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IOB Online 21/05/2023 09:57

IRPJ & Lucro real & Formas de pagamento


Procedimento Atualizado: Este procedimento foi elaborado com base nas normas
pertinentes ao assunto mencionadas ao longo do texto.
Resumo: Este procedimento trata das formas de pagamento do imposto de Renda e da
Contribuição Social sobre o Lucro real trimestral ou pagamento mensal por estimativa, lucro
real trimestral e estimativa mensal.
Sumário
1. Quadro Sinótico

2. Lucro real trimestral ou pagamento mensal por estimativa

3. Lucro real trimestral

4. Estimativa mensal
.

1. Quadro Sinótico
Relacionamos no quadro a seguir, os principais aspectos a serem observados em relação às
formas de pagamento do lucro real:
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (por opção ou por
estarem legalmente obrigadas a esse regime tributário) podem adotar uma das
Formas de
seguintes formas de pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica LIRPJM e
Pagamento
da Contribuição Social sobre o Lucro LCSLMN
C Lucro
a) pagamento trimestral, mediante apuração de lucro real trimestral definitivo; ou
Real
b) pagamento mensal por estimativa e apuração anual do lucro real (em 31 de
 
dezembro).
 
O lucro real trimestral é definitivo. A apuração deverá ser feita partindo-se do
resultado líquido de cada trimestre (encerrado nos dias 31 de março, 30 de
junho, 30 de setembro e 31 de dezembro do ano-calendário), determinado por
meio de levantamento de balanço com observância das normas estabelecidas

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pela legislação comercial e fiscal.


O imposto e a contribuição devidos, apurados ao final de cada trimestre,
deverão ser:
I C pagos em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do
encerramento do período de apuração; ou
Lucro Real II C à opção da pessoa jurídica, pagos em até três quotas mensais, iguais e
Trimestral sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao do
  encerramento do período de apuração a que corresponder, observando-se que:
a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e o imposto ou a
contribuição de valor inferior a R$ 2.000,00 será pago em quota única, até o
último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração;
b) as quotas serão acrescidas de juros equivalentes à taxa SELIC, acumulada
mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente
ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao
do pagamento e de 1% no mês do pagamento;
c) a primeira quota ou quota única, quando paga até o vencimento, não sofrerá
acréscimos.
 
a pessoa jurídica pode optar pelo pagamento mensal do IRPJ e da CSL
calculados por estimativa, o que implica a obrigatoriedade de apuração do lucro
real anual em 31 de dezembro (ou, se for o caso, na data em que ocorrer a
incorporação, fusão ou cisão ou o encerramento de atividades da empresa).
No sistema de pagamento por estimativa:
I C o imposto e a contribuição devidos mensalmente deverão ser pagos até o
último dia útil do mês subseqüente àquele a que se referirem (este prazo aplica-
se inclusive ao imposto relativo ao mês de dezembro, que deverá ser pago até o
último dia útil do mês de janeiro do ano subseqüente);
Estimativa II C por ocasião do balanço anual L31 de dezembro), serão determinados o
Mensal imposto e a contribuição efetivamente devidos, os quais serão confrontados
  com os valores devidos por estimativa. Os saldos apurados:
a) se positivo, será pago em quota única, até o último dia útil do mês de março
do ano subsequente, observado que o saldo do imposto a pagar será acrescido
de juros calculados à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e
Custódia LSelic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir de 1º de
fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do
pagamento; ou
b) se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação nos termos
do art. 74 da Lei nº 9.430/1996 .

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2. Lucro real trimestral ou pagamento mensal por estimativa


As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (por opção ou por estarem
legalmente obrigadas a esse regime tributário) podem adotar uma das seguintes formas de
pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica LIRPJM e da Contribuição Social sobre o
Lucro LCSLMN
a) pagamento trimestral, mediante apuração de lucro real trimestral definitivo; ou
b) pagamento mensal por estimativa e apuração anual do lucro real (em 31 de
dezembro).
Na prática, a maioria das empresas opta pela estimativa (balanço anual), tendo em vista
vantagens de economia tributária e/ou de simplificação de procedimentos, e também pelo
fato de que a pessoa jurídica tem a faculdade de suspender ou reduzir o pagamento da
estimativa de acordo com os resultados que apurar em balanços ou balancetes levantados
especificamente para esse fim, sobre o assunto veja procedimento Balanço de suspensão
ou redução.
É importante sublinhar, ainda, que a adoção de uma das formas citadas (lucro real trimestral
ou pagamento por estimativa, com apuração anual) é irretratável para todo o ano-calendário.
( RIR/2018 , arts. 218 , 219 e 229 ; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 , art. 54 )
.

3. Lucro real trimestral


O lucro real trimestral é definitivo. A apuração deverá ser feita partindo-se do resultado
líquido de cada trimestre (encerrado nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e
31 de dezembro do ano-calendário), determinado por meio de levantamento de balanço com
observância das normas estabelecidas pela legislação comercial e fiscal.
Esse resultado será ajustado mediante escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real
LLalur) por todas as adições, exclusões e compensações determinadas ou autorizadas pela
legislação do Imposto de Renda.
Do mesmo modo, a Contribuição Social sobre o Lucro devida em cada trimestre deve ser
determinada com base no resultado trimestral apurado contabilmente, ajustado pelas
adições, exclusões e compensações determinadas ou autorizadas pela legislação vigente.
O imposto e a contribuição devidos, apurados ao final de cada trimestre, deverão ser:
I C pagos em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento
do período de apuração; ou
II C à opção da pessoa jurídica, pagos em até três quotas mensais, iguais e sucessivas,

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vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao do encerramento do


período de apuração a que corresponder, observando-se que:
a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e o imposto ou a contribuição de valor
inferior a R$ 2.000,00 será pago em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do
encerramento do período de apuração;

b) as quotas serão acrescidas de juros equivalentes à taxa SELIC, acumulada mensalmente,


calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período
de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento;
c) a primeira quota ou quota única, quando paga até o vencimento, não sofrerá acréscimos.
Vale ressaltar que a adoção do pagamento trimestral do imposto, a que se refere este
subitem, é irretratável para todo o ano-calendário, o que significa que a pessoa jurídica fica
impedida de optar pelo lucro presumido ainda que não esteja obrigada ao lucro real.
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão e na extinção da pessoa jurídica pelo
encerramento da liquidação, a apuração das bases de cálculo do IRPJ e da CSL devidos será
efetuada na data do evento, observada a legislação de regência. Da mesma forma deverá
proceder a pessoa jurídica incorporadora, salvo nos casos em que as pessoas jurídicas,
incorporadora e incorporada, estiverem sob o mesmo controle societário desde o ano-
calendário anterior ao do evento. E, na extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da
liquidação, a apuração da base de cálculo, do imposto e da contribuição devidos será
efetuada na data desse evento.
LLei nº 9.959/2000 , art. 5º , RIR/2018 , arts. 217 e 919 ; Instrução Normativa RFB nº
1.700/2017 , art. 54 e 55 )
.

4. Estimativa mensal
Alternativamente à apuração do lucro real trimestral, a pessoa jurídica pode optar pelo
pagamento mensal do IRPJ e da CSL calculados por estimativa, o que implica a
obrigatoriedade de apuração do lucro real anual em 31 de dezembro (ou, se for o caso, na
data em que ocorrer a incorporação, fusão ou cisão ou o encerramento de atividades da
empresa).
Manifesta-se a opção pela estimativa com o pagamento do imposto e da contribuição
correspondentes ao mês de janeiro do ano-calendário, ainda que intempestivo. No caso de
início de atividades, a opção será manifestada com o pagamento do imposto
correspondente ao primeiro mês de atividade da pessoa jurídica.
A opção pela estimativa é irretratável para todo o ano-calendário ( RIR/2018 , art. 229 ), o
que significa que a pessoa jurídica fica impedida de optar pelo lucro presumido.
A obrigatoriedade de tributação com base no lucro real, no caso de pessoa jurídica optante
pelo regime de estimativa, consta expressamente do RIR/2018 , art. 257 (cuja matriz legal é
a Lei nº 9.718/1998 , art. 14 , VM.
Não obstante, a Lei nº 9.964/2000 , art. 4º , que instituiu o Programa de Recuperação
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Não obstante, a Lei nº 9.964/2000 , art. 4º , que instituiu o Programa de Recuperação


Fiscal LRefis), assim como o Decreto nº 3.431/2000 , art. 9º , que regulamentou o referido
Programa, estabelecem que a pessoa jurídica que, no decorrer do ano-calendário, tenha
efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa poderá optar, durante o período em
que for submetida ao Refis, pela tributação com base no lucro presumido.

No sistema de pagamento por estimativa:


I C o imposto e a contribuição devidos mensalmente deverão ser pagos até o último dia
útil do mês subsequente àquele a que se referirem (este prazo aplica-se inclusive ao
imposto relativo ao mês de dezembro, que deverá ser pago até o último dia útil do mês
de janeiro do ano subsequente);
II C por ocasião do balanço anual L31 de dezembro), serão determinados o imposto e a
contribuição efetivamente devidos, os quais serão confrontados com os valores devidos
por estimativa. Os saldos apurados:
a) se positivo, será pago em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano
subsequente, observado que o saldo do imposto a pagar será acrescido de juros calculados à taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada
mensalmente, a partir de 1º de fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1%
no mês do pagamento; ou
b) se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74 da Lei nº
9.430/1996 .
 Notas
L1M De acordo com o art. 74 da Lei nº 9.430/1996 , o sujeito passivo que apurar
crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou
contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal LRFBM, passível de
restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos
próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele
Órgão.
L2M As regras básicas para determinação mensal do imposto e da contribuição por
estimativa constam no texto Recolhimento mensal do imposto com base na
estimativa.
Deve ser observado, ainda, que a pessoa jurídica optante pela estimativa poderá:
a) suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do imposto
devido (inclusive adicional), calculado com base no lucro real do período em curso, é
igual ou inferior à soma do Imposto de Renda pago, correspondente aos meses do
mesmo ano-calendário anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete
levantado;
b) reduzir o valor do imposto ao montante correspondente à diferença positiva entre o
imposto e adicional devidos no período em curso e a soma do Imposto de Renda pago,
correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere

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o balanço
Se em ou balancete
determinado levantado.
mês a pessoa jurídica optar por reduzir ou suspender o Imposto de
Renda devido mediante o levantamento de balanço ou balancete, deverá pagar a
Contribuição Social devida, relativa a esse mês, com base no respectivo balanço ou
balancete.
Tópico específico aborda em detalhes a suspensão/redução do Imposto de Renda e da
Contribuição Social sobre o Lucro. Sobre o assunto, veja procedimento Balanço de
suspensão ou redução.
LLei nº 9.430/1996 , art. 6º ; Lei nº 12.844/2013 , art. 20 ; RIR/2018 , arts. 217 , 2018, 227 e
921 ; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 , arts. 47 , 54 , 56 , e 57 ; Ato Declaratório SRF
nº 3/2000 )
Legislação Referenciada
Ato Declaratório SRF nº 3/2000
Decreto nº 3.431/2000
RIR/2018
Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017
Lei nº 12.844/2013
Lei nº 9.430/1996
Lei nº 9.718/1998
Lei nº 9.959/2000
Lei nº 9.964/2000

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