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Classicamente, a cada cinco anos a American Heart Association (AHA) publica novos
guidelines sobre reanimação cardiopulmonar (RCP) e atendimento cardiovascular na
emergência (ACE) embasados na compilação e análise das melhores evidências
disponíveis de estudos ao longo desse período de tempo. Esses materiais servem como
base para a elaboração e atualização dos cursos de simulação realística chancelados
internacionalmente pela entidade, tais como o ACLS, PALS e BLS.
Além disso, o processo de recuperação pós-PCR continua por muito tempo após a
hospitalização e o atendimento inicial. Dessa forma, a AHA recomenda que os
sobreviventes de PCR tenham avaliação de reabilitação multimodal e tratamento para
prejuízos físicos, cognitivos e psicossociais (ansiedade, depressão, transtorno pós-
Share 7 Estes pontos também se estendem para os cuidadores dos sobreviventes,
traumático).
de forma a garantir bem-estar físico, cognitivo e emocional e o retorno ao funcionamento
social e profissional.
Assim sendo, a AHA produziu novos algoritmos para emergência associada a opióides
para socorristas leigos e socorristas treinados (profissionais da área da saúde), a fim de
reforçar conceitos, já introduzidos em 2015, sobre o manejo dessas possíveis vítimas.
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Figura 2: Algoritmo de emergência associado à opióides para socorristas leigos. Fonte: Lavonas EJ, et. al.
Destaques das diretrizes de rcp e ace de 2020 da American Heart Association. AHA, Out 2020.
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Figura 3: Algoritmo de emergência associado à opióides para profissionais da área da saúde (socorristas
treinados). Fonte: Lavonas EJ, et. al. Destaques das diretrizes de rcp e ace de 2020 da American Heart
Association. AHA, Out 2020.
Um outro novo algoritmo foi o tratamento da PCR em gestantes. Essa situação sempre
foi motivo de muita discussão entre os especialistas, o que deixou claro a necessidade
de um trabalho colaborativo entre serviços de emergência, serviços obstétricos e
serviços neonatais. A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) de qualidade é sempre o foco,
assim como a reanimação maternal, ou seja, a prioridade é salvar a mãe.
Para isso podem ser feitas algumas medidas como o deslocamento uterino lateral (para
aliviar a compressão dos vasos sanguíneos abdominais maternos), a cesariana de
emergência nos primeiros 5 minutos de atendimento, visando o melhor desfecho do
binômio materno-fetal.
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Figura 4: Algoritmo de suporte de vida cardiovascular intra-hospitalar para PCR na gravidez. Fonte: Lavonas EJ,
et. al. Destaques das diretrizes de rcp e ace de 2020 da American Heart Association. AHA, Out 2020.
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Figura 5: Algoritmo dos cuidados pós-PCR. Fonte: Lavonas EJ, et. al. Destaques das diretrizes de rcp e ace de
2020 da American Heart Association. AHA, Out 2020.
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Figura 6: Continuação do algoritmo dos cuidados pós-PCR. Fonte: Lavonas EJ, et. al. Destaques das diretrizes de
rcp e ace de 2020 da American Heart Association. AHA, Out 2020.
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Figura 7: Abordagem recomendada para prognóstico neurológico multimodal em pacientes adultos após
parada cardiorrespiratória. Fonte:Lavonas EJ, et. al. Destaques das diretrizes de rcp e ace de 2020 da American
Heart Association. AHA, Out 2020.
Um outro ponto das atualizações que foi bastante comentado foi a não recomendação
da desfibrilação sequencial dupla para ritmo chocável refratário. Essa prática se resume
a aplicar choques quase simultâneos usando dois desfibriladores. A recomendação então
é o retorno da RCP imediatamente após a desfibrilação no atendimento de PCR em
ritmos chocáveis.
Dessa forma, os socorristas devem buscar uma ETCO2 pelo menos ≥ 10 mmHg,
preferencialmente ≥ 20 mmHg, que foram comprovadamente associados a maior
probabilidade de retorno da circulação espontânea.
Nos protocolos de 2010 e 2015 a AHA considerava que o acesso vascular ideal para
fazer os medicamentos era o acesso venoso periférico e o acesso intraósseo. Em 2020,
a AHA destacou que o acesso venoso periférico é prioridade, pela sua associação com
melhores resultados em estudos retrospectivos apresentados. Então, o acesso
intraósseo pode ser considerado se as tentativas de acesso venoso não forem bem
sucedidas ou forem inviáveis.
Se você teve dúvidas quanto aos cursos da American Heart Association, leia nosso texto:
Por que fazer os cursos da American Heart Association na CUREM?
Referência
1 – Lavonas EJ, et. al. Destaques das diretrizes de rcp e ace de 2020 da American Heart
Association. AHA, Out 2020.
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