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Conceitos de Eficacia e Efetividade Aplicados A Administracao Publica E1647448842
Conceitos de Eficacia e Efetividade Aplicados A Administracao Publica E1647448842
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Livro Eletrônico
GESTÃO PÚBLICA
Gestão por Resultados na Produção de Serviços Públicos. Convergências e
Divergências entre a Gestão Pública e a Gestão Privada
Adriel Sá
Sumário
Gestão de Resultados na Produção de Serviços Públicos...................................................... 3
1. Noções Introdutórias.. ................................................................................................................. 3
2. O Paradigma do Cliente na Gestão Pública............................................................................ 3
3. Gestão por Resultados............................................................................................................... 5
3.1. Conceito, Funções, Características, Atributos e Alcance................................................. 5
3.2. Contratualização, Organizações Sociais e Agências Executivas................................. 10
3.3. Avaliação de Desempenho ou Resultados........................................................................ 14
3.4. Indicadores de Gestão. . .......................................................................................................... 17
4. Convergências entre a Gestão Pública e a Privada. . .......................................................... 22
5. Divergências entre a Gestão Pública e a Privada............................................................... 23
Resumo............................................................................................................................................. 27
Mapa Mental................................................................................................................................... 32
Questões de Concurso.................................................................................................................. 34
Gabarito............................................................................................................................................ 54
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democrático enfatiza maior participação do cidadão no meio público; orienta a atuação do Es-
tado para o atendimento dos cidadãos; e proporciona mais transparência nas decisões, ações
e relações do Estado com o cidadão e com a sociedade.
Apesar das críticas, é bastante usual o termo “cliente do serviço público”, no sentido de
dever da Administração Pública em atender o usuário dos serviços públicos: o cliente-cidadão.
A visão é de que, para se garantir a qualidade do serviço público, é essencial o conhecimento
das necessidades daqueles destinatários (clientes) desses serviços: o cidadão.
Observemos trecho do Caderno 4 (Cadernos MARE da Reforma do Estado), referente ao
Programa da Qualidade e Participação na Administração Pública (pags. 12 e 13), que relaciona,
segundo a visão da Reforma Gerencial, as diferenças entre o paradigma do cliente nas gestões
privada e pública:
(...) as finalidades principais das atividades de caráter privado são o lucro e a sobrevivência em um
ambiente de alta competitividade, enquanto os objetivos da atividade são imbuídos do ideal demo-
crático de prestar serviços à sociedade, em prol do bem-estar comum;
a preocupação em satisfazer o cliente no setor privado é baseada no interesse, enquanto no setor
público essa preocupação tem que ser alicerçada no dever;
as políticas voltadas para a Qualidade no setor privado referem-se a metas de competitividade no
sentido da obtenção, manutenção e expansão de mercado; enquanto no setor público, a meta é a
busca da excelência no atendimento a todos os cidadãos, ao menor custo possível;
o cliente atendido, no setor privado, remunera diretamente a organização, pagando pelo serviço
recebido ou pelo produto adquirido; no setor público, o cliente atendido, paga indiretamente, pela via
do imposto, sem qualquer simetria entre a quantidade e a qualidade do serviço recebido e o valor
do tributo que recolhe;
as diferentes contingências a que estão submetidos os dois setores, como, por exemplo, limites de
autonomia estabelecidos pela legislação e o perfil da clientela.
Sobre o tema, algumas conclusões importantes extraídas do autor Caio Marini (2003)2:
• O paradigma do cliente na gestão pública refere-se à focalização da ação do Estado no
cidadão.
• Resgate da esfera pública como instrumento do exercício da cidadania.
• Permeabilidade, transparência e controle social são questões que se enquadram no con-
ceito do paradigma do cliente na gestão pública contemporânea.
• Nem sempre o cidadão é cliente, como por exemplo, a loteria esportiva, que pode ser
caracterizada como uma relação do tipo cliente-fornecedor, e não cliente-cidadão. Da
mesma forma, os prisioneiros não podem ser tratados como clientes; nesse caso, a
sociedade é o cliente.
• Todo cidadão é cliente do Estado, mas nem todo cliente do Estado é cidadão.
2
MARINI, C. Gestão pública: o debate contemporâneo. Salvador: FLEM, 2003.
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De fato, nem sempre o cidadão é cliente. Há várias relações entre Estado e cidadão. A explo-
ração pelo Estado de atividades como, por exemplo, a loteria esportiva, pode ser caracterizada
como do tipo cliente-fornecedor. Já os prisioneiros não podem ser tratados como clientes;
nesse caso, a sociedade é o cliente. Assim, todo cidadão é cliente do Estado, mas nem todo
cliente do Estado é cidadão.
Certo.
Com certeza, os órgãos e as entidades públicas devem conhecer e ouvir os seus clientes inter-
nos e externos
Certo.
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Nesse mesmo sentido, destaca Hilário (2009)4 que a gestão por resultados se caracteriza
pela tradução de objetivos em resultados, proporcionando um marco coerente para a melhoria
dos processos de trabalho na qual a informação sobre o desempenho é usada para melhorar
a tomada de decisão.
São consideradas funções da gestão por resultados:
• Definir a direção estratégica da organização – criação da missão5 e estabelecimento
dos objetivos estratégicos, levando em consideração a visão e os valores da orga-
nização. Refere-se à definição do caminho que deverá ser seguido para alcançar os
objetivos estratégicos. É necessário mapear os processos de trabalho e escolher os
indicadores e as metas de desempenho que mostrarão se a organização está no
caminho planejado e, através de uma avaliação, o quanto de progresso foi feito na
direção dos objetivos.
• Implementar e administrar o processo de mudança alinhado com a direção estratégica
– compromisso da organização com a ação;
3
GARCIA, R. C. A reorganização do processo de planejamento do governo federal: o PPA 2000-2003, Brasília, 2000.
4
HILÁRIO, M. A. de S. Gestão por Resultados na Administração Pública. Manaus: Universidade do Estado do Amazonas, 2009.
5
Essa é uma visão bem particular desse autor. A princípio, missão, visão e valores são definições tratadas no
planejamento estratégico, no qual a gestão por resultados irá se basear. Ou seja, a gestão de resultados não
estabelece missão, visão ou valores, mas procura cumprir essas definições estabelecidas pelo planejamento
institucional.
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6
Valor público pode ser entendido como a orientação para objetivos que ofereçam respostas efetivas a necessidades ou
demandas socialmente legítimas da sociedade.
7
SENTO-SÉ, J. de O.; NUNES FILHO, P. de S.: ACHAN, W. Gestão para resultados na ação correicional: novos mecanismos, ins-
trumentos e metodologias de fiscalização e controle da atuação funcional para fortalecimento da probidade administrativa.
XV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Sto. Domingo, Rep. Domi-
nicana, 9 – 12 nov. 2010.
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Logico que não! A tomada de decisão é descentralizada e o foco está nos resultados!
Errado.
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A banca CESPE considera como princípios da gestão pública por resultados: o mérito, o de-
sempenho, o reconhecimento e a transparência (accountability).
Muito cuidado! Não há autonomia plena para implementação das políticas públicas, já que há
metas contratualizadas! Ou seja, existe autonomia relativa, e não plena!
Errado.
Todos os autores que escrevem sobre o assunto destacam três atributos essenciais do
modelo de gestão por resultados: dinamicidade, abrangência e multidimensionalidade. Sobre
o conceito de cada um desses atributos, vejamos o que dispõe o Guia Referencial para Medi-
ção de Desempenho e Manual para Construção de Indicadores, do Governo Federal:
Ser dinâmico significa não se limitar apenas em definir e mensurar resultados, mas sim, em defi-
nir resultados (a partir de um planejamento abrangente), alcançá‐los (mediante processos claros
de implementação), monitorá‐los e avaliá‐los (a partir de “controles”, acompanhamentos e ajustes
decorrentes). Em síntese, trata‐se de uma visão de geração e incorporação das informações sobre
desempenho nos processos decisórios tanto internos quantos externos da organização, criando
demandas para estas informações (situação de institucionalização).
Além disso, ser abrangente é basear‐se num conceito amplo de desempenho que englobe tanto
os esforços quanto os resultados propostos, presumindo que não há resultados sem alinhamento
de esforços, assim como, esforços desalinhados só promovem desempenho por conta do acaso.
Portanto, gerir o desempenho não significa somente monitorar resultados, mas também promover
o alinhamento dos esforços para os resultados esperados.
Por último, mas não menos importante, um modelo ideal de gestão para resultados deve ser multi-
dimensional, isto é, considerar as múltiplas dimensões de esforço (processos, recursos, estruturas,
sistemas informacionais e pessoas) para alinhá‐los aos resultados. Para isso, deve‐se evitar defi-
nições reducionistas e unidimensionais, em que aspectos significativos do esforço e do resultado
sejam deixados de fora, ou aspectos pouco significativos permaneçam dentro do modelo de gestão
para resultados.
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A gestão por resultados nada mais é do que um tipo de gestão baseada na administração ge-
rencial, onde são acordados resultados, alocados os recursos necessários e estabelecidos os
indicadores que irão medir as realizações!
Certo.
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É bom reforçar que todos os órgãos ou entidades administrativas podem firmar contratos
de gestão, com fundamento do § 8º do art. 37 da CF/1988. Contudo, no caso das agências
executivas, o documento é obrigatório para que a entidade autárquica ou fundacional possa
receber a titulação.
A qualificação da entidade virá após a celebração do contrato de gestão, isto é, a entidade
pretendente não é qualificada no contrato de gestão, mas depois que o firmar. Em âmbito federal,
a titulação de agência é conferida discricionariamente por decreto do Presidente da República.
Observa-se que o Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado (PDRAE) citou o proje-
to das “agências autônomas” como um dos instrumentos da modernização da gestão públi-
ca. Com esse propósito, a necessidade de alteração no arcabouço normativo foi prevista no
PDRAE, para possibilitar a melhoria da gestão, ao tempo em que algumas autarquias selecio-
nadas seriam transformadas em “laboratórios de experimentação” (nas palavras do Plano).
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Art. 37. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-
dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.
A contratualização de resultados tem como marco legal a Lei n. 9.637/98, também conhe-
cida como Lei das Organizações Sociais.
Depois da qualificação como OS, a entidade poderá firmar contrato de gestão com órgão
da Administração Pública direta, sujeitando-se a um conjunto de normas que lhe asseguram
certos benefícios. Por sua vez, a entidade sofrerá sujeição ao controle do Tribunal de Contas e
do órgão público supervisor, integrante da Administração Pública.
Nos termos da Lei de Licitações e Contratos, será dispensada a licitação para a celebração
de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito
das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão (inc.
XXIV do art. 24). Com outras palavras, os Estados-membros, por exemplo, não podem contra-
tar, por dispensa de licitação, as OSs que tenham sido qualificadas pela União.
Lei n. 8.666/93
Art. 24. XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações so-
ciais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no
contrato de gestão.
Observe que a contratação direta não é para a qualificação ou para a assinatura de contrato
de gestão, mas para os serviços integrantes do contrato de gestão. Para que um Estado realize
tal contratação direta, deve ter qualificado a entidade como OS; o mesmo vale para um Município.
Isso porque a lei estipula que a contratação direta da OS, com base na dispensa de licitação, deve
ocorrer no âmbito da respectiva esfera federativa que houver qualificado a entidade como OS.
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Ainda, convém destacar que, conforme preceitua o art. 7º da Lei n. 9.637/98 (lei das OS’s),
na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados os princípios da legalidade, im-
pessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e, também, os seguintes preceitos:
especificação do programa de trabalho proposto pela organização social, a estipulação das metas
a serem atingidas e os respectivos prazos de execução, bem como previsão expressa dos critérios
objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de qualidade e
produtividade;
a estipulação dos limites e critérios para despesa com remuneração e vantagens de qualquer natu-
reza a serem percebidas pelos dirigentes e empregados das organizações sociais, no exercício de
suas funções.
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O mito da medição absoluta: preciso medir tudo. Quem pretende medir tudo acaba não medindo
nada! Por detrás deste mito, está o fetiche do pan-óptico, que gera a impostura, movida por uma
necessidade obsessiva de monitorar e controlar tudo e todos ao mesmo tempo e na mesma hora.
Gerir o desempenho é uma forma de controle, mas que deve ser extremamente seletivo. A pos-
tura correta é alta seletividade. Medir apenas o que é importante, o que é significativo, o que vale
a pena. Medir custa tempo e dinheiro! E algumas medidas são perecíveis – só fazem sentido se
puderem gerar decisões tempestivas.
Para medir o que importa, preciso gerar todas as informações, coletar dados de forma exaustiva
e precisa. Quem se preocupa em gerar todas as informações, provavelmente morrerá afogado
num mar de informações, cheio de informações inviáveis e inúteis. Por um lado, a geração de
indicadores (medidas) relevantes requererá dados e informações específicos – cuja obtenção e
tratamento demandarão mais ou menos tempo e representarão custos.
A postura correta é, sempre que possível, trabalhar com aproximações, buscando construir indica-
dores a partir de dados já existentes e tratados dentro de padrões aceitáveis de qualidade – apos-
tando‐se que, na maioria dos casos, a disponibilidade de dados e informações não é o problema
fundamental.
Primeiro vamos medir, depois vamos ver o que fazemos com as medidas. Inicialmente, medidas
não podem ser vistas como modismos ou obrigação. Mede‐se para controlar ou melhorar o de-
sempenho. Medidas têm que ser úteis, fazer sentido para orientar a gestão no dia a dia.
A medição tem que ser orientada para a melhoria do desempenho e a melhoria do desempenho
tem que ser orientada pela medição.
Preciso, sobretudo, do sistema informático perfeito para isto. Você precisa, acima de tudo, de um
bom modelo de mensuração, que permita uma boa definição específica do que é o seu desempe-
nho e, a partir daí, como mensurá‐lo. Primeiro a sistemática, depois o sistema.
Sistemas informacionais são instrumentos que devem estar a serviço de uma lógica – não o con-
trário, sua lógica de definição e mensuração não pode estar a serviço de um sistema. Há muitas
soluções de sistemas (de prateleira, baratos, amigáveis e acessíveis) para sistemáticas de men-
suração. Lembre‐se do mandamento: “não adorarás ferramentas informáticas”!
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Organizações com
Instrumento pontuação igual ou
1000 pontos superior a 350 pontos.
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De acordo com o Guia Referencial para Medição de Desempenho e Manual para Constru-
ção de Indicadores – GESPÚBLICA, indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas
atividades de monitoramento e avaliação das organizações, assim como seus projetos, progra-
mas e políticas, pois permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melho-
rias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc.
Há vários sistemas classificatórios para os indicadores, de acordo com sua natureza ou
tipo, e que podem ser utilizados como auxílio para o critério de escolha no ciclo de avaliação de
ações, programas e projetos de um órgão público. Portanto, de nada vale uma ação, programa
ou projeto que não seja possível estabelecer-se indicadores que estabeleçam critérios qualita-
tivos e quantitativos em sua mensuração.
Existem variações nas opções de escolhas de indicadores, qualitativos ou quantitativos.
Isso dependerá de qual perspectiva partirá a avaliação. Como exemplo, se eu quero observar a
eficiência, o estabelecimento de indicadores qualitativos se mostrará mais viável; se eu quero
observar a eficácia, indicadores qualitativos trarão resultados mais reais.
Nesse contexto, uma discussão importante do modelo de gestão por resultados se refere
aos indicadores utilizados para operacionalizar o modelo ou para permitir a avaliação do al-
cance das metas propostas.
De acordo com Jannuzzi (2005)9, os indicadores apontam, indicam, aproximam, traduzem,
em termos operacionais, as dimensões sociais de interesse definidas a partir de escolhas teó-
ricas ou políticas realizadas anteriormente. Para ele, é desejável que os indicadores possuam
as seguintes propriedades:
9
JANNUZZI, P. de M. Indicadores para diagnóstico, monitoramento e avaliação de programas sociais no Brasil. Revista do Ser-
viço Público, Brasília, abr.-jun. 2005.
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• Relevância social: refere-se à pertinência de sua produção para “indicar” uma questão
social de relevância contemporânea;
• Validade: refere-se ao grau de proximidade entre o conceito e a medida, isto é, à sua
capacidade de representar o conceito abstrato, o objetivo, o resultado, a que o indicador
se propõe a “substituir” ou “operacionalizar”;
• Sensibilidade: refere-se à capacidade do indicador de refletir as mudanças da dimensão
social de interesse;
• Especificidade: refere-se à sua capacidade de refletir alterações estritamente decorren-
tes das políticas públicas empreendidas;
• Cobertura e desagregação: refere-se à capacidade de medir a dimensão social de inte-
resse em diversos estratos e “recortes” úteis ao planejamento das políticas públicas –
recortes espaciais, sociodemográficos, socioeconômicos, etc.;
• Confiabilidade: relaciona-se à qualidade dos dados, primários ou não, usados no côm-
puto do indicador, como significância estatística de planos amostrais, precisão de re-
gistros administrativos, imparcialidade dos questionários aplicados em pesquisas, etc.;
• Periodicidade e tempestividade: referem-se à regularidade e à tempestividade com que
os dados componentes podem ser obtidos para o cálculo do indicador. São de suma
importância para viabilizar, em periodicidade desejada e em tempo hábil, eventuais cor-
reções de rotas nas políticas públicas;
• Historicidade e comparabilidade: disponibilidade de séries históricas extensas e com-
paráveis, de modo a permitir o cotejamento do valor presente com situações do passa-
do, inferir tendências e avaliar efeitos de eventuais políticas públicas implementadas;
• Inteligibilidade, comunicabilidade e reprodutibilidade: refere-se à transparência da me-
todologia de construção do indicador, de forma a viabilizar sua compreensão e eventual
reprodução;
• Factibilidade dos custos de obtenção: é imperativo que o indicador seja produzido a
custos razoáveis e compensadores.
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De forma geral, os indicadores não são simplesmente números, ou seja, são atribuições de
valor a objetivos, acontecimentos ou situações, de acordo com regras, que possam ser aplica-
dos critérios de avaliação.
Dessa forma os indicadores servem para:
• mensurar os resultados e gerir o desempenho;
• embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada decisão;
• contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais;
• facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e
• viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização e do desempenho de
diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes semelhantes.
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O GESPÚBLICA utilizou como modelo uma concepção de cadeia de valor que identifica
seis categorias básicas de indicadores de desempenho (chamados E’s), divididas em duas
dimensões (Resultado e Esforço):
1. Efetividade (dimensão do Resultado);
2. Eficácia (dimensão do Resultado);
3. Eficiência (dimensão do Resultado);
4. Execução (dimensão do Esforço);
5. Excelência (dimensão do Esforço); e
6. Economicidade (dimensão do Esforço).
Essas seis categorias de indicadores estão relacionadas a algum dos elementos da cadeia
de valor, que representa a atuação da ação pública desde a obtenção dos recursos até a gera-
ção dos impactos provenientes dos produtos/serviços.
Os elementos da cadeia de valor são:
• Insumos (inputs);
• Processos/Projetos (ações);
• Produtos/serviços (outputs); e
• Impactos (outcomes).
Como vimos, a sequência dos elementos que configura a dimensão do esforço relativa à ges-
tão do desempenho é execução, excelência e economicidade.
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Execução refere‐se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme es-
tabelecidos.
Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a reali-
zação dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade,
sendo um elemento transversal.
Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor
ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequada-
mente os recursos financeiros e físicos.
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Simples! Como vimos, os 6Es são: Efetividade, Eficiência, Execução, Excelência, Economicida-
de e Eficácia.
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Divergências entre a Gestão Pública e a Gestão Privada
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A gestão pública não pode fazer acepção de A gestão privada utiliza estratégias
pessoas, devendo tratar a todos com igualdade de segmentação de “mercado”,
e qualidade. O tratamento diferenciado estabelecendo diferenciais de
restringe-se apenas aos casos previstos em lei. tratamento para clientes preferenciais.
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A gestão pública tem sua estrutura mais A gestão privada possui estrutura mais
verticalizada e burocratizada. horizontalizada e flexível.
A prioridade primária do serviço público é atender à população, promovendo o bem estar de to-
dos. Embora seja uma necessidade também na administração pública a otimização dos recur-
sos, em atendimento ao princípio da eficiência, a otimização de recursos se torna prioridade
secundária, tendo em vista a necessidade de atendimento do interesse público.
Certo.
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RESUMO
Na gestão pública, a ideia do conceito de qualidade preconiza a satisfação das necessida-
des e expectativas do usuário-cidadão.
O paradigma do cliente na gestão pública refere-se à focalização da ação do Estado
no cidadão.
Gestão por resultados:
• Formalmente, a gestão por resultados no Brasil tem início com o Plano Plurianual (PPA
2000 – 2003), denominado Avança Brasil.
• Princípios: mérito, desempenho, reconhecimento e transparência (accountability).
• Atributos:
− Dinamicidade: geração e incorporação das informações sobre desempenho nos pro-
cessos decisórios.
− Abrangência: basear‐se num conceito amplo de desempenho que englobe tanto os
esforços quanto os resultados propostos.
− Multidimensionalidade: considerar as múltiplas dimensões de esforço (processos,
recursos, estruturas, sistemas informacionais e pessoas) para alinhá‐los aos resulta-
dos.
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Componentes básicos:
• Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características,
resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas;
• Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo;
• Índice (número): valor de um indicador em determinado momento;
• Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação comparativa de
padrão de cumprimento; e
• Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de compara-
ção a ser alcançado durante certo período.
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A gestão pública tem sua estrutura mais A gestão privada possui estrutura mais
verticalizada e burocratizada. horizontalizada e flexível.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE RJ/2012) Acerca da excelência nos serviços
públicos, paradigma do cliente na gestão pública e gestão estratégica, julgue o item subsecutivo.
A atuação da organização pública alinhada ao paradigma do cliente na gestão pública procura
dar ao cidadão-usuário atendimento semelhante ao que ele teria como cliente em uma empre-
sa privada.
Muito cuidado nos termos utilizados pelas bancas. Sabemos que a gestão privada e a ges-
tão pública possuem algumas semelhanças e muitas divergências. No entanto, observe que o
enunciado destaca o termo “atendimento” e, de fato, ambas as gestões têm seu foco de quali-
dade no cliente ou usuário. Daí a correção do item!
Enquanto na gestão privada, o conceito de qualidade tem foco na satisfação dos clientes, na
gestão pública, a ideia do conceito de qualidade preconiza a satisfação das necessidades e
expectativas do usuário-cidadão.
A visão é de que, para se garantir a qualidade do serviço público, é essencial o conhecimento
das necessidades daqueles destinatários (clientes) desses serviços: o cidadão.
Certo.
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Entenda-se por resultado para o setor público o atendimento total ou parcial das demandas
da sociedade traduzidas pelos governos em políticas públicas. Nesse sentido, a eficiência e a
eficácia serão tão positivas quanto a capacidade que terão de produzir mais e melhores resul-
tados para o cidadão (impacto na melhoria da qualidade de vida e na geração do bem comum).
O Modelo de Excelência em Gestão Pública possui dois tipos de fundamentos: os de previsão cons-
titucional e os da gestão pública contemporânea. A questão trata dos princípios constitucionais.
Em se tratando de gestão do Estado, é essencial acrescentar os princípios constitucionais es-
pecíficos para a administração estabelecidos no artigo 37 da Constituição da República Fede-
rativa do Brasil: “a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Certo.
De pronto, destaca-se que, pelo fato de a Administração Pública encontrar dificuldades na ati-
vidade de avaliação do serviço público, isso não quer dizer que ela não é realizada.
O autor Ferrer (2007)10 diz que é notória a dificuldade na elaboração da avaliação da qualida-
de dos serviços públicos. O déficit de avaliação no serviço público é gerado por limitações
de ordem técnica, institucional, política, econômica, psicológica e cultural das organizações
públicas, aliadas à inexistência de estratégias e de objetivos claros associados à ausência de
registros. Para o autor, o desafio central para a prática da avaliação no serviço público apresen-
ta duas importantes dificuldades: a criação de indicadores claros de avaliação e a qualidade
percebida nos serviços.
Em relação aos indicadores, esses devem permitir aos gestores formas mais eficientes de re-
alizar os processos e avaliar mais objetivamente o funcionário público, o resultado ex ante ou
ex post de determinada ação ou mudança. Os atuais indicadores, quando existentes, são extre-
mamente subjetivos e obscuros, o que gera desconfiança e falta de accountability e atitudes
fisiologistas, demonstrando a necessidade de “construção de uma ferramenta mais gerencial
para o gestor público”.
10
FERRER, F. L.; CRISTIAN, L. Gestão Pública Eficiente: Impactos Econômicos de Governos Inovadores. Rio de
Janeiro: Campus, 2007.
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No tocante à qualidade percebida nos serviços públicos, os princípios de Qualidade Total, em-
bora úteis para avaliar a qualidade na produção de bens, são inadequados para o entendimento
da qualidade em serviços. Nesse contexto, ele cita Zeithaml, Parasuraman e Berrey (1990)11.
Para esses, os serviços diferem dos produtos no que diz respeito a como são produzidos, con-
sumidos e avaliados. Por um lado, serviços são intangíveis, constituindo-se em performances e
experiências, o que impede o estabelecimento de especificações precisas para se alcançar uni-
formidade de qualidade no processo de produção. Por outro lado, eles são heterogêneos: a sua
performance varia de pessoa para pessoa, de consumidor para consumidor e de dia para dia.
Assim, considerando que, diferentemente da gestão privada, que consegue captar sinais de
mercado por meio de seus clientes, a gestão pública geralmente encontra dificuldades para
avaliar as necessidades dos seus clientes, que são os cidadãos, logo, ausentes no contexto
conceitual puro de mercado.
Certo.
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a meta de vacinação é imunizar 100.000 crianças e este número foi alcançado ou superado, a
campanha foi eficaz.
Eficiência é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados, re-
lacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de cus-
tos ou produtividade. Por exemplo, uma campanha de vacinação é mais eficiente quanto menor
for o custo, ou seja, quanto menor for o custo da campanha, mantendo‐se os objetivos propostos.
Dimensões do Esforço. Execução refere‐se à realização dos processos, projetos e planos de
ação conforme estabelecidos.
Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização
dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade, sendo
um elemento transversal.
Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus
possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os
recursos financeiros e físicos.
Errado.
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Excelência nos serviços públicos é uma premissa associada à gestão da qualidade, que a ad-
mite como o nível mínimo de qualidade aceito pelo cliente.
A excelência nos serviços públicos é uma premissa associada à melhoria contínua e diz res-
peito à gestão da qualidade. Porém, a busca pela excelência se baseia no nível máximo e não
no nível mínimo das expectativas dos clientes, até porque as expectativas dos clientes podem
mudar a qualquer momento.
Errado.
Enquanto na gestão privada, o conceito de qualidade tem foco na satisfação dos clientes, na
gestão pública, a ideia do conceito de qualidade preconiza a satisfação das necessidades e
expectativas do usuário-cidadão.
Isso significa dizer que, se o usuário-cidadão está satisfeito, temos um bom indicador de que
os serviços prestados pelo Estado possuem qualidade; da mesma forma, se o usuário-cidadão
não está satisfeito, temos um indicativo de que os serviços precisam ser melhorados.
Certo.
A gestão por resultados está inserida no contexto da administração gerencial (nova Adminis-
tração Pública), pois é esse modelo que se preocupa, especificamente, com os resultados.
Assim, podemos conceituar a gestão por resultados como a tradução dos objetivos em resul-
tados, tomada de decisão descentralizada, com a predominância dessa visão em substituição
a outros mecanismos de coordenação, como a padronização, hierarquização e controles for-
mais de processos.
A gestão por resultados tem a função de mostrar às organizações públicas a direção efetiva e
integrada de seu processo de criação de valor público, buscando a máxima eficiência, eficácia,
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A gestão por resultados, como vimos, é baseada na administração gerencial, onde são acor-
dados resultados, alocados os recursos necessários e estabelecidos os indicadores que irão
medir as realizações.
Passemos à análise das alternativas:
a) Errada. O controle ex ante está ligado à burocracia, na qual o foco era no controle total dos
procedimentos a fim de não ocorrerem desvios, ao invés do controle nos resultados. Assim,
não se coaduna com a gestão por resultados.
b) Errada. Os inputs são os insumos dos processos, ou seja, ainda estamos falando da fase
anterior ao início da prestação do serviço. Assim, não está de acordo com o que preconiza a
gestão por resultados, que foca nos resultados alcançados.
c) Errada. Mais uma vez a questão fala de foco nos processos, quando, na verdade, a gestão
por resultados prioriza os outputs, ou seja, os resultados.
d) Certa. A gestão por resultados está completamente ligada à visão das parcerias, exata-
mente pela sua definição e por acordar metas entre os participantes, considerados parceiros.
Temos como exemplo os contratos de gestão e as parcerias público-privadas.
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e) Errada. Como são acordados resultados, não há que se falar em aversão a riscos, pois todo
controle realizado por resultados possui uma expectativa de risco de não atingimento das
metas acordadas e isso só poderá ser verificado ao final, em virtude de o foco não estar nos
processos, e sim nos resultados.
Letra d.
A regra no serviço público é a impessoalidade; assim, a administração pública não pode ofere-
cer serviços de acordo com a renda de seus cidadãos.
Errado.
Em suma, temos:
• Eficácia: “A organização alcançou o resultado pretendido?”.
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Eficiência: é fazer de forma correta, inteligente, sem erros e atrasos e com menos recursos.
Relação: custo x benefício.
Eficácia: é fazer de forma correta, atingindo o objetivo, independentemente de eficiência.
Relação: objetivo x resultado.
Efetividade: é fazer de forma correta, gerando impacto no ambiente.
Relação: objetivos cumpridos x impacto.
Certo.
Lembrando:
Efetividade = objetivo / impactos / mudar a realidade / satisfação.
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Logo, se efetividade tem a ver com resultado, a questão deveria explicar de que diagnóstico
se refere. Assim, é certo que o elemento central da avaliação da efetividade de um programa
governamental é a satisfação do usuário, que auxilia na alocação dos recursos disponíveis de
acordo com os objetivos propostos.
Errado.
Recordar é viver!
A eficiência é a dimensão do desempenho expressa pela relação do processo envolvido, seu
meio. Assim, possui foco interno e refere-se aos CUSTOS envolvidos.
A eficácia é a dimensão do desempenho expressa pelo alcance dos objetivos ou metas, inde-
pendentemente dos custos implicados. Possui foco externo e refere-se aos RESULTADOS.
A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os resultados al-
cançados e as transformações ocorridas. Possui foco externo e refere-se aos IMPACTOS.
Letra c.
Se considerarmos, de pronto, a atividade-fim dos dois setores, onde o setor privado realiza
atividades com o objetivo de obter o lucro, enquanto a administração pública visa atender às
demandas do cidadão, de forma a proporcionar o bem-estar da sociedade, já podemos visua-
lizar essa diferença fundamental descrita no enunciado.
Certo.
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A maioria das ferramentas, métodos e teorias utilizadas na gestão pública são oriundas da
gestão privada. Ocorre que essa utilização requer adaptação à estrutura pública, não sendo
viável sua aplicação direta ou na forma criada originalmente.
Errado.
A gestão pública, para fixar parâmetros de controle do administrador, evitando desvios de con-
duta, só pode fazer o que a lei permite. A legalidade possui aspecto positivo.
Já a gestão privada é que pode fazer tudo o que não estiver proibido por lei. A legalidade pos-
sui aspecto negativo.
Errado.
A gestão pública não pode fazer acepção de pessoas, devendo tratar a todos com igualdade e
qualidade. O tratamento diferenciado restringe-se apenas aos casos previstos em lei.
A gestão privada, por sua vez, utiliza estratégias de segmentação de “mercado”, estabelecendo
diferenciais de tratamento para clientes preferenciais.
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te e com qualidade. O tratamento diferenciado restringe-se apenas aos casos previstos em lei.
Por outro lado, as organizações privadas utilizam estratégias de segmentação de “mercado”,
estabelecendo diferenciais de tratamento para clientes preferenciais.
Errado.
A gestão pública é regida pela supremacia do interesse público e pela obrigação da continuida-
de da prestação do serviço público. A gestão privada, por sua vez, é conduzida pela autonomia
da vontade privada (mercado).
Certo.
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A administração pública tem como destinatário de suas ações os cidadãos, sujeitos de direitos
e a sociedade, demandante de produção do bem comum e do desenvolvimento sustentável.
Essa gestão busca gerar valor para a sociedade e formas de garantir o desenvolvimento sus-
tentável, sem perder de vista a obrigação de utilizar os recursos de forma eficiente.
Já a administração privada tem como destinatários de suas ações os “clientes” atuais e os
potenciais. Na gestão privada, há a busca do lucro financeiro e formas de garantir a sustenta-
bilidade do negócio.
Certo.
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A busca pelo emprego de novas tecnologias de gestão faz com que ambas as gestões se utili-
zem das mesmas técnicas e ferramentas.
Convém destacar que existe, atualmente, uma tendência muito forte nas organizações públi-
cas no sentido de as mesmas incorporarem, cada vez mais no seu gerenciamento diário, técni-
cas há muito empregadas nas organizações privadas, uma vez que ambas sofrem influências
e os problemas organizacionais são, sob muitos aspectos, semelhantes.
No entanto, ainda que a maioria das ferramentas de gerenciamento foram criadas no âmbito privado,
estas sofrem adaptações para atender ao setor público, com suas peculiaridades e funções únicas.
Certo.
No setor público, tomadores de decisão são influenciados por grupos de interesse e gestores
lidam com mais restrições de tempo para implementações, seja pelo período do mandato, seja
por restrições impostas pelo legislativo, judiciário ou financiamento. O conceito de partes inte-
ressadas é mais amplo que no setor privado, pois as decisões devem considerar o valor final
agregado para a sociedade.
Um exemplo clássico dessa afirmação está nas compras no serviço público, onde a decisão
sobre o fornecedor de determinado produto está sujeita, em regra, ao processo licitatório.
Certo.
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A eficiência e a eficácia das entidades públicas medem-se não somente pela correta utilização
dos recursos, mas principalmente pelo cumprimento de sua missão e pelo atendimento, com
qualidade, das necessidades e demandas do cidadão e da sociedade. Já na iniciativa privada a
eficiência e a eficácia medem-se pelo aumento de suas receitas, pela redução de seus gastos,
ou pela expansão de seus mercados.
Analisando as demais alternativas.
a) Errada. A obrigatoriedade aplica-se apenas à gestão pública.
b) Errada. Os princípios expressos na Constituição Federal são de alcance obrigatório aos ges-
tores da administração pública, não à gestão privada.
c) Errada. De fato, o primeiro trecho da alternativa está correto, pois o governo e as empresas
públicas existem para servir aos interesses gerais da sociedade. No entanto, as empresas
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privadas nascem do desejo das pessoas em criá-las, e não pode meio de leis. Assim, é a res-
ponsabilidade da gestão pública que deve responder à natureza e à dimensão de seu poder,
enquanto a responsabilidade das empresas privadas está restrita ao seu ambiente de atuação.
d) Errada. Administração pública, o cidadão contribui com tributos (impostos, mais precisa-
mente, por não ter vinculação), independentemente de utilização dos serviços públicos. Já na
administração privada, os clientes pagam para adquirir produtos ou serviços.
Letra e.
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O objetivo principal da empresa privada, quanto à sua finalidade, é o lucro financeiro, enquanto
a gestão pública busca como finalidade gerar valor e formas de garantir o desenvolvimento da
sociedade como um todo.
A responsabilidade social corporativa, em destaque nos dias de hoje, não afasta o principal
objetivo das empresas privadas, que é o lucro.
Errado.
A gestão pública, para fixar parâmetros de controle do administrador, evitando desvios de con-
duta, só pode fazer o que a lei permite. Aqui, a legalidade possui aspecto positivo.
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Já a gestão privada pode fazer tudo o que não estiver proibido por lei. Aqui, a legalidade pos-
sui aspecto negativo.
Errado.
12
PALUDO, A. V. Administração Pública. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
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Como vimos, a gestão por resultados consiste em monitorar os processos para verificar se os
objetivos estão sendo alcançados e em atribuir responsabilidades aos seus colaboradores,
que também participam da definição dos objetivos.
A administração por resultados ou por objetivos é um processo pelo qual gerentes e subordi-
nados identificam objetivos comuns, definem as áreas de responsabilidade de cada um em
termos de resultados esperados e utilizam esses objetivos como guias para sua atividade.
As demais alternativas estão incorretas. Vejamos:
Sobre a letra A, a ênfase situacional faz parte da teoria da contingência, corrente que parte
do princípio de que a Administração é relativa e situacional, isto é, depende de circunstâncias
ambientais e tecnológicas da organização.
Sobre a letra B, a definição de objetivos em conjunto não necessariamente implica em orga-
nização de debates. Não há menção na literatura desse tipo de estratégia para promover a
gestão por resultados.
Sobre a letra C, como vimos, os objetivos são definidos em conjunto e as diretorias garantem
os meios e recursos para que os colaboradores possam alcançá-los. Há uma avaliação conjun-
ta dos objetivos, das tarefas e dos recursos, que podem ser redimensionados e aperfeiçoados.
Não há diretorias com a finalidade de mapear as competências e tarefas.
Sobre a letra D, essa não é uma estratégia fundamental. Pode acontecer de, na reavaliação dos
objetivos, os salários sejam reajustados como forma de incentivo, mas não é uma premissa
básica da APO e não foi mencionada na literatura.
Letra e.
Na realidade, essas mudanças de gestão, que caracterizam uma descontinuidade, são fre-
quentes na alta administração de empresas públicas, e não das empresas privadas.
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GESTÃO PÚBLICA
Gestão por Resultados na Produção de Serviços Públicos. Convergências e
Divergências entre a Gestão Pública e a Gestão Privada
Adriel Sá
Na gestão por resultados o controle é a posteriori, focado nos resultados. Na burocracia é que
o controle é a priori, focado nos processos.
E, como vimos, o modelo de gestão orientada para resultados está inserido em um contexto
relacionado à Nova Gestão Pública (administração gerencial) e preocupa-se essencialmente
com a tradução e o compartilhamento dos objetivos por toda a organização.
Errado.
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GESTÃO PÚBLICA
Gestão por Resultados na Produção de Serviços Públicos. Convergências e
Divergências entre a Gestão Pública e a Gestão Privada
Adriel Sá
GABARITO
1. C 16. E 31. C
2. C 17. c 32. e
3. C 18. C 33. C
4. C 19. E 34. C
5. E 20. E 35. E
6. C 21. C 36. E
7. E 22. C 37. E
8. C 23. E 38. E
9. d 24. C 39. C
10. d 25. a 40. C
11. E 26. E 41. e
12. C 27. C 42. E
13. C 28. C 43. E
14. E 29. C
15. C 30. E
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Adriel Sá
Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos
presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal
de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e autor da
obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora
Juspodivm.
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