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1 – Titulo: A influência das políticas adotadas frente ao crédito e inadimplência

2 – Introdução

Diante de uma economia com tantas modificações ao longo do tempo,Muitas


mudanças na economia brasileira e vem ocorrendo desde a implantação do Plano Real até os
dias atuais, . Neste contexto, algumas mudanças influenciam diretamente no orçamento
familiar e/ou nas finanças pessoais dos brasileiros em geral, dentre essas encontra-se a maior
facilidade ao crédito pessoal. verifica-se que temos O volume de crédito disponível para
financiamento e empréstimos contribuiu para que uma grande parcela da população que
recorre recorresse de maneira mais incisiva a essa alternativa junto as ao crédito oferecido
principalmente por instituições financeiras, sendo atraídas principalmente pela a taxa de juros
mais atrativas oferecida na transação ou e pela a necessidade de liquidar outros
débitosdividas diversas. A partir da década de 1990, observamos destaca-se também outros
dois importantes elementos que relacionam-se teoricamente com a maior procura pelo crédito
por parte dos consumidores, são eles, a inicialização do processo de abertura do mercado e a
estabilização dos preços e da economia e uma abertura do mercado financeiro o que pode
facilitar a aquisição de crédito por parte dos consumidores.
Desde então nota-se que as políticas adotadas no Brasilpelo governo brasileiro,
influenciaram direcionaram a uma maior concessão de crédito pelas por parte das instituições
financeiras, com maior incidência a partir desde meados dos anos de 1994 até o ano de 2010 o
cenário macroeconômico viabilizou o mercado de concessão de crédito, porém, entre os nos
últimos anos que compreende o período de 2011/ e 2014, nota-se podemos observar uma
economia em desaceleração do volume de onde se observa à retração do crédito disponível.
Segundo Douat (1994) e Schrickel (1997), essa atividade de crédito envolve a
concedente um risco significativo, aos quais as empresas concedentes tentam minimizar, uma
vez que essa e é uma modalidade de risco que pode ser encontrada em qualquerem diversas
atividade atividades comercialcomerciais, isso leva acaracterizada principalmente pela
probabilidade de não receber recebimento dos empréstimos e/ou financiamentos o recurso
emprestado agregado aos bem como os demais custos que possa gerarprovenientes dessa da
transação.
As empresas ou instituições ao oferecer o crédito podem Ao incorrer ao em maiores
risco riscos do de não recebimento, nem do capital emprestado e nem dos juros, e também se
inserir em uma conjuntura de inadimplência cada vez mais evidente, é que o endividamento
emerge como um problema tanto para devedores como para credores.tornando assim o
tomador desses recursos um inadimplente. É neste cenário que emerge a seguinte questão:
Diante do cenário creditício do período 1994/2014 e as respectivas tomadas de
decisões do governo federal no Brasil é que se questiona: Qual a influência das políticas
econômicas em relaçãorelacionadas ao crédito e na inadimplência e no endividamento
dos consumidores brasileiros entre os anos de 1994 e 2014 no Brasil?
Podemos Pode-se resaltar a importância deste estudo uma vez que a economia
brasileira nos períodos entre 2011/2014 ficou instável e o aumento da inadimplência dos
consumidores principalmente em 2014 foi notável segundo a Serasa Experian (2015).
Economistas do Serasa Experian revelaram que apesar do desestímulo ao consumo, o
crescente aumento das taxas de juros, a inflação em altos patamares e a desaceleração de
criação de novos postos de trabalho foram fatores que contribuíram para o aumento da
inadimplência do consumidor, observando que em 2011 o índice de inadimplência chegou a
21,5% e em 2012 a 15,0%, apenas no ano de 2013 que se verificou uma queda de 2,0% no
índice.
Neste contexto, surge a importância de se falar sobre o crédito concedido aos
consumidores brasileiros, assim como e as variáveis macroeconômicas que estão teoricamente
relacionadas ao mesmo, devem sim, passar a ser cada dia mais estudadas, já que o resultado
dessa relação é quem em grande parte pode tornar os consumidores brasileiros mais ou menos
endividados e inadimplentes.levam ao consumidor a se tornar inadimplente. Assim sendo,
este estudo tem por objetivo

4 – Objetivo Geral: ao credito


Verificar verificar a influência das políticas econômicas em relação aode crédito na e
inadimplência e endividamento dos consumidores brasileiros entre os anos de 1994 e 2014 no
Brasil.

5 – Objetivos específicos: a inadimplência

Levantar estudos sobre inadimplência;


Indicar fatores que influenciam a inadimplência dos consumidores no Brasil;
Elaborar o modelo que justifique a inadimplência;
Apresentar os fatores que apresentam relevância.

6 – Revisão da Literatura

O Plano Real possibilitou o aquecimento da demanda e da economia, pode-se verificar


um maior poder aquisitivo das pessoas mais carentes, estímulos à retomada de crédito, com
baixas taxas de inflação, o que provocou ao sistema financeiro nacional a busca por novas
receitas. (GREMAUD, et al., 2002).
Segundo Mishkin (1998), a concessão de crédito está associada ao risco de crédito que
se relaciona com os conceitos econômicos de seleção adversa e risco moral. Os clientes que
investem em projetos audaciosos anseiam em conseguir logo o crédito e ao tomar posse do
recurso, assim podem se envolver em transações indesejáveis para o credor, porém lucrativas
para os tomadores. O concedente assim torna se exposto ao risco de inadimplência.
No Brasil, o mercado de crédito sofre influências do crescimento e desenvolvimento
econômico país observando uma relação direta e positiva entre essas duas variáveis com o
volume de oferta de crédito pelas instituições financeiras. A oferta de crédito sem restrições e
a juros baixos amparados por uma política monetária, fiscal e cambial, que retrata um cenário
macroeconômico estável, se faz fundamental para que haja um controle dos gastos públicos e
domésticos, havendo um crescimento do consumo e dos investimentos de forma ordenada.
Perfazendo-se assim que o mercado de crédito brasileiro está relacionado às demandas e
situações advindas dos orçamentos do Estado. (KASZNAR, 2009)
Segundo Minussi, Damacena e Ness (2001), a prática da atividade de concessão de
crédito sofre influências macroeconômicas e das políticas governamentais de um determinado
país, o que se pode caracterizar como movimentos cíclicos, desde ao conservadorismo
defensivo até chegar ao nível de agressividade, mas de forma responsável.
Destaca-se nesta temática, Yeager (1974), com um dos primeiros estudos que
envolveu a temática crédito e aspectos macroeconômicos nos pós-guerra nos Estados Unidos,
entre os anos de 1950/ 1970, e notou um crescimento falimentar das famílias de 89 pessoas
para cada 100.000 pessoas. Através da análise de regressão ele avaliou que 94% dos
consumidores norte-americanos tornam-se inadimplente pelo fato de não se ter controle de
suas dívidas, apontando esta como única variável que explica o endividamento sobre o
consumo. O autor considerou o número de unidades consumidoras e a proporção de passivos
para cada unidade consumidora e supôs que ambas variáveis podem sofrer variações quando
combinadas. Assim, quando há mudança na proporção de débitos pendentes do consumidor
em relação à renda, ambos estão associados diretamente ás alterações das variáveis.
Sullivan (1983) atualizou o estudo de Yeager até o ano de 1982 e possibilitou a análise
das medidas independentes de falência encontrando resultados significativamente associados
com os números de falências arquivadas por 100.000 pessoas da população. O autor incluiu
no estudo a promulgação da Lei de Reforma de Falências, e notou um aumento significativo
de falências pessoais, o modelo reportou 50% das falências decorrem dessa nova lei. Além de
confirmar que os norte-americanos se endividam pelo fato de não ter o controle de suas
dividas e que os encargos destas dívidas e as perspectivas econômicas de curto prazo foram
fatores conclusivos no estudo.
No Brasil destacamos o estudo de alguns dos autores que analisou a influência dos
fatores macroeconômicos sobre a inadimplência.
Linardi (2008) analisou a relação das taxa de inadimplência de empréstimos de bancos
brasileiros e os fatores macroeconômicos entre os anos de 2000/ 2007, através de um modelo
VAR (Vector Autoregression), os empréstimos analisados foram os de instituições públicas e
privadas com o intuito de verificar qual seria o efeito dos choques macroeconômicos na taxa
de inadimplência. O autor utilizou como variáveis em seu estudo: a taxa de inadimplência, o
hiato do produto (produto efetivo e do produto potencial), variação do índice de rendimento
médio real trimestral do pessoal ocupado, Selic anualizada e expectativa de inflação para os
próximos doze meses. Como resposta ao seu estudo o autor pode perceber que as instituições
provedoras de crédito se tornam suscetível a choques no hiato do produto, na variação do índice
de rendimento médio dos ocupados e na taxa de juros nominal. Isso significa que em períodos de
recessão econômica, os bancos públicos tornam-se mais vulneráveis aos choques
macroeconômicos.
Silva et al (2012), desenvolveu um estudo na cidade de Recife, sobre os determinantes
macroeconômicos da inadimplência através de um Modelo de Correção de Erros (MCE) para
analisar possíveis variáveis que influenciariam na inadimplência, dentre elas o autor utilizou:
a taxa de juros, volume de vendas do comércio, a taxa de desemprego e o índice geral de
preços ao consumidor amplo. Como resposta o volume de vendas do comércio teve grande
impacto em sua analise, seguida da taxa de juros e desemprego.
Segundo Ruberto et al (2012) em um estudo desenvolvido sobre a influência dos
fatores macroeconômicos no endividamento das famílias, observou que o endividamento
possui relação positiva com o PIB, quando se eleva o crescimento eleva-se o endividamento,
em contrapartida a taxa de câmbio possui uma relação negativa, não influenciando para o
aumento do endividamento e sim quando há um aumento na taxa de câmbio, pode-se observar
uma diminuição no nível de endividamento das famílias. As variáveis analisadas neste estudo
contemplam o período de 2005/ 2012, e dentre elas foram: taxa de juros e desemprego, hiato
do produto, rendimento médio real efetivo do pessoal ocupado, expectativa de inflação, índice
geral de preço ao consumidor amplo, PIB, taxa de cambio, Índice nacional de confiança do
consumidor e meios de Pagamento. Neste estudo a variável dependente foi o endividamento
das famílias, através da análise de regressão múltipla, com coeficiente de determinação de
21%, levando a conclusão que este endividamento não pode ser explicado por aspectos
macroeconômicos selecionados.
Outro estudo desenvolvido por Marins e Neves (2013), teve por objetivo analisar a
inadimplência em períodos de recessão, se as empresas tomadoras de crédito no Brasil tende
ao inadimplemento em períodos de baixa atividade econômica, onde foi utilizado um modelo
probit para a análise de probabilidade de inadimplência. No modelo adotado foram coletados
microdados de crédito e variáveis macroeconômicas, sendo utilizadas duas bases de dados, o
Sistema de Informações de Crédito do Banco Central do Brasil e da Economática. Do Sistema
de Informações de Crédito do Banco Central do Brasil foram retiradas informações de
microdados de crédito do período de janeiro/ 2005 a dezembro/ 2010, para o estudo os autores
analisaram dados trimestrais. Da base da Economática foram utilizados dados sobre
informações financeiras. Como resultado notou-se uma relação negativa entre a inadimplência
de crédito e o ciclo econômico, uma vez que o crédito do varejo é mais fragmentado. E foi
constatado que as políticas macroeconômicas que influenciam na inadimplência corporativa
são o crescimento do PIB e a inflação.
Vieira, Roma e Ferreira (2014) analisou o impacto de variáveis macroeconômicas em
relação ao endividamento das famílias brasileiras, através de um método de análise de
regressão múltipla e de testes econométricos e regressão em séries temporais, com dados em
base mensais no período de janeiro/ 2005 a dezembro/ 2012, sendo as variáveis utilizadas:
SELIC, nível de endividamento das famílias e taxa de crédito pessoal. Com relação ao
endividamento familiar e a taxa Selic, observou-se uma relação inversamente proporcional.
Sendo o resultado encontrado de noventa e sete por cento (97%) da variação da taxa de
crédito, o que corresponde uma explicação do modelo.
Após a estabilização da moeda no Brasil, os bancos visualizou um mercado propício à
oferta de crédito diante de uma economia onde a inflação não era a grande preocupação para
as famílias, porém a partir de meados de 1995, podemos observar outro fator que levasse a
preocupação dos ofertantes de crédito: a inadimplência.
Em 1995, a Serasa registrou um aumento de 81,4% de cheques devolvidos, os
brasileiros se viram com um poder de compra em virtude da redução pelo Banco Central na
redução do imposto inflacionário recolhido.

Tabela 1 – Evolução do índice de inadimplência após o Plano Real


Pessoas Físicas Total
Total Atraso* % Total Atraso*
Períodos
1º sem. 1994 5432 312 5,75 161.878 12.411
2º sem. 1994 12.209 535 4,38 182.380 14.722
1º sem. 1995 15.648 1.222 7,81 221.916 19.040
Jul. a Nov. 15.340 2.558 16,67 230.792 28.356
1995
Fonte: Boletim do Banco Central. Fev 1996.
*crédito em atraso e em liquidação
Nota: Dados em milhões de R$.

Nota-se que após a implantação do Plano Real, a oferta de crédito se elevou e em


consequência nota-se que de 16,67% das dívidas estavam em atraso em meados de Julho a
novembro de 1995.
Os dados do Banco Central revelam que no setor privado, as operações de
empréstimo, adiantamentos e financiamentos, seu saldo chegou a R$ 191,3 bilhões em 1996,
tendo um aumento de 7,3%. O saldo de crédito de pessoas inadimplentes e em liquidação
chegou a R$ 40,8 bilhões. Pode-se verificar que em 1996 a inadimplência ficou em torno de
25,6%, e em 1995 chegou a alcançar 170%. (Boletim do Banco Central do Brasil, Relatório
1996).
Segundo dados do relatório de economia Bancário e Crédito do ano 2000, o crédito
direcionado as pessoas físicas, na modalidade de cheque especial teve um aumento de 26,6%,
com a expansão de 54,4% do volume de crédito destinado às pessoas físicas, quanto ao passo
que para o volume de crédito destinado a aquisição de bens chegou aos patamares de 198,4%.
Segundo Fortuna (2005) o papel moeda em poder do público, definidos como M1,
também chamados como ativos monetários ou moeda, influência indiretamente no
endividamento das famílias, uma vez que o M1 é o dinheiro que tem maior liquidez, quanto
maior o volume de moeda em poder destas famílias, maior será a sua capacidade de
pagamento e sendo assim menor será o nível de endividamento.
O nível de endividamento das famílias apresentado pelo Banco central no Sistema
Financeiro Nacional chegou a um patamar de aproximadamente 30% no período de maio de
2009/ maio de 2012. As mudanças econômicas advindas constantemente pode ter
influenciado este aumento, tais mudanças referem-se aos grandes incentivos do governo nos
programas habitacionais, como o minha casa minha vida, a redução de taxas de juros e do IPI
(imposto sobre produtos industrializados) e o IOF (imposto sobre operações financeiras),
principal impostos incidente sobre veículos, que possibilitou um aumento significativo nesta
modalidade de crédito e consequentemente o aumento nos níveis de inadimplência nos
primeiros seis meses no ano de 2012.
Segundo o relatório de estabilidade financeira do Banco Central do ano de 2012,
foram realizados testes de estresse, esse teste “têm o objetivo de avaliar o impacto potencial
de alterações extremas nas variáveis econômicas e financeiras sobre o balanço das instituições
do sistema bancário”. Como resultados pode-se concluir que no Brasil, o sistema bancário
pode suportar algumas mudanças macroeconômicas, em um período de doze meses sem que
haja deterioração. A análise buscou verificar a inadimplência em um cenário com choques
adversos ao qual buscou estimar o impacto de uma redução do crescimento econômico e do
aumento da taxa de juros e do câmbio em um período de um ano.
Podemos observar em nossa economia que quando ofertamos créditos a menores taxas
de juros com maiores prazos, há uma propensão por parte das famílias recorrerem ao crédito
ofertado pelas devidas instituições financeiras ou até mesmo por lojas de varejo. Em
contraponto é notável que famílias com mais crédito, tendem a maior contração de dívidas
que não foram previamente orçadas com sua renda e provavelmente não conseguiram quita-
las até a data de seu vencimento, tornando assim um inadimplente.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor realizada pela
Confederação Nacional de Comércio de bens, Serviços e Turismo em dezembro/ 2014,
observou-se um crescimento no número de famílias endividadas desde o início da pesquisa no
ano de 2010, conforme pode ser observado na tabela 2.

Tabela 2 – Média anual das famílias endividadas


Ano Total de endividados Dívidas ou contas em Não terão condições de
atraso pagar
2010 59,1% 25,0% 8,8%
2011 62,2% 22,9% 8,0%
2012 58,3% 21,4% 7,1%
2013 62,5% 21,2% 6,9%
2014 61,9% 19,4% 6,3%
Fonte: Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor/ CNC do ano de 2014

Comparado ao ano anterior, em 2014 notamos uma queda de 0,8% no número médio
de famílias com dívidas, estas dívidas segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência
do Consumidor/ CNC englobam as: de cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado,
crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro, financiamento de casa,
entre outros. A média das famílias endividadas em 2013 chegou a 62,5% e em 2014 passou
para 61,9% e como destaque podemos verificar que houve uma queda na média das famílias
que não tem condições de pagar suas dívidas de 2,5%, comparado ao ano de 2010.
Essa redução pode ser explicada pelo crescimento do crédito a patamares moderados e
as questões ligadas ao mercado de trabalho, com a baixa taxa de desemprego e o crescimento
real da renda. (PEIC, 2014).
O relatório de estabilidade financeira, publicado em março de 2015 pelo Banco
Central, retrata a expansão do crédito em 11,3% no ano de 2014 comparado ao ano de 2013.
Este crescimento poderia ter sido influenciado a patamares menores caso a desvalorização
cambial não influenciasse as operações referenciadas em moeda estrangeira. Em contrapartida
a inadimplência esteve a patamares 2,9% em meados de dezembro de 2014.

Gráfico 1: Crescimento anual do crédito

Fonte: Relatório de estabilidade financeira/ Banco Central março/2015

Como pode ser obsevado no gráfico acima, a concessão de crédito em dezembro/ 2014
chegou a 16,5% nos bancos públicos em face de 5,8% dos bancos privados. Comparado a
dezembro de 2008, é notável a diminuição da concessão de crédito tanto dos bancos públicos
e privados.
Realizados novo teste de estresse em condições macroeconômicas com as variáveis na
projeção da atividade econômica e das taxas de juros, de câmbio e de inflação, observou que
no Brasil o sistema bancário suporta adequadamente seis trimestres consecutivos a choques
decorrentes de cenários adversos da economia. Esta análise baseou-se em testes de modelos
estatísticos onde relacionou o risco do crédito de empréstimos bancários e financiamentos em
contextos macroeconômicos. Como resposta podemos encontrar “os resultados do VAR
estressado revelam que a inadimplência projetada atingiria o máximo de 5,9%, superando as
provisões constituídas em dezembro de 2014 em 0,9 p.p. Para o cenário de quebra estrutural,
o máximo seria de 6,1%”. (RELATÓRIO DE ESTABILIDADE FINANCEIRA, BANCO
CENTRAL, P. 30, 2015).
Como podemos obsevar dentre vários estudos mencionados, Linardi (2008), cita a taxa
de juros como um dos componentes que levam os consumidores ao endividamento. Ruberto et
al (2012), Marins e Neves (2013), apontam o PIB como um fator que influencia no nível de
endividamento. Vieira, Roma e Ferreira (2014), aponta o endividamento familiar e a Selic
como variáveis que influenciam o crédito. Nos testes de estresse dos relatórios de estabilidade
financeira do Banco Central, temos a taxa de câmbio e taxa de juros como precursores da
inadimplência e para este estudo serão analisadas algumas das variáveis utilizadas por
Ruberto et al (2012) e acrescentadas algumas variáveis que podem ser relevantes para
explicar o modelo.
8 – Referencias Bibliográficas

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