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FISCAL

NA
PRÁTICA
ELYUD SANTOS DE FREITAS
FISCAL DE CONTRATOS
NA PRÁTICA
ELYUD SANTOS DE FREITAS

FISCAL DE CONTRATOS NA PRÁTICA

1ª edição

Brasília
Edição do Autor
2018
@2018 Elyud Santos de Freitas

Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde


que citada a fonte.

Ilustrador: Eric Yan do Nascimento de Freitas

Revisão: Luciano de Oliveira e Lays Caroline Ferreira Leandro

F862 Freitas, Elyud Santos de.


Fiscal de contratos na prática / Elyud Santos de Freitas. Brasília:
o autor, 2018.
164 p.
Bibliografia
ISBN 978-85-455080-0-7
1. Administração Pública - Brasil. 2. Contratos Administrativos. 3.
Fiscalização. I. Título. II. Freitas, Elyud Santos de

CDU 35(81)
DEDICATÓRIA

A Deus que no caminho de minha jornada me motivou para editar este


livro.
Aos meus pais, Manoel Ananias e Maria Eunélia, pelo amor, dedicação,
carinho e paciência.
A meus filhos, Eric, Eduardo e Enzo, que são minha fonte de inspiração
e pelo amor incondicional.
Aos meus amigos que contribuiram direta ou indiretamente.
Nota do Autor

É com imensa satisfação que apresento este trabalho, para ajudar


os fiscais de contratos administrativo que são nomeados e nunca
atuaram como tal, a fim de facilitar a atribuição designada.

Esta obra visa passar uma orientação e não esgotar todo o


assunto, mas fornecerá uma direção a quem nunca teve a experiência
na fiscalização de um contrato e nem uma capacitação adequada antes
da nomeação para tão nobre função.

O futuro fiscal, ao ler essa obra, terá uma noção dos envolvidos
no sistema de aquisição, bem como, alguns modelos de documentos
utilizados durante a execução de um contrato administrativo. Utilizar
formulas do Excel em seu planejamento, atuar e executar a fiscalização
de um contrato administrativo.

Elyud Santos de Freitas


Junho/2018
Sumário

CAPÍTULO I - CONCEITOS FUNDAMENTÁIS

1. CONTRATO ADMINISTRATIVO. . ...................................................................... 16

2. GESTOR DO CONTRATO ADMINISTRATIVO................................................... 17

3. FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO...................................................... 17

4. FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO SUBSTITUTO.. ............................... 19

5. FINALIDADE.................................................................................................. 19

6. NOMEAÇÃO DO FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO.. ........................... 20

7. SEGREGAÇÃO DE FUNÇÃO........................................................................... 22

8. POSSO RECUSAR SER FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO................. 23

9. IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO........................................................................ 23

10. CAPACITAÇÃO............................................................................................. 25

11. CONTRATAÇÃO DE TERCEIROS PARA AUXILIAR NA FISCALIZAÇÃO. . .......... 27

12. RESPONSABILIZAÇÃO POR DANOS AO ERÁRIO. . ........................................ 28

13. NOTA FISCAL............................................................................................... 32

14. TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO (TRD)............................................. 33

15. ESTÁGIOS DO PAGAMENTO........................................................................ 34

15.1 Empenho............................................................................................... 34

15.2 Liquidação. . ........................................................................................... 35

15.3 Pagamento............................................................................................ 37

16. VIGÊNCIA DO CONTRATO............................................................................ 38

16.1 Termo aditivo......................................................................................... 38

16.2 Termo de Apostilamento......................................................................... 38


16.3 Alterações contratuais........................................................................... 39

16.3.1 Acréscimos e Supressões.................................................................... 39

16.4 Rescisão............................................................................................... 40

16.5 Equilíbrio Econômico-financeiro. . ............................................................ 41

16.6 Prorrogação da vigência do Contrato...................................................... 41

16.7 Repactuação.. ....................................................................................... 42

16.8 Reajuste de preços................................................................................ 43

17.FLUXO DO CONTRATO DURANTE SUA VIGÊNCIA......................................... 45

CAPÍTULO II - EXECUÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO

18. PRINCIPAIS AÇÕES AO SER NOMEADO FISCAL DE CONTRATO.................. 48

18.1 Outras ações do fiscal de contratos........................................................ 50

18.2 Irregularidades que devem ser evitadas.................................................. 51

18.3 Fluxograma das principais ações na fiscalização do contrato................... 52

19. ABERTURA DO LIVRO REGISTRO DE OCORRÊNCIAS.................................. 54

20. MODELOS DE DOCUMENTOS DO LIVRO REGISTRO.................................... 58

20.1 Ilustração do livro registro de ocorrências (até 200 fl).............................. 58

20.2 Modelo de primeira capa contendo os dados do contrato.. ........................ 59

20.3 Modelo do termo de abertura do livro registro de ocorrências................... 60

20.4 Modelo do termo de juntada de documentos............................................ 61

20.5 Publicação da nomeação do Fiscal de Contrato....................................... 62

20.6 Cópia do Termo de Referência................................................................ 63

20.7 Cópia do Termo do Contrato................................................................... 64

20.8 Cópia da Nota de Empenho.................................................................... 65

20.9 Cópia do Seguro Garantia........................................................................................ 66

21. MODELO DE TERMO DE ENCERRAMENTO.................................................. 68

21.1 Termo de Encerramento do Livro registro de ocorrências......................... 68

10
22.MODELO DE TERMO DE ABERTURA DO 2º VOLUME..................................... 69

22.1 Capa do 2º Volume do Livro registro de ocorrências................................ 69

23. PLANEJAR O CONTROLE NA EXECUÇÃO DO CONTRATO............................ 70

23.1 Modelo de planilha de controle............................................................... 73

24. RECEBIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO................................................ 74

24.1 Fluxo do Recebimento do objeto do contrato........................................... 76

24.2 Fluxo do recebimento incompleto do objeto............................................. 77

24.3 Modelos de documento para pagamento . . ................................................ 80

24.3.1 Documento de encaminhamento da Fatura ou Nota Fiscal................ 80

24.3.2 Relatório Mensal do Contrato nº XXX/2017. . .................................... 81

24.3.3 Carimbo de Atesto do Fiscal de Contratos....................................... 82

24.3.4 Contas atestadas pelo Fiscal de Contrato. . ...................................... 83

24.3.5 Nota de Empenho.. ......................................................................... 84

24.4 Fluxograma do recebimento do objeto do contrato................................... 85

25. TERMO ADITIVO (prorrogação do contrato)................................................... 86

25.1 Modelo de ofício para enviar a empresa.................................................. 87

26. TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO....................................................... 88

26.1 Fluxograma da análise dos documentos para pagamento......................... 90

26.2 Documento encaminhando as Faturas/Notas Fiscais para Pagamento.. ..... 94

26.3 Publicação da nomeação da Comissão de Recebimento . . ......................... 95

26.4 Modelo de Termo de Recebimento Definitivo.. .......................................... 96

26.5 Termo de Recebimento Provisório........................................................... 99

26.6 Declaração do Fiscal do Contrato...........................................................100

26.7 Relatório do Fiscal do Contrato.. .............................................................101

26.8 Nota Fiscal...........................................................................................102

26.9 Declaração de Recebimento.................................................................103

11
26.10 Nota de Empenho . . ..............................................................................104

26.11 Contrato.. ............................................................................................105

27. ENCERRAMENTO DO CONTRATO...............................................................106

28. MODELOS DO TERMO DE ENCERRAMENTO DO CONTRATO......................107

28.1 Fluxo do termo de encerramento do contrato..........................................109

28.2 Modelo de encaminhamento do livro registro de ocorrências................... 112

28.3 Modelo de encerramento do livro registro de ocorrências........................ 113

28.4 livro de registro de ocorrências. . ............................................................ 114

CAPÍTULO III - LEGISLAÇÃO UTILIZADA

29. CONCLUSÃO.. ............................................................................................. 115

30. LEGISLAÇÃO.............................................................................................. 118

31. REFERÊNCIAS............................................................................................161

12
PREFÁCIO

Esta obra tem por finalidade orientar o fiscal de contratos admi-


nistrativos quanto as suas atribuições. Contém modelos de documen-
tos que terá que elaborar e providências a realizar durante a execução
do contrato. No decorrer da leitura, o leitor verá os envolvidos no pro-
cesso de fiscalização antes, durante e após a vigência do contrato.

Ao iniciar a leitura, serão apresentados os envolvidos na fisca-


lização, sendo sucintamente explicado quais são e suas atribuições.
Assim sendo, o fiscal saberá a quem deve se reportar, sua função e em
qual fase na execução do contrato.

Em seguida, o fiscal terá uma noção do que fazer ao ser nomeado


fiscal de contrato administrativo, os documentos que devem ser ela-
borados e juntados ao livro registro de ocorrências, para que tenha
controle e informação em tempo oportuno.

Serão demonstrados alguns modelos de documentos que o fiscal


usará no decorrer do contrato. Estes modelos servirão para organiza-
ção do livro registro de ocorrências, bem como, os documentos que
serão elaborados em cada etapa do contrato.

Com os exemplos iniciais, agora o fiscal de contrato planejará


a medição do contato, para isso, fará o seu planejamento, e poderá
utilizar as fórmulas demonstradas na planilha para verificar o tempo de
cada ação a ser tomada no transcorrer do contrato.

Por fim, terá toda a parte da legislação que foi citada na obra,
para que possa servir de consulta e estudo. Lembrando que existem
inúmeros tipos de contratos, cada um com suas peculiaridades, e neste
caso, cabe ao fiscal estudar e elaborar o seu planejamento na medição
e fiscalização do contrato sob sua responsabilidade.

13
14
CAPÍTULO I
Conceitos Fundamentais

1. CONTRATO ADMINISTRATIVO. 2. GESTOR DO CONTRATO ADMINISTRATIVO


3. FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO. 4. FISCAL DE CONTRATO ADMI-
NISTRATIVO SUBSTITUTO. 5. FINALIDADE. 6. NOMEAÇÃO DO FISCAL DE
CONTRATO ADMINISTRATIVO. 7. SEGREGAÇÃO DE FUNÇÃO. 8. POSSO
RECUSAR SER FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO. 9. IMPEDIMENTO E
SUSPEIÇÃO. 10. CAPACITAÇÃO. 11. CONTRATAÇÃO DE TERCEIROS PARA AU-
XILIAR NA FISCALIZAÇÃO. 12. RESPONSABILIZAÇÃO POR DANOS AO
ERÁRIO. 13. NOTA FISCAL. 14. TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO (TRD).
15. ESTÁGIOS DO PAGAMENTO. 16. VIGÊNCIA DO CONTRATO. 17.FLUXO DO
CONTRATO DURANTE SUA VIGÊNCIA.

Neste capítulo serão apresentados os envolvidos na fiscalização


do contrato Administrativo, sendo sucintamente explicado quem são
e suas atribuições. Assim sendo, o fiscal saberá a quem se reportar,
suas função e em qual fase da execução do contrato.

Sabendo a quem se reportar, facilitará a interação ao iniciar a


preparação ao ser nomeado fiscal de contrato e a execução da fiscali-
zação em suas diversas fases.

15
Elyud Santos de Freitas

1. CONTRATO ADMINISTRATIVO

É o pacto, o acordo de vontade, feito entre a administração


Pública e o particular (art. 2º, § único da Lei 8.666/93), vinculando as
obrigações recíprocas, devendo ser executado fielmente as cláusulas
contratuais, respondendo cada um pelas consequências de sua inexe-
cução total ou parcial (art. 66 da Lei 8.666/93), senão vejamos:

Art. 2, § único. Para os fins desta Lei, considera-se


contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou en-
tidades da Administração Pública e particulares,
em que haja um acordo de vontades para a formação
de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas,
seja qual for a denominação utilizada.(art.2º, § único
da Lei 8.666/1993, grifo nosso).

Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente


pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas
e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas
conseqüências de sua inexecução total ou parcial.
(art. 66 da Lei 8.666/1993, grifo nosso).

Cabe ressaltar que por ser um acordo de vontades, obrigações


recíprocas, forma uma relação jurídica bilateral, compondo e instituin-
do uma vontade comum nascida do consenso - consentimento, aceita-
ção entre as partes - tornando uma vontade única, devendo ser respei-
tado em todos os termos do contrato durante toda sua execução até o
término de sua vigência.

Importante! Toda instituição pública tem obrigação de zelar pelo


correto uso dos recursos, especialmente quando contrata serviços ou
adquire bens. Para isso, deve respeitar as regras dispostas na Lei
nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei das Licitações, e em outros
instrumentos normativos que procuram assegurar ao órgão público a
escolha da melhor proposta em termos de qualidade e preço 1 .

1 Receita Federal, disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/sobre/licitacoes-e-con-


tratos>. Acesso em: 26 mar. 2018.
16
Fiscal de Contratos na Prática

2. GESTOR DO CONTRATO ADMINISTRATIVO

O gestor é o responsável pela gerência do contrato, podendo ser


exercido por uma pessoa ou por um setor, pois são serviços adminis-
trativos. O gestor é o responsável pelos: incidentes relativos a paga-
mentos, questões ligadas à documentação, reequilíbrio econômico-fi-
nanceiro, controle de prazos de vencimento, prorrogação do contrato,
dentre outras (art.39 da IN 05/2017 MPOG).

Art. 39. As atividades de gestão e fiscalização da


execução contratual são o conjunto de ações que tem
por objetivo aferir o cumprimento dos resultados pre
vistos pela Administração para os serviços contrata-
dos, verificar a regularidade das obrigações previden-
ciárias, fiscais e trabalhistas, bem como prestar apoio
à instrução processual e o encaminhamento da docu-
mentação pertinente ao setor de contratos para a
formalização dos procedimentos relativos a repac-
tuação, alteração, reequilíbrio, prorrogação, paga-
mento, eventual aplicação de sanções, extinção
GESTOR dos contratos, dentre outras, com vista a assegu-
rar o cumprimento das cláusulas avençadas e a
solução de problemas relativos ao objeto. (art. 39
da IN 05/2017 MPOG, grifo nosso).

3. FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO

O fiscal de contrato é um representante da administração


nomeado, que deverá fiscalizar pontualmente e acompanhar, no local
da execução do contrato, a medição do serviço, atuando de forma proa-
tiva, preventiva e sistemática na fiscalização. Fará o ateste das faturas
ou notas fiscais, da conferência dos produtos e serviços contratados,
conforme o objeto do contrato e cláusulas de entregas, durante toda a
sua vigência do contrato.

Atenção! O fiscal de contrato só responde pelos atos praticados


após a sua nomeação.
17
Elyud Santos de Freitas

O fiscal de contratos anotará em registro próprio, todas as ocor-


rências relacionadas a execução do contrato (art. 67, § 1º da Lei
8.666/1993). Caso verifique divergências na execução ou entrega,
deverá notificar a empresa e entrar em contato com o seu preposto
para regularizar as faltas ou defeitos na execução observadas no con-
trato, para que a contratante regularize o quanto antes a pendência,
sem o prejuízo das demais notificações (sanções e multas).

Art. 67, § 1º. O representante da Administração


anotará em registro próprio todas as ocorrências
relacionadas com a execução do contrato, determi-
nando o que for necessário à regularização das faltas
ou defeitos observados. (art. 67, § 1º, da Lei 8666/93,
grifo nosso).

O fiscal deve praticar os atos necessários para regularizar as


faltas ou defeitos observados na fiscalização, inclusive é permitida a
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição (art. 67 da Lei 8.666/1993), vejamos:

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompa-


nhada e fiscalizada por um representante da Adminis-
tração especialmente designado, permitida a contra-
tação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição. (art. 67
da Lei 8.666/1993, grifo nosso).

Art. 67, § 2º. As decisões e providências que ultrapas-


sarem a competência do representante deverão ser
FISCAL solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a
adoção das medidas convenientes (art. 67, § 2º da Lei
8.666/1993, grifo nosso).

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Fiscal de Contratos na Prática

4. FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO SUBSTITUTO

A designação de um fiscal substituto se torna necessária, pois,


em caso de ausência do titular, o fiscal substituo continua com as
funções do titular, evitando que o contrato fique sem fiscalização
(Acórdão nº 2.831/2011-TCU-Plenário), senão vejamos:

“9.2.11.1. os dados de fiscais titular e substituto


constantes do sistema reflitam as designações
formais via portaria;
9.2.11.2. o fiscal substituto cadastrado seja diferen-
te do fiscal titular (Acórdão 2.831/2011 TCU-Plenário,
grifo nosso).
FISCAL
SUBSTITUTO

Em todos os casos, o Fiscal substituto somente exercerá as


funções de Fiscal do Contrato (titular) na sua ausência ou em casos
de impedimentos, passando a responder por todos os atos praticados.

Importante! O Fiscal de Contratos substituto apenas responde


pelos atos praticados e após a sua nomeação.

5. FINALIDADE

A nomeação do fiscal de contrato tem por finalidade escolher um


ente da administração, de preferência com os conhecimentos técnicos
necessários, para fiscalizar e cumprir a execução do contrato.

É importante que o fiscal nomeado, tenha capacidade de fiscali-


zar e acompanhar a entrega do objeto do contrato.

O fiscal deve abrir um livro de registros e fazer constar todas as


ocorrências ao longo da vigência do contrato, adotando as providên-
cias necessárias ao seu fiel cumprimento, relatando todos os aconte-

19
Elyud Santos de Freitas

cimentos e elaborando relatórios mensais para o gestor (art. 6º do Dec


2.271/97), então vejamos:

Art. 6. A administração indicará um gestor do con-


trato, que será responsável pelo acompanhamento
e fiscalização da sua execução, procedendo ao re-
gistro das ocorrências e adotando as providências ne-
cessárias ao seu fiel cumprimento, tendo por parâme-
tro os resultados previstos no contrato. (art. 6º do Dec
nº 2.271/1997, grifo nosso).

6. NOMEAÇÃO DO FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO

O fiscal deve ser designado formalmente, geralmente por pu-


blicação em boletim interno da Organização Militar (OM), devendo
constar as respectiva atribuições, responsabilidades e ser formalmen-
te comunicado de sua designação (art. 67 da Lei nº 8.666/1993), senão
vejamos:

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompa-


nhada e fiscalizada por um representante da Admi-
nistração especialmente designado, permitida a
contratação de terceiros para assistí-lo e subsidiá-lo
de informações pertinentes a essa atribuição (art. 67
da Lei 8.666/1993, grifo nosso).

A atribuição de fiscal deve recair aos servidores efetivos, ou


àqueles que tenham vínculo com a Administração Pública, podendo
recair sobre os comissionados, temporários, empregados públicos ou
cedidos, preferencialmente que detenham conhecimentos técnicos do
assunto. Importante ressaltar que o fiscal de contratos só responde
pelos atos praticados após a sua nomeação.

Caso o nomeado não tenha conhecimento técnico específico


sobre o contrato, a contratação lhe é permitida de terceiros para auxi-

20
Fiscal de Contratos na Prática

liá-lo nas informações técnicas e fiscalização de forma correta durante


a execução do contrato.

Art. 42 § 2º. Será facultada a contratação de tercei-


ros para assistir ou subsidiar as atividades de fisca-
lização do representante da Administração, desde que
justificada a necessidade de assistência especiali-
zada. (art. 42, § 2º da IN 05/2017, grifo nosso).

Art. 43, § único. Ocorrendo a situação de que trata o


caput, observado o § 2º do art. 42, a Administração
deverá providenciar a qualificação do servidor para
o desempenho das atribuições, conforme a natureza
e complexidade do objeto, ou designar outro servidor
com a qualificação requerida. (art. 43, § único da IN
05/2017, grifo nosso).

Para garantir o melhor desempenho nas atividades de fiscal de


contrato, a Administração deve evitar nomear servidor hierarquicamen-
te subordinado ao gestor do contrato, afastando qualquer ingerência
nas atividades de fiscalização, para não contrariar o princípio da se-
gregação de funções. As atividades de gestor de contratos e fiscal de
contratos não devem ser atribuídas a uma mesma pessoa.

9.2.11. abstenha-se de concentrar nas mãos de um


mesmo servidor atividades incompatíveis entre si, pois
a segregação de funções é uma das ferramentas da
gestão que objetiva otimizar e garantir maior efici-
ência às funções administrativas (Acórdão
409/2007-TCU-1ª Câmara, grifo nosso).

Atendendo o princípio da segregação de funções, deve-se evitar


que pessoas que tenham participado da elaboração dos editais compo-
nham comissões de licitação, ou que os membros da comissão de lici-
tação atuem como gestores ou fiscais de contratos (FURTADO, 2015,
p.606).

21
Elyud Santos de Freitas

7. SEGREGAÇÃO DE FUNÇÃO

A segregação de funções nada mais é do que a separação das


funções de autorização, aprovação, execução, controle e contabili-
zação. Para evitar conflitos de interesses, faz-se necessário repartir
funções entre os servidores para que não exerçam atividades incom-
patíveis, como executar e fiscalizar uma mesma atividade.

A divisão das funções, destina-se a reduzir as oportunidades que


permitam a qualquer pessoa estar em posição de perpetrar e de ocultar
erros ou fraudes no curso normal das suas atividades.

Deve ocorrer a devida segregação entre as funções de controle


e as diversas áreas administrativas. Além disso, a própria área admi-
nistrativa deve ter sua responsabilidade dividida entre as atividades de
finanças, contabilidade, recursos humanos, guarda patrimonial, licita-
ção e entre o empenho, a liquidação (recebimento), o pagamento e a
conferência (conformidade) 2 .

A segregação é ferramenta para otimizar e gerar eficiência admi-


nistrativa (Acórdão 409/2007-TCU-1ª Câmara), senão vejamos:

9.2.11. abstenha-se de concentrar nas mãos de um


mesmo servidor atividades incompatíveis entre si,
pois a segregação de funções é uma das ferramentas
da gestão que objetiva otimizar e garantir maior efici-
ência às funções administrativas; (Acórdão 409/2007-
TCU-1ª Câmara, grifo nosso).

FISCAL
FISCAL
GESTOR GESTOR FISCAL
SUBSTITUTO
PREGOEIRO

2 CNMP, Manual do ordenador de despesas, Brasília, 20 mar. 2017. Disponível em: <www.cnmp.mp.br/portal/
institucional/comissoes/comissao-de-controle-administrativo-e-financeiro/acoes/manual-do-ordenador-de-despesas/
recursos-humanos-e-gestao-de-pessoas/segregacao-de-funcoes-como-distribuir-atividades> . Acesso em: 10 mar. 2018.

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Fiscal de Contratos na Prática

8. POSSO RECUSAR SER FISCAL DE CONTRATO ADMINISTRATIVO

Como a nomeação do Fiscal não é uma ordem manifestamente


ilegal, não existe a possibilidade de recusar a nomeação de fiscal de
contrato (art.116, V da Lei 8.112/1990 e art. 43 da IN 05/2017 MPOG),
exceto nos casos de impedimento e suspeição.
Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do
cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais; (art. 116 da Lei 8.112/1990,
grifo nosso).

Art. 43. O encargo de gestor ou fiscal não pode ser


recusado pelo servidor, por não se tratar de ordem
ilegal, devendo expor ao superior hierárquico as defi-
ciências e limitações técnicas que possam impedir o
diligente cumprimento do exercício de suas atribui-
ções, se for o caso. (Art. 43 da IN 05/2017 do MPOG).

9. IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO

Existem algumas hipóteses em que o fiscal de contrato pode ser


substituído após a sua nomeação e até mesmo após o início da exe-
cução do contrato.

São casos de impedimentos: - Ter sido nomeado Fiscal de Con-


trato, e ter interesse direto ou indireto na matéria; Tiver participado
ou vier a participar como: perito, testemunha ou representante; As
mesmas condições são aplicáveis se ocorrem com seu cônjuge, com-
panheiro, parente e afins até o terceiro grau.

- Esteja em algum litígio judicial ou administrativo como interes-


sado ou seu cônjuge ou companheiro (art. 18 da Lei 9.784/99), senão
vejamos:

Art. 18. É impedido de atuar em processo adminis-


trativo o servidor ou autoridade que:

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Elyud Santos de Freitas

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II - tenha participado ou venha a participar como


perito, testemunha ou representante, ou se tais situa-
ções ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou
parente e afins até o terceiro grau; e

III - esteja litigando judicial ou administrativamente


com o interessado ou respectivo cônjuge ou compa-
nheiro (art. 18 da Lei 9.784/1999, grifo nosso).

Havendo alguma dessas situações retromencionadas, o nomeado


deve comunicar à autoridade competente imediatamente o seu impe-
dimento e abster-se de atuar como fiscal (art. 19 da Lei 9.784/1999).

Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em im-


pedimento deve comunicar o fato à autoridade
competente, abstendo-se de atuar.(art. 19 da Lei
9.784/1999, grifo nosso).

Se o Fiscal deixar de comunicar à autoridade competente o seu


impedimento, sua omissão constitui falta grave para efeitos disciplina-
res (art. 19, § único da Lei 9.784/1999).

Art. 19, § único. A omissão do dever de comunicar o


impedimento constitui falta grave, para efeitos disci-
plinares. (“art. 19, § único da Lei 9.784/1999, grifo
nosso).

A suspeição pode ser requerida quando a autoridade ou servidor


tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados
ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até
o terceiro grau (art. 20 da Lei 9.784/99), e o seu indeferimento poderá
ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo (art. 21 da Lei 9.784/99).
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade
ou servidor que tenha amizade Intima ou inimizade
notória com algum dos interessados ou com os res-
pectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até
o terceiro grau.(art. 21 da Lei 9.784/1999, grifo nosso).
24
Fiscal de Contratos na Prática

Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição


poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo
(art. 21 da Lei 9.784/1999, grifo nosso).

10. CAPACITAÇÃO

Como não se pode recusar a função de fiscal de contrato, e se o


nomeado não possuir capacidade técnica, ou tiver limitações que
possam impedir o diligente cumprimento da função (art. 43 da IN
05/2017), o fiscal nomeado deve expor ao superior hieráquico, de pre-
ferência por escrito, a sua limitação, para que a administração possa
qualificá-lo para o desempenho das atribuições que lhe foram confia-
das (art. 43 § único da IN 05/2017-MPOG).

Art. 43. O encargo de gestor ou fiscal não pode ser


recusado pelo servidor, por não se tratar de ordem
ilegal, devendo expor ao superior hierárquico as
deficiências e limitações técnicas que possam
impedir o diligente cumprimento do exercício de suas
atribuições, se for o caso.

Parágrafo único. Ocorrendo a situação de que trata o


caput, observado o § 2º do art. 42, a Administração
deverá providenciar a qualificação do servidor para
o desempenho das atribuições, conforme a natureza
e complexidade do objeto, ou designar outro servidor
com a qualificação requerida. (art. 43 § único da IN
05/2017-MPOG, grifo nosso).

O nomeado que tiver demonstrado condições precárias para reali-


zar seu trabalho, exclui sua responsabilidade (Acórdão 839/2011-TCU-
-Plénário), senão vejamos:

[...] 1. Demonstrado nos autos que a responsável


pela fiscalização do contrato tinha condições pre-
cárias para realizar seu trabalho, elide-se sua res-
ponsabilidade (acórdão 839/2011-TCU-Plénário, grifo
nosso).

25
Elyud Santos de Freitas

A autoridade competente deve se cercar de cautelas e desig-


nar apenas servidores que reúnam as capacitações de acordo com
a complexidade dos trabalhos a serem desenvolvidos (Acordão
277/2010-TCU-Plenário).

A administração tem o dever de oferecer treinamento para os


servidores que atuam como fiscal (Acórdão 478/06-Plenário)

“Acórdão 478/2006-TCU-Plenário. 17.1. [...] a autori-


dade competente deve se cercar de cautelas, a
exemplo de designar apenas servidores que reúnam
as capacitações de acordo com a complexidade dos
trabalhos a serem desenvolvidos.”

A autoridade que designar o fiscal também responde pela ausên-


cia dos meios para que ele possa desempenhar sua função. A escolha
do fiscal deve recair sobre pessoa que tenha um conhecimento técnico
suficiente do objeto que está sendo fiscalizado, pois falhas na fiscali-
zação podem vir a alcançar o agente público que o nomeou, por culpa
“in elegendo”.

“Acórdão 478/2006-TCU-Plenário. 86. [...] Se conside-


rarmos, ainda, que os componentes de sua equipe não
tinham competência e formação adequadas para as
atividades que lhes eram afetas, pode-se suscitar que
o defendente teria agido com culpa in eligendo.”

O superior hierárquico responsável pela equipe, não pode se


furtar da responsabilidade de vigiar, controlar e apoiar seus subor-
dinados, buscando os meios necessários para capacitar sua equipe
(Acórdão 478/2006-TCU-P).

86. O defendente era o superior hierárquico respon-


sável pela equipe técnica que atestava os serviços.
Assim sendo, não poderia se furtar da responsabili-
dade de vigiar, controlar e apoiar seus subordina-
dos, buscando os meios necessários para a efetivi-
26
Fiscal de Contratos na Prática

dade das ações afetas à Superintendência. Ao se


abster dessa responsabilidade, agiu com culpa nas
modalidades in omittendo e in vigilando. Se conside-
rarmos, ainda, que os componentes de sua equipe
não tinham competência e formação adequadas
para as atividades que lhes eram afetas, pode-se
suscitar que o defendente teria agido com culpa in eli-
gendo. (Acórdão 478/2006-TCU-Plenário, grifo nosso).

11. CONTRATAÇÃO DE TERCEIROS PARA AUXILIAR NA FISCALIZAÇÃO

A Administração, facultativamente, poderá decidir pela contrata-


ção de terceiros para assessorar o fiscal de contrato, quando a com-
plexidade superam os limites de atuação dos agentes administrativos 3
(art. 67, Lei 8.666/1993).

A execução do contrato deverá ser acompanhada e fis-


calizada por um representante da Administração espe-
cialmente designado, permitida a contratação de ter-
ceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição.” (art. 67 da Lei
8.666/1993, grifo nosso).

Se não existir servidor com conhecimento técnico para a fiscali-


zação, a administração deverá avaliar a contratação de terceiros, ou
por outra forma, obter os profissionais necessários para auxiliar a fis-
calização (acordão 1989/2013-TCU-Plenário), senão vejamos:

17. [...] O art. 67 da Lei de Licitações tem por objetivo


fazer com que a administração acompanhe adequada-
mente a correta execução de seus contratos. Caberá
ao administrador, considerando sua realidade concre-
ta, avaliar se este acompanhamento pode ser adequa-
damente realizado de forma direta por seus servidores
ou se é necessária a contratação de terceiros para as-
sistir o fiscal do contrato. (acórdão 1.989/2013 -TCU-
-Plenário).

3 JUSTEM FILHO, 2010, p. 813.

27
Elyud Santos de Freitas

12. RESPONSABILIZAÇÃO POR DANOS AO ERÁRIO

O fiscal de contratos são os olhos da Administração na execução


do contrato, por isso deve anotar, no livro de registros, as ocorrências
encontradas durante a vigência do contrato, propor as correções junto
ao preposto da empresa, informar aos gestores e superiores o que não
for de sua competência, sugerindo glosas e até as penalidades caso
a empresa não corrija ou cumpra em tempo oportuno as demandas
levantadas.

As informações do fiscal irão nortear a liquidação das despesas


e autorizar o consequente pagamento. Cabe ao fiscal o recebimento
provisório de obras e serviços, bem como zelar para que não recaia
sobre a Administração Pública o dever de arcar com débitos trabalhis-
tas e previdenciários, oriundos dos contratos de terceirização de mão
de obra.

Atenção! Uma atuação deficiente do fiscal de contrato, pode


causar dano ao erário; neste caso, o fiscal acaba se responsabilizando
por eventuais danos causados (Acórdão 859/2006 TCU - Plenário).

[...] 2. O agente público que deixa de exigir da contra-


tada a prestação das garantias contratuais, conforme
previsto no art. 56 da Lei n° 8.666/93, responde pelos
prejuízos decorrentes de sua omissão, bem como às
penas previstas nos arts. 57 e 58 da Lei n° 8.443/92.
3. A negligência de fiscal da Administração na fiscali-
zação de obra ou acompanhamento de contrato atrai
para si a responsabilidade por eventuais danos que
poderiam ter sido evitados, bem como às penas pre-
vistas nos arts. 57 e 58 da Lei n° 8.443/92. 4. A com-
provação do superfaturamento faz surgir para os en-
volvidos o dever de ressarcir à Administração os
valores indevidamente recebidos. 5. Os juros morató-
rios tem caráter penal e só cabem quando evidenciada
a existência de má-fé. Afastada a hipótese de má-fé,
deixam de integrar o valor devido. (Acórdão 859/2006
TCU - Plenário, grifo nosso).
28
Fiscal de Contratos na Prática

O fiscal, ao atestar notas fiscais referentes ao serviços compro-


vadamente não prestados, torna-se responsável pelo dano causado à
Administração Pública, assumindo a obrigação de ressarcir ao erário
os prejuízos causados (Acórdão 2512/2009 – TCU – Plenário).

Acórdão 2512/2009 - TCU - Plenário [...] 6. Ao atestar


notas fiscais concernentes a serviços comprovada-
mente não prestados, o agente administrativo Marcos
Antônio Oliveira de Morais tornou-se responsável
pelo dano sofrido pelo erário e, consequentemente,
assumiu a obrigação de ressarcí-lo, encargo este
que não seria afastado nem mesmo na hipótese de re-
conhecimento de sua boa-fé, que, aliás, não pode ser
reconhecida, dada a flagrante irregularidade de sua
conduta.”(Acórdão 2512/2009 - TCU - Plenário, grifo
nosso).

Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo


com os preceitos da Lei 8.666/1993 ou visando a frustrar os objetivos
da licitação, sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e nos regula-
mentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal
que seu ato ensejar (art. 82 da Lei 8.666/1993).

Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem


atos em desacordo com os preceitos desta Lei ou
visando a frustrar os objetivos da licitação sujei-
tam-se às sanções previstas nesta Lei e nos regula-
mentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades
civil e criminal que seu ato ensejar (art. 82 da Lei
8.666/1993, grifo nosso).

Os agente que receberem vantagem patrimonial, ou que causem


lesão ao erário por ação ou omissão dolosa ou culposa, ou que violem
os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade
às instituições cometem ato de improbidade administrativa previstas
nos artigos 9 a 11 da Lei 8.429/1992, senão vejamos:

29
Elyud Santos de Freitas

Art. 9º. Constitui ato de improbidade administrativa


importando enriquecimento ilícito auferir qualquer
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do
exercício de cargo, mandato, função, emprego ou ati-
vidade nas entidades mencionadas no art. 1° desta
Lei, e notadamente: [...] (art. 9° da Lei 8.429/1992,
grifo nosso).

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa


que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patri-
monial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapi-
dação dos bens ou haveres das entidades referidas no
art. 1º desta Lei, e notadamente: [...] (art. 10° da Lei
8.429/1992).

Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa


qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou
manter benefício financeiro ou tributário contrário
ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei
Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (art.
10-A da Lei 8.429/1992).

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa


que atenta contra os princípios da administração
pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalida-
de, e lealdade às instituições, e notadamente: [...]
(art. 11° da Lei 8.429/1992, grifo nosso).

A Lei orgânica do Tribunal de Contas da União prevê a condena-


ção do responsável ao pagamento referente ao dano causado ao erário
e ainda poderá inabilitá-lo de 5 a 8 anos para o exercício de cargo em
comissão ou função de conficança no âmbito da Administração Pública
(art 19, 57 e 60 da Lei 8.443/1992), senão vejamos:
Art. 19. Quando julgar as contas irregulares, havendo
débito, o Tribunal condenará o responsável ao paga-
mento da dívida atualizada monetariamente, acrescida
dos juros de mora devidos, podendo, ainda, aplicar-lhe
a multa prevista no art. 57 desta Lei, sendo o instru-
30
Fiscal de Contratos na Prática

mento da decisão considerado título executivo para


fundamentar a respectiva ação de execução. (art. 19
da Lei 8.443/1992).

Art. 57. Quando o responsável for julgado em débito,


poderá ainda o Tribunal aplicar-lhe multa de até cem
por cento do valor atualizado do dano causado ao
Erário. (art. 57 da Lei 8.443/1992).

Art. 60. Sem prejuízo das sanções previstas na seção


anterior e das penalidades administrativas, aplicáveis
pelas autoridades competentes, por irregularidades
constatadas pelo Tribunal de Contas da União, sempre
que este, por maioria absoluta de seus membros, con-
siderar grave a infração cometida, o responsável ficará
inabilitado, por um período que variará de cinco a oito
anos, para o exercício de cargo em comissão ou
função de confiança no âmbito da Administração
Pública. (Art. 60 da Lei 8.443/1992).

O fiscal de contratos, ao se deparar com decisões e providências


que ultrapassarem a sua competência, deverá encaminhar a seus su-
periores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes (art
67, § 2º da Lei 8.666/1993), senão vejamos:

Art. 67. As decisões e providências que ultrapassa-


rem a competência do representante deverão ser so-
licitadas a seus superiores em tempo hábil para a
adoção das medidas convenientes. (art. 67, § 2º da Lei
8.666/1993, grifo nosso).

Assim, diante de uma irregularidade na execução do contrato,


o fiscal de contratos deve anotá-la em seu livro de registro e, caso
ultrapasse sua competência, deve solicitar aos seus superiores as pro-
vidências cabíveis necessárias.

31
Elyud Santos de Freitas

13. NOTA FISCAL

A nota fiscal é um documento fiscal que tem por fim o registro


de uma transferência de propriedade sobre um bem ou uma atividade
comercial prestada por uma empresa a uma pessoa física ou outra
empresa 4 . No ato do recebimento da Nota Fiscal ou Fatura, deverão
ser observados os elementos necessários e essenciais ao documento,
tais como: prazo de validade, data de emissão, dados do contrato e
do órgão contratante, período da prestação do serviço, valor a pagar,
nota de emprenho e a retenção do tributo e demais despesa dedutíveis
(Anexo XI da IN 05/2017).
Usuário: 03.548.170/0001-01 - NFS-e - NOTA CARIOCA - Prefeitura... https://notacarioca.rio.gov.br/contribuinte/notaprint.aspx?nf=868&insc...

3. O setor competente para proceder o pagamento


deve verificar se a Nota Fiscal ou Fatura apresenta-
da expressa os elementos necessários e essenciais
do documento, tais como: a) o prazo de validade; b) a
data da emissão; c) os dados do contrato e do órgão
contratante; d) o período de prestação dos serviços; e)
o valor a pagar; e f) o destaque do valor da retenção
de 11% (onze por cento), dos tributos retidos na fonte
pagadora de demais despesas dedutíveis da base de
cálculo da retenção.(Instrução Normativa nº 05/2017,
anexo XI, grifo nosso).

1 de 1 Também devem ser verificadas as documentações e as guias, 08/12/2017 11:57

comprovando a regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, INSS e


FGTS da contratada, a existência da planilha de frequência dos funcio-
nários, analisando se não houve ocorrências ou discrepâncias.

Caso haja alguma divergência, deverão ser registradas em livro


as ocorrências e discrepâncias, bem como informadas à contratada
tais ocorrências, para que ela possa corrigir a irregularidade em tempo
oportuno.

Estando tudo coerente conforme as cláusulas do contrato, o re-


4 WIKIPÉDIA. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Nota_fiscal>. Acesso em: 28
mar. 2018.
32
Fiscal de Contratos na Prática

cebimento da nota será atestada (carimbando que foi recebido o objeto


do contrato) e encaminhada para pagamento.

14. TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO (TRD)

O Termo de Recebimento Definitivo será o cumprimento do re-


cebimento do objeto do contrato, confirmando que foi executado total-
mente ou parcialmente (art. 73, da Lei 8.666/1993).

Para o recebimento, será nomeada uma comissão específica


para essa finalidade, que verificará toda a documentação pertinente
ao serviço recebido, atestando a nota fiscal e encaminhado para o Or-
denador de Despesa para efetuar a Liquidação e Pagamento.

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será rece-


bido: [...] b) definitivamente, por servidor ou comissão
designada pela autoridade competente, mediante
termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o
decurso do prazo de observação, ou vistoria que com-
prove a adequação do objeto aos termos contratuais,
observado o disposto no art. 69 desta Lei; § 3º O
prazo a que se refere a alínea “b” do inciso I deste
artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias,
salvo em casos excepcionais, devidamente justificados
e previstos no edital. (art. 73 da Lei 8.666/1993, grifo
nosso).

A Comissão será composta por um presidente e dois membros,


com a finalidade de atestar o recebimento do objeto contratado defini-
tivamente (examinando quantitativa e qualitativamente as mercadorias
ou serviços, objetos do contrato e toda a sua documentação).

33
Elyud Santos de Freitas

15. ESTÁGIOS DO PAGAMENTO

Após a execução do contrato, será enviada a Nota fiscal/Fatura


para pagamento. A despesa orçamentária passará por três estágios,
quais sejam: o empenho, a liquidação e o pagamento.

15.1 Empenho

O empenho é o primeiro estágio da despesa orçamentária, sendo


o ato emanado pela autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição,
onde é registrado o momento da contratação (art. 58 da Lei 4.320/64).

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de


autoridade competente que cria para o Estado obriga-
ção de pagamento pendente ou não de implemento de
condição. (art. 58 da Lei 4320/1964).

Com o empenho reserva-se parte do orçamento para a realização


de determinada despesa, sendo vedado o empenho de despesas que
excedam o limite dos créditos concedidos (art. 59 da Lei 4320/1964),
bem como a realização de despesas sem prévio empenho (art. 60 da
Lei 4.320/1964).

Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o


limite dos créditos concedidos. (art. 59 da Lei
4.320/1964).
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio
empenho. (art. 60 da Lei 4.320/1964).

O simples empenho não autoriza o pagamento, que somente irá


ocorrer após sua regular liquidação (art. 62 da Lei 4.320/64).

Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado


quando ordenado após sua regular liquidação. (art. 62
da Lei 4.320/1964).

34
Fiscal de Contratos na Prática

15.2 Liquidação

A liquidação é o segundo estágio da despesa orçamentária e


consiste na verificação do objeto ou da prestação dos serviços na
forma pactuada, dando direito ao credor de receber o pagamento (art.
63 da Lei 4.320/1964).

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verifica-


ção do direito adquirido pelo credor tendo por base os
títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito. (art. 63 da Lei 4.320/1964).

O objetivo da liquidação é certificar se houve o implemento da


condição por parte do contratado; se ele cumpriu o que foi pactuado.
A liquidação visa verificar a origem e o objeto do que se deve pagar,
a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a
obrigação (art. 63, § 1º da Lei 4.320/1964).

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verifica-


ção do direito adquirido pelo credor tendo por base os
títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito.

§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:

I - a origem e o objeto do que se deve pagar;

II - a importância exata a pagar; (Vide Medida Provisó-


ria nº 581, de 2012); e

III - a quem se deve pagar a importância, para extin-


guir a obrigação. (art. 63 da Lei 4.320/1964).

É na fase da liquidação da despesa que o fiscal de contrato apre-


senta a relevância de sua função ao atestar as medições, confirmando
a totalidade da execução do objeto do contrato em seus registros ou,
ao apontar a incorreção, exigindo glosas nos pagamentos, pela exe-
cução parcial.

35
Elyud Santos de Freitas

Com o atesto do fiscal de contratos (indicando que a obrigação


foi concluída), a despesa pode ser devidamente liquidada e o paga-
mento poderá ser efetuado (despacho da autoridade competente, de-
terminando que a despesa seja paga).

art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado


por autoridade competente, determinando que a
despesa seja paga. Parágrafo único. A ordem de pa-
gamento só poderá ser exarada em documentos pro-
cessados pelos serviços de contabilidade. (art. 64 da
Lei 4.320/1964).

O registro da fiscalização, torna-se um dos elementos essenciais


para autorizar as ações subsequentes (o fiscal ao atestar o recebi-
mento do seviço, fornecem subsídios para o processo de liquidação
e pagamento dos serviços), sendo um controle fundamental para a
administração sobre o contratado. Essas informações propiciarão aos
gestores saber a situação atual do cumprimento do cronograma da
execução do contrato, dando segurança para o pagamento.

[...] 9.3.1. efetue o pagamento de parcelas à contrata-


da em estrita consonância com o quantitativo de servi-
ços e etapas medidos e efetivamente executados na
obra, conforme atestado pelo fiscal do contrato e
de acordo com o novo cronograma físico-financeiro a
ser estabelecido (acórdão 1.270/2005-TCU-Plenário,
grifo nosso).

As informações do fiscal de contratos no livro de registo é condi-


ção essencial à liquidação da despesa, para verificação do direito do
credor, conforme dispõe o art. 63, § 2º, III, da Lei 4.320/1964 e afasta a
possibilidade de lesão ao erário (Acórdão 767/2009 – TCU – Plenário)

[...] esse registro é condição essencial à liquidação


da despesa, para verificação do direito do credor,
conforme dispõe o art. 63, § 2°, III, da Lei 4.320/1964.
A falta desse registro, desse acompanhamento pari
passu, propicia efetiva possibilidade de lesão ao
36
Fiscal de Contratos na Prática

erário. (acórdão 767/2009-TCU-Plenário, grifo nosso).

Assim, o fiscal deve ser diligente no acompanhamento da exe-


cução do contrato, não atestando de forma desatenta a prestação
do serviço, a entrega do bem, a realização da obra, pois esses atos
compõem a liquidação da despesa, reconhecem o implemento da con-
dição por parte do contratado, fazendo nascer para ele um crédito
perante a Administração, permitindo a autoridade competente realizar
o devido pagamento.

15.3 Pagamento

O pagamento é o terceiro estágio da despesa orçamentária e


será efetuado por tesouraria ou pagadoria, regularmente instituída por
estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais,
por meio de adiantamento (art. 65 da Lei 4.320/1964).

Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por


tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por
estabelecimentos bancários credenciados e, em casos
excepcionais, por meio de adiantamento. (art. 65 da
Lei 4.320/1964)

O pagamento é despacho exarado por autoridade competente de-


terminando que a despesa liquidada seja paga. Representa a entrega
de numerário ao credor e só pode ser efetuado após a regular liquida-
ção da despesa. O pagamento será executado por emissão da Ordem
Bancária (OB) e documentos relativos a retenções de tributos, quando
for o caso.

Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado


por autoridade competente, determinando que a
despesa seja paga.
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser
exarada em documentos processados pelos serviços
de contabilidade. (Art. 64 da Lei 4.320/1964, grifo
nosso).
37
Elyud Santos de Freitas

16. VIGÊNCIA DO CONTRATO

Ao longo de sua vigência, o contrato pode passar por várias si-


tuações até o seu encerramento, tais como: Termo Aditivo, Termo de
Apostilamento, Recisão, Prorrogação de Vigência, Alterações do con-
trato, Acrescimo e Supressões, Equilíbrio Econômico-financeiro, Rea-
justes de preços, Repactuação e encerramento.

16.1 Termo aditivo

É o instrumento utilizado para formalizar as modificações nos


contratos administrativos, previstas em Lei, tais como acréscimos ou
supressões no objeto, prorrogações de prazos, prorrogação do contra-
to (art. 57 da Lei 8666/1993).

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei


ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos or-
çamentários, exceto quanto aos relativos: [...]
II - à prestação de serviços a serem executados de
forma contínua, que poderão ter a sua duração prorro-
gada por iguais e sucessivos períodos com vistas à
obtenção de preços e condições mais vantajosas para
a administração, limitada a sessenta meses (art. 57, II,
da Lei 8.666/1993).

16.2 Termo de Apostilamento

É o registro administrativo que pode ser feito no termo de contra-


to ou nos demais instrumentos hábeis que o substituem, normalmente,
no verso da última página do contrato, ou ainda pode ser efetuado por
meio de juntada de outro documento ao termo de contrato ou a outros
instrumentos hábeis.

O registro por termo de apostilamento pode ser utilizado na va-


riação do valor contratual decorrente de reajuste previsto no contrato,
na compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condi-
ções de pagamento e no empenho de dotações orçamentárias suple-
mentares até o limite do seu valor corrigido.
38
Fiscal de Contratos na Prática

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser


alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos: [...]
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao
reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atu-
alizações, compensações ou penalizações financeiras
decorrentes das condições de pagamento nele previs-
tos, bem como o empenho de dotações orçamentárias
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não
caracterizam alteração do mesmo, podendo ser regis-
trados por simples apostila, dispensando a celebra-
ção de aditamento (art. 65 § 8º da Lei 8.666/1993,
grifo nosso).

16.3 Alterações contratuais

Os contratos poderão ser alterados desde que haja interesse da


Administração e para atender ao interesse público. Para que as alte-
rações sejam consideradas válidas, devem ser justificadas por escrito
e previamente autorizadas pela autoridade competente por celebrar o
contrato. As alterações podem ser unilaterais ou por acordo entre as
partes (art. 65, I e II, da Lei 8.666/1993, grifo nosso).

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser


alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
I - unilateralmente pela Administração: [...]

II - por acordo das partes: [...] (art. 65, I e II, da Lei


8.666/1993, grifo nosso).

16.3.1 Acréscimos e Supressões

A Administração pode alterar o contrato quando forem necessá-


rios acréscimos ou supressões nas compras, obras ou serviços, desde
que respeitados os seguintes limites estipulados por Lei, ou seja, para
compras, obras ou serviços: acréscimos ou supressões de até 25% do
valor atualizado do contrato; e para reforma de edifício ou equipamen-

39
Elyud Santos de Freitas

to: acréscimo até o limite de 50% do valor atualizado do contrato.

Diante da necessidade de acrescer ou suprimir quantidade de


algum item do contrato, a Administração deve considerar o valor inicial
atualizado do item para calcular o acréscimo ou a supressão pretendi-
da. Os prazos de execução do objeto contratado poderão ser aumen-
tados ou diminuídos proporcionalmente aos acréscimos ou supressões
que por acaso ocorrerem.

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser


alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos: [...]
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas
mesmas condições contratuais, os acréscimos ou su-
pressões que se fizerem nas obras, serviços ou
compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor
inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de
50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos
(art. 65 § 1º da Lei 8.666/1993, grifo nosso).

16.4 Rescisão

É a anulação ou cancelamento do contrato por algum motivo


específico. A rescisão do contrato ocorre geralmente quando há uma
lesão contratual, ou seja, quando há o descumprimento de alguma
cláusula pelas partes envolvidas.

Dependendo do contrato, é possível fazer a rescisão a qualquer


momento. O importante é ter atenção às cláusulas que apresentam as
condições para rescisão. Por exemplo, a rescisão de um contrato entre
fornecedor e consumidor apenas exige a apresentação formal de um
documento por escrito.
Os motivos estão previstos nos artigos 77 a 80 da Lei 8.666/93,
onde define que a administração pode rescindir o contrato por inexe-
cução total ou parcial do contrato.

40
Fiscal de Contratos na Prática

16.5 Equilíbrio Econômico-financeiro

O equilíbrio econômico-financeiro, consiste na manutenção das


condições de pagamento inicialmente estabelecidas no contrato, a fim
de que se mantenha estável a relação entre as obrigações do contrata-
do e a retribuição da Administração, para a justa remuneração da obra,
serviço ou fornecimento.

Atenção!!! O reequilíbrio econômico financeiro não está vincula-


do a qualquer índice, ocorre quando for necessário o restabelecimento
da relação econômica que as partes pactuaram inicialmente.

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser


alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos: [...]
d) para restabelecer a relação que as partes pactua-
ram inicialmente entre os encargos do contratado e a
retribuição da administração para a justa remuneração
da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a ma-
nutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial
do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevi-
síveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalcu-
láveis, retardadores ou impeditivos da execução do
ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso for-
tuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica
extraordinária e extracontratual.

§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que


aumente os encargos do contratado, a Administração
deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio
econômico-financeiro inicial. (art. 65, d) e §6º da Lei
8.666/1993, frigo nosso).

16.6 Prorrogação da vigência do Contrato

É a continuidade do serviço após o término do primeiro prazo


avençado, ou seja, o prazo do contrato pode ser prorrogado por iguais
e sucessivos períodos, até o limite de 60 (sessenta) meses, a fim
de que se possa obter preços e condições mais vantajosos para a
41
Elyud Santos de Freitas

Administração.

Deverá ser informado à autoridade competente, nos respectivos


autos, o interesse na prorrogação do contrato sob sua responsabilidade.

Na hipótese em que os contratos não puderem ser prorrogados


em virtude de expiração do prazo, ou limite de vigência, deverá ser
solicitada a elaboração de novo Projeto Básico, visando à elaboração
de novo procedimento licitatório.

Atenção!!! Os contratos somente poderão ser prorrogados caso


não tenha havido interrupção do prazo de vigência, ainda que a inter-
rupção tenha ocorrido por apenas um dia (art. 57, II, da Lei 8.666/1993).

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei


ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos or-
çamentários, exceto quanto aos relativos: [...]
II - à prestação de serviços a serem executados de
forma contínua, que poderão ter a sua duração pror-
rogada por iguais e sucessivos períodos com vistas
à obtenção de preços e condições mais vantajosas
para a administração, limitada a sessenta meses
(art. 57, II, da Lei 8.666/1993, grifo nosso).

16.7 Repactuação

A repactuação é uma forma de negociação entre a Administra-


ção e a contratada, que visa à adequação dos preços contratuais aos
novos preços de mercado e não está vinculada a qualquer índice.

Somente os contratos que tenham por objeto a prestação de ser-


viços de natureza contínua podem ser repactuados e deve ocorrer a
demonstração analítica da variação dos componentes dos custos do
contrato, devidamente justificadas (art. 57 da IN 05/2017-MPOG).

Art. 57. As repactuações serão precedidas de solicita-


ção da contratada, acompanhada de demonstração
analítica da alteração dos custos, por meio de
42
Fiscal de Contratos na Prática

apresentação da planilha de custos e formação de


preços ou do novo Acordo, Convenção ou Dissídio Co-
letivo de Trabalho que fundamenta a repactuação,
conforme for a variação de custos objeto da repactua-
ção. (art. 57 da IN 05/2017-MPOG, grifo nosso).

A repactuação que vise o aumento de despesa não é permitida


antes de decorrido, pelo menos, 01 (um) ano de vigência do contrato
(art. 5º do Dec nº 2.271/1997 c/c art 54 da IN 05/2017 -MPOG ).

Os contratos de que trata este Decreto, que tenham


por objeto a prestação de serviços executados de
forma contínua poderão, desde que previsto no edital,
admitir repactuação visando a adequação aos novos
preços de mercado, observados o interregno mínimo
de um ano e a demonstrarão analítica da variação dos
componentes dos custos do contrato, devidamente jus-
tificada (art. 5º do Dec nº 2.271/1997, grifo nosso).

Art. 54. A repactuação de preços, como espécie de re-


ajuste contratual, deverá ser utilizada nas contrata-
ções de serviços continuados com regime de dedica-
ção exclusiva de mão de obra, desde que seja
observado o interregno mínimo de um ano das
datas dos orçamentos aos quais a proposta se
referir (art 54 da IN 05/2017-MPOG, grifo nosso).

16.8 Reajuste de preços

É a correção dos valores pactuados inicialmente em contratos


com prazo de duração igual ou superior a um ano, é admitida cláusula
com previsão de reajuste de preços. Porém, só poderá ocorrer após
12 (doze) meses de vigência, contados a partir da data limite para
apresentação da proposta, vinculada a índice previamente definido
no contrato (art. 2º da Lei nº 10.192/2001).

Art. 2º É admitida estipulação de correção mo-


netária ou de reajuste por índices de preços
gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos

43
Elyud Santos de Freitas

custos de produção ou dos insumos utilizados


nos contratos de prazo de duração igual ou su-
perior a um ano.

§ 1º É nula de pleno direito qualquer estipula-


ção de reajuste ou correção monetária de pe-
riodicidade inferior a um ano (art. 2º, § 2º da
Lei nº 10.192/2001, griffo nosso).

Serão executados a qualquer tempo:

-Termo Aditivo (mudanças no contrato)

- Termo de Apostilamento

- Recisão

- Alterações no contrato

- Acréscimo e Supressões

- Equilíbrio Econômico-financeiro

Será executado no ultimo dia do contrato:

- Termo Aditivo (Prorrogação de Vigência)

Será executado após ultimo dia do contrato:

- Repactuação

Será executado após 12 meses da data limite da proposta:

- Reajustes de preços

Para ilustrar, na página seguinte, será demonstrado graficamen-


te o fluxo do contrato durante a sua vigência, dando uma visão de
algumas ações que podem ocorrer dentro dos primeiros 12 meses e
outras somente depois dos 12 meses de sua vigência.

44
Fiscal de Contratos na Prática

NO ÚLTIMO DIA DO
---------------------- A QUALQUER TEMPO ---------------------- TÉRMINO CONTRATO
APOSTILAMENTO ALTERAÇÃO RESCISÃO PRORROGAÇÃO
APOSTILAMENTO ALTERAÇÃO RESCISÃO PRORROGAÇÃO
Cont rato
17.FLUXO DO CONTRATO DURANTE SUA VIGÊNCIA

JAN/2018 VIGÊNCIA DO CONTRATO DEZ/2018 JAN/2019 APÓS 12 MESES

45
TERMO ADITIVO - É O DOCUMENTO UTILIZADO PARA APÓS 12 MESES DA DATA DA PROPOSTA COMERCIAL
FORMALIZAR AS MODIFICAÇÕES NOS CONTRATOS
REPACTUAÇÃO REAJUSTE
TERMO ADITIVO REPACTUAÇÃO REAJUSTE
JAN/2018 VIGÊNCIA DO CONTRATO DEZ/2018 JAN/2019 APÓS 12 MESES
46
CAPÍTULO II
Execução do Contrato Administrativo

18. PRINCIPAIS AÇÕES AO SER NOMEADO FISCAL DE CONTRATO. 19. ABER-


TURA DO LIVRO REGISTRO DE OCORRÊNCIAS. 20. MODELOS DE DOCUMEN-
TOS DO LIVRO REGISTRO. 21. MODELO DE TERMO DE ENCERRAMENTO.
22.MODELO DE TERMO DE ABERTURA DO 2º VOLUME. 23. PLANEJAR O
CONTROLE NA EXECUÇÃO DO CONTRATO. 24. RECEBIMENTO DO OBJETO
DO CONTRATO. 25. TERMO ADITIVO. 26. TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITI-
VO. 27. ENCERRAMENTO DO CONTRATO. 28. MODELOS DO TERMO DE EN-
CERRAMENTO DO CONTRATO. 29. CONCLUSÃO.

Este capítulo está diretamente ligado à parte prática, às ações


que o fiscal de contratos administrativos fará em primeiro momento ao
ser nomeado, bem como, às demais tarefas na execução do contrato,
até o término de sua vigência.

Serão apresentados modelos de documentos para servir de base,


que podem ser adaptados à situação do contrato fiscalizado. Logo, o
fiscal terá uma orientação como montar um livro de registro de ocor-
rências, as fases do contrato, os modelos de documentos a serem
elaborados e formulas do Excel para ajudar no controle.

47
Elyud Santos de Freitas

18. PRINCIPAIS AÇÕES AO SER NOMEADO FISCAL DE CONTRATO

A estratégia da fiscalização deve ser caso a caso, devendo o


Fiscal ler todas as cláusulas do contrato para ter conhecimento dos
serviços a serem executados, como os prazos, locais de entregas,
materiais a serem utilizados, entre outros a serem cumpridos, para o
bom e fiel cumprimento.

Ter conhecimento dos artigos 54, 57, 58, 59, 60, 65 da Lei nº
8.666/1993 e outros relativos à matéria contratual.

Esclarecer dúvidas com o setor responsável e com o preposto/


representante da Contratada.

Abrir um livro de registro próprio, registrando todas as ocorrên-


cias relacionadas à execução do contrato.

Criar a medição dos serviços, de maneira que possa identificar


facilmente as falhas na execução, anotando em registro próprio e en-
caminhando os problemas que surgirem ao gestor do contrato.

Verificar se o objeto do contrato será executado de forma integral


ou parcelada, bem como, acompanhar no local da execução, o objeto
do contrato a fim de verificar se foi cumprido em sua totalidade e se
foram aplicados corretamente os materiais, a utilização dos equipa-
mentos, em suas quantidades e qualidades.

Rejeitar os bens e serviços que estejam em desacordo com as


especificações do objeto contratado, e , neste caso, informar ao gestor
os problemas detectados que estejam em desacordo com o objeto do
contrato.

Comunicar qualquer problema detectado na prestação do serviço


ao preposto por intermédio de expediente (informatizado ou por outro
meio formal), para que as irregularidades encontradas, sejam repara-
das em tempo oportuno.
48
Fiscal de Contratos na Prática

Comunicar a autoridade superior, aos gestores, eventuais atrasos


nos prazos de entrega ou na execução do objeto.

Notificar a contratada, sempre por escrito, com prova de recebi-


mento da notificação (procedimento formal, sempre com prazo, etc.)
para a reparação da obrigação.

No caso de obras e prestação de serviços de engenharia, anotar


todas as ocorrências no diário de obras, tomando as providências que
estejam sob sua alçada e encaminhando as que estão fora de sua com-
petência aos gestor e superior.

Propor a aplicação das sanções administrativas à Contratada,


em razão de inobservância ou desobediência às cláusulas contratuais
e instruções ou ordens da fiscalização.

Receber as notas fiscais, faturas e recibos comprobatórios da


execução dos serviços encaminhados pela empresa contratada, devi-
damente protocolizada, analisando se estão corretamente preenchidos
os campos: nome da empresa, nota de emprenho, data, valor, entre
outros.

Antes de atestar a execução dos serviços discriminados na nota


fiscal, fatura ou recibo, certificar-se de que todos os empregados de-
signados para a execução dos serviços estão regularizados, verifican-
do a planilha de frequência, o pagamento de seguro contra riscos de
acidentes de trabalho e os documentos de regularidade fiscal, como as
guias de recolhimento do FGTS e INSS, entre outros.

Encaminhar as faturas, devidamente atestadas (com o recebi-


mento do serviço), para o Ordenador de Despesas.

Realizar acompanhamento do cronograma físico financeiro (efe-


tuando a medição do que foi executado e pago e o que resta ser exe-
cutado e pago).

49
Elyud Santos de Freitas

Antes do término do contrato administrativo, oficiar a empresa,


se deseja continuar com o contrato. Havendo ou não o interesse, a
informação da empresa será encaminhada juntamente com o parecer
da prestação do serviço no decorrer do contrato à autoridade compe-
tente (gestor e ordenador de despesas) para que sejam tomadas as
providências administrativas necessárias para a prorrogação (Termo
Aditivo) antes do seu término.

Um bom prazo para oficiar e iniciar as tratativas com a contra-


tada, seriam 4 (quatro) meses que antecedem o término do contrato.

Os contratos anuais de serviços continuados podem ser prorro-


gados por até 60 meses, logo, é importante ficar atento às prorroga-
ções para não haver descontinuidade dos serviços. Atenção especial
na ultima prorrogação, na qual deverá se feito novo processo licitató-
rio.

Ao término do contrato, encerrar o livro de registros e encami-


nha-lo para autoridade competente publicar em boletim o término do
contrato.

18.1 Outras ações do fiscal de contratos

Solicitar da Contratada, para as obras e serviços de engenharia,


as Anotações de Responsabilidade Técnica (ART), devidamente reco-
lhidas, para cada habilitação específica.

Autorizar, por escrito, a retirada ou transferência de materiais,


máquinas e equipamentos do local da obra, quando necessário, me-
diante a apresentação da apólice de seguro do transporte do bem,
quando previsto.

Manter atualizada a relação nominal dos empregados designa-


dos para execução dos serviços.

Observar as alterações de interesse da Contratada que, por sua

50
Fiscal de Contratos na Prática

vez, deverão ser por ela formalizadas e devidamente fundamentadas,


a exemplo de pedido de reequilíbrio econômico–financeiro ou repac-
tuação.

Ocorrendo o pedido de prorrogação de prazo devido ao não-cum-


primento do cronograma de execução, deverá ser comprovado o fato
impeditivo respectivo. Nesta hipótese, cabe ao gestor verificar se a
data protocolada do pedido e o fato alegado são justificáveis.

Elaborar ou solicitar justificativa técnica, quando couber, na hi-


pótese de alteração unilateral do contrato pela Administração.

Determinar o afastamento do preposto ou de qualquer emprega-


do da Contratada, desde que constate a inoperância, a incapacidade
ou atos desabonadores, procedendo da mesma forma em relação ao
preposto ou empregados.

Verificar se os empregados estão com a devida identificação e


uniforme, e se estão utilizando os equipamentos de segurança, sejam
individuais ou coletivos. Observada alguma falta, notificar o preposto
para que tome suas providencias com o empregado, entre outros.

18.2 Irregularidades que devem ser evitadas.

O Fiscal deverá evitar:

- atestar serviços que não foram executados;

- deixar de verificar a autenticidade das notas fiscais com os


termos do contrato;

- recebimento de material ou serviço com qualidade e quantidade


inferior à contratada;

- atestar o pagamento de obras inacabadas ou pagamento de


serviços em desacordo com o projeto básico, entre outras.

51
Elyud Santos de Freitas

18.3 Fluxograma das principais ações na fiscalização do contrato


PASSO 1 - NOMEAÇÃO

Boletim
Passo 1 - NOMEAÇÃO: é o ato de tornar
público a designação do fiscal de contratos.

Passo 2 - LER: a estratégia da fiscalização


deve ser caso a caso. O fiscal deve ler todas as
PASSO 2 - LER cláusulas do contrato para ter conhecimento dos
serviços a serem executados, como os prazos, os
locais de entregas, materiais a serem utilizados,
entre outros, e criar sua estratégia na medição dos
serviços e da fiscalização, de maneira que possa
identificar facilmente as falhas na execução do con-
PASSO 3 - LIVRO
trato.
LIVRO DE
REGISTRO DE Passo 3 - LIVRO: Abrir um livro de registro
OCORRÊNCIA
próprio, registrando todas as ocorrências relaciona-
CONTRATO 001/2017
das à execução do contrato, alterações, pagamen-
tos, glosas, entre outros, que possam ocorrer na
PASSO 4 - EXECUÇÃO
vigência do contrato.

Passo 4 - EXECUÇÃO: Na execução, o fiscal


deve verificar as datas de entrega do objeto do con-
trato; se será executado de forma integral ou parce-
lada. Acompanhar, no local da execução o objeto do
PASSO 5 - ENTREGA contrato, a fim de verificar se foi cumprido em sua
totalidade, tomando todas as medidas para o seu
fiel cumprimento.

Passo 5 - ENTREGA: Nessa fase, o fiscal


deve ser meticuloso, verificando se o objeto está
completo ou faltando material, matéria prima, entre
outros. Caso haja divergência, deve enviar do-

1 cumento formal à empresa, comunicando as alte-


rações encontradas, para que o objeto possa ser
52
Fiscal de Contratos na Prática

cumprido dentro do prazo.

1
PASSO 6 - COMISSÃO
Passo 6 - COMISSÃO: Será nomeada uma co-
missão para analisar toda a documentação pertinen-
te à entrega do objeto do contrato.

PASSO 7 - NOTA
Passo 7 - NOTA: Será analisada a Nota Fiscal

Foi PRESTADO OS SERVIÇOS/RECEBIDO O MATERIAL
 de que trata a presente
 
 
Brasília-DF, ___/____/_____



________________________
Nome/Cargo 
Fiscal do Contrato 




 ORGANIZAÇÃO MILITAR
AUTORIZO O PAGAMENTO

Brasília-DF, ___/____/_____ 

(valor, objeto, emprenho, etc.). Se estiver tudo certo,


________________________ 
Nome/Cargo/Função




   


  

   
   
   
   
   
 

  


 
   
   

será atestado o recebimento definitivo pela comis-


   


  
  
  
  
  
  

  
  
  
  
  
  
 


  
  




são, e encaminhada ao Ordenador de Despesas.










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
  

     

    

                       

PASSO 8 - OD

Passo 8 - ORDENADOR DE DESPESAS: Re-


ceberá a documentação e, com a comprovação do
recebimento do objeto do contrato, autorizará o pa-
gamento.

PASSO 9 - PGTO

Passo 9 - PAGAMENTO: Será recebida a Nota


Fiscal juntamente com a documentação e o setor de
pagamento efetuará a liquidação e o pagamento.

PASSO 10 - FIM

Boletim
Passo 10 - FIM: Após o pagamento, dependen-
do do contrato, será publicado o seu encerramento.

53
Elyud Santos de Freitas

19. ABERTURA DO LIVRO REGISTRO DE OCORRÊNCIAS

O primeiro ato do fiscal de contrato, será tomar ciência de sua


nomeação. Ato contínuo, o fiscal tomará algumas providências iniciais,
dentre elas:

Ler o contrato, tomar conhecimento do objeto, da data de entrega,


dos prazos, da validade, entre outros. O Fiscal deve planejar a sua fis-
calização para o fiel cumprimento da execução do contrato.

Abrir um Livro de Registros (art. 67 da Lei 8.666/1993), com a


finalidade de acompanhar e registrar todos os atos na execução do
contrato de forma organizada e cronológica.

Se for um contrato já em andamento, analisar todos os atos pre-


téritos e, caso haja alguma inobservância ao contrato, notificar ao
gestor, para que sejam tomadas as providências necessárias.

Na abertura do Livro Registro de Ocorrências, deve-se juntar


alguns documentos para iniciar o controle da fiscalização do contrato,
tais como:

(1) Capa contendo os dados do contrato (p. 59);

(2) Termo de abertura do Livro registro de ocorrências (p. 60);

(3) Termo de juntada de documentos (p. 61);

(4) Publicação da nomeação no boletim interno (p. 62);

(5) Termo de Referência (p. 63);

(6) Termo de Contrato (p. 64);

(7) Nota de Empenho (p. 65);

(8) Garantia (p. 66);


(9) Termo de Encerramento de volume (ao atingir 200 folhas) (p. 68); e

(10) Termo de abertura do 2º volume (continuando a numeração) (p. 69).

54
Fiscal de Contratos na Prática

Neste exemplo de organograma, serão juntados os documentos


no Livro Registro de Ocorrências: Boletim de Nomeação, Contrato,
Termo de Referência, Nota de Empenho, Seguro Garantia, que serão
os documentos básicos para controle do fiscal de contrato.

Contrato

Boletim

serviços
de vigência
spois o praz
valida

Referência
Abertura

Livro Registro
de Ocorrências

Empenho
Juntada

......................................
......................................

Seguro
Garantia

Esses documentos serão as partes iniciais do livro de registro


sendo organizados de forma a ajudar no acompanhamento durante
toda a fiscalização do contrato.

Os modelos a seguir exemplificarão a abertura do Livro Registro


de Ocorrências.

55
56
MODELO

DE

DOCUMENTOS

57
Elyud Santos de Freitas

20. MODELOS DE DOCUMENTOS DO LIVRO REGISTRO

20.1 Ilustração do livro registro de ocorrências (até 200 fl)

LIVRO
REGISTRO DE
OCORRÊNCIAS

CONTRATO 001/2017

58
Fiscal de Contratos na Prática

20.2 Modelo de primeira capa contendo os dados do contrato

Documento de Nomeação: BI nº xx, de ....

Nome do Fiscal Telefone e-mail

Fiscal (substituto) Telefone e-mail

Contratante Telefone e-mail

CNPJ Endereço

Contratada/Empresa Telefone e-mail

CNPJ Endereço

Contrato nº Ano Vigência


xx/xx/xx a xx/xx/xx
Objeto

Nota de Empenho Data Valor

Ordem Bancária Data Valor

59
Elyud Santos de Freitas

20.3 Modelo do termo de abertura do livro registro de ocorrências

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE ABERTURA DO LIVRO-REGISTRO DE OCORRÊNCIAS


CONTRATO Nr XXX/2017 OM/XX

Aos sete dias do mês de março do ano de dois mil e dezes-


sete, nesta cidade de Local, Cidade-UF, na (organização militar
contratante), em cumprimento ao determinado no Boletim Interno
nº 100, de março de dois mil e dezoito do(a) .... (OM), faço a
abertura do presente livro de ocorrências referentes ao Contrato
nº XXX/2017 firmado entre a(o) OM/XX e a Empresa XXXXXX
XXXXX - Prestação de Serviço de xxxxxxxx xxxxx, inscrita no
CNPJ sob o nº 01.555.111/0001-56, para prestação de serviço de
xxxxxxxx xxxxx, do que, para constar, lavrei o presente termo.

Nome – posto/Grad
Fiscal do contrato

60
Fiscal de Contratos na Prática

20.4 Modelo do termo de juntada de documentos

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE JUNTADA DE DOCUMENTOS


CONTRATO Nr XXX/2017 OM/XX

Aos oito dias do mês de março do ano de dois mil e dezes-


sete, nesta cidade de Cidade, UF, na (organização militar contra-
tante), faço a juntada ao livro-registro de ocorrências dos docu-
mentos a seguir:

- Cópia do Boletim Interno que designou o Fiscal e o Fiscal


Substituto do contrato nº ....;

- Cópia do Termo de Referência;

- Cópia do Termo de Contrato;

- Cópia da Nota de Empenho; e

- Cópia do Termo de Garantia.

Nome – posto/Grad
Fiscal do contrato

61
Elyud Santos de Freitas

20.5 Publicação da nomeação do Fiscal de Contrato

(Continuação do BI nº 50, de 14/32/2018, da OM)

b) Fiscal e fiscal substituto de contratos - designação

Designo os militares abaixo relacionados, da (OM), como fiscais e fiscais substitutos

dos contratos do objeto avençados a seguir nominados:

posto/grad - nome - fiscal

posto/grad - nome - fiscal substituto

- Contrato nº XXX/2017-(OM), firmado entre o OM e a empresa XXXXXXXXXX

XXXXXXXXX Ltda, referente à aquisição de 01 (uma) VTP ônibus rodoviário.

Em Consequência:

a) o Comandante da (OM), o ...... tomem conhecimento e as providências decorrentes;

b) os fiscais e os fiscais substitutos atendam as determinações contidas na Regula-

mentação interna, publicadas no Adt Nr XXXX da OM ao BI nº XXX, de 06/01/2017, observem

as Legislações específicas aplicadas aos objetos, consultando o Comprasnet e a jurisprudên-

cia do TCU; analisem os valores faturados pela contratada comparando-os com os dos empe-

nhos e verifiquem as eventuais condições de faturamento, glosas, etc; e utilizem o Sistema

de Acompanhamento de Contratos, como ferramenta de atuação na fiscalização e gestão dos

contratos;

c) os fiscais e os fiscais substituto, caso não tenham se cadastrados, deverão dirigir-se

à xxxx para cadastramento e obtenção de senha de acesso ao Sistema de Acompanhamento

de Contratos e de Processos; e

d) os acompanhantes dos contratos deverão utilizar o sistema de acompanhamento de

contratos como ferramenta de atualização do nome dos fiscais e do fiscais substitutos.

(Nota Nr 18 e 19-xxxx/XXXX/xx, de 12 MAR 18)

62
Fiscal de Contratos na Prática

20.6 Cópia do Termo de Referência

....
OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATADA
ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
JUSTIFICATIVA
OBJETO
TERMO DE REFERÊNCIA

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE REFERÊNCIA
1. OBJETO

Registro de Preços para contratação de empresa para pres-


tação de serviços de Xxxxxxxx xxxxx (Serviço Móvel Pessoal - SMP),
comunicação de voz e dados, via rede móvel com tecnologia digital e
facilidades de roaming nacional e internacional, a fim de atender as
demandas do xxxxxxxxx de xxxxxxxxxx e xxxxxxxxx do Exército (X),
órgão gerenciador e dos demais órgãos participantes, conforme con-
dições, quantidades e exigências estabelecidas neste instrumento.

2. JUSTIFICATIVA
2.1 – A prestação do serviço de xxxxxxxx xxxxx é essencial para a realização das
atividades dos servidores das Organizações Militares (OM) do Quartel General do Exército
(QGEx) e demais OM participantes, que por necessidade do trabalho são acionados a
qualquer horário ou em situações em que o servidor se encontra em ambiente externo ao
ambiente de trabalho, sendo, portanto, um instrumento auxiliar na execução dos serviços.

2.2 - A contratação do Serviço de Xxxxxxxx xxxxx é necessária para proporcionar


uma comunicação ágil, eficiente e flexível para os integrantes do QGEx que ocupam funções
estratégicas ou estejam envolvidos em atividades operacionais e administrativas essenciais

63
Elyud Santos de Freitas

20.7 Cópia do Termo do Contrato

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE CONTRATO NR XXX/2017 - OM/DIVISÃO ADMINISTRATIVA

CONTRATANTE: A UNIÃO, POR INTERMÉDIO DO


XXXXXXXXXXX, ÓRGÃO DO MINISTÉRIO DA DEFESA -
EXÉRCITO BRASILEIRO

CONTRATADA: XXXXXXXX XXXXXXX S.A.

OBJETO: Contrato de prestação de serviços de. Xxxxxxxx xxxxx


(Serviço Móvel Pessoal - SMP), comunicação de voz e dados, via
rede móvel com tecnologia digital e facilidades de roaming nacional
e internacional.

NATUREZA: OSTENSIVO

VALOR: R$ XX.808,14 (XXXXXX, oitocentos e oito reais e quatorze


centavos).·

PRAZO DE VIGÊNCIA: 05 JAN 17 a 04 JAN 18

A união, entidade de direito público interno, por intermédio do


XXXXXXXXXXXXXX (XXXXXXX) do Comando do Exército, inscrito no
Cadastro Geral de Pessoa Juríd ica (CNPJ) sob o nº 00.111.222 /0246-01,
daqui por diante denominada CONTRATANTE, representada neste ato
pelo Sr. xxxxxx xxxxxx xxxxxxx xxxxxxx, Ordenador de Despesas, portador
da Carteira de Identidade nº 023.456.876-5/EB-MD e do CPF nº 987.654.321-
09 , e a empresa xxxxxxxx S.A., inscrita no CNPJ sob o Nº 02.555.1111/0001-
22, estabelecida na xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, 1234, Cidade xxxxxxxxx
- São Paulo-SP, CEP 04.570-920 , doravante designada CONTRATADA ,
neste ato representada pelo(a) Sr. REPRESENTANTE DA EMPRESA
CONTRATADA, brasiLeiro, administrador, casado17.7. Nota de Empenho

64
Fiscal de Contratos na Prática

20.8 Cópia da Nota de Empenho

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


SIAFI - SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL

N O T A D E E M P E N H O
PÁGINA:

EMISSAO : DD MM AAAA NÚMERO: XXXXXXXX ESPÉCIE: EMPENHO DE DESPESA


EMITENTE :
CNPJ :
ENDERECO :
MUNICIPIO :

CREDOR :
ENDERECO :
MUNICIPIO :
TAXA CAMBIO :
OBSERVACAO / FINALIDADE
SERVICO DE XXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXXX

CLASS :
TIPO : GLOBAL MODALIDADE DE LICITACAO: INEXIGIVEL
AMPARO : LEI 8.666 INCISO: 01 PROCESSO: XXXX.XXXX/2017-01
UF/MUNICIPIO BENEFICIADO : DF
ORIGEM DO MATERIAL :
REFERENCIA DA DISPENSA : ART 25/01 LEI 8.666/93 NUM. ORIG.:

VALOR EMPENHO : XXXXXX XXXXXXX (XXXXXX XXXXXX XXXXXXXX XXXXXX)*********


***********************************************************************************************************
***********************************************************************************************************
***********************************************************************************************************

ESPECIFICACAO DO MATERIAL OU SERVICO

ND: 339039 SUBITEM: 17 - MANUT. E CONSERV. DE MAQUINAS


REQ.: 1 QUANTIDADE: 1 VALOR UNITARIO :
VALOR DO SEQ. :

MANUTENCAO / REPARO - EQUIPAMENTO XXXXXXXXXXX


000020834
prestação de serviço de assistência técnica de natureza continuada para realizar a aferição
de manutenção preventiva e a manutenção corretiva xxxxxx xxxxxxxx

TOTAL: XXX.XXX,00

65
Elyud Santos de Freitas

20.9 Cópia do Seguro Garantia

66
Fiscal de Contratos na Prática

Após o seguro garantia, já se inicia as anotações de toda a evo-


lução da fiscalização, e quando atingir 200 folhas, será encerrado o
volume 1 e aberto o volume 2.

67
Elyud Santos de Freitas

21. MODELO DE TERMO DE ENCERRAMENTO

21.1 Termo de Encerramento do Livro registro de ocorrências

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE ENCERRAMENTO DO LIVRO-REGISTRO DE OCORRÊNCIAS


CONTRATO Nr XXX/2017 OM/XX

Aos vinte e sete dias do mês de dezembro do ano de dois mil e


dezessete, nesta cidade de Cidade, UF, na (organização militar contra-
tante), faço o encerramento do volume nº 01, contendo 200 (duzentas)
páginas, do presente livro de ocorrências referentes ao Contrato nº
XXX/2017, abrindo em seguida o volume nº 02, do que, para constar,
lavrei o presente termo.

Nome – Posto/Grad
Fiscal do contrato

68
Fiscal de Contratos na Prática

22.MODELO DE TERMO DE ABERTURA DO 2º VOLUME

22.1 Capa do 2º Volume do Livro registro de ocorrências

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE ABERTURA DO LIVRO-REGISTRO DE OCORRÊNCIAS


CONTRATO Nr XXX/2017 OM/XX

VOLUME 2

Aos dez dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezoito,


nesta cidade de Cidade, UF, na (organização militar contratante),
em cumprimento ao determinado no Boletim Interno nº 44, de março
de dois mil e dezessete, faço a abertura do presente livro de ocor-
rências, VOLUME 2, referentes ao Contrato nº XXX/2017 (Termo
Aditivo 01/2018) firmado entre o(a) OM e a Empresa xxxxxxxxxxxxx
- Prestação de Serviço de xxxxxxxx xxxxx, inscrita no CNPJ sob o nº
02.555.1111/0001-22, para prestação de serviço de xxxxxxxx xxxxx, do
que, para constar, lavrei o presente termo.

Nome – Posto/Grad
Fiscal do contrato

69
Elyud Santos de Freitas

23. PLANEJAR O CONTROLE NA EXECUÇÃO DO CONTRATO

Após a abertura do livro registro de ocorrências, o fiscal deve


ter algum mecanismo de controle de todos os prazos, tais como as
datas de entrega, datas da vigência do contrato, entre outras. Uma boa
opção para quem não tem um programa de gerenciamento é recorrer
ao Excel, Isto poderá ser de grande ajuda.

A planilha de controle visa subsidiar o fiscal do resumo das


etapas do contrato administrativo, demonstrando o prazo de vigência,
os pagamentos realizados, as glosas, as Ordens Bancárias, ou seja,
uma visão resumida, da situação atual e, em tempo oportuno.

Cabeçalho, com as informações principais do contrato

Controle do prazo de vigência do contrato

70
Fiscal de Contratos na Prática

Fórmula: =SE(E5=””;””;SE((E5)<HOJE();“EXPIRADO”; E5-HOJE( ) & “d”))

A fórmula faz uma condição, caso a data seja menor que a data
atual, a célula F5 recebe o nome FINALIZADO, mas, se a data for
maior que a data de hoje, a fórmula diminui a data atual pela data de
FIM do contrato e traz como resultado os dias restantes da vigência do
contrato (201 d ).

Controle do prazo para oficiar a empresa 120 dias antes do


término do contrato, para que esta se manifeste em prorrogar por igual
período.

Fórmula: =SE(E3=””;””;SE((E3)<HOJE(); “FINALIZADO”; E3 - HOJE( ) & “ d”))

A fórmula faz uma condição, caso a data seja menor que a data
atual, a célula F3 recebe o nome FINALIZADO, mas, se a data for
maior, a fórmula diminui a data atual pela data do FIM do contrato e
traz como resultado os dias restantes da vigência do contrato (78 d).

Controle de Reuniões do Fiscal do contrato

O Fiscal pode participar com o gestor de reuniões mensais, como


existe em meu local de trabalho, que os administradores fazem refe-
rências e trocam experiências sobre vários contratos vigentes.

O Fiscal também pode se reunir com seu substituto, passando a


situação que se encontra o contrato, suas pendências ou apenas para
71
Elyud Santos de Freitas

trocar experiências sobre a execução do contrato, para o seu substituo


estar sempre em condições de responder em caso de uma ausência
repentina do fiscal do contrato.

Controle de pagamento da Faturas/Notas Fiscais do contrato

Fórmula: =SE(G25 <> “”;“PAGA”; SE((C25)>HOJE();C25-HOJE( ) & “d”;”VENCIDA”))

A fórmula faz uma condição, se a célula G25 for diferente de


vazio, escreve PAGA na célula D25, caso seja vazia, verifica se a
data da célula C25 é maior que a data de hoje, se for, diminui a data
da célula C25 pela data de hoje escrevendo como resultado os dias
restantes para o vencimento do Fatura (3 d). Se a célula C25 for menor
que a data de hoje, escreve na célula D5 VENCIDA.

Na Célula D37, temos o valor da nota de empenho que o fiscal


deverá ter atenção quanto aos pagamentos, o que deve sempre ter
saldo para pagamento.

Na Célula D38, temos o valor restante do empenho, pois cada


conta paga, será abatida do valor total do empenho.
Na Célula E38, temos o valor total das faturas cobradas.

Na Célula F38, temos o valor total após a retificação das faturas


cobradas.
Na Célula G38, temos o valor total de economia após a retifica-
ção das faturas cobradas.

72
Fiscal de Contratos na Prática

23.1 Modelo de planilha de controle


BI Nr xx, de 07 de março de 2017, da OM FORMULA
Fiscal de Contrato : Nome Telefone: xxxx-4070 =SE(F9="";"";SE((F9)<HOJE();
Fiscal Substituto : Nome R: 5050 "FINALIZADO"; F9- HOJE( ) & " d"))
Gestor : Nome R: 5070
Contatos preposto: Nome 0800 xx xx xx x e-mail: preposto@xxxxx.com.br
OBJETO do DIAS
CONTRATO EMPRESA INÍCIO FIM
CONTRATADO RESTANTES
PRESTAÇÃO DE SV
xxx/2016 OM/XX EMPRESA ... 05/01/2016 04/01/2017 FINALIZADO
xxxxxxx xxxxx
PRESTAÇÃO DE SV
TA 01/2017 EMPRESA ... 05/01/2017 04/01/2018 FINALIZADO
xxxxxxx xxxxx
PRESTAÇÃO DE SV
TA 02/2018 EMPRESA ... 05/01/2018 04/01/2019 228 d
xxxxxxx xxxxx
OFICIAR A EMPRESA PARA INFORMAR SOBRE O TERMO ADITIVO 120 dias antes do FIM 108 d

DIEx nº 12-Sec xxx/xx/xxxx - CIRCULAR, 15 FEV 16 FORMULA


(Reunião Mensal do Fiscal de Contrato na Fisc Adm às 14 h) =SE(B13="";"";SE((B13)<HOJE();
CNPJ: 00.xxx.xxx/0001-xx Contratante "REALIZADA"; B13- HOJE( ) & " d"))
CNPJ: 02.xxx.xxx/0001-xx Contratada
REUNIÕES MENSAIS DO FISCAL DE CONTRATO
10/01/2018 REALIZADA quarta-feira 11/07/2018 51 d quarta-feira
07/02/2018 REALIZADA quarta-feira 08/08/2018 79 d quarta-feira
07/03/2018 REALIZADA quarta-feira 12/09/2018 114 d quarta-feira
11/04/2018 REALIZADA quarta-feira 10/10/2018 142 d quarta-feira
09/05/2018 REALIZADA quarta-feira 07/11/2018 170 d quarta-feira
06/06/2018 16 d quarta-feira 12/12/2018 205 d quarta-feira

CONTROLES MENSAIS
DATA DIAS
MÊS Valor Cobrado Valor Retificado OB
VENCIMENTO RESTANTES
2018OBxx0320
1 17/01/2018 PAGA R$ 4.121,13 R$ 2.771,61 16/02/2017
2018OBxx0381
2 17/02/2018 PAGA R$ 3.502,57 R$ 2.982,95 30/03/2017
2018OBxx0551
3 17/03/2018 PAGA R$ 4.004,96 R$ 3.527,03 18/04/2017

4 17/04/2018 VENCIDA

5 17/05/2018 VENCIDA FORMULA


Formatar
6 17/06/2018 27 d \células\Tipo\Personalizado\(DDDD)
7 17/07/2018 57 d
FORMULA
8 17/08/2018 88 d
=SE(E18="";"";SE((E18)<HOJE();
9 17/09/2018 119 d

10 17/10/2018 149 d FORMULA


=SE(G25 <> ""; "PAGA"; SE((C25)>HOJE();C25-
11 17/11/2018 180 d
HOJE( ) & " d";"VENCIDA"))
12 17/12/2018 210 d
Empenho
R$ 12.500,00 Cobrados 2018 Retificados 2018 Economia 2018
2018NExx0070
Saldo R$ 3.218,41 R$ 11.628,66 R$ 9.281,59 R$ 2.347,07

73
Elyud Santos de Freitas

24. RECEBIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO

O objeto do contrato terá um prazo para ser executado


(sendo uma prestação de serviços ou entrega de material, entre
outros) e o fiscal acompanhará a execução e medirá o serviço,
verificando se o objeto foi executado em sua totalidade. Ao final, o
fiscal confeccionará alguns documentos para enviar ao Ordenador
de Despesas para Liquidação e Pagamento.

O fiscal fará um relatório contendo o histórico da execução


do serviço para o Ordenador de Despesas tenha plena convicção
de que o serviço foi executado em sua totalidade e possa efetuar
o pagamento com confiança.

Atenção! Caso o objeto do contrato seja entregue com pen-


dências ou incompleto, o fiscal entrará em contato com o prepos-
to da empresa por meio dedocumento formal, encaminhando com
prazo para regularizar o inadimplemento podendo, ainda, sugerir
ao gestor as sanções aplicáveis em cada caso.

Art. 44, § 2º. As comunicações entre o órgão ou enti-


dade e a contratada devem ser realizadas por
escrito sempre que o ato exigir tal formalidade, ad-
mitindo-se, excepcionalmente, o uso de mensagem
eletrônica para esse fim. (art. 44, § 2º da IN 05/2017-
MPOG, grifo nosso).

Importante! Assim que o documento for assinado, o fiscal deve


digitalizar o documento e enviar por e-mail, para que o preposto
tome conhecimento e possa resolver a pendência dentro do prazo de
entrega.

Se o objeto não for entregue conforme o contratado, o Fiscal


medirá o serviço e mandará emitir a Nota Fiscal no valor corresponde-
tes ao serviço entregue (art. 50, II, c) da IN 05/2017 -MPOG ).

74
Fiscal de Contratos na Prática

Art. 50, II, c) comunicar a empresa para que emita a


Nota Fiscal ou Fatura com o valor exato dimensio-
nado pela fiscalização com base no Instrumento de
Medição de Resultado (IMR), observado o Anexo
VIII-A ou instrumento substituto, se for o caso. ( art.
50, II, c) da IN 05/2017 -MPOG , grifo nosso).

Exemplo: A empresa deveria entregar 10.000 litros de combus-


tível ao valor de R$ 3,00 que totalizariam R$ 30.000,00 até o dia 10,
e a empresa entregou apenas 9.800 litros de combustível no dia 10.

Ato contínuo, o Fiscal entrou em contato com o preposto da


empresa e mandou apresentar nota fiscal de apenas 9.800 litros,
que irão totalizar o valor de R$ 29.900,00, podendo ser aplicadas as
sanções pela execução parcial do objeto do contrato, conforme as
cláusulas de penalidade previstas no contrato.

Ao receber a nota fiscal ou faturas da execução do serviço, o


Fiscal deve analisar todo o conteúdo do documento e em caso de in-
conformidade, deve entrar em contato com o preposto da empresa
para confecção de nota ou fatura a ser encaminhada novamente com
todos os itens corrigidos, para posterior liquidação e pagamento (art.
50, II, a) da IN 05/2017) .

Art. 50, II, a) realizar a análise dos relatórios e de toda


a documentação apresentada pela fiscalização técnica
e administrativa e, caso haja irregularidades que
impeçam a liquidação e o pagamento da despesa,
indicar as cláusulas contratuais pertinentes, solicitan-
do à contratada, por escrito, as respectivas corre-
ções. (art. 50, II, a) da IN 05/2017, grifo nosso).

Ao receber a nota fiscal ou fatura, deve ser observado se tudo o


que consta na nota fiscal ou fatura foi entregue ou executado (após o
pedido de correção). Logo, a fiscalização se torna uma ferramenta es-
sencial para a Administração ter certeza de que o objeto contratado foi

75
Elyud Santos de Freitas

recebido ou executado em sua totalidade. Caso não tenha sido, o fiscal


mandará glosar a nota ou fatura (reduzir o valor da nota, proporcional-
mente ao serviço prestado). Se ocorrer algum prejuízo pela sua execu-
ção parcial ou esteja prevista alguma sanção administrativa, o fiscal
encaminhará ao gestor a indicação da sanção a ser aplicada no con-
trato.

Após o recebimento da nota fiscal/fatura e estando correta, o


fiscal do contrato a encaminhará à comissão nomeada para o recebi-
mento definitivo, que analisará e ratificará toda a documentação rece-
bida (atesto do fiscal do contrato, termos de recebimento provisório,
cláusulas do contrato, entre outros), e emitirá parecer para o recebi-
mento definitivo do objeto do contrato.

Uma vez concluido o trabalho da comissão, encaminhará toda


a documentação recebida juntamente com o Termo de Recebimento
Definitivo (TRD), para o Ordenador de Despesas tomar as medidas
administrativas inerentes à liquidação e ao pagamento.

O Ordenador de Despesas, ao receber o TRD, como toda a docu-


mentação comprobatória do Recebimento do objeto do contrato, terá
subsídios comprobatórios suficientes para encaminhar para pagamen-
to a nota fiscal/fatura.

24.1 Fluxo do Recebimento do objeto do contrato

EXAME MAT/SV NOTA FISCAL COMISSÃO TRD ORD. DESPESAS PAGAMENTO



Foi PRESTADO OS SERVIÇOS/RECEBIDO O MATERIAL
 de que trata a presente
 
 
Brasília-DF, ___/____/_____



________________________
Nome/Cargo 
Fiscal do Contrato 




 ORGANIZAÇÃO MILITAR
AUTORIZO O PAGAMENTO

Brasília-DF, ___/____/_____ 

________________________ 
Nome/Cargo/Função




   


  

   
   
   
   
   
 

  


 
   
   
   


  
  
  
  
  
  

  
  
  
  
  
  
 


  
  













 

  

     

    

                       

76
Fiscal de Contratos na Prática

24.2 Fluxo do recebimento incompleto do objeto

1
EXAME MAT/SV
1. Recebimento e 2. Na medição do serviço
medição do objeto estando tudo certo, ir para
contratado, ir para ação (3), caso contrário, ir
ação (2). para ação (4).

s
N 4
2 5

s N

3

Foi PRESTADO OS SERVIÇOS/RECEBIDO O MATERIAL
 de que trata a presente
 
 
Brasília-DF, ___/____/_____



________________________
Nome/Cargo 
Fiscal do Contrato 




 ORGANIZAÇÃO MILITAR

6
AUTORIZO O PAGAMENTO


7
Brasília-DF, ___/____/_____ 

________________________ 
Nome/Cargo/Função




   


  

   
   

NOTA FISCAL
   
   
   
 

  


 
   
   
   


  
  
  
  
  
  

  
  
  
  
  
  
 


  
  













 

  

     

    

                       

3. O fiscal, receberá a 7. O fiscal, receberá a


fatura ou nota fiscal e Nota Fiscal ou Fatura.
atestará o recebimento estando TOTALMENTE
COMISSÃO DE
RECEBIMENTO 8 do objeto do contrato e correta, ir para ação (3),
encaminhará para a caso contrário, ir para
comissão nomeada para ação para correção (4).
o recebimento definitivo,
8. analisa a documen-
ir para ação (8).
tação e encaminha os
4. Oficiar ao preposto relatórios, juntamente
com a Nota Fiscal ou
9 da empresa, com prazo
para regularizar a Fatura, com o atesto do
entrega ou serviço, ir recebimento para o
ORDENADOR
DESPESAS para ação (5). Ordenador de Despesa,
ir para ação (9).
5. se corrigiu ou
efetuou a entrega, irá 9. O Ordenador de
para ação (2), caso Despesas analisará toda
PAGAMENTO 10 contrário, ir para ação (6) a documentação e com
o Termo de Recebimen-
6. se a observação do to Definitvo, mais o
fiscal NÃO foi corrigida, atesto do fiscal,
a nota será reduzida, confirmando o
conforme o percentual recebimento do serviço,
da entrega ou serviço, ir autorizará o pagamento,
para ação (7). ir para ação (10).

10. O setor de pagamento efetuará a liquidação e


pagamento através ordem bancária no valor da Nota
Fiscal enviada para pagamento.

77
Elyud Santos de Freitas

Ao receber o objeto do contrato, serão executadas várias ações,


dentre elas, a elaboração de documentos para serem encaminhados ao
ordenador de despesas que, posteriormente, efetuará o pagamento.

Neste exemplo, será recebida uma fatura do serviço do mês xxx


e o fiscal providenciará os seguintes documentos:

- Documento encaminhando a Fatura ao ordenador de despesas;

- Relatório Mensal do Contrato nº XXX/2017;

- Carimbo de Atesto do Fiscal do Contrato;

- Contas atestadas pelo Fiscal do Contrato; e

- Nota de Empenho

Os modelos, a seguir, demonstram os documentos que o fiscal


deve elaborar mensalmente e enviar ao ordenador de despesas para
efetuar o pagamento.

Este tipo de contrato exemplificará um contrato de prestação de


serviço contínuo que, no caso demonstrado, será de telefonia.

Nos contratos de prestação mensal, a comissão de recebimentos


não atuará, haja vista que tal comissão tem um prazo para entregar
o termo de recebimento definitivo. Nestes casos, fica o fiscal direta-
mente responsável pelo atesto das notas fiscais ou faturas, medição
do serviço e envio para o ordenador de despesas efetuar a liquidação
e ao pagamento.

78
MODELO

DE

DOCUMENTOS

79
Elyud Santos de Freitas

24.3 Modelos de documento para pagamento

24.3.1 Documento de encaminhamento da Fatura ou Nota Fiscal

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

DIEx nº xxx-OM/XX
EB: 61277.004120/2018-19
Cidade-UF , 14 de janeiro de 2018.
Do Fiscal de Contrato Nr XXX/2017
Ao Sr Ch DA - OM / XX
Assunto: Fatura para pagamento do mês de Maio
Anexo: Relatório mensal e Fatura

1. Senhor Ordenador de despesas, ao receber a fatura telefônica


do mês de dezembro com vencimento em janeiro, foi analisada e cons-
tatadas divergências nas tarifas cobradas. Ato contínuo, este fiscal
entrou em contato com a empresa prestadora de serviço e contestou
os valores cobrados indevidamente.

2. A empresa analisou as faturas e identificou a cobrança de


itens a maior dos que os pactuado no contrato, com isso, a empresa
recalculou os valores e enviou a segunda via da fatura com os valores
corrigidos, conforme prevê as clausulas do contrato.

3. Foi analisada a nova fatura e, segundo melhor juízo, encontra-


-se em conformidade com todos os termos do contrato. Portanto, envio
a nova fatura para liquidação e pagamento.

Nome – Posto/Grad
Fiscal do contrato

80
Fiscal de Contratos na Prática

24.3.2 Relatório Mensal do Contrato nº XXX/2017

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

RELATÓRIO MENSAL DO CONTRATO Nr XXX/2017 OM/XX


1. REFERÊNCIA
- NORLICO/201_.
- Contrato Nr XXX/2017 OM/XX – Empresa XXX - Prestação de Serviço XXXX.
- Objeto: contratação de serviços de XXXX.

2. PERÍODO DE ABRANGÊNCIA
Período: 25/12/2017 a 25/01/2018.
Vencimento: 17/01/2018.
Prazo de Vigência: 5 JAN 18 a 4 JAN 19.

3. SITUAÇÃO DO CONTRATO
- O contrato está vigente e sendo executado conforme os termos do contratados;
- O serviço oferecido está sendo contínuo e sem interrupção; e
- A nota de emprenho XXX/2017, tem o valor de R$ 10.000,00 para pagamento.

4. OCORRÊNCIA REGISTRADA NO PERÍODO EM QUESTÃO


- Em análise a Fatura, foi identificada uma cobrança acima dos valores pactuados em
contrato que correspondem à R$ __.000,00).

5. PROVIDÊNCIAS REALIZADAS
- Foi comunicado (por ofício e via e-mail) a empresa sobre os valores cobrados a maior
do que os pactuado em contrato.
- Foi aberta uma contestação e solicitado à retificação de valores cobrados;
- Em 13 JAN 18, foi enviada nova fatura com o valor retificado e de acordo como o pac-
tuado em contrato (R$ x.x07,64);
- Foi analisada a conta do período, com vencimentos em janeiro, e está convergindo com
os valores pactuados com os termos contrato; e
- Foi enviado à fatura para o Ordenador de Despesas para Liquidação e pagamento.

Local, Cidade-UF, 13 de janeiro de 2018.

Nome – Posto/Grad
Fiscal do contrato

81
Elyud Santos de Freitas

24.3.3 Carimbo de Atesto do Fiscal de Contratos

O fiscal ao receber a Nota Fiscal/Fatura, analisará todos os itens,


se estiver totalmente correta, será carimbado o atesto do recebimento
do serviço, sinalizando ao gestor/ordenador de despesas que o objeto
do contrato foi recebido/concluido em sua totalidade de acordo com as
cláusulas estipuladas em contrato.

Foi PRESTADO OS SERVIÇOS/RECEBIDO O MATERIAL


de que trata a presente

Brasília-DF, ___/____/_____

________________________
Nome/Cargo
Fiscal do Contrato

ORGANIZAÇÃO MILITAR
AUTORIZO O PAGAMENTO

Brasília-DF, ___/____/_____

________________________
Nome/Cargo/Função

O primeiro carimbo será o do Fiscal do Contrato, atestando o


recebimento. O segundo carimbo será o do Ordenador de Despesas,
autorizando o pagamento.
Importante! Se a execução não for completa, o fiscal deve
mandar refazer a nota em valor proporcional à execução.

82
Fiscal de Contratos na Prática

24.3.4 Contas atestadas pelo Fiscal de Contrato

OFÍCIO ENCAMINHADO A EMPRESA


E-MAIL DA CONTESTAÇÃO
FATURA TELEFONICA CONTESTADA DO MÊS DE _________

FATURA TELEFONICA RETIFICADA DO MÊS DE _________


Foi PRESTADO OS SERVIÇOS/RECEBIDO O MATERIAL
de que trata a presente

Brasília-DF, ___/____/_____

________________________
Nome/Cargo
Fiscal do Contrato

ORGANIZAÇÃO MILITAR
AUTORIZO O PAGAMENTO

Brasília-DF, ___/____/_____

________________________
Nome/Cargo/Função

83
Elyud Santos de Freitas

24.3.5 Nota de Empenho

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


SIAFI - SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL

N O T A D E E M P E N H O
PÁGINA:

EMISSAO : DD MM AAAA NÚMERO: XXXXXXXX ESPÉCIE: EMPENHO DE DESPESA


EMITENTE :
CNPJ :
ENDERECO :
MUNICIPIO :

CREDOR :
ENDERECO :
MUNICIPIO :
TAXA CAMBIO :
OBSERVACAO / FINALIDADE
SERVICO DE XXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXXX

CLASS :
TIPO : GLOBAL MODALIDADE DE LICITACAO: INEXIGIVEL
AMPARO : LEI 8.666 INCISO: 01 PROCESSO: XXXX.XXXX/2017-01
UF/MUNICIPIO BENEFICIADO : DF
ORIGEM DO MATERIAL :
REFERENCIA DA DISPENSA : ART 25/01 LEI 8.666/93 NUM. ORIG.:

VALOR EMPENHO : XXXXXX XXXXXXX (XXXXXX XXXXXX XXXXXXXX XXXXXX)*********


***********************************************************************************************************
***********************************************************************************************************
***********************************************************************************************************

ESPECIFICACAO DO MATERIAL OU SERVICO

ND: 339039 SUBITEM: 17 - MANUT. E CONSERV. DE MAQUINAS


REQ.: 1 QUANTIDADE: 1 VALOR UNITARIO :
VALOR DO SEQ. :

MANUTENCAO / REPARO - EQUIPAMENTO XXXXXXXXXXX


000020834
prestação de serviço de assistência técnica de natureza continuada para realizar a aferição
de manutenção preventiva e a manutenção corretiva xxxxxx xxxxxxxx

TOTAL: XXX.XXX,00

Após juntada e enviada para o Ordenador de Despesas, o fiscal


arquivará uma cópia da nota de emoenho em seu livro registro.

Para simplificar um fluxograma irá demonstrar o trâmite dos do-


cumentos para o recebimento de um contrato, mensal.

84
Fiscal de Contratos na Prática

24.4 Fluxograma do recebimento do objeto do contrato

1. Nomeação do Fiscal 1
e Fiscal Substituto.

2. Estudos do
contrato, legislação e
preparação para
2
fiscalização, ir para (3).

3. Recebimento do
objeto contratado, ir 3
para (4).

s
4. Medição do Serviço,
se estiver tudo certo, ir N
para ação (9), caso 4 5 6
contrário , ir para (5).
s N
5. Oficiar o preposto
da empresa, com prazo 4
para regularizar a 9 8 7
entrega ou serviço, ou
corrigir a Nota Fiscal
/Fatura, ir para (6).

6. Se corrigiu ou 10. Será encaminhado todos os


efetuou a entrega, ir relatórios, juntamente com a Nota
para (4), caso contrário,
10 Fiscal/Fatura, com o atesto do
ir para (7) recebimento para o Ordenador de
Despesa, ir para (11).
7. Se a observação do
fiscal NÃO foi corrigida, 11. O Ordenador de Despesas
a Nota será reduzida, analisará toda a documentação e com o
conforme o percentual
11 atesto do fiscal, confirmando o
da entrega ou serviço, recebimento do serviço, autorizará o
irá para (8). pagamento, ir para (12).
8. O fiscal, receberá a 12. O setor de pagamento efetuará a
Nota Fiscal ou Fatura. liquidação e pagamento através ordem
estando TOTALMENTE 12 bancária no valor da Nota Fiscal enviada
correta, ir para (9), caso para pagamento.
contrário, irá para (5).

9. O fiscal, receberá a 13. A Empresa receberá o valor do


Nota Fiscal e atestará o 13 serviço prestado e terminará o fim do
recebimento do objeto ciclo da obrigação.
do contrato.

A condição da ação 4 será o recebimento completo do serviço/


produto, ou a glosa, caso venha incompleto, podendo, ainda, aplicar
sanção administrativa

85
Elyud Santos de Freitas

25. TERMO ADITIVO (prorrogação do contrato)

O fiscal do contrato deve ter um controle que possa alertá-lo do


prazo para solicitar, por meio de documento oficial à empresa con-
tratada, informação formal do interesse de continuar com o contrato,
prorrogando por igual período. A empresa deverá responder o ofício
com sua intenção de prorrogar ou não o contrato, ora vigente.

120 DIAS ANTES


OBJETO do
CONTRATO EMPRESA INÍCIO FIM OFICIAR EMPRESA
CONTRATADO
RESTAM
001/2017 EMPRESA PRESTAÇÃO DE SV
01/01/2018 01/01/2019 110 d
OM/XX ... TELEFONIA

A resposta do documento será enviada ao Ordenador de Despe-


sas informando, em tempo oportuno, que a empresa tem interesse em
continuar com o contrato.

Um bom prazo para enviar este documento será 120 dias antes
do término do contrato, pois a Administração terá tempo hábio para
efetuar o Termo Adivo e continuar com o contrato.

Importante!!! Se expirar o prazo de vigência do contrato, e ele


não for prorrogado, mesmo que seja por apenas um dia, extingue-se o
contrato 5 , não podendo se renovar. Neste caso, terá que ser feito novo
contrato, por isso, é importante que o fiscal se atente quanto ao prazo
de envio de documento para saber a resposta da empresa formalmente
e iniciar as tratativas administrativas em tempo hábil para sua prorro-
gação.

CONTRATO OFÍCIO P/ EMPRESA TERMO ADITIVO


120 DIAS

JAN/2018 VIGÊNCIA DO CONTRATO SET/2018 (120 DIAS ANTES) DEZ/2018 JAN/2019 APÓS 12 MESES

5 Hely Lopes, 2016, p.262


86
Fiscal de Contratos na Prática

25.1 Modelo de ofício para enviar a empresa

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

Of i ci o nº xx x /OM
E B : 61277.0 0 4 1 2 0 /2 0 1 8 - 1 9

Cid a d e , U F, 14 de s et em br o de 2018.
S enhor
Nome do re p r e s e n ta n te
Representa n te d a e mp r e s a x x x x x S . A .
Aveni da x x x x x x x x x x x , n º x x x x x , Cidade x x x x
01010-000 Cid a d e - UF

A ssunt o: Pr o r r o g a ç ã o d o c o n tr a to nº X X X / 2017

S enhor Re p r e s e n ta n te d a Emp r e s a x x x x S . A ,

1. Informo a Vsa. que o (OM), CNPJ: 00.010.010/0250-09, tem o con-


trato nº XXX/2017 de prestação de xxxxxxxx xxxxx com prazo de vigência
de 5 JAN 17 a 4 JAN 18. Assim sendo, este fiscal, requer que essa empresa
se manifeste na pretensão de prorrogar por igual período o contrato hora
vigente.

2. Em tempo oportuno, com fulcro no art. 57, II, da Lei 8.666 de 21 de


junho de 1993, solicito a formalização dessa empresa se manifestando no in-
teresse em dar continuidade ou não com a prestação de serviços de xxxxxxxx
xxxxx, para que possam dar início as tratativas administrativa e que não haja
interrupção dos serviços.

Nome - Posto/Grad
Fis c a l d e Co nt r at o

87
Elyud Santos de Freitas

26. TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO

Termo de Recebimento Definitivo será o cumprimento do recebi-


mento do objeto do contrato, confirmando que foi executado totalmente
ou parcialmente (art. 73, da Lei 8.666/1993).

Para o recebimento, será nomeada uma comissão específica


para essa finalidade, que verificará toda a documentação pertinente
ao serviço recebido, atestando a nota fiscal e encaminhado para o Or-
denador de Despesa para efetuar a Liquidação e Pagamento.

A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou


fornecimento executado em desacordo com o contrato (art. 76 da Lei
8.666/1993).

A Comissão nomeada examinará toda a documentação e emitirá


um relatório atestando o recebimento do serviço. Ela encaminhará
toda a documentação para o Ordenador de Despesas autorizar o pa-
gamento.

Como Exemplo, teremos um contrato em vários estados, onde


serão recebidos os Termos de Recebimento Provisórios (TRP) e enca-
minhados para a comissão que, ao analisar e confirmar a execução do
objeto do contrato, efetuará o termo de recebimento definitivo (TRD) e
encaminhará, em seguida, para pagamento.

Será um passo semelhante ao demonstrado anteriomente, porém,


com a consolidação de documentos e, por vezes, com a ausência do
fiscal de contratos, mas com a presença de um fiscal nomeado para o
recebimento do objeto do contrato no local da entrega.

O fiscal, quando não puder se fazer presente, poderá nomear um


servidor, para receber o material naquela ocasião.

A nomeação da comissão se faz necessária para que se possa


atestar a fatura do recebimento do serviço. A comissão será composta
88
Fiscal de Contratos na Prática

por 01 (um) presidente e 2 (dois) membros, para que possam analisar


toda a documentação, data, entrega, entre outros. Essa análise será
muito importante para que o Ordenador de Despesa autorize o paga-
mento.

Como exemplo, temos o fluxograma ilustrando a consolidação do


contrato e os Termos de Recebimento Provisório (TRP), para serem
analisados pela comissão e, posteriormente, atestar a Nota Fiscal.

Atenção! O Atesto da Nota Fiscal significa que o objeto do con-


trato foi executado em sua plenitude ou se, parcialmente, foi glosada
a nota (reduzido o valor), proporcionalmente aos serviços prestados.

TRP

Contrato TRP

TRD

Boletim TRP

serviços
de vigência
spois o praz
valida

TRP
TRP

TRP

89
Elyud Santos de Freitas

26.1 Fluxograma da análise dos documentos para pagamento

1. Nomeação da
Comissão Recebimento
1
Definitivo.

2. Estudos do contrato, e
preparação análise da 2
documentação recebida.

3. Recebimento dos TRP


do objeto contratado, ir 3
para (4).

N
4. Verificar a Documenta-
ção recebida, estando
N
tudo correto, vai para (7),
4 5 6
caso contrário, vai para (5).
s s
5. Estando o serviço a
menor, a comissão oficia ao 7
preposto, mandando fazer
nova Nota Fiscal, com
8. Será encaminhado todos os
valores proporcionais a
relatórios, juntamente com a
execução, vai para (6)
Nota Fiscal/Fatura, com o atesto
do recebimento para o Ordena-

6. Se corrigiu a Nota
8 dor de Despesa, vai para (9).

Fiscal, vai para (7), caso 9. O Ordenador de Despesas


contrário , vai para (5). analisará toda a documentação
e com o atesto do fiscal,
confirmando o recebimento do
7. A Comissão atestará 9 serviço, autorizará o pagamento,
o recebimento do objeto vai para (10).
do contrato, vai para (8).

10. O setor de pagamento


efetuará a liquidação e o
10 pagamento, através de ordem
bancária no valor da Nota Fiscal
enviada para pagamento, vai
para (11).
11. A Empresa receberá o valor
do serviço prestado e terminará
11 o fim do ciclo da obrigação.

90
Fiscal de Contratos na Prática

Atenção! Executado o contrato, o seu objeto será recebido.

Provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e


fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes
em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

Definitivamente, por servidor ou comissão designada pela


autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado
pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que
comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o
disposto no art. 69 da Lei 8.666/1993;

O Termo de Recebimento Definitivo, não deve ser superior a 90


dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previs-
tos no edital.

A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço


ou fornecimento executado em desacordo com o contrato (art. 76 da
Lei 8.666/1993).

A comissão, ao receber o serviço ou material, deve atentar para o


prazo. Ela consolidará a documentação recebida e, elaborará o termo
de recebimento definitivo (TRD). Ato contínuo, encaminhará para o Or-
denador de Despesas (OD) providenciar a liquidação e o pagamento.

Os documentos enviandos ao Ordenador de Despesas serão:


Termo de Recebimento Definitivo; Relatório do Fiscal de Contrato;
Nota do boletim que nomeou a comissão; Nota Fiscal (com atesto da
comissão); Declaração do Fiscal de Contrato da Execução do Serviço;
Cópia do contrato com seu objeto; Relatórios do Recebimento do con-
trato; entre outros que se julgarem necessários.

Serão representados, passo-a-passo, os modelos de documen-


tos para serem juntados ao TRD.

91
Elyud Santos de Freitas

O Termo de Recebimento Definitivo (TRD) é elaborado por uma


comissão nomeada para essa finalidade, que verificará toda a docu-
mentação pertinente ao serviço recebido, atestando a nota fiscal e en-
caminhando para o Ordenador de Despesa para efetuar a Liquidação
e Pagamento.

A Comissão nomeada, examinará toda a documentação e emitirá


o termo de recebimento definitivo, atestando o recebimento do serviço.
Ato contínuo, encaminhará toda a documentação para o Ordenador de
Despesas, possa autorizar a liquidação e o pagamento.

Por isso, serão executado várias ações e estudados vários do-


cumentos para melhor orientar o fiscal. Abaixo segue uma relação
mínima de modelos que a comissão pode tomar como base para iniciar
os seus trabalhos:

(1) Documento encaminhando as Faturas/Notas Fiscais para Pa-


gamento (p. 94);

(2) Publicação da nomeação da Comissão de Recebimento (p. 95)

(3) Modelo de Termo de Recebimento Definitivo (p.96)

(4) Termo de Recebimentos Provisórios (p.99)

(5) Declaração do Fiscal do Contrato (p. 100)

(6) Relatório do Fiscal do Contrato (p. 101)

(7) Nota Fiscal (p. 102)

(8) Declaração de Recebimento (p. 103)

(9) Nota de Empenho (p. 104)


(10) Termo de Contrato (p. 106)

92
MODELO

DE

DOCUMENTOS

93
Elyud Santos de Freitas

26.2 Documento encaminhando as Faturas/Notas Fiscais para Pagamento

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

DIEx nº xxx-OM/XX
EB: 61277.004120/2018-19
Cidade, UF, 14 de janeiro de 2018.
Do Subdireitor ....
Ao Sr Ch do Centro de Obtenções/Ordenador de Despesas OM
Assunto: Termo de Recebimento definitivo e Serviços Prestados
Anexo: TRD e Relatórios (XXXX, .....)

1. Versa o presente expediente sobre serviços de manutenção pre -


ventiva e calibração prestados pela empresa XXXXXX.
2. Remeto ao Ordenador de Despesas a documentação anexa sobre
o Recebimento de Serviço ao Contrato 0XXX/2017, para as providên-
cias referentes à liquidação e pagamento.

Nome - Posto/Grad
Fiscal de Contrato

94
Fiscal de Contratos na Prática

26.3 Publicação da nomeação da Comissão de Recebimento

Continuação do BI nº 23, de 09/06/2017 da (OM)

3) Nomeação de comissão

Nomeio a Comissão composta pelos militares abaixo, de acordo


com o previsto no Art. n° 72 da NORLICO para, sob a presidência do
primeiro, para receber os serviços prestados e confeccionar os Termos
de Recebimento Definitivos (TRD) referente aos serviços da Empresa
xxxx xxxx Ltda, decorrente do cumprimento do Termo Aditivo n° 04/2017
ao Contrato n° 235/2013 – Escalão Superior/Escalão Considerado .

Nome – Posto/Grad

Presidente da Comissão

Nome – Posto/Grad

Membro da Comissão

Nome – Posto/Grad

Membro da Comissão

Em consequência, a Comissão acima nomeada tome conheci-


mento e adote as providências decorrentes.
(Solução a Nota Nr 7 OM de, 2 JUN 17)

95
Elyud Santos de Freitas

26.4 Modelo de Termo de Recebimento Definitivo

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO (TRD) Nº 01/2017

1. Nomeação da comissão de recebimento

Boletim Interno nº 023, de 9 de junho de 2017 da OM.

2. Constituição da comissão de recebimento

a. Nome – Posto/Grad - Presidente

b. Nome – Posto/Grad - Membro

c. Nome – Posto/Grad - Membro

3. Referências

a. Art. 73 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;

b. Art. 66 do Regulamento de Administração do Exército (RAE/


R-3);
c. Normas Complementares para Licitações e Contratos no
Âmbito do Comando Logístico (NORLICO), aprovadas pela Portaria nº
46/COLOG, de 24 de dezembro de 2014; e

d. Termo Aditivo nº 04 de 17 FEV 17 ao Contrato nº 235/2013


– COLOG/DMat e Nota de Empenho nº 2017NE800013 de 16 FEV 17,
para a empresa XXXXXXXX XXXXXXXXXXX LTDA.
96
Fiscal de Contratos na Prática

4. Especificações constantes do documento fiscal

Prestação de serviço de assistência técnica, para realização a


aferição, a manutenção corretiva e a manutenção preventiva, xxxxxx,
referente ao primeiro semestre de 2017, no valore de R$ xxx.000,20,
recebido pela Nota Fiscal nº 768, de 26/06/2017, e deu entrada no
protocoloa da OM em 27/06/2017

5. Valor total recebido

O valor total do serviço recebido com o presente TRD é de R$


xxx.xxxx,20 (xxxxx mil, xxxxx reais e vinte centavos).

6. Exame do material

O serviço de manutenção preventiva dos (xxxxx xxxxxxxx) do


Exército foi realizado nas Organizações Militares (OM) previstas no
Termo Aditivo nº 04 de 17 FEV 17 ao Contrato nº xxxx/2017 – XXXXX/
OM, durante o primeiro semestre da vigência do contrato referencia-
do. Foram realizadas atividades de manutenção e verificação de itens
de funcionamento, precisão e demais componentes nos equipamentos
xxxxxx, conforme o plano de trabalho da Empresa e os Relatórios apre-
sentados pelas OM nas quais foram desenvolvidas as referidas ativi-
dades, as quais foram realizadas em conformidade com o estabelecido
nas cláusulas contratuais e Nota de Empenho nº 2017NE800013 de
16 FEV 17.

7. Conclusão
Considerando a legislação supramencionada, esta Comissão
declara ter recebido definitivamente o serviço constante da Nota
Fiscal nº 00000868, de 26/06/2017, tendo sido prestado em confor-

97
Elyud Santos de Freitas

midade com os termos das Cláusulas Contratuais e Nota de Empenho


nº 2017NE800013 de 16 FEV 17, emitida pelo (órgão competente) em
favor da empresa (xxxxx xxxxx LTDA).

Local, Cidade-UF, 04 de julho de 2017.

____________________
Nome – Posto/Grad
Presidente da Comissão

____________________
Nome – Posto/Grad
Membro da Comissão

____________________
Nome – Posto/Grad
Membro da Comissão

98
Fiscal de Contratos na Prática

26.5 Termo de Recebimento Provisório

....
OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATADA
ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS
TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO
TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO
TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO
TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado

TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO (TRP) Nº 01/2017

1. Nomeação da comissão de recebimento

Boletim Interno nº 023, de 9 de junho de 2017


da OM.

2. Constituição da comissão de recebimento

a. Nome – Posto/Grad - Presidente

b. Nome – Posto/Grad - Membro

c. Nome – Posto/Grad - Membro

3. Referências

99
Elyud Santos de Freitas

26.6 Declaração do Fiscal do Contrato

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

DECLARAÇÃO DO FISCAL DE CONTRATO

Eu, XXXXXX XXXXXXX XXXXXXX, Posto/Graduação do Exército, servindo


na ORGANIZAÇÃO MILITAR (XXXX), nomeado como fiscal do contrato nº
XXX/2017-OM pelo Boletim Interno nº XXX, de 25 de janeiro de 2017 do OM,
firmados com a empresa XXXXXX XXXXXXX XXXXXXX LTDA (Prestação
de Serviço de Assistência Técnica de Natureza Continuada), cujo o objeto
é Realizar a Aferição, a Manutenção Corretiva e a Manutenção Preventiva.
Segundo melhor juízo e pelos relatórios recebidos das Organizações Militares
onde são submetidas, e por este fiscal estar “in loco” na xxxxx xxxxxx-DF, onde
foram realizadas as Manutenções nos equipamentos XXXXXXXX, a empresa
cumpriu com o objeto do contrato com regularidade e em tempo oportuno.

Cidade-UF, 7 de julho de 2017.

Nome - Posto/Grad
Fiscal do Contrato nº XXX/2017

100
Fiscal de Contratos na Prática

26.7 Relatório do Fiscal do Contrato

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

R E L ATÓR I O D O C ON TR ATO Nr XXX/2 0 1 7 OM

1. REFERÊNCIA
- NORLICO.
- Contrato nº XXX/2017 OM - Empresa XXXXXX XXXXXXX LTDA -
Prestação de Serviço de Assistência Técnica de Natureza Continuada.
- Objeto: Realizar a Aferição, a Manutenção Corretiva e a Manutenção
Preventiva.
2. PERÍODO DE ABRANGÊNCIA
- 3ª Termo Aditivo: 18/12/2017 a 18/12/2018.
3. SITUAÇÃO DO CONTRATO
- O contrato está sendo executado de acordo com seu objeto e as
clausulas contratuais.
4. OCORRÊNCIAS REGISTRADAS NO PERÍODO EM QUESTÃO
- Não houve.

5. PROVIDÊNCIAS REALIZADAS
- Foi enviado a Nota Fiscal nº XXX de 16 DEZ 17, no valor de R$
xx0.000,00 (xxx mil reais), Juntamente com o TRD 01/2017-OM, de XX DEZ 17
e Notas de Empenho nº 2017NE800804 de 30 NOV 17 com crédito disponível
para Liquidação e pagamento; e
- As manutenções foram executadas conforme o contratado.

Cidade-UF, 21 de dezembro de 2017.

Nome - Posto/Grad
Fiscal do Contrato XXX/2017

101
Elyud Santos de Freitas

26.8 Nota Fiscal

Usuário: 03.548.170/0001-01 - NFS-e - NOTA CARIOCA - Prefeitura... https://notacarioca.rio.gov.br/contribuinte/notaprint.aspx?nf=868&insc...

1 de 1 08/12/2017 11:57
102
Fiscal de Contratos na Prática

26.9 Declaração de Recebimento

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

D E C LA R A Ç Ã O D E R ECEBIMENTO

Declaramos que o serviço de que trata esta Nota Fiscal nº 00000868, de 16 de dezem-
bro de 2016, foi recebido e satisfaz às exigências legais.

Notas de Empenho nº 2015NE800804 de 30 NOV 15 e 2016NE800592 de 04 OUT 16.

Cidade-UF, 16 de dezembro de 2017.

____________________
Nome – Posto/Grad
Presidente da Comissão

____________________
Nome – Posto/Grad
Membro da Comissão
____________________
Nome – Posto/Grad
Membro da Comissão

Esta Declaração será carimbada no anverso da nota fiscal ates-


tando que foi recebido o serviço ou entregue o material.

103
Elyud Santos de Freitas

26.10 Nota de Empenho

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


SIAFI - SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL

N O T A D E E M P E N H O
PÁGINA:

EMISSAO : DD MM AAAA NÚMERO: XXXXXXXX ESPÉCIE: EMPENHO DE DESPESA


EMITENTE :
CNPJ :
ENDERECO :
MUNICIPIO :

CREDOR :
ENDERECO :
MUNICIPIO :
TAXA CAMBIO :
OBSERVACAO / FINALIDADE
SERVICO DE XXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXXX

CLASS :
TIPO : GLOBAL MODALIDADE DE LICITACAO: INEXIGIVEL
AMPARO : LEI 8.666 INCISO: 01 PROCESSO: XXXX.XXXX/2017-01
UF/MUNICIPIO BENEFICIADO : DF
ORIGEM DO MATERIAL :
REFERENCIA DA DISPENSA : ART 25/01 LEI 8.666/93 NUM. ORIG.:

VALOR EMPENHO : XXXXXX XXXXXXX (XXXXXX XXXXXX XXXXXXXX XXXXXX)*********


***********************************************************************************************************
***********************************************************************************************************
***********************************************************************************************************

ESPECIFICACAO DO MATERIAL OU SERVICO

ND: 339039 SUBITEM: 17 - MANUT. E CONSERV. DE MAQUINAS


REQ.: 1 QUANTIDADE: 1 VALOR UNITARIO :
VALOR DO SEQ. :

MANUTENCAO / REPARO - EQUIPAMENTO XXXXXXXXXXX


000020834
prestação de serviço de assistência técnica de natureza continuada para realizar a aferição
de manutenção preventiva e a manutenção corretiva xxxxxx xxxxxxxx

TOTAL: XXX.XXX,00

104
Fiscal de Contratos na Prática

26.11 Contrato

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE CONTRATO NR XXX/2017 - OM/DIVISÃO ADMINISTRATIVA

CONTRATANTE: A UNIÃO, POR INTERMÉDIO


DO XXXXXXXXXXX , ÓRGÃO DO MINISTÉRIO
DA DEFESA - EXÉRCITO BRASILEIRO

CONTRATADA: XXXXXXXX XXXXXXX S.A.

OBJETO: Contrato de prestação de serviços


de. XXXXXXXX XXXXX (Serviço Móvel Pessoal
- SMP), comunicação de voz e dados, via rede
móvel com tecnologia digital e facilidades de
roaming nacional e internacional.

NATUREZA: OSTENSIVO

VALOR: R$ XX.808,14 (XXXXXX, oitocentos e


oito reais e quatorze centavos).·

PRAZO DE VIGÊNCIA: 05 JAN 17 a 04 JAN 18

A união, entidade de direito público interno, por intermédio do


XXXXXXXXXXXXXX (XXXXXXX) do Comando do Exército, inscrito no
Cadastro Geral de Pessoa Jurídica (CNPJ) sob o nº 00.111.222 /0246-
01, daqui por diante denominada CONTRATANTE, representada neste
ato pelo Sr. xxxxxx xxxxxx xxxxxxx xxxxxxx, Ordenador de Despesas,
portador da Carteira de Identidade nº 023.456.876-5/EB-MD e do CPF
nº 987.654.321-09 , e a empresa xxxxxxxx S.A., inscrita no CNPJ sob o
Nº 02.555.1111/0001-22, estabelecida na xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx,
1234, Cidade xxxxxxxxx - São Paulo-SP, CEP 04.570-920 , doravante
designada CONTRATADA , neste ato representada pelo(a) Sr.
REPRESENTANTE DA EMPRESA CONTRATADA, brasiLeiro ,
administrador, casado TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO

105
Elyud Santos de Freitas

27. ENCERRAMENTO DO CONTRATO

O encerramento do contrato acontecerá pela entrega integral do


objeto contratado; pela rescisão unilateral por parte da Administração;
pela rescisão amigável; pela anulação ou por sua extinção.

O cumprimento das obrigações contratuais pela contratada ocorre


com a emissão do Termo de Recebimento Definitivo (TRD).

O fiscal fará o termo de encerramento e encaminhará ao Orde-


nador de Despesas o livro de registro com todos as documentos orde-
nados cronologicamente e todas as ocorrências durante a vigência do
contrato. O Ordenador de Despesas encaminhará esta documentação
ao setor responsável para ser publicado o encerramento do contrato
em boletim e, posteriormente encaminhará à seção de Conformidade
de Registro de Gestão para ser arquivado.

A Seção de Conformidade de Registros de Gestão organizará o


arquivo, seguindo a sequência cronológica de todas as etapas dos Pro-
cessos de Aquisição, mantendo os originais dos documentos, desde a
Requisição/Termo de Referência até a documentação que acompanha
o seu Encerramento.

Importante!!! A garantia do contrato deve ter sua validade


durante a sua execução e 90 (noventa) dias após o termino da vigência
contratual (art. 56 da Lei nº 8.666, de 1993), e somente será liberada
mediante a comprovação de que a empresa pagou todas as verbas
rescisórias trabalhistas decorrentes da contratação, e que, caso esse
pagamento não ocorra até o fim do segundo mês após o encerramen-
to da vigência contratual, a garantia será utilizada para o pagamento
dessas verbas trabalhistas.

106
Fiscal de Contratos na Prática

28. MODELOS DO TERMO DE ENCERRAMENTO DO CONTRATO

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE ENCERRAMENTO DO CONTRATO


Nº XXX/2017 OM/DIVISÃO ADMINISTRATIVA

1. OBJETO CONTRATADO

Contrato de prestação de serviços de Xxxxxxxx xxxxx

2. VALOR DO CONTRATO E DO TA (quando for o caso)

a. contrato: R$ XX.808,14 (XXXXXX, oitocentos e oito reais e


quatorze centavos).; e

b. termo aditivo: R$ XX.500,24 (XXXXXX, quinhentos e vinte e


quatro centavos).

3. CONTRATADA

Empresa xxxxxxxx S.A.

4. VIGÊNCIA

a. contrato: 05 JAN 16 a 04 JAN 17; e

b. termo aditivo: 05 JAN 17 a 04 JAN 18.

5. FISCAL DO CONTRATO

Nome – Posto/Grad - Fiscal do contrato


Nome – Posto/Grad - Fiscal substituto

6. ACOMPANHANTE

Nome – Posto/Grad

107
Elyud Santos de Freitas

7. ENTREGA DO OBJETO CONTRATADO

Foi realizada em sua totalidade.

8. CUMPRIMENTO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS DO CON-


TRATO E DO TERMO ADITIVO

A contratada cumpriu fielmente com o objeto do contrato e em


seu Termo Aditivo em sua totalidade.

ou

A contratada vem descumprindo o contrato e foi aplicada multa e


demais penalidades, conforme demostrado no livro de registros (pag.
nº 72), e pelo fato de não conseguir cumprir o pactuado, foi rescindido
o contrato amigavelmente em de 10 JUN 17.

9. CONCLUSÃO

Em face do acima exposto, encerro o processo da contratação


nº 10101.00010/2016-97- CONTRATO Nº XXX/2017- OM/Divisão Ad-
ministrativa, por ter sido cumprido integralmente o objeto do contrato.

ou

Pelo acima exposto, encerro o processo da ontratação nº


10101.00010/2016-97- CONTRATO Nº XXX/2017- OM/Divisão Admi-
nistrativa, por ter sido rescindido amigavelmente em XX MES ANO.

Cidade-UF, 10 de janeiro de 2018.

_______________
Nome – Posto/Grad
Fiscal do contrato

108
Fiscal de Contratos na Prática

28.1 Fluxo do termo de encerramento do contrato


PASSO 1 - DIEX
Passo 1 - DIEX: é documento que será enviado
ao Ordenador de Despesas informando o encerra-
mento do contrato (pela entrega integral do objeto
contratado; pela rescisão unilateral por parte da ad-
ministração; pela rescisão amigável; pela anulação
ou por sua extinção).
PASSO 2 - CONTRATO
Contrato Passo 2 - CONTRATO: é o documento firmado
serviços
entre a Administração e o particular que especifica o
objeto firmado, e cujas cláusulas devem ser fielmente
de vigência
spois o praz
valida

crumpridas.

PASSO 3 - LIVRO
Passo 3 - LIVRO: o livro registro de ocorrên-
LIVRO DE
REGISTRO DE cias contém todo o histórico do contrato organizado
OCORRÊNCIA
cronologicamente e será encerrado e encaminhado
CONTRATO 001/2017 contendo todas as ocorrências em sua vigência.

PASSO 4 - PUBLICAÇÃO

Boletim

Passo 4 - PUBLICAÇÃO: Será publicado em


boletim o encerramento do contrato

PASSO 5 - ARQUIVO
Passo 5 - ARQUIVO: Após o encerramento do
contrato e a sua publicação, será encaminhado para
a Seção de Conformidade de Registro de Gestão,
mantendo os originais dos documentos arquivados.

109
110
MODELO

DE

DOCUMENTOS

111
Elyud Santos de Freitas

28.2 Modelo de encaminhamento do livro registro de ocorrências

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

DI E x n º xxx-OM/XX
E B: 61277. 00 4 1 2 0 /2 0 1 8 - 1 9

Cida de , U F, 10 de j anei ro de 2018.

Do S ubdi rei t o r ....


Ao S r Ch do Ce n tr o d e Ob te n ç õ e s /Or denador de D es pes as O M
Assu n to : E n c e r r a me n to d o liv r o d e r egis t r o de oc or r ênc ias
An exo : Li vro d e Re g is tr o d e Oc o r r e n cias do c ont r at o 01/ 2017

1. Versa o p r e s e n te e x p e d ie n te s obr e enc er r am ent o do li -


vro regi st ro d e o c o r r ê n c ia s d o c o n tr at o 01/ 2017 da Empresa
xxxxxxxxxxxxx - Prestação de Serviço de xxxxxxxx xxxxx, inscrita
no CNPJ sob o nº 02.555.1111/0001-22.

2. Remet o a o Or d e n a d o r d e De s p e sas a doc um ent aç ão anex a


(Li vro Regi str o d e Oc o r r e n c ia s ) p o r tér m ino de s ua v igênc ia e
sua execução to ta l d o o b je to c o n tr a to nº X X X / 2017, c ont endo 186
pági nas.

Nome – Posto/Grad
Fiscal do contrato

112
Fiscal de Contratos na Prática

28.3 Modelo de encerramento do livro registro de ocorrências

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
-------(escalão superior)
------(escalão considerado)

TERMO DE ENCERRMENTO DO LIVRO DO REGISTRO DE OCORRÊNCIAS


CONTRATO Nr XXX/2017 OM/XX

Aos dez dias do mês de janeiro do ano de dois mil e dezoito,


nesta cidade de Cidade, UF, no Quartel (OM/órgão requisitante) do
EXÉRCITO BRASILEIRO, encerro o presente livro de registro de ocor-
rência, referente ao contrato nº 01/2017, que foi firmado entre o (OM/
órgão requisitante) e a Empresa xxxxxxxxxxxxx - Prestação de Serviço
de xxxxxxxx xxxxx, inscrita no CNPJ sob o nº 02.555.1111/0001-22, por
término de sua vigência e pela entrega integral, qualitativa e quantita-
tiva, do objeto contratado. Em consequência, encaminhei o mesmo ao
Ordenador de Despesa, por meio do DIEx n º xxx-OM/XX , de 10 Jan
18, do que para constar lavrei o presente termo.

Nome – Posto/Grad
Fiscal do contrato

113
Elyud Santos de Freitas

28.4 livro de registro de ocorrências

LIVRO
REGISTRO DE
OCORRÊNCIAS

CONTRATO 001/2017

Após o término da vigência e com a entrega integral, qualitati-


va e quantitativa do objeto contratado, o fiscal fará o encerramento
do livro registro de ocorrências e encaminhará ao Ordenador de Des-
pesas todo o histórico e documentações ordenadas cronologicamente
durante a vigência do contrato.

114
Fiscal de Contratos na Prática

29. CONCLUSÃO

É obrigatória a designação de fiscal de contratos por parte da au-


toridade competente. Ao fiscal incumbe acompanhar a correta execu-
ção do contrato, anotando em registro próprio as ocorrências, tomando
as providências necessárias para sanar as falhas detectadas e relatan-
do aos superiores aquelas cuja solução foge a sua alçada.

No exercício de seu labor, o fiscal pode ser auxiliado por tercei-


ro especificamente contratado, mediante o devido certame licitatório,
entretanto a responsabilidade pela fiscalização do contrato ainda con-
tinua sendo da Administração.

A atividade do fiscal de contratos visa garantir a materialização


dos objetivos da licitação – isonomia, proposta vantajosa para a Ad-
ministração e promoção do desenvolvimento nacional sustentável – na
medida em que ele deve se certificar se a proposta vencedora na lici-
tação está sendo devidamente executada, de acordo com o edital e os
termos da própria proposta vencedora.

O fiscal de contratos também tem importância crucial na aplica-


ção de penalidades à contratada, pois acompanha a execução do con-
trato e anota as falhas em registro próprio, anotações essas que serão
as razões para eventual aplicação de penalidade ou mesmo rescisão
unilateral do contrato.

Ao atestar a correta execução do contrato, o fiscal está parti-


cipando da fase de liquidação da despesa, reconhecendo que houve
o adimplemento por parte do contratado, fazendo nascer para o con-
tratado um crédito perante a Administração e permitido à autoridade
competente realizar o devido pagamento.
Com a alteração ocorrida na Súmula nº 331 do TST, falhas na
fiscalização dos contratados de terceirização de mão-de-obra podem
atrair para a Administração Pública a responsabilidade subsidiária

115
Elyud Santos de Freitas

pelo pagamento dos débitos trabalhistas, o que aumenta ainda mais a


responsabilidade do fiscal na verificação da correta execução desses
contratos.

Compete também ao fiscal de contrato o recebimento provisório


de obras e serviços mediante termo circunstanciado.

A gama de atividades do fiscal de contratos tem potencial para


causar dano ao erário, podendo ele vir a responder civil, penal e admi-
nistrativamente e por ato de improbidade administrativa, estando ainda
sujeito às sanções dos Tribunais de Contas.

Pelo exposto, fica clara a necessidade de se dar mais atenção à


atividade de fiscal de contrato na Administração Pública, destacando
para esse labor servidor que detenha capacidade técnica para veri-
ficar o cumprimento do objeto pactuado, disponibilizando-lhe tempo
suficiente para que possa exercer a atividade de fiscal de contrato
público.

116
CAPÍTULO III
Legislação utilizada

LEI Nº 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964. LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO


DE 1990. LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. LEI Nº 8.443, DE 16 DE
JULHO DE 1992. LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993. LEI Nº 9.784, DE 29
DE JANEIRO DE 1999. LEI Nº 10.192, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2001.
DECRETO N° 2.271, DE 7 DE JULHO DE 1997. INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 5 -
MPOG, DE 26 DE MAIO DE 2017. ACÓRDÃO 277/2010 - TCU- PLENÁRIO.
ACÓRDÃO 409/2007 - TCU - 1ª CÂMARA. ACÓRDÃO 478/2006 - TCU - PLENÁ-
RIO. ACÓRDÃO 767/2009 - TCU - PLENÁRIO. ACÓRDÃO 839/2011 - TCU - PLE-
NÁRIO. ACÓRDÃO 859/2006 - TCU - PLENÁRIO. ACÓRDÃO 1.094/2013 - TCU -
PLENÁRIO. ACÓRDÃO 1.270/2005 - PLENÁRIO. ACÓRDÃO 1.989/2013 - TCU
- PLENÁRIO. ACÓRDÃO 2.512/2009 - PLENÁRIO. ACÓRDÃO 2831/2011 - TCU -
PLENÁRIO.

A legislação utilizada no presente trabalho, está transcrita neste


capítulo, assessorando o fiscal para que possa ler ou serem utilizadas
na elaboração de documentos.

117
Elyud Santos de Freitas

30. LEGISLAÇÃO
LEI Nº 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964.

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade


competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente
ou não de implemento de condição. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)

Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos


créditos concedidos. (Redação dada pela Lei nº 6.397, de 1976)

§ 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição Federal,


é vedado aos Municípios empenhar, no último mês do mandato do
Prefeito, mais do que o duodécimo da despesa prevista no orçamento
vigente. (Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976)

§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo período,


assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execução
depois do término do mandato do Prefeito. (Incluído pela Lei nº 6.397,
de 1976)

§ 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se aplicam


nos casos comprovados de calamidade pública. (Incluído pela Lei nº
6.397, de 1976)

§ 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos e atos


praticados em desacordo com o disposto nos parágrafos 1º e 2º deste
artigo, sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito nos termos do
Art. 1º, inciso V, do Decreto-Lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967.
(Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976)

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será
dispensada a emissão da nota de empenho.

§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo mon-

118
Fiscal de Contratos na Prática

tante não se possa determinar.

§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e


outras, sujeitas a parcelamento.

Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando orde-


nado após sua regular liquidação.

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito


adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos compro-
batórios do respectivo crédito.

§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:

I - a origem e o objeto do que se deve pagar;

II - a importância exata a pagar; (Vide Medida Provisória nº 581,


de 2012)

III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obri-


gação.

§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços


prestados terá por base:

I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;

II - a nota de empenho;

III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação


efetiva do serviço.

Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autori-


dade competente, determinando que a despesa seja paga.

Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada


em documentos processados pelos serviços de contabilidade. (Veto
rejeitado no D.O. 05/05/1964)

119
Elyud Santos de Freitas

Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria


ou pagadoria regularmente instituídos por estabelecimentos bancários
credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.


Art. 116 São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II - ser leal às instituições a que servir;

III - observar as normas legais e regulamentares;

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-


mente ilegais;

LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando


enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial
indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego
ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta Lei, e nota-
damente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel,


ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de
comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha inte-
resse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação
ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para faci-


litar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a
contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço
superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facili-


tar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento

120
Fiscal de Contratos na Prática

de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à
disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta
Lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou ter-
ceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou


indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de
lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer
outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou


indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em
obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso,
medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens forneci-
dos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato,


cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo
valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do
agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de con-


sultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha
interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação


ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou


indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a
que esteja obrigado;

121
Elyud Santos de Freitas

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens,


rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das enti-
dades mencionadas no art. 1° desta Lei;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores


integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.
1° desta Lei.

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa


lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que
enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou di-
lapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta
Lei, e notadamente:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação


ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º desta Lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica


privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente desperso-


nalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas,
verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades menciona-
das no art. 1º desta Lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem


integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º
desta Lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço
inferior ao de mercado;

122
Fiscal de Contratos na Prática

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem


ou serviço por preço superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas


legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observân-


cia das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo in-


devidamente

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo


seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrati-
vos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº
13.019, de 2014) (Vigência)

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autoriza-


das em Lei ou regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda,


bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas


pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça


ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veí-


culos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas
no art. 1° desta Lei, bem como o trabalho de servidor público, empre-
gados ou terceiros contratados por essas entidades.

123
Elyud Santos de Freitas

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto


a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem
observar as formalidades previstas na Lei; (Incluído pela Lei nº
11.107, de 2005)

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem sufi-


ciente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalida-
des previstas na Lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorpo-


ração, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens,
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração
pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem
a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis
à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica


privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos
pela administração pública a entidade privada mediante celebração de
parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamenta-
res aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
(Vigência)

XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entida-


des privadas sem a observância das formalidades legais ou regula-
mentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de
2014) (Vigência)

XIX - frustrar a licitude de processo seletivo para celebração de


parcerias da administração pública com entidades privadas ou dispen-
sá-lo indevidamente; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vi-
gência)

XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise

124
Fiscal de Contratos na Prática

das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração


pública com entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de
2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)

XX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise


das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de
2014) (Vigência)

XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração


pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº
13.204, de 2015)

XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração


pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer


ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro
ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da
Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei
Complementar nº 157, de 2016) (Produção de efeito)

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta


contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão
que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e le-
aldade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em Lei ou regulamento ou


diverso daquele previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

125
Elyud Santos de Freitas

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão


das atribuições e que deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro,


antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou eco-
nômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e


aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública
com entidades privadas. (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014)
(Vigência)

IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade


previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigên-
cia)

LEI Nº 8.443, DE 16 DE JULHO DE 1992


Art. 19. Quando julgar as contas irregulares, havendo débito, o
Tribunal condenará o responsável ao pagamento da dívida atualiza-
da monetariamente, acrescida dos juros de mora devidos, podendo,
ainda, aplicar-lhe a multa prevista no art. 57 desta Lei, sendo o ins-
trumento da decisão considerado título executivo para fundamentar a
respectiva ação de execução.

Parágrafo único. Não havendo débito, mas comprovada qualquer


das ocorrências previstas nas alíneas a, b e c do inciso III, do art. 16,
o Tribunal aplicará ao responsável a multa prevista no inciso I do art.
58, desta Lei.

Art. 57. Quando o responsável for julgado em débito, poderá

126
Fiscal de Contratos na Prática

ainda o Tribunal aplicar-lhe multa de até cem por cento do valor atua-
lizado do dano causado ao Erário.

Art. 60. Sem prejuízo das sanções previstas na seção anterior


e das penalidades administrativas, aplicáveis pelas autoridades com-
petentes, por irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da
União, sempre que este, por maioria absoluta de seus membros, con-
siderar grave a infração cometida, o responsável ficará inabilitado,
por um período que variará de cinco a oito anos, para o exercício de
cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administra-
ção Pública.

LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.

Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alie-


nações, concessões, permissões e locações da Administração Pública,
quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas
de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.

§ único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e


qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública
e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação
de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada.

Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei re-


gulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público,
aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos
contratos e as disposições de direito privado.

§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as


condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os
direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade
com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.

127
Elyud Santos de Freitas

§ 2º Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade


de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da
respectiva proposta.

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que es-


tabeleçam:

I - o objeto e seus elementos característicos;

lI - o regime de execução ou a forma de fornecimento;

IlI - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base


e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualiza-
ção monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do
efetivo pagamento;

IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de


entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da


classificação funcional programática e da categoria econômica;

VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,


quando exigidas;

VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalida-


des cabíveis e os valores das multas;

VII - os casos de rescisão;

IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de


rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;

X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para


conversão, quando for o caso;

XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispen-

128
Fiscal de Contratos na Prática

sou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especial-


mente aos casos omissos;

XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a exe-


cução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele as-
sumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na
licitação.

§ 1 ª (Vetado). Redacão dada oela Lei nª 8.883. de 1994)

§ 2º Nos contratos celebrados pela Administração Pública com


pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estran-
geiro, deverá constar necessariamente cláusula que declare compe-
tente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão
contratual, salvo o disposto no § 6º do art. 32 desta Lei.

§ 3º No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabili-


dade comunicarão, aos órgãos incumbidos da arrecadação e fiscaliza-
ção de tributos da União, Estado ou Município, as características e os
valores pagos, segundo o disposto no art. 63 da Lei n!2 4.320. de 17
de marco de 1964.

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará ads-
trita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto
aos relativos:

I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas


estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados
se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido pre-
visto no ato convocatório;

lI - à prestação de serviços a serem executados de forma contí-


nua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos
períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajo-

129
Elyud Santos de Freitas

sas para a administração, limitada a sessenta meses;

IlI - (Vetado). (Redacão dada pela Lei nº 8.883 de 1994)

IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de


informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (qua-
renta e oito) meses após o início da vigência do contrato.

V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI


do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e
vinte) meses, caso haja interesse da administração. (Incluído pela Lei
nº 12.349 de 2010)

§ 1º Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão


e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do
contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-fi-
nanceiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente
autuados em processo:

I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;

lI - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho


à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de
execução do contrato;

IlI - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo


de trabalho por ordem e no interesse da Administração;

IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato,


nos limites permitidos por esta Lei;

V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de ter-


ceiro reconhecido pela Administração em documento contemporâneo à
sua ocorrência;

VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração,


inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, diretamen-

130
Fiscal de Contratos na Prática

te, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem preju-


ízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.

§ 2º- Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito


e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o
contrato.

§ 3º É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.

§ 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante


autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso lI do
caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses. (Incluído
oela Lei nº 9.648 de 1998)

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído


por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa
de:

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às fi-


nalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;

lI - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no


inciso I do art. 79 desta Lei;

IlI - fiscalizar-lhes a execução;

IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial


do ajuste;

V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente


bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do con-
trato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administra-
tiva de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de
rescisão do contrato administrativo.

§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos con-


tratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concor-

131
Elyud Santos de Freitas

dância do contratado.

§ 2º Na hipótese do inciso 1 deste artigo, as cláusulas econômi-


co-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha
o equilíbrio contratual.

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo


opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordina-
riamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.

Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do


dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até
a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente
comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-ae a
responsabilidade de quem lhe deu causa.

Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas


repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos
seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relati-
vos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento
lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-ae cópia no processo
que lhe deu origem.

Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com


a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento,
assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento)
do limite estabelecido no art. 23, inciso lI, alínea “a” desta Lei, feitas
em regime de adiantamento.

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados,
com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

I - unilateralmente pela Administração:

a) quando houver modificação do projeto ou das especificações,


para melhor adequação técnica aos seus objetivos;

132
Fiscal de Contratos na Prática

b) quando necessária a modificação do valor contratual em de-


corrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos
limites permitidos por esta Lei;

lI - por acordo das partes:

a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

b) quando necessária a modificação do regime de execução da


obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de veri-
ficação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por


imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial
atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cro-
nograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de
fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicial-


mente entre os encargos do contratado e a retribuição da adminis-
tração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento,
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do
contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis
porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito
ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e ex-
tracontratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883. de 1994)

§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições


contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras,
serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou
de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os
seus acréscimos.

§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites

133
Elyud Santos de Freitas

estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: (Redação dada pela Lei nº


9.648 de 1998)

lI - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os con-


tratantes. (incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços uni-


tários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo
entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1º deste
artigo.

§ 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o con-


tratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos trabalhos,
estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisi-
ção regularmente comprovados e monetariamente corrigidos, podendo
caber indenização por outros danos eventualmente decorrentes da su-
pressão, desde que regulannente comprovados.

§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou


extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando
ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada
repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para
mais ou para menos, conforme o caso.

§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente


os encargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, por
aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.

§ 7º (VETADO)

§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de


preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações
ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamen-
to nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam
alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila,
134
Fiscal de Contratos na Prática

dispensando a celebração de aditamento.

Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes,


de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, res-
pondendo cada uma pelas conseqüências de sua inexecução total ou
parcial.

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fis-


calizada por um representante da Administração especialmente desig-
nado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo
de informações pertinentes a essa atribuição.

§ 1º O representante da Administração anotará em registro


próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contra-
to, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou
defeitos observados.

§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a compe-


tência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em
tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

I - em se tratando de obras e serviços:

a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento


e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes
em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela au-


toridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas
partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que com-
prove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o dis-
posto no art. 69 desta Lei;

lI - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:

135
Elyud Santos de Freitas

a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da con-


formidade do material com a especificação;

b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade


do material e conseqüente aceitação.

§ 1º Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o


recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais,
mediante recibo.

§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a res-


ponsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço,
nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos
limites estabelecidos pela Lei ou pelo contrato.

§ 3º O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso I deste artigo


não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcio-
nais, devidamente justificados e previstos no edital.

§ 4º Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação


a que se refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou
procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados,
desde que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anterio-
res à exaustão dos mesmos.

Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos se-


guintes casos:

I - gêneros perecíveis e alimentação preparada;

lI - serviços profissionais;

IlI - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso


lI, alínea “a”, desta Lei, desde que não se componham de aparelhos,
equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e
produtividade.

136
Fiscal de Contratos na Prática

Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito


mediante recibo.

Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do edital, do


convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e demais provas exi-
gidos por normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do
contrato correm por conta do contratado.

Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra,


serviço ou fornecimento executado em desacordo com o contrato.

Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua


rescisão, com as conseqüências contratuais e as previstas em Lei ou
regulamento.

Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações,


projetos ou prazos;

II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especifica-


ções, projetos e prazos;

III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a


comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do
fornecimento, nos prazos estipulados;

IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou forneci-


mento;

V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem


justa causa e prévia comunicação à Administração;

VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação


do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial,
bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e

137
Elyud Santos de Freitas

no contrato;

VII - o desatendimento das determinações regulares da autori-


dade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim
como as de seus superiores;

VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anota-


das na forma do § 1º do art. 67 desta Lei;

IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência


civil;

X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;

XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estru-


tura da empresa, que prejudique a execução do contrato;

XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo co-


nhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da
esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas
no processo administrativo a que se refere o contrato;

XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços


ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além
do limite permitido no § 1º do art. 65 desta Lei;

XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Admi-


nistração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso
de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra,
ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, in-
dependentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas
sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobili-
zações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o
direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assu-
midas até que seja normalizada a situação;

138
Fiscal de Contratos na Prática

XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos


devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou forne-
cimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em
caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou
guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;

XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local


ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos
contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas
no projeto;

XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regular-


mente comprovada, impeditiva da execução do contrato.

XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem


prejuízo das sanções penais cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de
1999)

Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formal-


mente motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e
a ampla defesa.

Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:

I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos


casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior;

II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no


processo da licitação, desde que haja conveniência para a Adminis-
tração;
III - judicial, nos termos da legislação;

IV - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida

139
Elyud Santos de Freitas

de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.

§ 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII


do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, será este res-
sarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido,
tendo ainda direito a:

I - devolução de garantia;

II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da


rescisão;

III - pagamento do custo da desmobilização.

§ 3º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5º Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do contra-


to, o cronograma de execução será prorrogado automaticamente por
igual tempo.

Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acar-


reta as seguintes conseqüências, sem prejuízo das sanções previstas
nesta Lei:

I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em


que se encontrar, por ato próprio da Administração;

II - ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos,


material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários
à sua continuidade, na forma do inciso V do art. 58 desta Lei;

III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Ad-


ministração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos;

IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite


dos prejuízos causados à Administração.

140
Fiscal de Contratos na Prática

§ 1º A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II deste


artigo fica a critério da Administração, que poderá dar continuidade à
obra ou ao serviço por execução direta ou indireta.

§ 2º É permitido à Administração, no caso de concordata do con-


tratado, manter o contrato, podendo assumir o controle de determina-
das atividades de serviços essenciais.

§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser pre-


cedido de autorização expressa do Ministro de Estado competente, ou
Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso.

§ 4º A rescisão de que trata o inciso IV do artigo anterior permite


à Administração, a seu critério, aplicar a medida prevista no inciso I
deste artigo.

Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos em de-


sacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frustrar os objetivos
da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e nos regula-
mentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal
que seu ato ensejar.

LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999


Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servi-
dor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II - tenha participado ou venha a participar como perito, tes-


temunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao
cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o in-


teressado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento


deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar.
141
Elyud Santos de Freitas

Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimen-


to constitui falta grave, para efeitos disciplinares. g.n.

Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor


que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interes-
sados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins
até o terceiro grau.

Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser


objeto de recurso, sem efeito suspensivo.

LEI Nº 10.192, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2001

Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de rea-


juste por índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação
dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de
prazo de duração igual ou superior a um ano.

§ 1º É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou


correção monetária de periodicidade inferior a um ano.

§ 2º Em caso de revisão contratual, o termo inicial do período de


correção monetária ou reajuste, ou de nova revisão, será a data em
que a anterior revisão tiver ocorrido.

DECRETO N° 2.271, DE 7 DE JULHO DE 1997


Art . 5º Os contratos de que trata este Decreto, que tenham por
objeto a prestação de serviços executados de forma contínua poderão,
desde que previsto no edital, admitir repactuação visando a adequa-
ção aos novos preços de mercado, observados o interregno mínimo de
um ano e a demonstrarão analítica da variação dos componentes dos
custos do contrato, devidamente justificada.

Parágrafo Único. Efetuada a repactuação, o órgão ou entidade


divulgará, imediatamente, por intermédio do Sistema Integrado de Ad-
142
Fiscal de Contratos na Prática

ministração de Serviços Gerais - SIASG, os novos valores e a variação


ocorrida.

Art. 6º A administração indicará um gestor do contrato, que será


responsável pelo acompanhamento e fiscalização da sua execução,
procedendo ao registro das ocorrências e adotando as providências
necessárias ao seu fiel cumprimento, tendo por parâmetro os resulta-
dos previstos no contrato.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 5 - MPOG, DE 26 DE MAIO DE 2017


Art. 39. As atividades de gestão e fiscalização da execução con-
tratual são o conjunto de ações que tem por objetivo aferir o cumpri-
mento dos resultados previstos pela Administração para os serviços
contratados, verificar a regularidade das obrigações previdenciárias,
fiscais e trabalhistas, bem como prestar apoio à instrução processual
e o encaminhamento da documentação pertinente ao setor de contra-
tos para a formalização dos procedimentos relativos a repactuação,
alteração, reequilíbrio, prorrogação, pagamento, eventual aplicação de
sanções, extinção dos contratos, dentre outras, com vista a assegurar
o cumprimento das cláusulas avençadas e a solução de problemas
relativos ao objeto.

Art. 41. A indicação do gestor, fiscal e seus substitutos caberá


aos setores requisitantes dos serviços ou poderá ser estabelecida em
normativo próprio de cada órgão ou entidade, de acordo com o funcio-
namento de seus processos de trabalho e sua estrutura organizacio-
nal.

§ 1º Para o exercício da função, o gestor e fiscais deverão ser


cientificados, expressamente, da indicação e respectivas atribuições
antes da formalização do ato de designação.
§ 2º Na indicação de servidor devem ser considerados a compa-
tibilidade com as atribuições do cargo, a complexidade da fiscalização,
o quantitativo de contratos por servidor e a sua capacidade para o

143
Elyud Santos de Freitas

desempenho das atividades.

§ 3º Nos casos de atraso ou falta de indicação, de desligamento


ou afastamento extemporâneo e definitivo do gestor ou fiscais e seus
substitutos, até que seja providenciada a indicação, a competência de
suas atribuições caberá ao responsável pela indicação ou conforme
previsto no normativo de que trata o caput.

Art. 42. Após indicação de que trata o art. 41, a autoridade com-
petente do setor de licitações deverá designar, por ato formal, o gestor,
o fiscal e os substitutos.

§ 1º O fiscal substituto atuará como fiscal do contrato nas ausên-


cias e nos impedimentos eventuais e regulamentares do titular.

§ 2º Será facultada a contratação de terceiros para assistir ou


subsidiar as atividades de fiscalização do representante da Adminis-
tração, desde que justificada a necessidade de assistência especiali-
zada.

§ 3º O gestor ou fiscais e seus substitutos deverão elaborar re-


latório registrando as ocorrências sobre a prestação dos serviços re-
ferentes ao período de sua atuação quando do seu desligamento ou
afastamento definitivo.

§ 4º Para o exercício da função, os fiscais deverão receber cópias


dos documentos essenciais da contratação pelo setor de contratos, a
exemplo dos Estudos Preliminares, do ato convocatório e seus anexos,
do contrato, da proposta da contratada, da garantia, quando houver, e
demais documentos indispensáveis à fiscalização.

Art. 43. O encargo de gestor ou fiscal não pode ser recusado pelo
servidor, por não se tratar de ordem ilegal, devendo expor ao superior
hierárquico as deficiências e limitações técnicas que possam impedir o
diligente cumprimento do exercício de suas atribuições, se for o caso.

144
Fiscal de Contratos na Prática

Parágrafo único. Ocorrendo a situação de que trata o caput, ob-


servado o § 2º do art. 42, a Administração deverá providenciar a qua-
lificação do servidor para o desempenho das atribuições, conforme a
natureza e complexidade do objeto, ou designar outro servidor com a
qualificação requerida.

Art. 44. O preposto da empresa deve ser formalmente designado


pela contratada antes do início da prestação dos serviços, em cujo
instrumento deverá constar expressamente os poderes e deveres em
relação à execução do objeto.

§ 1º A indicação ou a manutenção do preposto da empresa poderá


ser recusada pelo órgão ou entidade, desde que devidamente justifica-
da, devendo a empresa designar outro para o exercício da atividade.

§ 2º As comunicações entre o órgão ou entidade e a contratada


devem ser realizadas por escrito sempre que o ato exigir tal formali-
dade, admitindo-se, excepcionalmente, o uso de mensagem eletrônica
para esse fim.

§ 3º O órgão ou entidade poderá convocar o preposto para adoção


de providências que devam ser cumpridas de imediato.

§ 4º A depender da natureza dos serviços, poderá ser exigida a


manutenção do preposto da empresa no local da execução do objeto,
bem como pode ser estabelecido sistema de escala semanal ou mensal.

Art. 47. A execução dos contratos deverá ser acompanhada e


fiscalizada por meio de instrumentos de controle que compreendam a
mensuração dos seguintes aspectos, quando for o caso:

I - os resultados alcançados em relação ao contratado, com a


verificação dos prazos de execução e da qualidade demandada;

II - os recursos humanos empregados em função da quantidade


e da formação profissional exigidas;
145
Elyud Santos de Freitas

III - a qualidade e quantidade dos recursos materiais utilizados;

IV - a adequação dos serviços prestados à rotina de execução


estabelecida;

V - o cumprimento das demais obrigações decorrentes do con-


trato; e

VI - a satisfação do público usuário.

§ 1º Deve ser estabelecido, desde o início da prestação dos ser-


viços, mecanismo de controle da utilização dos materiais empregados
nos contratos, para efeito de acompanhamento da execução do objeto
bem como para subsidiar a estimativa para as futuras contratações.

§ 2º A conformidade do material a ser utilizado na execução dos


serviços everá ser verificada juntamente com o documento da con-
tratada que contenha a relação detalhada destes, de acordo com o
estabelecido no contrato, informando as respectivas quantidades e
especificações técnicas, tais como marca, qualidade e forma de uso.

Art. 50. Exceto nos casos previstos no art. 74 da Lei n.º 8.666,
de 1993, ao realizar o recebimento dos serviços, o órgão ou entidade
deve observar o princípio da segregação das funções e orientar-se
pelas seguintes diretrizes:

[...]

II - o recebimento definitivo pelo gestor do contrato, ato que con-


cretiza o ateste da execução dos serviços, obedecerá às seguintes
diretrizes:

a) realizar a análise dos relatórios e de toda a documentação


apresentada pela fiscalização técnica e administrativa e, caso haja
irregularidades que impeçam a liquidação e o pagamento da despesa,
indicar as cláusulas contratuais pertinentes, solicitando à contratada,

146
Fiscal de Contratos na Prática

por escrito, as respectivas correções;

b) emitir termo circunstanciado para efeito de recebimento defini-


tivo dos serviços prestados, com base nos relatórios e documentação
apresentados; e

c) comunicar a empresa para que emita a Nota Fiscal ou Fatura


com o valor exato dimensionado pela fiscalização com base no Instru-
mento de Medição de Resultado (IMR), observado o Anexo VIII-A ou
instrumento substituto, se for o caso.

Art. 54. A repactuação de preços, como espécie de reajuste con-


tratual, deverá ser utilizada nas contratações de serviços continuados
com regime de dedicação exclusiva de mão de obra, desde que seja
observado o interregno mínimo de um ano das datas dos orçamentos
aos quais a proposta se referir.

§ 1º A repactuação para fazer face à elevação dos custos da


contratação, respeitada a anualidade disposta no caput, e que vier a
ocorrer durante a vigência do contrato, é direito do contratado e não
poderá alterar o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos, con-
forme estabelece o inciso XXI do art. 37 da Constituição da República
Federativa do Brasil, sendo assegurado ao prestador receber paga-
mento mantidas as condições efetivas da proposta.

§ 2º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quanto


forem necessárias, em respeito ao princípio da anualidade do reajuste
dos preços da contratação, podendo ser realizada em momentos dis-
tintos para discutir a variação de custos que tenham sua anualidade
resultante em datas diferenciadas, tais como os custos decorrentes
da mão de obra e os custos decorrentes dos insumos necessários à
execução do serviço.

§ 3º Quando a contratação envolver mais de uma categoria pro-


fissional, com datas-bases diferenciadas, a repactuação deverá ser

147
Elyud Santos de Freitas

dividida em tantos quanto forem os Acordos, Convenções ou Dissídios


Coletivos de Trabalho das categorias envolvidas na contratação.

§ 4º A repactuação para reajuste do contrato em razão de novo


Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho deve repassar
integralmente o aumento de custos da mão de obra decorrente desses
instrumentos.

Art. 57. As repactuações serão precedidas de solicitação da con-


tratada, acompanhada de demonstração analítica da alteração dos
custos, por meio de apresentação da planilha de custos e formação de
preços ou do novo Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Traba-
lho que fundamenta a repactuação, conforme for a variação de custos
objeto da repactuação.

§ 1º É vedada a inclusão, por ocasião da repactuação, de benefí-


cios não previstos na proposta inicial, exceto quando se tornarem obri-
gatórios por força de instrumento legal, Acordo, Convenção ou Dissídio
Coletivo de Trabalho, observado o disposto no art. 6º desta Instrução
Normativa.

§ 2º A variação de custos decorrente do mercado somente será


concedida mediante a comprovação pelo contratado do aumento dos
custos, considerando-se:

I - os preços praticados no mercado ou em outros contratos da


Administração;

II - as particularidades do contrato em vigência;

III - a nova planilha com variação dos custos apresentada;

IV - indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais


de referência, tarifas públicas ou outros equivalentes; e

V - a disponibilidade orçamentária do órgão ou entidade contra-


tante.
148
Fiscal de Contratos na Prática

§ 3º A decisão sobre o pedido de repactuação deve ser feita no


prazo máximo de sessenta dias, contados a partir da solicitação e da
entrega dos comprovantes de variação dos custos.

§ 4º As repactuações, como espécie de reajuste, serão formaliza-


das por meio de apostilamento, exceto quando coincidirem com a pror-
rogação contratual, em que deverão ser formalizadas por aditamento.

§ 5º O prazo referido no § 3º deste artigo ficará suspenso en-


quanto a contratada não cumprir os atos ou apresentar a documenta-
ção solicitada pela contratante para a comprovação da variação dos
custos.

§ 6º O órgão ou entidade contratante poderá realizar diligências


para conferir a variação de custos alegada pela contratada.

§ 7º As repactuações a que o contratado fizer jus e que não forem


solicitadas durante a vigência do contrato serão objeto de preclusão
com a assinatura da prorrogação contratual ou com o encerramento do
contrato.

ACÓRDÃO 277/2010 - TCU- PLENÁRIO

Relator AUGUSTO SHERMAN Processo 021.503/2003-6 Tipo


de processo TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (TCE) Data da sessão
24/02/2010 Número da ata 5/2010 Interessado / Responsável / Re-
corrente [...] . Acórdão VISTOS, relatados e discutidos estes autos de
tomada de contas especial instaurada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), relativa ao Plano Nacional de Qualificação do Traba-
lhador (Planfor), em decorrência de irregularidades na comprovação
de despesas relativas à execução dos Contratos 39/1999, 40/1999,
41/1999, 24/2000 e 41/2000, celebrados entre a Secretaria de Estado
de Trabalho, Emprego e Renda de Mato Grosso do Sul (Seter/MS) e
Obras Assistenciais Sociedade Espírita Francisco Thiesen para exe-
cução de ações no âmbito dos Planos Estaduais de Qualificação -
149
Elyud Santos de Freitas

PEQ/MS/1999 e 2000, com recursos oriundos do Fundo de Amparo ao


Trabalhador – FAT, ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da
União, reunidos em sessão de Plenário, ante as razões expostas pelo
Relator, em: [...]

17.1. Análise: De fato, para a constituição da Comissão de TCE


e designação dos seus membros, a autoridade competente deve se
cercar de cautelas, a exemplo de designar apenas servidores que
reúnam as capacitações de acordo com a complexidade dos trabalhos
a serem desenvolvidos. Todavia, não se deve olvidar que a avaliação
sobre quais servidores do órgão atendem às qualificações requeridas
é uma medida de valor da própria autoridade. Portanto, trata-se de
ato discricionário e uma vez considerando-se atendidos os princípios
da legalidade e da moralidade, não se faz necessária a demonstração
formal da qualificação técnica de cada membro nomeado para a Co-
missão, posto já estar presumida no ato praticado pelo administrador.
Ademais, não há nos autos qualquer indício de que a Comissão tenha
sido composta por servidores ‘comuns’ e incapazes para levar os tra-
balhos a bom termo, como está sendo apontado pelo responsável.

ACÓRDÃO 409/2007 - TCU - 1ª CÂMARA

Relator VALMIR CAMPELO Processo 016.555/2005-8 Tipo de


processo PRESTAÇÃO DE CONTAS SIMPLIFICADA (PCSP) Data da
sessão 06/03/2007 Número da ata 06/2007 Interessado / Responsável
/ Recorrente Responsáveis:

[...]

Sumário PRESTAÇÃO DE CONTAS SIMPLIFICADA. AUDIÊN-


CIA. JUSTIFICATIVAS EM PARTE SATISFATÓRIAS. REGULARIDADE
COM RESSALVA E QUITAÇÃO AOS RESPONSÁVEIS. DETERMINA-
ÇÕES. 1) O descumprimento de determinação do Tribunal poderá ser
relevado, dando ensejo ao julgamento das contas pela regularidade
com ressalva e quitação ao gestor, quando a deliberação objeto da
150
Fiscal de Contratos na Prática

mesma tenha sido prolatada no final do exercício em questão e, ainda,


não tenham sido detectadas outras ocorrências graves caracterizadas
como a prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo ou antieconômico. 2)
Julgam-se regulares com ressalva as contas dos demais responsáveis
aos quais não se tenha evidenciado competência para o descumpri-
mento de determinação do TCU ou mesmo a prática de atos reputados
como ilegais, ilegítimos ou antieconômicos. Acórdão: VISTOS, rela-
tados e discutidos estes autos de Prestação de Contas Simplificada,
referente ao exercício de 2004, da Escola Agrotécnica Federal de São
Cristóvão/SE, de responsabilidade dos dirigentes relacionados no item
3 acima. ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reu-
nidos em Sessão da 1ª Câmara, ante as razões expostas pelo Relator,
em:

[...]

9.2.11. abstenha-se de concentrar nas mãos de um mesmo servi-


dor atividades incompatíveis entre si, pois a segregação de funções é
uma das ferramentas da gestão que objetiva otimizar e garantir maior
eficiência às funções administrativas.

ACÓRDÃO 478/2006 - TCU - PLENÁRIO

Relator VALMIR CAMPELO Processo 006.432/2005-4 Tipo de


processo RELATÓRIO DE AUDITORIA (RA) Data da sessão 05/04/2006
Número da ata 13/2006 Dados materiais (com 1 volume) Interessado /
Responsável / Recorrente Responsável:

[...]

Acórdão VISTOS, relatados e discutidos estes autos que versam


sobre relatório de auditoria de conformidade realizada na Secretaria
de Patrimônio da União - SPU/MP e na Subsecretaria de Planejamento,
Orçamento e Administração do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão - SPOA/SE/MP, com o objetivo de verificar a regularidade

151
Elyud Santos de Freitas

das licitações e contratos formalizados pela SPU para serviços de de-


marcação e cadastramento de bens da União. ACORDAM os Ministros
do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, com
fundamento no art. 43, inciso I, da Lei 8.443/92 e art. 250, incisos II e
III, do Regimento Interno, em:

[...]

a.5) providencie o adequado treinamento dos fiscais para o per-


feito exercício do acompanhamento e fiscalização da execução dos
contratos e exija dos mesmos relatório mensal de todas as ocorrências
relacionadas à execução do contrato, inclusive quanto ao cumprimen-
to por parte da contratada das determinações porventura feitas com
vistas à regularização de faltas ou defeitos observados, na conformi-
dade das disposições da Lei 8.666/93, em especial o § 1º do art. 67
[achado 6];

ACÓRDÃO 767/2009 - TCU - PLENÁRIO

Relator WALTON ALENCAR RODRIGUES Processo 002.302/2006-


0 Tipo de processo RELATÓRIO DE LEVANTAMENTO (RL) Data da
sessão 22/04/2009 Número da ata 15/2009 Relator da deliberação re-
corrida Ministro Augusto Nardes. Interessado / Responsável / Recor-
rente

[...]

ACORDAM os ministros do Tribunal de Contas da União, reuni-


dos em sessão do Plenário, diante das razões expostas pelo relator, e
com fundamento nos artigos 48 da Lei 8.443/1992 e 286 do Regimento
Interno, em:

[...]

9.1. conhecer do pedido de reexame para, no mérito, negar-lhe


provimento; 9.2. dar ciência desta deliberação ao recorrente. Voto

152
Fiscal de Contratos na Prática

Conheço do pedido de reexame, uma vez preenchidos os requisitos de


admissibilidade previstos nos artigos 48, parágrafo único, e 33 da Lei
8.443/1992.

O recorrente alega que a ausência das ações estabelecidas no


art. 67 da Lei 8.666/1993 não significaria, necessariamente, possibi-
lidade de lesão ao interesse público, bem como o acompanhamento,
por vezes informal, nem sempre seria o estritamente previsto no texto
legal. As demandas operacionais o obrigavam a optar entre fiscalizar
ou preencher formulários.

No entanto, na auditoria realizada no Programa Emergencial


de Trafegabilidade e Segurança nas Estradas – Petse, no Estado do
Paraná, nas obras da BR-476, entre os quilômetros 195,8 e 277,9,
foram verificadas as seguintes ocorrências: ausência de diário de
obras; definição dos serviços realizados pelas próprias contratadas;
inexistência de registro dos serviços anteriormente executados sobre
o pavimento; e falta de fiscalização da usina de asfalto.

O art. 67 determina que a execução do contrato deve ser acompa-


nhada e fiscalizada por representante da Administração, que anotará,
em registro próprio, todas as ocorrências pertinentes, mantendo os
superiores devidamente informados.

[...]

O descumprimento do dispositivo, com a deficiente fiscalização


da execução contratual, implicou a não correspondência dos serviços
previstos com as necessidades dos respectivos trechos. Os “serviços
apresentados como executados eram não apenas invariavelmente de
custo superior ao efetivamente executado, como seus quantitativos
estavam superdimensionados, conforme medições efetuadas pela
equipe em uma amostra de um quilômetro de um trecho particularmen-
te crítico da estrada” (Acórdão 1.448/2006 – Plenário, relatório)

153
Elyud Santos de Freitas

O registro da fiscalização, na forma prescrita em Lei, não é ato


discricionário. É elemento essencial que autoriza as ações subse-
quentes e informa os procedimentos de liquidação e pagamento dos
serviços. É controle fundamental que a administração exerce sobre o
contratado. Propiciará aos gestores informações sobre o cumprimento
do cronograma das obras e a conformidade da quantidade e qualidade
contratadas e executadas. E, nesses termos, manifesta-se toda a dou-
trina e jurisprudência.

Não há nenhuma inovação na exigência do acompanhamento da


execução contratual. Inicialmente previsto no art. 57 do Decreto-Lei
2.300/1986, revogado pela Lei 8.666/1993, que manteve a exigência
em seu art. 67, esse registro é condição essencial à liquidação da
despesa, para verificação do direito do credor, conforme dispõe o art.
63, § 2°, III, da Lei 4.320/1964. A falta desse registro, desse acompa-
nhamento pari passu, propicia efetiva possibilidade de lesão ao erário.

[...]

Essa a motivação da multa, cujo simbólico valor, de R$ 2.000,00,


é proporcional à gravidade da infração e representa pouco mais do que
o valor mínimo fixado no art. 268, I, do RI. Embora as irregularidades
apuradas nestes autos e no TC 002.301/2006-2 sejam similares, não
houve duplicidade de sanção, por se referirem a trechos rodoviários e
a contratos distintos.

Recurso semelhante foi interposto contra o Acórdão 395/2008


– Plenário, que sancionou o responsável pelas mesmas ocorrências
verificadas no trecho compreendido entre os quilômetros 277,9 e 364,2
da mesma rodovia. O Acórdão 226/2009 – Plenário negou provimento
ao recurso.

Ante o exposto, voto por que o Tribunal de Contas da União aprove


o acórdão que ora submeto ao Plenário. TCU, Sala das Sessões Minis-

154
Fiscal de Contratos na Prática

tro Luciano Brandão Alves de Souza, em 22 de abril de 2009. WALTON


ALENCAR RODRIGUES - Relator

ACÓRDÃO 839/2011 - TCU - PLENÁRIO

Relator RAIMUNDO CARREIRO Processo 003.118/2001-2 Tipo


de processo TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (TCE) Data da sessão
06/04/2011 Número da ata 11/2011 Relator da deliberação recorrida
Ministro Benjamin Zymler. Interessado / Responsável / Recorrente.

[...]

Sumário RECURSOS DE RECONSIDERAÇÃO EM TOMADA DE


CONTAS ESPECIAL. IRREGULARIDADES. CONHECIMENTO. PRO-
VIMENTO PARCIAL DE UM RECURSO. NÃO PROVIMENTO DOS
DEMAIS. CIÊNCIA AOS INTERESSADOS. 1. Demonstrado nos autos
que a responsável pela fiscalização do contrato tinha condições precá-
rias para realizar seu trabalho, elide-se sua responsabilidade.

ACÓRDÃO 859/2006 - TCU - PLENÁRIO

Processo 010.848/2003-6 Relator MARCOS VINICIOS VILAÇA


Tipo de processo TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (TCE) Data da
sessão 07/06/2006 Número da ata 23/2006 Tipo de processo TOMADA
DE CONTAS ESPECIAL (TCE) Data da sessão 07/06/2006

[...]

Sumário 1. A omissão injustificada no fornecimento de informa-


ções, processos ou documento à equipe de inspeção ou auditoria do
Tribunal é punível nos termos do art. 58, inciso VI, da Lei n° 8.443/92,
mesmo quando a irregularidade possui natureza culposa. 2. O agente
público que deixa de exigir da contratada a prestação das garantias
contratuais, conforme previsto no art. 56 da Lei n° 8.666/93, responde
pelos prejuízos decorrentes de sua omissão, bem como às penas pre-
vistas nos arts. 57 e 58 da Lei n° 8.443/92. 3. A negligência de fiscal da

155
Elyud Santos de Freitas

Administração na fiscalização de obra ou acompanhamento de contra-


to atrai para si a responsabilidade por eventuais danos que poderiam
ter sido evitados, bem como às penas previstas nos arts. 57 e 58 da
Lei n° 8.443/92. 4. A comprovação do superfaturamento faz surgir para
os envolvidos o dever de ressarcir à Administração os valores inde-
vidamente recebidos. 5. Os juros moratórios tem caráter penal e só
cabem quando evidenciada a existência de má-fé. Afastada a hipótese
de má-fé, deixam de integrar o valor devido. ACORDAM os Ministros
do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, e diante
das razões expostas pelo Relator em:

[...]

9.3. julgar irregulares as contas do Sr. José Everaldo de Oli-


veira e da Construtora Gautama Ltda., com fundamento nos arts. 1º,
inciso I; 16, inciso III, alínea c; 19, caput, e 23, inciso III, da Lei nº
8.443/92, condenando-os, solidariamente, ao pagamento da quantia
de R$ 48.143,42 (quarenta e oito mil, cento e quarenta e três reais e
quarenta e dois centavos), atualizada monetariamente e acrescida dos
encargos legais, calculados na forma prevista na legislação em vigor,
a partir de 21.05.2002, até o dia do efetivo recolhimento, estabele-
cendo-lhes o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação, para
que comprovem, perante este Tribunal (art. 214, inciso III, alínea a, do
Regimento Interno), o recolhimento da dívida aos cofres do Tesouro
Nacional; (Vide AC-0146-06/07-P. correção de débito original).

ACÓRDÃO 1.094/2013 - TCU - PLENÁRIO

Relator: JOSÉ JORGE Processo: 009.224/2012-2 Tipo de pro-


cesso: RELATÓRIO DE AUDITORIA (RA) Data da sessão: 08/05/2013
Número da ata: 15/2013 Interessado / Responsável / Recorrente
[...]

Sumário: AUDITORIA DE CONFORMIDADE. HOSPITAIS UNI-


VERSITÁRIOS. AVALIAÇÃO DE CONTROLES INTERNOS. RECOMEN-
156
Fiscal de Contratos na Prática

DAÇÕES. ARQUIVAMENTO. Acórdão: VISTOS, relatados e discutidos


estes autos de Auditoria que objetivou avaliar os controles internos na
área de licitações e contratos do Hospital de Clinicas da Universidade
Federal do Paraná. ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da
União, reunidos em Sessão do Plenário, diante das razões expostas
pelo Relator, em:

9.1. com fulcro no art. 250, III, do Regimento Interno do TCU, re-
comendar ao Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Paraná
que:

9.1.1. providencie portaria de designação específica para fisca-


lização de cada contrato, com atestado de recebimento pelo fiscal de-
signado e que constem claramente as atribuições e responsabilidades,
de acordo com o estabelecido pela Lei 8.666/93 em seu artigo 67;

9.1.2. designe fiscais considerando a formação acadêmica ou


técnica do servidor/funcionário, a segregação entre as funções de
gestão e de fiscalização do contrato, bem como o comprometimento
concomitante com outros serviços ou contratos, de forma a evitar que
o fiscal responsável fique sobrecarregado devido a muitos contratos
sob sua responsabilidade;

9.1.3. realize sistematicamente o acompanhamento dos traba-


lhos realizados pelos fiscais;

ACÓRDÃO 1.270/2005 - PLENÁRIO

Relator AUGUSTO SHERMAN Processo 007.831/2005-3 Tipo


de processo RELATÓRIO DE LEVANTAMENTO (RL) Data da sessão
24/08/2005 Número da ata 32/2005 Dados materiais (com 2 anexos)
Interessado / Responsável / Recorrente Responsáveis:

[...]

Sumário Fiscobras 2005. Obras de reforma de galpões cênicos

157
Elyud Santos de Freitas

da Funarte localizados em São Paulo. Constatação de deficiências no


acompanhamento, controle e fiscalização dos serviços. Realização de
pagamentos à contratada sem a efetiva medição dos serviços. Outras
irregularidades na licitação e no contrato. Audiência dos responsá-
veis. Determinações. Comunicação ao Congresso Nacional. Acórdão
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de relatório de levanta-
mento realizado em cumprimento ao Acórdão 192/2005 - Plenário nas
obras de reforma dos galpões cênicos da Fundação Nacional de Artes
- Funarte, localizados em São Paulo, com vistas à futura instalação
do conjunto arquitetônico da representação da entidade em São Paulo
(PT 13.392.1142.4796.0001). ACORDAM os Ministros do Tribunal de
Contas da União, reunidos em sessão do Plenário, em:

9.3.1. efetue o pagamento de parcelas à contratada em estrita


consonância com o quantitativo de serviços e etapas medidos e efe-
tivamente executados na obra, conforme atestado pelo fiscal do con-
trato e de acordo com o novo cronograma físico-financeiro a ser esta-
belecido;

ACÓRDÃO 1.989/2013 - TCU - PLENÁRIO


Relator AROLDO CEDRAZ Processo 011.517/2010-7 Tipo de pro-
cesso RELATÓRIO DE AUDITORIA (RA) Data da sessão 31/07/2013
Número da ata 28/2013 Interessado / Responsável / Recorrente

[...]

Sumário RELATÓRIO DE AUDITORIA. FISCOBRAS 2010. RES-


TAURAÇÃO DE TRECHOS DA BR-364/MT. CONSTATAÇÃO DA EXECU-
ÇÃO DE SERVIÇOS EM DESCONFORMIDADE COM OS CONTRATOS.
REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIAS E OITIVAS. SUPERFATURAMENTO.
DETERMINAÇÃO DE CONSTITUIÇÃO DE TOMADAS DE CONTAS ES-
PECIAIS PARA APURAÇÃO DOS DÉBITOS. APLICAÇÃO DE MULTA.
DETERMINAÇÕES AO DNIT. Acórdão VISTOS, relatados e discutidos
estes autos que cuidam de Relatório de Auditoria realizada nas obras

158
Fiscal de Contratos na Prática

de manutenção de trechos rodoviários da BR-364/MT, a cargo do De-


partamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit, no âmbito
do Fiscobras de 2010. ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas
da União, reunidos em Sessão Plenária, diante das razões expostas
pelo Relator, em:

[...]

17. Uma Leitura apressada e literal do dispositivo acima poderia


até conduzir ao entendimento de que não seria exigível do responsá-
vel a contratação de empresa supervisora, uma vez que a legislação
permite a contratação de terceiros, mas não exige que a administração
o faça como regra em todas as situações. É preciso, entretanto, ve-
rificar a finalidade do dispositivo legal. O art. 67 da Lei de Licitações
tem por objetivo fazer com que a administração acompanhe adequada-
mente a correta execução de seus contratos. Caberá ao administrador,
considerando sua realidade concreta, avaliar se este acompanhamen-
to pode ser adequadamente realizado de forma direta por seus ser-
vidores ou se é necessária a contratação de terceiros para assistir o
fiscal do contrato.

ACÓRDÃO 2.512/2009 - PLENÁRIO

Relator AROLDO CEDRAZ Processo 003.331/2008-2 Tipo de


processo TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (TCE) Data da sessão
28/10/2009 Número da ata 45/2009 Interessado / Responsável / Re-
corrente

[...]

Sumário TOMADA DE CONTAS ESPECIAL ORIUNDA DE DENÚN-


CIA. IRREGULARIDADES EM CONTRATOS. IMPROCEDÊNCIA DAS
ALEGAÇÕES DE DEFESA. IRREGULARIDADE, DÉBITO E MULTA.
Acórdão VISTOS, relatados e discutidos estes autos de tomada de
contas especial decorrente de irregularidades na execução do contra-

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Elyud Santos de Freitas

to CRT/RN/15.000/05, firmado entre o Incra/RN e a Construtora Serra


Verde Ltda. ACORDAM os ministros do Tribunal de Contas da União,
reunidos em sessão , com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso
III, alínea “c”, 19, 23, inciso III, 28, inciso II, e 57 da Lei 8.443/1992,
c/c o art. 214, inciso III, alínea “a”, do Regimento Interno:

[...]

6. Ao atestar notas fiscais concernentes a serviços comprovada-


mente não prestados, o agente administrativo Marcos Antônio Oliveira
de Morais tornou-se responsável pelo dano sofrido pelo erário e, con-
sequentemente, assumiu a obrigação de ressarci-lo, encargo este que
não seria afastado nem mesmo na hipótese de reconhecimento de sua
boa-fé, que, aliás, não pode ser reconhecida, dada a flagrante irregu-
laridade de sua conduta.

ACÓRDÃO 2831/2011 - TCU - PLENÁRIO

1. Processo TC 010.474/2010-2 2. Grupo I – Classe V – Relatório


de Auditoria. 3. Responsáveis:

[...]

Acórdão: VISTOS, relatados e discutidos estes autos de relató-


rio de auditoria realizada para avaliar o Sistema de Acompanhamento
de Contratos – Siac do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes – Dnit; ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da
União, reunidos em sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo
relator e com base nos arts. 42, §1º, e 43, I, da Lei 8.443/1992, e nos
arts. 245, §1º, e 250, inciso III, do Regimento Interno, em: [...]

9.2.11.1. os dados de fiscais titular e substituto constantes do


sistema reflitam as designações formais via portaria;

9.2.11.2. o fiscal substituto cadastrado seja diferente do fiscal


titular;

160
Fiscal de Contratos na Prática

31. REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Dis-


ponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/constituicao/consti-
tuicao.htm> Acesso em: 26 jul. 2017.

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direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e ba-
lanços da união, dos estados, dos municípios e do distrito federal.
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Leis/l4320.htm>. Acesso em: Acesso em: 24 fev. 2018.

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regime jurídico dos servidores públicos civis da união, das autar-
quias e das fundações públicas federais. Brasília, 1990. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8112cons.htm>. Acesso
em: 17 maio. 2018.

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aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito
no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administra-
ção pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providên-
cias. Rio de Janeiro, 1992. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/l8429.htm>. Acesso em: 17 maio. 2018.

_____. Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992. Dispõe sobre a Lei orgâ-


nica do tribunal de contas da união e dá outras providências. Bra-
sília, 1992. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Leis/
L8443.htm>. Acesso em: 17 maio. 2018.

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inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e
contratos da administração pública e dá outras providências. Bra-
sília, 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/
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_____. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. regula o processo ad-


ministrativo no âmbito da administração pública federal. Brasília,
1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l9784.
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161
Elyud Santos de Freitas

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Relator: Augusto Sherman. Sessão de 24/02/2010. Diário Oficial da
União, Cidade, UF, 24 ago. 2011.

_____. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 409/2007. 1ª câmera.


Relator: Valmir Campelo. Sessão de 06/03/2007. Diário Oficial da União,
Cidade, UF, 24 ago. 2011.

_____. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 478/2006. Plenário.

162
Fiscal de Contratos na Prática

Relator: Valmir Campelo. Sessão de 05/04/2006. Diário Oficial da União,


Cidade, UF, 24 ago. 2011.

_____. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 767/2009. Plenário.


Relator: Walton Alencar Rodrigues. Sessão de 22/04/2009. Diário Oficial
da União, Cidade, UF, 24 ago. 2011.

_____. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 839/2011. Plenário.


Relator: Raimundo Carreiro. Sessão de 06/04/2011. Diário Oficial da
União, Cidade, UF, 24 ago. 2011.

_____. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 859/2011. Plenário.


Relator: Marcos Vinicios Vilaça. Sessão de 07/06/2006. Diário Oficial da
União, Cidade, UF, 24 ago. 2011.

_____. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 1.094/2013. Plenário.


Relator: José Jorge. Sessão de 08/05/2013. Diário Oficial da União,
Cidade, UF, 24 ago. 2011.

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rio. Relator: Augusto Sherman. Sessão de 24/08/2005. Diário Oficial da
União, Cidade, UF, 24 ago. 2011.

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Relator: Aaroldo Cedraz. Sessão de 31/07/2013. Diário Oficial da União,
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_____. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2.512/2009. Plenário.


Relator: Aroldo Cedraz. Sessão de 28/10/2009. Diário Oficial da União,
Cidade, UF, 24 ago. 2011.

_____. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2.831/2011. Plenário.


Relator: Aroldo Cedraz. Sessão de 25/10/2011. Diário Oficial da União,
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Elyud Santos de Freitas

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administrativos. 14. ed. São Paulo: Dialética, 2010.

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