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5/12/2018 1_SBM - Elon La ge s Lima - Te ma s e Proble ma s - slide pdf.c om

P r e fá  cio

O conte údo deste livro é o mesmo das 10 au l as que f or am dadas


pelos a utores a professores que atu am no Ensino M édio no Rio de
Janeiro, em janeiro de 2001.
O cur so dur ou uma semana, com duas aul as em cada manh ã
enquant o as t ar des er am dedi cadas à r es olu ção e a discuss ão em
conjunto dos exercı́cios propostos.
Todos os problema s aqui apresent ados t êm respostas comple-
t as no final.
A Sociedade Brasileira de Matem át ica dispõe de um conjunto
de 10 vı́deos nos quais est ão gravadas, a o vivo, as au las. As pes-
soas e in st itu ições inter essad as na aqu isição dos mesmos podem
dirigir-se à S BM nos en dere ços qu e cons ta m n o presen te volume.
Ao p ôr est e mat er i al à di sposição dos professores e estudan-
tes universit ários que se prepar am para o exercı́cio do ma gist ério,
a in t en ção dos autores é a de dest acar al guns t emas usual men-
t e e s t u d a d o s n o E n s i n o M édi o, most r ando que, ao l ado de sua

conceit u a ção apropriada, eles podem ser ilustrados por meio de


problemas simples, acessı́veis, por ém desafiadores e contextua is.
Evidentemente, trata-se de uma pequena amostra, indicando um
f é rtil e atra ente caminho a ser t rilha do.
Mais uma vez, as atividades que realizamos, o livro publica-
do e os vı́deos gravados devem sua exist ênci a em gr ande pa r t e a
VITAE, ao IMPA e à SBM. A estas not á veis ins tit u ições, o agra-
deciment o dos a ut ores.

Rio de J an eiro, jun ho de 2001


Elon Lages Lima
Paulo Cezar P. Carvalho
Edua rdo Wagner
August o César Morgado

iii

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Ca pı́tu lo 1

Proporcionalidade e
F u n ções Afins

Em seu livro “Elementos de Álgebra”, publicado em S ão Pet ers-


burgo em 1770, o grande m at em ático Leonardo Euler prop õe o
seguinte problema:

Uma lebre est á 50 pulos à frent e de um cachorr o, o qua l


d á 3 pul os n o t em po que el a l eva para dar 4. Sabendo
que 2 pu los do cachorro valem 3 da lebre, qua nt os pu los
ele deve dar para pegá-la?

E s t e é u m exemplo de quest ão que se refere a proporcionalidade,


assunto que exporemos a seguir.

1 P r o po rc i o n al id a d e
Diz-se que duas grandezas s ã o proporcionais quando exist e um a
correspond ência x →  y, que associa a cada valor x de um a del as

um valor y bem definido da out ra , de ta l modo que sejam cumpr i-
da s a s segu int es condições:

1) Quan to maior for x, ma ior ser á y. E m t erm os m at em áticos:


   
se x →  y e x →  y en t ã o x < x implica y < y .
 
2) Se dobrarmos, triplicarmos, etc. o valor de x en t ão o valor
correspondente de y ser á dobra do, tr iplicado, etc. N a lingua -

gem matem ática: se x →  y en t ã o nx → ny para todo n N.  ∈
N a s con di ções acima, a correspond ência x →  y chama-se uma
 proporcionalidade.

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4 Temas e Problemas

E x e m p l o 1 . Sejam x o volume e y o peso de um a porçã o d e u m


lı́quido homog êneo. A correspond ência x →  y cumpre claramente 
a s d u a s cond ições a cima , logo o volum e é proporcional ao peso.

E x e m p l o 2 . Sejam r e s reta s para lelas. Dado qualquer ret ângulo


que tenha dois lados contidos nessas retas, chamemos de x o com-
primento de um desses lados e z a área do ret ângulo.

 s

 z 

Fi g ur a 1


A corr espond ência x → z é um a pr oporciona lidade. Ou seja:
quando a al t ura de um ret ângulo é fixada , sua área z é proporcio-
n a l à base x.
 
Com efeito, em primeiro lugar, se x < x en t ã o a área z do

r et ân gulo de base x é igua l à área z do ret ân gulo de base x mais
 

a área de um ret ân gulo de base x − x, logo z < z .


Em segun do lugar, um r et ân gulo de base n x pode ser expres- ·
so como reuni ão de n r et ân gulos justa postos de ba se x (e mesm a
área z) logo sua á r e a é n z. ·
Ob s e rv a ç a˜ o . A a fir m a ção contida no Exemplo 2 é um a conse-
q ü ência imediata da f órm ula que exprime a área de um ret ângulo
como o produto da base pela a ltura . E sta é, entr etan to, uma justi-
ficat iva a posteriori. N ã o é convenient e us á-la no presen te cont ex-
to pois, na verda de, o primeir o pass o da d edu ção daquela f ó rmula
é a ver ifica ção da proporciona lidade acima.

E x e m p l o 3 . Consideremos no plano um ângulo AOB e u m a r e -  


t a r q u e n ã o é par al ela ao l ado OA n e m a OB (Figur a 2). Dado
qualquer segmento de reta de compriment o x, contido em OA, a s
paralelas a r tr açada s por su as extr emidades det erm inam sobre o
lado OB um segment o de compriment o y.

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˜  Afins
Proporcionalidade e Funç oes 5

r   B

 y

O  A
 x

Fi g ur a 2

Afirmamos que a correspond ência x →  y é u ma proporciona li- 


dade.
Antes de just ificar est a a firm aç ão devemos m ostr ar que o com-
pri m ent o y depende apena s do compriment o x m a s n ã o da posi çã o
do segmento toma do sobre o lado OA. (Isto significa que a corr es-
pond ência x →  y est á bem definida.)

Ora, se tomarmos sobre o lado OA dois segmentos de m esmo
 
comprimento x en t ão na F igur a 3, onde MN e M N s ão par alelos
  
a OA, o s t r i ângulos MNP e M N P t ê m , c a d a u m , u m l a d o d e
mesmo comprimento x, compr eendido entr e dois ângulos M = M     

 
e N = N . Logo s ã o t r i ângulos congruentes e da ı́ MP = M P = y.
  

A par tir dest a observa ção inicial, sempr e que t iverm os x →  y e 


   
x →  y , se quisermos compa ra r y com y podemos supor qu e x e x

s ão medidas de segmentos com origem no v értice O. E n t ão fica
claro que se x < x ⇒  y < y e que x = n x ⇒  y = n y, como
  
· 
·
mostra a Figur a 4 (onde n = 3).

E x e m p l o 4 . Invest i ndo um a quant i a x num a cadernet a de pou-

pa n ça , a p ós
correspond o decurso
ência x →  y édeuma
um proporcionalidade:
m ês obt ém -se um m
 o ont
queant
se erecebe
y. A
n o fi m d o m ês é pr oporcional ao que se a plicou. Com efeito, é
claro qu e aplican do-se mais recebe-se mais e investindo-se uma
quant i a n vezes m aior do que x, pode-se consid er ar ess a oper a çã o
como n investimentos iguais a x, logo o que s e r ecebe é n  y. ·

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6 Temas e Problemas

 B
 P’ 

 y

 M’ 
 N’ 
r   x
 P 

 y
 M 
 N 
 x

O  A
 x x

Fi g ur a 3

 B
 B

 y
 y' 
 y
 y  y

O  A O  A
 x   x x x
 x' 

Fi g ur a 4

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˜  Afins
Proporcionalidade e Funç oes 7

Ob s e rv a ç a˜ o . Se um a quan t i a fixa gera, ap ós um m ês de investi-


mento, um r etorn o  y, n ã o é verda de que ap ós n meses essa mesma
quan tia gere o retorno n  y, mesm o que a ta xa de jur os perm an eça
·
constante. Pois ao final de cada m ês é como se tivesse sido aplica-
da novamente uma quantia maior, igual à existente no m ês ant e-
rior ma is os juros corr espondentes. Assim o retorn o (nu m per ı́odo
fixo) é proporcional ao capital inicial mas n ã o é proporcional ao
tempo de investimento.

E st a obser va ção mostra que a propriedade “qua nt o ma ior for x,

maior ser á y ” n ão assegura a proporcionalidade entre x e y. O ut ro


exemplo disto é a correspond ência x →  y, onde x é o l ado de um 
quadrado e y é sua á r e a .

Dian te dos exemplos an ter iores, podemos form ula r a d efiniçã o


m a t e m ática de pr oporciona lidade, onde a s gran dezas s ão substi-
t u ı́das por n úmer os r eais, que s ão suas medidas.
Estamos considerando apenas grandezas que t êm medida po-
sitiva, logo o modelo ma tem át ico da proporciona lidade leva em
cons ider a ção apenas n úm eros r eais positivos.
Uma proporcionalidade (num érica) é u m a fun çã o f : R → R ·  · 

com as seguintes propriedades:


1) f é u ma fun ção crescente, isto é x < x 
⇒ f(x) < f(x ) p a r a


quaisquer x, x R . ∈ · 

2) Para t odo x ∈R · 

e todo n ∈ N tem-se f(nx) = n · f(x).


Num a pr oporciona lidade a propriedade 2), acima adm itida ape-
nas quando n ∈
N, va le p a r a u m n úmero real positivo qualquer.
E s t e é o cont e údo do

Te o r e m a F u n d a m e n t a l d a P r o p o r c io n a l i d a d e .
·  · 

S e f: R →R e ´  u m a
todo x ∈ R e todo n
· 

∈fun çao
˜  crescente tal que f(nx) = n · f(x) para
˜  f(cx) = c · f(x) para quaisquer  x e c
N , ent ao
em R . · 

A dem ons t r a ção do teorema acima est á no Ap êndice 1 na p ág. 16.


V er t am b ém os seguintes livros, publicados pela S.B.M.: “Meu

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8 Temas e Problemas

Pr ofessor de Ma tem ática”, p ág. 129, e “A Mat em ática do Ensino


M édio, vol. 1”, p ág. 94.
N a pr ática, é bem mais f á cil mostrar que f(nx) = n f(x) p a r a ·
n N do que verificar que f(cx) = c f(x) para todo c R . (Pense
∈ √ · ∈ · 

em c = 2 ou c = π . ) Por outro lado, o fato de que uma propor-


cionalidade f sat i sfaz est a igualdade par a qual quer n úm ero real
positivo c tem importa ntes conseq ü ências, como verem os agora.

Coro l á r io . S e f : R → R e´  u m a proporciona lida de ent ao


˜  tem -se, ·  · 

  para todo x > 0 , f(x) = ax , onde a = f(1).

Com efeito, pelo Teorema Fundamental, para quaisquer x, c R , ∈ · 

vale f(xc) = x f(c) = f(c) x. E m p a r t icu l a r, t om a n d o c = 1, · ·


obtemos f(x) = a x, onde a = f(1). ·
Um a fun çã o f : R → R definida por f(x) = ax, onde a R é ∈
um a const ant e, cham a-se um a fun çao ˜  linear . Qu a n do a > 0, a
fu n ção linear f(x) = ax t ransform a um n úmero real positivo x n o
n úmero positivo ax, logo defin e, p or r est r ição, uma proporciona-
lidade f : R → R . Acabam os de ver que, r eciprocam ente, toda
·  · 

proporcionalidade é a r es t r içã o de u m a fun ção linear a R . O coe- · 

ficiente a cha ma-se o fator de proporcionalidade.


E s t a última observaç ã o n os per mit e con clu ir qu e se
f : R → R é uma proporcionalidade ent ão, para quaisquer x , x
·  · 

½  ¾ 

com f(x ) = y , f(x ) = y , tem-se y /x = y /x . Com efeito, am -


½  ½  ¾  ¾  ½  ½  ¾  ¾ 

bos esses quocientes s ão iguais ao fat or de proporciona lidade a.


A igualda de y /x = y /x chama-se uma proporçao. ˜  ½  ½  ¾  ¾ 

Chama-se regra de trˆ  es ao pr oblema que consiste em, conh e-


cendo t r ês dos n úmeros x , y , x , y , determina r o quar to. ½  ½  ¾  ¾ 

H á du as m an eira s tr adiciona is de resolver esse problema. Su-


ponhamos dados x , y e x . O quart o elem ent o da proporçã o ½  ½  ¾ 

´ y ˜ y /x = y/x ½  ½  ¾ 

 y = x y /x . E s t a é uma forma de resolver a regra, d


ser a c h a m a d o .
¾ 
E n t ao deve
½ 
ser
½ 
deo ntrdês
e .s e t i r a
O outro m étodo de resolver a regra de tr ês cha m a-se “r edu çã o
à unidade”. Sabendo que f(x ) = y , ou seja, ax = y , obtemos ½  ½  ½  ½ 

a = y /x e da ı́ vem o val or do t erm o y que falta na pr opor çã o


½  ½ 

 y /x = y/x : y = f(x ) = ax = y x /x . O n ome “red uç ã o à


½  ½  ¾  ¾  ¾  ½  ¾  ½ 

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˜  Afins
Proporcionalidade e Funç oes 9

unidade” provém do fato de que a = f(1) é o valor de f(x) quando


x = 1.
D eve-se ressal t ar enfat i cam ent e que a regra de t r ês, prove-
n ien te da pr oporçã o y /x = y/x , s ó pode ser legitimamente em-
½  ½  ¾ 

pregada quan do se tem um a proporcionalidade f, sendo y = f(x ) ½  ½ 

e y = f(x ). ¾ 

Ou t r a obser vaç ão a ser feita é qu e, em d iversa s situ aç ões ond e
se usa a proporciona lidade (ou a regra de tr ês), o fator de p ropor-
cionalidade a é irrelevante e/ou complicado de se obter.
No Exemp lo 1, o fat or de p roporciona lidade a = peso / volume,
cham a do a densidade do lı́quido (ou, mais precisamente, o peso
espec´ ıfico), é um conceito út il. Assim, peso = densidade volume. ×
No Exemplo 3, o fator de proporcionalidade n ão t em a m enor
import ân cia. (Por acaso ele é o quociente dos senos dos ângulos
que a ret a r forma com os lados OA e OB, m as est a inform aç ã o é
uma mera cur iosidade.)
No Exemplo 4, é costume escrever o fator de proporcionalidade
sob a forma a = 1 + i, portanto tem-se y = (1 + i)x. O n ú m e r o i
cha ma -se o juro. Se o investimento inicial x for m ant i do durant e
n m êses e os jur os se m an tiverem fixos, tem-se ao final do n-ésimo
Ò 

m ês y = (1 + i) x.
Qua nt o ao Exemplo 2, ele nos diz que a área z de um ret ângulo
de altura fixa y (= dist ân cia entre as par alelas r e s) é proporcional
à b a s e x, logo z = A x, onde o fator de proporcionalidade A é a
·
área do ret ângul o de m esm a a l t ura y e base 1. Mas é clar o que o
que val e para a base val e t am bém para a al t ura. L ogo, a área A
d e u m r e t ângul o de base 1 e al t ura y é proporciona l a y, ou seja,
A = B  y, onde B é a área do ret ângul o de base 1 e al t ura 1. O ra,
·
este é o quadr ado unit á r io logo, p or defi n içã o, B = 1. Assim A = y
e a área z do ret ângul o de base x e a l t u r a y é dada por z = xy.
(Veja o livro “Medida e Form a em Geometr ia”, p ág. 17.)
E xi st e t am b ém a n oção de proporciona lidade inversa. Diz-se
que duas grandezas s ã o inversam ente proporcionais quando existe

uma correspond ência x → y que associa a cada valor x d e u m a
delas um valor bem definido y da out ra , de t al m odo que sejam
cumpr idas as seguin tes cond ições:

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10 Temas e Problemas

1) Quan to maior for x, menor ser á y. E m t erm os m at em áticos:


   
se x →  y e x →  y en t ã o x < x ⇒  y < y.
 
2) Se dobrarmos, triplicarmos, etc. o valor de x en t ão o valor
correspondente de y ser á dividido por dois, por tr ês, etc. Em

linguagem ma tem át ica: se x →  y en t ã o nx →  y/n, para t odo 
n N. ∈
Portanto, dizer que y é inversam ent e proporciona l a x equivale
a di zer que y é proporcional a 1/x. Segue-se ent ão do Teorema
Fundamental da Proporcionalidade que se y é inversamente pro-
porcional a x en t ão t em-se y = a/x, onde o fator de proporcionali-
dade a é o valor de y que corresponde a x = 1.

E x e m p l o 5 . E nt r e os ret ân gulos de ba se x, al t ura y e área i gual


a 1, tem-se y inversamente proporcional a x, com y = 1/x.

2 Gr a n d e z a p r o po r c io n a l a v á r i a s o u t r a s
Em mu itas situa ções tem-se uma grandeza z, de t al m odo rel a-
cionada com outras, digamos x, y, u, v, w, que a cada escolha de
valores para estas últimas corr esponde u m valor bem determina -
do par a z. E n t ã o z cha ma-se uma fun çao ˜  das variáveis x, y, u, v, w
e escreve-se z = f(x,y,u,v,w ).
Ne st a s con diç ões, diz-se qu e z é (direta mente) proporcional a x
quando:

1) Para quaisquer valores fixados de y, u, v, w, a grandeza z



é u ma fun ção crescente de x, i st o é, a desigualdade x < x
implica f(x,y,u,v,w ) < f(x , y, u , v , w ). 

2 ) P a r a n N e x, y, u, v, w quaisquer t em-se f(nx,y,u,v,w) =



n f(x,y,u,v,w ).
·
Analogamente, diz-se que z é inv ersam ente proporciona l a x
quando:

1’) Para quaisquer valores fixados de y, u, v e w, a grandeza z



é u m a fun ção decrescente de x, isto é, a desigualdade x < x
implica f(x,y,u,v,w ) > f(x , y, u , v , w ). 

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˜  Afins
Proporcionalidade e Funç oes 11

2’) Par a n N e x, y, u, v, w quaisquer t em-se f(nx,y,u,v,w) =



1
f(x,y,u,v,w ).
·
n
Segue-se do Teorema Fun damen tal da Proporciona lidade que
as propriedades 2) e 2’) acima valem pa ra c > 0 real qualquer em

lugar de n N. Isto tem a seguinte conseq ü ência:

Se z = f(x,y,u,v,w ) é (diretamente) proporcional a


x e y e inversamente proporcional a u, v e w en t ã o,
tomando-se a = f(1, 1, 1, 1), tem-se

f(x,y,u,v,w) = a ·  u x· v· y· w ·
Com efeito,

f(x,y,u,v,w ) = f(x 1,y,u,v,w ) = x f(1,y,u,v,w ) · ·


xy
= xy f(1,1,u,v,w ) = f(1,1,1,v,w )
· ·
 u
xy xy
= f(1, 1, 1, 1, w) = f(1, 1, 1, 1, 1)
· ·
 uv  uvw
xy
=a · ·
 uvw

E x e m p l o 6 . A lei da gr a vit a ção universal, de Newton, afirma que



dois corpos, de massas m e m respectivamente, situados a uma
dist ância d um do outr o, se at ra em segundo uma força cuja in-
tensidade F é proporcional a essas massas e inversamente propor-
cional ao quadrado d da dist ância entre eles. Resulta do acima
¾ 


mm
exposto que F = c , onde a consta nte c depende do sistema
·
d ¾ 

de unidades utilizado.

E x e m p l o 7 . A n oç ão de grandeza proporcional a v á r i a s o u t r a s


permite deduzir a f órm ula do volume de um bloco reta ngular. O
vol um e de um s ólido geom étrico X, que se escreve vol (X), é u m
n úmer o real com as seguintes propriedades:

1 ) S e o s ólido X es t á contido propriamente no s ólido X en t ã o
vol (X) < vol (X ). 

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12 Temas e Problemas


2 ) S e o s ólido Y  é a r e u n i ão de doi s s ólidos adjacentes X e X

en t ão vol (Y ) = vol (X) + vol (X ).
Dessa s du as pr oprieda des d o volum e, e da defin ição de pr oporcio-
na lidade acima da da, resulta que se X é um bloco ret an gular cujas
arestas medem x, y e z respectivam ente ent ão o volum e de X é pro-
porcional a x, y e z. Portanto vol (X) = a xyz, onde a é o volum e ·
do bloco reta ngular cujas tr ês arest as m edem 1. Mas t a l bloco é
o cubo d e a res ta 1 e, por defin ição, seu volume é igual a 1. Logo
vol (X) = xyz.

3 F u n ç o˜ e s a fi n s

E x e m p l o 8 . As escalas termom étricas assinalam valores posi-


t i vos e n egat i vos. E l as se baseiam na al t ura de um a coluna de
m ercúr io, a qua l aum enta ou diminui conform e a t emperat ur a so-
be ou desce. Na escala Celsius, o valor 0 corresponde à t em pe-
ra tu ra em que o gelo começa a fun dir-se e o va lor 100 assi nal a a
t em perat ura em que a águ a ent ra em ebu liçã o (à press ão do n ı́vel
do mar). Na escala Fahrenheit esses valores s ã o 32 e 212 respec-
tivamente. Assim, 0 C = 32 F e 100 C = 212 F. Os demais valo-
◦ ◦ ◦ ◦

res n a escala Celsius s ão marcados dividindo-se o intervalo entre


aquelas duas t em perat ura s em 100 par t es de i gual com pri m ent o
e, na escala Fahrenheit, em 180 partes tamb ém de comprimentos
igua is. Usan do-se esses compriment os em cada caso, a s escalas
s ão est endi das para assi nal arem val ores de t em perat uras supe-
riores à da ebu lição da água e inferiores à da fus ão do gelo. Isso
requer o uso de n úmeros negativos. Pergunta-se: em que tempe-
ra tur a a s escalas Celsius e Fah renh eit a ssinalam o mesmo valor?
Q ual a t em perat ura C el si us que é a metade do valor correspon-
dent e em graus Fahr enheit ?

O exemplo acima ilust ra um a situa ção em que se em prega a


fu n ção a fim, conform e veremos a seguir.
Um a fu n çã o f : R → R chama-se afi m quan do, para todo x R, ∈
o valor f(x) é dado por uma express ão do tipo f(x) = ax + b, onde
a e b s ão consta ntes.

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˜  Afins
Proporcionalidade e Funç oes 13

E x e m p l o 9 . U m a corri da de t áxi custa a reai s por km rodado


m ai s um a t axa fixa de b reais, chamada a “bandeirada”. Ent ã o o
pr eço de u ma corr ida de x km é f(x) = ax + b reais.

Nu m a fun ção afim f(x) = ax + b, o n ú m e r o b = f(0) cham a-


se o valor inicial e o coeficient e a = f(1) − f(0) é cham ado a taxa
de vari açao ˜  de f. O m otivo para esta denominaç ã o é q u e , p a r a
quaisquer x, h  R, com h  = 0, tem-se a = [f(x + h ) − f(x)]/h ,
∈ 
donde a = f x 1 − f(x), logo a é a va r ia ção de f(x) por unidade
( + )
de va r ia ção de x. (Compare com o exemplo acima.)
U m a fun ção linear f(x) = ax é u m caso par ticular de fun çã o
afim . Out ro caso pa rt icular de funç ão afim é o da s fun ções cons-
t a n t e s f(x) = b.
Q uando a > 0, a fu n ção afim f(x) = ax + b é crescente, isto é,
x < x ⇒ f(x ) < f(x ). Com efeito se x < x en t ã o x − x > 0
½  ¾  ½  ¾  ½  ¾  ¾  ½ 

logo

f(x ) − f(x ) = ax + b − ( ax + b) = a(x − x ) > 0,


¾  ½  ¾  ½  ¾  ½ 

ou seja, f(x ) < f(x ). ½  ¾ 

Analogamente, se a < 0 en t ã o x < x ½  ¾ 


⇒ f(x ) > f(x ), e a
½  ¾ 

fu n ção afim f(x) = ax + b é, nest e caso, decrescente.


Teo rem a d e Cara cte riza ç ao˜  da s Fu n ç o˜ e s A fi n s .
S eja f : R → R um a fu n çao
˜  crescente ou d ecrescen te. S e a d iferen ça
f(x + h ) − f(x) depender apenas de h  , m as n ao ˜  de x , ent ao
˜  f e´  u m a
˜  afim .
 fun çao

(Ver dem ons t r a ção n o Ap êndice 2 na p ág. 17.)

E x e m p l o 1 0 . Retomemos o Exemplo 8. Em úl t i m a an álise, os


graus C e F s ão diferen tes u nidades de compr iment o, com a s qua is

se
de m ede a,
escal a al
det ura
C elde umpara
si us a colFahrenhei
una de m erc
t éúrum
io.a Assim
funç ã,oafmu
: R da
→ nça
R
que ass ocia à medida x, segundo C, a medida f(x), segundo F, da
mesma coluna de mercúrio. Evidentemente, f é crescente. Al ém
dis so, a difer en ça f(x+h )− f(x) é a medida, segun do F, do segment o
de reta de extremos f(x) e f(x + h ) o qual, segund o C, tem extrem os

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14 Temas e Problemas

x e x + h , logo seu C-comprimento é igua l a h . Ora, a medida deste


segm ent o depende apenas de h  m a s n ã o d e x e o m e s m o s e d á
com a difer en ça f(x + h ) − f(x). Pelo Teorema de Ca r acter izaçã o,
conclu ı́mos que f é u m a fun ção afim : f(x) = ax + b. Sabemos que
f(0) = 32 e f(100) = 212. E n t ã o b = 32 e 100a + 32 = 212, donde
a = 1,8. Port ant o f(x) = 1,8x + 32 é a f órmula que permite passar
d a t e m pe r a t u r a x na escal a C el si us para a t em perat ura f(x) em
graus Fahrenhei t . A pri m ei ra pergunt a do E xem pl o 8 era: para
qual valor de x tem-se f(x) = x ? Deve-se ter 1,8x + 32 = x, donde
x = − 40. A resposta é: − 40 graus Celsius é o mesmo que − 40 graus
Fahrenheit. A segunda pergunta era: para qual valor de x tem-se
f(x) = 2x ? E n t ã o 1,8x + 32 = 2x e daı́ x = 160. Assim 160 graus
Celsius equivalem a 320 graus Fahr enheit .

Provaremos a seguir que o gr á fico de u ma fun ção afim é u m a


ret a. Para i sso, usarem os a f ó rmula da dist ân cia en tre dois pon-
t os P = (x , y ) e Q = (x , y ), segundo a qual se t em d(P, Q) =
  ½  ½  ¾  ¾ 

(x − x ) + ( y −  y ) .
¾  ½ 
¾ 

¾  ½ 
¾ 

Da da a fun ção afim f : R → R, f(x) = ax + b, seu gr áfico G


é o conjunto dos pontos (x,ax + b) R , onde x R. S eja m ∈ ¾ 


M = (x , ax + b), N = (x , ax + b) e P = (x , ax + b) t r ês pont os
½  ½  ¾  ¾  ¿  ¿ 

quaisquer de G. Sem perda de generalidade, podemos admitir que


x < x < x . Most rar em os que d(M, N) + d(N, P) = d(M, P ). De
½  ¾  ¿ 

fato, temos
 (x  
d(M, N) = ¾ 
− x ) + a (x − x ) = (x − x )
½ 
¾  ¾ 

¾  ½ 
¾ 

¾  ½ 
1+a .¾ 


Analogamente, d(N, P) = (x − x ) 1 + a , logo ¿  ¾ 
¾ 

   
d(M, N)+d(N, P) = (x −x +x −x ) ¾  ½  ¿  ¾ 
1 + a = (x −x )
¾ 

¿  ½ 
1 + a = d(M, P).
¾ 

G
Port a nt o t r ês pontos quaisquer do gr áfico s ão colinea
m o G possu i pont os com qu aisquer abscissa , segue-se que res. Co-
G é um a
reta.
O n ú m e r o b é a ordena da do ponto em que o gr áfico de f(x) =
+
ax b corta o eixo OY . N a F igu r a 5 vê-se como aos acr éscimos
iguais x → x + h  e x → x + h  dados a x e x correspondem   

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˜  Afins
Proporcionalidade e Funç oes 15

a cr éscimos iguais f(x + h ) − f(x) = f(x + h ) − f(x ). A in clina çã o  

d a r e t a G em r ela ção ao eixo horizontal é [f(x + h ) − f(x)]/h  =


[a(x + h ) − ax ]/h  = a. Port ant o, para valores ma iores ou meno-
res de a, o gr á fico d a fun ção afim f(x) = ax + b é mais ou menos
inclina do em r elaç ã o a OX.

( x’ +h) – f  ( x’ )

h
( x+h) – f  ( x)
b h

  x  x+h x' x'+h

Fi g ur a 5

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16 Temas e Problemas

AP ÊND ICE 1

Te o r e m a F u n d a m e n t a l d a P r o p o r c i o n a l i d a d e.
S eja f : R → R um a fu n çao
· 

˜  com as seguintes propriedades:


· 


1) x < x ⇒ f(x) < f(x ); 

2) f(nx) = n f(x) para todo n


· ∈ N e todo x ∈ R . · 

˜  f(cx) = c · f(x) para todo c ∈ R e todo x ∈ R .


 Ent ao ·  · 

Conseq u¨ entem en te, f(x) = ax para todo x ∈ R , com a = f(1). · 

De m on st raç a˜ o : E m pri m ei ro lugar, par a t odo n úmero racional


r = m/n, com m, n N, e todo x R vale ∈ ∈ · 

n f(rx) = f(n rx) = f(mx) = m f(x),


· · ·
m
por 2), logo f(rx) = f(x) = r f(x). Assim, a igualdade f(cx) = ·
n
c f(x) é v ál i da quando c é raciona l. Suponham os, por a bsurdo,
·
que exista c > 0 i rraci onal t al que f(cx) = c f(x) p a r a a l g u m  ·
x R . E n t ão ou f(cx) < c f(x) ou f(cx) > c f(x). Considere-
∈ · ·
· 

mos o primeiro caso. Temos ent ã o f(cx)/f(x) < c. Seja r um valor


ra ciona l apr oximado de c, de modo que f(cx)/f(x) < r < c, logo
f(cx) < r f(x) < c f(x). C om o r é racional, vale r f(x) = f(rx).
· · ·
Assim, podemos escrever f(cx) < f(rx) < c f(x). E m p a r ticu - ·
la r f(cx) < f(rx). Mas, com o r < c, tem-se rx < cx e, pela pro-
priedade 1), isso obriga f(rx) < f(cx) e n ã o f(cx) < f(rx). E st a
cont r a diç ão m ost ra que n ã o é possı́vel ter-se f(cx) < c f(x). De ·
modo inteira ment e an álogo se v ê que f(cx) > c f(x) é impossı́vel. ·
Porta nt o deve ser f(x) = c f(x) para quai squer c, x R .· ∈ · 

Ob s e rv a ç a˜ o . Um teorema an álogo, com a mes ma dem onst ra çã o,


vale para f : R → R, escrevendo, na propriedade 2), n Z em vez
de n N. ∈ ∈

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˜  Afins
Proporcionalidade e Funç oes 17

AP ÊNDICE 2

Teo rem a d e Cara cte riza ç ao


˜  da s Fu n ç o˜ e s A fi n s .
S eja f : R → R crescente ou decrescente. S e a diferen ça f(x +h )− f(x)
depende apenas de h  m as n ao˜  de x , en t ao
˜  f e´  u m a fun çao
˜  afim .

De m on st ra ç a˜ o : T ra t ar em os a penas do caso em que f é crescen-


t e poi s o out ro é a n álogo. Pela h ipótese feita sobre f, a fun çã o
ϕ : R → R, dada por ϕ(h ) = f(x + h ) − f(x), est á bem defini da.
Evidentemente ϕ é crescente. Al ém disso, para todo h  R vale ∈
ϕ(2h ) = f(x + 2h ) − f(x)
= [f((x + h ) + h ) − f(x + h )] + [f(x + h ) − f(x)]
= ϕ(h ) + ϕ(h ) = 2 ϕ(h ). ·
Ana logamen te se v ê que ϕ(nh ) = n ϕ(h ) para todo n · ∈ N. Tem-se
ainda

ϕ(−h ) = f(x − h ) − f(x) = −[f(x) − f(x − h )] = −ϕ(h )

pois x = (x − h ) + h . Segue-se que, para todo n ∈ N e todo h  ∈ R


vale
ϕ((−n)h ) = ϕ(−nh ) = −ϕ(nh ) = −[n ϕ(h )] = (−n)ϕ(h ). ·
Como é óbvio que ϕ(0) = 0, vemos qu e ϕ(nh ) = n ϕ(h ) para todo ·
n ∈
Z. Pela Obser vaç ão ao fina l do Ap êndice 1, conclu ı́mos que
ϕ(ch ) = c ϕ(h ) para quai squer c, h  R, logo ϕ é linear. Assim,
· ∈
pondo a = ϕ(1) = f(x + 1) − f(x), t em-se ϕ(h ) = a h  para t odo ·
h  R. E n t ão, para quaisquer x, h  R vale f(x + h ) − f(x) = a h .
∈ ∈ ·
Trocando h  por x, vem : f(h  + x) − f(h ) = ax. F a ze n do h  = 0 e
escrevendo b = f(0), obtemos f(x) − b = ax, donde f(x) = ax + b e
o teorema est á demonstr ado.

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18 Temas e Problemas

Problemas Propostos∗

1. Sejam r, s ret as coplanar es. Para cada segm ent o de ret a AB


 
cont ido em r, seja A B su a pr ojeção ort ogona l sobre s. Prove que
 
o compr iment o de A B é pr oporciona l a o de AB.

2. Seja P um ponto fora da reta r. Se X e Y  s ão pontos distintos


em r, prove que a área do t ri ângulo PXY  é proporcional ao compri-
ment o de XY . Q ual é o fator de proporciona lidade?

 
3. Dado o ângulo α = AOB, para cada par de pont os X em OA e
Y  em OB, sejam x e y as medidas dos segmentos OX e OY  respec-
tivamente. Prove que a área do paralelogramo que tem OX e OY 
como dois de seus lados é p roporciona l a x e y. Q u a l é o fator de
proporciona lidade? Saben do que a área desse paralelogramo é de
29 cm quando x = 6 cm e y = 7 cm, qual o valor dessa á r e a p a r a
¾ 

x = 2 cm e y = 3 cm ?

4. Sejam OA, OB e OC semi-retas n ão coplana res e x, y, z a s


medidas dos segmentos OX, OY  e OZ, respectivamente contidos
em OA, OB e OC. Prove que o volume do paralelep ı́pedo que tem
OX, OY  e OC como tr ês das suas arest as é proporcional a x, y e z.

5. O movimento de um ponto sobre um eixo chama-se un iform e


qua ndo ele percorr e espa ços iguais em t empos igua is. Sua velo-
cidade é, p or de fin ição, o espaço percorr ido na un idad e de tem po.
Formu le es ta s defin ições matematicamente e obtenha a abscissa
f(t) do pont o n o i nst ant e t explicita m en te como fun ção de t e do
ponto de par tida.

6. Por dois pontos dados no plano passa uma úni ca ret a. C om o


se tr aduz esta afirm aç ão em ter mos de fun ções afins? Prove-a
algebricamente.

Solu ções na p ágina 133.

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˜  Afins
Proporcionalidade e Funç oes 19

7. Um fazendeiro possu i ra çã o s u fi cie n t e p a r a a l im e n t a r s u a s


16 vacas duran t e 62 di as. Ap ós 14 dias, ele vende 4 vacas. Pas-
sados mais 15 dias, ele compra 9 vacas. Quan tos dias, no total,
dur ou s ua reser va de r aç ã o?

8. Uma caravana com 7 pessoas deve atravessar o Sahara em 42


dias. Seu suprimento de água permite que cada pessoa disponha
de 3,5 l it ros por dia. Ap ós 12 di as, a caravana encont ra 3 be-
duı́nos sedentos, vı́tima s de u ma tempestade de a reia, e os a colhe.
Pergunta-se:

a) Q uant os l i t ros de água por dia caber ão a cada pessoa se a


caravana prosseguir sua rota como planejado?
b) Se os m em bros da caravana (beduı́nos inclusive) continua-
rem consum indo água como ant es, em qu an tos dias, no m á -
ximo, ser á necess ário encontrar um oásis?

9. N um a est rada ret i lı́nea, dois carr os par tem, a o mesmo tempo,
de dois pontos A e B, com d(A, B) = d, dirigindo-se no mesmo
sent ido. O que part i u de A vai a v quilômetros por hora e o que
sai u de B roda a w quilôm et ros por h ora. A que dist ância de A
eles se en cont ra m?
10. D o i s t r e n s d e c a r g a , n a m e s m a l i n h a fé  r r e a , s e g u e m u m a
rota de colis ão. U m deles vai a 46 km /h e o out ro a 58 km /h. N o
in s t a n t e e m q u e e le s s e e n con t r a m a 2 60 k m u m d o ou t r o, u m
p ássaro, que voa a 60 km/h, parte de um ponto entre os dois, at é
encont rar um del es e ent ão vol t a para o out r o e cont i nua nesse
vai-e-vem at é m orrer esm agado no m om ent o em que os t rens se
chocam. Quantos quil ômetros voou o pobre p ássaro?

11. Na loja A, um apa relho custa 3800 reais ma is uma taxa men-
sa l de m an ut enç ão de 20 rea is. Na loja B, o mesmo apar elho cust a
2500 reais por ém a taxa de ma nu tenç ã o é d e 5 0 r e a is p or m ês .
Qu a l da s d u a s opções é a ma is van tajosa?

12. Na sit u a ção do Exemplo 3, a cada ponto X da semi-reta OA


faça m os corr esp onde r o pont o Z em OB, tal que XZ seja paralelo à

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20 Temas e Problemas

ret a r. C ham ando de x e z os compr iment os de OX e XZ respecti-


vamente, mostre que a correspond ência x → z é uma proporciona- 
lida de. Em qu e condições o fator de proporcionalidade é o mesmo
que o da corr espond ência x →  y do Exemplo 3? 

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Ca pı́tu lo 2

F u n ções Quadr áticas

Um r esta ur an te a qu ilo vende 100 kg de comida por dia, a 12 reais


o quilo. Uma pesquisa de opinião revelou qu e, por cada rea l de au-
men to no preço, o rest au ra nt e perd eria 10 client es, com o consu mo
m édio de 500 gr am as cada um . Qua l deve ser o preço do quilo de
comida par a qu e o restau ra nte t enha a m aior receita possı́vel?
Est e pr oblema recai n um a equa ção do segun do grau, ou seja,
na busca dos zeros de um a fun ção qua dr ática.

1 A fo rm a c a n ô n i c a
Um a fun çã o f : R → R chama-se q u a d ratica
´  quando, par a todo
x R, tem -se f(x) = ax + bx + c, onde a, b, c R s ão consta ntes,
∈ ¾ 


com a = 0.

Diversos pr oblemas inter essan tes recaem na considera ção de
fu n ções quadr át icas. Um d os ma is an tigos consiste em a cha r dois
n úmeros conhecendo sua soma s e seu produto p. Se um des s es
n úmeros é x, o outro ser á s − x, logo x (s − x) = p. Efetuando a ·
m u lt iplica ção, vem sx − x = p ou seja, x − sx + p = 0. Encon-
¾  ¾ 

t r a r x (e, porta nt o, s − x) significa re solver a equ a ção do segundo


gr au x − sx + p = 0, isto é, achar os valores de x para os quais a
¾ 

fu n ção quadr ática f(x) = x − sx + p se anula. Esses valores s ã o


¾ 

chamados os zeros da fu n ção quadr ática ou as ra ´  ızes da equ a çã o


correspondente.
Note que se x for um a ra iz da equa çã o x − sx + p = 0 en t ã o ¾ 

s − x t a m b ém ser á, pois

(s − x) − s(s − x) + p = s − 2sx + x − s + sx + p = x − sx + p = 0.


¾  ¾  ¾  ¾  ¾ 

Por tan to as duas r a ı́zes dess a equ a çã o s ão os n úmeros procu-
rados. Deve-se observar entretanto que, dados arbitrariamente os

21

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22 Temas e Problemas

n úmeros s e p, nem semp re existem dois n úm eros cuja soma é s e


cujo produt o é p.

E x e m p l o 1 . N ão existem dois n úmeros reais cuja soma seja 2 e


cujo produto seja 5. Com efeito, como o produto 5 é positivo esses
n úmer os ter iam o mes mo s inal. E como s ua s oma 2 t a m b ém é
positiva eles dois seriam positivos, logo ambos seriam < 2. S e u
produto en t ão seria menor do que 4, portan to diferente de 5. Os
n úmeros procurados podem tamb ém reduzir-se a um único, como
no cas o em que a s oma dada é 6 e o produto é 9, p ois a equ a çã o
¾  ¾ 

x − 6x + 9 = 0, da qual eles s ã o ra ı́zes, es creve -se como (x − 3) = 0


logo sua ún ica ra iz é 3. J á os n úm eros cuja soma é 1 e cujo produt o √
é −1 s ão as r a ı́zes da equ a çã o x − x − 1 = 0, que s ã o (1
¾ 

5)/2. ±
Um procedimento útil pa ra estudar a funç ã o q u a d r ática é o
com pletam ento do quadrado . Basicamente, o m étodo de comple-
ta r o quadr ado se r esum e na observação de que
 p
 ¾ 

p ¾ 

x + px =
¾ 

x+ − .
2  4

Exemplo 2. x + 10x = x + 2 5 x + 5 − 5 = (x + 5) − 25.


¾  ¾ 

· · ¾  ¾  ¾ 

E x e m p l o 3 . 3x + 12x + 5 = 3(x + 4x) + 5 = 3[(x + 2) − 4 ] + 5 =


¾  ¾  ¾ 

3(x + 2) − 7. ¾ 

Em gera l, dada a fun ção quadr ática f(x) = ax + bx + c, escre- ¾ 

vemos:

b
 b
   ¾ 

b
¾ 

b
  ¾ 

 4ac − b ¾ 

f(x) = a x + x +c = a x+¾ 

− +c = a x+ + ·
a 2a  4a 2a  4a

C om o ve r em os logo e m s eg u id a , é conveniente escrever


m = −b/2a e k = ( 4ac − b )/4a. Verifica-se facilmente que ¾ 

k = f(m). Com e st a n ota ção, temos, para todo x R: ∈


f(x) = a(x − m) + k, ¾ 

onde m = −b/2a e k = f(m).

Es ta é a chamada form a can onica


ˆ  do trin ômio f(x) = ax + bx + c. ¾ 

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˜  Quadr áticas
Funçoes 23

E x e m p l o 4 . Se f(x) = 2x − 5x + 3, tem os m = 5/4, k = −1/8, logo


¾ 

a form a can ônica deste t rin ômio é


5

¾ 

1
f(x) = 2 x − − ·
 4 8

Escrevendo o trin ômio f(x) = 2x − 5x + 3 na forma can ônica, ¾ 

podemos tira r pelo men os du as conclus ões:

1) o menor valor de f(x) para todo x ∈ R é −1/8, obtido quan do


x = 5/4.
2 ) a s r a ı́zes d a equ a çã o 2x − 5x + 3 = 0 s e obt êm escrevendo
¾ 

sucessivamente
 5
 ¾ 

1 5
  ¾ 

1
 5
 ¾ 

1
2 x− − = 0, 2 x − = , x− = ,
 4 8  4 8  4 16
5 1 5 1
x− = ± , x= ± ·
 4  4  4  4
Logo essas raı́zes s ã o x = 1 e x = 3/2.

De um modo ger al, a f or ma can ônica f(x) = a(x − m) + k ¾ 

nos permite concluir que, quando a > 0, o menor valor de f(x) é


k = f(m) e, quando a < 0, k = f(m) é o maior valor de f(x), par a
qualquer x R. ∈
A forma can ônica nos fornece tamb ém, quando b − 4ac 0, a s ¾ 


r a ı́zes da equ a çã o ax + bx + c = 0, pois esta igualdade equivale
¾ 

sucessivamente a

a(x − m) = −k, ¾ 

b − 4ac
¾ 

(x − m) = −k/a =¾ 

,
 4a ¾ 

¾ 

x−m = ± √b 2a− 4ac ,


√b − 4ac −b ± √b − 4ac ¾  ¾ 

x=m ± = ,
2a 2a
u m a form
 ́ ula mu ito bem conh ecida.

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24 Temas e Problemas

O n úmer o ∆ = b − 4ac chama-se o discriminante da fun çã o


¾ 

quadr ática f(x) = ax + bx + c. Vimos acima que, quando ∆ > 0, a


¾ 

equ a çã o f(x) = 0 tem duas r a ı́zes reais e qua ndo ∆ = 0, a mes ma
equ a ção possui um a ún ica r aiz, cha mada de raiz dupla . Note que
∆ = − 4ak, por tan to ∆ = 0 equivale a k = 0. Logo, quando ∆ = 0,
a forma can ônica se reduz a f(x) = a(x − m) , fican do claro en t ã o ¾ 

b
qu e f(x) = 0 s omente quando x = m = − Vemos ainda que, ·
2a
quando ∆ = − 4ak é negat ivo, a e k t êm o mesmo sinal, o qual é,
neste caso, o sinal de f(x) = a(x − m) + k par a qualquer x R.
¾ 


¾ 

Logo
possuiela nca se a nu la, ou seja, a equa çã o ax + bx + c = 0 n ã o
nu real.
raiz

E x e m p l o 5 . Pa r a a fun ção quadr ática f(x) = 2x − 12x + 19, tem -se ¾ 

f(x) = 2(x − 6x) + 19 = 2(x − 6x + 9) + 1 = 2(x − 3) + 1, logo f(x) > 0


¾  ¾  ¾ 

para todo x. E m pa rticular, n ão se tem f(x) = 0 para valor a lgum


de x R. ∈
√ √
Sejam α = (−b + ∆)/2a e β = (−b − ∆)/2a a s r aı́zes da
equ a çã o ax + bx + c = 0. U m cálculo imediato n os mostra que
¾ 

α + β = −b/a e α β = (b − ∆)/4a = c/a.


· ¾  ¾ 

Vemos que a m édia ar itm ética das raı́zes, (α + β)/2 = −b/2a, é


igua l ao n ú m e r o m tal que f(m) é o menor valor de f(x) (se a > 0)
ou o ma ior (qua ndo a < 0).
Vemos tamb ém que, quando ∆ 0, isto é, qu an do a equa çã o

ax + bx + c = 0 possui as ra ı́zes r eais α, β, tem -se
¾ 

b c
   
ax + bx + c = a x + x +
¾  ¾ 

= a x − ( α + β)x + αβ .
¾ 

a a
Logo
ax + bx + c = a(x − α)(x − β).
¾ 

Es ta é a chama da form a fatorada do trin ômio do segund o grau .


A for m a fa t or a da for n ece im ed ia t a men t e a s egu in t e
in form a çã o sobre o sin a l da fun ção quadr ática f(x) = ax + bx + c : ¾ 

S e x est a´  situado entre du as ra´  ˜  f(x) = 0


ızes d a equaçao
ent ao˜  f(x) tem sinal oposto ao sinal de a. Caso con-
tr ario,
´  ou x e´  raiz ou f(x) tem o mesm o sinal de a.

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˜  Quadr áticas
Funçoes 25

Com efeito, o produt o (x − α)(x − β) é nega tivo se, e somente se, x


es t á e n t r e α e β.
A a fir m a ção a cima inclui o cas o em qu e a equa çã o f(x) = 0 n ã o
pos s ui r aiz r eal. (Ent ã o f(x) tem o mes mo sinal de a par a todo
x ∈ R.) I nclui tamb ém o caso em que essa equa ção poss ui u ma
raiz dupla α. ( E n t ão, para todo x = α, f(x) tem o mes mo s inal 
de a.)
Vejamos a seguir alguns problemas que envolvem o uso da
fu n ção quadr ática.

E xemp
consta lo 6
nte, . Mos
seu tr ar éque
produto s e dois
m áximo n úmeros
quan do elespositivos t êm soma
s ão iguais.
Sejam x, y os n úmer os em ques t ão, com x + y = b, logo
 y = b − x. Seu pr oduto é f(x) = x(b − x) = −x + bx, u m a fun çã o ¾ 

quadr ática de x com coeficiente a = −1 < 0, logo f(x) é m áximo


quando x = −b/2a = −b/(−2) = b/2 e daı́ y = b − x = b/2.
E x e m p l o 7 . Tenho material suficiente para erguer 20 m de cerca.
Com ele pr etendo fazer um cercado reta ngular de 26 m de á r e a . ¾ 

Qua nt o devem medir os lados desse ret ângulo?


Se x e y s ão as medidas (em metros) dos lados do cercado re-
tan gular, temos x + y = 10. Pelo exemplo an terior, o ma ior valor
possı́vel para a ár ea xy é 5 5 = 25. Logo, com 20 m de cerca n ã o
×
posso cercar um ret ân gulo de 26 m de á r e a . ¾ 

E x e m p l o 8 . Mostr ar que se o produto de dois n úmeros positivos


é constante, sua soma é m ı́nima qua ndo eles s ão iguais.
Sejam x, y n úmeros positivos tais que xy = c. O s va l or e s
possı́veis par a a s oma s = x + y s ã o a q u e l e s p a r a o s q u a i s a
equ a çã o x − sx + c = 0 possui ra ı́zes reais, ou seja, o discrimi-
¾ 


n a n t e ∆ = s − 4c é ¾ 

0. Isto significa s ≥ 4c, isto é, s 2 c. ¾ 

≥ √ ≥
O menor valor possı́vel para a soma s é por tan to s = 2 c, que t or-
n a ∆ = 0 e a equ a çã o x − sx + c = 0 admite a raiz dupla x = s/2,
¾ 

por tanto y = s/2 e os n úmeros x, y s ão iguais.


E x e m p l o 9 . Mostra r que a m édia a ritm ética de dois n úm eros po-
sitivos é sempre maior do que ou igual à m édia geométrica, sendo
igua l apena s qua ndo eles s ão iguais.

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26 Temas e Problemas

Sejam a, b os n úmeros dados. Ponh amos c = ab. Entr e todos


os n úmeros positivos x, y tais que xy = c, a soma x + y é m ı́nima

quando x = y, ou seja, x = y = c . (Vide E xemplo 8.) Nest e caso,

a s oma m ı́nima é 2 c . Em pa rticular, como a e b s ã o n úmeros
positivos cujo produto é c, conclu ı́mos que a + b
√ 2 c ; nou- ≥ √
a+b
tros termos: ab, com igua ldade valendo apenas qu an do

2
a = b.

E x e m p l o 1 0 . Na Figur a 6, deter minar x de modo que a á r e a d o


para lelogramo inscrito n o r et ângulo seja m ı́n i m a . S u p õe-se que
≤ ≤
a b 3a.

b –  x  x
 x
a –  x

a –  x  x
 x b –  x

Fi g ur a 6

A área do paralelogramo inscrito é


f(x) = ab − x(a − x) − x(b − x) = 2x − ( a + b)x + ab. ¾ 

Os dad os do problema imp õem que 0 x a. O m ı́nimo de f(x) ≤ ≤


é a tingido no ponto m = (a + b)/4 e vale f(m) = ab − (a + b) /8. ¾ 

A con diç ã o b 3a equivale a (a + b)/4 a, logo m a, por tan to


≤ ≤ ≤
a solu ção obtida é legı́tima.

E x e m p l o 1 1 . Dois comerciantes formam uma sociedade com o


capital de 100 mil r eais. Um deles tr a balha 3 dias por s emana
e o outr o 2. Ap ós algum tempo, desfazem a sociedade e cada um
recebe 99 m il rea is. Qua l foi a cont ribuiçã o d e c a d a u m p a r a o
capita l da sociedade?
Um dos s ócios entrou com x e o outro com 100 − x mil r eais.
Seus lucros foram 99 − x e 99 − (100 − x) = x − 1 mil reais res-
pectivamen te. Sem perda de generalidade, podemos supor que a

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˜  Quadr áticas
Funçoes 27

sociedade du rou 5 dias. Os lucros de cada um por dia de serviço


foram respectivamente (99 − x)/2 e (x − 1)/3 mil reais. Cada mil
re a is a plicados d eu , por dia de ser viço, o lu cro

99 − x x−1
= .
2x 2(100 − x)

(Es t a equ a ção exprime a equita tividade da sociedade.) Daı́ vem


a eq u a çã o x − 595x + 29700 = 0, cujas r aı́zes s ã o 55 e 540. Como
¾ 

540 > 100, a única raiz que serve é x = 55. Assim, um s ócio con t ri-

buiu com o capita l inicial de 55 mil rea is e o out ro com 45 mil.


Ob s e rv a ç a˜ o : Se, a o mont ar a equa ção do problema, tivess émos
cham ado de x o capital inicial do s ócio que tra balhou 3 dias por
s emana, ter ı́amos
99 − x x−1
= ,
3x 2(100 − x)
o que nos levaria à equ a çã o x + 395x − 19800 = 0, cujas r a ı́zes
¾ 

s ã o 45 e − 440. Desprezando a raiz negativa, concluirı́amos a inda


q u e o s ócio que trabalhou 3 dias por semana entrou com 45 mil

rpa
eais
rt irede
o uoutr
ma oequa
comção
55.diferen
Obtemos
te. por tanto a mes ma r es pos ta, a

2 O g r áfi co d e u m a fun ç a˜ o q u a d r á t i c a


O gr áfico de uma funç ã o qu a dr ática f : R → R, d ada p or
f(x) = ax + bx + c, x¾ 

R, é o subconjunto G
∈ R formado ⊂ ¾ 

pelos pontos (x, ax + bx + c), cuja abscissa é u m n úmer o r eal ar -


¾ 

bitr ário x e cuja ordena da é o valor f(x) qu e a fun çã o a s s u m e n o


ponto x. Começarem os m ostr an do que G é u m a p a r ábola. I s to
re qu er a defin ição seguinte.
Consideremos n o plan o uma reta d e um ponto F fora dela. A
abola de foco F e diretriz d é o conjunto dos pontos do plano
 par´ 
que s ão equidistan tes do ponto F e da reta d (Figura 7).
Lembrem os que a dist ân cia de um ponto a uma reta é o compr i-
men to do segmento perpen dicular baixado do pont o sobre a reta .

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28 Temas e Problemas

 P 

 F 



 D Q

Fi g ur a 7

A reta que cont ém o foco e é perpendicular à diretriz chama-se


o eixo d a p a r ábola. Chama-se v ertice
´  d a p a r ábola ao ponto dessa
curva que est á mais pr óximo da diretriz. Ele é o ponto m édio do
segment o cujas extr emidades s ã o o foco e a in t er se çã o do eixo com
a diretriz.

Se o ponto P pertence à p a r ábola e P é o s eu s im étrico em
r ela ção a o eixo, ent ã o d(P , F) = d(P, F) e d(P , d) = d(P, d), logo
 


P t a m b ém pert ence à p a r ábola. Isto significa que o que denomi-
na mos eixo é, de fat o, um eixo de simetr ia da par ábola.
Mostraremos inicialmente que o gr á fico d a fun ção quadr ática
¾  ¾ 

f(x) = ax é a p a r ábola em cujo foco é o ponto F = (0, 1/4a) e


R
cuja diretriz é a r eta h orizonta l y = −1/4a.
Para nos convencermos disso, verificamos primeiro que, para
todo x R, vale a igualdade

 1
 
¾ 

1
 ¾ 

x +
¾ 

ax −¾ 

= ax + ¾ 

,
 4a  4a
onde o primeiro membr o é o qua drado da dist ân cia do pont o gen é-
rico P = (x,ax ) do gr áfico de f(x) = ax ao foco F = (0, 1/4a) e o
¾  ¾ 

segun do membro é o qua dra do da dist ân cia do mesmo pont o à r eta

pa=
 y −1/4aem
r ábola . Isto mostra
quest que t odo ponto
ão. Reciprocam ent e, do
se gr
P áfico y) fépertence
= (x,de um pontoà
qualquer dessa par ábola, o pont o P = (x, ax ), como a caba mos de ¾ 

ver, tamb ém pertence à p a r ábola, logo y = ax pois essa curva ¾ 

n ão cont ém dois pontos distint os com a mesm a a bscissa. Porta nt o
todo ponto da pa r ábola pert ence ao gr áfico de f.

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˜  Quadr áticas
Funçoes 29

Se a > 0, a p a r ábola y = ax tem a concavidade voltada para


¾ 

cima e seu v értice (0,0) é o ponto de menor or denada. Se a < 0,


a concavidade da par ábola y = ax é voltada par a baixo e s eu ¾ 

v értice (a origem) é o pont o de maior orden ada (Figura 8).

æ  1  ö Y 
 F  = ç 0, ÷
Y  è  4a ø  y =
1
4a
 X 

1  X 
 y = -
4a æ  1  ö
 F  = ç 0,- ÷
è  4a ø

Fi g ur a 8

Em seguida, examinem os o gr á fico da fun ção qua dr ática f(x) =


a(x − m) . Afirmamos que ele é u m a p a r á bola, cujo foco é o pont o
¾ 

F = (m, 1/4a) e cuja diretriz é a r eta y = −1/4a (Figura 9).

 y = a ( x - m) 2

æ  1  ö
 F  = ç m, ÷
 F  è  4a ø
 X 
m 1
 y = -
4a

Fi g ur a 9

Para chegar a esta conclus ã o, t em -se du a s opções. Ou se veri-


fica que, para todo x R, vale a igualdade ∈
1
 
¾ 

1
¾ 

(x − m) + a(x − m) −
¾  ¾ 

= a(x − m) + ¾ 

,
 4a  4a

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30 Temas e Problemas

ou ent ão observa-se simplesmente que o gr áfico de f(x) = a(x−m) ¾ 

resulta daquele de g(x) = ax pela tr a ns laç ão horizontal (x, y) →


¾ 


(x + m, y), que leva o eixo vert ical x = 0 na reta vertical x = m.
Fina lment e, o gr á fico da fun ção quadr ática f(x) = a(x − m) + k ¾ 

é a par á bola cujo foco é o ponto F = (m, k + 1/4a) e cuja diretriz é


a r eta h orizonta l y = k − 1/4a (Figura 10).


 y = a ( x - m) 2 + k 

æ  1  ö
 F  = ç m, k  + ÷
 F  è  4a ø

1
 y = k  -
4a
m  X 

Fi g ur a 1 0

Com efeito, o gr áfico de y = a(x − m) + k resulta daquele de ¾ 

 y = a(x − m) pela tr a n sla ção vertical (x, y) → (x, y + k), que leva
¾ 


o eixo OX n a r e t a y = k e a r eta y = −1/4a na r eta y = k − 1/4a.
Ora , qu alqu er fun ção quadr ática f(x) = ax + bx + c pode ser ¾ 

escrita sob a forma f(x) = a(x − m) + k, onde m = −b/2a e ¾ 

k = f(m). Logo, o gr áfico de um a fun çã o q u a d r ática é s empr e


u m a p a r ábola.
Que significado gr áfico t êm os coeficientes a, b, c da fun çã o
quadr ática f(x) = ax + bx + c? ¾ 

´ ´ c c = f(0) ´
O mais obvio e o significado de : o valor
do ponto em que a par ábola y = ax + bx + c cort a o eixo e a abscissa
OY . ¾ 

O coeficient e a mede a maior ou menor abertura da par ábola.


Como o gr áfico de f(x) = ax + bx + c se obt ém d o gr áfico de g(x) =
¾ 

ax por um a tr a n sla ção horizont al seguida de um a t ra ns lação ver-


¾ 

tical, portan to s ão figuras congruent es, basta examina r o signifi-

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˜  Quadr áticas
Funçoes 31

cado d e a no gr áfico de g(x) = ax . Por simplicidade, suponh am os ¾ 

 
a > 0. E n t ã o a < a ⇒ ax < a x para todo x = 0, logo a pa r ábola
¾  ¾ 



 y = a x situa-se no interior de y = ax . Assim, quan to ma ior for
¾  ¾ 

a mais fechada ser á a p a r ábola e, vice-versa, quanto menor é a



mais aberta se vê a par ábola. No caso de a e a nega tivos, “ma ior”
e “men or” devem ser tomados n o sentido de valor absolut o (Figu-
ra 11).

 y = 2 x 2  y =  x 2
Y   y = ax 2 + bx + c Y 
1
 y =  x 2
2
c
 X   X 
O O

Fi g ur a 1 1

O coeficient e b é a in clina çã o d a r e t a t a n g en t e à p a r ábola no


ponto P = (0, c), in t er se ção da par á bola com o eixo y. Expliquem os
e pr ovemos est a afir ma çã o.
Seja P um ponto de uma par ábola. Uma reta que passe por P
deter mina dois s emiplanos. Diz-s e que es s a r eta é tangente à
pa r ábola no pont o P quando a par ábola est á contida int eiram ente
num desses semiplanos.
A reta que passa pelo ponto P = (0, c) e t em in clina çã o b é des-
crit a p ela eq u a çã o y = bx + c. Os semiplan os por ela det ermin ados
s ão descritos pelas desigua ldades y bx + c (semiplano super ior) ≥
e y bx+c (semiplan o inferior). Os pontos (x, y) da par ábola cum -

prem y = ax + bx + c logo est ão todos no semiplano superior da
¾ 

r eta y = bx + c quando a > 0 ou est ão todos no semiplano inferior


se for a < 0. Porta nto a reta y = bx + c, d e in clin a çã o b, é tangente
à p a r ábola y = ax + bx + c no ponto P = (0, c) (Figura 12).
¾ 

E x e m p l o 1 1 (completa ndo o Exemplo 10). Agora que conh ece-


mos a forma geom étrica do gr á fico d a fun çã o q u a d r ática f(x) =

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32 Temas e Problemas

 y = ax 2 + bx + c

 X 
O
 y = bx + c

Fi g ur a 1 2

ax + bx + c, podemos ver clar amente que, s e a > 0, e n t ã o a


¾ 

fu n ção, que as s ume s eu valor mı́nimo quando x = m = −b/2a,


é decrescente à e s q u e r d a d e m e crescente à dir eita de m. No
Exemplo 10, independentemente de ser b 3a ou b > 3a, a ár ea ≤
do par alelogramo inscrito n o r et ângulo é s empr e igual a f(x) =
2x − (a + b)x + ab. Trata-se de achar, entre os n úmeros x ta is que
¾ 

0 x a, aqu ele para o qual o valor f(x) é o menor possı́vel. Como


es tamos s upondo 3a < b, t em os 4a < a + b, don de
≤ ≤
a < (a + b)/4 = m. Assim, o intervalo [0, a ] es t á à es quer da do
ponto m n o qua l a fun ção quadr ática as s ume s eu m ı́nimo. Logo
f é decrescent e no interva lo [0, a ] e, conseq üent emente, seu m enor
valor nesse intervalo é f(a). Portanto, x = a é a resposta do pro-
blema n o caso em qu e b > 3a. O par alelogramo de á r e a mı́nima é
en t ão aquele hachura do na Figura 13.

b – a a

a a

a b – a
Fi g ur a 1 3

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˜  Quadr áticas
Funçoes 33

A reta vertical x = −b/2a cont ém o v értice (−b/2a, f(−b/2a))


d a p a r ábola y = ax + bx + c, logo é o eixo de s imetr ia des s a
¾ 

curva, gr á fico d a fun çã o f(x) = ax + bx + c. Porta nt o dois pon- ¾ 

 
t os (x , y) e (x , y) d a p a r ábola t êm a mes ma or denada, ou s eja,
 
f(x ) = f(x ) se, e somen te se, −b/2a é o ponto m édio do int ervalo
 
cujos extremos s ã o x e x . Noutras palavras,

 
b x +x  
 
f(x ) = f(x ) ⇔ − = ⇔ x + x = −b/a.
2a 2
Este fato pode ser verificado sem o gr áfico, a partir da forma
¾ 

ca n ônica f(x) = (x − m) + k, onde m = −b/2a e k = f(m). Com


efeito,
   
f(x ) = f(x ) ⇔ (x − m) + k = (x − m) + k
¾  ¾ 

 
⇔ (x − m) = (x − m) ¾  ¾ 

 
⇔ x −m= ±(x − m).
 
Or a x −m = x −m equivale a x = x , enquant o x −m = −(x −m)    

equivale a m = (x + x )/2.  

3 Mo v im e n t o u n i fo rm e m e n t e v a ri a d o
Um dos exemplos ma is relevant es em que se a plicam as fun ções
quadr áticas é o m oviment o uniformemen te variado. Aqui se tem
um ponto m óvel, qu e se d esloca a o longo de u m e ixo. Su a posiçã o
no ins tant e t é determina da pela abscissa f(t). O que caracteriza
o movimento uniformemente variado é o fat o de f ser u m a fu n çã o
quadr ática, que se escreve usualmente sob a forma
1
f(t) = at + bt + c.
¾ 

2
Nesta express ão, a consta nte a chama-se a aceleraçao ˜  , b é a velo-
cidade inicial (no instant e t = 0) e c é a posiçao
˜  inicial do pont o.
Em qua lquer moviment o retilı́neo, dado por um a funç ão ar bi-
t r ária f(t), o quocient e
f(t + h ) − f(t) esp a ço per cor r ido
=
h  tempo de percurso

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34 Temas e Problemas

cha ma -se a velocid ad e m edia


´  do pont o no int erva lo cujos extr emos
1
s ã o t e t + h . No cas o em que f(t) = at + bt + c, a velocidade ¾ 

2
ah 
m édia nesse intervalo é igua l a at + b + Para valores cada vez ·
2
men ores de h , este n úmero vale aproximadam ente at + b. Por isso
dizemos que
 v(t) = at + b
é a velocidade (no movimento un iformement e variado) do ponto
no ins tant e t. Qu a n d o t = 0, tem-se v(0) = b. Por isso b se cha -
ma a velocidade inicial. Além disso, para t e h  quaisquer, tem-se
[ v(t + h ) − v(t)]/h  = a, logo a a celer a ção consta nte a é a t a x a d e
va r ia ção da velocidade.
Um importa nte exemplo de movimento un iformement e varia-
do é a qu eda livre de u m corp o, ist o é, sujeito apena s à a ção da gra-
vidade, desprezada a resist ência do ar. Nest e caso, a a celera çã o
da gravidade é representada por g e seu valor, deter mina do expe-
rimentalmente, é g = 9,81 m/seg . ¾ 

Se o corp o é simplesmente deixado cair de u ma altu ra (que con-


sideram os de coordena da zero n um eixo vertical, orient ado pa ra
baixo) sem ser empurr ado, ent ão sua velocidade inicial é zer o e
su a posiç ão inicial é dada por c = 0, logo sua coordenada, após
1
t segundos de queda, é gt = x. Reciprocam ente, esse corpo
¾ 

2  
percorre x metros em t = 2x/g segundos.
Nosso conh ecimen t o da fun ção quadr át ica permite r esponder
às m ais diversas qu est ões a respeito do moviment o uniform emen -
te variado. Por exemplo, se uma part ı́cula é posta em movimento
sobre um eixo a part ir de u m ponto de a bscissa −6 com velocida-
de inicial de 5 m /seg e a celer a ção consta nte de −2 m/seg , quan to ¾ 

tempo se passa a t é sua trajet ória mu de de sen tido e ela comece a


¾ 

voltar
Logo opar a om
valor pont o de de
áximo parftida? Resposta:
é obtido t emos
quan do t= −f(5t(−
) =2)−=
t +
2,5 − 6.
5tseg.
Podemos ain da dizer qu e o pont o começa a volta r qua nd o v(t) = 0.
Como v(t) = −2t + 5 isto nos d á novamente t = 2,5 seg.
O movimen to uniform ement e variado pode ocorr er t am b ém no
plano. Um exemplo disso é o movimen to de um projétil (um a bala,

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˜  Quadr áticas
Funçoes 35

um a bola, u ma pedr a, et c.) lan çad o por u ma força in sta nt ân ea e, a


partir daı́, sujeito apen as à a ção da gravidade, sendo desprezada a
resist ência d o ar (moviment o no vácuo). Em bora o pr ocesso ocorr a
no espa ço tridim ens iona l, a tr ajet ória do projétil est á contida no
plano determinado pela reta vertical no ponto de partida e pela
dir eção da velocida de in icial.
Quanto se tem um movimento retilı́neo (sobre um eixo), a ve-
locidade do m óvel é expressa por um n úmer o. Mas qua ndo o mo-
vimen t o ocorr e n o plan o ou n o espa ço, a velocida de é expressa p or
um vetor (segment o de reta orient ado), cujo compr iment o se cha -
m a a velocidade escalar  do m óvel (ta nt os m etros por segun do). A
dir eção e o sent ido desse vetor indicam a direção e o s entido do
movimento.
No plano em que se d á o movimento, tomemos um sistema de
coordenadas cuja origem é o ponto de par tida do pr ojétil e cujo
eixo OY  é a vert ical que p assa por esse pont o.
A velocidade inicial do projétil é o vetor v = ( v , v ) cuja primei- ½  ¾ 

ra coordenada v fornece a velocidade da componente horizontal


½ 

do m ovimen to (deslocamen to d a sombra , ou p rojeção do projétil


sobre o eixo horizontal OX).
Como a ún ica força at ua nd o sobre o projétil é a gravidade, a
q u a l n ão possui component e h orizont al, n enh um a força at ua so-
bre est e moviment o horizont al, que é port an to um movimen to uni-
forme. Assim, se P = (x, y) é a posiç ão do pr ojétil n o ins tante t,
tem-se x = v t. ½ 

Por su a vez, a acelera çã o (= for ça ) da gra vida de é consta nte,
vertical, igua l a −g. (O s inal menos s e deve ao s entido da gr a-
vidade ser oposto à orien t a ção do eixo vertical OY .) Por tan to, a
componente vertical do movimento de P é um movimento unifor-

memente
velocida deacelerado
inicial v sobre
. o eixo OY , com a celer a ção igua l a −g e
¾ 

Logo, em cada instante t, a or denada y do ponto P = (x, y) é


1
dada por y = − gt + v t. (N ã o h á termo consta nte porque y = 0
¾ 

2
¾ 

quando t = 0.) Veja a Figura 14.

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36 Temas e Problemas

1  P = ( x, y)
 y =  gt 2 + v2t 
2
v2

 X 
O v1 x = v1t 

Fi g ur a 1 4

Se v = 0 en t ão, para todo t, tem -se x = v t = 0, logo P = (0, y),


½  ½ 

com
1
 y = − gt + v t . ¾ 

2
¾ 

Neste caso, a tr ajet ória do projétil é vertical.


Suponham os agora v = 0. E n t ão, de x = v t ve m t = x/v .
½ 
 ½  ½ 

Substituindo t por este valor na express ão de y, obtemos


¾  ¾ 

 y = ax + bx, onde a = −g/1v ½ 

e b = v /v .¾  ½ 

Isto mostra que a tra jet ória do projétil é u m a p a r ábola.

4 A p r o p ri e d a d e r e fl e t o ra d a p a r á b o la
Ou t ra a plicação bast an te difun dida da fun ção qua dr ática, ou me-
lhor, da par ábola qu e lhe serve de gr áfico, diz respeito à proprie-
dade refletora dessa curva.
Se gir ar mos uma par ábola em torno do seu eixo, ela vai ge-

ra r um
conh a super
ecida comofı́cie cham
superf´  ıcieada parabol´ 
parab olica
´  . oide
E st ade
surevoluç
per fı́cieao
˜ p ossui
, tambiném
ú -
me ra s a plicações inter es s antes , todas elas decor r entes de uma
propriedade geométr ica da par ábola, qu e verem os nest a seçã o.
A f a m a d a s s u p e r fıcies
 ́ parab ólicas remonta à Antiguidade.
H á u ma lenda segundo a qual o extraordin ário ma tem ático grego

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˜  Quadr áticas
Funçoes 37

Arquimedes, que viveu em Siracusa em torno do ano 250 A.C.,


destruiu a frota que sitiava aquela cidade incendiando os navios
com os raios de sol refletidos em espelhos parab ólicos. Em bora
isto seja teoricam ente possı́vel, h á s ér ias d úvidas hist óricas so-
bre a capa cidade tecnológica da época pa ra fabr icar ta is espelhos.
Mas a lenda sobreviveu, e com ela a id éia de que ondas (de luz,
de calor, de r ádio ou de outr a qualquer n at ureza), quan do refleti-
das numa s uper fıcie
 ́ para b ólica, concentram-se sobre o foco, assim
am pliando gra ndement e a intensidade do sinal recebido.
Da lenda de Ar quimedes r es tam hoje um inter es s ante acen-
dedor solar de cigar ros e out ros a rt efat os que provocam igniçã o
fazendo convergir os raios de sol para o foco de uma superf ́ıcie
p a r a b ólica polida.
Outr os ins tr umentos atuam inver s amente, concentr ando na
dir eção pa ra lela a o eixo os raios de luz que em an am do foco. Como
exemplos, cita mos os h olofotes, os far óis de autom óveis e as sim-
ples lanternas de m ão, que t êm font es luminosas à frente de uma
superf ́ıcie parab ólica refletora.

   x  o
    i
  e

 F 

Fi g ur a 1 5

Um important e uso recente destas su perf ́ıcies é dado pelas a n-


tenas par ab ólicas, empr egadas n a r ádio-astronomia, bem como no

dia-a-dia
provenientes dos de
aparelhos
um sat élitede televis ão,a refletindo
sobre su superf ́ıcie,os d ébeis sinais
fazendo-os con-
vergir para um ún ico pont o, o foco, d este modo t orna nd o-os cons i-
deravelment e ma is nı́tidos.
S e a a n t e n a p a r a b ólica estiver volta da pa ra a posição (esta-
cion ár ia) do sat élite, a gra nde dist ân cia far á com que os sina is por

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38 Temas e Problemas

ele emitidos que a tingem a ant ena sigam tra jet órias pr aticam en-
te pa ralelas ao eixo da superf ́ıcie da an ten a, logo eles se refletir ã o
na s uper fıcie
 ́ e convergir ão pa ra o foco. Par a a demonstr ação da
propriedade refletora da par ábola, vide o livro “A Matem ática do
En sino M édio”, vol. 1, p áginas 135 a 141.

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˜  Quadr áticas
Funçoes 39

Problemas Propostos∗

1
1. Se x > 0, mostre que x + ≥ 2, valendo a igualdade somente
x
quando x = 1.

2. Sejam a e b n úmeros positivos. Prove que, para x > 0 e y > 0


com xy = c (constante), a soma ax + by assum e seu valor m ı́nimo

quando ax = by = abc.

3. Deseja-se cavar um buraco retangular com 1 m de largura de


modo que o volume cavado t enh a 300 m . Sa bendo que cada m etro ¿ 

quadrado de área cavada custa 10 reais e cada metro de profundi-


dade custa 30 reais, determinar o comprimento e a profundidade
do bura co a fim de que seu custo seja o menor possı́vel.

4. Duas tor neir as junta s enchem um tanque em 12 hor as . Uma


delas s ozinha levar ia 10 hor as ma is do que a outr a par a ench ê-
lo. Quantas horas leva cada uma das torneiras para encher esse
tanque?

5. Se uma torneira enche um tanque em x horas e outr a em y h o-


ras, quant o tempo levariam a s duas junt as par a en cher esse mes-
mo tanque?

6. Us ar a form
 ́ ula qu e serve de resposta ao exercı́cio an ter ior pa ra
resolver o seguinte pr oblema: Dois guinda stes levam junt os 6 h o-
ras para descarr egar um navio. Se os dois operassem sozinhos,
um deles levar ia 5 hor as a menos do que o outr o par a efetuar a
descarga. Em quan to tempo cada um dos guindastes descarr ega-
ria o navio?

7. Dois comer ciant es vendem um certo t ecido. O segun do vendeu


3 metros mais do que o primeiro. No fim do dia, os dois recebem
 jun tos o total de 35 r eais pela venda daquele tecido. O primeiro
diz: “Se eu tivesse vendido a meu preço a quan tidade que você

Solu ções na p ágina 138.

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40 Temas e Problemas

vendeu, teria apurado 24 reais”. O segundo responde: “E eu teria


recebido R$ 12,50 pelo tecido que você vendeu”. Quan tos metros
vendeu cada um e a que pr eço?

8. Mostr e qu e a equ a çã o m + x = x tem uma ú n ica solu ção quan -
do m > 0 ou m = −1/4, t em du a s soluç ões quan do −1/4 < m 0 ≤
e nen hu ma soluç ã o q u a n d o m < −1/4. I nter pr ete gr aficamente
este resultado.

9. Um professor comprou v ár ios exemplar es de um livr o par a


pr es entear s eus alunos , gas tando 180 r eais . Ganhou 3 livr os a
m a is d e b onifica ção e com isso cada livro ficou 3 reais mais bara-
t o. Qu a n tos livros com pr ou e a q ue p re ço?

10. Quantos lados tem um polı́gono convexo que possui 405 dia-
gonais?

11. Um campeonato é disputado em 2 turnos, cada clube jogando


duas vezes com cada um dos outr os . O total de par tidas é 306.
Qua nt os clubes est ão no campeonat o?

12. Um gr upo de amigos , numa excur s ã o , a l u g a u m a v a n p o r


342 r eais . Findo o pas s eio, t r ês deles es tavam s em dinheir o e
os outros tiveram que completar o total, pagando cada um deles
19 reais a ma is. Qua ntos eram os am igos?

13. Desprezando a resist ência do ar, determinar a profundidade


de um poço, sa bend o que decorr era m t segundos entre o instante
em que se deixou cair uma pedra e o momento em que se ouviu
o som do seu choque com a água no fundo. (Dar a r es pos ta em
fu n çã o da a celera ção da gr avidade g e da velocidade do som v.
¾ 

= 9,8
Tem-se g ser
precisam m/seg e v = 340 m/seg, ma s estes n úmeros n ã o
u sados.)

14. Na s águas pa r adas de um lago, um r emador r ema s eu bar co


a 12 km por hora. Num certo rio, com o mesmo barco e a mesma
força n as rem ad as, ele percorreu 12 km a favor da corr ent e e 8 km

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˜  Quadr áticas
Funçoes 41

contr a a corrent e, nu m t empo total de 2 horas. Qual era a veloci-


dade do rio, quan to tempo ele levou para ir e qua nto tempo para
voltar?

15. U m t r i ângulo is ósceles mede 4 cm de base e 5 cm de altu-


ra. Nele deve-se inscrever outro tri ângulo is ósceles in vert ido, cu-
  ja base é par alela à base do ma ior e cujo vértice é o ponto m édio
da base do primeiro. Qual é a á r e a m áxima possı́vel do tr iângulo
invertido? Qual a altur a desse tri ân gulo de ár ea m áxima?

16. Qual é o valor m áximo (ou m ı́n im o) da s fun ções qua dr áticas
f(x) = 2(x − 2)(x + 3), g(x) = 3(2 − x)(5 + x)?

17. Retiram os de u m dos extremos da ba se b de um r et ân gulo de


altur a a (com a < b) um segment o de compr iment o x e o acrescen-
tamos à altur a. Pa ra qu al valor de x este novo ret ân gulo tem ár ea
m áxima?

18. A soma das m edidas da s diagona is de um losan go é 8 cm. Qua l


o maior valor possı́vel da ár ea desse losan go?

19. Quais s ão os valores possı́veis par a o produt o de dois n úmeros


re a is cuja diferen ça é 8 ? H á u m m en or valor possı́vel? Um m a ior?
20. Seja m o pont o onde a fun çã o q u a d r ática f as s ume s eu va-
lor mı́n im o k = f(m). Exprima algebricam ent e a fun ção inversa
f : [k, +∞) → [m, +∞). Trat e explicitament e o caso part icular
¹  ½ 

f(x) = x − 6x + 10.
¾ 

21. A partir de dois v értices opostos de um ret ân gulo de lados a, b


mar quemos qua tro segmentos de comprimento x (Figura 16). As
extremidades desses segmentos forma m um para lelogramo. Para
qual valor de x a área desse paralelogramo é a m aior possı́vel?

22. Quais n úmeros:


a ) S ão pelo men os 16% ma iores do que seu s qua dra dos?
b) S ão no m áximo 22% men ores do que o quadr ado de sua s me-
tades?

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42 Temas e Problemas

 x
 x

 x
 x

a
Fi g ur a 1 6

c) T êm o qua dra do de sua m eta de 30% ma ior do que sua qu inta
par te?

23. Se p, q e r s ão inteiros ı́mpares, prove que a equaçã o


 px + qx + r = 0 n ão pode ter ra iz raciona l.
¾ 

24. Dois digitadores, A e B, se alterna m na prepara çã o d e u m


man uscrito de 354 lau das. A tr abalhou 3 hor as a mais do que B.
Se A tivesse trabalha do duran te o mesmo tempo que B trabalhou,
teria digitado 120 lauda s. Se B tivesse digitado dura nte o mesmo
tempo que A tr abalhou, t er ia completado 252 laudas . Dur ante
quanto tempo cada um trabalhou e quantas laudas cada um digi-
tou?

25. De um tonel de vinho, algu ém r etir a uma cer ta quan tidade e
a substitui por um volume igual de água. Ap ós repetida a mesma
oper a ção, o lı́quido que restou no tonel é metade vinho, metade
água. Quanta águ a foi colocada n o tonel cad a u ma da s dua s vezes?

26. Qual é a fun çã o q u a d r ática f t a l q u e f(1) = 2, f(2) = 5 e


( )=
f 3 4?
27. A fun ção qu adr ática f(x) = ax + bx + c é tal que seu gr áfico
¾ 

tan gencia o eixo das abscissas. Sabendo que f(1) = f(3) = 2, de-
ter mine a, b e c.

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Ca pı́tu lo 3

F u n ções Exponenciais e
Logar ı́tmicas

P r o b l e m a 1 . Uma piscina tem capacidade para 100 m de água. ¿ 

Q uando a pi sci na est á completamente cheia, é colocado 1 kg de


cloro na piscina. Água pura (sem cloro) continua a ser colocada na
piscina a u ma vaz ão const an te, sen do o excesso de água elimina do
a t r a vés de um ladr ão. Depois de 1 hora , um t este revela que a inda
restam 900 g de cloro na piscina.

a) Q ue quant i dade de cl oro rest ar á n a p i s c i n a 1 0 h o r a s a p ós


su a coloca çã o?
b ) E a p ós meia h ora da a plicaçã o?
c) E ap ós t horas?

U m a respost a m ui t as vezes dada para a pri m ei ra pergunt a é


que, ap ós 10 horas, n ã o h á m ais cloro na piscina. Esta resposta
r esu lta da ap licaç ão d o modelo mais simp les de var iaçã o d e u m a
gra ndeza, expresso por um a fun ção afim. Segun do este m odelo,
a va r ia ção sofrida em cada intervalo de 1 hora é s e m pr e a m e s-
ma. Assim, se na primeira hora foram eliminados 100 g de cloro,
o m esm o deveri a ocorrer em cada um a das 10 horas segui nt es,

fazendo com
gr áfico da quea t17
F igur odo o cloro
ilustr seja
a este eliminado n estas 10 h ora s. O
ra ciocı́nio.
A solu ção acima, entretanto, n ão est á corret a. N ã o é razoável
ad mit ir-se qu e a elimina ção de cloro se d ê a um a t axa const ant e.
De fato, é m u i t o m ai s ra zoável que est a t axa dependa da quant i -
dade de cloro presente na piscina: quanto maior a quantidade de

43

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44 Temas e Problemas

Cloro (g)

1000
900

Tempo (h)
1 10

F ig u r a 1 7

cloro, m ais cloro é eliminado por unidade de tempo. Na verdade,


par ece intuitivo que a quan tidade eliminada por unidade de t em-
po seja proporcional à qu ant idade existente de cloro. Par a veri-
ficarmos esta conjetura, utilizaremos um recurso freq üent em ent e
utilizado para analisar problemas envolvendo grandezas que va-
riam continuamente: vamos discretizar  o problema. Ao invés de
considerar que a água ingressa na piscina e é dela eliminada de
modo cont ı́nuo, vam os dividir o tempo em pequen os int ervalos de
comprimento ∆t e i m aginar que, em cada um dest es i nt erval os,
o processo ocorr a da form a descrita a seguir. Pr imeiro, ingressa
na piscina, cujo volume representaremos por V , um a quant i dade
de água pura i gual a v∆t, onde v é a v a zão (expressa, por exem-
plo, em m por hora); esta água é a diciona da à m i st ura exist ent e
¿ 

de cloro e água. A seguir, um vol um e i gual a v∆t é ret i rado da


mistura, restaurando o volume inicial (veja a Figura 18).

da Vejamos
um dest eso ique ocorre com
nt ervalos. a quantidade
N o inı́cio c(t) de
do processo, estacloro emest
massa ca-á
un iform emente distribu ı́ da em um vol um e V  de lı́quido. Ap ós o
ingresso de água pura, a quant i dade de cl oro n ão se al t era, m as
passa a est ar di st ri bu ı́da em um volume igual a V  + v∆t. D es t e
volume, retira-se v∆t , r etendo-se u m volume igual a V . C om o o

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5/12/2018 1_SBM - Elon La ge s Lima - Te ma s e Proble ma s - slide pdf.c om

˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 45

Piscina no Água pura é Água pura se Volume vDt 


instante t  acrescentada misturaà é retirado
(volume V ) (volume V +vDt ) água da piscina (volume V )

F ig u r a 1 8

cloro est á distribuı́do uniform emente, a quan tidade de cloro que


perma nece n a piscina é proporcional ao volume retido. Isto é, te-
mos, o seguinte quadro:

Volum e d e lı́ qui do Q uant i dade de cloro


Antes da sa ı́d a V  + v∆t c(t)
Depois da sa ı́d a V  ?

O valor desconhecido é, ent ão, dado por c(t + ∆t) = c(t) Π · 
Π

Ú ¡ Ø 
.
O m ai s i m port ant e a observar é que a fraç ã o é constante Π · 
Π

Ú ¡ Ø 

par a cada intervalo de compriment o ∆t. Assim, em cada um des-


tes int ervalos, a quan tidade de cloro é multiplicada por um valor
const an t e. N ot e que o m esm o ocorrer á em um i nt erval o m ai or,
for ma do pela just ap osiçã o d e n intervalos de comprimento ∆t:
a quant i dade de cl oro em um i nt erval o de t am anho n∆t é m ul -
 
tiplicada por . A va r ia ção da qu an tidade de cloro, por sua
Ò 

Π

Π ·  Ú ¡ Ø 

vez, é obtida da equa ção acim a subt rai ndo-se a quant i dade i ni -
cial c(t) em cada lado, o que fornece

V  v∆t
c(t + ∆t) − c(t) = c(t) V  + v∆t − 1 = c(t) − V  + v∆t
    .

Uma out ra form a de expressar o mesm o fat o é dizer qu e a var iaç ã o


relativa é const ant e e i gual a − . Ist o confirm a o
  ´  Ø  ·  ¡ Ø  µ ¹    ´  Ø  µ 

Ú ¡ Ø 

  ´  Ø  µ  Π ·  Ú ¡ Ø 

comportam ento que t ı́ nham os i nt uı́do ant eriorm ent e: a varia çã o

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46 Temas e Problemas

da quantidade de cloro em intervalos de mesmo comprimento é


proporcional à qu an tidade existente n o inı́cio do int er valo.

Voltemos a o nosso problema . A an álise acima mostra a inade-


qu a ção da primeira ten ta tiva de solução e ap onta a soluç ão cor-
reta . A perda de cloro, nos perı́odos consecutivos de 1 hora, n ã o
é a m e s m a . O qu e é constante, em cada um destes per ı́odos, é a
va r ia ção relat iva: se 10% do cloro foi elimina do na primeira hora ,
o mesmo ocorr e em cada hora a s eguir. E quivalentem ent e, se 90%
do cloro per ma nece ap ós a primeira hora , o mesm o ocorr e em cada

hora a seguir. Logo, ap ós 10 hora s da ap licaç ão, a quantidade de


cloro ter á sido multiplicada por (0,9) = 0,349. P or t a n t o, n e s t e½ ¼ 

i nst ant e h aver á 349 grama s de cloro na piscina. De modo geral,


podemos express ar a qu an tidade d e cloro ao final de n hora s (onde
n é na t ura l ) por:

c(n) = 1000 (0,9) , p a r a n = 0 , 1 , 2 , . . .


· Ò 

A Figura 19 ilustr a este comportam ento.

1200

1000

      ) 800
    g
      (
    o
    r 600
    o
      l
      C
400

200

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (h)

F ig u r a 1 9

O bserve que est as quant i dades form a m um a progress ão geo-


m étrica. Na verdade, ao se considerar a quantidade de cloro em

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˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 47

inst an tes igu alm ent e espa çad os, obt ém-se sempre uma progress ã o
geom étrica, já que a quela quant i dade é multiplicada pela mesma
const an t e em cada i nt erval o. Podem os u sar est e fat o para res-
ponder à segun da pergunta do problema, su bdividindo o perı́odo
d e u m a h o r a a p ós a a pli cação de cloro em dois per ı́odos de meia
hora cada. E m cada um dest es per ı́odos, a quantidade de cloro é
multiplicada por uma constante k (Figura 20). Como ao final dos
dois per ı́odos de meia hora a quantidade de cloro é multiplicada √
por 0,9, temos k k = 0,9 e, da ı́, k = 0,9 = 0,948. Logo, a quanti-
·
dade de cloro ap ós 6 hora s é igual a 1000 0,948 = 948 g. Note que,
se tiv éssemos u sado o modelo afim da Figura 17, terı́amos obtido ×
950 g para a qu ant idade de cloro neste insta nte.

´ 0,9
´ k 

0 ½ 1
F ig u r a 2 0

Podemos gen er alizar a soluç ão acima e calcular a quantidade


de cloro a intervalos constantes de meia hora. De fato, para um  
i nst ant e da form a t = n, com n nat u ral , t em os c(t) = c n =
½ 

¾ 
½ 

¾ 

c(0)k , onde k é a constante calculada acima. Assim,


Ò 

1
c(t) = c( n) = 1000
√  0,9
Ò 

= 1000 (0,9)
Ò  ¾ 

, para n = 0,1,2,...
2

Novamente, estes valores formam uma progress ão geom étrica,


i lust ra da n a F i gura 21. E st a progressã o é obtida a partir da pro-
gress ão da Fi gura 19 “int erpol ando um m eio geom étrico” entre
cada par de termos consecutivos.
Observe que, substituindo por t, temos c(t) = 1000 (0,9) Ò 

¾ 
· Ø 

para t odo t da forma . Na verdade, podemos mostrar que a ex-


Ò 

¾ 

press ão acima vale para todo t racional, aplicando o mesmo pro-
cesso acima. De fato, seja t = p/q. Como este intervalo é formado

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48 Temas e Problemas

1200

1000

      ) 800
    g
      (
    o
    r 600
    o
      l
      C
400

200

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (h)

F ig u r a 2 1

pe la ju st a posiç ão de p intervalos de compriment o 1/q, a q u a n t i-


dade de cloro restante neste instante é dada por c( p/q) = c(0)k , Ô 

onde k é a const an t e pel a qual a quant i dade de cl oro é multipli-


cada em intervalos de tempo de comprimento 1/q. M a s q destes
intervalos forma m um intervalo de compriment o 1, em que c(t) é
mu ltiplicado por 0,9. Assim , k = 0,9 e k = 0,9 (veja a Figu-Õ  ½  Õ 

ra 22).

´ 0,9
´ k 

0 1/ q 1  p / q

F ig u r a 2 2

Su bst itu indo na equa ção a cima, obtemos

c(t) = c( p/q) = c(0). 0,9


 ½  Ô 

Ô 

= 1000 0,9 · Ô  Õ 

= 1000 0,9 . · Ø 

E para val ores i rraci onai s de t? A r e s pos t a é que t odo t ir -


racional pode ser aproximado, com precis ão arbi t r ári a, por um a

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˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 49

valores racionais. Os valores correspondentes de c fornecem, por


su a vez, a pr oxima ções par a c(t). E s t e é exatamen te o mecan ismo
a t r a vés do qu al se defin e u ma função exponencial, como veremos
ma is a diant e. Assim, a função que forn ece a quan tidade de cloro
q u e r e s t a n o in s t a n t e t é dada por c(t) = 1000 0,9 , para t odo t · Ø 

real. O gr á fico des t a fun çã o é dado na Figur a 23.

1200

1000

      )
    g 800
      (
    o
    r 600
    o
      l
      C
400

200

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (h)

F ig u r a 2 3

O exemplo acima ilustra um modelo matem á t ico d e va r iaç ã o


qu e é t ão importa nt e qu an to o modelo dado por u ma função afim .
As si t u a ções em que ele se aplica s ão aquel as em que, ao i nvés
da va r ia ção absoluta f(x + h ) − f(x) n ão depender de x (depender,
port an t o, a penas de h ) , quem tem esta propriedade é a va r ia çã o
relativa . F u n ções crescentes (ou decrescentes) com esta
  ´  Ü  ·    µ ¹    ´  Ü  µ 

  ´  Ü  µ 

propriedade s ão necessariamen te da form a f(x) = ba . Os va lores Ü 

de a e b, a e xem plo do que ocor r e n a s fun ções afins, pode ser facil-
mente interpreta do em term os dos valores de f nos pont os x = 0 e
x = 1. Temos f(0) = b a = b. Logo, b corr esponde ao valor inicial ¼ 

f(0). J á no pont o x = 1, temos f(1) = b a = f(0)a. Port an t o, · · ½ 

a = f(1)/f(0) e corr esponde à consta nte pela qual f é m ultiplicada


em t odo int ervalo de compr iment o 1.
Em resum o, temos o teorema abaixo, discut ido em mais deta-
lhes em “A Matem ática do Ensino M édio”, vol. 1.

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50 Temas e Problemas

Te o r e ma . S eja f : R → R um a fun çao ˜  m on otona


´  injetiva (isto e,
´ 
crescen te ou d ecrescen te) tal qu e, par a cad a x e h  , a varia çao
˜  relati-
va [f(x + h ) − f(x)]/f(x) (ou , equiv alent em ente, a ra z ao
˜  f(x + h )/f(x))
depende apenas de h  e n ao ˜  se b = f(0) e a = f(1)/f(0) ,
˜  de x. En t ao,
tem -se f(x) = ba para todo x R. Ü 


P r o b l e m a 2 . Uma pessoa t omou 60 mg de um a cert a medicaç ã o.
A bula do rem édio informava que sua meia-vida era de seis ho-
ra s. Como o paciente n ão sabia o significado da palavra, foi a um
dicion ár io e encont rou a seguin te d efiniç ã o:

 Meia-vida: tempo necess á r i o pa r a q u e u m a gr a n d e za


(f ı́ sica, biológica) a tinja met ade d e seu valor inicial.

a) A p ós 12 horas da ingest ão do rem édio, qu al é a quant i dade


do rem édio ainda presente no organ ismo?
b ) E a p ós 3 horas da ingest ão do rem édio?
c) E ap ós t horas de sua ingest ã o?

Para respondermos à pri m eira pergunt a , bast a apl icar a defi-


n ição de meia -vida. Na verd ad e, esta defin içã o d á um a i m port an t e
in for m a ção a respeito do fen ômeno a que se refere: em qualquer
per ı́odo de 6 hora s, a quan tidade da droga presente n o organismo
s e r e du z à m e t a d e d o s e u v a l o r n o i n ı́cio deste per ı́odo. Deste
modo, a p ós as primeira s 6 h ora s, haver á 60 = 30 mg. Em mais ½ 

¾ 
×
6 horas, este valor se reduz n ovamente à m et ade, passando a ser
igual a 30 = 15 m g.
½ 

¾ 
×
Note qu e, como no problema an ter ior, n ã o é apr opria do utilizar-
se u ma fun ção a fim para modelar a variaçã o d a m edicaç ão. Tal
modelo conduziria à conclus ão equi vocada de que, ao final das

12 horas, n ão
raciocı́nio, haveria mais
a quantidade dedroga
drogapresente no no
eliminada organismo
segundo(por este
per ı́odo
de seis horas seria igual à quan tidade eliminada no primeiro, le-
vando à elim in a ção t ot al em 12 horas). Mas por que est e m ode-
lo é ina dequado pa ra esta situação? N a verdade, o processo de
eli m in a ção de uma droga do organismo é a n álogo a o pr ocesso d e

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˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 51

elim in a ção do cloro n a piscina do problema an ter ior. Pode-se pen -


sar na corrent e sangü ı́nea como sendo a piscina, n a qual a droga
es t á present e. À medida que mais água é ingerida, ela é adicio-
n a d a à corrent e sang ü ı́nea, sendo o excesso de lı́quido elimina do
a t r a vés dos ór g ãos excretores. Como no caso da piscina, a quan -
tidade de droga eliminada é maior qua ndo a qua ntidade de dr oga
present e é ma ior. Assim, é r a zoável adot ar-se, par a a quant i da-
de de droga no organism o, u m modelo segundo o qua l a var iaçã o
relativa em intervalos de t empo de m esma dur açã o é s e m p r e a
mesm a, o qu e n os leva a um modelo expresso por um a fun ção da
forma f(x) = ba .
Ü 

Para cal cul ar a quant i dade de droga no inst ant e t = 3, bast a


observar, ma is um a vez, que em cada in ter valo de du ra ção 3 hora s,
a qua ntidade de droga é mu ltiplicada por uma consta nte k. Como
em 6 hora s a dr oga se reduz à m etade, temos k k = e, portanto, · ½ 

  √ ¾ 

k = ½ 

¾ 
= ¾ 
¾ 

= 0,707. Logo, ap ós 3 horas da ingest ão, a m assa


rest ant e de droga é i gual a 60 0,707 = 42 g, aproximadamente ×
(compa r e com o valor qu e obterı́am os com o modelo afim , que ser ia
igual a 45 g).
Para obt er a quant i dade de droga em um i nst ant e qual quer t,
ut ilizar emos os valores f(0) = 60 e f(6) = 30 par a calcular os coefi-
cientes a e b de f(x) = ba . A primeira igualdade fornece b = 60 e
Ü 

 
a segunda d á 60a = 30, de onde obtemos a = =2 . Logo, a
½ 

½ 

¹ 
 

 

¾ 

quantidade de droga ap ós t horas da ingest ã o é dada por

f(t) = 60 2
  ¹ 
½ 

 
Ø 

= 60 2 · ¹ 

 
Ø 

P r o b l e m a 3 . Um banco afirma que empresta dinheiro a juros de


100% ao ano. N a h ora de pagar a su a dı́vida, um ano depois, um
cliente observa que os juros cobrados s ão mais altos. Ele procu-
ra o gerente do banco que explica que, na verdade, os juros s ã o
capitalizados mensalmente, à t axa de 100% = 8,333% ao m ês . ½
½ 

¾ 
×

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5/12/2018 1_SBM - Elon La ge s Lima - Te ma s e Proble ma s - slide pdf.c om

52 Temas e Problemas

a ) Q u a l é a ta xa a nu al efetivam ente cobrada pelo banco?


b) E se o ban co resolve consider ar que os jur os s ão capitalizados
a cada dia?
c) E se o banco considera r que os juros s ão capita lizados cont i-
nuamente?

Pr oblema s de capita lizaç ão m onet á r i a s ão modelados por fun-


ções do tipo exponencial, j á que o valor é multiplicado, em cada

per
t e aı́odo, pelo
o p e rı́ N a (pr
odo.fator 1+ i), onde
ática, i é ao taxa
por ém, de juros
pr ocesso corresponden-
de capita lizaç ã o é
discret o (com o descri t o nas duas pri m eiras pergunt a s). N o pri -
meiro caso, o inter valo de 1 an o é dividido em 12 intervalos com
u m m ês de du r a ção. E m cada um desses int ervalos, a dı́vida é
multiplicada por (1 + 1/12). Logo, ao fim dos 12 m eses, a dı́vida
é multiplicada por (1 + 1/12) 2 = 2,613. As s im , a t a x a a n u a l d e
½ 

 juros é igua l a 161,3% (e n ã o 100%).


No segundo caso, o per ı́ odo de um ano é subdividido em 365
per ı́ odos de 1 dia. E m cada perı́odo, a dı́vida é multiplicada por
(1 + 1/365) e, ao fim do an o, ter á sido multiplicada por (1 + 1/365) ¿   

= 2,714. Assim, segun do este esquem a de capitalização, a t axa


anu al ser á igual a 171,4%.
Fi nal m ent e, a dm i t ir que os j uros s ão capitalizados continua-
mente corresponde a tomar o valor limite dos processos descritos
acima. Se dividirmos o perı́odo de 1 a no em n per ı́odos e capitali-
zarmos a quan tia em cada um deles a juros de , o o capita l inicial Ò 
½ 

ser á multiplicado por 1 +


 
. A respost a à t erceira pergunt e é
Ò 
½ 
Ò 

obtida t oma ndo o limite qu an do n → +∞ desta express ão. O valor


deste limite é denotado pela letr a e e é u m n úm ero fundam ent al
na Mat em át ica. Seu valor é aproxima dament e igua l a 2,718, o que

l eva a um a t axa anual de 171,8% em n osso problema . Algun s dos


usos do n ú m e r o e ser ão discutidos mais adiant e.

Pr o b l e ma 4 . Voltando ao P roblema 1, quan to tempo deve tra ns-


corr er pa ra que a quan tidade de cloro na piscina se reduza à m e-
t ade?

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˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 53

Como vimos, a quantidade de cloro no instante t é dada por


c(t) = 1000 0,9 . L ogo, o i nst ant e t e m q u e e s t a q u a n t i d a d e × Ø 

se reduz à met ade sat isfaz a equa çã o 500 = 1000 0,9 , ou seja, × Ø 

0,9 = 0,5. Com o r esolver est a equ a ção? Existe u m t al valor de t?


Ø 

Par a responder a estas pergun ta s, precisamos olhar com m ais


cuida do a s propriedades das fun ções exponenciais (para maiores
deta lhes veja “A Matem ática do Ensino M édio”, vol. 1). Lembr a-
mos que um a funç ão exponencial de base a (onde a > 0 e a = 1) 
é u ma fun çã o f : R → R definida por f(x) = a . Ma s ser á q u e a Ü 

Ü 

f ó rmula a tem sen tido par a todo n úmero real?


C ert am ent e, a es t á bem defini do quando x é n a t u r a l : a é Ü  Ò 

definido como o produto a a a a a (com n fat ores). Mais · · · · ··


precisamente, o valor de a é definido recursivamen te: a = a e Ò  ½ 

a Ò 

= a a, par a t odo n na tu ra l. A part ir desta definição, podem


·  ½  Ò 

·
ser demonstr ada s as propriedades fundamen ta is das pot ências d e  
expoente natural: a =a a e a = a , para quai squer · Ò 

Ñ  ·  Ò  Ñ  Ò  Ñ  Ñ Ò 

n a t u r a i s m e n; a l ém disso, se m < n, ent ã o a < a quando a > 1 Ñ  Ò 

e a > a quando 0 < a < 1.


Ñ  Ò 

As de fin ições das pot ênci as de expoent e real de a s ão feitas


de modo que esta s pr opriedades sejam válidas para quaisquer ex-
poentes. Assim, a é definido como sendo 1, de modo que a iden-
¼ 

tidade a = a a seja v ál i da para t odo n n a t u r a l . A se gu i r,


¼  ·  Ò  ¼  Ò 

a , p a r a n n a t u r a l , é definido como
¹  Ò 

, p a r a q u e a id en t i da d e  
½ 

Ò 

a a =a
Ò 

= a = 1 se cumpra para todo n.


· ¹  Ò  Ò  ¹  Ò  ¼ 

Um pouco mais delicada é a de fin ição das p ot ências de expoen-


t e racional . B ast a, por ém, proceder como fizemos ao resolver o
Probl em a 1. Ini cial m ent e, dado um n at ur al q, desejamos defi-  
n ir a de modo que a = a = a. Port an t o, a deve ser
Õ 

½  Õ  ½  Õ  ½  ½  Õ 

ra iz d a equa çã o x = a. Ma s, pa r a t od o q na tu ra l, a fun çã o Õ 

g : [0, +∞ ] → [0, +∞ ] t a l q u e g(x) = x é cont ı́ nua, est ri t am ent e Õ 

crescente e ilimitada
todo a positivo, existe (veja a Figur
exat amen te aum
24). Em oconseq
n úmer ü ência, x
rea l positivo para
tal
qu e a = 1, que é den ota do por a ou a.
Õ  ½  Õ 

Õ 

Agora, podemos definir a para t odo x ra ciona l: se x = p/q, Ü 

definimos  
a =a = a .
Ô 

Ü  Ô  Õ  ½  Õ 

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54 Temas e Problemas

 g ( x) = xq

 X 
1/ q
a

F ig u r a 2 4

As pot ências de expoente racional assim definidas preservam as


propri edades fundam ent ai s das pot ênci as de expoent e nat ural :
 
a = a a , a = a e, se x < y, e n t ã o a < a quando
· Ý 

Ü  ·  Ý  Ü  Ý  Ü  Ü Ý  Ü  Ý 

a > 1 e a > a quando 0 < a < 1.


Ü  Ý 

Consideremos, finalmente, pot ências


√ de expoente irracional.
Por exemplo, qual é o significad o de a ? A id éia b ásica é que todo ¾ 

n úmero irracional pode ser aproximado, com precis ão ar bit r ári a,

por n úm eros ra ciona is. Por exemplo, a s melhores a proxima ções
por falta, de 2 com 1, 2 e 3 casas decimais s ã o 1,4, 1,41 e 1,414.
Os valores de a pa ra ta is ap roxima ções conduzem,
Ü 

√ por sua vez,


a a pr oxima ções cada vez melhores para a . D evido à monoto- ¾ 

nicidade das pot ências de expoent e ra ciona l, est as apr oxima ções
ser ão por falta (quan do a > 1) ou por excesso (qua ndo 0 < a < 1).
Em qua lquer caso, o valor limite desta s apr oxima ções (definido
como o men or n úmer o real ma ior que ou igual a t odas esta s apr o-
xim a ções, no caso a > 1, ou o m a i or n úm ero real m enor que ou√
igual a elas, no caso 0 < a < 1) é tom a do com o d efin ição de a ¾ 

(veja “A Matem ática do Ensino Médio”, vol. 1, par a ma iores deta -


lhes).
Assim, definimos os valores de a para todos os valores reais Ü 

de x, com o resul t ado sendo sem pre um n úmer o positivo. Com


isso, constru ı́mos u ma fun çã o f : R → (0, ∞) t a l q u e f(x) = a , Ü 

cha ma da de funç ão exponencial de base a, que t em as segui nt es


propriedades:

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˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 55

a ) f(x + y) = f(x)f( y) para quai squer reai s x e y;


b) f é crescente (isto é, x > y ⇒ f(x) > f( y)) q u a n d o a > 1
e é decrescente (x > y ⇒ f(x) < f( y)) q u a n d o a < 1; em
conseq ü ência, f é sempre injetiva, ou seja, f(x) = f( y) ⇒
x = y;
c) f é cont ı́ nua;
d ) s e a > 1, lim f(x) = 0 e lim f(x) = +∞;
Ü    ¹  ½  Ü    ·  ½ 

e) f é sobrejetiva (isto é, para todo y > 0 existe x tal que a = y). Ü 

A Figura 25 m ost ra o gr áfico de f(x) = a nos casos a > 1 e Ü 

0 < a < 1.

Y  Y 

 x
(x) = a (a >1)
 x
1 1  f(x) = a (0<a<1)

 X   X 

F ig u r a 2 5

Podemos voltar agora à p er g u n t a q u e a b r iu e st a d is cu s sã o


(“existe um valor rea l de x para o qual 0,9 = 0,5?”) e respond ê-la Ü 

afir ma tiva men te. Como as fun ções exponenciais (em particular, a
de base 0,9) s ão injetivas e t êm por imagem o conjunto dos r eais
positivos, existe exata ment e u m n úm ero real x t al que 0,9 = 0,5 Ü 

(veja a Figura 26).


De modo geral, dado u m n ú m e r o y > 0, o ún ico real x t al que
a =
Ü 

y (onde y > 0) é chama do de logaritmo de y na base a e re-


presen ta do por log y. A fu n ção logarı́tmica de ba se a, que a ssocia
 

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56 Temas e Problemas

 f(x) = 0,9 x

0,5

 X 
 x

F ig u r a 2 6

a cada n úmer o real positivo o seu logaritmo na base a, é, portan-


to, a inversa da fu n ção exponen cial de bas e a e sua s propriedades
decorrem das propriedades da exponencial.
Ass im , a fun çã o log : (0, +∞) → R tem a s seguintes proprieda-  

des (veja os gr áficos da Figura 27):


a) log (xy) = log (x) + log ( y), para quaisquer x, y > 0.
     

b) log (x ) = r log (x), para qual quer r e qua lquer x > 0.


 
Ö 

 

c) log (a ) = x, para todo x, e alog


 
Ü 

 
Ü 

= x, para todo x > 0.


d) log é cr e s ce n t e q u a n d o a
 
> 1 e d ecr e s ce n t e q u a n d o
0 < a < 1.
e ) s e a > 1, lim log (x) = −∞  
e lim log (x) = +∞;  

Ü    ·  ½ 

Ü    ¼  · 

se 0 < a < 1, lim log (x) = +∞  


e lim log (x) = −∞.
 

Ü    ·  ½ 

Ü    ¼  · 

f) log é sobrejetiva.
 

Assim, para resolver o Problema 4 devemos obter log 0,5. Co- ¼   

mo obter este valor? H á a l gu m a s d écadas, a resposta seria con-


sul t ar um a t abel a de l ogari t m os, que eram usadas n ã o s ó p a r a

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˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 57

Y  Y 
 f(x) = log a x (a >1)
 f(x) = log a x (0<a<1)

 X   X 
1 1

F ig u r a 2 7

obter a resposta a problemas como estes, mas tamb ém para faci-
l i t ar cálculos, explora ndo o fato de que logaritmos tr an sforma m
produtos em soma s. Hoje em dia, é ma is provável que a resposta
seja obtida com uma calculadora cientı́fica. Em am bos os casos, o
u su ár io de primeira viagem depar a-se com uma dificuldade: n ã o
h á t abelas de l ogarit m os na base 0,9, nem teclas na calculadora
para calcular tais logaritmos. As bases em que valores de logarit-
mos est ão usualmente tabeladas ou dispon ı́veis em calculadoras
s ão as bases 10 e e (a base dos logaritmos naturais ou neperianos).
Mas, na verdade, qua lquer base de logaritmos pode ser u sada pa-
ra calcular um logaritmo em qualquer outra base.
D e fa t o, com o v im os , log 0,5 é a soluç ão da equaçã o ¼   

0,9 = 0,5. Apli cando a s propri edades dos l ogarit m os em um a


Ü 

base qualquer a, temos, sucessivam ent e

log 0,9 = log 0,5


 
Ü 

 

x log 0,9 = log 0,5    

x = log 0,5/ log 0,9    

Logo, obtem os
log ¼   
0,5 = log 0,5/ log 0,9.    

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58 Temas e Problemas

Se usam os logaritmos na base 10, obtemos

x = −0,30103/0,04576 = 6,57881.

Se preferimos logaritmos na base e, resulta

x = −0,69315 / − 0,10356 = 6,57881.

A respost a, nat ural m ent e, é a m esm a : s ão necess ári as 6,57881


horas (aproximadamente 6 horas e 35 minutos) para que a quan-
tidade de cloro se r eduza à m et ade.

P r o b l e m a 5 . U m a pessoa deposi t a um a quant i a em um banco,


que a rem unera à taxa de 1% ao m ês. E m quant os m eses a quan-
tia depositada dobra?

Ap ós n m eses, a quant i a deposit ada t er á sido mu ltiplicada


por (1 + 0.01) = 1,01 . Para que a quant i a dobre, devem os t er
Ò  Ò 

1,01 = 2. Tomando logaritmos em uma base qualquer (por exem-


Ò 

plo, na base 10), temos

n log 1,01 = log 2.

C om a u xı́lio d e u m a t a b ela ou d e u m a ca l cu l a dor a , ob t em os


log 1,01 = 0,00432 e log 2 = 0,30103 e daı́

n = 0,30103/0,00432 = 69,68.

Assim, seria necess ári o esperar 70 m eses para que a quant i a do-
bre.

No fin a l da r es oluç ão do Pr oblema 4, concluı́mos que log 0,5 = ¼   

log 0,5/ log 0,9, onde a é qua lquer real positivo e diferente de 1.
   

De modo gera l
log x = log x/ log b,
     

para quai squer n úmeros positivos a, b, c (com a = 1 e b = 1).  


E s t a última identidade é bem conhecida como a “f ó rm ul a de
muda nça de base” dos logaritmos. O que n ã o é m ui t o dest aca-
do é qu e ela m ostr a que d ua s fun ções logarı́tmicas quaisquer s ã o

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˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 59

og b x

 B  B
log a x = logb a
 A

 A
 X 

F ig u r a 2 8

sem pre m úl t iplas u m a da out ra. D e fat o, a f ó rmula nos diz que
log x = k log x, onde a const an te k é igua l a 1/ log b. A Figura 28
     

ilustra este fato.


Uma conseq ü ência da discuss ão acima é q u e a s fun ções expo-
nenciais tamb ém est ão todas relaciona das entr e si. De fato, se a
e b s ã o n úm eros positivos e diferen tes de 1, temos

a = blog = b log .
Ü 

Ü    ´    µ  Ü 

   

Logo, existe u ma const an te k = log a t al que  

a =b . Ü   Ü 

Portanto, a exemplo do que ocorre com os logaritmos, quando


tr a ba lha mos com fu nç ões exponenciais podemos sempre express á -
las u san do nossas bases favoritas. Na maior part e dos casos, pre-
ferimos trabalhar com a base e, pelas raz ões explicadas a seguir.
Assim, ao inv é s de cara cteriza rm os as funç ões do tipo exponen cial
Ü 

como
tementsendo aquelas da forma
e, car acterizá-las (x) = da
como fsendo baform
, poder
a f(ı́amos,
x) = beequivalen-
.  Ü 

A prefer ência pela base e se deve ao fato de que o coeficien-


t e k na express ã o be tem u ma importa nt e int erpr eta ção. Como
 Ü 

vim os, fu n ções do tipo exponencial t êm a propriedade fundamen-


tal de que sua variação relativa em intervalos de comprimento

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60 Temas e Problemas

constante é consta nte. Em part icular, sua taxa de variação i ns-


t a n t ân ea (que é o valor d a d er ivad a d a fu n ção no inst an te conside-
rado) é pr oporciona l ao seu valor na quele inst an te. Mas a fun çã o

derivada de f(x) = be é f  (x) = bke = kf  (x). Portan to, k =


  ´  Ü  µ 

 Ü   Ü 

  ´  Ü  µ 

para todo x. Ou seja, k é a raz ão consta nte ent re o valor da t axa de
va r ia ção i nst ant ân ea de u ma fun ção do tipo exponencial e o seu
valor no pont o considera do.

Pr o b l e ma 6 . No Problema 1, vimos que a qu an tidad e de cloro na


piscina ap ós t horas é dada por c(t) = 1000 0,9 . Ø 

a) Es creva est a fun ção na form a c(t) = be . ×  Ø 

b ) Q u a l é a t axa inst an t ân ea de escoam ent o de cloro no insta n-


te inicial?

Repetindo o pr ocesso a cima, tem os

0,9 = elog =e log


=e .
Ø 

Ø  ¼    Ø  ¼    ¹  ¼  ½ ¼  ¿  Ø  

   

Logo,
¹  ¼  ½ ¼  ¿  Ø  

c(t) = 1000 · e
.
A t axa de varia ção de cl oro no i nst ant e i ni ci al é obt ida m ul t i-
pl i cando a quant i dade ent ão existente (1000) m ultiplicada pela
constante k (−0,10536). L ogo, o cl oro est á se escoando à t a x a
i nst ant â n e a d e 1 0 5 g p or h or a . N ot e q u e is t o n ão significa que
105 g de cloro s er ão eliminada s na primeira hora, pois a ta xa ins-
t a n t â n e a n ã o é consta nte.

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˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 61

Problemas Propostos∗

1. Es tim a-se qu e a popula ção de um a cidade cresça 2% a cada 5


anos.

a ) Q u a l é o crescimento estimado para um perı́odo de 20 an os?

b) E em um per ı́odo de t anos?

2. As bact érias em u m recipient e se reproduzem de forma t al que o


au mento do seu n úm ero em u m int ervalo de tem po de compr imen-
to fixo é proporcional ao n úmer o de bact érias presentes no in ı́cio
do intervalo. Suponhamos que, inicialmente, haja 1000 bact érias
no recipiente e que, ap ós 1 hora, est e n ú m e r o t en h a a u m e n t a d o
para 1500. Q uant as bact érias haver á cinco horas ap ós o in ı́cio do
experimento?

3. A lei do resfriamento de Newton estabelece que, quando um


corpo é colocado em um ambiente mantido à t em perat ura cons-
t ant e, sua t em perat ura varia de m odo a ser a m esm a do am bien-

te, a uma taxa proporcional à diferença de t emperat ur a entr e o


corpo e o a mbiente. Uma peça de m eta l a 120◦ é colocada sobre a
bancada do labora t ório, mantido à t em perat u ra const an t e de 20◦ .
Dez minut os depois, verificou-se que a tem pera tu ra da peça tinh a
se r eduzido para 80◦ .

a) Q ual ser á a temp era tu ra da peça um a h ora depois de ter sido


colocada na bancada?

b) Es boce o gr áfico que expr ime a t emp era tu ra da p eça a o longo


do tem po.

4. A meia vida do is ótopo ra dioat ivo do carbono (C ) é de 5500 ½  

anos. Q ue percent ual da m assa ori gi nal de C rest ar á e m u m a ½  

am ost ra ap ós 10000 a nos?



Solu ções na p ágina 148.

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62 Temas e Problemas

5. Q ual é a m e ia vid a d e u m m a t e r ia l r a d ioa t i vo q u e s ofr e


de sin t egr a ção de 20% de sua m assa em um perı́odo de 1 ano?

6. O corpo de um a vı́tima de assassinato foi descoberto às 23 ho-


r a s . O m édico da polı́cia chegou às 23:30 e imediatam ente tomou
a t em perat u ra do cad áver, que era de 34,8◦ . U m a hora m ai s t arde
ele t om ou a t em perat ura out ra vez e encont rou 34,1◦ . A t e m p e-
r a t u r a d o qu a r t o e r a m a n t i da con s t a n t e a 20◦ . U s e a l ei d o r e s -
friament o de Newton para estimar a hora em que se deu a m orte.
Admita que a tempera tur a n orma l de uma pessoa viva é 36,5◦ .

7. A água de um reservat ório se evapora à t axa de 10% ao m ês .


Em quan to tempo ela se r eduzir á a um ter ço do que era no inı́cio?

8. Em uma caverna da Fra nça, famosa pelas pintur as feita s por


homens pr é-hist óricos, fora m encontr ad os peda ços de carv ão ve-
getal, nos quais a radioatividade de C er a 0,145 vezes a r adioati- ½  

vidade nu m peda ço de car vão feito hoje. Calcule a idade do carvã o
e d ê uma estimativa para a época em que a s pintu ra s fora m feita s.

9. Fora m injetadas 20 mg de uma certa droga em um paciente. A


t axa i nst ant ân ea de elimina ção da droga, i m ediat am ent e ap ós a
in je çã o, é de 5 mg por hora. Qual é a meia-vida da droga? (Cuida-
do! A resposta n ao ˜  é 2 horas.)

10 . O gr á fico d a fun ção da Figura 29 foi desenhado utilizando-se


uma escala logarı́tmica para o eixo Y  (ou sej a, as ordenadas no
gr áfico rep res ent am o logar itm o decima l dos valores da função).
a) Mostr e que o gr á fico de u m a fun çã o f neste t ipo de represen-
t a çã o é um a ret a se e som ent e se el a é do tipo exponencial
(f(x) = ba ). Ü 

b ) Q u a l é a fu n ção representa da pelo gr áfico da figura ?

11. No problema da piscina (Problema 1), verifique que a taxa


i nst ant ân ea de var iaç ão da quant i dade de cl oro no i nst ant e t é
igual a −c(t) . U tilizand o este fat o e o resu ltado do Problema 6,
· Π
Ú 

determine com que vaz ã o a água pura ingressa na piscina.

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˜  Exponenciais e Logarı́tmicas
Funçoes 63

10000

1000

100

10
 X 
1
0 1 2 3 4 5

F ig u r a 2 9

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Ca pı́tu lo 4

Ap lica ções da Trigonometria

Os livros did áticos para o ensino m édio dedicam muita s p áginas


ao ensino da t rigonometria. E ntr etan to, n ão fica claro nem par a o

aluno,
rial. Vamnemospa mra o ar
ostr professor,
aqu i algumapara que serveões
s a plicaç esteemabunda nte mat
sit u a ções e-
reais
e, par a resolver os pr oblemas, necessitar emos apen as das relações
trigonom étricas no tri ân gulo ret ân gulo, da lei dos cossenos e da lei
dos senos.
Nes t as a plicações estaremos calculando senos, cossenos e tan-
gentes de ângulos e cabe aqui um esclarecimento ao leitor. Quan-
do escrevem os por exemplo sen 30 , querem os dizer seno do ângulo

cuja medida é 30 , ou seja, estamos identificando o ângulo com


s u a m e did a . I s t o é pr á t i co e n a t u r a l . P a r a ân gulos agudos, es-


t a s fun ções tr igonom étricas s ão defini das at r av és das tradicionais
r a z õ e s e n t r e l a d o s d e u m t r i ângul o ret ângul o e, para qual quer
ângulo obtuso x (quer dizer: ângulo cuja medida x es t á e n t r e 90 ◦

e 180 ), defin imos sen x = sen (180 − x) e cos x = − cos (180 − x).
◦ ◦ ◦

E isto é tu do o que pr ecisamos.


Desde a a ntiguidade e at é hoje, o homem sem pre teve a neces-
sidade de avaliar dist ân cias inacessı́veis. Na verdade, s ão m ui t o
poucas as di st ânci as que podem ser m edi das di ret am ent e, com
uma trena, por exemplo. Praticamente tudo que o desejamos sa-
ber sobre dist ân cias no mu ndo em que vivemos é calculado com o
a u xı́lio da t rigonometr ia.

sit uOa ções,


problema
é o dab ásico,
r es oluçe ãque
o deestar
u m át r sem pre present
i ângulo. Mas, oeque
em significa
t odas as
ist o? O s elem ent os pr i nci pai s de um t ri ângul o s ão seus lados e
seus ân gulos. Resolver um t ri ân gulo significa determ inar 3 desses
elementos quan do os outr os 3 s ão dados (desde que n ão sejam os
t r ês ângulos). Este problema b ásico, d ependen do dos da dos, pode

64

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˜  da Trigonometria
Aplicaçoes 65

t e r u m a ú n ica solu ção, pode ser impossı́vel ou pode ter mais de


u m a solu ção e você poder á ver ificar isto nos pr oblemas qu e vamos
discutir.
Para m edi r um a di st ância inacessı́vel n ecessitar emos de uma
trena, que nada m a i s é q u e u m a fi t a m étrica comprida que possa
medir dist ân cias r elativamente pequenas no plano horizonta l e de
u m teodolito. Um teodolito é um inst ru m ent o que m ede ângulos,
t an t o no pl ano hori zont al quant o n o plano vert i cal . T rat a-se de
um a l unet a, apoi ada em um t ri p é que pode fornecer os seguintes
dados:

a) Se o observador T  vê um obj et o P, el e pode det erm i nar o


ân gulo que a r eta TP faz com o plano h orizont al.


θ

F i g ur a 3 0

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66 Temas e Problemas

b) se o observador T  vê um objeto A e gi rando a l unet a vê u m


objeto B, ambos no plano horizontal, ele pode determinar o
ângulo ATB.

 B

θ

 A

F i g ur a 3 1

A trena e o teodolito s ão instrumentos equivalentes à r égua


graduada e ao t ra nsferidor quando t rabal ham os no papel. A t re-
na de hoje e a da an tiguidade diferem a penas do mat erial em que
foram constru ı́das mas essencialmente, s ão o m esm o i nst rum en-
to. En tret ant o, o teodolito de h oje é muito mais sofisticado que
o equi val ent e ant i go. E nest e pont o est á a difer ença. Hoje, po-
demos medir ângulos com uma precis ão muit ı́ssimo maior do que
antigamente.
Vár ios pr oblemas que vamos a bordar fazem r efer ência à cida-
de do Rio de J an eiro. O m orr o do Corcovado, o m orr o do P ão de
Açúcar, o at err o do Fl am engo e sua vist a à cidade de Niter ói do
out ro lado da B aı́a de Guan abar a forn eceram situações interes-
sant es de medidas inacessı́veis. Nestes problemas as medidas s ã o
todas rea is.

P r o b l e m a 1 . Medir a altura do P ã o d e Açúcar.


Medir a altur a de um morro distan te em relaçã o a u m p l a n o
horizont al pr óximo é um problema permanente em toda a hist ória.
Ele fica facilitado se o observador puder an dar neste plano hori-
zont a l, e m dir eção ao m orro, um a razoável dist ância, o que nem

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˜  da Trigonometria
Aplicaçoes 67

sem pre é possı́vel. Ma s, no caso do P ã o d e Açúcar o ater ro do Fla-


men go forn ece u m plano h orizont al especial par a este objetivo.

 Enunciado: Um observador est á em um ponto A do aterr o do Fla-


men go e v ê o P ã o d e Açúcar segundo um ân gulo de 10 com o pla no ◦

horizonta l (medido com o teodolito). Ele a nd a em direç ão ao seu


objetivo at é u m p o n t o B dist ant e 650 m de A e a g o r a v ê o P ã o
de Aç úcar segundo um ân gulo de 14 . Q u a l é a a lt u r a d o P ão de

Açú car em r ela ção a o pla n o de obse r va çã o?

P
umr oponto 2 . Medir
b l e m avisı́vel a dist
de Niter ói.ân cia de um pont o do Rio de Ja neiro a

O segundo problema importante é o de m edi r a di st ância de


um ponto a out ro inacessı́vel no plano horizontal. Para calcular a
dist ância de um pont o A (onde est á o observador) a um ponto P ,
inacessı́vel, é preciso que este observador possa se locomover para
um pont o B no plano horizonta l de onde possa ta mb ém ver P.

 Enunciado: D e um pont o A na prai a do Flam engo no Ri o de J a-


neiro, avista-se um ponto P n a p r a ia d e I ca r a ı́ em Niter ói (estes

dois pontos est ão em lados opostos do can al de ent ra da d a Ba ı́a de


Guanabara). De um ponto B na Pr aia do Flamengo, distan te 1 km
de A t a m b ém se avista o ponto P (Figura 32). Um observador no
Rio de Janeiro mediu os ângulos BAP = 119 e ABP = 52 . Q ual é ◦ ◦

a dist ância entre A e P?

P r o b le m a 3 . Medi r a di st ância entre dois pontos, ambos ina-


cessı́veis.

O problema anterior resolveu o caso de medir uma dist ância


ent re um pont o (acessı́vel) a um outro inacessı́vel. Vam os ago-

r a t r a t a r d e m e d i r u m a d i s t ância no plano h orizonta l ent re dois


pontos ina cessı́veis ao observa dor.

 Enunciado: D e um a pra ia é possı́vel ver duas ilhas X e Y . Um ob-


servador assinala nesta praia dois pontos A e B distantes 1 km en-
t r e s i, e com s eu in s tr u m en t o m ed e os s egu in t es ângulos:

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68 Temas e Problemas

Baía de Icaraí
RIO DE Guanabara
 P 
JANEIRO

 A

Flamengo NITERÓI
 B

F i g ur a 3 2

XAY  = 62 , YAB = 54 , ABX = 46 e XBY  = 74 . Q u a l é a dist ância


◦ ◦ ◦ ◦

e n t r e X e Y ?

P r o b l e m a 4 . Medir o raio da Terr a.

Desde a an tiguidade, este pr oblema est eve present e na cabeça


dos matem á ticos. Divers a s s olu ções apar eceram m as os result a-
dos freq üent em ent e n ão eram bons pois se exigia a medida entr e
dois pontos m uito afastados, o que era mu ito dif ́ıcil de fazer com
precis ão, ou a medida de ân gulos muito pequenos, o que era mais
dif ı́ cil ainda. Em meados do s éculo XX j á havia instrumentos que
podiam medir ângulos com precis ão de 1 cent ésimo de grau, mas
hoje os instrumentos eletr ônicos t êm precis ão inimagin á ve l. O

problem a a segui r, exi ge apenas um i nst rum ent o r elat i vam ent e
antigo.

 Enunciado: A m ont anha onde est á o Cristo Redentor no Rio de


J anei ro est á a 703 m de a ltur a em r elação ao n ı́vel do mar. L á de
cima, um observador vê o h orizonte (no ma r) segundo um ângulo

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˜  da Trigonometria
Aplicaçoes 69

de 0,85 com o plano horizontal. Encontre uma medida aproxima-


da par a o rai o da T erra .

P r o b l e m a 5 . Ainda o ra io da Terra .

U m a bela t en t a tiva d e m ed ir o r a io d a Ter r a d eve-s e a


E r a t ósten es n o terceiro s éculo ant es de Cr isto. Medidas fora m fei-
tas nas cidades de Assu ã e Alexan dria, n o Egito, que est ão a proxi-
madamente no mesmo meridiano terrestre, e por rara felicidade,
Assu ã est á quase sobre o tr ópico de C ân cer. Ist o quer fizer que no
primeiro dia do ver ão, ao meio dia, os ra ios solares s ão perfeita-
ment e verticais. Na quele tempo, uma un idade comum para medir
dist ân cias gran des era o est ádio. O est ádio era o compr iment o da
pista de corrida utilizada nos jogos olı́mpicos da antiguidade (de
776 a 394 aC.) e era equivalente a 1/10 de milha, ou seja, aproxi-
mada ment e 161 m.

 Enunciado: No dia do solstı́cio de ver ã o , E r a t óstenes verificou


que, a o meio dia, o sol br ilhava diretament e dentr o de um poço
profun do em Assu ã e, em Alexandria, a 5000 est ádios ao norte de
Assu ã, al gu ém m edi u o ângulo que os raios solares faziam com

acalcule
vertical,
o ra encontr an a.
io da Terr do 1/50 do cı́rculo. Com base n estes dados,

P r o b l e m a 6. O problema da corrida.

Os dados e o objetivo deste interessante problema s ão os se-


guintes. Um corredor A es t á sobre um a r et a r e corr e sobre ela n o
sentido AX. U m corr edor B n ão est á em r e, corr endo em linh a r e-
ta , pret end e alcan ça r A (Figur a 33). Sen do a part ida simult â n e a ,
qu e dir eç ão deve tomar B se a s velocidades d e am bos s ão conh eci-
das?

 Enunciado:
1) Considere BAX = 110 , velocidade de A igua l a 8 m/s e ve-

locidade de B igua l a 9 m/s. Determine o â n g u lo qu e a t r a -


 jet ória de B deve fazer com a reta BA para que o encont ro
seja possı́vel.

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5/12/2018 1_SBM - Elon La ge s Lima - Te ma s e Proble ma s - slide pdf.c om

70 Temas e Problemas

r   A X 

 B
F i g ur a 3 3

2) Considere BAX = 110 , velocidade de A igua l a 8 m/s, velo-


cidade de B igua l a 8,1 m/s e AB = 50 m . Sendo B um cor-


redor inteligente, determine que dist ân cia ele percorr eu a t é
a lca n ça r A.

P r o b l e m a 7 . Novamente a corrida, mas um fato muito estranho


acontece.

 Enunciado: C onsi derando ai nda a Fi gura 33, sej a BAX = 60 . ◦

O corredor A tem velocidade 15% maior que a de B. P or é m , o


corredor B é int eligente, planejou cuidadosamen te sua tra jet ória,
e a lcan çou o corr edor A no ponto C d a r e t a r. C alcul e o ângulo
ABC.
˜  voc ê vai encontrar dois valores para o ângulo ABC.
Observaçao:
Ambos s ão possı́veis? Por que ocorre isto?

Problemas Suplementares ∗

1. No problema da corrida, se os corredores A e B tivere m veloci-


dades igua is, como B deve plan ejar sua tr ajetória?

2. No problema da corrida, BAX = 50 , velocidade de A = 9 m/s e ◦

velocidade de B = v. Determine para que valores de v o encontro


é possı́vel.

Solu ções na p ágina 155.

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˜  da Trigonometria
Aplicaçoes 71

3. U m a est rada que est á sendo constr u ı́da em um plano horizon-


tal e ser á formada pelos trechos retos XP, PQ e QY  como mostra a
Figura 34. No trecho PQ ser á constru ı́do um t únel para at raves-
sar a m ont an ha. O s engenheiros devem saber t an t o em P q u a n t o
em Q, qu e dir eç ão devem tomar para constr uir o t únel AB de for-
ma que o tr echo PABQ seja reto. Eles ent ão fixara m um ponto C do
plano h orizont al, visı́vel ta nto de P quant o de Q e det erm i nara m
as seguintes medidas: CP = 1,2 km , CQ = 1,8 km e PCQ = 27 . ◦

Calcule os ângulos CPQ e CQP.

Q
 B

 x P  A
 y


F i g ur a 3 4

Par a calcular a altu ra do morr o do Corcovado no Rio de J an eiro


n ão foi possı́vel utilizar o m étodo ut ilizado no Pr oblema 1, qua ndo
medimos a a ltura do P ã o d e Açúcar. N ã o h á como se apr oxima r do
Corcovado cam inh an do em su a direç ão em um plano horizontal.
Temos ent ão que bu scar um a out ra soluç ã o.
4. N a Fi gura 35, você v ê u m a p eq u en a p a r t e d o b a ir r o d o J a r -
dim Bot ânico do Rio de Janeiro. Na avenida Borges de Medeiros,
à bei ra da L agoa R odri go de Frei t as, e port ant o quase ao nı́vel
do mar, fixamos dois pontos A e B de onde se avist a o pont o C,

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72 Temas e Problemas

cume do Corcovado e p é d a e st át ua do Cri st o R edent or. Sendo


P a in t er se ção da perpen dicular tr açada por C ao plano horizon-
tal que cont ém A e B, considere os seguintes dados: AB = 660 m ,
CAP = 29,7 , CBP = 30,6 , PAB = 70,5 , PBA = 77,9 . Calcule a
◦ ◦ ◦ ◦

altu ra do morro do Corcovado.

CRISTO REDENTOR

B
A

L AGOA RODRIGO
DE FREITAS

F i g ur a 3 5

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Ca pı́tu lo 5

U m a In t r odu ção ao
C álculo de Volumes

Para introduzir
qua lquer o conceito
t ent at iva de volume,
de um a defin o professor
ição form deve,um
al, apresentar antes
a id éide
a
intuitiva e fornecer diversos exemplos para que os alunos possam
com preender do que vai se falar. E qual é a primeira coisa que
devemos dizer? N ão nos ocorre nenhuma outra frase melhor que
a seguinte:

Vol um e de um s´ 
olido e´  a quantidade de espaço por ele
ocupada.

Com esta id éia, in ú me r a s compa r a ções provocativa s podem ser


feitas. Dadas duas caixas, qual delas tem maior volume? Quem
tem m aior volume: Mar ia ou Pedro? Observando um a pa nela pe-
quena e uma garrafa, que objeto parece ter maior volume? Uma
bola de futebol ou uma caixa de sapatos?
Mu ita s comp a r a ções s ã o óbvias, out ra s n ão. No caso da p an ela
e da gar ra fa, pode-se encher a ga rr afa com água e despejar dent ro
da panela. Para comparar volumes de objetos imperme áveis pode-
mos mergulh á-los, um de cada vez, em um reservat ório contendo
á g u a a t é o bordo e comparar a quantidade de água que t ra nsbor-
d ou . S e t i ve r m os u m r e s er v a t ório cilı́ndrico de vidro, podemos
colar em su a pa rede u ma escala de nossa escolha e, com ela m edir

volumes de pequenos
form at o irregular, por objetos
exemplo. imperme áveis, como uma pedra de
Este tipo de experi ência é um elemento motivador par a o estu-
do dos volumes e pode at é ser eventu almente de alguma utilidade
pr ática, mas na maioria dos problemas que teremos que enfren-
tar, é totalmente in útil. Por exemplo, o mestr e de obras precisa

73

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74 Temas e Problemas

saber o volume de concreto que ser á ut ilizado n a cons tr uç ão das
colunas, vigas e lajes de u m edif ́ıcio. A forma e a s dimens ões de
cada um destes objetos est ão na plant a e o cálculo do volum e deve
ser feito ant es que o edif ́ıcio exista. Alguns objetos s ão pequenos
demais, ou grandes demais, ou s ão inacessı́veis ou, simplesmen-
te, n ão existem concretament e. Sentimos en t ão a necessidade de
obter m ét odos para o cálculo de volumes, pelo menos de objetos
simples, conhecendo sua forma e suas dimens ões.
Para medir esta grandeza chamada volume, devemos compar á -
la com uma unidade e, tradicionalmente, a unidade de volume é o
cubo cuja aresta mede uma unidade de comprimento, denominado
de cubo unit ár io. Por exemplo, se um cubo tem 1 cm de a rest a, seu
volume é a u ni dade cham a da de cent´ 
ımetro c´ 
ubico (cm ). ¿ 

1 unidade de volume

1
Fi g ur a 3 6

A ssi m , o vol um e de um s ól i do deve ser um n úm ero que ex-


prima quantas vezes ele cont ém o cubo unit á r i o. E s t a é a i d éi a

que devemos
venham os que tera inda
par a tdesenvolver o estu domu
em u m significado dos
itovolum
vago.esPor
m as, con-
exem-
plo, quantos cubos unit ári os de 1 cm de ar est a cabem dent ro de
um a panel a? N ão saberı́amos dizer. En tr etan to, esta id éia inicial
vai nos perm it i r cal cul ar preci sam ent e o vol um e de um paral e-
lepı́pedo ret ân gulo, ou simplesment e, um bloco reta ngular.

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˜  ao Cálculo de Volumes
Uma Introduçao 75

1 O v o lu m e d o b lo c o r e ta n g u la r
Imaginemos inicialmente umm bloco retangular com dimens ões
4 cm, 3 cm e 2 cm. Qua l é o seu volume?

Fi g ur a 3 7

Observando o desenho, n ã o h á d úvida que este bloco pode ser


dividido em 4 × 3 × 2 = 24 cubos unit ár ios e, port an to, seu volum e é
de 24 cm . A maioria dos livros did át icos bra sileiros u sa u m exem-
¿ 

plo como este par a “concluir” que o volume de u m par alelepı́pedo


r et ângulo qualquer é o produt o de suas dim ens ões. Este chute é
dif ı́ cil de aceitar. O que ocorre se as dimens ão do bloco n ão forem
inteiras? Continua valendo o produto? Por que?
E st á certo que em muitas ocasi ões o professor n ão pode fazer
em sa la de au la um a dem onst ra ção completa de cada um dos con-
t e údos exigidos n o progra ma do ensino m édio. Mas, se n ão o fizer,
deve oferecer algo mais que a f órm ula pronta ou o decreto publi-
cado n o livro did át ico. Vejamos u m exemplo.

E x e m p l o . Calcule o volum e do bloco ret an gular de 5,6 cm de com-


primen to, 4,7 cm de largu ra e 2,0 cm d e altu ra (Figur a 38).

Para resolver este problema, dividamos cada aresta do cubo


uni t ári o (com 1 cm de arest a) em 10 part es i guai s (Fi gura 39).
Tr a ça n do pelos pont os de divis ão plan os pa ra lelos às faces, dividi-
mos esse cubo unit ário em 1000 cubinhos de aresta 1/10.

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76 Temas e Problemas

4,7

5,6

Fi g ur a 3 8

_
1
10

Fi g ur a 3 9

N at ur al m ent e que o vol um e de cada cubinho é v = 1/1000, e


é f ácil contar quantos destes cubinhos enchem o bloco retangular
dado: s ã o 54 × 47 × 20 cubinh os. Logo, o volum e d o bloco ret an -
gular é igua l ao n úm ero de cubinh os mu ltiplicado pelo volume de
1 cubinho, ou seja, 56 × 47 × 20 × 1 = 5,6 × 4,7 × 2,0.
1000
Este singelo exemplo confirm a o produto das dimens ões para
o cálculo do volume do bloco r etan gular e cont é m a e s s ência do
qu e é n ecess ár io par a a demonstr ação no caso em que a s m edidas
das arest as s ã o n úm eros ra ciona is (veja o Problema 1 pr oposto no

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˜  ao Cálculo de Volumes
Uma Introduçao 77

final deste capı́tulo).


Para o caso gera l, onde a s m edidas das ar estas do bloco retan -
gul ar s ã o n úmeros reais positivos quaisquer, o volume é a i n da o
produto dessas medidas e, para demonstr ar, usar emos o teorema
funda men ta l da pr oporciona lidade. O roteiro par a a demonstr açã o
es t á n o Problema 2.
Considerem os p ort an to esta belecido que o volume de u m bloco
ret angul ar cuj as arest as m edem x, y e z, é da do por V  = xyz.

2 A d efi n iç a˜ o d o v o l u m e
C ham arem os de pol i edro ret angul ar a t odo s ólido form ado pela
r e u n ião de um n úmero finito de blocos retangulares justapostos.

Fi g ur a 4 0

O volume de u m poliedro reta ngula r é a soma d os volumes dos


blocos r eta ngula res que o const ituem . Vam os ent ão definir o volu-
m e d e u m s ólido S qualquer utilizando os poliedros r etan gulares
cont idos em S.

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78 Temas e Problemas

Seja V  o volume de S e seja v(P) o volume de u m poliedro re-


t angul ar P cont ido em S. O n ú m e r o V  n ã o é ainda conhecido mas
deve satisfazer à con diçã o v(P) ≤ V  para todo poliedro retangu-
la r P cont ido em S. Par a cada poliedro retan gular P cont ido em S,
m a s n ão igual a S, é possı́vel sempre obter um poliedro reta ngu-

la r P , maior que P e a inda contido em S. B ast a acrescent ar a P
novos blocos retangulares que ainda estejam dentro de S. Port an -
t o, v(P) < v(P ) ≤ V , o que qu er dizer qu e v(P) é u m a a pr oxima çã o

por falta para o volume de S e v(P ) é um a ap roximaç ão melhor 

par a este r esultado. Cont inuan do este procediment o, obteremos


a pr oxim a ções cada vez melhores par a o volume de S e essa id éi a
conduz à d efi n iç ã o: V  = v(S) e´  um n um
´  ero real cujas aproxim a 瘠
oes
  por falta s˜ ao os volumes dos poliedros retangulares contidos em S
(veja o Problema 3 para coment á r ios s obre es t a d efin ição).

3 S ó l id o s s e m e l h a n t e s
Seja B(x,y,z) um bloco ret an gular de dimen s ões x, y e z. Os blocos
   
B(x,y,z) e B (x , y , z ) s ã o semelhantes se, e somente se, x = kx, 

 y = ky e z = kz p a r a a l g u m n úmer o real positivo k, cham ado


 

raz
e Bao
˜  s ão
 de t sem el hança
ai s que v(B )(ou fat or
= kx de a mp liação). Os volumes de B
· ky · kz = k xyz = k v(B), ou seja,
 ¿  ¿ 

m ul t ipli cando a s arest as de B por k, seu volume ficou multipli-


cado por k (Fi gura 41). E st e resul t ado val e nat u ral m ent e para
¿ 


poliedros retangulares semelhantes P e P , e levando em conta a
defin iç ão de volume, vale tam b ém para doi s s ólidos semelhantes
quaisquer:

 A raza˜ o en t re os v olu m e s d e s olidos


´  sem elhantes e´ 
o cubo d a raz ao
˜  de sem elhan ça.

Os argum
t ı́ssimo entos acima
resultado. Eles estn ão
ão est ão demonstr
apenas m ost ranando
do aseste import
i d éias an -
neces-
s ár ias pa ra a dem onst ra ção. Para real i zá-la, o conceito de seme-
lh a n ça é fundamental e para conhecer ou rever este assunto, reco-
mendamos a leitura do livro “Medida e Forma em Geometria” do
prof. Elon Lages Lima (p. 33 e 55).

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˜  ao Cálculo de Volumes
Uma Introduçao 79

S’

 z kz
y
 x
ky
kx

Fi g ur a 4 1

4 O P rin cı́p io d e C a v a lieri


O cálculo dos volumes dos diversos s ólidos s ó va i ava nça r com
esta n ova ferra ment a. Imagine inicialment e um s ólido qualquer S
apoiado em um plano horizontal H. Im agine t am b ém que S t e n h a
sido cort ado por plan os pa ra lelos a H em fatias muito finas, todas
d e m e sm a a l t u r a . O bs er v e en t ã o q u e o s ólido S pode m udar de
forma qua ndo deslizam os ligeira men te cada fat ia em relaçã o com

a que est á abaixo dela. Podemos assim obter um outro s ólido S ,
diferente de S, m a s com o mesmo volum e de S, uma vez que eles
s ão const itu ı́dos das mesmas fatias (Figura 42).

S S’

 H 

Fi g ur a 4 2

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5/12/2018 1_SBM - Elon La ge s Lima - Te ma s e Proble ma s - slide pdf.c om

80 Temas e Problemas

Esta id éia inicial já nos conduz a dois importantes resultados.

a ) D o i s p r i s m a s d e m e s m a b a s e e m e s m a a l t u r a t êm m esm o
volume (Figura 43).

Fi g ur a 4 3

b ) D u a s p i r â m i d e s d e m e s m a b a s e e m e s m a a l t u r a p o s s u e m
mesm o volume (Figur a 44).

Fi g ur a 4 4

As si t u a ções que acabamos de apresenta r constituem um caso


bast ant e part i cul ar do princı́pio que vam os en un ciar. Aqui, fat ias
que est ão na mesma a ltura nos dois sólidos s ão congruentes. Mas,
em u m a s itu a ção ma is geral, considera ndo dois s ólidos quaisquer
A e B (Figur a 45), se as duas fatias que estiverem na mesma altu-

ra
t er tão
i verem
muitomaproximadamente
esm a á r e a e n t ão, volumes
como possuem
iguais.mesma espessura,
Tanto mais apro-
ximadamente quanto mais finas forem. Sendo o volume de cada
s ólido a s oma dos volum es da s r espectivas fatia s, e a a pr oxima çã o
entr e os volumes da s fatias podendo torna r-se t ão precisa quanto
se deseje, conclu ı́mos que os volumes de A e B s ão iguais.

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˜  ao Cálculo de Volumes
Uma Introduçao 81

 A B

S A SB

Fi g ur a 4 5

O P r i n c ı́pio de Ca v a lie r i é enu nciado da seguinte forma :

Sejam A e B dois s olidos.


´  S e qualquer plan o horizontal
secciona A e B segundo figuras pl anas de m esm a area,
´ 
ent ao
˜  estes s´ 
olidos tˆ 
em volumes iguais.

É preci so deixar cl aro ao l eit or que o Pr i ncı́pio de Cavalieri


n ão pode ser demonstrado com apenas os recursos da Matem ática
elementa r. Ele deve ser incorporado à teoria como um axioma,
m as os argum ent os ant eri ores s ão bastante intuitivos e convin-
centes. Os exercı́cios que se seguem, complementam o texto, su-
ger em dem onst r a ções e a lgum a s a plicações.

5 Co m en t á r i o fi n a l
Nos livros did áticos brasileiros, este assunto é apresent ado, em
geral , de form a bast ant e i nsat isfat óri a. Muit os sequer di zem o
que significa calcular um volume e vári os chut am , sem d ó nem
piedade, todas as f órmu las. Alguns citam o Pr incı́pio de Cavalie-

rimportant
i , m a s n ão o utilizam
ı́ssimo corrde
conceito etam
semente, e outr
elha nça n ãos
o én em isto fazem.
abordado O
por ne-
nhum deles e, por conseq ü ência, a teoria presente nesses livros é
quase ininteligı́vel.
Para refer ências adequ ada s a o professor do ensino m édio reco-
mendamos:

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82 Temas e Problemas

• “Medida e Forma em Geomet ria” – Elon Lages Lima – SBM

• “A Ma te m ática do Ensino Médio”, vol. 2 – 4 autores – SBM

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˜  ao Cálculo de Volumes
Uma Introduçao 83

Problemas Propostos∗

1. Demonstr e que o volume de u m bloco reta ngular cujas medidas


das arest as s ã o n úmeros racionais é o produt o das tr ês dimens ões.
S ugest ao:
˜  Tr ês n úmeros racionais sempre podem ser expressos
com o fr a ções de mesmo denominador. Considere ent ão como di-
m ens ões do bloco ret an gular os n úmeros a/d, b/d e c/d, e mos-
tr e que o volume é o produto dessas t r ês dimens ões.

2. Mostre que o volume de qualquer bloco retangular é o produto


de suas dimens ões.
S ugest ao:
˜  Verifique que se du as dimen s ões do bloco ficam cons ta n-
tes, o volume é proporcional à terceira dimens ão. Use o teorema
fundamental da proporcionalidade (Capı́tulo 1 desde livro) para
concluir o resultado.

3. Exp lique me lhor a d efin ição que demos par a o volume V  de um


s ólido qua lquer S: V  = v(S) e´  o n umero
´  real cujas aproxima瘠
oes
˜  os volum es dos poliedros retan gulares cont idos em S.
 por falta s ao

4. Uma quest ão do vestibular da UF RJ era a ssim: desman cha ndo


um brigadeiro (um a bola d e ma ssa de chocolate) de ra io R, quant os
brigadeiros de raio R/2 podemos form ar ?

5. U m a l oja para t uri st as vende m ini at uras da est át ua do Cri st o


Redentor feita s em gesso, um as com 10 cm de a ltur a e out ra s com
15 cm de al t ura. Se as m enores pesam 120 g, cada um a, quant o
pesam as maiores?

6. Demonstre que o volume de um prisma qualquer é o produt o


da área da base pel a al t ura.

7. D i vi da um pri sm a t ri angul ar em t r ês pir âm i des t ri angulares


de mesm o volume (Figura 46).

Solu ções na p ágina 165.

http://slide pdf.c om/re a de r/full/1sbm-e lon-la ge s-lima -te ma s-e -proble ma s 82/189
 

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84 Temas e Problemas

Fi g ur a 4 6

8. Demonstr e que o volume de qualquer pir âmide é a ter ça pa rt e


do produto da área da base pel a al t ura.

9. Por que o volume de um cilindro de base circular com raio R e


al t ura h  é πR h ? ¾ 

10. Calcule o volume de um cone com base circular de raio R e


al t ura h .

11. Mostr e que o volume de um tronco de cone de altur a h  cujas


πh 
bases s ã o cı́rculos de raios R e r é da do por V  = (R + r + Rr). ¾  ¾ 

3
12. Todos n ós utilizamos freq üen tem ent e dois t ipos de copos pl á s-
ticos descart áveis. Os m aiores pa ra água ou r efrigera nte e os me-
nores para o caf é.

a) O bserve os doi s copos e d ê u m c h u t e b a s e a d o a p e n a s n a


in t u iç ão: quant a s vezes o vol um e do copo grande é maior
que o do copo pequeno?
b ) C o m u m a r égua, meça as dimens ões dos copos, calcule os
volum es e veja se a su a in tu ição estava pr óxima do resu ltado
correto.

13. Faça um a pesqu isa nos livros qu e você disp õe e mostre como
se pode calcular o volume de uma esfera de raio R.

http://slide pdf.c om/re a de r/full/1sbm-e lon-la ge s-lima -te ma s-e -proble ma s 83/189
 

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Ca pı́tu lo 6

Combinat ória

1 P rin c ı́ p i o s b á s i c o s
O princı́pio fun dam ent al da cont agem diz que se h á x modos de to-
mar uma decisã o D e, toma da a decis ã o D , h á y modos de t oma r
½  ½ 

a decis ã o D , ent ão o n úmer o de modos de tomar sucessivam ente


¾ 

as decis ões D e D é xy. ½  ¾ 

E x e m p l o 1 . Com 5 homens e 5 mulheres, de quantos modos se


pode formar um casal?
S o l uçao:
˜  Forma r um casa l equivale a t omar as decisões:
D : Escolha do homem (5 modos).
½ 

D : Escolha da mulher (5 modos).


¾ 

H á 5 × 5 = 25 modos de formar um casal.

E x e m p l o 2 . U m a bandei ra é form ada por 7 l i st ras que devem


ser coloridas usan do-se apena s a s cores verde, azul e cinza. Se
cada listra deve ter apena s um a cor e n ão podem ser usadas cores
igua is em listra s adjacentes, de quan tos modos se pode colorir a
bandeira?
˜  Colorir a bandeira equivale a escolher a cor de cada lis-
S o l uçao:
t r a . H á 3 modos de escolher a cor da primeira listra e, a partir
daı́, 2 modos de escolher a cor de cada uma das outras 6 listras.
A resposta é 3 × 2 = 192.  

E x e m p l o 3 . Quantos s ão os n úmeros de tr ês dı́gitos distintos?


S o l uçao:
˜  O primeiro dı́gito pode s er escolhido de 9 modos, pois n ã o
pode ser igua l a 0. O segun do dı́gito pode ser escolhido de 9 modos,
pois n ão pode ser igua l a o primeiro dı́gito. O t erceiro dı́gito pode

85

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86 Temas e Problemas

ser escolhido de 8 modos, pois n ão pode ser igua l nem ao primeiro
nem ao segun do dı́gitos.
A resposta é 9 × 9 × 8 = 648.

Você já deve ter percebido nesses exemplos qual é a est rat égia
para resolver problemas de Combinat ória:

1) P o s t u r a : Devemos sempre nos colocar no pa pel da pessoa


qu e de ve fazer a a ção solicitada pelo problema e ver que de-
cis ões devem os t om ar. N o E xem pl o 3, n ós nos colocamos

no papel da pessoa que deveria escrever o n ú m e r o d e t r ês


dı́gitos; no Exemplo 2, n ós nos colocamos no papel da pes-
soa que deveria colorir a bandeira; no Exemplo 1, n ós nos
colocam os n o papel da pessoa que deveria form ar o casa l.
2) Div is a˜ o : Devemos, sempre que possı́vel, dividir as decis ões
a serem tomadas em decis ões mais simples. Formar um ca-
sal foi dividido em escolher o homem e escolher a mulher;
colorir a ban deira foi dividido em colorir cada listr a; form ar
u m n úm ero de t r ês dı́gitos foi dividido em escolher cada um
dos tr ês dı́gitos.

Vam os voltar ao exemplo ant erior — Qua nt os s ã o os n úmeros


d e t r ês dı́gitos distintos?—para ver como algumas pessoas
conseguem, por erros de estrat égia, tornar complicadas as
coisas ma is simples.
Começan do a escolha dos dı́gitos pelo último dı́gito, h á 10
modos de escolher o último dı́gito. Em seguida, h á 9 modos
de escolher o dı́gito centr al, pois n ão podemos r epetir o dı́gito
 já usado. Agora temos um impasse: de quantos modos pode-
mos escolher o primeiro dı́gito? A resposta é “depende”. Se
n ão t iverm os u sado o 0, haver á 7 modos de escolher o pri-

meiro dı́gito, pois n ão poderem os u sar nem o 0 nem os dois


dı́gitos já u sados nas dema is casa s; se já t ivermos usado o 0,
haver á 8 m odos de escolher o primeiro dı́gito.

U m passo im port an t e na est rat égia para resolver problemas


de Combinat ória é:

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Combinatória 87

3) N a˜ o a d i a r d i fi c u l d a d e s . Pequenas dificuldades adiadas


costumam se transformar em imensas dificuldades. Se uma
das decis ões a serem t om adas for m ai s rest ri t a que as de-
mais, essa é a decis ão que deve ser tomada em primeiro lu-
gar. N o E xem pl o 3, a escol ha do prim eiro dı́ gi t o era um a
decis ão ma is restrita do que a s outra s, pois o primeiro dı́gito
n ão pode ser igual a 0. E s s a é portanto a decis ão que deve
ser tomada em primeiro lugar e, conforme acabamos de ver,
posterg á-la s ó serve para cau sar problemas.

E x e m p l o 4 . O código Morse usa dua s letra s, ponto e tr aço, e a s


pal avras t ê m d e 1 a 4 l et r a s . Q u a n t a s s ão as pal avras do código
Morse?
˜  H á 2 p a la v r a s d e u m a le t r a ; h á 2 × 2 = 4 pal avras de
S o l u çao:
dua s letra s, pois h á dois modos de escolher a primeira letra e dois
modos de escolher a segunda letra ; ana logamen te, h á 2 × 2 × 2 = 8
pal avras de t r ês letras e 2 × 2 × 2 × 2 = 16 palavras de 4 letras. O
n úm ero total de palavras é 2 + 4 + 8 + 16 = 30.

Ex e mplo 5 . Qua nt os divisore s int eiros e positivos possu i o n ú m e r o


360 ? Quan tos desses divisores s ão pares? Q uant os s ã o ı́mpares?
Quantos s ão quadrados perfeitos?
S o l uçao:
˜ 
a ) 360 = 2 × 3 × 5. Os divisores inteiros e positivos de 360
¿  ¾ 

s ão os n úmeros da forma 2 × 3 × 5 , com α ∈ {0, 1, 2, 3},


«  ¬  - 

β ∈ {0, 1, 2} e γ ∈ {0, 1}. H á 4 × 3 × 2 = 24 m a n e i r a s d e


escolher os expoentes α, β e γ. H á 24 divisores.
b) Para o divisor ser par, α n ão pode ser 0. H á 3 × 3 × 2 = 18
divisores pares.
c) Para o divisor ser ı́mpar, α d eve s er 0 . H á 1 × 3 × 2 = 6
divisores ı́ m pares. C laro que poderı́ am os t er achado essa
resposta subtr aindo (a) −(b).
d) Para o divisor ser quadrado perfeito, os expoentes α, β e γ
devem ser pares. H á 2 × 2 × 1 = 4 divisores que s ão quadra dos
perfeitos.

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88 Temas e Problemas

E x e m p l o 6 . Quantos s ão os n úmeros pares de tr ês dı́gitos distin-


tos?
S o l uçao:
˜  H á 5 modos de escolher o último dı́gito. Note que come-
ça m os pe lo último dı́gito, que é o mais r estrito; o último dı́gito s ó
pode ser 0, 2, 4, 6 ou 8.
Em seguida, vamos ao primeiro dı́gito. De quan tos modos se
pode escolher o primeiro dı́gito? A resposta é “depende”: se n ã o
tivermos u sado o 0, haver á 8 modos de escolher o primeiro dı́gito,
pois n ão poderemos usa r n em o 0 nem o dı́gito já u sado na última
casa ; se j á tivermos usado o 0, haver á 9 modos de escolher o pri-
meiro dı́gito, pois apenas o 0 n ão poder á s er u s a d o n a p r i m eir a
casa.
Esse t ipo de impasse é comu m n a r esoluç ão de problemas e h á
dois m étodos para vencê-lo.
O primeiro m étodo consiste em voltar atr ás e cont ar separa-
damente. Contaremos separadamente os n úm eros que t erm i nam
em 0 e os que n ão t erm i nam em 0. Comecemos pelos que t erm i-
n a m e m 0. H á 1 modo de escolher o último dı́gito, 9 modos de
escolher o primeiro e 8 modos de escolher o d ı́git o cent ral . H á
1 × 9 × 8 = 72 n úm eros term inados em 0.
P a r a o s q u e n ã o t e r m i n a m e m 0, h á 4 m odos de escol her o
último dı́gito, 8 modos de escolher o primeiro e 8 modos de esco-
lher o dı́gito cent ra l. H á 4 × 8 × 8 = 256 n úmer os que n ão t erm i nam
em 0.
A resposta é 72 + 256 = 328.
O segundo m étodo consiste em ignora r um a das rest rições do
problema, o que nos far á conta r em dema sia. Depois desconta re-
mos o que houver s ido cont ado indevidamen te.
Primeiramente fazemos de conta que o 0 pode ser usado na pri-
meira casa do n úmero. Procedendo assim, h á 5 m odos de escolher
´ ´ ´
o
o primeiro dı́gito (npode
ultimo d ıgito (s o ser 0, 2,repetir
ão podemos 4, 6 ouo 8d),ı́gito
9 modos
usadodenaescolher
última
casa — note que esta mos permitindo o uso do 0 na pri m eira casa)
e 8 m odos de es colher o dı́gito cent ra l. H á 5 × 9 × 8 = 360 n úmeros,
a ı́ in clu sos os qu e começa m por 0.
Agora vam os det erm i nar quant os desses n ú me r os come ça m

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Combinatória 89

por zero; s ão esses os n úm eros que fora m cont ados indevidam ent e.
H á 1 modo de escolher o primeiro dı́gito (tem que ser 0), 4 modos
de escolher o último (s ó pode ser 2, 4, 6 ou 8 — lembre-se qu e os
dı́gitos s ão distintos) e 8 modos de escolher o dı́gito central (n ã o
podemos repetir os dı́gitos já usados). H á 1 ×  4 × 8 = 32 n úmeros
com eça dos por 0.
A resposta é 360 − 32 = 328.

É claro que este problema poderia ter sido resolvido com um


t r u q u e. P a r a d et e r m in a r q u a n t os s ão os n úm eros pares de t r ês
dı́gitos distintos, poder ı́amos fazer os n úm eros de tr ês dı́gitos me-
nos os n úmeros ı́ m pares de t r ês dı́gitos distintos.
Para os n úmeros de tr ês dı́gitos distintos, h á 9 modos de esco-
lher o primeiro dı́gito, 9 modos de escolher o segundo e 8 modos
de escolher o último.
H á 9 × 9 × 8 = 648 n úmeros de tr ês dı́gitos distintos.
P a r a o s n úmeros ı́m p a r e s d e t r ês dı́gitos distintos, h á 5 m o-
dos de escolher o último dı́gito, 8 modos de escolher o primeiro e
8 modos de escolher o dı́gito cent ra l.
H á 5 × 8 × 8 = 320 n úmeros ı́mpares de tr ês dı́gitos.

A resposta é 648 − 320 = 328.

Problemas Propostos∗

1. Quantos s ão os gabaritos possı́veis de um teste de 10 qu est ões


de m últipla-escolha, com 5 alternativas por quest ã o?

2. Quan tos subconjuntos possui um conjunto que tem n elemen-


tos?

3. De quantos modos 3 pessoas podem se sentar em 5 cadeiras em


fila?

Solu ções na p ágina 171.

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90 Temas e Problemas

4. De quant os modos 5 h omens e 5 mu lheres podem se sent ar em


5 bancos de 2 lugar es, se em cada banco deve ha ver um homem e
um a m ul her?

5. De quantos modos podemos colocar 2 reis diferentes em casas


n ão-adjacentes de um tabuleiro 8 ×8? E se os reis fossem igua is?

6. De quan tos modos podemos colocar 8 t orr es iguais em um ta-


buleiro 8 ×8, de modo que n ão haj a duas t orres na m esm a l i nha
ou na mesma coluna? E se as torres fossem diferentes?

7. De um bara lho comu m de 52 car tas, sa cam-se sucessivam ente


e s em r ep osiç ão dua s cart as. De quan tos modos isso pode ser feito
se a primeira cart a deve ser de copas e a segunda n ão deve ser u m
rei?

8. O conjunto A possui 4 elementos, e o conjunto B, 7 elementos.


Qu a n t a s fun ções f : A → B existem? Quantas delas s ão injetivas?

9. a) De qua nt os m odos o n ú m e r o 720 pode ser decomposto em um


produto de dois inteiros positivos? Aqui consideramos, na tur al-
mente, 8 × 90 como sen do o mesm o que 90 × 8.
b) E o n ú m e r o 144?
10. Em um corr edor h á 900 arm ár ios, num erados de 1 a 900, ini-
ci alm ent e t odos fechados. 900 pessoas, n um eradas de 1 a 900,
atravessam o corredor. A pessoa de n ú m e r o k reverte o estado de
todos os ar m ários cujos n úmer os s ã o m últiplos de k. Por exemplo,
a pessoa de n ú m e r o 4 mexe nos ar m ários de n úmeros 4, 8, 12, . . . ,
abr indo os que en cont ra fecha dos e fecha ndo os que en contr a a ber-
tos. Ao final, quais arm ár ios ficar ão a bertos?

11. Dispomos de 5 cores distinta s. De quan tos modos podemos


colorir os quatro quadrantes de um cı́rculo, cada quadr an te com
u m a s ó cor, se quadrantes cuja fronteira é u m a linha n ão p odem
receber a mesma cor?

12. De quantos modos podemos formar uma palavra de 5 letras de


um alfabeto de 26 letra s, se a letra A deve figura r n a pal avra m a s

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Combinatória 91

n ão pode ser a primeira letra da palavra? E se a palavra devesse


ter letras distintas?

13. As placas dos veı́culos s ão forma das por tr ês letr as (de um a l-
fabeto de 26) seguidas por 4 a lgar ismos. Quan tas placas poderã o
ser form adas?

14. U m v a gã o d o m e t r ô tem 10 bancos individuais, sendo 5 de


frente e 5 de costas. De 10 passageiros, 4 preferem sentar de fren-
te, 3 preferem sentar de costas e os demais n ã o t êm prefer ência.
De quan tos modos eles podem se senta r, respeita das as prefer ên -
cias?

15. Escrevem-se os inteiros de 1 a t é 2222. Q uant as vezes o al ga-


rismo 0 é escrito?

16. Q uant os s ão os inteiros positivos de 4 dı́gitos nos quais o al-


garismo 5 figura?

17. E m u m a b a n ca h á 5 exemplar es igua is da “Veja”, 6 exempla-


res iguais da “Época” e 4 exemplares iguais da “Isto é”. Q uant a s
coleções n ão-vazias de revistas dessa banca podem ser formadas?

18. U m a t urm a t em aul as as segundas, quart a s e sext as, de 13h


à s 1 4 h e d e 1 4 h à s 1 5h . As m a t éri as s ão Mat em át i ca, Fı́sica e
Qu ı́mica, cada uma com du as au las seman ais, em dias diferentes.
De qua nt os m odos pode ser feito o hor ári o dessa t urm a?

19. O problem a do E xem pl o 1 — C om 5 hom ens e 5 m ul heres,


de quantos modos se pode formar um casal?—foi resolvido por
um alun o do modo a seguir: “A primeira pessoa do casa l pode ser
escolhida de 10 modos, pois ela pode ser homem ou mulher. Esco-
lhida a primeira pessoa, a segunda pessoa s ó poder á ser escolhida
de 5 m odos, pois deve ser de sexo diferen te do da primeira pessoa.
H á port ant o 10 × 5 = 50 modos de form ar um casa l.”
Onde est á o err o?

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92 Temas e Problemas

20. Escrevem-se n ú m e r o s d e 5 dı́gitos, inclus ive os com eça dos


em 0, e m c a r t ões. Como 0, 1 e 8 n ão se alteram de cabeça pa-
ra baixo e como 6, de cabeça par a baixo, se tr ansforma em 9 e
vice-versa , um mesm o car t ão pode r epresentar dois n úmeros (por
exemplo, 06198 e 86190). Qua l é o n úm ero m ı́nimo de car t ões par a
representa r todos os n úmer os de 5 dı́gitos?

S u g e s t o˜  e s

2. Para formar um subconjunto você deve pergunt ar a cada ele-


men tos do conjun to se ele deseja par ticipar do subconjun to.

5. O ta buleiro de 64 casa s possui 4 casa s de cant o (vért ices), 24 ca-


sas l at erai s que n ã o s ã o v értices e 36 casa s centr ais. Cada casa
de cant o possui 3 casas adj acent es; cada l at eral possui 5 casas
adjacentes e cada centr al possui 8 casas adjacentes. Conte sepa-
ra damen te conform e o rei negro ocupe u ma casa de canto, later al
ou central.

6. Haver á um a t orre em cada l inha .

7. Conte separadamente os casos em que a carta de copas é u m


rei e em que a cart a de copas n ã o é um r ei.

8. Pa ra cons tr uir u ma fun ção, você deve pergunta r a cada elemen-


to de A quem ele deseja flechar em B.

9. a ) 720 = 2 × 3 × 5 tem 30 divisores positivos. b) Note que


  ¾ 

144 = 12 × 12.

10. O a r m ári o de n ú m e r o k é mexido pelas pessoas cujos n úm e-


ros s ão divisores de k. U m a rm ár io ficar á aberto se for mexido
u m n ú m e r o ı́mpar de vezes. Lembr e-se que o n úm ero de divisores
positivos de 2 × 3 × 5 × · · · é igua l a (α + 1)(β + 1)( γ + 1) · · · .
«  ¬  - 

11. C ont e separadam ent e os casos em que os quadrant es 1 e 3


t êm cores igua is e cores diferen tes.

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Combinatória 93

12. Note que n o caso em qu e s ão p erm itida s rep etições, a condiçã o
da letra A figura r n a pal avra é t err ı́vel, pois ela pode figur ar um a
s ó vez, ou duas, etc. Por isso é melhor conta r t odas a s palavras do
alfabeto e diminu ir as que n ã o t êm A e a s q u e começa m p or A. N o
caso sem r epet ição, você poderia tamb ém contar diretamente: h á
4 modos de escolher a posição do A, 25 modos de escolher a letra
da primeira casa restante, 24 para a segunda casa restante, etc.

15. C ont e quant as vezes o 0 aparece nas uni dades, som e com o
n úmero de vezes que ele aparece nas dezenas, etc.

16. Note que como s ão p er mit idas rep etições, a cond ição do 5 fi-
gu r a r n o n ú m e r o é t e r r ı́vel, pois ele pode figur ar uma s ó vez, ou
dua s, etc. É melhor fazer todos os n úmer os men os aqueles em que
o 5 n ão figura.

17. Pa ra form ar um a coleção, você deve decidir quantas “Veja”


fa r ã o pa r t e d a coleção, etc. N ão se esqueça de r etira r da sua con-
t a gem a coleção vazia.

18.
os diH á 3dim
as, odos
gam os de escol her
segundas os di as
e quart as,de
h áMat em ática;
2 modos escolhidos
de escolher o
h or ár io da a ula de Matem ática da segunda e 2 modos de escolher o
h or ár io da au la de Matem át i ca da quart a. H á 2 modos de escolher
os dias da F ı́sica (n ão podem ser os mesmos da Matem ática sen ã o
a Qu ı́mica ficar ia com a s a ulas no mesm o dia), etc.

20. H á t r ês t i pos de cart ões: os que n ão podem ser virados de
cabeça pa ra baixo, os qu e vira dos de cabeça pa ra baixo cont inu am
represent an do o m esm o n úm ero e os que vira dos de cabeça par a
bai xo passam a represent ar n úm eros di ferent es. Se h á x, y e z
cart ões de cada um desses tipos, respectivamente, a resposta é
z
x + y + ·
2

É f ácil calcula r y, z + y e x + y + z.

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5/12/2018 1_SBM - Elon La ge s Lima - Te ma s e Proble ma s - slide pdf.c om

94 Temas e Problemas

2 ˜  s e co m bin aç o˜ e s


P ermu ta ç oe
H á alguns (poucos) problemas de Combinat ória que, embora se-
  jam a pli cações do princı́pio b ásico, aparecem com muita freq ü ên -
ci a. Para esses problem as, val e a pena saber de cor as suas res-
postas. O primeiro desses problemas é o:

P roblem a d as pe rmu taç o˜ e s s i m p l e s : De quantos m odos pode-


mos ordenar em fila n objetos distintos?

A escolha do objeto que ocup ar á o primeiro lugar pode ser feita


de n modos: a es colha do objeto que ocup ar á o segundo lugar pode
ser feita de n − 1 modos; a escolha do objeto que ocupa r á o ter ceiro
lugar pode ser feita de n − 2 modos, etc.; a escolha do objeto que
ocupar á o último lugar pode ser feita de 1 modo.
A resposta é n(n − 1)(n − 2) · · · 1 = n! .
C ada ordem que se d á aos objetos é ch a m a d a d e u m a permu-
ta çao
˜  simples dos objetos. Assim, por exemplo, a s perm ut ações
simples das letras a, b e c s ã o (abc), (acb), (bac), (bca), (cab) e
(cba).
Portanto, o n úm ero de perm ut aç ões simples de n objetos dis-
t i nt os, ou sej a, o n úmero de ordens em que podemos colocar n
objetos distintos é P = n! . Ò 

E x e m p l o 1 . Q uant os s ão os anagramas da palavra “PRATO”?


Qua nt os começam por cons oant e?
S o l uçao:
˜  Cada an agra ma corr esponde a um a ordem de colocaçã o
dessas 5 letras. O n úm ero de anagram a s é P = 5! = 120.  

Par a form ar um an agr am a começado por consoan te devemos


primeiramente escolher a consoante (3 modos) e, depois, arrumar
as quat ro letra s resta ntes em seguida à consoan te ( 4! = 24 modos).

H á 3 × 24 = 72 an agr am as começad os por consoan te.


E x e m p l o 2 . D e quant os m odos podem os arrum ar em fil a 5 l i -
vros diferentes de Matem ática, 3 livros diferentes de Estat ı́stica
e 2 livros diferentes de F ı́sica, de modo que livros de uma mesma
m a t éria p er ma neçam jun tos?

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Combinatória 95

S o l uçao:
˜  Podemos escolher a ordem das mat éri as de 3! modos.
Feito isso, h á 5! modos de colocar os livros de Matem ática nos
lugares que lhe fora m destinados, 3! modos par a os de Esta tı́stica
e 2! modos para os de F ı́sica.
A resposta é 3! 5! 3! 2! = 6 × 120 × 6 × 2 = 8640.

E x e m p l o 3 . De qua nt os m odos podemos dividir 7 objetos em um


gru po de 3 objetos e u m de 4 objetos?
S o l u çao:
˜  Um processo de fazer a divis ã o é colocar os objetos em
fila; os 3 pr imeiros forma m o grupo de 3 e os 4 últimos formam o
grupo de 4.
H á 7! modos de colocar os objetos em fila.
Ent reta nto, note que filas como abc · defg e bac · gfde s ão filas
diferentes e gera m a m esma divis ão em gru pos. Cada divisão em
grup os foi cont ada um a vez par a cada ordem dos objetos dentr o de
cada grupo. H á 3! 4! modos de arrumar os objetos em cada grupo.
Cada divis ão em gru pos foi cont ada 3! 4! vezes.
7!
A resposta é = 35.
3! 4!
O segundo problema importa nte é o

P roblem a d as com bin aç o˜ e s s i m p l e s : De quantos m odos pode-


m os seleciona r  p objetos distintos entre n objetos distintos dados?

Ca da se leção de p objetos é cham ad a de u ma combin aç ão sim-


ples de classe p dos n objet os. Ass im, p or exe mp lo, a s combin a ções
simples de classe 3 dos objetos a, b, c, d, e s ã o {a,b,c}, {a, b, d},
 {a, b, e}, {a, c, d}, {a, c, e}, {a,d,e}, {b, c, d}, {b, c, e}, {b,d,e} e {c, d , e}.
Representamos o n ú mer o de comb ina ções   simples de classe p de
n elementos por C ou . Assim, C =
Ô 

Ò 
Ò 

Ô 
= 10. ¿ 

 
 

¿ 

Pa ra res olver o pr oblema da s combin ações simples basta notar


que seleciona r p entr e os n objetos equivale a dividir os n objetos
em um grupo de p objetos, que s ão os seleciona dos, e u m grup o de
n − p objetos, que s ão os n ão-selecionados.
n!
E sse é o problema d o Exemplo 3 e a resposta é C = · Ô 

 p! (n − p)! Ò 

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96 Temas e Problemas

E x e m p l o 4 . Com 5 homens e 4 mulheres, quantas comiss ões de


4 pessoas, com exatamente 2 homens, podem ser formadas?
S o l uçao:
˜  Par a form ar a comissão devemos escolher 2 dos h omen s
e 2 das mulheres. H á C · C = 10 × 6 = 60 comiss ões.
¾ 

 
¾ 

 

E x e m p l o 5 . Com 5 homens e 4 mulheres, quantas comiss ões de 4


pessoas, com p elo men os 2 h omen s, podem s er form ada s?
S o l uçao:
˜  H á comiss ões com: 2 h omens e 2 m ulheres, 3 homens e
1 mulher, 4 homens. A resposta é C · C + C · C + C = 10 × 6 + ¾ 

 
¾ 

 
¿ 

 
½ 

 
 

 

10 ×  4 + 5 = 105.
Um erro muito comum aparece no raciocı́nio a seguir: Como
a comiss ão deve ter pelo menos 2 homens, a primeira coisa a ser
feita é escolher dois homens para a comiss ão, o que pode ser feito
de C = 10 modos. Em seguida devemos escolher m ais du as pes-
¾ 

 

soas, homens ou mulheres, para a comiss ão, o que pode ser feito
de C = 21 modos. A resposta é 10 × 21 = 210.
¾ 

 

Q ual é o err o?
Algum as comiss ões fora m cont ada s ma is de uma vez. Por exem-
plo, a comiss ão Arnaldo, Car los, Edu ar do e Beat riz foi conta da 3
vezes. Rea lment e, o processo de cont agem usa do escolhia, em um a
primeira etapa, dois homens para garantir que fosse satisfeita a
exigência de pelo menos dois homens na comiss ão. Foi conta da
um a vez quando A rnal do e C arl os s ão os homens escolhidos na
pri m ei ra et apa (e E duardo e B eat ri z s ão escolhidos na segunda
et apa); out ra vez quando na pri m ei ra et a pa s ão selecionados Ar-
na ldo e Edu ar do e, finalmente, uma terceira vez quan do Car los e
E duar do s ão escolhidos na primeira etapa.
Se todas as comiss ões houvessem sido conta das 3 vezes, n ã o
haveria grandes problemas: bastaria dividir por 3 o resultado da

contagem. Mas h á comiss ões que foram contadas uma única vez
e outr as que fora m cont ada s 6 vezes. Por exemplo, a comiss ão Ar-
na ldo, Carlos, Beatr iz e Mar ia s ó foi cont ad a u ma vez e a comiss ã o
Arn aldo, Car los, Edu ar do e Pau lo foi cont ada 6 vezes.

E x e m p l o 6 . Quantos s ão os an agra ma s d a palavr a “BANANA”?

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Combinatória 97

˜  é 6! = 720. O fato de haver letras r epetidas faz


A resposta n ao
com que o n úm ero de anagram as sej a m enor do que seri a se as
letras fossem diferentes.
˜  1: Par a form ar um an agra ma de “BANANA” devemos co-
S o l uçao
locar as seis letras (que n ã o s ão todas diferentes) em 6 lugares.
Para i sso devem os escol her 3 dos 6 l ugares para col ocar as l e-
t r a s A, o que pode ser feito de C = 20 modos; em seguida deve- ¿ 

 

mos escolher 1 dos 3 lugares restantes para colocar a letra B, o


que pode ser feito de 3 m odos; fina lment e, h á a penas um m odo de
colocar as dua s letra s A nos dois lugares restantes. A resposta é
20 × 3 × 1 = 60.
˜  2: Se as letra s fossem diferentes a resposta seria 6! . Co-
S o l uçao
m o a s t r ês letras A s ão igua is, qua ndo as trocamos ent re si obte-
mos o mesmo anagra ma e n ão um a na grama distinto, o que a con-
teceria se fossem diferentes. Isso faz com que na nossa contagem
de 6! t enham os cont ado o m esm o anagram a v árias vezes, 3! ve -
zes precisamente, pois h á 3! m odos de t rocar as l et ras A e n t r e
si. Problema an álogo ocorr e com as dua s letr as N, que podem ser
6!
trocada s entr e si de 2! modos. A resposta é = 60.
3! 2!
D e m odo geral , o n úm ero de perm ut aç ões de n objetos, dos
quais α s ão i guai s a A, β s ão i guai s a B, γ s ão i guai s a C, etc.,
n!
é P =
«  ¬  -

·      

Ò 

α! β! γ! . . .
O exemplo a seguir mostra um tipo de raciocı́nio que, a pesar
de inesper ado, pode ser mu ito eficiente.

E x e m p l o 7 . Q uant os s ão os an agra mas da palavra “ANAGRA-


MA” que n ão possuem duas vogais adjacentes?
S o l uçao:
˜  Vam os pr imeira mente ar ru mar as consoantes e, depois,
vamos entremear as vogais. O n úm ero de m odos de a rru m ar em
fila as consoantes N, G, R e M é P = 4! = 24. Arru m adas as con-  

soantes, por exemplo na ordem NGRM, devemos colocar as 4 vo-


gais nos 5 es pa ços da figur a:
N G R M

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98 Temas e Problemas

Como n ão p odemos colocar du as vogais no m esm o espa ço, qu a-


tr o dos e sp a ços s er ão ocupados, cada um com uma letra A, e u m
es pa ço fica r á vazio. Temos C = 5 modos de escolher os quatro
 

 

es pa ços qu e s er ão ocupados.


A resposta é 24 × 5 = 120.

E x e m p l o 8 . H á 5 pontos sobre uma reta R e 8 pontos sobre u ma



ret a R paralela a R. Q uan t os s ão os tr i ân gulos e os qua driláteros
con vexos com vértices nesses pontos?
˜  Para form ar um t riân gulo ou você toma um ponto em R
S o l uçao:
 
e dois pontos em R , ou t oma um ponto em R e dois pontos em R.
O n úm ero de t ri ângulos é 5 · C + 8 · C = 140 + 80 = 220. ¾ 

 
¾ 

 

Tamb ém poder ı́amos tomar 3 dos 12 pontos e excluir dessa con-
ta gem as escolhas de pontos colinea res, o que da ria C − C − C = ¿ 

½ ¿ 
¿ 

 
¿ 

 

286 − 56 − 10 = 220.
Par a form ar um qua drilát ero convexo, devemos toma r d ois pon-

tos em R e dois pontos em R , o que pode ser feito de C · C = ¾ 

 
¾ 

 

10 · 28 = 280 modos.

E x e m p l o 9 . D e um bara l ho de p ôquer (7, 8, 9, 10, valete, dama,

rei e ás,
our os, cadaespadas),
paus, um desses grupossimulta
sacam-se aparecendo em 45naipes:
neam ente carta s. copas,
Qua n-
t a s s ã o a s extr a ções:

a) possı́veis?
b) nas qua is se form a um pa r (dua s car ta s em um mesmo grupo
e as out r as t r ês em tr ês outros grupos diferentes)?
c) nas quai s se form am doi s pares (duas cart a s em um grupo,
duas em outro grupo e uma em um terceiro grupo)?
d) na s quais se forma uma trinca (tr ês car tas em um gru po e as
outras duas em dois outros grupos diferentes)?
e) na s qua is se form a u m “four” (quat ro car ta s em u m gru po e
uma em outro grupo)?
f) na s qua is se forma um “full han d” (tr ês cart a s em um grupo
e dua s em outr o gru po)?

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Combinatória 99

g) nas quai s se form a um a seq ü ência (5 cart as de gru pos con-


secut ivos, n ão sendo todas do mesmo na ipe)?
h) na s quais se form a u m “flush” (5 car tas do mesmo naipe, n ã o
sendo elas de 5 gr upos consecutivos)?
i ) n as quai s se form a um “st rai ght flush” (5 cart as de grupos
consecutivos, t odas do mesm o na ipe)?
 j) na s qua is se form a um “royal st ra ight flush” (10, valete, da-
m a, rei e ás de um mesmo naipe)?

S o l uçao:
˜ 

a) C  

¿ ¾ 
= 201 376.
b) H á 8 m odos de escol her o grupo das duas cart as que for-
m a r ão o par propri am ent e di t o; h á C = 6 modos de esco- ¾ 

 

lher os naipes dessas cartas; h á C = 35 modos de escolher ¿ 

 

os grupos das outras tr ês cart a s e 4 = 64 modos de escolher ¿ 

seus n aipes. A resposta é 8 × 6 × 35 × 64 = 107520.


c) H á C = 28 modos d e escolher os grupos dos dois pa res (por
¾ 

 

exemplo 7 e valete), h á [C ] = 36 modos d e escolher os na i-


¾ 

 
¾ 

p es d es s a s c a r t a s ; h á 6 m odos de escol her o grupo da ou-


t r a ca r t a e 4 m od os d e e s colh e r s eu n a i pe. A r e sp os t a é
28 × 36 × 6 × 4 = 24192.
Um erro mu ito comum é o seguinte:
H á 8 m odos de escolher o grupo do primeiro par, h á C = 6 ¾ 

 

modos de escolher os naipes do primeiro par, h á 7 modos de


escolher o gru po do segun do par, h á C = 6 modos de escolher ¾ 

 

os n aipes do segun do par, h á 6 modos de escolher o gru po da


outr a car ta e 4 m odos de escolher o seu n aipe. A resposta é
8 × 6 × 7 × 6 × 6 ×  4 = 48384.
O err o consiste em termos conta do cada jogo duas vezes. O
  jogo em que os pares são de setes e valetes, por exemplo,
foi contado uma vez quando os setes formam o primeiro par
e os valetes, o segundo e foi conta do novamen te quan do os
valetes form am o primeiro par e os setes, o segun do.

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100 Temas e Problemas

d) H á 8 modos de escolher o grup o das t r ês car tas que form ar ã o


a t ri nca propri am ent e di t a; h á C = 4 modos de escolher ¿ 

 

os nai pes dessas cart as; h á C = 21 modos de escolher os ¾ 

 

grupos das out ras duas cart as e 4 = 16 modos de escolher ¾ 

seus n aipes. A resposta é 8 × 4 × 21 × 16 = 10752.


e) H á 8 modos de escolher o grupo das quatro cartas que for-
m a r ão o “four” propriamente dito; h á C = 1 modo de esco-  

 

lher os naipes dessas carta s; h á 7 m odos de escolher o gru po


da outra carta e 4 modos de escolher seu naipe. A resposta é
8 × 1 × 7 ×  4 = 224.
f) H á 8 modos de escolher o grupo das cartas que formar ã o a
tr inca; h á C = 4 modos de escolher os n aipes desa s t r ês car-
¿ 

 

t as; h á 7 m odos de escolher o gru po ds carta s que form ar ã o


o pa r e h á C = 6 modos de escolher os naipes dessas dua s
¾ 

 

car tas. A resposta é 8 ×  4 × 7 × 6 = 1344.


g) H á 4 modos de escolher os grupos das cartas que formar ã o a
seq ü ência: do 7 ao valete, do 8 à dama , do 9 ao rei, do 10 ao
ás. Se todas as escolhas de na ipes fossem lı́citas, os naipes
dessas cartas poderiam ser escolhidos de 4 = 1024 modos.  

H á ent ret ant o 4 escol has i lı́ ci t as par a os n ai pes: t odas de


outr os, todas de copas, todas de espadas e todas de pau s. A
resposta é 4 × 1020 = 4080.
h ) H á 4 m odos de escolher o naipe úni co das cart as. Se t odas
as escolhas de grupos fossem lı́citas, haveria C = 56 modos  

 

de escolher os grupos das car ta s. E ntr etan to, 4 escolhas s ã o


ilı́citas: do 7 ao valete, do 8 à dama , do 9 ao rei, do 10 ao á s.
A resposta é 4 × 52 = 208.
i) H á 4 modos de escolher os gru pos da s car ta s (do 7 ao valete,
do 8 à dama , do 9 ao rei, do 10 ao ás) e 4 modos de escolher o
nai pe ún ico. A resposta é 4 ×  4 = 16.
  j) Há u m s ó modo de escolher os gru pos das car tas e 4 modos
de escolher o naipe ún ico. A resposta é 4.

E x e m p l o 1 0 . De qua nt os m odos 5 crian ças podem form ar um a


roda de ciranda ?

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Combinat ória 101

˜  À primeira vista parece que, par a forma r uma roda com


S o l uçao:
as cinco crian ças, ba sta escolher um a ordem par a elas, o que po-
deria ser feito de 5! = 120 modos. Entretanto, as rodas ABCDE e
EABCD s ão igua is, pois na roda o que importa é a posição relativa
das crian ças ent re s i e a roda ABCDE pode ser “vira da” na roda
EABCD. Como cada roda pode ser “virada” de cinco modos, a nos-
sa contagem de 120 rodas contou cada roda 5 vezes e a resposta é
120/5 = 24.

D e m odo geral , o n úmero de modos de colocar n objetos em


cı́rcu lo, de m odo qu e disp osições qu e possa m coincidir p or r ota çã o
sejam consideradas iguais, isto é, o n úm ero de p er mu ta ções circu-
n!
lares de n objetos é (PC) = = (n − 1)! .
n
Ò 

E x e m p l o 1 1 . Q u a n t a s s ã o a s solu ções i nt eiras e n ão-negativas


da equ a çã o x + x + · · · + x = p?
½  ¾  Ò 

˜  A resposta deste problema é representada por CR .


S o l uçao: Ô 

Ò 

Para det erm i nar o val or de CR , vamos representar cada so- Ô 

Ò 

lu çã o da equ a ção por uma fila de sinais, + e | . Por exemplo, para

asentadas x +++
eq u a çã opor y +| z++
= 5| ,+a se solu
+ + ções
+++ (2,2,1) e (5,0,0) seriam
| |, respectivam repre-
ente. Nessa
r epr esen ta ção, as barra s s ão usadas para separar as i ncógnitas e
a quantidade de sinais + indica o valor de cada incógnita.
Pa r a a equ a çã o x + x + · · · + x = p, ca da solu ção seria r epre-
½  ¾  Ò 

sentada por uma fila com n − 1 barras (as barr as s ão para separa r
as i ncógnit as; par a separa r n in cógnitas, usa mos n − 1 barras) e
 p sinais +. O r a , p a r a f or m a r u m a fi la com n − 1 b a r r a s e p si-
nai s +, basta escolher dos n + p − 1 lugares da fila os p lugares
onde ser ão colocados os sinais +, o que pode ser feito de C
Ô 

Ò  ·  Ô  ¹  ½ 

modos.

E x e m p l o 1 2 . De quantos modos podemos comprar 3 sorvetes em


um bar que os oferece em 6 sabores distintos?
˜  A resposta n ã o é C = 20.
S o l uçao: ¿ 

 
C seria o n úmero de modos
¿ 

 

de comprar 3 sorvetes diferentes.

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102 Temas e Problemas

C ham an do de x o n úm ero de sorvetes do k-ésimo sabor qu e va-


 

mos compr ar, devemos determ inar valores inteiros e n ão-negativos


p a r a x , k = 1, 2, 3, 4, 5, 6, tais que x + x + · · · + x = 3. Isso pode
  ½  ¾   

ser feito de CR = C = 56 modos.


¿ 

 
¿ 

 

Problemas Propostos∗

1. Quantos s ão os an agram as da pa lavra “CAP ÍTULO”:


a) possı́veis?
b) que começam e ter min am por vogal?
c) que t êm as vogais e as consoantes intercaladas?
d ) q u e t êm as letra s C, A, P junta s nessa ordem?
e) que t êm as letra s C, A, P junta s em qua lquer ordem?
f) que t êm a letra P em pr imeiro lugar e a letra A em segun do?
g) que t êm a letra P em primeiro lugar ou a letra A em segun-
do?
h ) q u e t êm P em pr imeiro lugar ou A em segundo ou C em ter-
ceiro?
i ) n o s q u a i s a l e t r a A é u m a d a s l e t r a s à e s q u e r d a d e P e a
letra C é um a da l et ras à direita de P?
  j) que t êm as vogais em ordem alfab ética?

2. Se A é um conj unt o de n elem ent os, quant as s ã o a s fun ções


f : A → A bijetoras?

3. De quantos modos é possı́vel colocar 8 pessoas em fila de modo


que duas dessas pessoas, Vera e Paulo, n ão fiquem juntas?

Solu ções na p ágina 176.

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Combinat ória 103

4. De quantos modos é possı́vel colocar 8 pessoas em fila de modo


que du as dessas pessoas, Vera e Pau lo, n ão fiquem junt a s e dua s
out ra s, Helena e Pedr o, perm an eçam junt as?

5. De qua ntos m odos é possı́vel dividir 15 atletas em tr ês times


de 5 a tletas, denominados Esporte, Tupi e Minas?

6. De qua ntos m odos é possı́vel dividir 15 atletas em tr ês times


de 5 atletas?

7. De quantos modos é possı́vel dividir 20 objetos em 4 grupos de


3 e 2 grupos de 4?

8. Um campeonato é di sput ado por 12 cl ubes em rodadas de 6


 jogos cada. De quan tos modos é possı́vel seleciona r os jogos da
primeira rodada?

9. Permutam-se de todas as formas possı́veis os algarismos 1, 2,


4, 6, 7 e escrevem-se os n úmer os forma dos em ordem crescente.
Determine:

a) que lugar ocupa o n úm ero 62 417.


b) que n úm ero ocupa o 66o¯ lugar.
c) qual o 166 o¯ algar ismo escrito.
d) a soma dos n úmeros assim formados.

10. De quantos modos é possı́vel colocar r rapazes e m m oça s em


fila de m odo que a s moças per ma neçam jun ta s?

11. Quantos dados diferentes é possı́vel form ar grava ndo n úmeros


de 1 a 6 sobre as faces de um cubo?

a) Suponha uma face de cada cor.


b) Suponha as faces igua is.
c) Suponha que a s faces são iguais e que a soma dos pontos de
faces opostas deva ser igual a 7.

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104 Temas e Problemas

12. Resolva o problema anterior, no caso b), para os outros 4 po-


liedros regulares (naturalmente, n ú m e r os d e 1 a 4 , de 1 a 8 , d e
1 a 12 e de 1 a 20 para o tetraedro, o octaedro, o dodecaedro e o
icosaedr o, respectivament e).

13. Quantos s ão os anagramas da palavra “ESTRELADA”?

14. O conjunto A possui n elementos. Quan tos s ão os seus sub-


conjuntos com p elementos?

15. U m a facul dade real i za seu vest i bul ar em 2 di as de provas,


com provas de 4 m at é r ia s e m ca d a d ia . E s t e a n o a d ivis ão foi:
Mat em át ica, Portu gu ês, Biologia e Ingl ês n o primeiro dia e Geo-
grafia, H i st ória, Fı́sica e Quı́m i ca no segundo dia. D e quant os
modos pode ser feito o calend ár io de provas?

16. Quan tas diagonais possui:

a) um octaedro regular?
b) um icosaedro regular ?
c) um dodecaedro regular?
d) um cubo?
e) um prisma hexagonal regular?

17. Sejam I = {1 , 2 , . . . , m} e I = {1 , 2 , . . . , n}, com m ≤ n. Q u a n -


Ñ  Ò 

t a s s ã o a s fun ções f : I → I estritam ente crescentes?


Ñ  Ò 

18. Q uant os s ã o o s n ú m e r o s n a t u r a i s d e 7 dı́gitos nos quais o


dı́gito 4 figur a exata men te 3 vezes e o dı́gito 8 exat am ent e 2 vezes?

19. Quan tos s ão os subconjun tos de {a , a , . . . , a }, com p elemen-


½  ¾  Ò 

tos, nos qua is:

a ) a figura;
½ 

b) a n ão figura;
½ 

c) a e a figuram ;
½  ¾ 

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Combinat ória 105

d) pelo menos um dos elementos a , a figura; ½  ¾ 

e) exata ment e um dos elementos a e a figura. ½  ¾ 

20. O conjunto A possui p elementos e o conjunto B possui n ele-


m ent os. D et erm i ne o n ú me r o de fun ções f : A → B sobrejetivas
para:

a ) p = n;
b) p = n + 1;
c) p = n + 2.

21. Considere um conjunto C de 20 pontos d o espa ço que tem


um subconjunto C form ado por 8 pontos coplana res. Sabe-se que
½ 

toda vez que 4 pontos de C s ão coplanar es, ent ão eles s ão pontos
de C . Q ua nt os s ão os planos qu e cont êm pelo menos tr ês pont os
½ 

de C?

22. Uma fila de cadeiras no cinema tem 10 poltronas. De quan-


t os m odos 3 casai s podem n elas se sent ar de m odo que nenh um
m ari do se sent e separado de sua m ul her?

23. Quan tos s ão os an agr am as d a pa lavra “PARAGUAIO” que n ã o


possuem consoantes adjacentes?

24. De quantos modos podemos selecionar p elementos do conjun -


t o {1 , 2 , . . . , n} sem selecionar dois n úmeros consecutivos?

25. Onze cientistas trabalham num projeto sigiloso. Por quest ões
de s egur an ça, os plan os s ão gua rda dos em um cofre protegido por
mu itos cadeados de m odo que s ó é possı́vel abr i-los t odos se h ouver
pelo menos 5 cientistas presentes.

a ) Q u a l é o n úm ero m ı́nimo possı́vel de cadeados?


b) Na situ aç ão do item a), quantas chaves cada cientista deve
t er?

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106 Temas e Problemas

26. Em uma escola, x professores se distribuem em 8 bancas exa-


minadoras de modo que cada professor participa de exatamente
d u a s b a n c a s e c a d a d u a s b a n c a s t êm exatamente um professor
em comum.

a) Calcule x.
b) Determine quan tos professores h á em cada banca.

27. De quantos modos podemos formar uma roda de ciranda com

6 crianças, de modo que dua s delas, Vera e Isadora, n ão fiquem


 juntas?

29. Q u a n t a s s ã o a s solu ções inteiras e positivas de x + y + z = 7?

30. Q uant as s ã o a s solu ções inteira s e n ão-negat ivas d e x + y + z ≤


6?

31. U m a i nd ústria fabrica 5 tipos de balas que s ão vendidas em


cai xas de 20 bal as, de um s ó tipo ou sort idas. Quan tos tipos de
caixas podem ser montados?

S u g e s t o˜  e s

1. c) Os a na gra ma s p odem começar por vogal ou p or cons oant e.

d) Tudo se passa como se cap fosse uma letra s ó.


e) Escolha inicialmente a ordem da s letra s c, a, p. Recai-se no
item anterior.
g) Ao somar os que t êm p em primeiro com os que t êm a em
segundo, os que t êm p em pr imeiro e a em segundo s ão con-
tados dua s vezes. Fazer um diagra ma de conjuntos ajuda.
h) Um diagrama de conjuntos ajuda.
1
i) H á 3! = 6 ordens possı́veis pa ra essas letras. A resposta é
6
do t ot al de a nagram a s.

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Combinat ória 107

3. Faça o total men os aqu elas n as qua is elas ficam junt as. N ão se
esqu eça qu e elas podem ficar junt as em 2! ordens possı́veis.

4. Faça t odas com H elena e Pedro junt os men os a quelas na s qu ais


Helena e Pedro est ão jun tos e Vera e Pau lo ta mb ém est ão juntos.

5. Você deve escolher 5 jogadores para o Esporte, depois escolher 5


dos que sobra ra m par a o Tupi e form ar o Minas com os restan tes.
O u ent ão, ponha os 15 jogadores em fila: os 5 primeiros formam
o Esporte, os 5 seguintes o Tupi, os 5 últimos o Mina s. Note qu e,
tr ocan do a ordem dent ro de cada bloco, você m uda a fila, m as n ã o
muda a divis ão em t imes.

6. A resposta é a anterior dividida por 3!, pois agora, tr ocan do os


times entre si, a divis ã o é a m esm a.

8. Você pode colocar os 12 t imes em u ma ma triz 6 × 2. N ot e que


trocar as linhas entre si, ou trocar em uma linha a ordem dos
elemen tos, n ã o alt er a a seleção dos jogos.
Você t a m b ém poderia pensar assim: Tenho 11 modos de esco-
lher o advers ário do Botafogo; depois tenho 9 modos de escolher
o advers ár io do primeiro (em ordem alfab ética) time que sobrou;
depois ten ho 7 . . .

9.

a) Para descobrir o lugar do 62 417 você t em que cont ar quan-


tos n úm eros o ant ecedem. Ant ecedem-no todos os n úmeros
com eça dos em 1, em 2, em 4, em 61, et c.
c) O 166 o¯ algarismo escrito é o 1 o¯ algar ismo do 34o¯ n úmero.
d) A soma da s un idades dos n úmeros é (1 + 2 + 4 + 6 + 7) · 4!, pois
cada um dos a lgar ismos 1, 2, 4, 6, 7 ap ar ece como algarism o
das uni dades em 4! n úm eros. D et erm i ne anal ogam ent e a
soma das dezenas, etc.

U m t ru que, boni t o m as t ruque, é grupar os 5! = 120 n úmer os em


60 casais do seguint e modo: o cônjuge de cada n ú m e r o é o n ú m e r o

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108 Temas e Problemas

que dele se obt ém tr oca n do a posiçã o do 1 com o 7 e a posição do


2 com o 6. Teremos 60 casais e a soma em cada casa l é 88 888. A
resposta é 88 888 × 60.

11. a) Devem os colocar 6 n úm eros em 6 lugares. A resposta é 6!.

b) Agora , qua nd o mud am os o cubo de posição obtem os o mesm o


d a d o. P or e xe m plo, u m d a d o qu e t e m o 1 e o 6 e m f a ce s
opostas. Antes, colocar o 1 em cima, na face preta, e o 6 em
baixo, na face bran ca, era diferen te de colocar o 6 em cima e o
1 embaixo. Agora n ã o, é o mes mo da do de cabeça pa r a baixo.
A resposta é a anterior dividida pelo n ú m er o de posiç ões de
colocar um cubo. H á 6 modos de escolher a face que fica em
baixo e 4 modos de escolher nessa face a aresta que fica de
frente.

16. Os segmentos que ligam dois vértices s ão diagonais, arestas


ou diagonais de faces.

˜
17.
de IA que
fu n çforma
Ò 
ao ficar ão
detaerm inada qua ndo se escolhem os m elementos
imagem.

18. Ignore o problema do 0 na primeira casa. Escolha os lugares


dos 4, dos 8, preencha a s casas resta ntes. Desconte os n úmeros
começa dos em 0.

20. a ) Es sa s fun ções s ão bijetoras.

b) Um elemento de B tem sua imagem inversa formada por dois


elementos e os demais t êm imagens inversa s un it ári as.
c) H á duas possibilidades: um elemento de B tem sua imagem
i nversa form ada por t r ês el em ent os e os dem ai s t ê m i m a -
gens inversas un it ár ias ou dois element os de B t êm imagens
inversa s forma das por dois elementos e os dema is t êm ima-
gens inversas u nit ári as.

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Combinat ória 109

22. Escolhida a ordem em que cada casal vai se sentar (marido


à direita, mulher à esquer da ou vice-versa), você tem que formar
uma fila com 3 casais e 4 lugares vazios.

23. Arrume primeiramente apenas as vogais e depois entremeie


as consoantes.

24. Marque, no conjunto {1 , 2 , . . . , n} com o sinal + os elementos


selecionados para o subconjunto e com o sinal − os elementos n ã o
seleciona dos. Você tem que form ar um a fila com p sinais + e n− p

sinais − , sem que haja dois sinais + adjacentes.


25. Um grupo de 4 cientistas, ABCD, é barrado por pelo menos
um cadeado. Na situaç ã o d o n ú m e r o m ı́nimo de cadeados, por
exat amen te u m cadeado. Batizemos esse cadeado de ABCD. A,
B, C, D n ã o t êm a cha ve desse cadea do e todos os outr os cient istas
a t êm. N ão pense mais nos cadeados e sim nos seus nomes.

26. Um bom nome para o professor que pertence às ban cas 1 e 2 é
professor 1 − 2.

29.
det erCmin d o xções
h a ma ar nsolu de 1 + a, ye de
inteiras 1 + b e z depara
n ão-negativas 1 +ac,+você
b + tcem
= 4de
.

30. Defina , pa ra cada solução, a folga, que é a diferença ent re o


valor m áximo que x + y + z poderia atingir e o valor que x + y + z
rea lmen te a tin ge. Por exemplo, a soluçã o x = 1 y = 2, z = 1 t em
folga 2. Ca da soluçã o da ine qu a çã o x + y + z ≤ 6 corresponde a
u m a solu çã o da equ a çã o x + y + z + f = 6 e vice-versa.

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Ca pı́tu lo 7

Noções de
Matem á t ica Fina n ceir a

1 O v a lo r d o d i n h e ir o n o te m p o
A op er a çã o b ásica da matem ática financeira é a oper a ção de em-
pr éstimo. Algu ém que disp õe de um capital C (chamado de prin-
cipal), empresta-o a outrem por um certo per ı́odo de tempo. Ap ós
esse per ı́odo, ele r ecebe o seu capit al C de volta, acrescido de um a
r em u n er a çã o J pelo empr éstim o. E ssa r emu ner aç ã o é cha mada de
 juro. A s oma C + J é chamada de m ont ant e e ser á r epr es entada
por M. A r a zã o i = J/C, que é a taxa de crescimento do capital,
é sem pre referida ao perı́odo d a opera ção e chamada de t axa de
 juros .

E x e m p l o 1 . Pedr o tomou um empr éstimo de R$100,00. Dois


meses depois, pagou R$140,00. Os juros pagos por Pedro s ão de
40
R$40,00 e a t axa de juros é = 0,40 = 40% ao bimestre. O pr in-
100
cipal, qu e é a dı́vida inicial de Pedro, é igual a R$100,00 e o mon-
tante, que é a dı́vida de Pedro na época do pagamento, é igual a
R$140,00.

O leitor deve ficar at ent o par a o fat o que Pedro e quem lhe em-

prest ou o dinh
do bimestre eiro
t êm om concorda ra m que
esmo valor que R$140,00
R$100,00nonofina
inı́cio
l dodoreferido
referi-
bimestre. É importante perceber que o valor de uma quantia de-
pende da época à qua l ela est á referida. Neste exemplo, quantias
diferentes (R$100,00 e R$140,00), referidas a épocas diferent es,
t êm o m esmo valor.

11 0

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˜  de Matem ática Financeira


Noçoes 111

S ão exemplos de erros comu ns em ra ciocı́nios financeiros:


a ) Ach a r q u e R$ 14 0,0 0 t ê m va lor m a ior q u e R $1 00 ,0 0.
R$140,00 t êm maior valor que R$100,00, se referidos à mes -
m a época. Referidos a épocas diferentes, R$140,00 podem
ter o mesmo valor que R$100,00 (veja o exemplo an ter ior) ou
a t é mesmo um valor inferior.
Todos n ós preferirı́amos r eceber R$100 000,00 a gora do que
R$140 000,00 daqu i a seis a nos. Com efeito, R$100 000,00
colocados em um a cader net a de poupa nça, a juros de 0,5%
a o m ês, cresceriam à t a x a d e 0 , 5 % a o m ês e tr ans f or mar -
se-iam, depois de 72 meses, em 100 000,00 · (1 + 0,005) =  ¾ 

R$143 204,43.
b) Achar que R$100,00 t êm sem pr e o mesm o valor que R$100,00.
Na verdade, R$100,00 hoje valem mais que R$100,00 daqui
a um ano.
c) Somar quantias referidas a épocas diferent es. Pode n ão ser
verdade, como mostrar á o Exemplo 5, que comprar em tr ês
pr es t a ções de R$50,00 seja melhor que comprar em cinco
pr es t a ções de R$31,00, apesar de 50 + 50 + 50 < 31 + 31 +
31 + 31 + 31.

E x e m p l o 2 . Pedro tomou um empr éstimo de R$100,00, a juros


de ta xa 10% ao m ês. Ap ós um m ês, a dı́vida de Pedro ser á acres-
cida de 0,10 × 100 reais = 10 reais de juros (pois J = iC), pas-
sando a 110 reais. Se Pedro e seu credor concordar em em adiar
a liqu ida çã o d a dı́vida por mais um m ês, mantida a mes ma taxa
de juros, o empr éstimo ser á quitado, dois meses depois de con-
t r a ı́do, por 121 reais, pois os juros relativos ao segundo m ês ser ã o
de 0,10 × 110 = 11 reais. Esses juros a ssim calculados s ão cha-
mados de jur os com postos. Ma is precisamen te, no regime de jur os
compostos os juros em cada per ı́odo s ão calculados, conforme é
natural, sobre a dı́vida do inı́cio desse per ı́odo.

 No regim e de juros com postos d e taxa i  , um principal C transforma- ¼ 

ıodos de tempo, em um montante C = C (1 + i) .


´  n per´ 
se, ap os Ò  ¼ 
Ò 

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112 Temas e Problemas

P a r a c a d a k, seja C a dı́vida ap ós k per ı́odos de tempo. Or a,


 

C  
= C + iC = (1 + i)C . Por tan to, a cada per ı́odo de tem-
·  ½       

p o a dı́vida sofre um a mu ltiplicaç ão por 1 + i. Ap ós n per ı́odos


de tempo a dı́vida sofrer á n m u lt iplica ções por 1 + i, ou seja, ser á
mu ltiplicada por (1 + i) . Logo, C = C (1 + i) . Ò 

Ò  ¼ 
Ò 

E x e m p l o 3 . Pedro toma um empr éstimo de R$1 500,00 a juros de


12% ao m ês. Qual ser á a dı́vida de Pedro tr ês meses depois?

C = C (1 + i) = 1500(1 + 0,12) = 2107,39.


¿  ¼ 
¿  ¿ 

Outro modo de ler a f ó rmula C = C (1 + i) é : u m a q u a n t ia , Ò  ¼ 


Ò 

hoje igual a C , transformar-se-á, depois de n per ı́odos de tempo,


¼ 

em uma quantia C = C (1 + i) . I s to é, uma quan tia, cujo valor


Ò  ¼ 
Ò 

a t u a l é A, equ ivaler á no futuro, depois de n per ı́odos de tempo, a


F = A(1 + i) . Ò 

Essa é a f órmu la fun damen tal da equival ência de capitais:


• Para obter o valor futuro, basta multiplicar o atual por (1 + i) . Ò 

• Para obter o valor atual, basta dividir o futuro por (1 + i) .


Ò 

E x e m p l o 4 . Pedr o tomou um empr éstimo de R$300,00 a juros


de 15% ao m ês . Um m ês ap ós, Pedro pagou R$150,00 e, dois me-
ses ap ós esse pa gamen to, Pedro liquidou seu d ébito. Qual o valor
desse último pagament o?

Os es quemas de pagamento abaixo s ão equivalentes. Logo,


R$300,00, na data 0, têm o mes mo valor de R$150,00, u m m ês
a p ós, mais um pagament o igual a P, na data 3.

0 1 3

300 150 P 

F ig u r a 4 7

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˜  de Matem ática Financeira


Noçoes 113

Igualando os valores, na mesma época (0, por exemplo), dos


paga men tos nos dois esquem as, obtemos:

150 P
300 = + , ou seja, 300 = 150 · 1,15 ¹  ½ 

+ P · 1,15 .
¹  ¿ 

1 + 0,15 (1 + 0,15) ¿ 

Finalmente, P = [300 − 150 · 1,15 ] · 1,15 ¹  ½  ¹  ¿ 

= 257,89 reais.

E x e m p l o 5 . Pedr o t em du as opções de pagamento na compr a


de u m eletr odom ést ico: tr ês pr est a ções men sais de R$50,00 cada ,
ou cinco p re st a ções mens ais de R$31,00. Em qualquer cas o, a
pr imeira pr esta çã o é paga no ato da compr a. Se o dinheir o vale
5% ao m ês para Pedro, qual é a m elh or op ção que Pedro possui?

0 1 2 0 1 2 3 4

50 50 50 31 31 31 31 31

F ig u r a 4 8

Para compar ar, determina remos o valor das du as s éries de pa-


gamentos na mesma época, por exemplo na época 2. Temos

V  = 50(1 + 0,05) + 50(1 + 0,05) + 50 = 157,63


½ 
¾ 

V  = 31(1 + 0,05) + 31(1 + 0,05) + 31 + 31/(1 + 0,05) + 31/(1 + 0,05)


¾ 
¾  ¾ 

= 155,37.

Pedr o deve preferir o paga men to em cinco prest aç ões.

E x e m p l o 6 . Pedr o tem tr ês op ções de pagamento na compra de


vestu ário.

a ) À vista , com 3% de des cont o.


b) Em dua s presta ções mensais iguais, sem desconto, vencendo
a primeira um m ês ap ós a compr a.

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114 Temas e Problemas

c) Em tr ês pr est a ções m ensa is iguais, sem descont o, vencendo


a primeira no ato da compra .

Qua l a melh or opção par a Pedr o, s e o dinheir o vale, par a ele,


2,5% ao m ês ?

0 1 2 0 1 2

291 150 150 100 100 100

F ig u r a 4 9

Fixa n do o preço do bem em 300, t em os os t r ês esquemas acima.


Comparando os valores na época 0, obtemos:

V  = 291
½ 

150 150
V  = + = 289,11
1,025 1,025
¾ 

¾ 

100 100
V  = 100 + 1,025 + 1,025 = 292,74
¿ 

¾ 

A melhor altern at iva para Pedro é a compr a em dois paga men -


tos, e a pior é a compra em tr ês pr est a ções.

É inter es s ante obs er var que a melhor alter nativa par a J oa-
quim pode n ão ser a melhor alternativa para Joã o.
Se J oaquim é pessoa de poucas posses e decide compr ar a pra -
zo, tendo dinheiro par a compr ar à vista , é prov ável que ele invista
o dinheiro que sobrou, em uma cadern eta de poupanç a que lhe

ren deria,àdvista
comprar igam os,
ou 1,5% ao com
a pra zo m ês.jur
Entosão,
de para
1,5%ele
ao seria
m ês. indiferente
S e J oão tiver a cesso a investimen tos melhores, ele poderia fa-
zer render a sobra de dinheiro a, digamos, 2,5% ao m ê s . E n t ã o,
s er ia a t r a t i vo p a r a J oão comprar a prazo com juros de 1,5% ao
m ês .

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˜  de Matem ática Financeira


Noçoes 115

Logo, o dinheiro t em valores diferentes para J oão e Joaquim.


Essa taxa de juros que representa o valor do dinheiro para cada
pessoa e que é, em s uma, a taxa à qual a pessoa consegue fazer
render seu dinheiro, é chama da de t axa m ´  ınima de atratividade.
O m otivo do nome é claro: para essa pessoa, u m investimento s ó
é a tra tivo se render, no mı́nimo, a essa taxa.

E x e m p l o 7 . Um a loja ofer ece du a s opções de pagamento:

a ) À vista , com 30% de des cont o.


b) Em d ua s prest aç ões men sais igua is, sem descont o, a primei-
ra pr est a ção sendo paga n o ato da compra .

Qual a taxa mensal dos juros embutidos na s vendas a prazo?

Fixan do o valor do bem em 100, temos os esquema s de paga-


mento abaixo:

0 0 1

70 50 50

F ig u r a 5 0

50
Igualando os valores na época 0, obtemos 70 = 50 + · Da ı́,
1+i
1 + i = 2,5 e i = 1, 5 = 150%.
A loja cobra juros de 150% ao m ês nas vendas a prazo.

E x e m p l o 8 . Investindo seu capital a juros mensais de 8%, em


quan to tem po você dobrar á o seu capital in icial?
ln 2
Temos C (1 + 0,008) = 2 C . Da ı́, 1,08 = 2 e n =
Ò  Ò 

= 9.

ln 1,08
¼  ¼ 

Aqui ln est á r epresentando o logaritmo nat ura l.


Em aproximadamente nove meses você dobrar á o seu capital
inicial.

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116 Temas e Problemas

Problemas Propostos∗

1. Investindo R$450,00 você r e t i r a , a p ós 3 meses, R$600,00. A


que ta xa m ensal de juros rendeu o seu investimento?

2. I nves tindo a 8% ao m ês, você obt ém, depois de 6 mes es um


monta nt e de R$1 480,00. Qu an to havia sido investido?

3. Qual o montante produzido em 3 meses por um principal de


R$2 000,00 a juros de 10% ao m ês ?

4. Em que prazo um principal de R$1 400,00 gera um montante


de R$4 490,00 a juros de 6% a o m ês ?

5. Laura quer comprar um viol ão em u ma loja que oferece um d es-


conto de 30% nas compras à vis ta ou pagamento em t r ês pr es ta-
ções mensa is, sem jur os e sem descont o. Deter mine a t axa m ensa l
de juros embut ida n as vendas a prazo, supondo o primeiro paga-
mento no ato da compra .

6. Malu cont raiu u m empr éstimo de R$9 000,00 pa ra ser pa go em


du as pr esta ções, com vencimentos tr ês e cinco meses depois do
empr éstimo. Se a segunda prest aç ã o é o dobro da primeira e os
  juros são de 2% ao m ês, deter min e a s pr est aç ões.

7. Regin a t em du a s opções de pagamento:

a ) à vista, com x% de descont o.


b) em dua s prest aç ões m ensais igua is, sem juros, vencendo a
primeira um m ês ap ós a compra .

Se a taxa m ı́nima de at rat ividade de Regina é de 5% ao m ês, para


que valores de x ela preferir á a primeira alternativa?

8. Certa loja, no nat al de 1992, oferecia a seu s client es dua s a lter-


na tivas de pagamen to:

Solu ções na p ágina 189.

http://slide pdf.c om/re a de r/full/1sbm-e lon-la ge s-lima -te ma s-e -proble ma s 115/189
 

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˜  de Matem ática Financeira


Noçoes 117

a) pagamento de uma s ó vez, um m ês ap ós a compra .


b) pagamento em tr ês pr est a ções mensais iguais, vencendo a
primeira no ato da compra .
Se você fosse client e des sa loja, qu al s eria a su a opçã o?
9. Certa loja convidou, em dezembro de 1992, os seus clientes
a liquida rem su as pr esta ções mensais vincendas, oferecendo-lhes
em troca um desconto. O descont o seria dado aos que pagassem,
d e u m a s ó vez, toda s as pres ta ções a vencer em mais de 30 dias
e seria de 40% para os que pagassem duas prestações. Supondo
u m a t a xa mı́nima de atr atividade de 27% ao m ês, a oferta era
vantajosa?
10. L úcia compr ou um exaust or, pagan do R$180,00, um m ês ap ós
a compr a, e R$200,00, dois meses a p ós a compra. Se os juros s ã o
de 2,5% ao m ês, qual é o pr eço à vista ?

2 Ta x a s d e ju r o s
Os leigos costum am achar que juros de 10% ao m ês equivalem a
  juros de 20% ao bimestre, de 30% ao trimestre, de 120% ao ano
etc.
Isso n ã o é verdade, como mostra a tabela a seguir, que d á a
evolu ção de um principal igua l a 100, a juros de 10% ao m ês .
M ês 0 1 2 3
Ca pit a l 100 110 121 133,1
Observe que juros de 10% ao m ês equivalem a juros de 21% ao
bimestre e de 33,1% ao trimestre.
S e a t axa de j uros rel ati vam ent e a um det erm i nado per´ 
ıodo de
t em po e´  igual a i , a taxa de juros relativam ente a n per´ 
ıodos de
Ò 

tem po e´  I tal que 1 + I = (1 + i) .


Bas ta calcular quanto valer á no futuro, depois de n pe r ı́odos de
tem po, um pr incipal igua l a A. Se usamos a taxa i, devemos avan -
ça r n perı́odos de tempo e, se usa mos a ta xa I, de vemos ava nça r
1 per ı́odo de tempo. Logo, A(1 + I) = A(1 + i) e 1 + I = (1 + i) .
½  Ò  Ò 

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118 Temas e Problemas

E x e m p l o 1 . A taxa a nua l de juros equivalente a 12% ao m ês é I


tal que 1 + I = (1 + 0,12) . Da ı́, I = 1,12 − 1 = 2,90 = 290%.
½ ¾  ½ ¾ 

E x e m p l o 2 . A taxa m ensal de juros equivalente a 40% ao ano é i


tal que 1 + 0,40 = (1 + i) . Da ı́, 1 + i = 1,4 e i = 1,4
½

−1 =
¾  ½  ½ ¾   ½  ½ ¾  

0,0284 = 2,84%.

Um erro mu ito comu m é achar que juros de 12% ao m ês equi-


valem a juros anu ais de 12 × 12% = 144% ao a no. Taxa s como 12%
a o m ês e 144% ao ano s ão chama das de taxas proporcionais , pois

areferem.
r a z ão entr e elas
Taxas é igual à r anza˜ ão
proporcionais o sdos
ao per ı́odos aos quais elas se
˜   equivalentes.

E x e m p l o 3 . As ta xas de 20% ao m ês, 60% ao trimest re e 240% ao


ano s ão t axas proporciona is.

Um (p éssimo) h ábito em Matem ática Finan ceira é o d e a n u n -


ciar ta xas pr oporciona is como se fossem equ ivalent es. Uma ex-
press ão como “12% a o a no, com capita lizaç ão mensal” significa
que a taxa usada na operaçã o n ã o é a taxa de 12% anunciada e
sim a taxa m ensal que lhe é pr oporciona l. Portanto, a trad u çao
˜  da

express ao
˜  “12% ao an o, com capita liza çao
˜  mensal”´ 
e “1% ao m es”.
ˆ 
E x e m p l o 4 . “24% a o a n o com capit a lizaç ão t rimest ra l” significa
“6% ao tr imestre”; “1% ao m ês com cap it a liza ção semestral” sig-
nifica “6% a o sem estr e” e “6% a o a no com capita lizaç ão m ens al”
significa “0,5% ao m ês”.

E x e m p l o 5 . Ver ônica investe seu dinheiro a juros de 6% ao ano


com cap it a liza ção mensal. Qual a taxa anual de juros à qua l est á
investido o capital de Ver ônica?

Ora, o dinheiro
de taxa i = 6% ÷ de12Ver
= ônica estmá,ês.
0,5% ao naArealidade, investido
taxa anual a juros
equivalente é I
tal que 1 + I = (1 + 0,005) . Da ı́, I = 1,005 − 1 = 0,061 7 = 6,17%
½ ¾  ½ ¾ 

ao an o.
A (falsa) t axa de 6% ao an o é dita nom i nal. A ta xa (verdadeira )
de 6,17% ao an o é dita taxa efetiva .

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Noçoes 119

E x e m p l o 6 . A taxa efetiva semestral correspondente a 24% ao


sem est re com capit a lizaç ão mens al é I tal que 1 + I = (1 + 0,04) .  

Da ı́, I = 1,04 − 1 = 26,53% ao semestre.


 

Problemas Propostos∗

1. Deter mine as taxas mens ais equivalentes a 100% ao ano e a


39% ao trimestre.

2. Determine as taxas anuais equivalentes a 6% ao m ês e a 12%


ao trimestre.

3. Determine as ta xas efetivas an uais equivalentes a:

a ) 30% ao a n o, com cap ita lização mensal.


b) 30% ao a n o, com capit a lização trimestral.
c) i ao an o, capita lizados k vezes a o an o.

3 An u id ad e s
Uma lis ta de quantias ( chama das u s ualmente de pagamentos ou
termos ), referidas a épocas diversas, é chama da de s erie´  ou anui -
d a d e ou, a inda, renda certa . Se esses pa gamentos forem igua is e
igua lmen te es pa çad os no tem po, a s érie diz-se uniforme.

O valor atual (isto e,´  o valor d a s erie


´  um a u nidade d e tem po antes
do primeiro pagam ento) de um a s erie ´  uniforme de n pagamentos
1 − ( 1 + i) ¹  Ò 

´  sendo i a taxa de juros, igual a A = P


iguais a P , e, .
i
At en ção ao significado das letra s n a f ́ormu la a cima: i é a taxa
de juros (referida à u n i d a d e d e t e m p o , a q u a l é o t e m p o en t r e
pr es t a ções consecut ivas), n é o n úm ero d e pr esta ções, P é o valor
de cada pres ta çã o e A é o valor da s ér ie uma unidade de tempo
an tes do primeiro pagamento.

Solu ções na p ágina 190.

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120 Temas e Problemas

Com efeito, par a determinar o valor da s ér ie um tempo antes


do primeiro pagam ent o, devemos ret roceder u m tem po com o pri-
meiro pa gamen to, dois tem pos com o segundo, . . . , n tem pos com
o n-ésimo pagamento. Logo,
P P P P
A= + +···+ +···+ ·
1+i ( 1 + i) (1 + i) ¾ 

(1 + i) ¾  Ò 

Multiplicando por (1 + i), obtemos

P P P
··· ·
A(1 + i) = P + 1 + i + (1 + i) + ¾ 

+ ( 1 + i) Ò  ¹  ½ 

Subt ra indo, obtemos


P
A(1 + i) − A = P −
(1 + i) Ò 

Ai = P − P(1 + i) ¹  Ò 

1 − ( 1 + i) ¹  Ò 

A=P
i

E x e m p l o 1 . Um bem , cujo p r eço à vista é R$1 200,00, é vendido


em 8 p re st a ções mensais iguais, postecipadas (isto é, a primeira
é p a ga u m m ê s a p ós a compra ). Se os juros s ã o d e 8 % a o m ês,
deter min e o valor da s pr esta ções.
Temos A = 1 200, n = 8, i = 0,08. Ap lica n d o a fó  rmula, A =
1 − ( 1 + i) ¹  Ò 

P , obtemos:
i

1 − 1,08 ¹   

0,08
1200 = P ; P = 1200 = 208,82.
0,08 1 − 1,08 ¹   

As pr est a ções s ão de R$208,82.


E x e m p l o 2 . Um bem , cujo pr eço à vis ta é R$1 200,00, é vendido
em 6 p r est a ções mensais iguais, antecipadas (isto é, a pr imeira é
paga no ato da compra). Se os juros s ão de 8% ao m ês, determine
o valor d a s p re st a ções.

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Noçoes 121

O valor da s érie de pr esta ções um m ês antes do pagamento da


pr imeira pr esta çã o ( o u s e j a , u m m ês antes da compr a) é A =
1 − (1 + i) 1 − 1,08
Ò  ¹   

P = P · Esse valor é igua l a o pr eço à vista,


i 0,08
1200
u m m ês atr ás, isto é, é igua l a · Logo,
1,08
1 − 1,08 ¹   

1200 1200 0,08


P = e P= = 240,35.
0,08 1,08 1,08 1 − 1,08 ¹   

As pr es t a ções s ão de R$240,35.

Às vezes n ecessitam os calcular o valor futu ro (ou montan te)


d e u m a s érie u niform e, isto é, o valor da s érie na época do último
paga men to. Par a isso, basta avan çar n tem pos o valor A, isto é,
1 − ( 1 + i) ¹  Ò 

( 1 + i) − 1 Ò 

F = A(1 + i) = P Ò 

( 1 + i) = P ·
Ò 

i i
O v a lor d e u m a s erie
´  uniforme na epoca
´  do ul
´  t im o pagam ent o e´ 
(1 + i) − 1 Ò 

F=P .
i

E x e m p l o 3 . Investindo
investimentos que rende mensa
0,5% aolmente
m ês, R$150,00 em u nte
qua l é o monta m fun do de
imedia-
o
t a m e n t e a p ós o 120 ¯ depósito?
O montan te da s érie é
( 1 + i) − 1 1,005 − 1
Ò  ½ ¾ ¼ 

F=P = 150 = 24 581,90.


i 0,005

Trata remos agora de rend as perp´  etuas . Rendas perp étuas apa-
r ecem e m loca ções. Com efeito, qua nd o se alu ga u m bem , cede-se a
posse do mesmo em t roca d e um aluguel, digam os, mensal. En t ã o,
a s érie dos alugu éis constitui um a renda perp étua ou perpetuida-
d e. Par a obter o valor a tua l de uma renda perp étua , basta fazer n
tender para infinito na f ó rmula
1 − ( 1 + i) ¹  Ò 

A=P ·
i

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122 Temas e Problemas

O valor de um a perpetuid ade d e term os iguais a P , um tem po antes


P
´  sendo i a taxa de juros, A = .
do prim eiro pagamento, e,
i

E x e m p l o 4 . Se o dinheiro vale 1% ao m ês, por quan to deve ser


alugado um im óvel qu e va le R$40 00,00?

Qua ndo você aluga um im óvel, você cede a posse do im óvel em

tr oca de u ma r enda per p étua cujos termos s ão igua is ao valor do


aluguel. Ent ão, o valor do im óvel deve ser igua l ao valor da série
de alugu éis.
P
Logo, com o A = , tem os P = Ai = 4000 × 0,01 = 400.
i
Deve ser alugado por R$400,00.

E x e m p l o 5 . Helena tem dua s alternat ivas pa ra obter uma copia-


dora:

a) Alugá-la por R$480,00 por m ês. N esse caso, o locador se r es-


ponsa biliza pela s despesa s de man ut ençã o.

b) Compr á-la por R$8 000,00. Nesse caso, já que a vida econ ô-
mica da copiadora é de 2 an os, Helena vender á a copiadora
a p ós 2 an os, por R$1 000,00. As desp esa s de m an ut ençã o s ã o
de responsabilidade de Helena e são de R$100,00 por m ês no
primeiro an o e de R$150,00 por m ês, no an o seguint e:

Se o dinheiro vale 1% ao m ês, qu a l a m elhor opção par a Helena?

Na alternativa b), vejamos o valor, na época da compra, dos


gastos de Helena durante esses dois anos. Temos:

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Noçoes 123

i) um a p ar cela de R$8 000,00;


ii) o valor atua l de uma s érie de 12 pa gamentos de R$100,00,
1 − 1,01 ¹  ½ ¾ 

igual a 100 = R$ 1 125,51;


0,01
iii) o valor, na época da compr a, dos gastos no segun do ano. Pa ra
determin á-lo, calcula mos o valor at ua l dos gast os no segun do
1 − 1,01 ¹  ½ ¾ 

ano, 150 = 1 688,26, e dividimos esse valor por


0,01
1,01 , p a r a t r a zê -lo u m a n o p a r a t r ás, obtendo finalmente
½ ¾ 

R$1 498,25;
iv) o valor, na época da compra, da receita auferida com a venda,
R$1 000,00 tr azidos dois a nos par a tr ás, isto é, 1000 ÷1,01 = ¾  

787,57.

Portanto, os gastos s ã o d e 8000 + 1 125,51 + 1 498,25 − 787,57 =


9 836,19.
Na alternativa a), o valor dos gastos na época da compra é o
v a l o r a t u a l d e u m a s érie de 24 pagamentos iguais a R$480,00,
1 − 1,01 ¹  ¾  

 480 = R$ 10 196,83.
0,01
A melhor alternativa é a compra.

Problemas Propostos∗

1. Um t elevis or, cu jo pr eço à vista é R$900,00, é vendido em dez


pr es t a ções men sais iguais. Se s ão pa gos jur os de 4% ao m ês, det er-
min e o valor da s pres ta ções, sup ondo a pr imeira pres ta ção paga:

a) no ato da compra .
b ) u m m ês ap ós a compr a.
c) dois meses ap ós a compr a.

Solu ções na p ágina 191.

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124 Temas e Problemas

2. Se a taxa de jur os é de 0,6% ao m ês, por quanto se aluga um


im óvel cu jo pr eço à vista é R$80 000,00, supondo o aluguel m ensa l
pago vencido? E se fosse pago adiant ada men te?

3. Supondo juros de 1% ao mês, quan to você deve investir men-


s almente dur an te 10 a nos par a obter a o fim des se pr azo, por 30
an os, uma renda mensal de R$500,00?

4. Supondo juros de 1% ao m ês, quan to você deve investir m ensa l-


ment e duran te 35 an os par a obter, ao fim desse prazo, uma renda

perp étu a de R$1 000,00?


5. Cons ider e uma r enda per p étua cujos termos crescem a uma
taxa constante j e cujo primeiro ter mo é igua l a P. Supondo juros
de taxa i (i > j), determine o valor da renda na época do primeiro
pagamento.

6. Minha mulher acha que devemos vender o car r o novo que


compr am os por R$18 000,00 qu an do ele estiver com dois an os d e
uso. Conseguirı́amos vend ê-lo por R$14 000,00 e compr ar ı́amos
outr o igua l, zero quilômetro. Eu acho que seria melhor esperar
quatro anos para vender o carro, caso em que s ó consegu irı́amos
R$10 000,00 na venda, mesm o levan do em cont a qu e gasta rı́amos
em consert os cerca de R$1 000,00 n o terceiro an o e de R$2 000,00
no quart o ano. Supondo que o dinheiro valha 15% ao an o, quem
tem r az ã o?

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Noçoes 125

AP ÊNDICE
C o m o c a l c u l a r a t a x a d e j u r o s u t i li z a n d o o E x c e l

Para calcular a taxa de juros em séries uniform es de pagamen -


tos, inicialmente, deve-se clicar na tecla do menu f . Ü 

Com e st a oper a ção a parecer á na tela:

F ig u r a 5 1

Role o cursor no quadro à es quer da e clique em Financeir a,


como mostra a Figura 52.

Em seguida no qua dro à direit a pr ocur e a fun çã o TAXA (Figu-


ra 53). Clique OK.

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126 Temas e Problemas

F ig u r a 5 2

F ig u r a 5 3

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Noçoes 127

Aparecer á u m a c a i x a d e d i álogo e ser á necess ário preencher


algumas janelas:
N p e r coloque nesta lacuna o n úmer o total de ter mos da s érie
uniforme.
P g t o coloque nesta lacuna o n ú m e r o t ot a l d e t e r m os d a s érie
uniforme.
VP preen cha este qu adr o com o valor presen te (valor at ua l), com
sinal cont r ár io ao pagamento. Se o VF é preenchido esta célula
deve ficar em bra nco.
Vf  preen cha este qu adr o com o valor fut ur o, com sinal cont r ário
a o p a ga m e n t o. S e o Vp é pr eenchido esta célula deve ficar em
branco.
Tipo é o n úm ero 0 ou 1, conform e os paga men tos sejam posteci-
pados ou a nt ecipados. Se for deixado em bra nco, o Excel assu mir á
0, considera ndo os pa gamen tos postecipados.
E s t i m a t i v a é a sua estimativa para a t axa. Deixe em branco.

Obs e rv a ç a˜ o . O Excel trabalha com a “l ógica do contador”, na


qua l os paga men tos e os recebiment os devem ter sinais cont r ários.
Logo, se o valor pr esen te é um valor p ositivo, o va lor da s pr est a ções
é obrigatoriamen te n egativo.

E x e m p l o 1 . Qual é a ta xa de juros na compra de um veı́culo cujo


pr eço à vista é de R$8 000,00 e é pago em 24 pagament os men sais
de R$400,00, o primeiro sendo efetu ado um m ês ap ós a compra ?

Preencha Nper = 24, P g t o = − 400 e Vp = 8000. Apar ecer á


TAXA (24; − 400; 8000) = 0,015130844, ou seja, 1,51% ao m ês .

E x e m p l o 2 . Qual é a t axa de juros na compra de um veı́cu lo cujo


pr eço à vista é de R$8 000,00 e é pago em 24 pagament os men sais
de R$400,00, o primeiro sendo efetu ado n o ato da compr a?

Pr eencha Nper = 24, P g t o = − 400, Vp = 8 000, e Tipo = 1.


Aparecer á TAXA (24; − 400, 8000; ; 1) = 0,016550119, ou seja, 1,66%
a o m ês .

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128 Temas e Problemas

E x e m p l o 3 . O Excel tamb ém calcula taxas de jur os em s éries


n ão-uniformes. Vejamos como calcular a taxa de juros ao ano do
finan ciamento a seguir:

An o 0 1 2 3 4 5 6 7
Valor 80 50 50 0 − 40 − 40 −60 −70

Os valores est ão em milhares de reais, as entradas de capital


fora m considera das positivas e as saı́das, negativas.
Inicialmente devemos colocar os valores do fluxo em células
adjacentes de uma mesma coluna da planilha, por exemplo, nas
células de B1 a B8. Procedendo como an teriorment e, usamos os
comandos f , Finan ceira e TIR (encontr a-se imediatam ente a p ós
Ü 

TAXA).
Aparecer á uma caixa de diálogo. Par preench ê-la, n ão digite
nada. Com o bot ão esquerdo do mouse aperta do, cubra as células
na s qua is foi colocado o flu xo de caixa, n o caso a s células de B1 a
B8. Elas ficar ão dentro de um ret ângulo com efeito de movimento
na borda e a caixa de diálogo se preencher á sozinha, aparecendo:
VALORES B1:B8
TIR(B1:B8) = 0,031826856
A taxa é de 3,18% ao an o.

Problemas Propostos∗

1. J oelma comp r ou um a gela deir a , cu jo pr eço à vista era R$800,00,


com uma entr ada de R$200,00 e s eis pr es tações m ens ais de
R$120,00. Qua l é a taxa mensal dos juros que ela est á pa gando?

2. Ma nu el comp rou um te levisor, cujo preço à vista era R$500,00,


em dez p r est a ções men sais de R$60,00 cada, vencendo a pr imeira
dois m eses ap ós a compra. Qual é a taxa mensal dos juros que ele
es t á pagan do?

Solu ções na p ágina 193.

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5/12/2018 1_SBM - Elon La ge s Lima - Te ma s e Proble ma s - slide pdf.c om

˜  de Matem ática Financeira


Noçoes 129

3. Uma caixa de funcion ários de certa empresa empr esta dinheiro


a seus a ssociados e calcula os juros de modo peculiar. Para um
empr éstimo de R$1 000,00, para pagamento em 5 vezes, os juros
s ão de “3% ao m ês”, isto é, 15% em 5 meses. Portanto, o total a
ser pago é de R$1 150,00, ou seja , 5 p re st a ções de R$230,00 cada.
Qual é na realidade a ta xa de juros com que t raba lha a caixa?

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˜  do Capı́tulo 1
Soluçoes 133

S o lu ç o˜ e s d o s P r o b le m a s d o C a p ı́ t u l o 1

1. Caso particular do Exemplo 3.

2. Admitindo a f ó rmula da á r e a d e u m t r iângulo, o resultado é


imediato. O fat or de pr oporciona lidade é a m e t a d e da d is t ância
de P a r, que é a medida comu m das a ltur as de todos esses tri ângu-
los. Deste modo, o exercı́cio se torna uma conseq ü ência (indireta)
do Exemplo 2, pois a f órm ula da área do t ri ân gulo resulta da área
do ret ângulo.

3. Seja f(x, y) a ár ea do para lelogramo que t em OX e OY  como la-


dos. A prova de qu e f(x, y) é proporcional a x e y se faz exatam en-
te como n o caso do ret ân gulo. A consta nte de proporciona lidade
é a = f(1, 1) = (área do losango de lado 1 e ân gulos internos α e
180 − α) = sen α. Port ant o f(x, y) = (sen α)x · y. N ã o é preciso ta-
bela de senos n em calculadora par a responder a úl t im a pergunt a
do exercı́cio. Sabendo que a · 6 · 7 = 29, obtemos a = 29/42. Logo
f(2, 3) = (29/42) · 2 · 3 = 29/7.

4. A ver ifica ção de que o volume f(x,y,z) do pa ra lelepı́pedo que


t em OX, OY  e OZ como a resta s é proporcional a x, y e z, se faz
do mesmo modo que no caso do bloco ret an gular. Tem-se porta nt o
f(x,y,z) = axyz, onde o fat or de pr oporciona lidade a = f(1, 1, 1) é
o volume do paralelepı́pedo cujas arestas medem 1 e est ão sobre
as semi-retas OA, OB e OC. Se AOB = α, AOC = β e BOC = γ      
en t ã o a é a r aiz quadr ada do determinan te da “mat riz de Gram ”:
 1 cos α cos β

 cos α 1 cos γ . 
cos β cos γ 1

(Veja “A Matem ática do Ensino M édio”, vol. 3, p ág. 152.) Observe


que quando α = β = γ = 90 tem-se a = 1 e reca ı́mos no volum e

do bloco r eta ngular.

5. Para t odo t ≥ 0, seja f(t) a abscissa do ponto m óvel n o instan -


t e t. Dizer que o pont o percorr e espa ços igua is em temp os igua is

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134 Temas e Problemas

significa dizer que f(t + h ) − f(t), espa ço per corr ido n o int er valo de
t em po [t, t + h  ], depende apenas de h , m a s n ão de t. A constante
 v = f(t + 1) − f(t), espaço percorr ido na un idade de t empo, cha ma -
se a velocidade do ponto m óvel. Pelo Teorema de Ca ra cteriza çã o
da s F u n ções Afins, se pusermos b = f(0) = abscissa do ponto de
partida, teremos, para todo t, f(t) = vt + b, desde que saibamos
qu e f é u m a fun ções crescente (ou decrescente). Do ponto de vista
f ı́ sico, isto significa que o ponto se m ove sem pr e no mesm o sent ido.
E st a cond ição pode, sem pr eju ı́zo algum, ser incluı́da n a d efin içã o
de movimento uniforme. (Veja tamb ém o comen t ári o à p ág. 101 do
livro “A Matem ática do Ensino M édio”, vol. 1.) Deve-se notar que
˜  do m óvel no eixo é da da pela fun ção afim f(t) = vt + b
a posiçao
por ém o espaço (dist ancia)
ˆ  que ele percorr eu é d a do pe la fun çã o
=
linear e vt.

6. A cont r apart i da al gébrica do fato de que por dois pontos dis-


t i nt os do pl ano passa um a, e som ent e um a, ret a é a pr oposiçã o
segundo a qual, dados x , x , y , y em R, com x  ½ 
= x , existe ¾  ½  ¾  ½  ¾ 

um a, e somen te u ma , fun ção afim f(x) = ax + b, tal que f(x ) = y ½  ½ 

e f(x ) = y . E m pal avras: um a funç ão afim fica det erm i nada
¾  ¾ 

quando se conhecem seus valores (tomados arbitrariamente) em


dois pontos dist int os. Es ta pr oposição, que resulta imediatamen-
t e da sua vers ão geom étrica acima mencionada, pode ser provada
algebricam ente observando-se que, dados a rbitrar iamente x , x , ½  ¾ 

 y , y , com x 
½  ¾ 
= x , o sistema linear
½  ¾ 

ax + b = y
½  ½ 

ax + b = y ,
¾  ¾ 

cujas incógnitas s ã o a e b, pos su i a solu çã o única

a = ( y − y )/(x − x ) e b = (x y − x y )/(x − x ).


¾  ½  ¾  ½  ¾  ½  ½  ¾  ¾  ½ 

7. O primeiro (e ma is importa nte) fat o a n otar par a resolver este


problema é que o n úm ero de dias que dur a a ra çã o é inversamen-
te p roporciona l a o n úm ero de vacas a serem al im ent adas: qua nt o

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˜  do Capı́tulo 1
Soluçoes 135

ma is vacas, men os dur a a ra çã o e a l ém disso, se o n úmero de va-


ca s é multiplicado por um n ú m e r o n a t u r a l n, o n úm ero de di as
que d ur a a ra çã o é d ividido por n. Passados os primeiros 14 dias,
o fazen deiro tin ha ain da r aç ão suficient e para alimentar 16 vacas
d u r a n t e 62 − 14 = 48 di as. Para saber durant e quant os di as est a
r a ção poderia alimentar as 12 (= 16 − 4) vacas resta ntes, observa-
mos que 12 = 16 × (3/4) logo esse n úmer o de dias é 48 ÷ 3/4 = 64.
Depois d e m ais 15 d ias, a ra ção que rest a d á para al im ent ar a s 12
vacas durant e 64 − 15 = 49 dias. Ess a m esma r açã o é suficiente
para al im ent ar 21(= 12 + 9) vacas durant e 49 ÷ (21/12) = 28 dias,
pois 21 = 12 × 21 . Tota lizand o, na s circun st âncias do problema, a
12
r a ção dura 14 + 15 + 28 = 57 dias.

8. E st e exercı́cio é a n álogo a o a nt erior, porta nt o su a solução se-


gue as m esmas linhas. Ao final de 12 dias de viagem, a caravan a
t em água sufici ent e para servi r 7 pessoas durant e 42 − 12 = 30
dias. E 10(= 7 + 3) pessoas? Como 10 = 7 × (10/7), a á g u a d u r a r á
30÷ (10/7) = 21 dias. Como ainda faltam 30 dias para o fim da via-
gem, se for ma nt ido o mesmo consum o diár io de água por pessoa,
u m oásis deve ser encontrado em 21 dias ou menos. Isto responde
o item b). Quan to ao item a), a ra ção di á r i a d e água por pessoa
t a m b ém é inversam ente proporcional ao n úmer o de pessoas. Co-
m o 10 = 7 × (10/7), o consumo di ári o por pessoa num a caravana
de 10 pessoas deve ser de 3,5 ÷ (10/7) = 2,45 litros.

9. No eixo orientado AB, tomaremos A como origem das abscis-


sas. Decorr idos t h or a s a p ós a part i da, o carro que part i u de A
encontra-se no ponto de abscissa f(t) = vt, enquant o o que par t i u
de B tem abscissa g(t) = wt + d. Se eles se encont ra m no t em po
d
t, tem-se vt = wt + d, donde t = . Evidentement e, se v = w
 v − w
e d > 0 os carr os nu nca se encont ra m . Tam b é m s e u < w n ã o
h á encont ro e, na verdade, a dist ância wt + d − vt = ( w − v)t + d
a u m e n t a à m edida que pa ssa o tempo.

10. Ao depar ar com este pr oblema, a t end ênci a nat ur al é soma r as


dist âncias percorr idas pelo p ássaro em suas idas e vindas, o que

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136 Temas e Problemas

é u m a t a r e f a m u i t o ár du a. A solução mais simples consiste em


calcular o tempo. Os dois tr ens se chocam no momento t em que
 46t + 58t = 260, ou seja, ap ós t = 260/104 = 2 horas e 30 minutos
E s t e é exat am ent e o t em po em que o p ássaro voou. Portanto ele
percorreu 60 × 2,5 = 150 quilômetros.

11. Ap ós x m eses de uso, quem com prou o aparel ho na l oj a A


gastou f(x) = 3800 + 20x reais, enquanto quem comprou na loja B
gastou g(x) = 2500 + 50x. Tem-se g(x) − f(x) = 30x − 1300. Logo,
1
para t odo x ≥ 1300/30 = 43 , tem-se g(x) − f(x) ≥ 0. N ou t r a s
3
pal avras, ap ós 43 m êses e 10 di as de u so, o aparel ho com prado
na loja B, que inicialmente era mais barato, torna-se mais caro do
que o comprado na loja A.

12. A solu ção dest e exercı́cio é a n áloga à explica ção do E xem -


plo 3, s ó que ma is simples porque n ã o h á necessidade de m ostr ar
que a correspond ência x → z es t á bem definida. A partir do pon-

t o Z, t race um a sem i -ret a paral el a a OA, contida no interior do


   
ângulo AOB. Se X é um ponto de OA t al que X es t á e n t r e O e X
  
(ou seja, x < x ) ent ão o segm ent o X Z cort a essa paral el a num
 
ponto M. (Faça a figu ra !) Logo x < x ⇒ z < z . Al ém disso, se
OX = XX = x en t ão os t ri ângulos OXZ e Z < Z s ão congruen -
 


tes por terem os lados OX e XX igua is compreendidos entr e os
   
ân gulos igua is O = Z e X = M. P or t a n t o MZ = XZ. C om o é 

claro que XZ = X M, segue-se que z = 2z. (Est a e xplicaçã o s ó


 

faz sentido se for a compan ha da de uma figur a.) Analogamente,


x = nx ⇒ z = nz.
 


e x Temos
 z. Os
→ entdois
ão (vide Exemplo
fatores 3) dua s proporciona
de proporcionalidade s ão lidades: x   y
iguais quando
 y/x = z/x, ou seja, qua ndo z = y (para o mesmo x). Isto significa
que o t ri ângulo OXZ é is ósceles. Portanto os fatores de proporcio-
na lidade s ão igua is se, e somen te se, a ret a r forma ân gulos iguais
com OA e OB.

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˜  do Capı́tulo 1
Soluçoes 137

S o lu ç a˜ o d o p r o b l e m a d a l e b r e e d o c a c h o r r o

Um pulo de lebre é igua l a 2/3 de um pulo de cachorro. Portanto a


dianteira da lebre é de 100/3 pulos de cachorro. No momento em
que alcançar a lebre, o cachorr o t er á d a d o x pulos e a lebre ter á
dado 4/3 pulos (de lebre), ou seja, ( 4/3) × (2/3)x = (8/9)x pulos
de cachorr o. Nesse m omen to, a dist ân cia per corr ida pelo cachorro
(medida em termos de pulos) é igua l àquela percorrida pela lebre
mais a dianteira qu e ela levava n o princı́pio. Assim:

8 100
x = 9 x + 3 , donde 9x = 8x + 300 e x = 300.

Port an to, dan do 300 pu los, o cachorr o alcança a lebre.

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138 Temas e Problemas

S o lu ç o˜ e s d o s P r o b le m a s d o C a p ı́ t u l o 2

1 1
1. Note que x + é o d ob r o d a m édi a ari t m ética de x e , lo-
x x
go é maior do que ou igual ao dobro da m édia geom étrica desses
1
n úmeros, que é i gual a 1. Assim , x + 2 para t odo x > 0. A ≥
x
1
igua ldade ocorr e apena s qua ndo x = , ou seja, qua ndo x = 1.
x

2. A soma ax + by é o d o b r o d a m édi a ari t m ética de ax e by,


logo é maior do que ou igual ao dobro da m édia geom étrica des-
ses n úm eros, sendo i gual apenas quando ax = by, caso em que
√ · √
ax + by = 2 ax by = 2 abc. E st e é, portanto, o menor valor
de ax + by quando xy = c. C om o ax = by, cada um destes dois

n úmeros é igua l a abc.

3. Se o comprimento procurado é x m et ros e a profundi dade é


 y m et ros ent ão, como a largura é 1 metr o, o volume do bura co é
1 x  y = 300 m . O custo da ta refa de cavar é 10x + 30y. Tra ta-se,
· · ¿ 

portanto, de minimizar a soma 10x + 30y sabendo que xy = 300.


Pelo exercı́cio an ter ior, o valor mı́nimo é obtido quan do 10x = 30y.
Sendo y = 300/x, isto nos d á 10x = 30 300/x = 9000/x, logo 10x = · ¾ 

9000, x = 30 e y = 300/30 = 10. Logo o bura co deve ter 30 met ros


de compriment o e 10 metr os de pr ofun didade. Seu custo ser á de
600 reais.

4. U m a d a s t or n e ir a s e n ch e o t a n q u e e m x h o r a s e a o u t r a e m
x + 10 horas. E m u m a h ora as dua s t orneiras junt a s enchem 1/12
do t anque, sendo 1/x e 1/(x + 10) r espectivam ent e a s fra ções do
volume do ta nque que representa m a contr ibuiçã o d e ca d a u m a
nesse per ı́odo. Logo
1 1 1
+ = .
x x + 10 12
Eliminan do os den omina dores e simplifican do, tem -se

x − 14 − 120 = 0.
¾ 

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˜  do Capı́tulo 2
Soluçoes 139

A s raı́zes dest a equa çã o s ã o 20 e −6. Com o x n ão pode ser


negativo, deve ser x = 20. Logo, uma das torneiras enche o tanque
em 20 hora s e a outra em 20 + 10 = 30 horas.

5. Seja z o n úmer o de hora s que as duas t orn eira s jun tas levariam
par a encher o tan que. Em u ma hora, a fraç ã o d o t a n q u e q u e a s
1 1 1 1 x+y
duas torneiras juntas enchem é . Logo = + = e da ı́
z z x  y xy
xy
z= . (Note que z é a m et ade da m édia ha rm ônica de x e y.)
x+y

6. Sejam x e y respectivamente o n úm ero de horas necess ári as


para que cada guindast e descarr egue sozinho o na vio. Tem os
xy x(x + 5)
= 6 e y = x + 5, logo = 6 e da ı́ x − 7x − 30 = 0. ¾ 

x+y 2x + 5
As ra ı́zes d est a equ a çã o s ã o 10 e −3, logo x = 10 e y = 15.

7. O primeiro comercian te vendeu x met ros ao pr eço de p reais


por metr o. O segun do vendeu x + 3 metros a q reais cada metro.
Os dados do problema se traduzem por

 px + q(x + 3) = 35, (x + 3) p = 24 e xq = 12,5.


Logo p = 24/(x + 3) e q = 12,5/x. S u b st it u i n do n a p r im e ir a
equ a çã o:

24x 12,5(x + 3) 48x 25(x + 3)


= = 35 ou + = 70.
x+3 x x+3 x

Eliminan do os den omina dores e s implifican do, recaı́mos na equa-


çã o x − 20x + 75 = 0, cujas r aı́zes s ã o x = 5 e x = 15. A m bas as
¾ 

½  ¾ 

r a ı́zes servem, logo o problema admite duas respostas certas.

24/Pri
(5 +m3eira
) = 3respost
reais oa:metr
um odos comro
e o out erci ant es 8vendeu
vendeu metr os5a m12,5/5
et ros =
a
2,50 reais cada met ro.
Segunda resposta: um dos comerciantes vendeu 15 metros a
 4/3 de rea is o metro e o out ro vendeu 18 metr os a 5/6 de real cada
metro.

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140 Temas e Problemas

8. E scre ven do a equ a ção dada sob a form a x = x − m e elevando- √


a a o qua dra do, vemos que ela é equivalent e à s segu in t es condiç ões
simult âneas:

x − ( 2m + 1)x + m = 0,
¾  ¾ 

x ≥ 0, x ≥ m.
O discrimin an te da equa ção do segundo grau acima é ∆ = 4m + 1.
Vam os sepa ra r os valores possı́veis de m em cinco casos:

1 o¯) m < −1/4. E n t ã o ∆ < 0, logo n ã o h á solu çã o.


o
2 ¯ ) m = −1/4. E n t ã o ∆ = 0, a equ a ção do segundo grau acima
t em apenas a ra i z x = 1/4, que cumpr e x 0 e x m, logo a ≥ ≥

equ a çã o m + x = x tem n este caso uma ú n ica solu çã o.
3 o¯) −1/4 < m < 0. E n t ã o ∆ > 0, logo a equ a çã o x − ( 2m + 1)x + ¾ 

m = 0 t e m d u a s r aı́zes, am bas positivas (pois 2m + 1 > 0 e


¾ 

m > 0), amba s m aiores do que m (pois m é negativo), logo,


¾ 


n est e cas o, a equ a çã o m + x = x t em du a s soluç ões.
4 o¯) m = 0. E n t ã o
√s = x te m du a s soluções: x = 0 e x = 1.
5 o¯) m > 0. E n t ã o a equ a çã o x −( 2m+1)+ m = 0 t em duas ra ı́zes
¾  ¾ 

distinta s, amba s positivas, com pr odut o m , logo apen as um a ¾ 

delas é ma ior do que m. Assim, neste caso, m + x = x t em √


u m a ú n ica solu çã o.

Geometricamente, as ra ı́zes x da equ a çã o m + x = x s ão os



pont os de int er seç ão da sem i-par ábola deitada y = m + x, x 0,
√ ≥
com a ret a y = x, bi sset ri z do pri m ei ro e t ercei ro quadrant es.
A Figur a 54 ilust ra as possibilidades, conform e os valores de m.

9. O professor comprou x livros e cada um custou 180/x reais.


Segundo o enu nciado, tem-se

180 = 180 − 3.
x+3 x

Elimin an do os den omina dores e sim plifican do obtem os a equ aç ã o


x + 3x − 180 = 0, cuj as ra ı́zes s ã o 12 e −15. Logo o professor
¾ 

comprou 12 livros a 15 reais cada um.

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˜  do Capı́tulo 2
Soluçoes 141

Y  Y 
 y = x  y = x
 y = m +  x
 y = m +  x

1
4
 X   X 
1
- 1 1
4 - 4 4

(a) m < - ¼ (b) m = - ¼

Y  Y 
 y = x  y = x

 y =  x
 y = m +  x 1

 X   X 
1
- 14 (c) -¼ <m <0 (d) m = 0

 y = x

 y = m +  x

 X 

(e) m > 0

Fi g ur a 5 4

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142 Temas e Problemas

10. O n úmero de diagonais de um polı́gono convexo de n lados é


igu a l a n(n − 3)/2. I gu a la n do-o a 405, obtemos a equaçã o
n − 3n − 810 = 0, cuja única raiz positiva é n = 30. P or t a n t o
¾ 

o polı́gono tem 30 lados.

11. O n úmer o de jogos nu m cam peona to disputado por n clubes


em dois turnos é n(n − 1). Logo n − n = 306. Resolvendo esta ¾ 

equ a ção, encontramos a ún ica ra iz positiva n = 18.

12. E r a m x am i gos. Se t odos pagassem , a cot a de cada um se-

ia 342/x
rpassou reai342/
a ser s. C(om
x −o 33) nreais.
ão paga ra m,do
Segun a cont
o enuribuição individual
nciado do proble-
ma, tem-se 342/(x − 3) = (342/x) + 19. Eliminan do os denomina-
dores e simplificando, vemos que x é a ra iz positiva da equa çã o
x − 3x − 54 = 0, logo x = 9. E ram port a nt o 9 a m i gos, que deve-
¾ 

ri am pagar 342/9 = 38 reais cada m as, no final, os 6 que pagar am


contribu íram com 342/6 = 57 = 38 + 19 reais cada um.

 
13. Seja x a pr ofun dida de do poço. O t empo de qued a é t = 2x/g
e o tem po que leva o som pa ra ir do fun do do poço à altur a do solo

é t = x/v. Logo t = t + t nos d á  

   
t= 2x/g + x/v, 2x/g = t − x/v ( ) ∗
Elevando ( ) ao quadrado, obtemos

2x 2tx x ¾ 

2v v gt ¾  ¾ 

=t −
¾ 

+ , ou x −
¾ 

(gt + v)x + = 0.
g  v  v ¾ 

g g

Resolven do est a equ a ção do segundo gra u, encontr amos as ra ı́zes:


v   
x= gt + v ±  v( v + 2gt) .
g

E s t a s r aı́zes s ão ambas positivas, pois é claro que (gt + v) = ¾ 

(gt) + 2vgt + v > 2vgt + v = v( v + 2gt).


¾  ¾  ¾ 

M a s a úni ca rai z adequada para o probl em a é a que corres-


ponde ao sinal − an tes do radical. Com efeito, se tom ássemos o
sinal + t er ı́amos x > vt, o que é absurdo pois x = vt < vt. 

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˜  do Capı́tulo 2
Soluçoes 143

14. Seja x a velocidade das á g u a s d o r i o e m k m p or h or a . N o


movimento uniforme, tem-se tempo = es pa ço/velocida de. Logo,
soma nd o o tem po de ida com o de volta r esu lta a equa çã o
12 8
+ = 2, ou s eja , x − 2x − 24 = 0.
¾ 

12 + x 12 − x
A ún ica ra iz positiva dest a equ açã o é x = 6. Port an to a velocidade
do rio é de 6 km por hora. O remador levou 40 minutos para ir e
1 hora e 20 minutos para voltar.

15.
sem elha nça , xvale
Sejam y a= by/4
a a l(t5u r−a xe)/5 a s e. d o t r i ângul
(Faça o i nvert
a figur i do. yPor
a!) Logo =
 4
(5 − x). Segue-se que a á r e a d o t r i ângulo invertido, inscrito no
5
m a ior, em fun ção da sua a l t ura, é expressa p or xy/2 = 2x −( 1/5)x . ¾ 

Seu valor m áximo é atingido quando x = 5/2. O t r iân gulo ma ior,


cuja área é 10 m , fica assi m decom post o em 4 t ri ângulos con-
¾ 

gruent es, de á r e a i g u a l a (5/2) m , u m d o s q u a i s é o t r i ângulo


¾ 

invertido inscrito.

16. Se α e β s ão as r aı́zes da equ a çã o ax +bx+c = 0 en t ã o a fu n çã o


¾ 

quadr ática f(x) = ax + bx + c atinge, par a x = −b/2a = (α + β)/2,


¾ 

seu valor m áximo se a < 0 ou seu valor mı́nimo se a > 0. Port an t o


f(x) = 2(x − 2)(x + 3) é m ı́nimo para x = (2 − 3)/2 = −1/2. E s s e
m ı́nimo é f(−1/2) = −25/2. Ana logamente, g(x) = 3(2 − x)(5 + x)
assum e seu valor m áximo quan do x = (1 − 5)/2 = −3/2. E sse valor
é g(−3/2) = 147/4.

17. O n ovo ret ân gulo tem base b − x e al t ura a + x, logo su a á r e a


é f(x) = (a + x)(b − x). As ra ı́zes da equ a çã o f(x) = 0 s ã o −a
e b. O coeficiente de x em f(x) é −1. Logo a fun ção quadr ática
¾ 

f(x) assum e seu valor m áximo quando x = (b − a)/2. N ot e que,


− +
par a este valor de x, o ret ân gulo de
realidade, o quadr ado de lado (a + b)/2. base b x e al t ura a x é, na
Outro modo de resolver este problema consiste em observar
que, para todo x com 0 ≤ ≤
x b, o per ı́metro do ret ân gulo de base
− +
b x e al t ura a x é constante, logo sua área é m áxima qua ndo ele
é um quadrado, ou seja, quando b−x = a+x, o que d á x = (b−a)/2.

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144 Temas e Problemas

18. As diagona is do losango s ã o x e 8 − x logo a área do m esm o é


 1 
x(8 − x)/2 = x  4 − x e seu valor m áximo é obtido par a x = 4.
2
E n t ão as duas di agonai s s ão iguais e o losango é u m q u a dr a d o

cujo lado m ede 2 2.

19. Se x é o menor dos dois n úmeros ent ã o x + 8 é o out ro e seu


produto f(x) = x(x + 8) assum e o valor m ı́nimo f(− 4) = −16, logo
os valores possı́veis desse produto formam o intervalo [−16, +∞).
N ã o h á valor m áximo.

20. O enunciado do problema já indica que, se escrev êssemos a


fu n ção na form a f(x) = ax + bx + c, t e r ı́amos a > 0, logo seu
¾ 

gr áfico é u m a p a r ábola com a concavidade voltada para cima. É


ma is convenient e, por ém, escrever f(x) = (x − m) + k. Para t odo ¾ 

 y ≥
k, queremos achar x m t a l q u e (x − m) + k = y, ou seja,
≥ ¾ 

(x − m) = y − k. D ev e s er e n t ã o x − m =
¾ 

 y − k, logo x = ±√
m ± √√
 y − k. Como se deseja x m, a solu ção adequada é x =

m +  y − k. Porta nt o, a fun ção inversa f : [k, +∞) → [m, +∞)
√ ¹  ½ 

é dada por f ( y) = m +  y − k, onde m = −b/2a e k = f(m).


¹  ½ 

N o caso part i cul ar em que f(x) = x − 6x + 10, tem-se m = 3, ¾ 

k = f(3) = 1 e a in ver sa da fun çã o f : [3, +∞) → [1, +∞) é dada por

f ( y) = 3 +  y − 1.
¹  ½ 

21. P a r a fi x a r a s i d éias, suponhamos a b. E n t ão deve-se ter



0 x ≤ ≤ a b. A área do paral el ogram o é i gual à área ab

do ret ângul o m enos a som a das á r e a s d e 4 t r i ângulos, logo é ex-
pressa por f(x) = ab − (a − x)(b − x) − x = x(a + b − 2x), com ¾ 

0 x ≤ ≤ a b. As r aı́zes da equ a çã o f(x) = 0 s ã o x = 0 e



x = (a + b)/2. Logo a fun çã o f assume seu valor m áximo no pon-
t o x = m, onde m = (a + b)/4. Se t iverm os b 3a en t ão ser á ≤
=
m ≤
b > 3a en t ã o a m
a e x ser
fu n çãáo fa assu
solu me
ção seu
do valor
problema. Se,no
m áximo entreta
pont onto,
m >for
a.
O gr áfico de f é u m a p a r ábola com a concavidade para baixo, que
cort a o eixo OX nos pont os de abscissas 0 e (a + b)/2 (esboce-o!).
Como seu m áximo é a tingido no ponto m, que est á à direita de a,
a fu n çã o é crescente no intervalo [0, a ] porta nt o o m áximo de f(x)

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˜  do Capı́tulo 2
Soluçoes 145

para 0 x a é f(a). N est e caso (b > 3a), a resposta é x = a.


≤ ≤
(Desenhe o paralelogramo obtido quando x = a.)

22. a) Os n úmeros x que s ão pelo menos 16% ma iores do que seus
quadrados s ã o a s solu ções d a ine qu a çã o x x + 0,16x ou seja ≥ ¾  ¾ 

1,16x − x ¾ 

0. A s r a ı́zes da equ a çã o 1,16x − x = 0 s ã o x = 0 e


≤ ¾ 

x = 0,862. Portan to os n úmer os pr ocur ados s ão todos aqueles que


cum pr em a con diç ã o 0 x 0,862. ≤ ≤
b) Os n úmeros x que s ão, no m áximo, 22% menores do que o
qu a dr a do d e su a s m et a des s ão as soluções da inequa çã o
¾  ¾  ¾ 

x (x/2) + 0,22(x/2) , ou seja, 1,22 x − 4x


≤ 0. P or t a n t o a · ≥
resposta é x 0 ou x  4/1,22 = 3,278, ou seja, todos os n úmeros,
≤ ≥
exceto os n úm eros positivos m enores do que 3,278.
x x x
c) Pedem-se os n úmeros x t ai s que = + 0,3 , ou seja,
2 5 5
x − 1,04x = 0. Logo os n úmer os pr ocur ados s ã o x = 0 e x = 0,961.
¾ 

23. Seja m/n racional. Se fosse p(m/n) + q(m/n)+ r = 0 t er ı́amos ¾ 

 pm + qmn + rn = 0. Podemos su por m/n irredut ı́vel, digamos


¾  ¾ 

m p a r e n ı́m par. C om o o produt o de um i nt eiro par por qual -


quer outr o inteiro é ainda par, pm e qmn s ão pa res, logo a soma ¾ 

 pm + qmn é par. Por outr o lado r e n s ã o ı́ m pares port an t o rn


¾  ¾  ¾ 

é ı́ m par. E n t ã o ( pm + qmn) + rn , som a de um n úmer o par com


¾  ¾ 

u m n ú m e r o ı́mpar, é ı́mpar, conseq üent em ent e = 0. Con t r a diç ã o. 


Se fosse m ı́ m par e n par, o argumento seria an álogo: a primeira
parcela da soma pm + qmn + rn seria ı́m p a r e a s d u a s ou t r a s
¾  ¾ 

par es, logo a soma n ão poderia ser igual a zero.

24. A t rabal hou um t ot al de x + 3 horas e B, x horas. O n ú m e r o


de laudas que A digitou por hora foi 120/x enquant o que B digitou
252/(x + 3) laudas em cada h ora . O total de laudas digitado por A
foi 120(x + 3)/x e, o de B, 252x/(x + 3). Logo

120(x + 3) 252x
+ = 354.
x x+3
Eliminan do os den omina dores e simplifican do:

x − 19x + 60 = 0.
¾ 

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146 Temas e Problemas

Portanto, devemos ter x = 15 ou x = 4. Ambas as possibilida-


des s ã o válidas: o problema admite du as r espostas.
Se tomarm os x = 15, isto significa que A tra balhou um t ota l de
18 horas, digitando 120/15 = 8 l audas por h ora enquant o B t r a b a -
lhou du ra nte 15 hora s, digitan do 252/18 = 14 laudas por h ora . Ao
todo, A digitou 144 laudas e B digitou 210.
Se t om arm os x = 4, isto significa que A t r a b a lh ou d u r a n t e
7 horas, fazendo 120/4 = 30 laudas por hora e B t ra balhou duran t e
4 horas, completando 252/7 = 36 laudas por hora.
(D o pont o de vist a m at em át i co, am bas as respost as s ão cor-
r e ta s . N a p r át i ca, a pri m ei ra respost a requer habi l i dade m as é
possı́vel, enquan to a segun da é a lt am ent e i m plaus ı́vel.)

25. Tomemos o vinh o cont ido inicialment e no t onel como u nidad e


de volume. Seja x o volume de água introduzida no tonel (igual
ao volume do lı́quido retirado) cada vez. Ent ã o 0 x 1. Ap ós a ≤ ≤
pr imeir a oper a ção, o tonel continha um volume x de água, a qual
adm itiremos que se mistur ou imediat am ent e com o vinh o form an -
do um lı́quido homog êneo. Assim, o volume x do lı́quido retira do
no in ı́cio da segun da opera ção cont é m u m a p a r t e d e á g u a q u e é
proporcional à água contida no tonel inteiro, logo s ã o r e t ir a d a s
x unidades de água, r estan do no tonel um lı́quido contendo x − x
¾  ¾ 

unidades de águ a. A segun da opera ção se completa acrescenta n-


do mais x unidades de águ a. A encerra r-se a a ção, o tonel cont ém
port ant o 2x − x uni dades de água. O enun ciado o problema diz
¾ 

que este é a m et ade do t ot al . Port an t o 2x − x = 1/2. Resolvendo


√ ¾ 

es t a equ a ção, obtemos x = 1 2/2. Como deve ser 0


√ ± x 1, ≤ ≤
segue-se que x = 1 − 2/2 = 0,293. Port an to, em cada opera çã o a
água colocada no tonel corr esponde a proxima dam ent e a 3 d écimos
do seu cont e údo.

26. Seja f(x) = ax + bx + c a fu n ção procur ada. Os dados f(1) = 2,


¾ 

f(2) = 5 e f(3) = 4 significam que

a+ b+c = 2
 4a + 2b + c = 5
9a + 3b + c = 4

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˜  do Capı́tulo 2
Soluçoes 147

Resolvendo este sistema, encontr amos a = −2, b = 9 e c = −5,


logo f(x) = −2x + 9x − 5. ¾ 

27. De f(1) = f(3) resul t a que m = (3 + 1)/2 = 2. Como o gr áfico


de f tangencia o eixo OX, vemos que k = 0, logo a fu n ção procur ada
é f(x) = a(x − 2) . A in form a çã o f(3) = 2 nos d á ent ã o a = 2 e ent ã o
¾ 

f(x) = 2(x − 2) = 2x − 8x + 8.
¾  ¾ 

S o lu ç a˜ o d o p r o b l e m a d o r e s t a u r a n t e a q u i l o

Se o quilo de comida pas sar de 12 p a r a 12 + x reai s, o rest auran t e


perder á 10x clientes e deixar á de vender 5x quilos de comida. A
venda di ári a passar á a ser 100 − 5x quilos e a receita ser á de

(100 − 5x)(12 + x) = −5x + 40x + 1200 reais. ¾ 

O m á x im o d es s a fu n çã o qu adr ática é a t in gid o qu a nd o


x = (− 40) (−10) = 4. Port an t o, o preço que dar á a m a i o r
÷
receit a ao rest aura nt e ser á de 12 + 4 = 16 reais o quilo.

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148 Temas e Problemas

S o lu ç o˜ e s d o s P r o b le m a s d o C a p ı́ t u l o 3

1. A cada perı́odo de 5 a n os, a popu laç ão da cidade é m ultiplicada


por 1,02. Logo, em 20 anos, ela é multiplicada por 1,02 = 1,0824.  

Assim, o crescimen to estima do é de 0,0824, ou seja, 8,24%.


E st á i m plı́cito n o enu nciado do pr oblema, que a populaçã o é
multiplicada por uma constante em qualquer intervalo de tempo
de du r a ção fixa (n ão n ecessar iamen te com a dur aç ão de 5 anos).
E s t e é um modelo adequado para crescimento populacional, pois

tr ad uz o fat o de que o au men to da popu laç ão, em um cert o inter va-


lo de tem po, é proporcional à pop u la ção n o inı́cio deste intervalo.
Em conseq ü ên cia, a popu laç ã o p(t) n o i n s t a n t e t é expressa
por u ma fun ção do tipo exponencial p(t) = ba , onde b = p(0) é Ø 

a pop u la ção no insta nte inicial. O valor de a pode ser calculado


usa ndo o fat o de que, em 5 an os, h á um crescimento de 2%. Temos
 p(5) =  p(0) a =  p(0) 1,02. Portan to, a = 1,02 e p(t) =  p(0)
½ 

×  

×  

×
1,02 . L ogo, o cresci m ent o r elat i vo em um perı́odo d e du r a çã o
Ø 

 

t anos é

 p(t) − p(0) p(0) × 1,02 − p(0)


Ø 

 

= = 1,02 − 1.
Ø 

 

 p(0)  p(0)

2. O n úm ero de bact é r ia s n o i n s t a n t e t é da form a f(t) = ba . Ø 

Como f(0) = 1000, temos b = 1000. Com o f(1) = 1500, temos


1500 = 1000 · a e, da ı́, a =½ 

= . Logo, f(t) = 1000 ·


½

½

¼
¼

¼
¼

¼
. Assim,
 

 
¿ 

¾ 

¿ 

¾ 
Ø 

5 horas a p ós o in ı́cio do experim ent o, o n úmer o de bact érias ser á

f(5) = 1000
·  ≈ 3
 

7594 bact érias.


2

3. A lei do resfriam ent o est abelece que a diferen ça T  − 20 e n t r e


as tempera tur as da peça e do am biente varia, ao longo do tem-
po, com um a ta xa de va riaç ã o q u e é proporcional ao seu valor.
Isto significa que T  − 20 é dada por uma fun ção do tipo expo-
nencial do tempo. Ou seja, T  − 20 = ba ou, equivalentemen te, Ø 

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˜  do Capı́tulo 3
Soluçoes 149

T  = 20 + ba . Para calcular a e b, usamos as temperaturas obser-


Ø 

vadas nos i nst ant es t = 0 e t = 10 (estamos escolhendo medir o


temp o em minu tos). Temos
20 + ba = 120, de onde obtemos b = 100 e ¼ 

20 + 100a = 80, de onde obtemos a = = 0,6 e, da ı́, a =


½ ¼  ½ ¼ 

½

¼
¼ 

¼ 

0,6 .
½ 

½ ¼ 

O u sej a, a t em perat ura T  ao longo do t empo é dada por T  =


20 + 100 · 0,6 . Ap ós 1 hora (ou sej a, para t = 60 minutos), a
Ø 

½ ¼ 

t em perat ura ser á


 ¼ 

 

T (60) = 20 + 100 × 0,6 = 20 + 100 × 0,6 ≈ 24,7.


½ ¼ 

O gr áfico da temp era tu ra ao longo do tem po est á na Figura 55.

120

80

20

Fi g ur a 5 5

4. A m assa de m a t éria radioativa é dada por m(t) = m · a , onde ¼ 


Ø 

m é a massa no insta nte inicial. Como a m eia-vida é 5500 anos,


¼ 

½  ½ 
  ¼ ¼     ¼ ¼  

temos m(5500) = m = m . Logo, a = e, portan to, ·a ·


¼  ¼ 

¾  ¾ 

½ 

a=

. Assim, a ma ssa de ma terial ra dioativo que resta ap ós
½ 

¾ 
  ¼ ¼  

10000 anos é
½ ¼ ¼ ¼ ¼  

m(10000) = m ·a ½ ¼ ¼ ¼ ¼  

=m
· 
1   ¼ ¼  

=m · 0,284.
2
¼  ¼  ¼ 

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150 Temas e Problemas

Logo, r esta m 28,4% do mat erial r adioativo original.

5. A m a s s a n o in s t a n t e t é m(t) = m · a . C om o m(1) = 0,8m , ¼ 


Ø 

¼ 

temos m · a = 0,8m e, portanto, a = 0,8. A meia-vida é o tempo


¼ 
½ 

¼ 

e m q u e a m a s s a s e r e d u z à m e t a d e . É obtida, portanto, resol-


ven do a equ a çã o m · 0,8 = m · , ou seja, 0,8 = 0,5. Assim ,
¼ 
Ø 

¼ 
½ 

¾ 
Ø 

t log 0,8 = log 0,5 e, daı́, t = log log


. Usa ndo, por exemplo, logarit- ¼

¼


 

 

mos na base 10, tem-se


−0,30103
t= = 3,10628 anos.
−0,09691

6. Segun do a lei de r esfriam ent o, a diferença T  − 20 e n t r e a t e m -


perat ura do corpo e a t em perat ura do am bient e é d a d a p or u m a
fu n ção do tipo exponencial. Assim, T  − 20 = b · a , ou seja, T  = Ø 

20 + b · a . Ø 

Adotando t = 0 como o insta nt e em que a tem pera tu ra do corpo


foi tomada pela primeira vez e medindo o tempo em horas, temos
T (0) = 34,8 e T (1) = 34,1.
Assim, temos 20 + b · a = 34,8, o que nos fornece b = 14,8. E m ¼ 

seguida, 20 + 14,8 a = 34,1, de onde tira mos a = . Portanto,


½ 
½

½



½


 

temos T  = 20 + 14,8 . · ·  Ø 

½   ½  

½     

P a r a e n con t r a r o i n s t a n t e d a m or t e , d ev em os d et e r m in a r t
de m odo que T  = 36,5. Ou seja, devemos resolver 36,5 = 20 +
14,8
 ½

½
. Temos



½


 

 
Ø 

16,5 = 14,8 ×
  14,1
Ø 

14,8
14,116,5
=
  Ø 

14,814,8
14,1
log 16,5 = t log 14,8
Empr egan do logaritmos na base e, temos 0,10873 = −0,04845t, de
onde obtemos t = −2,24.
O si nal negat ivo indi ca que o inst an t e em que a t em perat ura
do corpo er a de 36,5 é a nt erior ao moment o da pr imeira mediçã o.

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˜  do Capı́tulo 3
Soluçoes 151

Assim, a morte ocorreu aproximadamente 2,24 horas, ou seja, 2


horas e 14 m inut os ant es das 23:30. Ist o é, o hor ário estimado
para a m ort e é 21:16.

7. É necess ári o, ant es de m ai s nada, i nt erpret ar corret am ent e


a s in for m a ções forn ecidas. A taxa de 10% ao m ês n ão implica em
que, ao longo de um m ês, 10% da água se evapore. O valor d ado se
refere à t a xa in s t a n t â ne a d e eva pora ção. Ou seja, se a água con-
tinuasse a se evaporar a uma taxa constante e igual à do inst ant e
inicial, 10% da água se evapora ria em um m ês. No entan to, a ta xa

de evantpor
porta a çã o é proporcional
o, decrescent e a o longoà do
quan
temt ipo.
dade de água existente e é,
Como a ta xa de evaporaçã o é proporcional à q u a n t i d a d e d e
água no reservat ório, est a é da da por u ma fun ção do tipo exponen -
cial. É conven ient e expres sa r es ta funç ão na forma q(t) = q e , ¼ 
·  Ø 

onde q é a quant i dade i ni ci al de á g u a n o r e s er v a t ório e k é a


¼ 

consta nte de proporciona lidade entr e a taxa de evaporaçã o e a


quant i dade de água. O dado do problem a é que est a const ant e
de proporcionalidade (logo o valor de k) é igual a 10% = 0,1 (com
o temp o medido em meses). A lei de var iaç ão da quant i dade de
água é, assim, q(t) = q e . ¼ 
¹  ¼  ½ Ø  

Para achar o tempo necess ár io par a que a água se reduza à 1/3
·
de su a qua nt idade inicial, devemos r esolver a equa çã o

q ¼ 
·e ¹  ¼  ½ Ø  

=q ¼ 
· 13 .
Temos −0,1t = log = −1,09861. Logo, t = 10,9861, o que indica
 
½ 

¿ 

que a quan t i dade de água se reduz a 1/3 de seu valor em aproxi-


m adam ent e 11 m eses.

8. N o probl em a 4, est abel ecem os que a m assa de C ½  

ao longo
Ø 

do tempo é dada por m(t) = m ¼ 


½ 

¾ 
  ¼ ¼  

. Se a radi oat i vidade da


amostra hoje é 0,45 da observada em uma amostra viva do mesmo · 
m at eri al , t em os que o t em po t decorr ido entre a época em que o
material estava vivo e os dias de hoje satisfaz
Ø 

m
·  1   ¼ ¼  

=m · 0,145.
2
¼  ¼ 

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152 Temas e Problemas

Ø 

Logo,

= 0,145, ou seja,
½ 

¾ 

log ¼ ¼  

 
Ø 

¼ ¼  
½ 

¾ 
= log 0,145.
Utilizando logaritmos na base e:

t
5500
· (−0,69315) = −1,93102
Portanto, t 15322. Logo, as pinturas foram feitas aproximada- ≈
mente 15000 anos atr á s.

9. A lei de va r ia ção da qua ntidade de dr oga pode ser expressa n a


forma q(t) = q e , onde q é a quan tidade inicial da droga (20 ¼ 
¹   Ø 

¼ 

mg) e k é a r a z ão
· en tr e a ta xa de eliminaç ã o e a q u a n t id a d e d e
droga. N este caso,

5 mg/hora
k= = 0,25 hora
20 m g

(note a unidade apropriada para k). Assim q(t) = 20 e · ¹  ¼  ¾  Ø

.
 

Para calcular a meia-vida t, r esolvemos a equ a çã o

1
20 · e ¹  ¼  ¾  Ø  

= 20 ·
2

Temos:
e¹  ¼  ¾  Ø  

= 0,5
−0,25t = log 0,5  

log 0,5
t= = 2,772 ≈ 2 horas e 46 minutos.  

log 0,25  

10. E m pregar um a escal a l ogar ı́tmica para o eixo Y  equivale a


represent ar, para cada val or de x, o p ar (x, log f(x)) n o p la n o ½ ¼ 

cart esian o. Logo, o gr áfico ser á u ma r eta s e e somente se os pont os


(x, log f(x)) es t ão sobre um a ret a. Ist o ocorre se e s ó se existem
½ ¼ 

constantes a e b tais que log f(x) = ax + b, ou seja, ½ ¼ 

f(x) = 10 = 10 · (10 ) =B·A ,


Ü 

 Ü  ·        Ü 

onde B = 10 e A = 10 .    

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˜  do Capı́tulo 3
Soluçoes 153

Na parte b), temos log 0y = ax + b, onde os valores de a e b ½ 

podem ser encontrados com o auxı́lio de dois pontos do gr áfico.


P a r a x = 0, tem os y = 10 e, par a x = 4, tem os y = 1000. Logo

log ½ ¼ 
10 = 1 = a · 0 + b
log ½ ¼ 
1000 = 3 = a ·  4 + b

Resolvendo o sistema , encont ra mos b = 1 e a = . Logo, log ½ 

½ ¼ 
y=
½ 

¾ 
x + 1, ou seja, y = 10 ¾ 
½ 

Ü  ·  ½ 

= 10 ·
√ 
10
Ü 

.
¾ 

11. N a solu ção do problema 1, vimos que, a o discret izar o fen ômeno
segun do inter valos de d ur aç ã o ∆t, obtemos:

− v∆t
c(t + ∆t) − c(t) = c(t) · .
V  + v∆t
Logo,
c(t + ∆t) − c(t)  v
= −c(t) · .
∆t V  + v∆t
Port a nt o, a t axa i nst ant â ne a de va r iaç ão obtida t oma ndo o limite
quando ∆t → 0 da express ão a cima é igua l a −c(t) · . Π
Ú 

J á n o pr oblema 6, vimos que a ta xa d e var iação da quant i dade


de cloro no instante inicial é igual a -105 g/hora . Logo, − c(0) = Π
Ú 

−105. Como V  = 100 m e c(0) = 1000 g, temos − 1000 = −105 ¿ 

½
Ú 

¼ ¼ 
·
e, portanto, v = = 10,5 m /hora.
½ ¼

½
¼ 

¼
×

¼
½

¼
¼

 
 

¿ 

12. a) No insta nte 0, é ingerida uma quantidade q. Im edi at am en-


t e an t es do i nst ant e h , a quan t i dade se reduz a q/2. É , ent ão, in-
gerida uma nova quantidade igual a q, elevan do a qua ntidade de
droga para + q = . Ao longo do pr óximo per ı́odo de du r a çã o h ,
Õ 

¾ 
¿

¾ 
Õ 

Ø 

a quan tidade de dr oga decai segun do a lei q(t) = , onde t ¿

¾ 
Õ 

· ½ 

¾ 
 

é o tempo decorr ido a par tir do instan te h . Logo, a quan tidade de
droga existente no instan te = h + é = (2). ¿

¾ 
   

¾ 
¿

¾ 
Õ 

·
    
½ 

¾ 

  
 ¾ 

¾ 
Õ 

b) B ast a anal i sar o que ocorre i m edi at am ent e depoi s da i n-


gest ão de cada dose da droga. Entre estes instantes a quantidade
de droga decai à met ade d e seu valor segund o uma função do tipo
exponencial.

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154 Temas e Problemas

Seja q(n) a quan tidade de droga imediata ment e ap ós o instan-


t e nh . Tem os q(0) = q e q(n + 1) = q(n) + q, p a r a t o d o q · ½ 

¾ 

(observe que, entre os instantes nh  e (n + 1)h  a q u a n t i d a d e d e


droga se reduz à m et ade, m as é acrescida de uma nova dose igual
a q).
Assim:
1
q(1) = q · +q
2
1 1 1 1
q(2) = q +q=q +q +q
2 2 ·  4 ·2
etc.
 · ·
É s imp les pr ovar, por in du ção, que
 1 1
 1−
½ 
Ò  ·  ½ 
  
1
Ò  ·  ½ 

q(n) = q + +···+1 = q· ¾ 

= 2q 1 − .
2 Ò 

2 Ò  ¹  ½ 

1− ½ 

¾ 
2

O valor limite, quan do n → ∞, da quant i dade q(n) de droga


no organ ismo logo ap ós s u a in jeçã o é, port ant o igual a 2q.
O gr áfico da Figura 56 mostra o comportamen to da qua ntidade

de dr oga ao longo do tempo.

2q

h 2h 3h 4h 5h

Fi g ur a 5 6

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˜  do Capı́tulo 4
Soluçoes 155

S o lu ç o˜ e s d o s P r o b le m a s d o C a p ı́ t u l o 4

Problema 1

10 14
 A  B x

Fi g ur a 5 7

Seja h  a al t ura do P ã o d e Açú car em r ela ção a o plan o horizon-


t a l d e m ediç ão e seja x a dist ância de B a o p é da altura (Figura 57).
Nos dois tri ângulos ret ân gulos form ados n o plan o vert ical t emos:

h  ◦
= t g 14 = 0,2493
x
h  ◦
= t g 10 = 0,1763
650 + x

Resolvido este sistema, obtemos h  = 391,4.

Problema 2
Aplican do a lei dos sen os n o tri ângulo ABP (Figura 58) temos:

1 x 0,7880
= donde x= = 5,04.
sen 9 sen 52
◦ ◦
0,1564

Problema 3
É f ácil calcular os s eguintes ân gulos (Figur a 59):

◦ ◦
AXB = 18
  
e AYB = 6
  

Aplican do a lei dos s enos no tr iângulo XAB temos:

XA 1
= ,
sen 46◦
sen 18 ◦

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156 Temas e Problemas

 x

 A
119

1
52

 B
Fi g ur a 5 8

 X 
18

62 74
54 46
 A B
Fi g ur a 5 9

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˜  do Capı́tulo 4
Soluçoes 157

o que fornece XA = 1,328. Sendo ABY  = 120 , novam ent e a lei dos   

senos fornece:
YA 1
= ,
sen 120 sen 6 ◦ ◦

o q u e d á YA = 8,285. N o t r iângulo AXY  usamos agora a lei dos


cossenos:

XY  = XA + YA − 2 · XA · YA · cos (XAY )


¾  ¾  ¾ 

  

e os cálculos indicam XY  = 7,48.

Problema 4
plano horizontal

horizonte

 R α
 R

Fi g ur a 6 0

Observando a Figura 60, vemos que o ângulo α ent re a hori -


zontal e a linha de visada ao horizonte, aparece tamb ém no centr o
da Terra. Daı́,
R
cos α =
h + R
e, portanto,
h cos α
R= .
1 − cos α
P a r a h  = 0,703 k m e α = 0,85 encontra-se R = 6633 km . ◦

O r a i o m édio da Terra é de cerca de 6 370 km . O resul t ado


encontrado é bast ant e razoável.

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158 Temas e Problemas

Problema 5

 A

O S

Fi g ur a 6 1


360
Se α = en t ão o comprimento da circunfer ência da Terra
50
é 50 vezes o compr iment o do arco SA, ou seja 250 000 est ádios ou
40250
40 250 km. Daı́, R = = 6409 km, um resultado mu ito bom.
2π 
Problema 6
1) Os compr iment os de AC e BC s ão p roporciona is respectiva-
ment e a 8 e 9 (Figur a 62). Daı́, pela lei dos senos,

9k 8k
=
sen 110 sen θ

Encontramos sen θ = 0,835 e como θ é u m ân gulo agudo, tem-se


θ = 56,6 . ◦

2) Veja a Figura 63.

8,1 8 ◦
= ⇒ θ = 68,14
sen 110 sen θ

Logo, ACB = 1,86 .


  

BC 50
= ⇒ BC = 1448 m .
sen 110 sen 1,86
◦ ◦

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˜  do Capı́tulo 4
Soluçoes 159

r  A 8k  C 

110

9k 
θ

 B
Fi g ur a 6 2

 A 8k  C 

110

50
8,1k 
θ

 B
Fi g ur a 6 3

Problema 7
Como a velocida de d e A é 15% ma ior qu e a de B, ent ão os lados
BC e AC do tr i ân gulo s ão respectivament e pr oporciona is a 1 e 1,15
(Figura 64). Daı́,

1 1,15
= ⇒ sen θ = 0,99593.
sen 60 sen θ ◦

Mas, isto fornece θ = 84,8 ou θ = 180 − 84,8 = 95,2 .


◦ ◦ ◦ ◦

Po r que h á d u a s r e s p o s t a s ?
Im agin e a segu int e situ aç ão. Os v értices A e B do tr i ângulo ABC
s ão fixos e a ra zão entr e os lados CA e CB é const an te (Figur a 65).
Vam os mostr ar que nes ta s condições o lugar geom étrico de C é
uma circunfer ência.

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160 Temas e Problemas

1,15k 
 A C 

60

 B
Fi g ur a 6 4

 A B
CA
Fi g ur a 6 5 . CB
= r, constante. Qual é o lugar geom étr ico do v értice C ?

Dividamos o segmento AB harm oni cam ent e na raz ã o r. I st o


significa encontrar os pontos M e N d a r e t a AB, um i nt eri or ao
segmento AB e outr o exter ior, ta is que

MA NA
= = r.
MB NB

Como MA = CA , ent ã o CM é bissetriz do ân gulo interno C do


MB CB
t r i ângulo ABC (recorde o teorema da s bissetrizes e sua recı́proca).
NA CA
Como = , ent ã o CN é bissetriz do ângulo extern o C do
NB CB
t r i ângulo ABC (Figura 66).

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˜  do Capı́tulo 4
Soluçoes 161


β
α β
α

 A  M  B N 

Fi g ur a 6 6

Ora , os pont os M e N s ão fixos e o ângulo MCN é reto. Logo, C


es t á s obre a circunfer ência de di â m e t r o MN (Figura 67).

 A  M  B N 

Fi g ur a 6 7

Este lugar geom étrico chama-se “circunfer ência de Apol ônio”


do segmento AB n a r a z ã o r.

Voltemos ent ão a o problema .


CA
Se A e B s ão fixos e = 1,15 en t ã o C es t á na circunfer ência
CB
de Apol ônio do segment o AB e nessa ra z ão. Como C es t á n a r e t a r,
en t ã o a solu çã o é a in t er se ção dessas du as figura s.

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162 Temas e Problemas

No n osso problema, h á dois pontos possı́veis para o encontro:


 ◦  ◦
C ou C . Os ângulos calculados foram ABC = 84,8 e ABC = 95,2 .
(Figura 68).

r   A C  C  ’

 B

Fi g ur a 6 8

Problemas suplementares

1. Se a s velocidades forem iguais en t ão os corr edores percorr er ã o


dist âncias iguais. Se α = BAC é agudo ent ã o C é a in t er seç ão da
mediatriz de AB com r. Se α é r eto ou obtu so, n ã o h á solu çã o.

2. N o t ri ângulo ABC, os lados AC e BC s ão r espectivam ente pro-


porciona is a 9 e v. Da ı́, pela lei dos senos,

9 v 9 · sen 50
= don de sen α = ≤ 1.
sen α sen 50 ◦
 v

Da ı́, v ≥ g · sen 50 , ou sej a, v ≥ 6,89m/s. N ot e qu e a m e n or
velocida de de B ocorr e qua ndo o ângulo ABX é ret o.

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˜  do Capı́tulo 4
Soluçoes 163

 A C  x

α

 B
Fi g ur a 6 9

3. Veja a Figura 70. Pela lei dos cossenos,



PQ = 1,2 + 1,8 − 2 · 1, 2 · 1, 8 · cos 27 , donde PQ = 911 m .
¾  ¾  ¾ 

Aplicando a lei dos senos,

1,8 0,911
= ⇒ sen α = 0,897.
sen α sen 27 ◦


Temos ent ã o α = 63,8 e, conseq üent em ent e, β = 89,2 . ◦

4. Veja a Figura 71. Como os ângulos PAB e PBA foram medidos,


encontramos APB = 31,6 . ◦

PA 660
= ⇒ PA = 1231,6
sen 77,9 sen 31,6◦ ◦


h  = PA · t g (CAP) = 1231,6 · t g 29,7 = 702,5 m .
O leitor poder á calcular a m esma a ltura utilizando o tri ângulo
PBC par a verificar a exatidão das m edidas.

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164 Temas e Problemas

 x P
α  y

1,8
1,2

27°


Fi g ur a 7 0

P
 B
660m
 A
Fi g ur a 7 1

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˜  do Capı́tulo 5
Soluçoes 165

S o lu ç o˜ e s d o s P r o b le m a s d o C a p ı́ t u l o 5

1
1. Divida o cubo u nit ár io em d cubinhos de ar esta ¿ 

· O volum e
d
1
de cada um é ·
d ¿ 

a b c
Dividindo as arestas de comprimentos , e respectiva-
d d d
1
m ent e em a, b e c segmentos iguais a e tr açan do pelos pont os
d
de d ivis ão planos par alelos às faces, o bloco ficar á dividido em abc
cubinhos justapostos. O volume do bloco ser á ent ã o

1 a b c
V  = abc · = · · .
d b d d
¿ 

2. Quando multiplicamos apenas uma dimens ão do bloco por um


n ú m e r o n a t u r a l n, o volume fica multiplicado por n, ou sej a, o
novo bloco é formado por n blocos justapostos iguais ao inicial.
Ist o m ost ra que o volum e do bl oco r et angular é proporcional a
˜
qual querV u(x,y,z
Seja m a de) o suas di m ens
volume do oes.
bloco reta ngular cujas ar estas me-
dem x, y e z. Pelo t eorem a fundam ent a l da proporci onal idade
tem-se, para todo n úmero real positivo c,

V (cx,y,z) = V (x,cy,z) = V (x,y,cz) = c · V (x,y,z).

Portanto,

V (x,y,z) = V (x · 1,y,z) = x · V (1,y,z) =


= x · V (1, y · 1, z) = xy · V (1, 1, z) = xy · V (1, 1, z · 1) =
= xyz · V (1, 1, 1) = xyz · 1 = xyz.

3. E st a d efin ição significa que:

a) Par a t odo poliedro retangular P cont ido em S, v(P) ≤ V .

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166 Temas e Problemas

b) Para t odo n úm ero real r < V , é possı́vel encontrar um polie-
dro ret an gular Q, cont ido em S, tal que r < v(Q) ≤ V .

4. A raz ão de sem elhan ça en tr e o brigadeiro gra nde e o pequeno é


R
k= = 2. A raz ão entre os volumes é k = 2 = 8. ¿  ¿ 

R/2

5. A r a z ão de sem elhan ça ent re a est á t u a p eq u en a e a g r a n d e é


10 2
k= = · Su pondo na tu ra lmen te qu e os objetos sejam m aciços,
15 3
a m a s s a é pr oporciona l a o volume. Logo, a ra zão ent re as m assas
8
é igua l à r a z ão dos volumes, ou seja, k = · Temos ent ã o: ¿ 

27
120 8
= ⇒ M = 405g.
M 27

6. Seja P um prisma cuja base est á sobre u m plano horizonta l H.


Sejam A a área da base e h  a a l t u r a d e P (Figura 72).
Sobre o plano horizontal construa um ret ângulo de área A e,
em segui da, um bl oco ret angul ar B, com al t ura h  e t e n d o es t e
r et ân gulo como ba se.
O ra, qual quer plano pa ral elo a H secciona P segundo um po-
lı́gono congru ent e à sua base e secciona B segundo um ret ângulo
congruente à sua base.
C om o as bases dos doi s s ólidos t êm, por cons tr uç ão, m esm a
área, ent ão as ár eas da s du as seções s ão iguais. Concluı́mos en t ã o
pelo Princı́pio de Cava lieri qu e

 v(P) = v(B) = Ah.

  
7. Na Figura 73, o prisma ficou dividido nos tetraedros: A B C A,
    
ACC B , ACC B e ABCC .
V  = V  pois as bases A B C e ABC s ão congruent es e as al -
½  ¿ 
  

   
turas (dist ância de A ao pl ano A B C e dist ância de B ao pl ano
ABC) s ão iguais.

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˜  do Capı́tulo 5
Soluçoes 167

P
 B

h
 A1  A 2

 A  A
 H 

Fi g ur a 7 2 . A1 = A = A2

 A’ C 
’ C 

 B
’  B
’  B ’

 A A C   A C 

 B

V  V 2 V 3
1

Fi g ur a 7 3

V  = V  pois as bases AA C e ACC s ão congruen tes e a a ltura


½  ¾ 
  

  
(dist ân cia de B ao plan o ACC A ) é a m esm a.
Logo, V  = V  = V  . ½  ¾  ¿ 

8. Considere o prisma tr iangular do exercı́cio ant erior. Sen do S a


área do t riângulo ABC e h  a a ltura do prisma, seu volume é Sh .

O volum e da p ir âmide ABCB que tem a mesma ba se do prisma
1
e a m esm a a lt ur a do pri sm a t em vol um e do volume do prisma,
3
1
ou seja, Sh .
3

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168 Temas e Problemas

Uma pir âmide qualquer pode ser dividida em pir âm i des t ri an-
gulares de m esm a al t ura da pi r âmide dada. Basta dividir a base
da pir âm i de em t r i ângulos, como mostra a Figura 74.

s1 s3
s2

Fi g ur a 7 4

Seja S a área da base da pir âmide e h  sua altura. Dividindo a


base em tri ângulos de á r e a s S , . . . , S com S + · · · + S = S, tem os
½  Ò  ½  Ò 

par a o volume da pir âmide qualquer,


1 1 1 1
V  = S h + S j + · · · + S h  = Sh.
3 3 3 3
½  ¾  Ò 

9. Em um cilindr o, qua lquer seção paralela à b a s e é congruen-


t e c om a b a s e. U s a n d o o m es m o a r gu m e n t o d o exe r cı́cio 6 e o
Pri ncı́pio de Cavalieri, concluı́mos que o volume de qualquer ci-
lindro é o produto da área da base pel a al t ura.
Sendo h  a a l t u r a e R o raio da base, o volume ser á πR h . ¾ 

10.
t ruaConsidere
no pl ano H a base
u m t rdoi âncone
gulo sobre umSplano
de área = πR horizontal H. Cons-
e em seguida, uma ¾ 

pir âm i de de al t ura h  com base nest e t ri ân gulo (Figur a 75). Um
plano par alelo a H distando h − x de H corta os dois s ólidos p r odu-
zin do seç ões de á r e a s S e S . C a da se çã o é semelhante à respecti-
½  ¾ 

va base e a raz ã o de s em elh a n ça en t r e a seç ão e a base é x/h .

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˜  do Capı́tulo 5
Soluçoes 169

 x
h S2 S1

S S  H 

Fi g ur a 7 5

Como a r az ão ent re as áreas de figura s sem elhant es é igua l ao


quadrado da ra zão de sem elha nça tem os:

S
 x
¾ 

S
= =
½  ¾ 

S h  S

e portanto S = S . Pelo Pr incı́pio de Cavalieri, o cone e a p ir âmide


½  ¾ 

t êm mesmo volume. O volume do cone é e n t ão a ter ça par te do


produto da área da base pela a l t ura.

11. Considere um cone de raio R e al t ura x (Figur a 76). Um plano


paralelo à base formou um cone menor, semelhant e a o primeiro,
com raio r e a l t u r a y. S eja h  a di st ância entre os dois planos
paralelos.
O volume do tronco de cone é a diferen ça ent re os volumes
desses dois cones, ou seja,

1 1
V  = πR x − ¾ 

πr y ¾ 

π 
3 3
= [R (h  + y) − r y ]
¾  ¾ 

3
π 
= (R h  + R y − r y)
¾  ¾  ¾ 

3
π 
= [R h  + y(R − r )]
¾  ¾  ¾ 

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170 Temas e Problemas

 y

 x r 

 R
Fi g ur a 7 6

R r R−r rh 
m as, = = , ou seja, y = . Logo,
x  y h  R−r
π 
 rh 

V  = R h  + (R − r )¾  ¾  ¾ 

3 R−r
π 
= [R h  + rh (R + r)]
¾ 

3
πh  ¾  ¾ 

= 3 [R + r + Rr ].

12. Os copos comuns de pl ástico que tenho em m ãos possuem as


seguintes dimens ões em cm:
2R 2r h 
6,6 4,8 8,0
4,8 3,4 3,6
Os volumes s ã o:
π − 8
V  = (3,3 + 2,4 + 3,3 · 2,4) = 205,7 cm
½ 
¾  ¾ 


¿ 

π ·33,6
V  = (2,4 + 1,7 + 2,4 · 1,7) = 48 cm
¾  ¾ 


¿ 

3
¾ 

205,7
e a r a z ã o é = 4,3.∼

 48

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˜  do Capı́tulo 6
Soluçoes 171

S o lu ç o˜ e s d o s P r o b le m a s d o C a p ı́ t u l o 6

S e ç a˜ o 1

1. A resposta da primeira quest ão pode ser marcada de 5 modos


diferentes. A da segunda , tamb ém de 5 modos, etc.
A resposta é 5 . ½ ¼ 

2. Para formar um subconjunto você deve pergunt ar a cada ele-


mento do conjunto se ele deseja participar do subconjunto. O pri-
meiro elemento pode r esponder de dois m odos: sim ou n ã o. O
segundo elemento, de dois modos, etc.
A resposta é 2 . Ò 

3. A primeira pessoa pode escolher sua cadeira de 5 modos; a


segun da, de 4; a terceira , de 3.
A resposta é 5 ×  4 × 3 = 60.

4. A primeir a mu lher pode escolher su a posição de 10 modos. A


segunda, de 8 modos. As outras, de 6, de 4 e de 2 modos. O pri-
meiro homem, de 5 m odos. Os dem ais, de 4, de 3, de 2, de 1.
A resposta é 10 × 8 × 6 ×  4 × 2 × 5 ×  4 × 3 × 2 × 1 = 460 800.

5. O tabuleiro de 64 casas possui 4 casas de canto (v értices), 24


casas laterais que n ã o s ã o v értices e 36 casas centr ais. Cada casa
de cant o possui 3 casas adj acent es; cada l at eral possui 5 casas
adjacentes e cada centr al possui 8 casa s adjacentes.
Vam os cont ar separ ada men te os casos qu e ocorr em conform e o
rei negro ocupe u ma casa de canto, lat eral ou centra l.
Se o rei negro ocupar um a casa de cant o, haver á 4 pos ições

pa
do ra o rei n egro
tabuleiro e 60
1 esta r á p osições para
ocupada e as 3o arei branco,
ela pois das
a djacentes n ão 64 casas
poder ã o
ser ocupa das pelo rei bra nco. H aver á port an t o 4 × 60 = 240 modos
de dispor os reis.
Se o rei negro ocupar uma casa lateral que n ão seja de canto,
haver á 24 posições pa r a o rei n egr o e 58 p osições pa ra o rei bran co,

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172 Temas e Problemas

pois das 64 casa s do ta buleiro 1 esta r á ocupada e as 5 a ela adja-


cent es n ão poder ão ser ocupa das pelo rei bra nco. H aver á port an t o
24 × 58 = 1392 modos de dispor os reis.
Se o rei negro ocupar um a casa cent ral , haver á 36 pos ições
pa ra o rei negr o e 55 posições para o rei branco, pois das 64 casas
do tabuleiro 1 esta r á ocupa da e a s 8 a ela a djacentes n ão poder ã o
ser ocupadas pelo rei branco. H averá p o r t a n t o 36 × 55 = 1980
modos de dispor os reis. Port an to, a r esposta é 240 + 1392 + 1980 =
3612.
Se os reis fossem iguais, a resposta seria a metade da resposta
anterior, 1 806.

6. Haver á u m a t or r e e m ca d a lin h a . A t or r e d a p r im e ir a lin h a


pode ser colocada de 8 modos; a da segunda linha, de 7 modos,
pois n ão pode ficar na mesma coluna da ant erior, etc. A resposta
é 8 × 7 × 6 × 5 ×  4 × 3 × 2 × 1 = 40 320.
S e a s t or r e s s ão diferentes, devemos primeira ment e escolher
qual a t orre que ficar á na primeira linha (8 modos) e depois es-
colher onde colocá-la na primeira linha (8 modos). H á 8 × 8 = 64
m odos de col ocar a t orre da pri m ei ra l inha . Anal ogam ent e, h á
7 × 7 = 49 modos de colocar a torre da segunda linha etc. A res-
posta é 64 ×  49 × 36 × 25 × 16 × 9 ×  4 × 1 = 1 625 702 400.

7. Vamos contar separadamente os casos em que a carta de copas


é um r ei e em que a car ta de copas n ã o é um r ei.
Se a pri m ei ra cart a for o rei de copas, a segunda poder á s e r
selecionada de 48 modos.
Se a primeira carta for de copas sem ser o rei, ela poder á ser
seleciona da de 12 m odos e a segunda , de 47 m odos.
A resposta é 1 ×  48 + 12 ×  47 = 612.

8.
to Pa
de ra
A cons
quem tr uir
ele udeseja
ma funflechar
ção, você
emdeve
B. Opergunta
primeiror aelemento
cada elemen-
de A
pode fazer sua escolha de 7 m odos, o segun do element o de A pode
fazer su a escolha de 7 m odos etc. A resposta é 7 × 7 × 7 × 7 = 2401.
Se a fu n ção for injetiva, o primeiro element o de A poder á fazer
sua escolha de 7 m odos, o segun do element o de A poder á fazer sua

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˜  do Capı́tulo 6
Soluçoes 173

escolha de 6 modos (pois n ão poder á escolher o mesmo elemento


selecionado pelo primeiro), etc. A resposta é 7 × 6 × 5 ×  4 = 840.

9. a ) 720 = 2 × 3 × 5. Os divisores positivos de 720 s ão da forma


  ¾ 

a ·3 ·5 , com α ∈  {0, 1, 2, 3, 4}, β ∈  {0, 1, 2} e γ ∈  {0, 1}. H á 5×3×2 =


«  ¬  - 

30 divisor es positivos de 720. Um a decomp osição de 720 em um


produto de dois inteiros positivos, 720 = x ·  y, fica det erm i nada
quan do se escolhe x, que deve ser divisor de 720. H á, port an t o,
30 de comp osiç ões: 1 × 720, 2 × 360, 3 × 120,...,720 × 1. C om o
o enu nciado ma nda consider ar igua is a s decomposições 1 × 720 e
720 × 1, 2 × 360 e 360 × 2, etc., a r esposta é 15.
b) Analogamente, 144 = 2 · 3 adm i t e 5 × 3 = 15 divisores
  ¾ 

positivos. H á 15 decom posiç õ e s , u m a d a s q u a i s é 12 × 12. As


out r a s 14 d ecomp osições podem ser a grupada s em 7 par es: 1 × 144
e 144 × 1, 2 × 72 e 72 × 2, etc. Como o enu nciado man da considera r
igua is a s du a s de com posições de cada par, a resposta é 8.

10. O arm ár io de n ú m e r o k é mexido pelas pessoas cujos n úmeros


s ão divisores de k. U m a rm ár io ficar á aberto se for mexido um
n ú m e r o ı́ m par de vezes. L em bre-se que o n úmero de divisores
positivos de k = 2 × 3 × 5 × . . . é igual a (α + 1)(β + 1)( γ + 1) . . . ,
«  ¬  - 

qu e é ı́mpar se e somente se α, β, γ , . . . forem todos pa rs, ou s eja,


se e somente se k for qua dra do perfeito.
Os ar m ár ios que ficam a bert os s ão os de n úmeros 1, 4, 9, 16, . . . ,
900.

11. Vamos conta r separa damen te os casos em que os quadr ant es


1 e 3 t êm cores igua is e cores diferen tes.
Pondo cores igua is nos qua dra ntes 1 e 3, temos 5 ×  4 ×  4 = 80
possibilidades, pois h á 5 modos de escolher a cor úni ca para os
quadr ant es 1 e 3, h á 4 m odos de escolher a cor do qua dra nt e 2 e h á

4
nosmodos de escolher
quadrant es 1 e 3,a cor
h á 5do
× quadrante 4. 180
 4 × 3 × 3 = Pondo cores diferentes
possibilidades, pois
h á 5 modos de escolher a cor para o quadrante 1, h á 4 modos de
escol her a cor do quadrant e 3, h á 3 modos de escolher a cor do
quadran t e 2 e h á 3 modos de escolher a cor do quadrante 4.
A resposta é 80 + 180 = 260.

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174 Temas e Problemas

12. Note que n o caso em qu e s ão per mit idas rep etições , a condiçã o
da letra A figura r na pal avra é t err ı́vel, pois ela pode figur ar um a
s ó vez, ou duas, etc... Por isso é melhor contar todas as palavras
do alfabeto e diminuir a s qu e n ã o t êm A e a s qu e começa m por A.
A resposta é 26 − 25 − 26 = 1 658 775.
     

No ca so s em r epet ição, pode-se conta r diretament e: h á 4 m o-


dos de escolher a posiçã o d o A, 25 modos de escolher a letra da
pri m ei ra casa rest ant e, 24 para a segunda casa rest ant e, et c. A
resposta é 4 × 25 × 24 × 23 × 22 = 1214400. Pode-se ta mb ém r epetir
o r aciocı́n io do ca so com r epe t içã o:
26 × 25 × 24 × 23 × 22 − 25 × 24 × 23 × 22 × 21 − 1 × 25 × 24 × 23 × 22 =
1214400.

13. H á 26 modos de escolher cada letra e 10 modos de escolher


cada algarismo.
A resposta é 26 × 10 = 175 760 000.¿   

14. Os 4 que preferem sentar de frente podem faz ê-lo de 5 ×  4 ×


3 × 2 = 120 modos; os que preferem s ent ar de costa s podem faz ê-lo
de 5 ×  4 × 3 = 60 modos; os d ema is podem s e colocar nos lugar es
rest ant es de 3 × 2 × 1 = 6 modos.
A resposta é 120 × 60 × 6 = 43 200.

15. O 0 aparece nas uni dades 222 vezes, nos n úmeros 10, 20,
30, . . . , 2200. Apar ece na s dezena s 220 vezes, nos n úmeros 10x,
20x, . . . , 220x. Aparece nas centenas 200 vezes, nos n úmeros 10xy
e 20xy.
A resposta é 222 + 220 + 200 = 642.

16. Note que como s ão p erm itida s re petições, a cond ição do 5 fi-
gu r a r n o n ú m e r o é t e r r ı́vel, pois ele pode figur ar uma s ó vez, ou
´
duas, etc . . . E
que o 5 n ão figura. melhor fazer t odos os n úmer os men os a queles em
A resposta é 9 × 10 × 10 × 10 − 8 × 9 × 9 × 9 = 3168.

17. Pa ra form ar um a coleção, você deve decidir quantas “Veja”


fa r ã o pa r t e da coleção, etc.

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˜  do Capı́tulo 6
Soluçoes 175

A quan tidade de r evista s “Veja” pode ser escolhida de 6 modos


(0, 1, 2, 3, 4, 5). A de “Época”, de 7 m odos. A de “Isto É”, de 5
modos. O n ú m er o de coleções é 6 × 7 × 5 = 210.
O n ú m er o de coleções n ão-vazias é 209.

18. H á 3 modos de escolher os dias de Matem át ica. Escolhidos


os di as, di gam os segundas e quart as, h á 2 modos de escolher o
h or ári o da aul a de Mat em ática da segunda e 2 modos de escolher
o hor ário da aula de Matem át i ca da qua rt a.
H á 2 modos de escolher os dias da F ı́sica (n ão podem ser os
mesmos da Matem ática, sen ão a Qu ı́mica ficar ia com a s a ulas no
mesmo dia); em um desses dias, a aula de Fı́sica s ó pode ser posta
no h or ár io de um ún ico modo (pois a Mat em ática já ocupou o outro
t em po) e, no out ro, pode ser post a de 2 m odos. Fi nal m ent e, a
Qu ı́mica s ó pode ser post a no hor á r i o d e u m único modo – nos
tempos restantes.
A resposta é 3 × 2 × 2 × 2 × 1 × 2 × 1 = 48.

19. O casal J oão-Maria foi considerado diferente do casal Maria-


J oão. Isso é devido a ter mos tr aba lhado com o conceito de pr imei-

ra pessoareal.
resposta do casa l. Por isso a r esposta encontr ada é o dobro da

20. H á t r ês t i pos de cart ões: os que n ão podem ser virados de
cabeça pa ra baixo, os qu e vira dos de cabeça pa ra baixo cont inu am
represent an do o m esm o n úm ero e os qu e vira dos de cabeça par a
bai xo passam a represent ar n úm eros di ferent es. Se h á x, y e z
cart ões de cada um desses tipos, respectivamente, a resposta é
z
x + y + . É f ácil calcula r y, z + y e x + y + z:
2
z + y = 5 , pois os cart ões que vira dos de cabeça par a baixo
 

cont i nuam represent an do n úm eros s ão os formados apenas com


0, 1, 6, 8 e 9.
x + y + z = 10 .  

 y = 5 × 5 × 3, pois os cart ões que vira dos de cabeça pa ra bai-


xo continu am representa ndo o mesmo n úm ero devem t er nas ca-
s a s e xt r e m a s u m d os p a r e s 1 1, 0 0 , 8 8, 6 9 ou 9 6. N a s s egu n d a

http://slide pdf.c om/re a de r/full/1sbm-e lon-la ge s-lima -te ma s-e -proble ma s 171/189
 

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176 Temas e Problemas

e pen úl t im a casas, a m esm a coi sa. Fi nalm ent e, na casa cent ral
deve estar 0, 1 ou 8.
Resolvendo o sistem a, encont ra -se z = 3050 e

z
x+y+ = 100 000 − 1525 = 98 475.
2

S e ç a˜ o 2

1.

a ) C a d a a n a g r a m a é um a p er mu ta ção simples das letra s C, A,


P, I, T, U, L, O. O n úm ero de anagram as é P = 8! = 40 320.  

b) A escolha da vogal inicial pode ser feita de 4 modos e, depois


disso, a vogal fina l pode ser escolhida de 3 modos. As r es-
t ant es sei s l et ras podem ser arrum adas ent re essas vogai s
seleciona das de P = 6! = 720 modos.  

A resposta é 4 × 3 × 720 = 8 640.


c) Os a na gra ma s podem começar por vogal ou por consoan te.
No primeiro caso, devemos ar ru ma r as 4 vogais nos lugares
ı́mpares e as 4 consoantes n os lugares par es, o que pode ser
feito de 4! ×  4! = 24 × 21 = 576 modos. O segun do caso é
a n álogo.
A resposta é 576 + 576 = 1152.
d) T udo se passa com o se C A P fosse um a l et ra s ó. P or t a n t o
devem os arrum ar 6 obj et os, o bl oco C A P e as 5 l et ras de
ITULO. A resposta é 6! = 720.

e) Escolha inicialmente a ordem das letras C, A, P, o que pode


ser feito de 3! = 6 modos. Recai-se no item anterior. A res-
posta é 6 × 720 = 4 320.
f) Tudo que se tem a fazer é a r r u m a r a s 6 le t r a s d e C I TU LO
a p ós o PA. A res posta é 6! = 720.

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˜  do Capı́tulo 6
Soluçoes 177

g) Ao somar os que t êm p em primeiro (7! = 5 040) com os que


t êm a em segundo (7! = 5040), os que t êm p em primeiro e
a em segundo (6! = 720) s ão contados duas vezes. A respos-
t a é 5040 + 5040 − 720 = 9360. Pode-se t am b ém fazer um
diagrama de conjuntos.

Fi g ur a 7 7

O r e t ângul o de cont orno m a is claro represent a o conjunt o


dos ana grama s que t êm p em pr imeiro lugar e o ret ân gulo de
contorno ma is escur o representa o conjunto dos an agram as
q u e t êm a em segund o lugar. A inter seção possui 6! = 720
elementos e cada ret ângulo possui 7! = 5 040 elementos. Por-
tanto, as regi ões do diagra ma t êm 5040 − 720 = 4 320, 7 20 e
4 320 elementos.
A resposta é 4 320 + 720 + 4320 = 9360.
h) Ao somar os que t êm p em primeiro (7! = 5040) com os que
t êm a em segundo (7! = 5 040) e o s q u e t êm c em terceiro
(7! = 5 040), os que t êm p em pr imeiro e a em segundo (6! =
720), bem como os qu e t êm a em segun do e c em ter ceiro (6! =
720) e os que t êm p em primeiro e c em terceiro (6! = 720),
s ão conta dos duas vezes. Devemos, port ant o, descont á-los
um a vez. Mas, ao fazermos isso, os qu e t êm p em pr imeiro e
a em segundo e c em terceiro (5! = 120) t er ão sido cont ados
t r ês vezes e descont ados t r ês vezes. Devemos cont á-los uma
vez.
A resposta é 5040 + 5040 + 5040 − 720 − 720 − 720 + 120 = 13 080.
Poderı́amos ter feito um diagrama de tr ês conjun tos: os que
t êm p em pr imeiro, os qu e t êm a em segundo e os que t êm c
em t erceiro lugar. Cada um desses conjuntos tem 7! = 5040
elem en tos, as in te r seç ões dois a dois t êm 6! = 720 elementos

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178 Temas e Problemas

e a in t er se ção dos tr ês conjun tos tem 5! = 120 elementos. As


sete regi ões i nt ernas do diagram a t er ão 3 720, 3 720, 3 720,
600, 600, 600 e 120 elementos.
A resposta é 3 720 + 3720 + 3720 + 600 + 600 + 120 = 13 080.
1
i) H á 3! = 6 ordens possı́veis pa ra essas letras. A resposta é
6
1
do t ot al de a nagram a s, de 8!, que é igual a 6 720.
6
Tamb ém poder ı́am os escolher 3 d a s 8 posições do anagrama
para colocar essas t r ê s l e t r a s (C = 56 m odos), colocá-las
¿ 

 

na ordem apc (1 m odo) e arrum ar as 5 out ras l et ras nos 5


lugares restantes (5! = 120 modos). A resp osta é 56 × 1× 120 =
6720.
1
  j) Há 4! = 24 ordens possı́veis para as vogais. A resposta é
24
1
do t ot al de a nagram a s, de 8!, que é igual a 1 680.
24
Tamb ém poder ı́am os escolher 4 d a s 8 posições do anagrama
para colocar as vogais (C = 70 modos), colocar as vogais
 

 

nos lugares escolhidos (1 modo, pois elas devem entrar em


ordem alfab ét ica) e a rru m ar as 4 consoant es nos 4 l ugares
rest ant es ( 4! = 24 modos). A resposta é 70 × 1 × 24 = 1680.

2. A imagem do primeiro elemento de A pode ser selecionada de


n modos, a do segundo, de n − 1 modos, etc.
A resposta é n · (n − 1) . . . 1 = n!

3. Do total de ar ru ma ções (8! = 40 320), devem ser descontadas


a q u e l a s n a s q u a i s e l a s fi c a m j u n t a s ( 2! × 7! = 10 080, pois elas
podem ficar jun tas em 2! ordens possı́veis). A resposta é 40 320 −

10 080 = 30 240.
4. Do total de ar ru ma ções com Helena e Pedro junt os (2! × 7! =
10 080), devem ser desconta das a quelas na s quais H elena e Pedro
es t ão junt os e Vera e Pau lo t am b ém est ão juntos (2! × 2! × 6! =
2 880). A resposta é 10 080 − 2880 = 7200.

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˜  do Capı́tulo 6
Soluçoes 179

5. Você deve escolher 5 jogadores para o Esporte, depois escolher 5


dos que sobra ra m par a o Tupi e form ar o Minas com os restan tes.
A resposta é C · C · C = 3003 × 252 × 1 = 756 756.
 

½  
 

½ ¼ 
 

 

O u, ent ão, ponha os 15 jogadores em fila: os 5 primeiros for-


ma m o Esport e, os 5 seguint es o Tupi, os 5 últimos o Minas. Note
que, trocando a oredem dentro de cada bloco, voc ê m u d a a fi la ,
15!
m a s n ão muda a divisão em times. A resposta é = 756 756.
5! 5! 5!
6. A resposta é a anterior dividida por 3! = 6, pois agora, trocan-
do os times entre si, a divis ã o é a m esm a, ou sej a, a respost a é
756 756 = 126 136.
6
7. Ponha os 20 objetos em fila, o que pode ser feito de 20! m odos:
os 3 primeiros formam o “primeiro” grupo de 3, os 3 seguintes
formam o “segundo” grupo de 3, etc.
Note que, trocando a ordem dos elementos dentro de cada gru-
po, você m u d a a fi l a m a s n ão m uda a di vi s ão em grupos. N ot e
t a m b ém qu e tr ocan do os gru pos de 3 entr e si (o que pode ser feito
de 4! modos) e os de 4 ent re si (o que pode ser feito de 2! m odos),
voc ê m uda a fil a m as n ão muda a divis ão em grupos.
A resposta é 20! = 67 897 830 000.
(3!) ( 4!) 4!2!   ¾ 

Você t a m b ém poderia pensar assim: H á C modos de es colher ¿ 

¾ ¼ 

o “pr imeiro” gru po de 3, C modos de escolher o “segun do” gru po ¿ 

½  

de 3, etc. Note que tr ocan do os gru pos de 3 en tre si (o que pode


ser feito de 4! m odos) e os de 4 en tr e si (o que pode ser feito de 2!
modos), você n ão muda a divisão em grupos.
C C C C C C ¿  ¿  ¿  ¿     

A resposta é ¾

= 67 897 830 000.


¼  ½   ½   ½ ½     

 4!2!
8. Devemos colocar os 12 times nos 12 lugares de uma matriz

6 × 2. Note que trocar as linhas entre si, ou trocar em uma linha


a ordem dos element os, n ã o alt er a a seleção dos jogos.
12!
A resposta é = 10 395.
6!(2!)  

Você t a m b ém poderia pensar assim: Tenho 11 modos de esco-


lher o advers ário do Botafogo; depois tenho 9 modos de escolher

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180 Temas e Problemas

o advers ár io do primeiro (em ordem alfab ética) time que sobrou;
depois ten ho 7 . . .
A resposta é 11 × 9 × 7 × 5 × 3 × 1 = 10 395.

9. a) Para descobrir o lugar do 62 417 você tem que conta r qua ntos
n úmeros o antecedem. Antecedem-no todos os n ú m er os come ça dos
em 1 ( 4! = 24), em 2 ( 4! = 24), em 4 ( 4! = 24), em 61 (3! = 6) e em
62 1 (2! = 2). Ant ecedem-no 24 + 24 + 24 + 6 + 2 = 80 n úmeros. Ele
ocup a o 81o¯ lugar.
b) Vamos contar os n úmer os (mas n ão um a um , nat u ral m ent e)

Co m eç ad os p or Qu a nt id ad e Ac um u la do
1 4!=24 24
2 4!=24 48
41 3!=6 54
42 3!=6 60
46 3!=6 66

0 66 o¯ n úmer o escrito é o ú ltim o (ou seja , o m a ior ) dos começa dos


por 46.
A resposta é 46 721.
c) 166 = 5 × 33 + 1.
Porta nto, par a escrever 166 algarismos, devemos escrever 33
n úmeros completos e mais um algarismo.
O 166 o¯ algarismo escrito é o 1 o¯ algar ismo do 34o¯ n úmero.
Os 4! = 24 primeiros n úm er os começam em 1 e os 23 s eguin tes
com eça m em 2. O 34 o¯ n ú m er o come ça em 2.
A resposta é 2.
d) A som a das uni dades dos n úmeros é (1 + 2 + 4 + 6 + 7) ·
! =
 4
al gari480
sm, opois
das cada um dos
uni dades emalgarismos 1, 2,
4! n úmer os. Ana4,logamente,
6, 7 aparece
a como
soma
das dezena s é 480 dezenas, ou seja, 4 800. A das cent ena s é 48 000,
a das uni dades de m i l har é 480 000 e a das dezenas de milhar é
4 800 000.
A resposta é 480 + 4 800 + 48 000 + 480 000 + 4800000 = 5 333 280.

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˜  do Capı́tulo 6
Soluçoes 181

U m t ru que, boni t o m as t ruque, é grupar os 5! = 120 n úmeros


em 60 casa is do seguin m odo: o cônjuge de cada n ú m e r o é o n ú m e r o
que dele se obt ém tr oca n do a posiçã o do 1 com o 7 e a posição do
2 com o 6. Teremos 60 casais e a soma em cada casas é 88 888. A
resposta é 88 888 × 60 = 5 333 280.

10. H á m! modos de es colher a ordem da s moças. Feito isso, deve-


mos arrumar em fila r + 1 objetos, os r r a pa zes e o bloco da s m oça s,
o que pode ser feito de (r + 1)! modos. A resposta é m!(r + 1)!.

11. a) Devemos colocar 6 n úm eros em 6 l ugares. A respost a é


6! = 720.
b) Agora, qua nd o mu da mos o cubo d e p osição obtemos o mes-
mo da do. Por exemplo, considere um dad o com o 1 e o 6 em faces
opostas. Ant es, colocar o 1 em cima, n a face pr eta , e o 6 em baixo,
na face branca, era diferente de colocar o 6 em cima e o 1 embai-
xo. Agora n ã o, é o m esmo dad o de cabeça par a baixo. A resposta
é anterior dividida pelo n ú me r o d e posições de colocar um cubo.
Para det erm i nar esse n úmer o, repare que h á 6 modos de escolher
a face que fica em baixo e 4 modos de escolher nessa face a ares-
ta que fica de frente. O n ú m er o de posiç ões de colocar um cubo é
720
6 ×  4 = 24. A resposta é = 30.
24
Podemos tam b ém pensa r diret am ent e: Todo dado pode ser ima-
ginado com o 1 na face de baixo; se o 1 estiver em outro lugar,
sempre se poder á virar o dado par a que o 1 fique em ba ixo.
H á 5 modos de escolher o n úm ero que ficar á na face oposta
ao 1, ou s eja, n a face de cima ; digamos qu e se t enh a escolhido o 6
para a face de cima. Agora devemos colocar os n úmeros 2, 3, 4 e
5 nas 4 faces restantes: frontal, traseira, direita e esquerda. O 2
sempre poder á ser ima gina do na face da frente; se o 2 estiver em

out H
raáface, bast ader odar
3 m odos o dado
es colher par a quque
o n úmero e o ficar
2 fique
á n na faceoposta
a face da frena te.
2,
ou s eja, n a face de tr ás; digam os qu e ten ha mos escolhido o 4 par a
a face de tr ás. Note que agora n ã o h á mais movimentos possı́veis
par a o dado: qua lquer movimento ou tirar á o 1 de baixo ou tirar á
o 2 da frente.

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182 Temas e Problemas

Agora tem os que colocar o 3 e o 5 na s faces direita e esquer da,


o que pode ser feito de 2 modos dist intos.
A resposta é 5 × 3 × 2 = 30.
c) Todo dad o pode se r ima gina do com o 1 em ba ixo, o que obriga
a coloca ção do 6 em cima. O 2 sempre pode ser posto na face da
fren te, o q u e obr iga a coloca ção do 5 na face de tr ás. Agora temos
que colocar o 3 e o 5 na s faces direita e esquerda , o que pode ser
feito de 2 modos dist intos. A r esposta é 2.

12. Tetraedro: H á 4 modos de escolher a face que fica em baixo


e 3 m odos de escol her nessa face a arest a que fica de frent e. O
n ú m er o de posiç ões de colocar um tetraedro é 4 × 3 = 12.
4!
A resposta é = 2.
12
Octaedro: H á 8 modos de escolher a face que fica em ba ixo e 3
modos de escolher n essa face a ar esta que fica d e fren te. O n ú m e r o
de p osiç ões de colocar um octaedro é 8 × 3 = 24.
Você t a m b ém poderia imaginar o octaedro com um v értice em
baixo. H á 6 m odos de escol her o v ért i ce que fica em bai xo e 4
modos de escolher, dent re as ar estas que o cont ê m , a a r e s t a q u e
fi ca d e fr e n t e. O n ú me r o d e posições de colocar um octaedro é
6 ×  4 = 24. 8!
A resposta é = 1680.
24
Dodecaedro: H á 12 modos de escolher a face que fica em baixo
e 5 m odos de escol her nessa face a arest a que fica de frent e. O
n ú m er o de posiç ões de colocar um dodecaedro é 12 × 5 = 60.
12!
A resposta é = 7 983 360.
60
Icosaedro: H á 20 modos de escolher a face que fica em baixo
e 3 m odos de escol her nessa face a arest a que fica de frent e. O
n ú m er o de posiç ões de colocar um icosaedro é 20 × 3 = 60.
20!
A resposta é 60 ·

9!
13. P ¾  ¾  ½  ½  ½  ½  ½  

= = 90 720.
 

2!2!1!1!1!1!1!
14. C . Ô 

Ò 

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˜  do Capı́tulo 6
Soluçoes 183

15. H á C = 70 modos de escolher as mat éri as para o pri m ei ro


 

 

dia e, depois disso, um s ó modo de escolher as do segun do dia. A


resposta é 70 × 1 = 70.

16. Os segmentos que ligam dois v értices s ão diagonais, arestas


ou diagona is de faces. Port an to o n úm ero de diagonais é o n ú m e r o
de combin a ções de classe 2 dos vértices menos as arestas menos
as diagonais das faces.

a) O octaedr o regular é formado por 8 faces triangulares e pos-


sui 6 v értices e 12 a resta s. Como n ã o h á diagonais de faces,
a r esposta é C − 12 = 15 − 12 = 3.
¾ 

 

b) O icosaedro regular é form ado por 20 faces t ri angul ares e


possui 12 vért i ces e 30 a rest as. C om o n ã o h á diagonais de
faces, a r esposta é C − 30 = 66 − 30 = 36.
¾ 

½ ¾ 

c) O dodecaedro regular é formado por 12 faces pentagonais


e possui 20 vért i ces e 30 arest as. C om o cada face possui
5(5 − 3)
= 5 diagona is e s ão 12 faces, h á 5 × 12 = 60 diagonais
2
de faces. A resposta é C − 30 − 60 = 190 − 90 = 100.
¾ 

¾ ¼ 

d) O cubo é form ado por 6 faces qua dra das e possui 8 vért ices e
12 arestas. Como cada face possui 2 diagonais e s ão 6 faces,
h á 6 × 2 = 12 diagona is de faces. A resposta é C − 12 − 12 = ¾ 

 

28 − 24 = 4.
e) O pri sm a hexagonal é formado por 6 faces quadrangulares
e duas faces hexagonai s e possui 12 v ért i ces e 18 arest as.
Como cada face qua dra ngula r possui 2 diagonais e cada face
6(6 − 3)
hexagonal possui = 9 diagona is, h á 6 × 2 + 2 × 9 = 30
2
diagona is de faces. A resposta é C − 18 − 30 = 66 − 48 = 18. ¾ 

½ ¾ 

Tamb ém se poderia pensa r a ssim: Chama ndo as faces hexa-


gonais de A e B, as diagonai s l i gam um vértice de A a u m
v értice de B. H á 6 modos de escolher o v értice de A e, de-
pois d isso, 3 modos de escolher o v értice de B. A resposta é
6 × 3 = 1.

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184 Temas e Problemas

17. A fu n ção fica det erm inada qua ndo se escolhem os m elementos
de I que form ar ão a imagem, o que pode ser feito de C modos.
Ò 
Ñ 

Ò 

Com efeito, escolhidos os elementos que formar ã o a i m a g e m , a


fu n ção est á det erm i nada poi s f(1) deve ser i gual ao m enor dos
elementos escolhidos, f(2) deve ser igual ao menor dos elementos
resta ntes, etc.
A resposta é C . Ñ 

Ò 

18. Ignore o problema do 0 na primeira casa. A escolha dos luga-


res para os 4 pode ser feita de C = 35 modos; depois disso, a esco- ¿ 

 

¾ 

lha dos lugares para os 8 pode ser feita de C = 6 modos; as casas  

resta ntes podem ser pr eenchidas de 8 × 8 = 64 modos, o que da ria


para r esult ado 35 × 6 × 64 = 13 440. Devemos descontar os n úmeros
começad o em 0. P ar a form ar um n ú me r o começa do em 0, de vemos
escolher os lugares para os 4 ( C = 20 modos), par a os 8 (C = 3 ¿ 

 
¾ 

 

modos) e preen cher a casa rest an te (8 modos). H á 20 × 3 × 8 = 480


n úm eros começados em 0. A resp osta é 13 440 − 480 = 12 960.

19.

a) Basta escolher os p − 1 companheiros de a dentre os n − 1 ½ 

demais elementos. A resposta é C .


Ô  ¹  ½ 

Ò  ¹  ½ 

b) Basta escolher os p elementos dentre os n − 1 elementos di-


ferentes de a . A resposta é C .
Ô 

½ 

Ò  ¹  ½ 

Tamb ém se poderia fazer o t otal das combinações e del as


subtrair aquelas das quais o elemento a participa, obtendo ½ 

a r esposta C − C .
Ô  ¹  ½ 

Ô 

Ò 

Ò  ¹  ½ 

c) Basta escolher os p − 2 companheiros de a e a dent re os ½  ¾ 

n − 2 demais elementos. A resposta é C . Ô 

Ò 
¹ 

¹ 
¾ 

¾ 

d) H á C com bi n a ções em que o el em ent o a fi g u r a e C


Ô  ¹  ½ 

Ó  ¹  ½ 

½ 

Ò  ¹  ½  Ò  ¹  ½ 

combin a ções em qu e o elemen to a figura. Somando, teremos ¾ 

contado duas vezes as C combin a ções que cont êm a e a .


Ô  ¹  ¾ 

½  ¾ 

Ò  ¹  ¾ 

A resposta é 2C −C Ô 

Ò 
¹ 

¹ 
½ 

½ 
Ô 

Ò 
¹ 

¹ 
¾ 

¾ 
.
Tamb ém se p oderia fazer o tota l de combina ções C e excluir Ô 

Ò 

as C que n ão cont êm nem a n em a . A resposta é C −


Ô 

Ô 

½  ¾ 

Ò 

Ò  ¹  ¾ 

C .
Ô 

Ò  ¹  ¾ 

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˜  do Capı́tulo 6
Soluçoes 185

Tamb ém se poderia somar as combina ções que cont êm a ½ 

m a s n ã o a (C ), com as que cont êm a m a s n ã o a , com


Ô  ¹  ½ 

¾  ¾  ½ 

Ò  ¹  ¾ 

as que cont êm ambos (C ). A resposta é 2C +C .


Ô  ¹  ¾  Ô  ¹  ½  Ô  ¹  ¾ 

Ò  ¹  ¾  Ò  ¹  ¾  Ò  ¹  ¾ 

e) H á C com bin a ções que cont êm a m a s n ã o a e C com-


Ô  ¹  ½  Ô  ¹  ½ 

½  ¾ 

Ò  ¹  ¾  Ò  ¹  ¾ 

bin a ções que cont êm a m a s n ã o a . A resposta é 2C .


Ô  ¹  ½ 

¾  ½ 

Ò  ¹  ¾ 

Tamb ém s e poder ia conta r as combin aç ões que cont êm pelo
men os um dos dois element os e descont ar as que cont êm am -
bos, obten do a resposta 2C − 2C ou C − C −C ou
Ô 

Ò 
¹ 

¹ 
½ 

½ 
Ô 

Ò 
¹ 

¹ 
¾ 

¾ 
Ô 

Ò 
Ô 

Ò  ¹  ¾ 
Ô 

Ò 
¹ 

¹ 
¾ 

¾ 

2C .
Ô  ¹  ½ 

Ò  ¹  ¾ 

20.

a) Es sa s fun ções s ão bijetoras. A resposta é n!.


b) Um elemento de B tem sua imagem inversa formada por dois
elementos e os dema is t êm imagens inversas unit á r i a s . H á
n modos de escolher aquele elemento de B e C modos de ¾ 

Ò  ·  ½ 

escolher sua imagem inversa. Agora sobram n − 1 elementos


em cada conjunto e a correspond ência entre eles, que deve

ser um-a-um, pode ser n · (feita )! (n − 1)! modos. A resposta é


n + 1de
n·C · (n − 1)! = · ¾ 

2 Ò  ·  ½ 

c) H á duas possibilidades: um elemento de B tem sua imagem


i nversa form ada por t r ês el em ent os e os dem ai s t êm i m a-
gens inversas un it ár ias ou dois element os de B t êm imagens
inversa s forma das por dois elementos e os demais t êm ima-
gens inversas unit ári as.
No primeiro caso h á n modos de escolher o elemen to de B e
C¿ 

Ò 
modos de escolher sua imagem inversa. Agora sobram
·  ¾ 

n − 1que
eles, elemen
devetos
serem cada conjun
u m-a-um, podetoser
e a feita
corr espond
de (n −ência entre
1)! modos.

No segundo caso h á C modos de escolher os dois elemen tos de B e ¾ 

Ò 

C ¾ 

Ò 
· C modos de escolher su as ima gens inversa s. Agora sobra m
·  ¾ 
¾ 

Ò 

n − 2 elementos em cada conjunto e a correspond ência entre eles,

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186 Temas e Problemas

que deve ser u m-a-um, pode ser feita de (n − 2)! modos. A resposta

n· C · (n − 1)! + C · C · C · (n − 2)! =
¿  ¾  ¾  ¾ 

Ò  ·  ¾  Ò  Ò  ·  ¾  Ò 

n · (n + 2)! n · (n − 1) · (n + 2)!
= + =
6 8
n · (3n + 1) · (n + 2)!
= ·
24

¿ 

21. O n úm ero de m odos de escolher


pelos 8 3pontos
dos 20é pontos é C = 56
1 140
ve-.
¾ ¼ 

Assim, o plano determinado contado C = ¿ 

 

zes. A resposta é 1140 − 55 = 1085.


Poder-se-ia ta mb ém contar separadamente os planos determi-
nados por tr ês dentre os doze pontos (C = 220), por dois dentr e ¿ 

½ ¾ 

os doze e um d ent re os oito (C · 8 = 528), por um dent re os doze e


¾ 

½ ¾ 

dois den tr e os oito (12 · C = 336) e por tr ês dent re os oito (1 plan o
¾ 

 

apena s). A resposta é 220 + 528 + 336 + 1 = 1085.

22. Escolhida a ordem em que cada casal vai se senta r (mar ido à
direita , mu lher à esquerda ou vice-versa), o que pode ser feito de
2 × 2 × 2 = 8 modos, você tem que formar uma fila (de 7 lugares)
com 3 casa is e 4 lugar es vazios. H á 7 modos de colocar o primeiro
casa l, 6 de colocar o segundo e 5 de colocar o terceiro. A resposta
é 8 × 7 × 6 × 5 = 1680.

23. Vamos arrumar primeiramente apenas as vogais, o que pode


6!
ser feito de = 120 modos, e depois ent rem ear as consoan -
3! 1! 1! 1!
tes.
S e a s voga is e st ive r em , p or e xe mp lo, n a or d em A A U
A I O , h a ver á 7 possibilida des pa r a a coloca ção d o P, 6

par a o R e 5 para o G.
A resposta é 120 × 7 × 6 × 5 = 25 200.

24. Marque, no conjunto {1 , 2 , . . . , n}, com o sinal + os elementos


selecionados para o subconjunto e com o sinal − os elementos
n ão s eleciona dos. Você tem que formar uma fila com p sinais +

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˜  do Capı́tulo 6
Soluçoes 187

e n − p sinais − , sem que haja dois sinais + a dja cent es. Fa ça
uma fila com os sinais − (u m ún ico modo) e ent rem eie os sin ais
+ . H á n − p + 1 espa ços en tr e os sina is − (e antes do primeiro
e depois do último) dos quais devemos selecionar p para colocar
os sinais + , o que pode ser feito de C modos. A resposta é
Ô 

Ò  ¹  Ô  ·  ½ 

C Ô 

Ò 
.
¹  Ô  ·  ½ 

25. a) Um grupo de 4 cientistas, ABCD, é barrado por pelo menos


um cadeado. Na situaç ã o d o n ú m e r o m ı́nimo de cadeados, por
exat amen te u m cadeado. Batizemos esse cadeado de ABCD. A,
B, C e D n ã o t êm a chave desse cadeado e todos os outros cientistas
a t êm. Como a corr espond ência entre os cadeados e seus nomes é
um-a-um, basta contar quantos s ão os nomes dos cadea dos, C =  

½ ½ 

330.
b) C ada ci ent i st a possui a s chaves dos cadeados que n ã o o
cont êm n o nome, C = 210.  

½ ¼ 

Você t a m b ém poderi a pensar que h á 330 cadeados e de cada


cadea do h á 7 cópias d e cha ves. O tota l de cha ves é 330 × 7 = 2310.
Cada cient ista possui 2310 ÷ 11 = 210 chaves. Observe que n este
raciocı́nio part imos do fato de que todos os cient istas t êm o mesm o
n úmero de chaves.

26. Um bom nome para o professor que perten ce às bancas 1 e 2


é professor 1 − 2. O n úmero de professores é C = 28. E m c a d a ¾ 

 

banca h á 7 pr ofessores.

27. H á 4! = 24 m odos de form ar um a roda com a s m eninas. O


primeiro men ino pode ser posto na r oda de 5 m odos; o segun do, de
4, etc. A resposta é 24 × 5 ×  4 × 3 × 2 × 1 = 2880.

28. O n úm ero de rodas que podem ser forma da s sem a pa r ticipa çã o

de Vera
é 24 é 4! = 24. H á 3 modos de colocar Vera na roda. A resposta
× 3 = 72.

29. C h a m a n d o x de 1 + a, y de 1 + b e z de 1 + c, você t e m d e
det er min a r soluç ões inteiras e n ão-negativas par a a + b + c = 4.
A resposta é CR = C = 15.  

¿ 
 

 

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188 Temas e Problemas

30. Defina , pa ra cada solução, a folga, que é a diferença ent r e o


valor m áximo que x + y + z poderia atingir e o valor que x + y + z
re alm ent e a tin ge. Por exemplo, a soluç ã o x = 1, y = 2, z = 1 t em
folga 2. Ca da soluçã o da ineq u a çã o x + y + z ≤ 6 corresponde a
u m a solu çã o da equ a çã o x + y + z + f = 6 e vice-versa . A resposta
é CR = C = 84.
 

 
 

 

31. CR ¾

 
¼ 

=C
¾

¾
¼ 

 
= 10 626.

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˜  do Capı́tulo 7
Soluçoes 189

S o lu ç o˜ e s d o s P r o b le m a s d o C a p ı́ t u l o 7

S e ç a˜ o 1

 600
½  ¿ 

1. 600 = 450(1 + i) , donde i = ¿ 

− 1 = 0,1006.
 450

2. 1480 = A · 1,08 , donde A = 1480 · 1,08


  ¹   

= 932,65.

3. 2000 · 1,1 = 2 662,00


¿ 

log ( 4490/1400)
4. 4490 = 1400 · 1,06 , donde n = Ò 

= 20 meses.
log 1,06

5. Fixan do o p reço em 90, à vista pagam-se 70% de 90, ou seja,


63. A prazo, paga m-se tr ês pr est a ções men sais de 30.

30 30
63 = 30 + + .
1+i ( 1 + i) ¾ 

1 ¾ 

Pondo x = 1 + i , obt ém -se a equ a ção do segun do gra u 30x + 30x −
33 = 0. √
−5 + 135
A r a iz positiva d essa equ a çã o é x = = 0,66190.
20
1
Logo, i = − 1 = 0,5108.
x
P 2P
6. 9000 = + , donde P = 9000/[1,02 ¹  ¿ 

+ 2.1,02 ] =
¹   

1,02 ¿ 

1,02  

3268,23.
As p r es t a ções s ã o P e 2P , ou seja , R$ 3 268,23 e R$ 6 536,46,

7. Fixa n do o preço em 100 , devem os ter

50 50
100 − x < + ·
1,05 1,05 ¾ 

Da ı́, x > 7,03.

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190 Temas e Problemas

8. Fixemos o preço em 90 e t omemos a da ta focal u m m ês ap ós a


compra.
Na da t a focal, o va lor da opção a) é A = 90 e o va lor da opç ão b)
30
é B = 30(1 + i) + 30 + ·
1+i
i ¾ 

B − A = 30 > 0. Logo, B > A e a op ção a ) deve ser preferi-


1+i
da .

9. Suponh am os u m client e com dua s pr esta ções , cada uma no

valor
tan dode 100, a seria
a oferta vencerdeem 30 de
60% e 60 dias.
200, ou Oseja,
valor a tu al
120. a pa
N ão gar acei-
aceitando,
100 100
seria de + = 140,74. A oferta era vantajosa.
1,27 1,27 ¾ 

180 200
10. + = 365,97.
1,025 1,025 ¾ 

S e ç a˜ o 2

1. a ) 1 + 1 = (1 + i) . Da ı́, i = 2 − 1 = 0,0595 = 5,95%.


½ ¾  ½  ½ ¾  

b) 1 + 0,39 = (1 + i) . Da ı́, i = 1,39 − 1 = 0,1160 = 11,60%. ¿  ½  ¿ 

2. a ) 1 + I = (1 + 0,06) . Da ı́, I = 1,06 − 1 = 1,0122 = 101,22%. ½ ¾  ½ ¾ 

b) 1 + I = (1 + 0,12) . Da ı́, I = 1,12 − 1 = 0,5735 = 57,35%.    

3. a) 30% ao an o com capita lização mensal significa 30%/12 =


2,5% ao m ês .
1 + I = (1 + 0,025) . Da ı́, I = 1,025 − 1 = 0,3449 = 34,49%.
½ ¾  ½ ¾ 

b) 30% ao an o com cap ita lizaç ão tr imestra l significa 30%/4 =


7,5% ao m ês .
1 + I = (1 + 0,075) . Da ı́, I = 1,075 − 1 = 0,3355 = 33,55%.
   

c) i ao a no capitalizados k vezes ao a no significa i/k por perı́odo


de cap it a liza çã o.
 i i
  
   

1+I= 1+ . Da ı́, I = 1 + − 1.
k k

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˜  do Capı́tulo 7
Soluçoes 191

S e ç a˜ o 3

1. a) Pondo a da ta focal u m m ês ant es da compra ,


900 1 − 1,04 ¹  ½ ¼ 

=P · Da ı́, P = 106,69.
1,04 0,04
b) Pondo a dat a focal n o ato da compr a,
1 − 1,04 ¹  ½ ¼ 

900 = P · Da ı́, P = 110,96.


0,04
c) Pondo a data focal um m ês depois da compra, 900 × 1,04 =
1 − 1,04 ¹  ½ ¼ 

P 0,04 · Da ı́, P = 115,40.


P
2. a ) 80 000 = · Da ı́, P = 480,00.
0,006
80000 P
b) = · Da ı́, P = 477,14.
1,006 1,006
3. Igualando o valor dos dep ósitos ao das retiradas, na época do
último dep ósito, obtemos
1,01 − 1 ½

1 − 1,01
¾ ¼  ¹  ¿  ¼ 

P = 500 · Da ı́, P = 211,31.


0,01 0,01

4. Igualando o valor dos dep ósitos ao das retiradas, na época do


último dep ósito, obtemos
1,01 − 1 

1000 ¾ ¼ 

P = · Da ı́, P = 15,55.
0,01 0,01

P(1 + j) P(1 + j) ¾ 

P 1+i
5. P + + + ··· = =P ·
1+i ( 1 + i) ¾ 

+
1 i i−j
1−
1+i

6. P r im eir a s olução: Vam os comp ar ar os gast os em 4 an os: O fluxo


de caixa t rocan do o car ro de dois em dois an os é (em milha res de

reais): −18 0 −4 0 14
Obs er ve que n o s egundo an o gas tamos 18 na compr a de u m
carro n ovo, ma s r ecebemos 14 na venda do velho.
4 14
O valor atual desse fluxo é −18 − + = −10,44.
1,15 1,15 ¾   

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192 Temas e Problemas

O fluxo de caixa t rocan do o car ro somen te n o qua rt o ano é (em


milhares de reais):

−18 0 0 −1 8.

Observe que n o quarto a no gastamos 2 em consertos, mas re-


cebemos 10 na venda do car ro. O valor at ua l desse fluxo é
1 8
−18 − + = −14,08.
1,15 1,15
¿   

Logo, é melhor t rocar de carr o de dois em dois an os.


Se gu n da solu ção: Vamos comparar os custos por ano:
O fluxo de caixa trocando o carro de dois em dois anos é (em,
milhares de reais):
−18 0 14
Vamos determinar o custo anual equivalente C.
Os flu xos −18 0 14 e 0 C s ão equivalentes. Logo,

14 1 − 1,15 ¹  ¾ 

−18 + ¾ 
=C e C = − 4,56.
1,15 0,15
O fluxo de caixa t rocan do o car ro somen te n o qua rt o ano é (em
milhares de reais):

−18 0 0 −1 8

Vamos determinar o custo anual equivalente C.


Os fluxos −18 0 0 − 1 8 e 0 C C C C s ão equiva-
lent es. Logo,

1 8 1 − 1,15 ¹   

−18 − + =C e C = − 4,93.
1,15 1,15 0,15
¿   

Logo, é melhor t rocar de carr o de dois em dois an os.

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˜  do Capı́tulo 7
Soluçoes 193

Ap ê n d i c e

1. No Excel, a p ós os comandos f , Financeira e Taxa, sur ge uma


Ü 

caixa de d iálogo que deve ser preen chida do modo seguinte:


Nper: 6
Pgto: −120
VP: 600
Vf:
Tipo:

Estimativa:
Aparecer á a ta xa, 0,0547=5,47%.

2. O fluxo de caixa, que deve ser posto em c élulas adjacentes em


uma mesma coluna da planilha é:

500 0 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60

(12 valores).
Ap ós os comandos f , Financeir a e TI R, sur ge um a caixa de
Ü 

diá logo; ma rca n do com o bot ão esqu erd o do mouse o fluxo de caixa,
sur ge a ta xa 0,0290=2,90%.

3. No Excel, a p ós os comandos f , Financeira e Taxa, sur ge uma


Ü 

caixa de d iálogo que deve ser preen chida do modo seguinte:


Nper: 5
Pgto: −230
VP: 1000
Vf:
Tipo:
Estimativa:
Aparecer á a ta xa, 0,0485=4,85% ao m ês .

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