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Artigo 9

(Despacho antecipado)
1. Antes da chegada ou saída da mercadoria e, tendo reunido parte dos documentos
necessários para o desembaraço aduaneiro, o declarante pode submeter
antecipadamente a declaração para efeitos de verificação documental e da
conformidade com a legislação aduaneira aplicável.
Comentário: não nos parece aplicável o Despacho Antecipado na saída, na medida em que na
Exportação a declaração é, normalmente, submetida antes da saída das mercadorias. Pelo que
sugerimos a supressão da expressão “ou saída”.

Artigo 10
(Envios urgentes e comércio electrónico)
1. As amostras, encomendas e remessas postais são considerados envios urgentes,
incluindo as resultantes do comércio electrónico.
2. Todas as transacções efectuadas electronicamente por meio de uma rede de
computadores (por exemplo, a Internet) e que resultem em fluxos de mercadorias
físicas devem sujeitar-se às formalidades e controlo aduaneiro.
3. Os bens referidos no n.º 1 do presente artigo que apresentem valor FOB superior a
750,00 MT obedecem às regras e enquadramento nos sistemas de despacho
aduaneiro, previstos no artigo 8 das presentes Regras (Isentas dos termos de
compromisso?)
Comentário: As situações em que há ou não obrigatoriedade de uso de Termo de
Compromisso de Intermediação Bancária estão devidamente descritas no Aviso n˚
20/GBM/2017, de 27 de Dezembro e na Circular n˚ 06/EFI/2022, de 21 de Dezembro, ambos
do Banco de Moçambique, não havendo obrigatoriedade, no caso em apreço, quando os bens
referidos no n˚ 1 do presente artigo se enquadrem no Sistema Simplificado de despacho
aduaneiro.

Artigo 12
(Imposições devidas na importação e exportação)
1. …
2. …
3. …
a) …

Sugestão de redacção:

b) isenção de direitos: Dispensa de pagamento das imposições, a ser concedida


na forma legalmente estabelecida; (Não repetir a palavra isenção -
reformular)

Artigo 24
(Inspecção Pré-embarque) (Incluir pós-desembarque)
Comentário: Não se pode incluir “Pós-desembarque” na epígrafe do artigo, pois este
pretende estabelecer a obrigatoriedade da Inspecção Pré-embarque, sempre que os bens ou
mercadorias constarem da Lista Positiva, e não uma faculdade de optar por uma “Inspecção”
ou outra. Aliás, a Inspecção Pós-desembarque só ocorre por incumprimento dessa
obrigatoriedade, por isso tem natureza sancionatória (multa).

Artigo 39
(Reexportação)
1. ..
2. …
3. …
4. …
5. …
6. O regime de reexportação é, também, aplicado na devolução de mercadorias
importadas definitivamente, para troca, em casos devidamente justificados,
cumpridos os requisitos estabelecidos legalmente (poderíamos estipular um
prazo para devolução, sugere-se 25 dias).
Comentário: o prazo assim como a previsão dos casos e dos requisitos legais podem ser
estabelecidos no regulamento. Aqui pretende-se, apenas, “emprestar” o regime de
Reexportação para a devolução, para efeitos de troca, de mercadorias importadas
definitivamente.

Quadro V – Mercadorias que Podem Beneficiar de Isenção ou Redução de Direitos


Entidade competente para conceder o regime previsto neste Quadro:
Ministro que superintende a área das finanças, nos n.ºs: 8, 9, 11, 15, 16, 21, 22, 23, 28 e 29.
Presidente da Autoridade Tributaria; n.ºs 2, 4, 12, 14, 20, 24, 25 e 27.
Director-Geral das Alfândegas; n.ºs 1, 7, 26 e 27.
Comentário: Nas actuais Regras Gerais de Desembaraço Aduaneiro de Mercadorias,
aprovadas pelo Decreto n˚ 9/2017, de 6 de Abril, a entidade competente para conceder o
benefício constante do n˚ 27 do Quadro V é o Presidente da Autoridade Tributária. Pelo
que não havendo fundamento para que seja outra a entidade, deve manter-se. Suprimindo-
se o n˚ 27 das competências do DG-Alfândegas.

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