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2 – Introdução
6 – Revisão da Literatura
Comparado ao ano anterior, em 2014 notamos uma queda de 0,8% no número médio
de famílias com dívidas, estas dívidas segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência
do Consumidor/ CNC englobam as: de cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado,
crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro, financiamento de casa,
entre outros. A média das famílias endividadas em 2013 chegou a 62,5% e em 2014 passou
para 61,9% e como destaque podemos verificar que houve uma queda na média das famílias
que não tem condições de pagar suas dívidas de 2,5%, comparado ao ano de 2010.
Essa redução pode ser explicada pelo crescimento do crédito a patamares moderados e
as questões ligadas ao mercado de trabalho, com a baixa taxa de desemprego e o crescimento
real da renda. (PEIC, 2014).
O relatório de estabilidade financeira, publicado em março de 2015 pelo Banco
Central, retrata a expansão do crédito em 11,3% no ano de 2014 comparado ao ano de 2013.
Este crescimento poderia ter sido influenciado a patamares menores caso a desvalorização
cambial não influenciasse as operações referenciadas em moeda estrangeira. Em contrapartida
a inadimplência esteve a patamares 2,9% em meados de dezembro de 2014.
Como pode ser obsevado no gráfico acima, a concessão de crédito em dezembro/ 2014
chegou a 16,5% nos bancos públicos em face de 5,8% dos bancos privados. Comparado a
dezembro de 2008, é notável a diminuição da concessão de crédito tanto dos bancos públicos
e privados.
Realizados novo teste de estresse em condições macroeconômicas com as variáveis na
projeção da atividade econômica e das taxas de juros, de câmbio e de inflação, observou que
no Brasil o sistema bancário suporta adequadamente seis trimestres consecutivos a choques
decorrentes de cenários adversos da economia. Esta análise baseou-se em testes de modelos
estatísticos onde relacionou o risco do crédito de empréstimos bancários e financiamentos em
contextos macroeconômicos. Como resposta podemos encontrar “os resultados do VAR
estressado revelam que a inadimplência projetada atingiria o máximo de 5,9%, superando as
provisões constituídas em dezembro de 2014 em 0,9 p.p. Para o cenário de quebra estrutural,
o máximo seria de 6,1%”. (RELATÓRIO DE ESTABILIDADE FINANCEIRA, BANCO
CENTRAL, P. 30, 2015).
Como podemos obsevar dentre vários estudos mencionados, Linardi (2008), cita a taxa
de juros como um dos componentes que levam os consumidores ao endividamento. Ruberto et
al (2012), Marins e Neves (2013), apontam o PIB como um fator que influencia no nível de
endividamento. Vieira, Roma e Ferreira (2014), aponta o endividamento familiar e a Selic
como variáveis que influenciam o crédito. Nos testes de estresse dos relatórios de estabilidade
financeira do Banco Central, temos a taxa de câmbio e taxa de juros como precursores da
inadimplência e para este estudo serão analisadas algumas das variáveis utilizadas por
Ruberto et al (2012) e acrescentadas algumas variáveis que podem ser relevantes para
explicar o modelo.
8 – Referencias Bibliográficas
MINUSSI, J. A., DAMACENA, C., & NESS, W. L., Jr. (2001, setembro). Um modelo
preditivo de solvência utilizando regressão logística. Anais do Encontro Nacional da
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Campinas, SP, Brasil,
25.
SILVA, C.C.; SANTOS, G.A.; BEZERRA, J.F.; SILVA, I.E.M. Um Estudo Empírico dos
Determinantes Macroeconômicos da Inadimplência no Recife. X Encontro Nacional da
Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos - X ENABER. Disponível em:
<http://200.251.138.109:8001/artigosaprovados/eddc7996-3fce-472c-8910-
c388ec0271a0.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2015.