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Material Teórico
Introdução aos Estudos Urbanos
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Introdução aos Estudos Urbanos
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar as características do processo de formação urbana, com
enfoque no estudo do urbanismo e do planejamento urbano, bus-
cando evidenciar as relações entre as diferentes subáreas do conhe-
cimento, bem como debater a problemática do fenômeno urbano
contemporâneo e sua relação com a questão ambiental, atrelada à
infraestrutura urbana.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
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Esse período, no Brasil, foi altamente marcado por fortes discussões e preo-
cupações no que diz respeito ao planejamento, conformação e estruturação do
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espaço urbano. O grande personagem da época foi o arquiteto e urbanista Charles-
-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido como Le Corbusier.
Assim, o terceiro período (1950-1980) chega com fortes propostas no que tan-
ge às questões de organização espacial, urbanização e planejamento do espaço.
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A conurbação pode apresentar efeitos negativos caso não ocorra um eficiente planejamento
urbano, pois os problemas de uma cidade podem ser transferidos para as vizinhas.
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Importante! Importante!
Uso do solo: transformação do espaço que gera movimentação nos deslocamentos. Au-
tomaticamente tem ligação com os meios de transportes, sejam públicos ou privados,
que têm como variáveis a oferta e a demanda. Isso faz com que haja um apelo forte e a
necessidade de primeira ordem em acessibilidade e mobilidade, culminando, assim, em
uma valorização do solo.
Sobre esse assunto, confira leis de parcelamento, uso e ocupação do solo – Lei 6766
da Constituição Federal.
Nesse viés, houve uma massificação do uso do solo de forma predatória, com
intensa verticalização promovida pelos edifícios de apartamentos. Houve também
planos específicos para criação de conjuntos habitacionais periféricos financiados
pelo SFH, ampliando a mancha urbana e posicionando grandes aglomerados urba-
nos em áreas muito distantes.
Todo esse panorama que se desenhava em nossas cidades se intensifica cada vez
mais, como um processo automático e irreversível, tanto pela falta de serviços urba-
nos, o escasso acesso à terra, quanto pela saturação de espaço viário e de articulação
para habitações e edifícios públicos. Dessa forma, ocorreu um desenvolvimento de-
sestruturado, falho, que acabou sobrecarregando uma infraestrutura existente.
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Planejamento Urbano
O planejamento urbano nasce das preocupações do desenvolvimento e cresci-
mento dos núcleos urbanos, das novas oportunidades de trabalho – aumento da
população urbana (Êxodo Rural) e das novas tecnologias para infraestrutura das
cidades: energia, transporte, acesso, etc.
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• dirigentes públicos;
• médicos sanitaristas;
• tecnologia X falta de infraestrutura;
• padrão habitacional insalubre.
Devidas soluções podem ser adotadas para solução de problemas por falta de
planejamento. Para alguns itens pontuados anteriormente, pode-se, por exemplo,
estabelecer:
• Regras de salubridade para construção de residências:
» dimensões mínimas para janelas e portas;
» obrigatoriedade de recuos e áreas permeáveis.
• Regras de salubridade para as cidades:
» dimensões mínimas para vias e calçadas;
» infraestrutura mínima (drenagem, detritos, mobiliário urbano, etc.);
» aumentar a segurança urbana (iluminação e circulação).
Quais seriam as possíveis soluções para os demais itens listados anteriormente? Faça uma
Explor
Essa dinâmica do espaço que deve ser ordenada por meio do planejamento ur-
bano possui algumas vertentes metodológicas, as quais Vasconcellos (1999) divide
da seguinte maneira:
• Planejamento Urbano: as formas como o solo será ocupado. É uma atividade
coordenada pelo Estado com o objetivo de interferir no crescimento da cidade;
• Planejamento de Transporte: processo cujo objetivo, no sentido amplo, é de-
senvolver um sistema de transporte que vai permitir às pessoas e mercadorias
trafegarem com segurança e, além disso, as viagens devem ser confortáveis
e convenientes. É um processo dinâmico, no sentido de que deve responder
a tempo às mudanças no uso dos solos, às condições econômicas e padrões.
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Importante! Importante!
Equipamentos urbanos: definição perante a NBR 9284: “Todos os bens públicos e priva-
dos, de utilidade pública, destinados à prestação de serviços necessários ao funciona-
mento da cidade, implantados mediante autorização do poder público, em espaços
públicos e privados.”
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que o planejamento seja algo estruturado e não improvisado para atender apenas
inicialmente a uma falha. Ou seja, não pode ser uma ação meramente paliativa.
Infraestrutura Urbana
Conceitualmente, infraestrutura urbana é um conjunto de sistemas técnicos de
equipamentos e serviços necessários ao desenvolvimento das funções urbanas.
Zmitrowicz e Angelis Neto (1997) definem estas funções sob os seguintes aspectos:
• aspecto social: visa promover adequadas condições de moradia, trabalho,
saúde, educação, lazer e segurança;
• aspecto econômico: deve propiciar o desenvolvimento de atividades de pro-
dução e comercialização de bens e serviços;
• aspecto institucional: deve oferecer os meios necessários ao desenvolvimen-
to das atividades político-administrativas da própria cidade.
Sistema Viário
Espaço destinado à circulação de veículos, pessoas e bens, desde que devidamente
segregados. Fazem parte desse sistema: rede de esgotamento, águas pluviais e
pavimentação. O sistema de vias pode ser compreendido entre leito carroçável –
local onde os veículos automotores circulam, passeio público (pedestres), ciclovias
e ciclofaixas, bem como espaços destinados à vegetação e mobiliário urbano.
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Assim, cada etapa possui sua especificidade, como: retirada da água da nature-
za, adequação de sua qualidade, transporte até os aglomerados humanos e forneci-
mento à população em quantidade compatível com suas necessidades.
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Sistema de Esgotamento Sanitário
Compõem suas atribuições coletar, afastar e tratar os esgotos sanitários, sem
comprometer o meio ambiente. Vale reforçar que a Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE) remove as cargas poluentes do esgoto através de processos físicos,
químicos ou biológicos, devolvendo ao ambiente o produto final, efluente tratado,
em conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental.
Drenagem Urbana
Seu principal objetivo é realizar adequado escoamento das águas pluviais, não
comprometendo a segurança de quem trafega em espaço público, seja por meio de
locomoção automotiva ou corporal.
Rede de Comunicações
Rede de telefonia, televisão, internet e demais conexões, com o intuito de esta-
belecer facilidade e rapidez no processamento de informações, viabilizando, assim,
melhores condições de interação entre as pessoas.
Leia mais sobre infraestrutura no processo de planejamento para cidades mais eficientes e
Explor
inteligentes: https://goo.gl/y7ggmN
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
A rede urbana
CORRÊA, Roberto L. A rede urbana. São Paulo: Ática, 1989.
Espaço intraurbano no Brasil
VILLAÇA, Flávio. Espaço intraurbano no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Studio Nobel,
FAPESP, Lincoln Institute, 1998.
O processo de urbanização no Brasil
SCHIFFER, S. R; DEÁK, C. O processo de urbanização no Brasil. 2ª ed. atualizada.
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2010.
Primeira lição de urbanismo
SECCHI, B. Primeira lição de urbanismo. 1ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2016.
Leitura
Subsídios à caracterização e tendências da rede urbana do Brasil: configuração e dinâmica da rede urbana
https://goo.gl/SB8A5Q
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Referências
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 3ª ed. rev.
Brasília: Fundação nacional de Saúde, 2004. Disponível em: <http://bvsms.saude.
gov.br/bvs/publicacoes/manual_saneamento_3ed_rev_p1.pdf>. Acesso em: 14
jul. 2018.
Website:
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