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determinada área, interagindo com o meio físico, de modo que um fluxo de energia leva
a uma definida estrutura trófica, diversidade biótica e ciclos de matéria dentro do
sistema (Odum, 1971 citado por Freire, 2013). Begon et al., (2006) define o ecossistema
como sendo comunidade biológica junto com o ambiente abiótico em que ela se
encontra. Assim, os ecossistemas incluem produtores primários, decompositores e
detritívoros, matéria orgânica, herbívoros, carnívoros e parasitas mais o ambiente
fisicoquímico que proporciona as condições para a vida. Esta interação leva a que a
componente biótica influencie as propriedades da componente abiótica e vice-versa.
Sendo assim, ambas as componentes de um sistema ecológico são crucias para a
manutenção da vida (Ferreira, 2017).
De acordo com Wink (2005) e Silva e Silva (2011), os bioindicadores podem ser usados
em contextos, tais como: indicação de alteração de habitats, destruição, contaminação,
reabilitação, sucessão da vegetação, mudanças climáticas e consequentemente
degradação dos solos e ecossistemas, pois as comunidades presentes nos ambientes em
questão podem sofrer redução na abundância e riqueza em função de tais impactos,
devendo considerá-los em estudos de levantamento (GONÇALVES et al., 2014).
As comunidades biológicas podem refletir a integridade ecológica dos ecossistemas,
integrando os efeitos dos agentes impactantes ao longo do tempo. Esse é o caso da
Classe dos insetos, a mais diversa do Reino Animal em riqueza, diversidade de espécies
e abundância de indivíduos. Estes organismos dominam tanto o ambiente de água doce
quanto o terrestre, correspondendo a cerca de 70% das espécies animais descritos
(LEWINSOHN et al., 2005). 991 texto do artigo
A macrofauna abrange mais de 20 grupos taxonómicos (Tabela 1). Entre esses estão
minhocas, cupins, formigas, centopeias, piolhos de cobra, baratas, aranhas, tesourinhas,
grilos, caracóis, escorpiões, percevejos, cigarras, tatuzinhos, traças, larvas de mosca e de
mariposas, larvas e adultos de besouros, e outros animais, que podem ser consumidores
de solo (geófagos), partes vivas das plantas (fitófagos), matéria orgânica do solo
(humívoros), serapilheira (detritívoros), madeira (xilófagos), raízes (rizófagos), outros
animais (predadores, parasitas, necrófagos) e fungos (fungívoros) (BROWN et al.,
2001a). GeorgeBlivro
A macrofauna do solo inclui uma grande variedade de organismos edáficos maiores que
2 mm de tamanho (Bardgett e van der Putten, 2014) que contribuem para a
homogeneização do solo, melhoria da estrutura do solo (Siqueira et al., 2014) e,
portanto, aumentam a penetração das raízes e fluxos internos de ar e água (Brussaard et
al., 2007; Oliveira, 2008; Moura et al., 2015). Diversity Soil Macrofauana
Vários são os fatores que podem ter influência na abundância, atividade, composição e
diversidade da fauna edáfica, como os edáficos (tipo de solo, minerais predominantes,
temperatura, pH, matéria orgânica, umidade, textura e estrutura), os relacionados à
vegetação (fisionomia e cobertura), os históricos (especialmente antrópico, mas também
geológico), os topográficos (posição fisiográfica, inclinação) e os climáticos
(precipitação, temperatura, vento, umidade relativa do ar). Assim, qualquer intervenção,
seja antrópica ou natural, pode potencialmente afetar a dinâmica da fauna do solo e, por
consequência, as funções ecológicas na qual ela está envolvida (MELO et al., 2009).
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