e
tendo como ponto de partida os estudos desenvolvidos pelos Neogramáticos, a analogia
é essencialmente definida em oposição à mudança 'fonética', pela sua 'irregularidade' ou
'assistematicidade'.1 Na verdade, só por oposição à irregularidade característica das
mudanças analógicas teriam os Neogramáticos chegado à definição de um princípio ou
'lei' da regularidade das mudanças fonéticas (Hock 1991: 167).
Em oposição ao carácter 'mecânico', insensível a todo o tipo de factores não
estritamente fonéticos, a analogia seria justamente condicionada por factores
'gramaticais', potencialmente envolvendo diferentes níveis de análise.
Apesar desta caracterização, é usual caracterizar como 'sistemáticos' os
processos de nivelação e de extensão analógicas, operando a primeira intra e a segunda
interparadigmaticamente. O parâmetro essencial na distinção decorrerá, portanto, da
noção de paradigma (conjunto de possíveis formas de uma dada palavra) no caso da
nivelação, dela resultando uma redução da alomorfia, tipicamente ao nível do radical,
afectando, pois, o constituinte de palavra que veicula o conteúdo ‘lexical’. Veja-se o

1
‘analogia’ terá começado por corresponder àquilo que hoje designaríamos regularidade sincrónica
(flexão), para passar a referir um fenómeno inerentemente irregular. Veja-se, no entanto, Hock (2003:
443-445) para mais dados sobre a história do termo em linguística.

1
exemplo da evolução da forma da segunda pessoa do plural do presente do indicativo de
ESSE para português antigo:

SUM > sõ (> são > sou)


ES > es
EST > e
SUMUS > somos
*SUTIS (e não ESTIS) > sodes (>sois)
SUNT > sõ (> são)

No caso da extensão analógica, o parâmetro definidor é o de padrão de relação


(entre formas de diferentes paradigmas), estando na base do seu estabelecimento, em
princípio, uma 'regra' produtiva, do tipo ‘regra (geral) de formação do plural’ ou ‘regra
(geral) de formação do feminino’, como nos exemplos, respectivamente, do inglês e do
português:

(sing.) book :(plur.) beek > books


(masc.) senhor: (fem.) senhor > senhora

Há igualmente redução de alomorfia, mas, neste caso, tipicamente, ao nível de


constituintes que veiculam conteúdo ‘gramatical’, logo com repercussões mais sensíveis
na estrutura do próprio sistema morfológico. Na verdade, alguns autores quando se
referem, em linguística histórica, a analogia, referem-se mais propriamente a extensão
analógica (ou ‘four-part analogy’ ou ‘proportion’).
Fácil será constatar a irregularidade típica da analogia, bastando para isso
assinalar os casos de formas de idêntica estrutura à da dos exemplos apresentados que
não sofreram mudança. Podemos também a este propósito invocar formas cuja
alteração, embora caracterizável como analógica, não permite a identificação tão clara
de uma relação paradigmática ou regra produtiva como possíveis factores de mudança.
Refiro-me a mudanças como a contaminação ou a etimologia popular, entre outros
processos explicitamente caracterizados por alguns autores como ‘não sistemáticos’
(Hock 1991: 189, McMahon 1994: 74, entre outros), visto decorrerem, tipicamente, da
relação entre formas isoladas. Como exemplo, temos a evolução da forma da primeira
pessoa do singular do presente do indicativo sõ, em português antigo (v. acima), que,
tendo chegado a ditongar em são, por evolução fonética, acabou por fixar-se na forma
sou, possivelmente contaminado por estou, do verbo estar.

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No extremo oposto, temos mudanças analógicas (quase) regulares, no sentido
em que afectam todos os elementos que constituem uma dada classe, ou seja, contra o
que é comportamento típico da analogia, todas as formas que são candidatas potenciais,
i.e., que têm a mesma estrutura morfo-fonológica, são afectadas pela mudança, o que
decorrerá da concorrência de factores intra e interparadigmáticos (Hock 1991: 179). Em
trabalhos anteriores (Brocardo 2002, 2006), propus esta análise para a mudança sofrida
em português pelos antigos particípios em –udo dos verbos da segunda conjugação, cuja
evolução para –ido (por exemplo, vençudo > vencido) terá sido determinada, quer pela
influência da terminação dos particípios de verbos da terceira conjugação (como
partido), quer pela influência do –i- que ocorria já dentro de cada paradigma em formas
de pretérito (como venci, vencia...).

2. Generalizações sobre processos analógicos vs. alternativas à noção de analogia

A irregularidade da analogia (o seu carácter não sistematizável e não predizível)


desde sempre foi objecto da atenção dos linguistas. Alguns procuraram delimitar de
forma mais rigorosa a noção, nomeadamente propondo restrições ou identificando
tendências das mudanças analógicas. Entre estas tentativas destacam-se as conhecidas
generalizações de Kuryłowicz (1945-1949) e Mańczak (1958). Enquanto o primeiro
define ‘leis’ que decorrem de uma organização estrutural da própria língua, o segundo
pretende antes identificar ‘tendências’ de natureza probabilística, inferíveis do seu uso
efectivo. Este contraste nas propostas dos dois linguistas, que decorre, portanto, de
diferentes perspectivas e opções teóricas e metodológicas, viria a ser interpretado por
Vincent (1974: 430) como relacionável com os conceitos chomskyanos de,
respectivamente, competência e performance.
Noutros casos, optou-se por propor a identificação de princípios (mais) gerais
que tornariam desnecessário recorrer (pelo menos explícita e centralmente) ao conceito
de analogia. Este caminho foi seguido por abordagens muito distintas em termos de
enquadramento teórico. Refira-se, como exemplo, King (1969), que propõe um
princípio de ‘simplificação da gramática’ que permitiria dar conta das mudanças
analógicas, prescindindo do conceito de analogia. Este tipo de análise viria, em
diferentes moldes, a ser retomada em trabalhos posteriores de Kiparsky (de que são
exemplo, dentro dos mais recentes, os de 2000 e 2005).

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Mas já em 1974 Vincent, no já referido artigo com o sugestivo título de
“Analogy reconsidered”, voltava a percorrer as clássicas generalizações de Kuryłowicz e
Mańczak sobre mudanças analógicas e analisava criticamente a proposta generativista
de King (1969). Entre as conclusões do seu trabalho, inclui a de que “(...) there is an
area of language change for the understanding of which some concept of analogy is
essential. This area has been called various names – analogy, false analogy, reanalysis,
abduction – which one may consider of greater or less felicity, but the problem is not
thereby eliminated.” (Vincent 1974: 436).

2.1. A proposta da Morfologia Natural

Noutra abordagem, diferentemente enquadrada, a Morfologia Natural, também a


noção de analogia fica relegada para segundo plano, visto que a definição de um
princípio geral de naturalidade, derivado dos parâmetros de iconicidade construcional,
transparência e uniformidade, supostamente tornará desnecessário recorrer ao conceito
de analogia. Neste modelo, no qual a diacronia tem um papel essencial apesar de não se
tratar de um modelo especificamente diacrónico, defende-se que a mudança
morfologicamente condicionada tenderá para um incremento de fenómenos
morfológicos 'mais naturais' ou 'menos marcados'. A naturalidade, sempre entendida
como relativa, de um dado fenómeno é determinada por uma combinação dos referidos
parâmetros, que são gerais (i.e. universais), e pela relação destes com parâmetros
específicos de cada língua. Quanto mais natural for um dado fenómeno morfológico em
relação a um dado parâmetro mais estável será, tendendo a resistir à mudança
morfológica, mas não a mudança de outro tipo, fonológica ou sintáctica (cf., por
exemplo, Dressler 2003).
Como pode, então, constatar-se, modelos teóricos inteiramente diferenciados, de
que referi apenas dois exemplos, partilharam, como objectivo ou como consequência, se
não a rejeição, pelo menos a não consideração da analogia como conceito central e
incontornável no tratamento de certos tipos de mudanças linguísticas, tradicionalmente
caracterizadas como analógicas.
Em suma, desde os Neogramáticos, pelo menos, tem estado em discussão, de
forma mais ou menos assumida, a adequação do conceito de analogia para dar conta de
diferentes tipos de mudanças assinalados interlinguisticamente. Vários autores
consideraram, explícita ou implicitamente, a analogia um conceito excessivamente

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vago, impreciso, pouco rigoroso – o que poderá até ser uma apreciação justa para certos
usos da classificação como ‘analógicos’ de processos insuficientemente caracterizados,
o que acontece em particular em trabalhos com objectivos mais estritamente descritivos
(em particular manuais, gramáticas, dicionários). Não deixa, apesar disso, de reaparecer
ciclicamente de forma mais ou menos central em discussões teóricas sobre a diacronia
linguística.

2.2. A proposta de Hock (2003)

Mais recentemente, vão surgir novas ‘reconsiderações’ em torno da analogia, de


que é exemplo a proposta generalizadora de Hock (2003).
O que se sugere é uma extensão da noção de mudança analógica de modo a
abarcar diferentes tipos de processos diacrónicos que habitualmente se enquadram em
descrições e / ou explicações centradas em factores condicionantes de outros tipos.
Visando superar a clássica oposição entre mudança ‘fonética’ (ou fonológica) e
mudança ‘analógica’ (ou ‘gramatical’), propõe o autor a definição de mudança
analógica em sentido lato, defendendo que se trata sempre da extensão de padrões
linguísticos, decorrendo a maior ou menor sistematicidade das mudanças ocorridas
apenas de uma delimitação diferenciada do seu domínio potencial de aplicação. Assim,
a mudança ‘fonética’ tende a ser regular porque a sua aplicabilidade não depende de
informação não fonético-fonológica, tal como as mudanças analógicas que envolvem
minimamente informação não fonológica (por exemplo, apenas fronteira de palavra)
tendem a ser (mais) regulares. Mudanças do tipo nivelação ou extensão analógica, que
têm probabilidade de aplicar-se a 'classes' extensas – classes flexionais e paradigmas
com muitos itens – são relativamente sistemáticas embora não regulares, enquanto
outras (contaminação) são esporádicas, pois só se aplicam a formas isoladas. As
mudanças mais esporádicas de todas são as mudanças semânticas (aqui limitadas a
mudanças do tipo extensão metafórica).
A hipótese de Hock parece, pois, vocacionada, mas de forma bastante limitada,
para tratar a questão da caracterização da mudança linguística em termos da sua
(ir)regularidade, não parecendo ultrapassar a questão da necessidade da sua definição
tipológica, nomeadamente na identificação de factores linguísticos condicionantes, cuja
identificação não dispensa e que, naturalmente, não poderá deixar de ser considerada
num tratamento coerente, em termos descritivos e explicativos, das mudanças concretas

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ocorridas nas histórias das línguas. Ou seja, mesmo aceitando a sugestão do autor de
que toda a mudança linguística é, num certo sentido, analógica, continuamos a ter de
recorrer a diferentes (sub)tipos de mudanças para o seu tratamento adequado. De resto,
o próprio autor começa por assumir o carácter não preditivo da sua hipótese,
nomeadamente no que respeita à determinação da produtividade de determinados
padrões morfológicos (Hock 2003: 455) e nesse aspecto não constituirá qualquer avanço
em relação a propostas anteriores, como a já referida da Morfologia Natural.

2.3. Analogia e gramaticalização

Numa outra vertente da investigação actualmente bastante explorada na


disciplina – a gramaticalização – tem vindo também a ser discutido por alguns autores o
papel da analogia como motivador, central ou marginal, de mudanças caracterizadas
como processos de gramaticalização. Críticos do trabalho desenvolvido nesta área (por
exemplo, Campbell 2001) sustentaram que alguns destes processos são deriváveis de
processos analógicos. A consequência seria, portanto, que não é necessário considerar a
gramaticalização como um processo independente para dar conta de diferentes tipos de
mudanças que são adequadamente descritas com base em noções já estabelecidas, entre
as quais a de analogia. Outros processos referidos são a reanálise, além de mudanças
definidas apenas em função de níveis de análise, como mudança fonética e mudança
semântica (cf. Campbell 2001: 117). Sendo assim, a gramaticalização teria, no máximo,
um valor heurístico, não sendo teórica ou explicativamente adequada.
Contra este tipo de críticas, por exemplo, Lehmann (2004: 159) reage
defendendo que só em certos casos a analogia condiciona a gramaticalização (“analogy
directs the course of grammaticalization”). Como exemplo, avança o da
gramaticalização do auxiliar em sufixo verbal na evolução do chamado futuro românico,
em que a evolução de sequências do tipo CANTARE HABEO, em latim, para cantarei,
chanterai... em romance, em vez da sequência verbal coexistente do tipo HABEO

CANTARE, foi coadjuvada pelo modelo analógico de categorias de tempo / aspecto /


modo expressas na posição pós tema verbal. Em casos deste tipo, a relação analógica
teria sido necessária para motivar o percurso específico do processo de gramaticalização
envolvido, mas não a gramaticalização de verbo de ‘posse’ em marcador de categorias
verbais. Além disso, defende o mesmo autor que uma motivação analógica estaria
ausente em muitos outros processos, que caracteriza como ‘pure grammaticalization’,

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entre os quais, por exemplo, os que viriam a dar origem a formas de artigo indefinido e
definido nas línguas românicas.
Limitar-me-ei aqui a notar que há, em meu entender, alguns pontos
insuficientemente aprofundados nesta discussão, e que se prendem justamente com a
própria noção de analogia. Contra os críticos, notaria que não pode colocar-se no
mesmo nível conceptual analogia e mudanças meramente definidas em função de um
dado nível de análise, quando o que se pretende pôr em causa é o valor explicativo de
um dado conceito. Se ‘gramaticalização’ não tem um valor explicativo, também o não
têm ‘mudança fonética’ ou ‘semântica’ ou, já agora, ‘analogia’, se não houver qualquer
outro enquadramento. Caracterizar uma mudança como analógica, sempre pressupõe
uma motivação, estabelecida a partir de uma relação entre formas ou estruturas – num
nível mais superficial ou mais abstracto – mas é necessário definir o que sustenta essa
relação, num dado nível de análise, ou melhor, na inter-relação de diferentes níveis.
Em contrapartida, se se sustenta que há apenas alguns tipos de gramaticalização
‘analogicamente condicionados’, será necessário determinar em que condições se
estabelece a motivação analógica, e em que condições ela está ausente.
Será também necessário esclarecer a relação entre analogia e reanálise, um
processo ao qual é atribuído papel central em diferentes abordagens desenvolvidas em
linguística histórica. A reanálise costuma distinguir-se da analogia por actuar ao nível
da alteração da estrutura gramatical e não da forma em si, mas é preciso notar que
pressupõe um modelo analógico para ser desencadeada (“Reanalyses are not creative,
but motivated by an analogical model.” Lehmann 2004: 160). O que nos leva a pensar
que a discussão só será coerente e profunda se se rediscutir, mais uma vez, a adequação
da noção de analogia nas várias vertentes da linguística histórica.
Não basta invocar a analogia como alternativa a diferentes propostas, mais ou
menos pretensamente gerais, sobre a mudança linguística, como se se ignorasse todas as
questões de fundo que a noção coloca e todo o esforço de aprofundamento dessas
questões que vem a ser desenvolvido em linguística histórica, desde as mais remotas
origens da disciplina. O que quero dizer é que não se pode tomar a analogia como um
‘dado’, uma espécie de primitivo (pré)teórico a que pode sempre recorrer-se. É
necessário esclarecer, numa dada teoria, se a noção tem ou não um papel no quadro
proposto, como e por que se integra ou não nesse quadro e, se a ela se recorre, como se
articula com outros princípios ou generalizações propostas, em que condições, etc.

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3. Conclusão

Em conclusão, permito-me sublinhar alguns pontos, como síntese de aspectos já


referidos por diferentes autores e em abordagens diferentemente enquadradas, de entre
os que entendo serem mais relevantes para a exploração do conceito de analogia em
linguística histórica.
A ocorrência, nas línguas, de processos caracterizáveis como analógicos
evidencia o estabelecimento de relações entre formas e estruturas, visto que é com base
nessas relações que a mudança é desencadeada. As relações em causa percorrem
diferentes níveis de análise – de fonológico a semântico – e são-lhes transversais:
tipicamente, uma mudança analógica altera a expressão / realização de ‘formas’ (ao
nível fonético-fonológico) decorrente da relação entre ‘significados’ (ao nível
gramatical). Neste sentido, a analogia aponta para diferentes tipos de motivação ou não
arbitrariedade nas relações entre formas e estruturas linguísticas.
A direcção dos processos analógicos evidencia quer factores de ordem mais
profunda ou abstracta (do domínio da gramática interiorizada), quer factores decorrentes
do uso efectivo da língua (que podem ser, pelo menos parcialmente, determinados por
factores extra-linguísticos) – como é sabido, a frequência de ocorrência de uma dada
forma é determinante para que seja ou não alvo de mudança analógica.
A direcção dos processos analógicos evidencia também a inter-relação de
factores de ordem geral, actuando interlinguisticamente, com factores específicos de um
dado sistema linguístico (como é defendido no quadro da Morfologia Natural a
propósito de ‘naturalidade’).
Finalmente, a analogia parece ser indispensável para ancorar a descrição /
explicação de diferentes processos diacrónicos, como a reanálise ou a gramaticalização,
visto que o estabelecimento de um modelo analógico parece ser determinante para a sua
ocorrência, pelo menos em algumas das suas instâncias (v. Kiparsky 2005, que propõe a
‘unificação’ de analogia e gramaticalização).
A aceitarem-se estes pontos, então o conceito de analogia tem, à partida, um
valor explicativo, no sentido em que a sua exploração nos vem permitindo avançar no
conhecimento do funcionamento da língua, nas suas várias vertentes.

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Referências
Brocardo, Maria Teresa (2002) "Sobre a mudança -udo > -ido nas formas de particípio
passado em português". In Mateus, Maria Helena e Clara Nunes Correia, (eds)
Saberes no Tempo. Homenagem a Maria Henriqueta Costa Campos, Revista da
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Acta Linguistica 5, pp. 17-34). Diachronica 12.1, pp. 113-145
Lehmann, Christian (2004) “Theory and method in grammaticalization”. Zeitschrift für
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McMahon, April M. S. (1994) Understanding Language Change. Cambridge:
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Vincent, Nigel (1974) “Analogy reconsidered”. In Anderson, J. M. e C. Jones (eds)
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