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PODEROSO RESUMÃO DE EMPRESARIAL III – PROF.

KARAM – RECUPERAÇÃO ESPECIAL

RECUPERAÇÃO ESPECIAL
Vídeo aula para quem gosta: https://www.youtube.com/watch?v=wy8v7lmpgJA

QUEM PODE USAR PLANO ESPECIAL DE REC. JUD?


- ME e EPP
A recuperação judicial especial é aquela que se destina para EPP e ME. A
empresas com faturamento de até 360mil são ME, e as empresas com
faturamento de 360mil-4.800mil são EPP – sim, a avaliação é meramente
tributária, é só o valor de faturamento mesmo.
Art. 70. As pessoas de que trata o art. 1º desta Lei e
que se incluam nos conceitos de microempresa ou
empresa de pequeno porte, nos termos da legislação
vigente, sujeitam-se às normas deste Capítulo.
§ 1º As microempresas e as empresas de pequeno
porte, conforme definidas em lei, poderão apresentar
plano especial de recuperação judicial, desde que
afirmem sua intenção de fazê-lo na petição inicial de
que trata o art. 51 desta Lei.
§ 2º Os credores não atingidos pelo plano especial
não terão seus créditos habilitados na
recuperação judicial.
- PRODUTORES RURAIS
Nos termos do §3º do art. 70 da Lei de Rec. Judicial:
Art. 70-A. O produtor rural de que trata o § 3º do art.
48 desta Lei poderá apresentar plano especial de
recuperação judicial, nos termos desta Seção, desde
que o valor da causa não exceda a R$ 4.800.000,00*
(quatro milhões e oitocentos mil reais). (Incluído pela
Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
*É o mesmo valor limite do faturamento que classifica a EPP.

QUEM NÃO PODE USAR?


Todos que não podiam realizar recuperação judicial não-especial, e nesse caso,
empresas que não sejam EPP ou ME e produtores rurais com causas superiores
a R$ 4.800.000,00.

Achou algo errado no resumo? Por favor, me avisa! (51) – 984708871, Raphaela Ferreira
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QUAIS CRÉDITOS PODEM SER RECUPERADOS?


Todos os créditos recuperados pela Recuperação Judicial não especial. Exceto:
1. Previstos no art. 49, §3º: arredamentos mercantis, leasing, alienação
fiduciária, contrato de compra e venda de promitente comprador com
cláusula de irretratabilidade.
2. Créditos advindos de contratos de adiantamento de câmbio.
Importante observar que segundo o §2º do art. 70 da Lei de falências, transcrito
acima, os credores não atingidos pela recuperação, não terão seus créditos
habilitados.

POR QUE DA CRIAÇÃO DA REC. JUD. ESPECIAL?


1. Para ser mais barato, tendo em vista o menor faturamento destas
empresas, que por exemplo, poderiam enfrentar maior dificuldade em
custear um processo de recuperação especial.
2. Para ser mais célere.
3. Para atender o tratamento especial da EPP e ME, solicitado pelo art. 179
CFRB – em função da proteção ao comércio formal e seguro, e em
proteção também do volume potencial econômico que estas empresas
simbolizam na economia brasileira.

QUAL O PROCEDIMENTO?
1. A empresa distribui a inicial, atendendo os requisitos do art. 50 da Lei.
2. O juiz recebe a inicial, realiza a análise prévia (vê se tem fundamento o
pedido de recuperação).
3. Sai o despacho recebendo a inicial para dar prosseguimento ao pedido.
Abre o prazo de 60 dias para a empresa apresentar seu plano de
recuperação judicial especial.
4. Apresentado o plano, dentro dos requisitos formais, abre o prazo de 30
dias para que os credores citados no plano apresentem suas
impugnações – se houver.
5. Das duas uma: 1. O plano não teve objeções/ teve poucas, o plano é
aprovado pelo juiz, ou 2. O plano teve objeções volumosas e o juiz aprova
ou reprova baseado nisso. Observação importante: se houver objeções
por mais de metade dos credores, o juiz irá rejeitar o plano haverá
convolação da empresa em falência.
6. 180 dias depois de distribuída a inicial será paga a primeira parcela.
7. Com aprovação do plano, a dívida é dividida em 36 parcelas iguais que
será pagas sucessivamente até sua extinção, cada qual acrescida de
juros pautados na taxa SELIC de seu vencimento.

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LIMITES IMPORTANTES DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL


ESPECIAL

1. Diferentemente do plano de recuperação judicial comum, aqui não há


debate entre credores e credor sobre como o plano e como pagamento
deverá ser feito.
2. O plano especial deverá prever o pagamento em 36 parcelas, iguais,
mensais e sucessivas, corrigidas pela SELIC.
3. O pagamento da primeira parcela prevista no plano não pode ter prazo de
pagamento superior a 180 dias contados da data de distribuição da
recuperação.
4. O pedido de R.J. especial não acarreta a suspensão da prescrição nem
das ações de execução por créditos não lançados no plano.
5. Aqui não há assembleia geral de credores. O devedor tem 60 dias para
apresentar seu plano, uma vez que processada a petição inicial, e há o
prazo de 30 dias para que os credores possam impugnar o plano. Não
havendo qualquer objeção dos credores, o plano é aprovado.
6. Para que as objeções para imputem a rejeição do plano precisam ser da
maioria dos credores.
7. Se o plano restar reprova o ou rejeitado pelo Juízo, o processo especial
vira falência.
8. Quem concede ou não a execução do plano em si é o juiz, ele analisa as
objeções e então aprova ou rejeita o plano.

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