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Relatório do Seminário Arquitetura: IBM

Pedro Augusto Sousa Gonçalves1 , Artur Bermond Torres1 , Kemuel Marvila1

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Departamento de Computação (DECOM) – Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

1. Introdução

A IBM (International Business Machines) é uma das empresas mais antigas de tecnolo-
gia, sendo fundada no século XIX com o desenvolvimento de máquinas elétricas para a
contagem de dados Figura 1. Atualmente a multinacional, apelidada de “Big Blue” de-
vido ao seu logo azul, produz supercomputadores, nanotecnologia, fornece serviços de
hospedagem e infraestrutura, além do desenvolvimento de IAs.

Figura 1. Maquina criada por Hollerith

O fundador foi Herman Hollerith, que era apaixonado por estatı́stica e um grande
inventor. Em 1881, Hollerith desenvolveu uma máquina elétrica Figura 1 que lia dados,
computava e os gravava em cartões perfurados. Devido ao seu sucesso, a máquina foi
inicialmente usada no censo de 1890 dos Estados Unidos, após isso Hollerith fundou a
empresa Tabulating Machine Company para vender a sua máquina, que mais tarde se
tornaria a gigantesca IBM.
Visando expandir o seu mercado, a Tabulating Machine Company se fundiu com a
Computing Scale Co., que produzia de instrumentos de aferição de peso, e a Time Recor-
ding Co., que produzia registradores mecânicos de tempo, dessa forma criando a Com-
puting Tabulating Recording Co. (CRT) Figura 2 em 1911. Agora além de produzir
tabulações e cartões perfurados, produzia gravadores de tempo, balanças e outras maqui-
nas.
Figura 2. Logomarca da CTR

A variedade de mercados provocou problemas administrativos, para resolve-los,


o experiente empresario Thomas J. Watson foi chamado para assumir a presidência em
1914. Sua gestão foi fantástica, a empresa duplicou sua receita ainda no inicio da sua
gestão, expandiu seu alcance para a América do Sul, Asia, Austrália e Europa, além de
promover a lealdade e motivação dos funcionários. Em 1924, o nome da empresa mudou
para International Business Machines (IBM) Figura 3.

Figura 3. Logomarca da ibm em 1924

Nas décadas seguintes a IBM cresceu ainda mais, manteve sua expansão mesmo
com a quebra da bolsa de 29, a segunda guerra mundial, aumentou sua relação com o
governo dos Estados Unidos dando auxilio tecnológico nos conflitos bélicos, foi uma das
pioneiras em dar oportunidade de emprego para mulheres e minorias. Com sua desen-
freada expansão no exterior, a IBM fundou a World Trade SpA em 1949 para gerir suas
operações internacionais. No fim da década de 50 e no inicio da década de 60 a IBM se
tornou a lı́der mundial de alta tecnologia.
Na década de 60 a IBM teve grande contribuição para o inicio da nova era da
computação com o mainframe System/360 Figura 4. Apesar de já haverem mainframes,
esses eram caros, grandes, incompatı́veis, ao contrario do System/360, que por sua fácil e
barata produção, sua compatibilidade e padronização conseguiu atingir vários mercados,
dessa forma se tornando o mais vendido na década de 70. A IBM revolucionou as formas
de projetar e fabricar sistemas computacionais, e o System/360 se tornou sua principal
fonte de receita pelos anos seguintes.

Figura 4. mainframe System/360

No inicio da década e 80, devido as autos investimentos no desenvolvimento de


novas tecnologias e baseando no sucesso da padronização de sistemas computacionais,
a IBM lançou o Personal Computer (PC) modelo IBM 5150 Figura 5. O PC herdou
todas as qualidades do System/360, mas com o adendo de ser bem mais barato e menor.
O modelo IBM 5150 foi um grande sucesso, atingiu lugares antes inacessı́veis para a
computação.

Figura 5. Personal Computer modelo IBM 5150

O sucesso do PC Figura 5 possibilitou a ascensão de outras empresas como a


Microsoft e Apple, e fortaleceu outras como a Intel e AMD. Por consequência, a IBM
terminou a década de 80 sufocada e desacelerada, teve dificuldade em se manter no mer-
cado, mas conseguiu dar a reviravolta na década de 90 investindo no mercado de serviços
e software.
Atualmente a IBM continua sendo um modelo de negocio de sucesso, mantém
seus altos investimentos em devolvimento e pesquisa de novas tecnologias, contudo, sua
maior receita continua sendo do mercado de serviços e software. Na ultima década ela
desenvolveu o supercomputador Watson Figura 6, um dos computadores mais potentes
do mundo, além dele, também desenvolveu a IA Watson, que consegue se integrar a vários
sistemas e dispositivos, e nos últimos anos ela tem desenvolvido um computador quântico
Figura 7, a previsão é de que ele esteja pronto no ano de 2025. Apesar da IBM não ter a
mesma fama e peso do ultimo seculo, ela se mantém como uma das gigantes da tecnologia
e continua desenvolvendo tecnologias inovadoras.

Figura 6. Super Computador Watson Figura 7. Computador quântico da IBM

2. Industrial
A IBM, como já discutido, é uma empresa anciã. Ela vem de tempos antes mesmo do uso
de computadores pessoais. É de se pressupor, portanto, que ela tivesse tido interesse em
entrar na área industrial, com tanto tempo de atividade, e estarı́amos corretos em supor
isso. Não nos focaremos no lado histórico da presença industrial da IBM, pois ela está
muito presente até hoje, então daremos espaço ao presente.
Atualmente, um dos grandes campos industriais no qual a IBM está investida é o
da reestruturação digital de empresas. Por esse caminho, eles estão oferecendo serviços
a maior fábrica (por lucro) da Coca-Cola, como trabalhos pesados de SAP ERP, um sis-
tema de gestão empresarial transacional, SAP BW/4 HANA, um pacote de armazém de
dados, atualizações dos ambientes de TI com o Sistema Operacional Red Hat Enterprise
Linux (RHEL), além de oferecer o serviço do IBM Public Cloud para executar todas as
aplicações que forem necessárias. O objetivo da IBM, o motivo pelo qual ela foi con-
tratada, é transformar o TI dessa fábrica da Coca-Cola, a Coca-Cola European Partners,
migrando suas aplicações para um ambiente de nuvem hı́brido e aberto.

Figura 8. Fabrica da Coca Cola

A gama de serviços SAP ofertados via nuvem é um dos grandes selling-points da


IBM no campo industrial, contando com mais de 100 soluções testadas e certificadas pela
SAP. Para esse quesito, a IBM fez parceria com a empresa Red Hat, com o uso do RHEL
e do OpenShift, além de ofertar o uso de Servidores Virtuais Intel rodando na Nuvem da
IBM.
Além da Coca-Cola, um outro exemplo de empresa que contratou a IBM foi a
Home Depot. Somente na América do Norte, a empresa varejista tem mais de 2200 lojas,
sendo uma das maiores no ramo. Com tal magnitude, a empresa tem que resolver diversos
problemas relacionados à rede logı́stica, e é nessa área que a IBM entra. Para melhor
auxiliar no trabalho de distinguir o que foi enviado para a loja em comparação com o
que foi dito que foi enviado pelos fornecedores, Home Depot agora usa a plataforma de
blockchain da IBM. O sistema permite que tanto os fornecedores quanto a loja em si
consigam acompanhar em tempo real todas as mudanças no envio e identificar problemas
assim que eles surjam. Com isso, a comunicação fica mais ágil e a relação entre todos
os envolvidos melhora. De acordo com a IBM, seu produto é a “principal plataforma
Hyperledger Fabric para construir, operar, governar e crescer soluções blockchain através
de qualquer ambiente computacional” (traduzido de um artigo da IBM sobre blockchain).
Similar com a Home Depot, a tecnologia de blockchain da IBM pode ser usada para
aprimorar a rede logı́stica de qualquer grande fábrica

Figura 9. Loja da Home Depot

Entrando no campo da manufatura, a IBM também está presente, em especial na


construção de uma Indústria 4.0. Muito voltada ao conceito de Big Data, a empresa utiliza
seu sistema hı́brido e aberto baseado na nuvem para ajudar fábricas a processarem dados.
De acordo com a própria IBM, “em apenas um mês, uma única planta de manufatura
pode gerar mais de 2200 terabytes de dados” (link). Pensando nisso, a Siemens fez uma
parceria com a IBM e a Red Hat para aumentar a flexibilidade do seu produto MindSphere,
uma solução de processamento de dados voltada para IoT industria.
Figura 10. O produto acima é o MindSphere

Por último, vale citar como a IBM realiza consultorias empresariais, para assim
determinar quais de seus serviços mais irão ajudar as indústrias que a contrataram. Inclu-
sive, as soluções ofertadas pela IBM podem ser únicas para o contratante, caso necessário.
Um exemplo disso é o caso da L’Oreal, que após uma consultoria com a IBM, construiu
um aplicativo mobile para agilizar e antecipar tarefas em sua planta de manufatura, po-
dendo aprimorar a segurança dos processos industriais envolvidos.

3. Aeroespacial
3.1. IBM Planning Analytics on Cloud: ajuda a fazer usos mais inteligentes de mão
de obra.

Figura 11. figura ilustrativa de gerenciamento por software

A GKN Aerospace atende mais de 90% dos principais fabricantes de aeronaves do mundo.
Trabalhando com a IBM, a empresa reformulou seus processos de planejamento de mão
de obra, garantindo o melhor aproveitamento de seus 3.500 engenheiros e sempre aten-
dendo a demanda dos clientes por tecnologia de ponta.
A GKN Aerospace usa o IBM® Planning Analytics on Cloud para fornecer aos
gerentes de projeto uma visão aprofundada das habilidades disponı́veis em sua equipe de
engenharia, melhorando a alocação de recursos e a colaboração.
Graças à maior flexibilidade na forma como implantam os funcionários, se obtém
um retorno de investimentos impressionantes com a solução IBM. - David Legge, Global
IT Projects Director, GKN Aerospace.
A solução IBM Cloud é bastante segura contra ataques cibernéticos, o setor aero-
espacial e de defesa é um dos principais alvos dos hackers.
A solução IBM também ajuda com projetos de análise e inteligência de mercado.
A solução IBM também ajuda a eliminar processos manuais baseados em plani-
lhas, ajudando a poupar tempo dos trabalhadores.
IBM Analytics: plataformas de análise, domı́nio e soluções de mercado.

3.2. Gêmeo digital para execução de simulações, estudo de problemas de


desempenho, melhorias e manutenção periódica

Figura 12. ilustração de um gêmeo digital de uma turbina

Gêmeo digital é um modelo virtual projetado para representar com precisão um objeto
fı́sico. Utilizando vários sensores se obtém vários dados sobre o desempenho do objeto
fı́sico, esses dados são processados e lançados para o modelo virtual, onde serão feitos os
estudos sobre o objeto fı́sico.
Setores utilizados: Turbinas a jato, automóveis e aeronaves. Os gêmeos digitais
podem melhorar a eficiência de mecanismos complicados e motores gigantescos. Além
de serem utilizados em Projetos fisicamente grandes, Projetos mecanicamente complexos,
Equipamento para energia, Projetos de manufatura.

3.3. Prevenção de problemas, e proposição de soluções nos ciclos de vida das


aeronaves

Figura 13. modelo de um sistema de prevenção de problemas


Estudos indicam que num ciclo de vida do produto de uma frota, 70% dos custos totais
são de operações e suporte ao produto. Com estudos e dados de análise, verifica-se que é
possı́vel reduzir drasticamente esses custos.
A Bell Flight, a empresa por trás de algumas das aeronaves mais emblemáticas e
inovadoras do século XX e hoje ainda está posicionada na vanguarda da aviação por meio
do desenvolvimento de aeronaves tiltrotor (departamento de Defesa dos EUA colocou em
campo aeronaves tiltrotor e está avaliando mais aplicações enquanto o Exército dos EUA
se prepara para substituir o Black Hawk), também sofre com esses problemas, e decidiu
contratar a IBM para ajudá-la com esses problemas de alto custo com suporte e operações.
Ao contratar a IBM, a IBM apresentou o projeto semelhante ao que havia sido feito
para o Exército dos EUA para veı́culos blindados de combate. Usando algoritmos de IA
de aprendizado profundo e tecnologia IOT, como gêmeo digital, a solução IBM Equip-
ment Maintenance Assistant criou previsões de quais veı́culos precisavam de manutenção
preventiva.
Além de requerer tecnologias mais inteligentes, mais móveis e mais autônomas,
vê-se também que possui um melhoramento no desempenho, utilizando análises
avançadas para melhorar a prontidão das tecnologias a serem utilizadas. Com a
manutenção preditiva da IBM Equipment Maintenance Assistant a prontidão das tecnolo-
gias teve um aumento muito significativo.

4. Mercado Militar
4.1. Aliança com o Nazismo
Apesar da IBM ser uma das empresas que contribuı́ram para a evolução tecnológica da
humanidade, ela também teve participação no ato mais desumano da historia, o Holo-
causto Nazista. A participação veio atona com a publicação do livro [Black 2001], em
que ele expõe a participação da IBM na automação da maquina da morte dos nazistas.
Com a ascensão do nazismo, a IBM viu um parceiro comercial lucrativo e es-
tratégico, derivado disso a Alemanha se tornou o principal cliente da IBM fora dos EUA.
A tecnologia vendida aos nazistas foi baseada na maquina de contagem de dados criada
por Hollerith Figura 1 ela foi inicialmente usada para contabilizar e identificar os grupos
que mais tarde seriam caçados pelo partido nazista. Devido ao auxilio, o presidente da
IBM na época, o Thomas J. Watson, recebeu a condecoração da ”Ordem de Mérito da
Águia Alemã” Figura 14, um simbolo da contribuição da empresa com o Terceiro Reich.

Figura 14. Medalha de Ordem de Mérito da Águia Alemã


Com o holocausto a maquina de Hollerith Figura 1 foi amplamente utilizada para
contabilizar os prisioneiros nos campos de concentração, contudo ela foi adaptada, po-
dendo colocar informações como a de tipo de prisioneiro e tipo de morte. Apesar da
IBM alegar inocência, em momento algum ela questionou os usos de suas tecnologias,
mesmo fazendo as adaptações para os fins nazistas e fornecendo treinamento. Apesar da
empresa não seguir a ideologia, ela contribuiu para essas atrocidades por sua ambição,
mesmo que essa proporcionou grandes inovações tecnológicas, também contribuiu para
atos desumanos.

Figura 15. Reunião entre representantes da IBM e Hitler

4.2. Guerra da Coreia

Com o incio da guerra das coreias em 1950, a fim de auxiliar o governo dos Estados
Unidos a IBM desenvolveu o IBM 701 Figura 16 para auxiliar na produção de aeronaves
de combate, fabricação de armas e munições, e no desenvolvimento de armas nucleares.
O IBM 701 possuı́a memoria interna eletrônica, podia fazer 16 mil operações básicas por
segundo, além de conseguir ler 12.5 mil dı́gitos por segundo da fita e podia gravar 400
dı́gitos por segundo nos cartões perfurados. Além de auxiliar o governo militarmente, o
IBM 701 marcou a transição das maquinas de cartões perfurados para os computadores
eletrônicos.

Figura 16. IBM 701


4.3. Relações militares atuais
Atualmente a IBM mantém uma relação forte com as forças armadas dos Estados Unidos,
ela fornece serviços de logı́stica, cloud e cibersegurança. Um desses serviços é o sistema
de logı́stica Logistics Support Activity (LOGSA), ele facilita a coleta, o armazenamento
e a manipulação de dados logı́sticos militares. Esses serviços prestados pela IBM vem
auxiliando o governo dos EUA na gestão dos gastos militares, gerando economia e bons
investimentos logı́sticos, além de salvar vidas de soldados.

5. Conclusão
Uma gigante da tecnologia, a IBM não é ativa apenas em um ramo especı́fico da
computação, mas se expande para outras fronteiras. Nós citamos neste trabalho apenas 3
desses campos, o industrial, o balı́stico e o aeronáutico, mas não nos surpreenderia caso
ela estivesse presente em muitos outros. A Big Blue fez uma marca enorme no campo
tecnológico, e sua enorme presença em diversas áreas é prova disso.

Referências
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tembro de 2022.
Disponivel em: https://canaltech.com.br/empresa/ibm/ . Acesso em 19
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Black, E. (2001). IBM and the Holocaust. Dialog Press.

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