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Os progressos da medicina e da alimentação no século XX

No decorrer do século XX houve vários progressos, quer a nível da


medicina, quer a nível da alimentação, e hoje vou falar-vos de alguns com
grande importância.

Começando pela medicina:

Em 1928 foi descoberta a Penicilina, por Fleming, que foi produzida


industrialmente na década de 40, permitindo salvar imensas vidas das
infeções bacterianas.

As décadas de 50 a 70 revelaram-se particularmente férteis na


obtenção de vacinas responsáveis pela regressão da poliomielite, do
sarampo e da pneumonia. A poliomielite é uma doença que pode não dar
sintomas, mas em alguns casos pode ser extremamente incapacitante ou
mesmo mortal, uma vez que ao invadir o sistema nervoso pode provocar
paralisia dos músculos respiratórios.

Em 1953 foram descobertos o ADN e o código genético, por Francis


Crick, James Watson e Maurice Wilkins. As informações genéticas contidas
no ADN auxiliaram as pesquisas patológicas (de doenças hereditárias e de
outras como o cancro) e imunitárias.

Os transplantes cardíacos, iniciados em 1967, registaram uma taxa


razoável de sucesso, suscitando a confiança progressiva na medicina
cirúrgica.
O primeiro transplante cardíaco foi realizado a 3 de dezembro de
1967 pelo cirurgião sul-africano Christiaan Barnard e o paciente Louis
Waskansky sobreviveu por 18 dias, acabando por morrer devido a uma
infeção. O primeiro transplante cardíaco em Portugal ocorreu em 18 de
fevereiro de 1986 e foi realizado pelo cirurgião cardiotorácico João Queiroz
e Melo. A paciente Eva Pinto viveu até aos 64 anos, os últimos 10 com o
novo coração.

O primeiro caso de fertilização in vitro foi em Oldham, uma cidade


do interior de Inglaterra, com o auxílio dos investigadores pioneiros Patrick
Steptoe e Robert Edwards. Deste acontecimento nasceu Louise Brown no
dia 25 de julho de 1978.

O primeiro bebé-proveta português foi o futebolista Carlos Saleiro, a


25 de fevereiro de 1986.

Para além da medicina, a ciência salvou muitas vidas pelas


investigações que estimulou no campo alimentar.

Ainda na primeira metade do século XX, os cientistas tinham


promovido a criação de famílias de plantas mais fortes e mais produtivas.
Resultado de avanços na agronomia, nas técnicas reprodutivas e na
genética viria a iniciar-se, em 1962, a Revolução Verde no México.

A Revolução Verde foi um período no qual diversas novas tecnologias


surgiram e outras, já utilizadas na época, tiveram o seu uso difundido.

Por exemplo:

- Plantas geneticamente modificadas


- Correção e adubação do solo

- Uso de defensivos químicos

- Mecanização agrícola

- Irrigação

Por fim, têm sido associados ao progresso científico alguns


malefícios como o caso da ameaça nuclear, da poluição, do esgotamento
dos recursos naturais e da manipulação genética, mas o balanço final da
evolução científico-tecnológica é acentuadamente positivo. Mais bens de
consumo foram prodigalizados, a esperança de vida aumentou e a
Humanidade ficou, mais do que nunca, interligada por uma rede de
comunicações que fez da Terra uma aldeia global.

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