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CURITIBA – PR
2020
2020
ÍNDICE
HIPODERMÓCLISE -------------------------------------------------------------------------------31
REFERÊNCIAS -------------------------------------------------------------------------------------37
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“Cuidado paliativo é uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes e
familiares no contexto de uma doença grave e ameaçadora de vida por meio da prevenção e
do alívio do sofrimento, da identificação precoce e do tratamento impecável da dor e de
outros sintomas e problemas físicos, psíquicos, sociais e espirituais”
A C
E – A quinta fase é caracterizada pelas últimas horas de vidas do paciente conhecido como
processo ativo de morte. A terapêutica deve ser voltada estritamente para o controle de
sintomas e desconfortos nas esferas física, psíquica e espiritual. Considera-se fundamental
a assistência de uma equipe especializada em CP disponível 24 horas. No caso de óbito em
domicílio planejado, os cuidados devem ser assegurados pela equipe de internação
domiciliar. Em casos que o desejo do paciente e da família prevê a manutenção da
internação, pela falta de condições socioeconômicas ou pela ausência de disponibilidade
de uma equipe de CP, a unidade de internação mais indicada é o hospice.
3
F – Na sexta fase, o paciente já faleceu e é iniciado o processo de luto, de duração variável
para cada membro da família. A ação da equipe de CP depende da demanda apresentada,
podendo atuar de forma consistente nesse período de readaptação familiar. O mais
comum é que os profissionais da psicologia, capelania e assistência social sejam
requisitados, mas o médico permanece próximo, não apenas como integrante da equipe,
mas como facilitador se houver necessidade de auxiliar na compreensão dos
acontecimentos clínicos e acolhimento da família.
4
3
6
as vezes delirium em
Aumenta liberação de serotonina 100mg de tramadol VO = idosos
e inibe recaptção de 50mg EV/SC
noradrenalina (efeito de “bem-
estar”) Dose máxima diária:
400mg/dia
Possui efeito anticolinérgico
(precipita delirium em idoso)
Ampola: 0,2 mg/ml, 1mg/ml e Opções para dor aguda: Até que a dor seja
10mg/ml Oral: Morfina oral 5mg a controlada ou os efeitos
cada 30 minutos até alívio da colaterais apareçam,
Solução Oral: 10mg/ml dor aumente em cerca de
30% a dose de morfina
Via SC: 2-5 mg a cada 5 oral a cada dia (ou de
Principal opióide para controle de minutos até alívio da dor acordo com a dose de
dor resgate)4.
EV: Morfina 2-5 mg IV a
Cálculo da dose de resgate: cada 15 minutos até alívio da Geralmente dose de
10 – 20 % da dose total em 24 dor manutenção: 10mg de
horas 4/4 horas
MANEJO DE SECREÇÕES3:
Clonazepam Comp: 0,5 mg a 2mg 8/8h a Pode ser usado como terapia
24/24h adjuvante no manejo do
Gotas: 0,1mg = 1gota Delirium
5 – 20 gotas 8/8h a 24/24h
OBS: Não há evidência de uma melhor eficácia dos antipsicóticos de segunda geração em relação aos
de primeira. A vantagem é a menor incidência de efeitos extra-piramidais. Devem ser usados em
pacientes que não toleraram os de primeira geração devido aos efeitos colaterais. Além disso, os de
segunda geração não tem uma ação rápida portanto não devem ser usados para tratamento de
agitação aguda.
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ESCALAS PROGNÓSTICAS
Características Pontuação
Idade > 85 anos 3 pontos
Anorexia 3.5
Classe funcional NYHA IV e/ou MMRC IV 3.5
Lesão por pressão 3
Parâmetros laboratoriais
Albumina < 2,5 g/dl 4
Funcionalidade
ECOG-PS > ou = 3 4
ESCALA DE FOUR9
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a) albumina sérica < 2,5 mg/dl, não relacionada com descompensação aguda.
Marcadores funcionais:
a) Dependência funcional grave; Barthel< 25, ECOG>2, Karnofsky<50%
Demais doenças:
2) deterioração física
3) sintomas complexos e de difícil controle
4) dificuldade para comunicar-se
5) disfagia progressiva
6) pneumonia de repetição
7) Lesão por pressão grau III ou IV
b) HDA com mais uma das seguintes complicações: ascite resistente à diuréticos, síndrome
hepatorrenal ou hipertensão portal com sangramento digestivo persistente sem resposta ao
tratamento medicamento ou endoscópico.
d) Icterícia sintomática
2) Idade > 70 anos em terapia substitutiva e 02 dos seguintes critérios: Baixa performance
status (PPS < 60), comorbidades significantes, desnutrição, residente em casa de repouso,
admissão recente em UTI por doença aguda, fratura de fêmur.
b) perda de mais de 2 atividades diárias nos últimos meses, dificuldade de engolir, negativa de
alimentar-se
Sedação paliativa11
PASSO 1
- Midazolam 30mg + SF0,9%/SG5% 100ml EV/SC/HP correr em BIC 24 hrs (4ml/h) – orientar enfermagem a não alterar a infusão da bomba.
- Resgastes de midazolam de 2,5 – 5,0 mg EV/SC/HP a cada 2 horas no máximo 4x em 24 horas (se escape de sedação e manutenção do conforto)
- Se 30 mg ao dia de midazolam for insuficiente, aumentar até 120mg/dia. Se necessidade de dose maior que 120mg/dia passar para o passo seguinte.
PASSO 2 - CLORPROMAZINA
- 50mg de clorpromazina + SF0,9%/SG5% 100ml EV/SC/HP correr em BIC em 24 horas (4ml/h) – orientar enfermagem a não alterar a infusão da bomba.
- Resgastes podem ser feitos com 12,5 – 25mg EV/HP/SC a cada 6 a 12 horas.
Se delirium não for o sintoma predominante ou o paciente não respondeu passar para o passo 3.
PASSO 3 - FENOBARBITAL
- Medicação de segunda escolha para delirium hiperativo ou outros sintomas que não responderam com midazolam ou associação midazolam +
clorpromazina
Inicialmente suspender midazolam e clorpromazina. A morfina ou outro opióide deve ser mantido.
Dose de fenobarbital:
- Infusão contínua: 0,5 mg/kg/h EV/SC/HP (600-800mg/dia) podendo aumentar até 2400mg/dia
- Sugestão de diluição: 200-600 mg + SF 0,9% 100 - 500ml, correr em bomba infusora em 24 horas (EV/SC/HP). Importante não mexer na vazão da
bomba infusora. Se escape de sintomas pode ser administrado dose adicional de 100-200mg EV / SC a cada 15 minutos. Importante não diluir com outras
medicações e deve-se ter sítio exclusivo em hipodermóclise.
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Testamento vital – Plano de cuidado em que o paciente expressa como quer ser cuidado no
fim da vida.
Procuração para cuidados de saúde - O paciente elege alguém para tomar decisões no seu
lugar em caso de perda de consciência ou autonomia
Diretiva antecipada de vontade – União entre plano de cuidado + Procuração para cuidados
de saúde.
Recomenda-se que o documento seja lavrado por escritura pública, porém não é obrigatório.
Pode ser somente um documento privado, mas de conhecimento dos familiares, ou, em
condições especiais, sob a forma verbal, informadas diretamente ao médico, que deverá
incluir a vontade do paciente no prontuário.
PARTE 1
PARTE 2
REUNIÃO FAMILIAR
Objetivos:
• Equipe e família se conhecem – aumentam vínculo
• Auxiliar a compreensão da família quanto a situação de doença e do tratamento do
paciente
• Tirar dúvidas, perceber angústias, problemas e conflitos
• Auxiliar familiares a estruturarem-se melhor para o cuidado
• Direcionar o tratamento ao que é importante para o paciente e família
• Planejamento de cuidados: discussão de objetivo do cuidado / discussão de diretivas
de fim de vida
• Homogeneização de informação entre familiares – todos testemunham o mesmo
momento.
Riscos:
• Tortura do excesso de informação (tomar cuidado para não cutucar feridas sem
necessidade)
• Aumento angústia da família ao ser convocada para reunião
• Acirrar conflitos familiares
• Confusão entre reunião familiar x terapia de família
PREPARAÇÃO
APRESENTAÇÃO
PERCEPÇÃO DA FAMÍLIA
INFORMAR
PREPARAÇÃO
APRESENTAÇÃO
PERCEPÇÃO DA FAMÍLIA
o Essa é a etapa mais importante, mais da metade da reunião será focada aqui. É o
momento de fazer a família ou o paciente contar sua história, identificando a perda
funcional ocorrida ao longo do empo (Ex: “Como o sr. Estava há 01 ano ?” E como está
hoje?”)
o Respeitar os limites do paciente (não consegue falar sobre prognóstico)
o Solicitar que um membro conte a história - OUVIR, VALIDAR, DEMONSTRAR EMPATIA
o ATENTAR PARA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL – se postura de fechamento -> realizar
abordagem
o Escuta ativa / Atenção para validar emoções
o Fazer perguntas abertas (“Conte-me um pouco sobre seu estado de saúde”)
o Questionar para esclarecer (se necessário)
o Respeitar o silêncio
o Incluir demais membros da família na comunicação (principalmente cuidador
principal)
o evitar neste momento discussões de plano terapêutico (lembrar da regra -> do
passado para o presente), não falar do futuro agora
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DAR A MÁ NOTÍCIA
PLANEJAMENTO DE CUIDADOS
Referências:
Exemplo: proposta de objetivo de cuidado para o paciente cujo valor é estar no convívio
familiar sem sofrimentos, independente de sobrevida.
1. Equipe: Com base no que conversamos, poderíamos sugerir qual o objetivo do nosso
tratamento? (Pergunta)
2. Fala: “Me parece que o mais adequado seja priorizarmos medidas que garantam o seu
conforto e convívio com a família até os últimos momentos, evitando tratamentos que
agreguem sofrimento” (Fala)
o Lembrar de falar primeiro o que será feito, em seguida o que optamos por não fazer
o Planejar próximos passos:
o Cuidados de fim de vida?
o Despedidas, visitas, pendências sociais e religiosas
o Ainda em compensação clínica? Pontuar objetivos e expectativas - reavaliações
o Planejamento de alta? Destino da alta, transferências, discussões em óbito em
domicílio
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FISIOPATOLOGIA
A absorção é feita por vasos sanguíneos capilares e pequenos vasos linfáticos localizados
na hipoderme. O transporte para os vasos sanguíneos é dado por difusão simples, de acordo
com o gradiente de concentração entre o depósito do fármaco (MEC) e o plasma. Já nos vasos
linfáticos o transporte de fluidos ocorre de maneira mais complexa, determinada pela maior
pressão no interstício do que no vaso linfático.
INDICAÇÃO
CONTRAINDICAÇÃO
▪ DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO
Risco de sangramento no local e hematoma.
▪ EDEMA/ ANASARCA
Reduz a velocidade de absorção dos medicamentos nesta via.
▪ DESEQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO OU DESIDRATAÇÃO SEVERAS
Pacientes que precisem de reposição rápida de eletrólitos e volume devem recebe-los
mais prudentemente por via endovenosa.
▪ RISCO SEVERO DE CONGESTÃO PULMONAR (ICC E SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR)
A congestão pulmonar por sobrecarga de volume, mesmo que incomum, deve ser
considerada. Suspender a infusão ao menor sinal de congestão.
Evitar puncionar membros superiores e tórax em pacientes com Síndrome da Veia Cava
Superior.
▪ ASCITE
Evitar puncionar no abdômen no caso de ascite.
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE
Paciente atendido pela Comissão de Cuidados Paliativos que não tenha possibilidade ou para o
qual haja contraindicação de acesso vascular, necessitando de medicamentos por via parenteral,
conforme as indicações supracitadas.
Paciente atendido pela Comissão de Cuidados Paliativos que não apresente os critérios de
contraindicação para uso da via, ou para o qual o risco-benefício seja estritamente avaliado.
SÍTIOS DE PUNÇÃO
Figura 1 – regiões para a punção subcutânea, com volumes para cada região
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TÉCNICAS DE PUNÇÃO
Preparo do material:
• Seringa 5 ou 10 ml
• Agulha 40x12
• Flaconete de solução fisiológica 0,9%
• Luvas de procedimento
• Algodão
• Álcool ou Clorexidina Alcoólica
• Scalp (numeração de acordo com região a ser puncionada após avaliação da enfermeira)
• Curativo filme transparente
• Equipo macrogotas ou de bomba infusora (S/N de acordo com a prescrição médica)
• Equipo conetor polifix 2 vias (S/N de acordo com a prescrição médica)
• Deltoide
• Anterior do tórax
• Escapular
• Abdominal
• Face lateral da coxa
Realização da punção:
• Preparo do material
• Explicar para o paciente ou familiar sobre o procedimento
• Lavagem das mãos
• Escolha do local de infusão
• Calçar as luvas
• Realizar antissepsia
• Pinçar a região de punção para formar prega
• Introduzir o dispositivo a 45 graus, com o bisel para baixo e já salinizado
• Infundir a solução fisiológica lentamente
• Assegurar que não foi pego nenhum vaso sanguíneo
• Realizar fixação com curativo filme transparente
• Datar e identificar a punção
KIT CADASTRADO NO
MEDICAMENTO POSOLOGIA DILUIÇÃO
SISTEMA HOSPITALAR
Reconstituir 1g em 10ml
de água destilada e
Cefepime 1g 12/12h ou 8/8h KIT DILUIÇÃO 21
diluir em cloreto de
sódio 0,9% 100ml
Reconstituir 1g em 10ml
de água destilada e
Ceftriaxona 1g 12/12h KIT DILUIÇÃO 21
diluir em cloreto de
sódio 0,9% 100ml
Diluir 1 ampola de
Dexametasona 2-16mg a cada 24h 4mg/2,5ml em cloreto KIT DILUIÇÃO 15
de sódio 0,9% 10ml
MIDAZOLAN 5MG/5ML
- cloreto de sódio 0,9% KIT DILUIÇÃO 15
1-5mg (bolus) 10-
5ml
Midazolan 120mg/dia (infusão
contínua)
MIDAZOLAN KIT DILUIÇÃO 3
15MG/3ML - cloreto de
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MIDAZOLAN
50MG/10ML - cloreto
KIT DILUIÇÃO 3
de sódio 0,9% 100ml
(infusão contínua)
MORFINA 1MG/ML -
Não requer dilução KIT DILUIÇÃO 1
dose inicial 2-3mg 4/4h (bolus)
(bolus) ou 10-
Morfina MORFINA 10MG/ML -
20mg/24h (infusão
contínua) cloreto de sódio 0,9%
KIT DILUIÇÃO 3
100ml (infusão
contínua)
Tramadol 100-600mg/24h
Para infusão contínua,
Cloreto de sódio 0,9%
associar tramadol +
100ml (infusão
cloreto de sódio 0,9%
contínua)
ao prescrever (médico)
máximo 1500ml/24h
Volume máximo de
Cloreto de sódio 0,9% por sítio (ver volumes
infusão = 62,5ml/h
po sítio)
Cloreto de Potássio
10-15ml/24h Glicose 5% 1000ml KIT DILUIÇÃO 19
19,1% 10ml
COMPATIBILIDADE
Metoclopramida
Dexametasona
Clorpromazina
Escopolamina
DE MEDICAMENTOS
Ondansetron
Meropenem
Furosemida
Ceftriaxona
Haloperidol
Omeprazol
PARA
Midazolan
Ranitidina
Cefepime
Ampicilia
Tramadol
Dipirona
ADMINISTRAÇÃO
EM Y
Ampicilina V I V V I V I I V LEGENDA:
Cefepime C I C C I I I I I C Compatível: pode correr
simultaneamente em Y.
Ceftriaxona V I C C I C C V C LEGENDA:
Clorpromazina I I I V V V C C C C C I Incompatível: não pode correr
Dexametasona V C C V C I C C I C C simultaneamente em Y.
Dipirona
V Variável: Fazer
Escopolamina preferencialmente em vias
Furosemida V C C V C I C V V I C separadas. Dependente da
Haloperidol II I V I I V V V V diluição e concentração. Entrar
em contato com os
Meropenem C C C V farmacêuticos.
Metoclopramida V I C C C V V C C C
Midazolan I I C C I V V C I C C C Não testado. Preferencialmente
não administrar
Omeprazol I
simultaneamente
Ondansetron I I V C C I V V C C C
Ranitidina V I C C C C V C C C
Tramadol C
REFERÊNCIAS