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NEUROCIÊNCIA
NEUROCIÊNCIA
EDUCAÇÃO
NEUROCIÊNCIA: AMPLIANDO O DIÁLOGO COM A EDUCAÇÃO
Autora: MÔNICA MACEDO
Resumo:
1- Introdução:
O século XXI traz uma configuração de aprendizagem que tem em seu bojo um corpo
teórico advindo de outros ramos do conhecimento, como a Neurociência, tendo por
desafio primeiro compreender o sistema neuronal e suas implicações e possíveis
desdobramentos para a constituição humana.
2- Desenvolvimento:
A partir desse ponto, podemos começar a observar e entender como as áreas cerebrais
são mobilizadas para as diversas, múltiplas e diferenciadas aprendizagens realizadas e
como os processos internos de modificação cerebral se dão quando há aprendizagem.
Pesquisas e estudos têm revelado que ocorrem maturações sucessivas do cérebro desde
a vida intra-uterina determinadas pela genética da espécie, pelas atividades específicas
para cada tipo de aprendizagem, pelas possibilidades de recuperação e suas
reorganizações em função de novas aprendizagens ou lesões e acidentes. Todas essas
situações fazem parte do processo de maturação cerebral.
“De tudo o que o cérebro processa, algumas coisas ficam armazenadas na memória (que
chamamos de memória de longa duração) e outras são esquecidas (permanecem
brevemente na memória e desaparecem, chamadas de memória de curta duração)”.
(LIMA, 2007, p.8)
Por isso, o interessante é que a escola tenha entendimento disso para que possa planejar
experiências em que os alunos posam avançar. Isso é uma necessidade que se coloca na
perspectiva do século XXI.
Nesse sentido, entender a aprendizagem humana é uma prerrogativa para novos e
diferentes comportamentos humanos. As novas memórias que vão sendo formadas
ampliam as redes neuronais. Os conteúdos guardados se reorganizam em conteúdos que
servem para a formação e ampliação de novas memórias. isso, a prática pedagógica
atual precisa entender desses mecanismos. Caso contrário, dá-se espaço para a não-
aprendizagem.
Esses processos estão ligados à formação de redes neuronais. Essa, por sua vez, se
forma pela conexão entre neurônios. Com o passar do tempo, as informações que vão
sendo trabalhadas pelos neurotransmissores vão constituindo a memória. Assim, as
aprendizagens vão ocorrendo ao longo da vida e do desenvolvimento humano e podem
ser alteradas a todo o tempo. Ao mesmo tempo, isso cria uma rede de informações que
ficam arquivadas e que podem ser evocadas em qualquer tempo.
Na plasticidade cerebral, áreas do cérebro que são responsáveis por determinada função,
podem assumir outras. Ao mesmo tempo, ela acaba auxiliando em aprendizagens afins.
Relvas complementa:
Em virtude de o cérebro ter esse mecanismo que esvazia a si mesmo, para aprender
mais, o professor deve emoldurar os conteúdos de maneira agradável (não importa a
disciplina), sendo criativo e multifuncional... O processo de ensino- aprendizagem deve
ser excitado e, ao mesmo tempo, minimizar a excitação, dentro do que se pretende
atingir, para não perder o foco. (2014, p.39)
2.2- A importância da escola e dos professores:
Sabemos que a escola ainda é o local, o espaço para muitos alunos que precisam
constituir suas aprendizagens. Então, a escola tem grande importância, pois é a
oportunidade que esses muitos têm de ampliarem suas capacidades. A escola precisa ser
acolhedora, desafiadora e democrática, possibilitando o contato dos alunos com o
conhecimento e refletindo sobre as diferenças que daí decorrem.
O papel da escola é promover conhecimento e garantir que seus alunos possam ter suas
capacidades intelectuais desenvolvidas para que possam acessar o conhecimento
acumulado culturalmente pela humanidade.
Dentro desse cenário, o professor é o profissional que deve garantir essa boa
aprendizagem e a sala de aula se torna o espaço propício para promover as
aprendizagens necessárias ao desenvolvimento do aluno. Assim, tanto o professor
quanto a sala de aula precisam, entre outros aspectos, emanar afeto, pois ele é fator
preponderante para a aprendizagem significativa.
Através dessa abordagem é possível trabalhar mais de perto com as diferenças, pois
cada aluno apresenta um perfil diferenciado, com características próprias que o
professor precisará se voltar. Com isso, ele estará desenvolvendo um trabalho mais
inclusivo. Com o estudo científico da aprendizagem, ele poderá acompanhar os diversos
desempenhos na sala de aula ajustando às necessidades de cada aluno, pois
Percebemos que aprender é algo que nos envolve por completo e por isso, a escola e o
professor precisam atentar para vários campos de conhecimento, dentre eles, a
Neurociência.
Faz todo o sentido conhecer o educando na sua integralidade e nas suas especificidades,
para que a ação educativa tenha uma finalidade e objetividade em prol do
desenvolvimento de cada aluno, em todas as escolas.
3- Considerações finais:
Referências:
LIMA, Elvira de Souza. Neurociência e Aprendizagem. Editora Inter Alia, São Paulo,
2007.
RELVAS, Marta Pires. Sob o comando do cérebro: entenda como a Neurociência está
no seu dia a dia. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.