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INTRODUÇÃO

Apesar da descrição da bandeira brasileira como um país de ordem e progresso, o


Brasil ainda enfrenta desafios relacionados à violência e desigualdade, que têm
raízes histórico-sociais e ainda são visíveis na contemporaneidade. A descrença na
política e no poder público, juntamente com a insatisfação com a democracia, são
evidentes em um país onde as mulheres não têm representação política efetiva.
Embora Dilma Rousseff tenha sido eleita em 2010 como a primeira mulher
presidente do Brasil, desde a proclamação da república, houve uma clara falta de
mulheres no poder público. No entanto, sua eleição foi um passo importante para a
democracia e um marco na história política brasileira. Dilma sempre defendeu a
importância da democracia, tendo iniciado sua carreira política durante a ditadura
militar, quando se envolveu em organizações contra o regime. Acreditava que para o
país funcionar a democracia é o lado certo da história.
O primeiro mandato de Dilma Rousseff deu continuidade ao governo PT e manteve
algumas políticas e programas de assistência social do governo de Luiz Inácio da
Silva, incluindo várias políticas em áreas como saúde, educação, combate à
pobreza, meio ambiente, dentre outras, implementadas no governo de Rousseff.
Houve também uma expansão do programa bolsa família; o programa Brasil sem
miséria, com o objetivo de erradicar a extrema pobreza no país; o Mais médico,
trazendo médicos de diversos países para atuar em regiões com carência; Minha
casa minha vida visando reduzir o déficit habitacional. Para mais, Dilma continuou a
manter cooperação com países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul).
No ano de 2007 o mundo passava por uma crise econômica. O mercado imobiliário
dos Estados Unidos sofre um colapso causado por empréstimos de risco
concedidos a pessoas sem a necessidade de garantias financeiras para pagar. A
crise teve impacto significativo na economia global, gerando desemprego, queda na
produção e um efeito negativo no mercado internacional.
No Brasil, a crise ocasionou uma queda no crescimento econômico. Segundo o
IBGE, pela primeira vez desde 1992 o PIB preliminar de 2009 sofreu uma retração
de 0,2% nas atividades econômicas. Ocorre também uma desvalorização do real
em relação ao dólar, incluindo a redução dos investimentos estrangeiros, os
investidores se tornaram mais promíscuos a investir em relação ao mercado
emergente. Ademais, o consumo das famílias despencou devido a incerteza do
mercado econômico. Consequentemente, menos pessoas consumindo gerou uma
queda na produção e nas vendas, o que levou ao aumento de mercado se
deteriorando, o que propicia o número de pessoas desempregadas aumentar. Por
fim, havia uma extrema falta de dinheiro nos mercados internacionais, conhecida
como a fase “credit crunch”. A crise que se iniciou nos Estados Unidos, em 2010,
ainda dava sinais de que não havia acabado.
Assim, ao assumir a presidência, Rousseff encontrou uma forte recessão
econômica mundial, que atingiu a economia brasileira, inclusive a queda nos preços
das commodities e o aumento da inflação e dificuldades relacionadas à dívida
pública. Além disso, nos dois primeiros trimestres de 2014 os resultados mostraram
que o Brasil se encontrava em estado de recessão técnica.
A gestão de Dilma Rousseff tinha alguns objetivos para o mandato, visando a
sustentabilidade e o aumento da qualidade de vida dos brasileiros. Uma das suas
metas era o crescimento econômico do país de maneira sustentável e inclusiva,
onde crescesse a geração de empregos e houvesse uma maior distribuição de
renda. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um dos exemplos de
feitos com essa finalidade com um conjunto de medidas com iniciativa de
infraestrutura para estimular o desenvolvimento econômico do país. As metas do
programa consistem em investimentos em áreas como transporte, energia,
saneamento e habitação.
Em resumo, o primeiro mandato de Dilma Rousseff foi marcado por desafios
econômicos gerados por diversas questões. Ainda assim, foram implantadas
diversas políticas que visavam enfrentar esses desafios. Além disso, foram criadas
medidas que incentivam o consumo, além de gerar múltiplos programas que
visavam a melhoria da qualidade de vida da população brasileira de baixa renda.

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