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Psicoteologia
Teoria e prática
Da fundamentação teórica ao
atendimento tera pêutico breve
focado na psicologia e na teologia
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Este ebook é uma apresentação do curso EAD
Psicoteologia: Teoria e Prática
Gilson de Almeida Pinho
Psicoteologia
Teoria e prática
Da fundamentação teórica ao
atendimento terapêutico breve
focado na psicologia e na teologia
2021
Sobre o autor
Introdução ........................................................... 23
Módulo 1. Apresentação do curso de
Psicoteologia .................................................... 27
2. Curso Crer e Ser de psicoteologia: Entendendo a
estrutura e abrangência do curso .............................. 29
Até agora tudo que foi feito é uma apresentação do curso Crer
e Ser de psicoteologia. A partir do módulo seguinte começaremos o
curso propriamente dito.
Vamos começar!...
Este trabalho que o leitor tem nas mãos consta de diversos ca-
pítulos, os quais podem ser distribuídos em 18 partes distintas ou mó-
dulos. É importante que o leitor tenha em mente que tais assuntos fo-
ram elaborados especificamente como base para o curso Crer e Ser
Psicoteologia e, mais que isso, fazer desses módulos uma base de es-
tudo para a vida do leitor, uma orientação de prática de vida e, por
fim, algo a ser ensinado para outras pessoas.
Os 18 módulos são:
Bendito seja o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das
misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em
todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que
recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando
por tribulações. (2 Coríntios 1.3-4 NVI)
Ψ + Θ =
Fig. 2.1.1. Psicoteologia é a junção da psicologia e da teologia
1- Personalidade
Personalidade é o que a pessoa é, ou, pelo menos, o que ela
aparenta ser para si mesma e para as demais pessoas com as quais
convive.
Na Grécia antiga, os atores de teatro utilizavam uma máscara
chamada de prósopon (= face, figura, olhar ou aspecto), a qual repre-
sentava alguém, que poderia ser humano, divino ou mitológico. Os
romanos chamavam tal máscara de personalis, termo que significa “o
que é próprio ou característico de uma pessoa ou persona” (per = pelo,
através + sona = som), visto que, em princípio, uma pessoa era alguém
com capacidade de falar, e daquela máscara vinha som (a voz do ator
que a usava), pois ela era de cera ou argila, e, portanto, não mudava
sua feição, mas tinha um orifício ao redor da boca, de onde saia o som
que caracterizava a pessoa representada. De persona veio a palavra
Gilson A. Pinho “Informar, Formar, Transformar” 47
Homem como ser psicossomático e espiritual
3.4.2.1.
A personalidade é resultante de (1) tendências inatas (fatores
genéticos), (2) influências socioculturais (fatores sociogenéticos) e (3)
experiências existenciais particulares do próprio indivíduo ao longo da
sua vida (fatores ontogenéticos). A pessoa ao nascer já traz consigo
traços endógenos de personalidade, porém eles se formarão e desen-
volverão de acordo com as influências socioculturais e diversos outros
fatores exógenos, portanto a personalidade de uma pessoa sempre é
considerada em função do ambiente “social, cultural, econômico e
histórico (temporal)” onde ela vive e se relaciona.
Do nascer ao morrer, e ao longo de toda a vida, a personalida-
de está em constante processo de formação e desenvolvimento, sen-
do, ao mesmo tempo, estável e dinâmica. A personalidade é relativa-
mente estável, pois depois de formados os seus princípios gerais, o
que ocorre por volta dos 6 anos de vida, tais princípios mudam “muito
pouco e muito lentamente” ao longo da vida; mas a personalidade
também é dinâmica, pois depende de alterações neurobiológicas e
mudanças exógenas causadas pelo ambiente, sobre os quais a pessoa
nunca tem pleno controle.1
2- Comportamento
Como foi abordado acima, a personalidade determina as carac-
terísticas individuais e que, por sua vez, determinam o comportamen-
to. Entende-se por comportamento o conjunto das manifestações ex-
ternas da personalidade e que podem, ou não, ser observadas atra-
vés de atos, palavras, pensamentos, percepções, emoções, intenções
etc. Comportamento é tudo aquilo que pode ser observado da pessoa,
analisado e julgado por um observador. Normalmente todo compor-
tamento é resultante de estímulos ambientais que atuam sobre a pes-
soa.
3- Temperamento
A palavra temperamento vem do latim temperamentum, deri-
vada do verbo temperare, e significa equilíbrio, tempero, mistura pro-
porcional ou balanceada. Originalmente o termo foi empregado para
designar a forma, intensidade e rapidez com que as reações emocio-
nais ocorriam, e ainda ocorrem.
Atualmente o termo temperamento é utilizado para se referir
ao modo como todos os atributos da personalidade ficam depois de
eliciados por fatores externos, tais como nacionalidade, raça, sexo, ní-
vel socioeconômico e cultural, religião, idade etc. Por exemplo, todos
têm emoções (como alegria), mas inegavelmente o brasileiro tem um
temperamento muito mais alegre e expansivo que o alemão. Todos
têm emoções e intelecto, mas de modo geral a mulher se mostra mui-
to mais emotiva que o homem, enquanto o homem normalmente se
mostra muito mais frio e racional que a mulher, ou seja, de modo ge-
ral as mulheres são mais temperamentais que os homens. Pessoas de
formação religiosa, em geral, se mostram mais controladas que outras
sem tal formação. A idade faz com que as pessoas sejam mais comedi-
das e prudentes, e assim por diante. Em outras palavras, existem di-
versos fatores que interferem no temperamento humano.
4- Caráter
Caráter é aquilo que caracteriza os “padrões morais” de uma
pessoa. Tais padrões morais são considerados e avaliados em função
dos padrões sociais onde essa pessoa vive.
5- Mente e intelecto
O termo mente vem do latim: mens = pensamento, intelecto,
entendimento, imaginação; espírito, alma; vontade, disposição, inten-
ção. De modo geral tal palavra abrange os processos mentais conscien-
te e inconsciente, os esquemas mentais, a linguagem etc., mas tam-
bém pode ser usado para designar a alma e a própria personalidade da
pessoa. “A mente, com frequência, é usada como sinônimo da alma
imaterial, ou, então, é considerada como uma propriedade ou atributo
da alma” (CHAMPLIN, 2002, vol. 5, p. 393).
A mente habita no corpo, mas é distinta do corpo (dualismo
corpo e mente), e designa todo o psiquismo humano.
As experiências de quase morte (EQM) têm demonstrado que a
mente continua existindo mesmo após a morte física da pessoa.
O termo intelecto vem do latim: inter ou intus = por dentro, en-
tre + llectu = leitura, e significa: discernimento, compreensão, raciocí-
nio, reflexão etc. Intelecto é a capacidade que a mente tem de inter-
pretar as percepções que recebe do seu meio ambiente, bem como o
que ela conhece de si mesma.
O termo inteligência (do latim: inter ou intus + legere = esco-
lher, separar) significa discernir, compreender, entender etc. É a capa-
cidade que a mente tem de aprender e compreender as percepções
6- Consciência
A palavra consciência vem do latim: con = com, o que acompa-
nha, está junto + scientia = ciência, conhecimento, intelecto. É o atri-
buto que acompanha ou que está ao lado do conhecimento ou intelec-
to humano, mas transcende ao mesmo. Consciência é a capacidade
que a pessoa tem de conhecer seu mundo exterior (exterocepção),
conhecer seu estado interior (interocepção) e principalmente conhe-
cer seu mundo interior (propriocepção ou capacidade de considerar a
si mesma). Pelas ciências naturais e pelo intelecto humano, a pessoa
adquire conhecimento de seu mundo, de seu ambiente natural e soci-
al; pela consciência adquire conhecimento de si mesma e se identifica
como ser humano e como indivíduo. A palavra consciência é empre-
gada com diversos significados:
• Conhecimento de alguma coisa, de algo ou alguém; p.ex.: “ele
tem consciência do que está acontecendo” ou “ele tem consci-
ência da presença de tal pessoa”.
• Conhecimento ambiental e circunstancial; p.ex.: “ele é consci-
ente do seu ambiente e da sua condição social” ou “ele tem
consciência da situação”.
• Conhecimento ou ciência de suas responsabilidades; p.ex.: “ele
tem consciência de dever e compromissos”.
• Conhecimento ou domínio de uma área de atividade; p.ex.:
“ele tem consciência de todos os detalhes de sua profissão”.
• Ter responsabilidades com relação a um grupo social; p.ex.:
“ele tem consciência de sua empresa” ou “nosso país precisa
de pessoas de consciência para exercer o governo”.
• Capacidade de julgamento; p.ex.: “ele tem plena consciência
dos fatos e pode opinar sobre o assunto”.
• Estar acordado, desperto; p.ex.: “ele voltou à consciência após
um estado de desmaio”.
• Propriocepção ou estar ciente do que acontece consigo mes-
7- Psiquismo
É o conjunto hipotético altamente complexo de características
psicológicas conscientes e inconscientes de um indivíduo, resultantes
da evolução de diferentes processos mentais em função dos relacio-
namentos sociais desse indivíduo.
Psiquismo é um termo mais limitado ao ambiente psicanalítico,
mas não aparece na literatura dos pais da psicanálise, como Freud,
sendo um conceito mais característico de Wilfred Ruprecht Bion
(1897-1979). Para Bion, o psiquismo se forma a partir da energia libi-
dinal de prazer e desprazer do bebê no seu histórico de relacionamen-
Gilson A. Pinho “Informar, Formar, Transformar” 55
Homem como ser psicossomático e espiritual
8- Ego e self
O ego. Em grego, ἐγώ significa simplesmente eu (pronome
pessoal). Na filosofia grega, o termo ego passou significar a consciên-
cia que a pessoa tem de si mesma, isto é, seus pensamentos, lembran-
ças, sentimentos, percepções sensoriais etc. Para os filósofos gregos, o
ego era o mesmo que consciência ou mente. Na psicanálise, na psico-
logia e até mesmo na linguagem coloquial moderna o termo passou a
designar a pessoa consciente ou a concepção que a pessoa tem ou faz
a respeito de si mesma, sua consciência. Para Freud (Sigmund Freud,
1856-1939), ego é a sede da consciência.
O termo adquiriu notoriedade com Freud em 1923 na elabora-
ção da sua segunda teoria do aparelho psíquico, ou segunda tópica,
onde ele aborda as instâncias (níveis) da tríplice divisão da mente: o id,
o ego e o superego. A teoria freudiana sobre o assunto é muito ampla
e foge do escopo desse trabalho, mas em linhas gerais:
• O id (latim = isso) designa a parte inconsciente da mente, onde
estão as pulsões do indivíduo e também os fatos recalcados e
resistentes etc. No id predomina a busca do prazer.
• O ego (grego = eu) designa a parte consciente, onde predomina
a busca da realidade. É um conjunto de funções conscientes
(pensamento, memória, percepção, linguagem etc.), mas tam-
bém é um conjunto de representações de outras funções que
se processam no inconsciente (símbolos, identificações, meca-
nismos de defesa etc.).
• O superego ou supraego (acima do ego) designa a parte cons-
ciente e inconsciente do indivíduo que o leva a criar ou se
submeter a leis, regras, normas de caráter moral. É a voz da
consciência, o seu legislador moral, juiz e censor (proibidor)
56 “Informar, Formar, Transformar” Gilson A. Pinho
Homem psicossomático: Alma e os aspectos do homem interior
1- Emoções primárias
1) As emoções primárias são genéticas, portanto são inatas e
herdadas.
2) São biológicas, isto é, o centro delas está no sistema límbico,
giro do cíngulo e amídalas; e além de terem um ou mais centros bioló-
gicos, podem produzir, e normalmente produzem, efeitos fisiológicos.
3) São pré-organizadas, ou seja, já nascemos predispostos a
elas na sua forma natural, mas elas podem ser moldadas e condicio-
nadas em função do ambiente sociocultural onde a pessoa vive.
4) São experenciadas ainda na infância – o medo e a satisfação
já se manifestam no 5º mês de gravidez, quando a criança está no úte-
ro da mãe. Outras emoções só se manifestam quando a criança vai se
2- Emoções básicas
Entre as emoções primárias existem 4 que são consideradas
básicas, ou “primárias das primárias”: medo, felicidade (satisfação),
alívio e frustração. São consideradas básicas porque: (1) podem ser
identificadas ainda na vida intrauterina; e (2) em maior ou menor in-
tensidade, podem ser identificadas em todas as outras emoções:
• Se alguém espera algo bom, e esse algo bom acontece, a pes-
soa sente felicidade.
• Se espera algo bom, e esse algo bom não acontece, sente frus-
tração.
• Se espera algo mau, e esse algo mau acontece, sente medo.
• Se espera algo mau, e esse algo mau não acontece, sente alí-
vio.
Emoções
Emoções secundárias Emoções secundárias Tríade ne-
BÁSICAS e
positivas negativas gativa
primárias
insegurança, hesitação,
respeito, reverência, an- ansiedade (neg.), angús-
1- MEDO desamparo
siedade (pos.) tia, susto, depressão, fo-
bia, pânico
intolerância, ódio, agres-
justiça, tolerância, bene- 2- raiva ou
sividade, crueldade, vin- desamor
volência ira gança
mágoa, amargura, abati-
mento, aflição, melanco- Desampa-
conforto emocional 3- tristeza
lia, depressão, remorso, ro
dor emocional
mágoa, amargura, abati-
pesar, arrependimento 4- culpa mento, tédio, remorso, desamparo
aflição
arrependimento, tolerân- insegurança, humilhação, desvalor
5- vergonha
cia, timidez, humildade inferioridade desamparo
dedicação, devoção, al- cobiça, excitação, inferio-
6- inveja desvalor
truísmo ridade
cobiça, excitação, des-
confiança, intranquilida- desamor
zelo, amor 7- ciúme
de, insegurança, inferio- desvalor
ridade
desprezo, orgulho, arro-
8- desinte- desamparo
empatia, simpatia gância, escárnio, apatia,
resse desamor
rebeldia
insegurança, humilhação,
benevolência, luto (pos.) 9- perda desamparo
inferioridade, luto (neg.)
dó, compaixão, dedicação 10- nojo asco, repulsa, aversão desamparo
11- FRUS- apatia, desânimo, decep- desvalor,
mansidão
TRAÇÃO ção, desgosto desamparo
2
É uma forma de contratransferência consciente, objetiva e mais diretiva
e criativa que as demais formas de reações contratransferenciais. Em todo
aconselhamento ou atendimento terapêutico, a atitude do conselheiro ou
terapeuta sempre deveria ser de neutralidade e de distanciamento ético em
relação ao analisado, a fim de não comprometer a eficácia do seu trabalho.
Assim o terapeuta não poderia se colocar na condição de salvador, professor,
aliado, amigo, moralista, catequista, conselheiro etc., mas na prática nem
72 “Informar, Formar, Transformar” Gilson A. Pinho
Humor, afetos e temperamento 2: As emoções e os sentimentos
3
Associação simultânea de diversas psicopatologias e/ou transtornos de
personalidade.
4
Psicopatologia é área da psiquiatria, neurologia e psicologia que estuda
os estados psíquicos nos quais ocorre alguma forma de sofrimento mental
76 “Informar, Formar, Transformar” Gilson A. Pinho
Humor, afetos e temperamento 2: As emoções e os sentimentos
Analfabetismo emocional
As emoções existem para nos levar à ação, mas quem age por
impulso sempre tem mais a perder que a ganhar.
Toda pessoa carrega dentro de si impulsos, emoções, percep-
ções, pensamentos e vontades, a respeito dos quais não ousaria falar
publicamente porque isso lhe causaria muita vergonha e constrangi-
82 “Informar, Formar, Transformar” Gilson A. Pinho
Humor, afetos e temperamento 2: As emoções e os sentimentos
Nome: ____________________________________________________
Idade: ________ Data: ____ /____ /____
Indique o valor para cada item, que descreve o quanto cada compor-
tamento é característico em sua vida. Considere também o quanto as
pessoas com as quais convive atribuem a você tais comportamentos.
0 – não se aplica a você nem mesmo um pouco.
1 – aplica-se a você algumas vezes.
2 – aplica-se a você frequentemente, mas não sempre.
3 – aplica-se a você a maior parte do tempo, ou todo o tempo.
Emoções e sentimentos
F= =
57
6
Ver item “Como acessar o inconsciente das pessoas”, no capítulo “Cog-
nições e intelecto”, do “Módulo 04. Componentes da personalidade huma-
na”).
104 “Informar, Formar, Transformar” Gilson A. Pinho
Terapia cognitiva: Conceito de esquemas mentais
1- Linguagem e pensamento
gens mentais (ela já sonha), mas seus pensamentos nada têm a ver
com linguagem, e vice-versa: “ela pensa sem falar, e fala sem pensar”.
Entre 2 anos e 2 anos e meio, seu pensamento e linguagem se
cruzam, ou se encontram. A partir daí, a criança aprende a manifestar
exteriormente o que pensa através da fala, e sua interação com o
mundo aumenta consideravelmente. Nessa mesma época, ela começa
a aprender conceitos não concretos – primeiramente são os verbos:
mamá (mamar), bebê (beber), papá (papar) etc. Logo a seguir, passa a
formar frases e aprende a regra básica da formação do pensamento
em português: sujeito + verbo + predicado, por exemplo: “nenê qué
mamá”, ou seja, a criança passa a dominar a linguagem e o pensamen-
to. Na realidade seu cérebro passa a funcionar assim – o pensamento
passa a ser expresso principalmente através da linguagem, e não ape-
nas através de imagens.
Daí para frente é só uma questão de tempo para a criança am-
pliar seu vocabulário, assimilar adjetivos (qualidade), advérbios (inten-
sidade da ação) etc. Antes dos 6 anos, ela já terá assimilado os concei-
tos de certo e errado, de valores morais e crenças – tudo isso através
do que assimila das pessoas com as quais convive mais diretamente.
Por volta dos 6 anos, ela adquire a linguagem simbólica visual e já
pode ser alfabetizada. Por volta dos 14 a 16 anos, terá domínio de seu
raciocínio abstrato. Por volta dos 20 a 21 anos, seu sistema nervoso já
estará totalmente formado, embora o cérebro humano nunca deixe
de aprender, mesmo quando a pessoa envelhece. Até no momento da
morte, o processo de aprendizagem não cessa.
O pensamento é um conjunto de símbolos mentais memoriza-
dos ao longo da vida – a memória é a principal forma de pensamento,
sem memória as outras atividades mentais ficam extremamente limi-
tadas. A linguagem falada é um conjunto de símbolos sonoros que
representam os símbolos mentais, e ajudam a pessoa a se comunicar e
viver em sociedade. A linguagem escrita é um conjunto de símbolos
gráficos que representam símbolos sonoros que, por sua vez, repre-
sentam símbolos mentais, ou seja, a escrita é símbolo de símbolo (fala)
de símbolo (pensamento). O domínio da escrita tem uma influência
poderosa na execução das atividades conscientes da pessoa, bem co-
7
CID-10 = Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde, 10ª revisão, 2007, ou ICD-10 = International Sta-
tistical Classification of Deseases and Related Health Problems, 10th revision,
2007. A CID-10 é o padrão adotado pela OMS (Organização Mundial da Saú-
de), sendo de uso muito frequente no Brasil.
8
DSM-IV TR = Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais,
Versão IV, Texto Revisado, de 2000, ou Diagnostic and Statistical Manual of
Mental Disorders, Version IV, Revised Text, 2000. O DSM-IV TR é o padrão
adotado pela APA (Associação Americana de Psiquiatria), sendo de uso mais
frequente nos Estados Unidos. O trabalho aqui apresentado foi elaborado
em cima do DSM-IV, mas já existe o DSM-V, porém com relação a que será
aqui abordado, não há diferenças significativas entre DSM-IV e DSM-V.
9
É importante ressaltar que qualquer diagnóstico psicopatológico só po-
de ser feito por profissional habilitado: médico ou psicólogo. Nem mesmo o
psicanalista (que não tenha formação em medicina ou psicologia) pode apre-
sentar um diagnóstico de psicopatologia.
10
Relação objetal é a relação que a pessoa estabelece com qualquer objeto signi-
ficativo de seu mundo psicológico. Esse objeto pode ser um objeto físico propria-
mente dito, mas geralmente é uma outra pessoa, uma circunstância, um pensamen-
to, sentimento, comportamento ou qualquer outro fenômeno de alto valor psicoló-
gico.
Gilson A. Pinho “Informar, Formar, Transformar” 123
Análise do comportamento disfuncional
1- Fatores biológicos
risco para que uma patologia possa se manifestar, pois muitas patolo-
gias se devem a genes recessivos; e (2) apenas 14% das pessoas com
predisposição genética para determinada patologia a desenvolverão
de fato, pois é preciso algum fator ambiental que sirva de gatilho para
a mesma (fator desencadeante) – entre os fatores ambientais estão:
“exposição a substâncias psicoativas no estado fetal, até a desnutri-
ção, infecção, perturbação do ambiente familiar, abandono, isolamen-
to e trauma” (BALLONE, 2008).
2- Fatores psicológicos
11
Transferência, reação transferencial, processo transferencial ou fenô-
meno transferencial é o direcionamento de um sentimento que o analisado
(pessoa subordinada) tem por uma pessoa real, que “foi”, ou “é”, significati-
va em sua vida, e exerce ou exerceu alguma forma de autoridade sobre a
pessoa subordinada, sendo que esse sentimento é agora deslocado (direcio-
nado) para outra pessoa, que neste caso é o analista ou outra pessoa de au-
toridade. O analisado projeta no analista uma figura idealizada que corres-
ponde às suas expectativas emocionais tanto positivas, como negativas.
Gilson A. Pinho “Informar, Formar, Transformar” 129
Análise do comportamento disfuncional
3- Fatores socioculturais
a) Urbanização descontrolada
As pessoas deixam os campos e migram para as cidades em
busca de melhores condições de vida, mas a urbanização descontrola-
da dificulta a assimilação dos novos moradores por falta ou reduzido
apoio social. Tais pessoas:
• Acabam perdendo seus vínculos familiares originais e nem
sempre criam novos vínculos na cidade aonde chegam;
• Enfrentam o problema da distância entre a moradia e o local
de trabalho, congestionamento de tráfego, poluição do meio
ambiente etc.;
• Não encontram as condições favoráveis de vida e acabam se
envolvendo com a pobreza, criminalidade e violência, prostitui-
ção, uso de bebidas e drogas etc.; e
• Encontram um ambiente econômico fortemente baseado no
dinheiro e no “ter”, e não no “ser”, onde a tendência é a des-
personalização e a perda ou abrandamento de determinados
valores morais.
d) A discriminação da mulher
De modo geral as mulheres apresentam mais casos de trans-
tornos mentais e comportamentais que os homens. Obviamente que o
fator genético e orgânico deve ser considerado, mas a mulher enfren-
ta algumas situações agravantes que as predispõem mais a tais trans-
tornos:
• Sobre as mulheres recai a maior parte das atividades familia-
res, pois elas são esposas, mães, cuidadoras da casa, educado-
ras dos filhos etc., e esse tipo de trabalho não tem pagamento,
não tem férias e nem perspectiva de abrandamento no futuro.
• As mulheres estão trabalhando fora e constituem metade da
mão de obra no mercado de trabalho, mas (a) ganham menos
que os homens, (b) quando chegam em casa ainda têm toda a
sobrecarga de trabalho doméstico a realizar, e (c) muitas são as
únicas sustentadoras da família.
• A violência contra as mulheres, tanto no sentido físico, sexual,
moral etc., e isso ocorre nos mais diversos ambientes sociais e
econômicos.
4- Fatores espirituais
comportamento pós-concussional.
causados por do-
ença, lesão e dis-
função cerebral
2. Transtornos Transtornos causados pelo uso de álcool, opioides, ca-
mentais e com- nabinoides, sedativos e hipnóticos, cocaína, estimulan-
portamentais de- tes e cafeína, alucinógenos, tabaco, solventes e outras
vido ao uso de drogas voláteis, medicamentos psicoativos.
substâncias psi-
coativas
3. Esquizofrenia, Transtornos psicó- Com ou sem sintomas esquizofrê-
transtornos es- ticos agudos e nicos
quizotípicos e transitórios
transtornos deli- Esquizofrenia Esquizofrenia paranoide, hebe-
rantes frênica, catatônica, depressiva,
residual e simples.
Transtorno esquizotípico (ver transtorno de personali-
dade no cap. seguinte)
Transtornos delirantes persistentes
Transtornos esqui- Maníaco, depressivo e misto.
zoafetivos
4. Transtornos do Transtornos de- Episódios depressivos, depressão
humor ou trans- pressivos recorrente etc.
tornos afetivos Transtornos per- Ciclotimia, distimia etc.
sistentes de humor
Transtorno afetivo Hipomaníaco, maníaco, depressi-
bipolar (TAB) vo e misto.
Transtorno episó- Hipomania, mania não psicótica e
dico maníaco mania psicótica.
5. Transtornos Reação a estresse grave e transtornos de ajustamento
neuróticos, trans- Transtornos ansio- Pânico, ansiedade, e misto de an-
tornos relaciona- sos siedade e depressão.
dos com o estres- Transtornos fóbi- Agorafobia, sociofobia e fobias
se e transtornos co-ansiosos específicas.
somatoformes
Transtornos disso- Motor (movimento), estupor,
ciativos ou trans- convulsão, anestesia, amnésia,
comportamento neurótico.
• Outras alterações, nem sempre presentes: ideias com tendên-
cia obsessivas, teatralidade, fraqueza física e mental generali-
zada, alterações sensoriais etc.
3) Em geral as neuroses apresentam efeitos psicossomáticos
diversos, tais como: palpitações cardíacas, taquicardia ou bradicardia,
alteração na pressão arterial, dificuldades respiratórias, transpiração
excessiva, tremores etc. Tais manifestações psicossomáticas das neu-
roses diferem das reações psicofisiológicas pelo fato de que não che-
gam a constituir doenças específicas, permanecendo na condição de
sintomas de neuroses.
4) Ocasião da ocorrência. Com exceção das reações fóbicas
que podem se manifestar desde a mais tenra idade (neurose infantil),
todas as demais neuroses normalmente só se manifestam após a pu-
berdade, embora certos indícios do comportamento infantil possam
prever uma futura neurose. Toda neurose tem sua origem no relacio-
namento da criança com sua mãe ou outras pessoas significativas
ainda na primeira ou segunda infância.
5) A pessoa neurótica raramente necessita de internação hos-
pitalar, desde que use normalmente os medicamentos prescritos e,
apesar de suas limitações emocionais e dificuldades de relacionamen-
tos, consegue conviver em família e em sociedade, e continua a traba-
lhar normalmente e a exercer suas atividades profissionais.
6) O colapso neurótico (ataque) é uma crise emocional grave e
incapacitante que exige maiores cuidados assistenciais. Ocorre quando
a pessoa se vê incapaz de lidar com os problemas do dia a dia; em
momentos de profunda fadiga física, emocional e intelectual; sendo
antecedido por situações ambientais que se assemelham aos temores
dos anos de infância.
2- Transtornos ansiosos
cardíaco.
3- Transtornos fóbico-ansiosos
b) Agorafobia
É o medo de multidões e de locais com muitas pessoas, como
mercados, lojas e outros locais públicos. A pessoa sente medo de sair
de casa, medo de viajar sozinha em trem, ônibus, avião etc. A agora-
fobia normalmente se manifesta após um episódio de pânico, de fobia
social, depressivo ou obsessivo. Devido ao comportamento de evita-
ção constante é comum os agorafóbicos não apresentarem ansiedade
exagerada, mas quando a evitação não é possível, a ansiedade o leva
ao comportamento de fuga. Os sintomas típicos da agorafobia são ba-
sicamente os mesmos da sociofobia.
c) Fobias específicas
São fobias limitadas a situações específicas, como a determina-
dos locais, condições ambientais, meios de transportes (em especial
avião e navios), animais, ingestão de determinados alimentos, cuida-
dos odontológicos, ver sangue ou ferimentos etc., embora a situação
desencadeante seja algo completamente inofensivo. As fobias especí-
ficas podem evoluir rapidamente para o pânico, sociofobia e agorafo-
bia.
As fobias específicas são centenas, algumas mais comuns são:
• Acrofobia: medo de altura e lugares altos.
• Agorafobia ou oclofobia: de multidões.
• Aicmofobia: medo de agulhas e objetos pontiagudos.
• Algofobia: medo de sentir dor.
• Aracnofobia: medo de aranhas.
• Automatofobia: medo de ventríloquos, bonecas, estátuas de
cera, bonecos e animais eletrônicos.
• Barofobia: medo da gravidade, medo de cair.
• Belanofobia: medo de injeções.
• Bibliofobia: medo de livros.
cas de doidos”.
É importante destacar que tais patologias podem ter origem
biológica, psicológica, social e não apenas espiritual. Muitas dessas pa-
tologias são geralmente, e erroneamente, mas preconceituosamente,
rotuladas como manifestações demoníacas.
Diante da presença de tais psicopatologias é comum que mui-
tos líderes espirituais bem intencionados, mas ignorantes quanto ao
assunto, cometam três erros básicos: (1) fiquem lutando contra de-
mônios e se sentem derrotados porque não conseguem a libertação
do pobre escravo de Satanás; (2) pior ainda é que atrasam e dificultam
o tratamento médico especializado que deveria ser prestado imedia-
tamente ao doente; e (3) o que é muito pior, continuam estigmatizan-
do e discriminando de maneira preconceituosa a pessoa, como sendo
um depósito de demônios, quando, na realidade, é uma infeliz porta-
dora de algum tipo de transtorno mental ou comportamental, a qual
já sofre pela patologia que tem, e ainda sofre pela discriminação e
preconceito que é obrigada a enfrentar.
Por outro lado, muitas manifestações consideradas carismáti-
cas e espirituais dentro das igrejas nada mais são que surtos psicóticos
com fortes componentes culturais do ambiente evangélico e, por isso,
são confundidas como manifestações espirituais.
Os líderes cristãos, leigos em psicopatologia, com certeza não
identificarão tais fenômenos, nem são obrigados a isso, mas os que
conseguem identificar conseguem também dar melhor apoio psicoló-
gico e espiritual às ovelhas do seu rebanho.
Isso de maneira alguma significa que não existem manifesta-
ções espirituais verdadeiras, tanto de origem divina como de origem
demoníaca, e muitas vezes a distinção entre uma psicopatologia e
uma manifestação espiritual é uma linha muito tênue ou de contornos
não definidos. Em qualquer dos casos, o que importa é sempre condu-
zir a pessoa a aceitar ou manter sua fé em Jesus, buscar servir a Deus
da melhor maneira possível e, principalmente, utilizar suas crenças e
práticas religiosas como fator de cura psicológica e não como mais um
fator causador ou agravante de alguma psicopatologia.
Nome: ____________________________________________________
Idade: ________ Data: ____ /____ /____
Indique o valor para cada item, que descreve o quanto você experimentou
cada sintoma na última semana.
0 – quando não se aplica a você nem mesmo um pouco.
1 – quando se aplica a você algumas vezes.
2 – quando se aplica a você frequentemente, mas não sempre.
3 – quando se aplica a você a maior parte do tempo, ou todo o tempo.
S= =
108
Fs = =
36
E= =
15
Cg = =
12
Cp = =
33
Ft = =
12
• Para 7,5 < S ≤ 10,0: quadro grave de estresse nos quesitos avalia-
dos, e o tratamento precisa do apoio de medicamentos psiquiátri-
cos.
Nome: ____________________________________________________
Idade: ________ Data: ____ /____ /____
Indique o valor para cada item, que descreve o quanto você experi-
mentou cada sintoma na última semana.
0 – quando não se aplica a você nem mesmo um pouco.
1 – quando se aplica a você algumas vezes.
2 – quando se aplica a você frequentemente, mas não sempre.
3 – quando se aplica a você a maior parte do tempo, ou todo o tempo.
15 Urinação frequente.
Fs Total de pontos em Fs (itens 1 a 15)
16 Inquietação e impaciência.
17 Nervosismo persistente e injustificado.
18 Irritabilidade por motivos banais.
19 Medo frequente e injustificado de que você ou alguém
próximo ficará doente ou sofrerá algum acidente.
20 Medo de morrer, de perder o autocontrole ou de ficar
louco.
E Total de pontos em E (itens 16 a 20)
21 Sensação de vazio na cabeça.
22 Dificuldade de concentração.
23 Perda acentuada da memória.
24 Preocupação frequente com determinado assunto.
25 Pensamentos frequentes de perigo.
Cg Total de pontos em Cg (itens 21 a 25)
26 Sentindo-se tenso ou excitado.
27 Incapacidade de relaxar.
28 Dificuldade em pegar no sono ou dificuldade para dor-
mir.
29 Facilmente assustado.
30 Evita ou foge de lugares onde possa ficar ansioso.
31 Evita ou foge de lugares fechados ou com muita gente.
32 Deixa de se preocupar com a aparência, higiene pessoal
etc.
33 Desinteresse por coisas que antes achava interessante.
34 Comportamento agressivo.
35 Comportamentos bizarros, repetitivos, tiques, contorci-
onismos, alterações de voz etc.
Cp Total de pontos em Cp (itens 26 a 35)
36 Sente-se incapaz de lidar com dificuldades futuras.
A= =
120
Fs = =
45
E= =
15
Cg = =
15
Cp = =
30
Ft = =
15
tante variáveis.
2 e 3.
3) O atendimento claramente terá um término pré-fixado para
seu término, embora este tempo de duração não seja rigidamente es-
tabelecido. A fixação de um tempo para o término dos atendimentos
tem um efeito psicológico muito grande para os aconselhados, pois
eles terão um objetivo a alcançar em um tempo definido, e se esforça-
rão para tal.
Se os atendimentos não tiverem um tempo definido de térmi-
no raramente os aconselhados chegarão até o fim e receberão alta da
terapia, pois a grande maioria (aproximadamente 60%) simplesmente
abandonará o processo ao longo do caminho. A experiência prática
clínica ensina que:
1) Se os atendimentos se estenderem além de 20 sessões, no
máximo 10% dos aconselhados que vieram para a primeira sessão
continuarão por mais esse tempo. Como será explicado posteriormen-
te, dependendo do grau de comprometimento da pessoa aconselhada,
esse tipo de atendimento muitas vezes se faz realmente necessário.
2) Se os atendimentos se estenderem entre 13 e 20 sessões,
em média de 20 a 30 % dos aconselhados da primeira sessão comple-
tarão esse tempo. A vantagem desse número de sessões está no fato
de que os 7 passos podem ser aplicados sem grandes dificuldades.
3) Se os atendimentos se estenderem entre 5 e 12 sessões, a
porcentagem dos que atingem o fim pode chegar a algo pouco acima
de 50% dos aconselhados da primeira sessão. Quanto menor for o
número de sessões disponíveis, os passos 6 e 7 acabarão sendo supri-
midos, e os passos 2 a 5 precisarão ser reduzidos em sua duração.
4) Por outro lado, apenas 15% dos aconselhados da primeira
sessão estabelecem que concordariam com no máximo 4 atendimen-
tos. Desses que aceitam esse número de atendimentos, a maioria
(13%) realmente comparece aos 4 atendimentos. Com 4 atendimen-
tos, o máximo que se consegue atingir é até o passo 3, dando-se pre-
ferência para maior desenvolvimento do passo 2.
5) No máximo 10% das pessoas só aceitam vir a um único
atendimento, e não adianta insistir que voltem para outras sessões
12
Ver “Módulo 11. Grupoterapia em psicoteologia”.
13
Ver “Módulo 09. Práticas clínicas individuais”.
14
Idem.
15
Idem.
16
Idem.
17
Ver “Módulo 15. Contribuições teológicas, religiosas e espirituais à psi-
coteologia.
bém medir sua qualidade de vida será fácil observar uma relação direta entre
ambas. O IAQVF permite a medição da qualidade de vida e da felicidade a
fim de analisar a relação disso com possíveis patologias e comportamentos
disfuncionais que a pessoa pode desenvolver.
5. Crise existencial: A falta de sentido de vida. Crise significa
ação ou faculdade de separar, distinguir; luta, litígio, processo; deci-
são, juízo, sentença; resultado, desenlace. Quando aplicada ao desen-
volvimento da vida ou existência de uma pessoa, então ocorre uma
crise existencial, ou seja, um período que desiquilibra a pessoa, que a
enche de dúvidas e incertezas, pode ser um período muito perigoso,
mas também é uma época em que a pessoa precisa tomar decisões e
buscar uma solução para o problema que a aflige. Embora normal-
mente a crise existencial seja vista de maneira muito negativa, ela
também pode ter um lado positivo ao promover um avanço significati-
vo para o autoconhecimento, levando a pessoa a uma vida de equilí-
brio e crescimento nas mais diversas áreas de sua vida, principalmente
no crescimento pessoal, na tomada de decisões e no redirecionamen-
to profissional.
Em módulos específicos informados anteriormente serão abor-
dadas outras práticas psicoteológicas.
anterior.
• Sempre questione o que mudou desde o encontro anterior.
• Caso tenha passado alguma tarefa para o aconselhado fazer
em casa, não se esqueça de verificar se ele realmente cum-
priu tal obrigação.
12) Fale somente a verdade, por mais que ela possa ser dura e
até ser algo contra você mesmo, mas fale a verdade com amor (Ef
4.15, 25). Porém considere se é realmente preciso que se fale essa
verdade, pois mesmo a verdade pode causar mais danos que soluções.
13) Tenha em mente que ao aconselhar outra pessoa, o conse-
lheiro é responsável pelo processo e não pelos resultados, portanto
não espere uma solução rápida e perfeita. Muitas vezes nem ao me-
nos espere uma solução. Ela poderá não vir ou nem existir.
14) Lembre-se sempre que as pessoas estarão mais dispostas
a seguir seus exemplos que seguir seus conselhos.
18
O superego ou supraego (acima do ego) designa a parte consciente e
inconsciente do indivíduo que o leva a criar ou se submeter a leis, regras,
normas de caráter moral. É a voz da consciência, o seu legislador moral, juiz
Gilson A. Pinho “Informar, Formar, Transformar” 197
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