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LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

ELIENE BISCAIA DA SILVA

PRODUÇÃO TEXTUAL
A IMPORTÃNCIA DO INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS
ESPACIAIS (INPE) NO MONITORAMENTO DO TERRITÓRIO
NACIONAL E DO MEIO AMBIENTE

ANAJÁS-PA
2022
ELIENE BISCAIA DA SILVA

PRODUÇÃO TEXTUAL
A IMPORTÂNCIA INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS
(INPE) E O MONITORAMENTO DO TERRITÓRIO NACIONAL

Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como


requisito parcial para a obtenção de média semestral nas
disciplinas norteadoras do semestre letivo.

Tutor (a):

ANAJÁS-2022
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..........................................................................................4
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................8
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 9
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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta a Produção Textual que possui a temática “Instituto


Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o monitoramento do território nacional”.
Esta temática visa proporcionar aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos
desenvolvidos ao longo do semestre corrente.

Para tal, elaborando um texto analítico na forma de discurso em uma


situação-exemplo de Conferência Internacional, em que há a necessidade de
realizar considerações sobre o território nacional e sua vasta extensão; a riqueza
natural brasileira, seus biomas, com enfoque, principalmente, no bioma amazônico;
o papel do INPE no monitoramento da Amazônia e a importância da utilização de
tecnologia brasileira para monitoramento territorial; os programas CBERS e SPRING
e sua importância para o país.
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2 DESENVOLVIMENTO

O Brasil possui extensão territorial de cerca de 8.516.000 Km2, e


sua formação territorial remonta ao Séc. XV, ao longo da Era dos Descobrimentos. É
uma extensão de tamanho continental e, durante essa época, para evitar conflitos
entre as monarquias europeias, Portugal e Espanha assinaram em 1494 o Tratado
de Tordesilhas, que estabelecia os limites das terras a serem ocupadas na América.
Assim, a formação do território brasileiro se deu por meio de uma série de iniciativas:
os portugueses exploraram o litoral, especialmente no Nordeste do país, e os
colonos partiram em expedições em busca de mão de obra, metais preciosos e
demais riquezas.
Diversas outras nações europeias, no entanto, viram no Brasil uma
oportunidade de ouro e, questionando a divisão estabelecida por Portugal e
Espanha, buscaram se apossar de parte do território nacional. Por diversas vezes o
país foi alvo de incursões e invasões estrangeiras, algumas causando violentos
conflitos, mas a resistência portuguesa evitou a tomada de territórios coloniais por
nações europeias.
Ao final do Séc. XVI e ao longo do Séc. XVII se deu a expansão e
ocupação do vasto território brasileiro. Muitos fatores contribuíram para isso, em
especial os militares e econômicos. Assim, em meados do Séc. XVIII, o território
brasileiro estava praticamente definido nas dimensões atuais.
Nesta vasta extensão territorial, podemos encontrar seis tipos
diferentes de biomas: Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa, Pantanal e
Amazônia. Nossos biomas são importantes não somente como recursos naturais em
nosso país, mas, têm destaque como ambientes de grande riqueza natural do
planeta.
A Mata Atlântica ocupa aproximadamente 13% do Território
Nacional. Por se localizar na região litorânea, ocupada por mais de 50% da
população brasileira, é o Bioma mais ameaçado do Brasil. Apenas 27% de sua
cobertura florestal original ainda está preservada.
O Cerrado ocorre principalmente no Planalto Central Brasileiro e
ocupa aproximadamente 24% do Território Nacional. O Cerrado é reconhecido como
a Savana mais rica do mundo em biodiversidade. Até a década de 1950, os
Cerrados mantiveram-se quase inalterados. A partir da década de 1960, com a
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transferência da Capital Federal, do Rio de Janeiro para Brasília, e a abertura de


uma nova rede rodoviária, a cobertura vegetal natural deu lugar à pecuária e à
agricultura intensiva.
A Caatinga ocupa uma área aproximada de 10% do Território
Nacional. Embora esteja localizado em área de clima semiárido, apresenta grande
variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e espécies que só ocorrem nesse
bioma. Os tipos de vegetação da Caatinga encontram-se bastante alterados, com a
substituição de espécies vegetais nativas por pastagens e agricultura.
O Pampa ocupa aproximadamente 2% do Território Nacional. É
caracterizado por clima chuvoso, sem período seco, mas com temperaturas
negativas no inverno, que influenciam a vegetação. Em toda a área de abrangência
do Pampa, a atividade humana propiciou uma uniformização da cobertura vegetal
que de um modo geral é usada como pastagem natural ou ocupada com atividades
agrícolas, principalmente o cultivo do arroz.
O Pantanal também ocupa aproximadamente 2% do Território
Nacional. Entretanto, é reconhecido como a maior planície de inundação contínua do
Planeta Terra, o que constitui o principal fator para a sua formação e diferenciação
em relação aos demais biomas. O Pantanal é o bioma mais preservado, embora a
criação de gado seja uma atividade importante economicamente para a região,
aliada às atividades de turismo.
O Bioma Amazônico, por fim, chega a ocupar uma área de
4.196.943 Km², que corresponde a mais de 40% do Território Nacional e é
constituída principalmente por uma floresta tropical. A Amazônia passa pelos
territórios dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e parte do
território do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. A extensão da floresta
se dá ainda em outros cinco países: Peru, Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela.
A Amazônia é formada por distintos ecossistemas como florestas densas de terra
firme, florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas,
refúgios montanhosos e formações pioneiras. Mesmo sendo o nosso bioma mais
preservado, cerca de 16% de sua área já foi devastada. A Amazônia é considerada
um grande “resfriador” atmosférico e como maior abrigo de biodiversidade do
mundo.
Como falado, grandes áreas de nossos biomas foram desmatadas,
muitas ainda são, ilegalmente, assim, fica clara a importância do monitoramento das
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áreas florestais e afins. E é neste contexto que entra o INPE.


O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foi criado em
1961 com o objetivo de capacitar o país nas pesquisas cientificas e nas tecnologias
espaciais. Ao longo dos anos, suas atividades se ampliaram e a importância dos
estudos vão desde assuntos complexos sobre a origem do Universo a aplicações de
ciências como nas questões de desmatamento das nossas matas. O Instituto é
centro de excelência, e referência internacional, em pesquisas de ciências espaciais
e atmosféricas, engenharia espacial, meteorologia, observação da Terra por
imagens de satélite e estudos de mudanças climáticas.
Trazendo à tona o contexto amazônico, o programa de
monitoramento da Amazônia do INPE conta com dois sistemas operacionais, o
PRODES e o DETER. Estes dois sistemas são complementares e foram concebidos
para atender a diferentes objetivos. O DETER é um sistema de apoio à fiscalização
e controle do desmatamento da Amazônia. Com o DETER, o INPE divulga
mensalmente um mapa de alertas, com áreas maiores que 25 hectares. Esses
mapas indicam áreas totalmente desmatadas (corte raso) e áreas em processo de
desmatamento por degradação florestal progressiva. O PRODES mede as taxas
anuais de corte raso desde 1988, para incrementos superiores a 6,25 hectares. Por
ser mais detalhado e depender das condições climáticas da estação seca para
aquisição de imagens livres de nuvens, é feito apenas uma vez por ano, com sua
divulgação prevista para dezembro de cada ano. O DETER é um sistema eficiente.
Ele cumpre bem seus objetivos de emitir alertas para que áreas de atividade mais
intensa possam ser priorizadas quanto às estratégias de fiscalização e
planejamento.
Outras ações que merecem destaque são os programas CBERS e
SPRING. O CBERS - Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres -, nasceu de
uma parceria inédita entre Brasil e China no setor técnico-científico espacial. Com
isto, o Brasil ingressou no seleto grupo de Países detentores da tecnologia de
geração de dados primários de sensoriamento remoto.
Um dos frutos dessa cooperação foi a obtenção de uma poderosa
ferramenta para monitorar seu imenso território com satélites próprios de
sensoriamento remoto, buscando consolidar uma importante autonomia neste
segmento. A família de satélites de sensoriamento remoto CBERS trouxe
significativos avanços científicos ao Brasil. No país, praticamente todas as
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instituições ligadas ao meio ambiente e recursos naturais são usuárias das imagens
do CBERS. Suas imagens são usadas em importantes campos, como o controle do
desmatamento e queimadas na Amazônia Legal, o monitoramento de recursos
hídricos, áreas agrícolas, crescimento urbano, ocupação do solo, em educação e em
inúmeras outras aplicações.
Já o SPRING, é um software brasileiro para Sistemas de
Informações Geográficas (SIG) que também teve seu berço no INPE. Este projeto
tem sido um grandioso sucesso mesmo em outros países. O software faz parte de
um projeto da Divisão de Processamento de Imagens (DPI) do INPE com a
participação de outras entidades que contribuíram para o desenvolvimento de seu
código e também apoiando financeiramente. O nome do programa vem de Sistema
de Processamento de Informações Georreferenciadas.
O desenvolvimento e o uso de tecnologias próprias para estas
atividades é muito importante, assim, recursos como o CBERS e o SPRING tornam-
se um patrimônio intelectual inestimável. O desenvolvimento tecno-científico
nacional proporciona diversos benefícios, desde o avanço na luta contra o
desmatamento, na preservação ambiental, no monitoramento dos recursos do país,
e nas diversas outras aplicações trazidas para estas ferramentas. O
desenvolvimento nacional passa por estas ferramentas e, assim, passo pelo INPE,
que é um órgão de gigantesco valor para a Nação, e para o mundo todo, afinal, a
preservação da Amazônia impacta o planeta em diversas formas.
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3 CONCLUSÃO

Definitivamente, o INPE é fundamental para a ciência aeroespacial brasileira,


suas ferramentas, estudos e metodologias, como o CBERS e o SPRING, por
exemplo, permitem situações como o controle do desmatamento e queimadas na
Amazônia Legal, o monitoramento de recursos hídricos, áreas agrícolas,
crescimento urbano, ocupação do solo, em educação e em inúmeras outras
aplicações; além da importância das informações georreferenciadas que o SPRING
disponibiliza.

O desenvolvimento e operação de dados de satélites – uma das principais


áreas de atuação do INPE -, são fundamentais para um país de dimensões
continentais como o Brasil. Entre outras aplicações, dados espaciais servem para
monitorar queimadas e desmatamentos, bem como a expansão da agricultura e
pecuária, conforme citado.

Eu, especificamente, sabia sobre parte das atribuições do INPE, e suas


fundamentais contribuições para o desenvolvimento da ciência e tecnologia
brasileiras, mas, ao pesquisar mais a fundo sobre o INPE e suas ferramentas, foi
possível perceber ainda mais a importância deste órgão. Esta importância é dada
não apenas ao desenvolvimento do país, mas do mundo todo, afinal a Amazônia é
importante para o controle climático global, por exemplo.
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REFERÊNCIAS

CBERS. Sobre o CBERS. Disponível em: http://www.cbers.inpe.br/sobre/index.php.


Acesso em 31 ago. 2022.
IBGE. Território do Brasil. Disponível em:
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/territorio/18307-biomas-
brasileiros.html.

IBFLORESTAS. Bioma Amazônico. Disponível em:


https://www.ibflorestas.org.br/bioma-amazonico.

INPE. Relatório Técnico Científico: Monitoramento da Cobertura Florestal da


Amazônica Por Satélites. Disponível em:
http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/programas/amazonia/deter/pdfs/
relatoriomonitoramento.pdf

CLICKGEO. Spring – Tecnologia Brasileira para SIG. Disponível em:


https://clickgeo.com.br/spring-tecnologia-brasileira-para-sig/.

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