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λgsd = kp [λss1 cos(δg ) + λss2 cos(δg − 2π/3) + λss3 cos(δg − 4π/3)] (3)
λgsq = −kp [λss1 sen(δg ) + λss2 sen(δg − 2π/3) + λss3 sen(δg − 4π/3)] (4)
Onde kp é uma constante que pode ser escolhida, por exemplo, para ter as inversas de Ps e Pr
iguais as suas transpostas obtendo a potência 123 igual a odq.
A parte da tranformação 1, 2, 3 para o (coluna 1) é obtida escrevendo o componente o como
sendo o somatorios de 1, 2, 3 (sequencia zero). Isto porque parcelas de 1, 2, 3 iguais (que geram
componente homopolar o ou de sequência ou zero) não geram componentes no plano dq. Pois
neste plano são iguais e defasadas de 120o (somatório nulo).
Este modelo deve ser usado conforme apresentado no diagrama da figura 2.
Como os componentes o homopolares (sequência zero), existem apenas com alimentação não
senoidal ou assimétrica, não contribuem para o conjugado da máquina, podendo ser determinados
por um modelo RL independente do modelo dq, destacamos aqui apenas o modelo dq.
O modelo elétrico dinâmico da máquina na forma dq complexa é dado por
dλgs
vsg = rs igs + + jωs λgs (5)
dt
Fig. 2. Diagrama esquemática da transformação trif ásica-odq.
dλgr
vrg = rr igr + + j(ωs − ωm )λgr (6)
dt
λgs = ls igs + lm igr (7)
ce = P lm Im(igs ig∗ g∗ g
r ) = −P lm Im(is ir ) (9)
Neste modelo as variáveis complexas são obtidas usando o componente d no eixo real e o
componente q no eixo imaginário. Por exemplo, o vetor complexo tensão estatórica é dado por:
g
vsg = vsd g
+ jvsq (10)
Nas equações acima o expoente g indica o referencial dq genérico definido por δg (ângulo do eixo
dδg
d em relação a fase s1) cuja velocidade de rotação é dada por ωg = dt
.
O modelo mecânico, obtido a partir da segunda lei de Newton, é dado por
dωm
P (ce − cm ) − Fm ωm = Jm (11)
dt
Onde Fm ωm é o conjugado de atrito linear.
ng
A partir da relação de espiras estator rotor N = nr
, pode-se obter as grandezas rotóricas
referenciadas ao estator, indicadas pelo expoente l:
1 g
igl
r =i (14)
N r
Estas relações são aquelas entre as variáveis dos dois lados de um transformador ideal de relação
de espira N . Usando (12), (13), e (14), obtém-se o outro modelo complexo da máquina
dλgs
vsg = rs igs + + jωg λgs (15)
dt
1 dλgl
vrgl = r r i gl
+ r
+ j(ωg − ωm )λgl (16)
N2 r dt r
1
λgs = ls igs + lm igl (17)
N r
1 gl 1
λgl
r = 2
lr ir + lm igs (18)
N N
1 1
ce = P lm Im(igs igl∗
r ) = −P lm Im(ig∗ gl
s ir ) (19)
N N
Os parâmetros rotóricos referenciados ao estator, rrl e lrl , e a indutância de magnetização lh , são
dados por
1
rrl = r (20)
N2 r
1
lrl = l (21)
N2 r
1
lh = l (22)
N m
Usando (20), (21) e (22) obtém-se
dλgs
vsg = rs igs + + jωg λgs (23)
dt
dλgl
vrgl = rrl
l gl
ir + r
+ j(ωg − ωm )λgl
r (24)
dt
ce = P lh Im(igs igl∗ g∗ gl
r ) = −P lh Im(is ir ) (27)
Assim, o modelo da máquina em regime permanente com as indutâncias próprias e mútuas, sem
referecenciar as grandezas do rotor para o estator, é dado por:
vse = vsd
e e
+ jvsq = Vs ejϕ
s
so
= rs ies + jωs (ls ies + lm ier ) (31)
rr e
0= ir + jωs (lr ier + lm ies ) (32)
s
Nestas equações s é o escorregamento da máquina, dado por:
ωs − ωm
s= (33)
ωs
rs j ωs (l s l m) j ωs (l r l m )
i se
vs
e
j ωsl m r r /s
Fig. 3. Circuito equivalente da máquina de indução sem referenciar as grandezas rotóricas ao estator
Fig. 4. Circuito equivalente da máquina de indução com as grandezas rotoricas referenciadas ao estator
Na figura 3 é apresentado o circuito equivalente com as grandezas rotóricas locais (sem referenciá-
las ao estator). Neste diagrama usa-se as indutâncias próprias e mútuas, associadas aos fluxos
próprios e mútuos, e as resistências locais.
Usando (12), (13), e (14), obtém-se o modelo com as grandezas rotóricas referenciadas ao
estator:
1
vse = Vs ejϕ
s
so
= rs ies + jωs (ls ies + lm iel ) (34)
N r
1 rr el 1 1
ir + jωs ( 2 lr iel
0= r + lm ie ) (35)
2
N s N N s
Usando as relações (20), (21) e (22) obtém-se o modelo com os parâmetros rotóricos referen-
ciados ao estator:
vse = Vs ejϕ
s
so
= rs ies + jωs (ls ies + lh iel
r ) (36)
rrl el
0= i + jωs (lrl iel e
r + lh is ) (37)
s r
O diagrama da figura 4 foi obtido destas equações com as grandezas rotóricas referenciadas
ao estator. Neste caso, utiliza-se as indutâncias de dispersão do estator e do rotor ls -lh e lrl -lh
respectivamente, e de magnetização lh . Elas são associadas ao fluxo de dispersão e ao fluxo de
magnetização.
Este diagrama é importante por permitir usar o teste de curto circuito (rotor bloqueado) para
obter algumas indutâncias da máquina (indutâncias de dispersão). Neste caso se considera que iel
r é
aproximadamente igual a ies . Isto só é possivel porque a corrente rotórica é referenciada ao estator.
r
vr1 = −irr1 rR (38)
r
vr2 = −irr2 rR (39)
r
vr3 = −irr13 rR (40)
Onde ωr = ωs − ωm .
As resistências rR podem ser incluı́das diretamente no modelo da máquina somando-as as
resistências rr do rotor.
Já as tensões rotóricas dq são obtidas por meio de
g
vrd = Vs cos(ωr t − δg + θm ) (44)
g
vrq = Vs sen(ωr t − δg + θm ) (45)
g
A partir destes componentes dq define-se a tensão complexa retórica vrg = vrd g
+ vrq do modelo
(6). No caso do diagrama de regime permannente, onde o referencial dq que gira com frequência
ωs , tem-se que δg = ωs t + δo , onde δo é uma condição inicial. Como θm = ωm t + θo , onde θo é
uma condição inicial, e ωr = ωs − ωm , tem-se
e
vrd = Vs cos(−δo + θo ) (46)
e
vrq = Vs sen(−δo + δg ) (47)
e e
Indicando-se este referencial pelo expoente e. Assim, vrd e vrq são grandezas constantes.
Os resistores rotóricos são usados para reduzir as correntes de partida da máquina e a alimentação
em tensão no rotor é usada para controlar a máquina com fontes de menor potência.
C. Máquina Sı́ncrona
r
O modelo da máquina de indução é obtido fazendo-se vr1 = Vf′ and vr2
r r
= vr3 = −Vf′ /2 .
No caso especı́fico do regime permanente as tensões, estatóricas são semelhantes aquelas de uma
máquina de indução em (28). Aplicando-se a matriz de transformação P s e P r obtém-se:
vso = 0
g
vsd = Vs cos(ωs t − δg + ϕv ) (48)
g
vsq = Vs sen(ωs t − δg + ϕv )
vro = 0
g
vrd = Vf cos(δg − θm )
g
vsq = −Vf sen(δg − θm )
√ ′
onde Vf = 3Vf . Se escolhermos o referencial dq que gira com frequência ωs , então δg = ωs t+δo ,
onde δo é um condição inicial constante. Indicando-se este referencial pelo expoente e, tem-se:
e
vsd = Vs cos(ϕv − δo ) = Vs cos(ϕvo )
e
vsq = Vs sen(ϕv − δo ) = Vs sen(ϕvo )
g
vrd = Vf cos((ωs − ωm )t + δo − θo )
g
vrq = −Vf sen((ωs − ωm )t + δo − θo )
Em regime permanente ωs = ωm . Assim, as tensões dq são constantes e então dλes /dt = 0 and
dλer /dt = 0. Introduzindo-se vse = (vsd
e e
+ jvsq ) e vre = (vrd
e e
+ jvrq ) tem-se o seguinte modelo
vetorial:
vse = Vs ejϕ
s
so
= rs ies + jωm (ls ies + lm ier ) (49)
vre = Vf ejθ e
s = rr ir
o
(50)
vsr = Vs ejϕ
s
so
= rs irs + jωm (ls irs + lm if ) (51)
dλss
vss = rs iss + (53)
dt
dλsr
vrs = rr isr + − jωm λsr (54)
dt
λss = ls iss + lm isr (55)
ce = P lm Im(iss is∗ s∗ s
r ) = −P lm Im(is ir ) (57)
dωm
P (ce − cm ) − Fm ωm = Jm (58)
dt
Para realizar a integração numérica, o modelo é reescrito explicitando as derivadas dos fluxos
e velocidade e escrevendo as correntes e conjugado em função dos fluxos:
dλss
= vss − rs iss (59)
dt
dλsr
= vrs − rr isr + jωm λsr (60)
dt
1
iss = 2
(lr λss − lm λsr ) (61)
ls lr − lm
1
isr = 2
(ls λsr − lm λss ) (62)
ls lr − lm
P lm
ce = 2
Im(λss λs∗
r ) (63)
ls lr − lm
dωm 1
= (P (ce − cm ) − Fm ωm ) (64)
dt Jm
As tensões rotóricas são iguais a zero na máquina de indução de gaiola ou na máquina de rotor
bobinado com resistência externa rR (somando rR à resistência retórica da máquina). Já as tensões
rotóricas dq da máquina de rotor bobinado com fonte são obtidas por meio de
s
vrd = Vs cos(ωr t + θm ) (65)
s
vrq = Vs sen(ωr t + θm ) (66)
s
vrd = Vf cos(θm ) (67)
s
vrq = Vf sen(θm ) (68)
A partir destas equações, em termos dos componentes dq, obtém-se as relações usadas direta-
mente no trecho do programa apresentado na figura 6. Por exemplo, para o conjugado obtém-se:
P lm
ce = 2
(λssq λsrd − λssd λsrq ) (69)
ls lr − lm
O trecho do programa apresentado na figura 6 mostra a parte principal do programa de simulação.
Ele é processado dentro de um loop onde o tempo é incrementado, com o passo de calculo h, até
alcançar o seu valor de tempo final tmax de simulação. Além deste trecho do programa apresentado,
deve-se acrescentar, antes do inı́cio do loop, a inicialização dos parâmetros da máquina e da fonte,
do conjugado mecânico e das variáveis integradas (t, tete, tetem, fluxos e velocidade). Também,
antes do fim do loop é necessário armazenar as variáveis calculadas para posterior visualização.
Fig. 6. Trecho do programa digital de simulação da máquina CA