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UNITPAC – CENTRO UNIVERSITARIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO

CARLOS S/A

CURSO DE AGRONOMIA

PROFESSOR: DURVAL NOLASCO DAS N. NETO


DISCIPLINA: SILVICULTURA

ZONEAMENTO EDAFOCLIMÁTICO

ROBSON HENRIQUE DA FONSECA

ARAGUAÍNA-TO
OUTUBRO/2020
UNITPAC – CENTRO UNIVERSITARIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO
CARLOS S/A

CURSO DE AGRONOMIA

PROFESSOR: DURVAL NOLASCO DAS N. NETO


DISCIPLINA: SILVICULTURA

ZONEAMENTO EDAFOCLIMÁTICO

TRABALHO APRESENTADO PARA


DISCIPLINA DE SILVICULTURA DO CURSO DE
AGRONOMIA DO UNITPAC, MINISTRADA
PELO PROFESSOR: DURVAL NOLASCO.

ARAGUAÍNA-TO
OUTUBRO/2020
Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 2
3 Paricá ou Pinho-cuiabano ............................................................................................... 3
4 Cedro ou Cedro Rosa ou Cedro Verdadeiro ................................................................ 4
5 Louro pardo ou Freijó ...................................................................................................... 5
6 Grevílea ............................................................................................................................12
7 Acácia Mangium .............................................................................................................14
8 Cedro Australiano...........................................................................................................16
9 CONCLUSÃO ...................................................................................................................12
10 REFERÊNCIAS ................................................................................................................12
1

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um dos maiores produtores de de alimentos do mundo, essa


característica é dada pela implantação de métodos de produção com planejamento
na maioria das vezes poucos qualificados. Porém, buscando evoluir essa qualidade
e buscando cada vez mais rentabilidade em pequenas áres de estudos os
pesquisadores e profissionais da área usam a silvicultura como prática mais moderna
e precisa para equilibrar e aprimorar o manejo de determinadas espécies que serão
abordadas a seguir.
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2 OBJETIVOS

O objetivo principal do trabalho apresentado é apresentar as características e


as impantações de determinadas espécies silviculturais usadas atualmente. Além de
tudo visado anteriormente, tem como objetivo também a obtenção de nota da matéria
de Silvicultura ministrada no UNITPAC pelo Professor Durval Nolasco.
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3 Paricá ou Pinho-cuiabano

Grupo ecológico: Espécie pioneira com importância sociológica: ocorre, na


Amazônia, em floresta primária e principalmente nas florestas secundárias de
terra firme e várzea alta (DUCKE, 1949). Forma capoeiras mais ou menos
monoespecíficas (pelo menos quanto à composição do estrato dominante), até
seis anos de idade (JARDIM et al., 1997). Biomas / Tipos de Vegetação (IBGE,
2004) e outras formações vegetacionais Bioma Amazônia · Floresta Ombrófila
Densa (Floresta Tropical Pluvial Amazônica), em Terra Firme, onde é árvore
emergente. Bioma Mata Atlântica · Floresta Estacional Semidecidual (Floresta
Tropical Subcaducifólia), na subformação Submontana, em Mato Grosso
(RONDON, 2002). Outras formações vegetacionais Fora do Brasil, ocorre na
Bolívia no Bosque Montano Úmido (KILLEEN et al., 1993) e na Amazônia
Equatoriana (RODRIGUEZ ROJAS & SIBILLE MARTINA, 1996).
Clima: Precipitação pluvial média anual: de 1.600 mm a 3.000 mm, no Pará, no
Brasil, atingindo até 5.850 mm na Bolívia (CRESPO et al., 1995). Regime de
precipitações Chuvas uniformemente distribuídas: na região de Belém, PA.
Chuvas periódicas, nas demais regiões. Deficiência hídrica Nula: na região de
Belém, PA. De pequena a moderada: no Amazonas, no Acre, em Rondônia e no
norte de Mato Grosso. Moderada: no oeste de Mato Grosso e sul de Rondônia.
Temperatura média anual: 24,8 ºC (Belterra, PA) a 26,6 ºC (Óbidos, PA).
Temperatura média do mês mais frio: 23,2 ºC (Rio Branco, AC) a 25,2 ºC
(Óbidos, PA). Temperatura média do mês mais quente: 25,7 ºC (Rio Branco, AC)
a 27,8 ºC (Óbidos, PA). Temperatura mínima absoluta: 6 ºC (Rio Branco, AC). A
friagem é um fenômeno que atinge a região entre o Acre e Rondônia e também
parte de Mato Grosso. Resulta do avanço da Frente Polar que, impulsionada
pela Massa de Ar Polar procedente da Patagônia, provoca brusca queda da
temperatura, permanecendo alguns dias com a média em torno de 10 ºC e
chegando a atingir até 4 ºC por três a oito dias, causando transtorno e mal estar
na população. Número de geadas por ano: ausentes. Contudo, plantado em
plantio misto em Rolândia, no norte do Paraná, tem tolerado temperaturas
mínimas de até -2º C, não apresentando danos evidentes por geadas.
Classificação Climática de Koeppen Af (tropical, superúmido): nos arredores de
Belém, no Pará. Am (tropical chuvoso, com chuvas do tipo monção, com uma
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estação seca de pequena duração): no Acre e no Pará. Aw (tropical, com verão


chuvoso, com inverno seco): no Acre, em Mato Grosso e em Rondônia.
Solos: No Pará, sua ocorrência natural limita-se a determinadas regiões de solos
argilosos de fertilidade química alta e sujeitos a compactação (DUCKE, 1949).
Em Mato Grosso, ocorre em solos de baixa fertilidade química, com Ph em água
4,5, com baixos teores de K (potássio) e P (fósforo). Na Bolívia, essa espécie
ocorre, naturalmente, em solos geralmente jovens de origem aluvial que se
caracterizam por possuir uma baixa fertilidade natural, baixo conteúdo de
matéria orgânica, pH entre 3,7 e 5,5 e baixa capacidade de troca catiônica com
níveis de saturação de Al (alumínio) entre 70 % a 80 % (CRESPO et al., 1995).

4 Baru ou Cumbaru ou Coco-feijão

Aspectos Ecológicos: Grupo sucessional: espécie secundária inicial (Siqueira


et al., 1993) a secundária tardia (Motta et al., 1997). Características
sociológicas: o baru é corhurn na vegetação secundária. Apresenta distribuição
irregular, com grande concentração em alguns pontos e ausência quase total
em outros (Lorenzi, 1992). Normalmente há muitas plântulas sob a árvore-mãe
(Guarim Neto, 1984). Regiões fitoecológicas: Dípteryx a/ata é encontrada
naturalmente no Cerradão (Floresta Esclerófila). com gonçalo-alves (Astroníum
fraxínifolium), jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa) e sucupiras
(Bowdichia virgilíoides e Pterodon pubescensi (Filgueiras & Silva, 1975); na
Floresta Estacionai Semidecidual, e no Pantanal Mato-Grossense (Pott & Pott,
1994). Na Bolívia, ocorre em Bosque Amazônico e em savana úmida (Killean
et al., 1993) e na Colômbia, na Amazônia colombiana (Rangel et al., 1997).
Clima: Precipitação pluvial média anual: desde 800 mm no Piauí a 1.800 mm
em Goiás. Baru I 3 Regime de precipitações: chuvas periódicas, concentradas
no verão, com inverno seco. Deficiência hídrica: forte, com estação seca até 6
meses de duração no noroeste de Minas Gerais e na Região Nordeste
(Maranhão e Piauí). Temperatura média anual: 20,9°C (Sete Lagoas, MG) a
29,4°C (Picos, PI). Temperatura média do mês mais frio: 17,5°C (Sete Lagoas,
MG) a 26°C (picos, PI). Temperatura média do mês mais quente: 22,5°C
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(Brasília, DF) a 30 ,9°C (Picos, PI). Temperatura mínima absoluta: -OAoC


(Campo Grande, MS). Número de geadas por ano: até cinco geadas, mas
predominantemente sem geadas ou raras. Tipos climáticos (Koeppen):
subtropical de altitude (Cwa e Cwb) e tropical (Am e Aw).
Solos: Naturalmente em solos de fertilidade química média, secos, profundos
ou não, calcários ou ácidos. Os solos são de preferência lateríticos, areno-
argilosos com predominância da fração areia-grossa (Filgueiras & Silva, 1975).
Em plantios experimentais, no Paraná, tem crescido melhor em solo com boa
drenagem e com textura que varia de arenosa 'a franca. Segundo Ulhôa (1997),
o fósforo (P) mostrou-se o nutriente mais limitante para o crescimento inicial
das plantas de baru e recomenda a aplicação de 4,7 t de calcário por hectare e
200 mg p/kg de solo.

5 Louro pardo ou Freijó

Aspéctos Ecológicos: Boraginaceae é uma família de plantas de regiões


tropicais, sub-tropicais e temperadas. Compreende mais de duas mil espécies,
distribuídas em cerca de 100 gêneros, que abrangem, principalmente, plantas
arbóreas, arbustivas e herbáceas. Cordia é um dos gêneros mais importantes
das boragináceas, com cerca de 250 espécies. Seu nome, ao contrário do que
se poderia supor, não é alusivo a coração e, sim, a homenagem a um dos
primeiros botânicos alemães do século XVI, Valerius Cordus. Entre as espécies
de Cordia existentes na América Central e do Sul, e que são produtoras de
madeira de alta qualidade, destacam-se: C. alliodora (R & P.) Oken (laurel),
presente nos bosques tropicais da América Central e Amazônia sulamericana,
com plantios comerciais na Colômbia, Suriname e Vanuatu (antiga Novas
Hébridas); C. goeldiana Huber (freijó), que ocorre na Região Amazônica
brasileira e produz madeira de larga utilização, com demanda crescente no
mercado interno e externo; e C. trichotoma (Vellozo) Arrabida ex Steud, com
ocorrência nas áreas tropicais e subtropicais ao Brasil, Argentina e Paraguai. O
louro-pardo é uma árvore de folhas caducas, que pode alcançar até 35 m de
altura, com tronco reto e cilíndrico, dando fustes de 10 a 20 m de altura. Suas
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flores são pequenas, brancas, perfumadas, com floração vistosa, observada de


janeiro a julho. No Nordeste do Brasil, onde é conhecido por frei-jorge, a espécie
é encontrada com regular freqüência nas serras interioranas do Ceará (Serra
do Araripe), Paraíba e Pernambuco (Serra de Garanhuns e Serra Negra). Sua
maior área de dispersão estende-se da Floresta Tropical Pluvial Atlântica, do
Sul da Bahia e norte do Espírito Santo, até a Floresta Subtropical Pluvial das
bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. O limite norte de sua distribuição,
no Brasil, está na Serra do Araripe, no sul do Ceará, a, aproximadamente, 7o
S, e o limite sul, em Encruzilhada do Sul, no Rio Grande do Sul, a 30°32'S
(Figura 1). A espécie ocorre, ainda, na parte leste do Paraguai e no norte da
Argentina, nas províncias de Misiones e Corrientes. Nas Regiões Sul, Centro-
Oeste e Sudeste do Brasil, o louro-pardo é uma das espécies nativas mais
promissoras para plantio. Ele apresenta uma combinação de aspectos
favoráveis, como rápido crescimento, boa forma, madeira de excelente
qualidade, apreciada nos mercados interno e externo, frutificação abundante,
regeneração natural vigorosa e facilidade de produção de mudas.
Aspéctos Edafoclimáticos: O louro-pardo rebrota vigorosamente da touça e,
eventualmente, de raízes superficiais. Quando jovem, suporta meia sombra,
podendo ser plantado sob cobertura, onde encontra proteção contra o frio.
Neste sistema, deve-se abrir o dossel da capoeira de forma gradual, à medida
que as árvores crescem. Mesmo ocorrendo naturalmente em várias regiões
climáticas do sul do Brasil, o louro-pardo cresce melhor nas áreas sem geadas
rigorosas. Nos primeiros anos, ele é sensível ao frio e sofre com geadas tardias,
já que é caducifólio. Assim, a recomendação desta espécie é restrita a plantios
em locais com temperatura média anual maior que 18oC, com cuidados em
relação às geadas. Em plantios, o louro-pardo tem-se mostrado desuniforme
tanto em altura como em diâmetro. A variação entre plantas é acentuada, como
ocorre, também, com inúmeras espécies florestais nativas. Portanto,
recomendam-se espaçamentos iniciais reduzidos e um raleio, dois ou três anos
após o plantio. Nas áreas de encosta, o louro-pardo deve ser plantado na face
norte, onde há maior luminosidade. Os plantios de louro-pardo estão
apresentando alta incidência de insetos da família Tingidae (ordem Hemíptera).
Estes insetos sugam, principalmente, as folhas das árvores, causando,
inicialmente, manchas amareladas; posteriormente, estas folhas, se atacadas
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continuamente, descoram e caem. Os ataques constantes, em função de o


inseto possuir várias gerações anuais, enfraquecem a árvore, já que a
reposição de folhas provoca uma diminuição no ritmo de crescimento, e podem,
até, causar a morte das árvores. Foi observado um intenso ataque desse inseto,
em Cascavel e Palotina, no Paraná, de 1981 a 1983, em povoamentos com um
a três anos de idade. Observou-se, mais recentemente, uma queda gradativa
dos níveis populacionais da praga. No intuito de minimizar os efeitos do ataque
deste inseto, recomendam-se plantios com menor densidade de plantas ou
plantios mistos.
Características Silviculturais: O estudo silvicultural do louro-pardo está ainda
em desenvolvimento. Pontos importantes a solucionar são os aspectos da
heterogeneidade de crescimento dos indivíduos plantados, identificação de
procedências mais produtivas e o controle de tingídeos, que retardam o seu
desenvolvimento.

6 Grevílea

Aspéctos Ecológicos: A grevílea (Grevillea robusta A.Cunn.L é uma especie


muito comum no Sul e Sudeste brasileiro sendo, por vezes, erroneamente
considerada espécie nativa. O interesse pela grevílea, foi despertado pelo seu
uso em cortinas quebra-vento e proteção das geadas, principalmente em
lavouras de café. Reconhecida como espécie ideal para sistemas agroflorestais
devido à pouca competitividade com as culturas agrícolas, tem sido utilizada em
sombreamento de pastagens com benefícios reconhecidos. Constitui-se em uma
espécie alternativa de grande aceitação, devido ao rápido crescimento,
plasticidade, rusticidade e boa qualidade da madeira. Contudo, não tem sido
utilizada em grande escala para plantios com finalidade de produção madeireira.
Entretanto, diversas empresas moveleiras no Noroeste do Paraná e São Paulo
a utilizam, para produzir esquadrias e diversos tipos de móveis como cadeiras,
mesas, camas etc. O objetivo deste trabalho é reunir as informações disponíveis
sobre esta espécie, demonstrar seu potencial e limitações, como subsídio
àqueles que tenham interesse em espécies florestais alternativas para fins
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múltiplos.
Clima: A grevílea, é uma espécie que tolera uma grande variação de
temperaturas. Em seu habitat natural, agüenta temperaturas de até -1°C, sem
prejuízo ou dano aparente para seu desenvolvimento. Fora de seu habitar. como
exótica, chega a suportar temperaturas inferiores à - 5°C, reduzindo a sua
velocidade de crescimento como efeito negativo. Em experimento instalado em
Ponta Grossa, foi observada a morte de muitas gemas terminais e redução de
crescimento e comprometimento da forma das árvores, como efeito de geadas
severas.
Solo: Quanto ao tipo de solo, a qrevílea. na Austrália, se desenvolve em solos
bem drenados originários de basalto ou aluviões, com Ph variando de 5,5 a 7,5
(Harwood, 1992). No Brasil, encontra-se a grevílea com bom desenvolvimento
nos Estados do Paraná e São Paulo, em solos originários de basalto e arenito.
Entretanto, em solos mal drenados ou úmidos a grevílea não se desenvolve
satisfatoriamente.

7 Acácia Mangium

Aspéctos Ecológicos: O gênero Acacia possui mais de 1.300 espécies


largamente distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais do globo. A maior
parte das espécies é encontrada no hemisfério sul e o principal centro de
diversidade é a Austrália. A maioria das espécies produtoras de madeira é
encontrada na Papua Nova Guiné (Lemmens et al., 1995). Grande parte das
espécies pertencentes a este gênero são arbustos ou pequenas árvores de
savanas secas e de regiões áridas da Austrália, África, Índia e das Américas,
mas há um grupo de espécies natural da região tropical úmida, que são
adaptadas ao clima quente e úmido, característico desses locais. Crescem
rapidamente, produzindo madeira densa, que pode ser utilizada de diversas
maneiras. Devido à sua competitividade inata, as acácias tropicais são fáceis de
serem cultivadas. Em seu ambiente natural ocorrem em agrupamentos puros e
densos, sugerindo que podem ser plantadas em monoculturas sem problemas
sérios de pragas e doenças (National Research Council, 1983).
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Características Edafoclimáticas: A Acacia mangium é uma espécie natural da


região noroeste da Austrália (Queensland), Papua Nova Guiné e leste da
Indonésia (Ilhas Molucas, Sula e Aru) (Lemmens et al., 1995). Inicialmente a
espécie foi descrita como Mangium montanum Rumph e também como Acacia
glauscenses sensu Kanehira e Hatusima (CATIE, 1992). Atualmente distribui-se
entre as latitudes 19º Sul e Acacia mangium Luiz Marcelo Brum Rossi Celso
Paulo de Azevedo Cintia Rodrigues de Souza Em seu habitat natural, alcança
de 25 a 30 m de altura (em condições adversas não chega a 10 m) e 90 cm de
diâmetro à altura do peito (DAP). Geralmente apresenta fuste reto, com
ramificações que começam acima da metade da altura total deste. Quando livres
de competição, a forma da copa é globular, porém, em plantações onde o
espaçamento é menor, apresenta-se cônica (National Research Council, 1983;
Yared et al., 1990). É uma espécie pioneira e heliófita, que aparece de forma
dispersa nas margens de áreas de cultivos agrícolas (como cana-de-açúcar) ou
nas margens de florestas naturais. É considerada uma espécie muito plástica,
que cresce tanto em locais secos quanto úmidos (entretanto, seu desempenho
é superior em regiões úmidas), com precipitações médias anuais que variam de
1.000 até 4.500 mm e temperaturas entre 12ºC e 34ºC. Na Austrália, a espécie
ocorre descontinuamente ao longo do litoral ocidental de Queensland, onde a
maioria das árvores é encontrada em altitudes inferiores a 100 m. Entretanto,
algumas populações ocorrem em altitudes que vão de 450 até 720 m (National
Research Council, 1983).

8 Nim

Aspéctos Ecológicos: No Brasil, a árvore do nim, quando solteira,


apresenta copa densa, frondosa, de formato arredondado ou oval,
podendo atin- 12 gir diâmetro superior a 12 m (Fig. 1). Normalmente, a
árvore alcança entre 12 m e 20 m de altura e diâmetro à altura do peito
(DAP) de no máximo 40 cm. Seu tronco é curto, bifurcando-se entre 2 m
e 3 m de altura do chão (em espaçamentos apertados, o caule é maior).
A casca é de cor cinza-escuro e fissurada, com 1 cm de espessura; o
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cerne das árvores maduras produz madeira de cor avermelhada,


lembrando a do mogno. A árvore de nim é perenifólia, com galhos bastante
ramificados e folhas em abundância (Fig. 1). No período de seca, ocorrem,
simultaneamente, a queda e a brotação de folhas, de forma que as árvores
nunca ficam desnudas. As folhas são do tipo imparipenadas, de coloração
verde-escura, e contêm várias substâncias com propriedades biocidas,
sendo a principal delas a azadiractina. Suas flores (Fig. 2) são pequenas,
brancas, pentâmeras, hermafroditas, etc.
Clima: O nim suporta seca e temperaturas altas, mas é muito sensível ao
frio. No Brasil, seja qual for o objetivo do plantio, são inaptas para o cultivo
do nim todas as áreas onde a temperatura média anual é inferior a 20 ºC.
Quando o objetivo for apenas a produção de folhas, locais com
temperatura média anual de 20 ºC a 21 ºC podem propiciar resultados
satisfatórios, desde que a temperatura média do mês mais frio seja u16,0
ºC. Qualquer que seja o objetivo, são consideradas boas e ótimas, para o
cultivo do nim, áreas onde a temperatura média anual situa-se de 21 ºC a
23 ºC e u 23 ºC, respectivamente. O nim pode ser cultivado em locais com
distintos regimes de chuvas. Há plantações com sucesso, para a produção
de frutos, desde a região de Petrolina, PE/Juazeiro, BA, com precipitação
média de 600 mm/ano e 21 7 meses de seca, até o oeste do Estado de
São Paulo, com precipitações de 1.200 mm a 1.400 mm e um período de
3 meses a 4 meses com pouca chuva. Deve-se lembrar que, em todo o
mundo, o nim é uma planta particularmente valiosa para cultivo em regiões
tropicais subúmidas e semi-áridas. No nordeste do Pará, onde o volume
de chuvas é superior a 2.000 mm/ano e não ocorre déficit hídrico, as
plantações de nim crescem bem, mas não há informações seguras sobre
produção de frutos, que é a finalidade mais nobre do nim. As regiões
Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte do Norte são as que dispõem de
áreas com condições climáticas mais adequadas ao cultivo do nim, tanto
para a produção de folhas quanto a de frutos/ sementes e madeira. 22
Para a produção de madeira, o nim é indicado principalmente para locais
sob regime de chuvas médias inferiores a 900 mm/ano, quando sua
produtividade compete com outras espécies mais conhecidas, como os
eucaliptos; quanto mais seco for o clima, mais valioso será o nim. Nos
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locais mais quentes e secos, a espécie apresenta boa produção de


sementes para a extração de óleo.
Solo: No Brasil, os solos mais apropriados ao cultivo do nim são aqueles
que apresentam pH entre 5,5 e 7,0, com baixos teores de alumínio
trocável, elevados teores de bases trocáveis e saturação de bases > 50
%. Esses solos são encontrados naturalmente apenas na Região
Nordeste do Brasil. Para 23 cultivar o nim em solos ácidos (pH < 5,5), é
necessária a correção da acidez com calagem ou gessagem, visto que
essa espécie é exigente em cálcio e fósforo e beneficia-se de pH alto em
todo o perfil explorável do solo. As características físicas do solo podem
ser mais limitantes ao cultivo do que as químicas. A espécie suporta longo
período de seca, mas não tolera solos encharcados. Ela não é tão
exigente quanto a solos profundos, mas requer solos permanentemente
drenados ou bem drenados. Este é o caso de Timbaúba, PE (Fig. 6). Ali,
o nim é cultivado com sucesso em solos muito rasos e pedregosos, em
relevo plano ou declivoso (encostas de morros), sem encharcamento, sob
chuvas mal distribuídas e muito variáveis entre os anos (totais de 550
mm/ano a 1.200 mm/ano).
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9 CONCLUSÃO

Os resultados desse trabalho é baseado em pesquisas nas mais


conceituadas empresas e instituições que o país tem. Sobretudo
pontuou-se no ocorrido a importância da silvicultura em um manejo
equilibrado, de precisão e além de tudo como essas prátidas modernas
podem trazer lucros cada vez mais significativos para o produtor.

10 REFERÊNCIAS

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/312857/1/Circular142.pdf

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/312990/1/CT0083.pdf
13

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPF-2009-
09/36980/1/carvalho.pdf

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/105273/1/PotencialGrevile
a0001.pdf

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/46463/1/Doc-28.pdf

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Centro Nacional


de Pesquisa de Florestas, Curitiba, PR. Zoneamento ecológico para plantios
florestais no Estado do Paraná. Brasília, EMBRAPA-DDT, 1986. 89p.
(EMBRAPA-CNPF. Documentos, 17).

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