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SOBRE A MSD CARREIRAS NA MSD INVESTIGAÇÃO NO MUNDO TODO
a você pela
MANUAL MSD
Versão para Profissionais de Saúde
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15/08/2023, 16:36 Reanimação cardiopulmonar (RCP) em lactentes e crianças - Medicina de cuidados críticos - Manuais MSD edição para pr…
Não obstante o uso de reanimação cardiopulmonar (RCP), as taxas de mortalidade para parada cardíaca fora do hospital são
~90% para lactentes e crianças. As taxas de mortalidade por parada cardíaca intra-hospitalar em lactentes e crianças são de
cerca de 65%. A taxa de mortalidade é 20 a 25% para parada respiratória isoladamente. Frequentemente, o resultado
neurológico é fortemente comprometido.
Os protocolos de reanimação pediátrica diferem entre lactentes e crianças. Diretrizes para lactentes se aplicam àqueles < 1
ano e utilizam-se protocolos infantis a partir de 1 ano até um peso de 55 kg ou a presença de sinais de puberdade (definida
como aparecimento das mamas em mulheres e pelos axilares em homens). Aplicam-se os protocolos de reanimação para
adultos a crianças pós-púberes ou crianças com peso > 55 kg. Cerca de 50 a 65% das crianças que necessitam de reanimação
cardiopulmonar (RCP) têm < 1 ano de idade; destas, a maioria tem < 6 meses.
A reanimação neonatal usada no período perinatal imediato é discutido em outras partes. Cerca de 6% dos neonatos
necessitam de reanimação no momento do parto; a incidência aumenta significantemente se o peso ao nascer é < 1.500 g.
Diretrizes padronizadas para resultados devem ser seguidas ao se relatarem resultados de RCP em crianças; p. ex., a Escala de
Categorias de Resultados de Pittsburgh (Pittsburgh Outcome Categories Scale) reflete os desempenhos cerebral e geral (ver
tabela Escala de categorias de desempenho cerebral pediátrico ).
Standards and guidelines for CPR from the American Heart association Seguem-se os padrões e as diretrizes para RCP da
American Heart Association (ver tabela Técnicas de RCP para crianças e bebês para profissionais de saúde ). Para o protocolo
após um lactente ou criança ter sofrido colapso com possível parada cardíaca, ver figura Atendimento cardíaco emergencial
pediátrico abrangente .
Após a RCP ter sido iniciada, realizam-se desfibrilação e a identificação do ritmo cardíaco subjacente.
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*Se um número adequado de pessoal treinado estiver disponível, avaliação do paciente, RCP e ativação do sistema de
resposta a emergências devem ocorrer simultaneamente.
Com base no Algoritmo Abrangente de Atendimento Cardíaco de Emergência da American Heart Association.
Pré-parada
Bradicardia em criança em angústia é sinal de parada cardíaca iminente Neonatos, lactentes e crianças pequenas têm maior
probabilidade de desenvolver bradicardia causada por hipoxemia; crianças mais velhas inicialmente tendem a ter taquicardia.
Lactente ou criança com frequência cardíaca < 60/min e sinais de perfusão precária que não se eleva com suporte respiratório
devem receber compressões cardíacas (ver figura Compressão torácica ). Bradicardia secundária a bloqueio cardíaco é
incomum.
Compressões torácicas
Durante compressões torácicas em lactentes e crianças (abaixo da idade da puberdade ou < 55 kg), a profundidade de
compressão do tórax é um terço do diâmetro anteroposterior. Isso é de cerca de 4 a 5 cm. Em adolescentes ou crianças > 55
kg, a profundidade de compressão recomendada é a mesma que em adultos, isto é, 5 cm a 6 cm (ver também Compressões
torácicas em adultos).
O método de compressão torácica também é diferente em lactentes e crianças e é ilustrado abaixo. A taxa de compressão em
lactentes e crianças é semelhante à dos adultos e de 100 a 120 compressões/min.
A: quando 2 socorristas estão presentes, colocação dos polegares lado a lado para compressão torácica é preferível para
neonatos e lactentes pequenos cujo tórax possa ser circundado. Os polegares devem ser sobrepostos no caso de
neonatos muito pequenos.
B: Socorristas únicos podem usar 2 dedos nas compressões em lactentes. Os dedos devem ser mantidos na posição ereta
durante a compressão. Para neonatos, essa técnica resultará em uma posição baixa demais, isto é, sobre o processo
xifoide ou abaixo dele; a posição correta é imediatamente abaixo da linha dos mamilos.
(Adaptado de: American Heart Association: Standards and guidelines for CPR. Journal of the American Medical Association
268:2251–2281 1992 Copyright 1992 American Medical Association )
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268:2251–2281,1992. Copyright 1992, American Medical Association.)
Fármacos
Após oxigenação e ventilação adequadas, a adrenalina é o fármaco de escolha (ver Fármacos de primeira linha) e deve ser
administrada o mais rápido possível após o estabelecimento do acesso intravenoso (IV) ou intraósseo (IO). A dose de
adrenalina é 0,01 mg/kg IV que pode ser repetida a cada 3 a 5 minutos. As diretrizes atuais aconselham a inserção imediata de
OI e a administração de adrenalina para ritmos não chocáveis, já que evidências recentes indicam que a restauração da
circulação espontânea (RCE) e a taxa de sobrevivência em crianças estão correlacionadas com a velocidade em que é recebida
a primeira dose de adrenalina.
Pode-se administrar um bolo de 5 mg/kg de amiodarona se a desfibrilação não for bem-sucedida após a adrenalina. Pode-se
repetir até 2 vezes para fibrilação ventricular refratária (VF) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso. Se a amiodarona não
estiver disponível, pode-se administrar lidocaína em uma dose de ataque de 1 mg/kg IV seguida por uma infusão de
manutenção de 20 a 50 mcg/kg/min. Não demonstrou-se que a amiodarona ou lidocaína melhoram a sobrevida seguida por
alta hospitalar.
Pressão arterial
A pressão arterial deve ser mensurada com um manguito de tamanho adequado, mas monitoramento de pressão arterial
direto invasivo é obrigatório em crianças fortemente comprometidas.
Devido à pressão arterial variar com a idade, uma diretriz fácil para lembrar os limites inferiores da normalidade para a
pressão sistólica (< 5º percentil) por idade é:
Equipamento e ambiente
Tamanho do equipamento, dosagem do fármaco e parâmetros de RCP variam de acordo com a idade e o peso do paciente
(ver tabelas Técnicas de RCP para profissionais de saúde , Fármacos para reanimação em lactentes e crianças e Guia para a
reanimação pediátrica ). O equipamento tem tamanho variável e contém pás de desfibrilador ou eletrodos, máscaras, ambus,
tubos respiratórias, lâminas de laringoscópio, tubos endotraqueais e catéteres de sucção. O peso deve ser mensurado, não
estimado; alternativamente, podem ser usadas fitas métricas comercialmente disponíveis, calibradas para fornecer um peso
padrão do paciente com base na sua altura. Algumas fitas são impressas com a dose recomendada de fármacos e o tamanho
do equipamento para cada peso. As dosagens devem ser arredondadas para baixo; p. ex., uma criança de 2 ½ anos deve
receber a dose de uma criança de 2 anos.
Controle da temperatura
A suscetibilidade a perda de calor é maior em lactentes e crianças, devido a uma grande superfície em relação à massa
corpórea e à menor quantidade de tecido subcutâneo. Um ambiente térmico externo neutro é crucial durante RCP e pós-
reanimação. Hipotermia com temperatura central < 35° C dificulta a reanimação.
Para crianças comatosas reanimadas após parada cardíaca intra-hospitalar e extra-hospitalar, as diretrizes recentes da
American Heart Association e American Association of Pediatrics recomendam hipotermia terapêutica (32 a 36° C) ou
normotermia (36 a 37,5° C; 1, 2). A febre deve ser tratada agressivamente.
Se nenhuma via respiratória avançada está estabelecida em lactentes e crianças submetidos à reanimação, a relação
recomendada de compressão:ventilação é 30:2 se um único socorrista estiver presente e 15:2 se houver mais de um
socorrista. Essa recomendação se contrapõe àquela para adultos em que a relação compressão/ventilação sempre é 30:2 e é
independente do número de socorristas.
Com uma via respiratória avançada implantada, as diretrizes do International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) para
a reanimação na parada cardíaca pediátrica aconselham uma frequência de ventilação de 20 a 30 respirações por minuto (com
a frequência mais rápida em lactentes - 2). Contudo, essa recomendação revisada baseia-se em um estudo com pacientes
hospitalizados e permanece controversa no atendimento pré-hospitalar. Muitos pesquisadores de cuidados pré-hospitalares
pediátricos continuam aconselhando uma frequência de ventilação de 10 respirações por minuto.
Desfibriladores externos automáticos (DEAs) com cabos adultos podem ser usados para crianças, mas um DEA com cabos
pediátricos (choque bifásico máximo de 50 joules) é preferido para pacientes pediátricos até 8 anos de idade. As diretrizes
atuais recomendam desfibrilação manual se possível para pacientes pediátricos, mas pode-se usar um DEA (com ou sem
cabos pediátricos) se um desfibrilador manual não estiver imediatamente disponível (2). Para colocação das pás, ver
Desfibrilação em adultos.
2. Maconochie IK, Aickin R, Hazinski MF, et al: Pediatric Life Support: 2020 International Consensus on Cardiopulmonary
Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment Recommendations. Resuscitation 156:A120–A155,
2020. doi:10.1016/j.resuscitation.2020.09.013
Informações adicionais
O recurso em inglês a seguir pode ser útil. Observe que este Manual não é responsável pelo conteúdo deste recurso.
American Heart Association 2020 CPR and ECC Guidelines: essas diretrizes para reanimação cardiopulmonar (RCP) e cuidados
cardiovasculares de emergência (CCE) baseiam-se nas revisões mais recentes da literatura científica, protocolos e instruções
sobre reanimação.
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