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FCSH|NOVA, 2022/2023, 2.

º semestre
TEORIA DO TEXTO – RECENSÃO CRÍTICA

Marcuschi, Luiz Antônio (2007) Cognição, Linguagem e Práticas Interacionais. Rio de Janeiro:
Coerência e Cognição Contigenciada, pp. 13-30.

O texto para objeto de recensão crítica consiste numa parte de um capítulo integrado
numa obra sobre cognição, linguagem e práticas interacionais, cujo objetivo é apresentar as
noções relativamente sobre coerência e cognição.
O texto, intitulado "Coerência e Cognição Contigenciada”, apresenta uma introdução
rápida ao ponto de vista do autor sobre a coerência presente nos diálogos entre amigos.
No inicio o autor abre uma discussão acerca das conversas informais e diz que não é
possivel identificar coerencia entre os falantes. Na questões de textos escritos Marcuschi diz
que a coerência não é algo que pode ser identificado localmente em um texto, mas conforme
uma atividade de processamento cognitivo construído. Coerência vista como dinâmica e não
estatico. Atravez desse ponto de vista podemos identificar que a coerência é vista como
mutavél e não existe uma definição prórpiamente dita.
Em continuação ao estudo do capitulo trabalhado, Marcushi divide em duas partes,
onde a primeira o autor trata sobre coerência e a segunda trata sobre cognição, em ambas o
mesmo apresenta diversos exemplos para clarificar suas considerações e tenta mostrar que
não é possivel ter uma noção representacional de coerência, mas que a ela passa a ser um
critério do processo textual, que é tida como uma “regra” que para ter um bom texto,
menciona que a coerência não é um requisito mas sim um desenvolvimento num movimento
de colaboração, que necessita ter sincronia.
Nas observações tratadas sobre coerencia o autor apresenta a definição e como é
utilizada em Linguistica do Texto e na Análise da Conversação e nela mostra três noções de
coerência, entre elas estão a noção estrutural, que trata sobre a construção de um texto e o
mesmo deve manter um padrão que deve ser claro e sucinto, noção inferencial, que está
relacionado ao conjunto de informações presente em um texto, o mesmo deve manter um
mesmo padrão de contexto e a noção interacional, que trata a coerência não como uma regra,
mas, como um processo inferencial, tido como constuções no processo interacional presente
em um texto.
Para dialogar e concordar com o autor vejamos também a definição do conceito de
coerência em outra obra de Koch e Travaglia (1990:21) que diz que coerência está
propriamente ligado em relação na possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, o
mesmo vemos nas definicões de Marcushi onde um texto para ser coerente necessita seguir
uma determinada regra que é vista como criterio em um processo textual.
Em seguida, logo após sua visão sobre coerência, o autor afirma que a mesma é um
processo de produção de sentido e analisa que para se ter uma melhor resolução da tematica
é necessário extrapolar as noções e estudos da semântica e da morfossintática-lexical e para
isto Marcushi relata que necessita entrar nas questões a fundo sobre referência, significado,
cognição e efeito de sentido.
Na visão do autor quando se trata sobre as questões de referência é tecnicamente
semântico e entendido com relação entre as questões de conhecimento de mundo, o mesmo
fundamenta-se dos objetos construídos na língua, visto como objetos do discurso, ou seja,
nem todo significado de um texto está construido através de seus ununciados.
Nas tratativas sobre significado Marcuschi vê sobre as referencia vividas, fora da
mente, e um texto não precisa propriamente dita de uma referência mas sim da significação
produzida, de um contexto ao qual seja claro e bem entendido.
Em cognição, na visão geral da linguagem é tratada como faculdade mental, que são os
fenômenos cognitivos na análise da produção, tida como fundamental a partir da visão do
autor, entendida como construtor racional de um texto, este assunto para o autor é tratado
como a ferramente funcional de um produtor textual em produzir conteúdo, e seria a
capacidade de raciocinar e evidenciar de forma clara e contextualizada suas ideias em um
texto.
Marcuschi entende efeito de sentido como evento comunicativo que englobam as
questões de cognição, discurso e linguística, onde essa junção torna um texto claro e de fato
com efeito de sentido, onde um texto é fruto direto da construção colaborativa de coerência
textual, ou seja, para um texto ser compreensível ele precisa ser bem elaborado e claro nas
ideias expressas no texto.
O capitulo que foi objeto de recensão apresenta-se como um importante contributo
para a compreensão da coerência e cognição, mesmo que, na minha opinião, a coerência e
cognição estão ligados ao fator determinante nas construções de sentidos presente em um
texto, o autor aborda esse assunto de forma clara e objetiva, mesmo que com suas definições
particulares acerca dos estudos do tema ele é claro e objetivo nos seus proprósitos.

Recensão elaborada por Vanderson Cristaldo Lobo


Referências bibliográficas
Kock, Ingedere Villaça & Travaglia, Luiz Carlos (1990) Coerência Textual. São Paulo: Editora
Contexto, Pág. 21.
Marcuschi, Luiz Antônio (2007) Cognição, Linguagem e Práticas Interacionais. Rio de Janeiro:
Coerência e Cognição Contigenciada, Pág. 13-30.

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