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RCP em Crianças: O que é, Principais cuidados e Como Realizar

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Índice

RCP em crianças: O que é a ressuscitação cardiopulmonar?

Como identificar a necessidade de RCP em crianças?

Classificação utilizada para a RCP neonatal

Como realizar o passo a passo da RCP em crianças?


Co o ea a o passo a passo da C e c a ças?

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Quais as diferenças entre a RCP pediátrica e em adultos?

Dúvidas frequentes (guia rápido)

Conclusão

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A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) ou cardiorrespiratória -
e, neste texto especificamente, a RCP em crianças - é a técnica
utilizada para reverter ou evitar a morte súbita de pacientes com
as funções respiratória e circulatória ausentes ou seriamente
comprometidas.

De acordo com o Manual MSD, a taxa de mortalidade por


parada cardiorrespiratória (PCR) em lactentes e crianças fora
do hospital é de aproximadamente 90%. Já a taxa intra-
hospitalar de mortes é de cerca de 65%.

O índice de mortalidade é menor em hospitais porque, nestes


locais, o paciente é assistido de maneira direcionada, através
das compressões torácicas de qualidade, ventilação adequada
assistida e uso de medicamentos específicos.

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RCP em crianças: O que é a
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ressuscitação
cardiopulmonar?

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A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é um conjunto de


manobras emergenciais utilizadas para salvar pacientes que
estão enfrentando uma parada cardiorrespiratória (PCR).

Nas crianças, a PCR raramente é inesperada – sendo,


comumente, ocasionada pela falência cardiovascular e/ou
respiratória, resultante de falta de oxigenação e perfusão
tecidual adequadas.

Por isso é caracterizada pela irresponsividade, ausência de


pulso e de respiração.

Uma PCR pode muito rapidamente resultar em morte cerebral ou


em lesões irreversíveis, uma vez que a demanda por oxigênio
nessa faixa etária é maior do que a de adultos.

Sendo assim, é preciso fazer a monitorização dos sinais da


parada – que pode ser ocasionada por ventilação inadequada,
baixo débito cardíaco, ou a complicação de algum processo
infeccioso, por exemplo.

Como identificar a necessidade


de RCP em crianças?
A RCP pediátrica é utilizada para reverter a parada
cardiorrespiratória (PCR), situação muitas vezes multifatorial.
Conforme citado acima, ela pode ser ocasionada
principalmentePreparatórios
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Asfixia;

Obstrução das vias aéreas altas ou baixas;

Intoxicações;
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Quadros infecciosos;

Febre;

Distúrbios hidroeletrolíticos;

Sufocamento;

Entre outros.

A febre alta ou o agravamento de algum quadro infeccioso,


como por exemplo a infecção do trato urinário, pode resultar
numa PCR.

Por consequência, a RCP pediátrica deve ser realizada. Nesses


casos, é necessário fazer a monitorização dessas crianças.

A RCP também deve ser iniciada se a criança estiver sem pulso


detectável ou em bradicardia com hipoperfusão tecidual.

Quando a frequência cardíaca é menor que 60 bpm, a criança


começa a apresentar sinais de choque, sem melhora mesmo
com oxigenação adequada.

Classificação utilizada para a


RCP neonatal
Para descrever a condição cardiorrespiratória e neurológica do
recém-nascido utilizamos a classificação de Apgar – escala
padrão de avaliação do RN –, realizada entre o primeiro e o
quinto minuto de vida.
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A classificação de Apgar avalia se o bebê tem boa vitalidade ou


se apresenta algum grau de asfixia, que pode resultar numa
parada cardiorrespiratória.

‍Fonte: Manual MSD

Cinco sinais de saúde neonatal serão avaliados: força muscular,


frequência cardíaca, reflexo, respiração e cor.

Podemos utilizar o mnemônico APGAR: aparência, pulso, grimace


(“careta”), atividade e respiração.

Para cada um deles é dada uma nota de zero a dois; a nota zero
indicando a ausência do sinal e a nota dois indicando sua plena
existência.

O recém-nascido terá uma boa vitalidade se a pontuação for


entre 7 e 10. A asfixia moderada é considerada com notas entre
4 e 6 e a asfixia grave entre 0 e 3.

O índice baixo é considerado um achado clínico – que pode ser


ocasionado por condições neurológicas, pelo uso de
medicações durante a gestação, pela idade gestacional e outros
fatores.

É preciso lembrar que ela não é utilizada para diagnóstico,


orientação de RCP ou para o tratamento subsequente.

O Apgar também não determina o prognóstico do paciente, é


um achado clínico que indica necessidade de investigação.
Como realizar o passo a passo
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da RCP em crianças?
Aqui falaremos da sequência de RCP que deverá ser efetuada
em situação intra-hospitalar em neonatos e lactentes, com
equipamentos adequados e equipe treinada presentes.

Vias aéreas e ventilação não invasiva


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Quando tratamos de neonatos, se o esforço respiratório se


demonstra comprometido, o estímulo tátil pode ser eficaz.

A não ser que haja indicação clara devido a obstrução das vias
aéreas, a aspiração não é um bom método – pode causar
resposta vagal.

Em lactentes que apresentam FC ≥ 100 bpm e desconforto


respiratório ou cianose persistente, está indicada a
suplementação de O2 com o CPAP.

Já naqueles com FC de 60 a 100 bpm em apneia ou com


respiração ineficaz, indica-se a VPP com máscara.

Diferentemente dos adultos, nas crianças cabeça e pescoço


devem ser mantidos em uma posição neutra, com protrusão
mandibular (jaw thrust) e boca entreaberta.

No respirador, inicialmente a PPI deverá ser de 20 a 25 cm de


H2O, com PEEP de 5 cm de H2O, em modo assistido ou VMI a 40 a
60 respirações/minuto.

Em relação ao tempo inspiratório, insuflações acima de 5


segundos não são recomendadas.

Uma FC < 60 bpm em neonatos é indicada para intubação


orotraqueal. Avalia-se a eficácia da ventilação pela rápida
melhora da FC.

Deve-se definir a pressão inspiratória de pico (PIP) como o nível


mínimo que cause resposta, mas pode ser necessário uma PIP
inicial de 30 a 40 ou até maior para produzir ventilação
adequada.

Isso se dá porque até mesmo breves períodos de volume


corrente excessivo podem facilmente causar barotrauma do
neonato.
Dessa forma, é imprescindível a frequente reavaliação da PIP
durante a reanimação.
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Deve-se suplementar O2 ao paciente com um misturador, para


possibilitar que a concentração varie de acordo com sua
condição clínica.

Deve-se iniciar a ventilação com O2 a 21% para lactentes a termo


Nósou O2 a 21cookies.
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saturação, evitando que esta exceda os 95%.

Compressões torácicas e
estabelecimento de via aérea
avançada
Na RCP pediátrica, caso o lactente não responda bem à
ventilação com pressão positiva ou caso FC < 60 bpm, é
indicada a IOT.

O tamanho do tubo e a profundidade da intubação são


escolhidos de acordo com o peso e a idade gestacional do
paciente.

Para o diâmetro do tubo endotraqueal:

2,5 mm para lactentes < 1.000 g ou < 28 semanas de


gestação;

3 mm para lactentes de 1.000 a 2.000 g ou 28 a 34


semanas de gestação;

3,5 mm para lactentes > 2.000 g ou > 34 semanas de


gestação.

Para a profundidade de inserção, o marcador no lábio


normalmente deve estar em:

5,5 a 6,5 cm para lactentes que pesam < 1 kg;

7 cm do bebê que pesa 1 kg;

8 cm para lactentes que pesam 2 kg;

9 cm para lactentes que pesam 3 kg.

Após a intubação, deve-se auscultar ambos os pulmões, pois a


intubação seletiva do brônquio principal direito é comum se o
tubo for inserido em profundidade acima do recomendado.
Além disso, durante a RCP recomenda-se confirmar a IOT via
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Se a intubação for difícil, em lactentes com ≥ 34 semanas de


idade ou ≥ 2.000g, pode-se fazer uso da máscara laríngea.

Caso não haja melhora da FC após a IOT, ou elevação torácica


insuficiente com PIP adequada, as vias aéreas podem estar
Nósobstruídas e deve-se
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Se a ventilação estiver adequada e a FC permanecer abaixo de


60 bpm, devemos iniciar compressões torácicas usando a
técnica de circundamento do tórax (envolver o torso do lactente
com as duas mãos), utilizando para compressão os 2 polegares
(conforme demonstrado na figura abaixo), em proporção de 3
compressões para 1 ventilação com 90 compressões e 30
ventilações por minuto.

Devemos sempre intubar o paciente antes de iniciar as


compressões torácicas. Reavaliamos a FC após 60 segundos de
compressões.

Caso a bradicardia persista sob ventilação adequada e as


compressões torácicas são aplicadas por 1 minuto, devemos
administrar a adrenalina. Podemos administrar uma dose via
tubo endotraqueal enquanto ainda não conseguimos
estabelecer o acesso periférico.

A dose de adrenalina é de 0,01 a 0,03 mg/kg, repetida conforme


necessário a cada 3 a 5 minutos.

A técnica de compressão torácica varia de acordo com a idade,


como é possível ver na imagem abaixo:

A massagem torácica é feita de modos diferentes em neonatos


(A), lactentes (B) e crianças (C).
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‍Fonte: Manual MSD

Manejo da PCR na pediatria


A American Heart Association (AHA) determina que a PCR na
pediatria obedeça à sequência CABDE: circulação, vias aéreas,
boa respiração, déficit neurológico e exposição.

Circulação

Nessa etapa da RCP, é preciso realizar compressões torácicas de


qualidade. Para isso, seguimos algumas determinações:

As interrupções nas compressões devem ser mínimas;

Evite a ventilação excessiva para não causar um


barotrauma. Ela aumentará a pressão intratorácica,
diminuindo o retorno venoso;

É necessário trocar o socorrista a cada 2 minutos ou antes,


para evitar fadiga;

Se a criança não estiver com via aérea avançada


estabelecida, a relação compressões/ventilações deve ser
de 30:2 com um único socorrista. Caso haja ao menos dois
socorristas, a relação deve ser de 15:2;

Se houver via aérea avançada, a cada 6 segundos uma


ventilação deve ser realizada (10 ventilações por minuto),
com compressões torácicas contínuas.
Vias aéreas
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É imprescindível verificar se há algum objeto obstruindo as vias
aéreas e retirá-lo, caso encontre. Caso não haja obstrução,
deve-se hiperestender a cabeça do paciente.

Boa respiração

Para uma boa respiração durante a RCP, utiliza-se o ambu


Nóspediátrico
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(paraAo navegar node
pacientes site7estará consentindo
a 30 kg) com a aválvula
sua utilização.
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segurança fechada e fluxo de oxigênio entre 10 e 15 litros por
minuto.

O ambu adulto deve ser utilizado em pacientes acima de 30kg,


com fluxo de oxigênio ≥ 15 litros por minuto.

Déficit neurológico

Durante a avaliação neurológica em uma RCP, observa-se se as


pupilas são isocóricas e fotorreagentes, além da pontuação do
paciente na escala de coma de Glasgow.

Exposição

Nesta etapa, o profissional deve buscar lesões, removendo a


roupa da criança. Posteriormente, deve cobrir o indivíduo e
promover medidas para evitar a hipotermia.

Quais as diferenças entre a RCP


pediátrica e em adultos?

Pré-parada
O coração da criança bate mais rápido, ou seja, são mais
batimentos cardíacos por minuto. Sendo assim, o órgão não
precisa parar completamente para considerarmos uma parada
cardiorrespiratória.
Nas crianças, a causa mais comum de PCR é a hipóxia,
diferentementePreparatórios
do adulto.  Central da Residência  ÁREA DO ALUNO  TESTE GRÁTIS 

A bradicardia (FC < 60 bpm) com sinais de hipoperfusão, que


não se eleva mesmo com suporte respiratório, já é suficiente
para o início da RCP pediátrica.

Vale salientar que crianças mais velhas tendem a apresentar


Nóstaquicardia.
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Compressões torácicas
A profundidade das compressões torácicas na RCP em lactentes
e em crianças – aquelas antes da puberdade ou com peso
menor do que 55 kg – deve ser de aproximadamente 4 a 5 cm
em sentido anteroposterior.

Já em adolescentes ou indivíduos com mais de 55 kg, essa


profundidade deve ser de 5 a 6 cm, tal como na RCP em adultos.

Fármacos
A terapia medicamentosa na RCP em crianças em parada
cardiorrespiratória, de acordo com a AHA, deverá ser a seguinte:

1. Em todos, dose de adrenalina IV/IO: 0,01 mg/kg/dose (0,1 mL/kg


com concentração 1:10.000 corresponde à solução de 1 mL de
adrenalina 1 mg/mL + 9 mL de soro fisiológico).

Repetir a cada 3 a 5 minutos. Se não tiver acesso IV/IO, pode


fazer dose endotraqueal: 0,1 mg/kg (0,1 mL/kg da adrenalina pura
de 1 mg/mL na concentração 1:1.000).

2. Nos casos de pacientes com ritmos chocáveis (FV refratária ou


TV sem pulso) após o 3º choque do desfibrilador:

- Dose de amiodarona via IO/EV: bolus de 5 mg/kg durante PCR.


Pode ser repetida duas vezes.

- Se a amiodarona não estiver disponível, administrar lidocaína


em dose de ataque via IO/EV inicial de 1 mg/kg. Manutenção: 20
a 50 mcg/kg/min.

Pressão arterial
Nas crianças, a pressão varia conforme a idade. Logo, a pressão
sistólica normal é diferente da dos adultos. Essa normalidade
para uma criança maior de um ano é de 70mmHg + (2x a idade
em anos).
Por exemplo: numa criança de 5 anos, a pressão sistólica normal
é de 80mmHg (70+[2x5]). Ter
Preparatórios esse conhecimento é de extrema
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importância, já que a hipotensão pode rapidamente resultar
numa PCR.

Dessa forma, o monitoramento da pressão arterial durante a


RCP é essencial para evitar a hipotensão. O profissional deve
ficar atento aos sinais de choque compensatórios, tais como: FC
aumentada, extremidades frias, preenchimento capilar > 2 s e
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pulsos
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Equipamento e ambiente
O tamanho dos equipamentos (máscaras, ambus, tubos
endotraqueais), a dosagem dos remédios e os parâmetros da
reanimação variam conforme a idade e o peso do paciente.

Assim, é imprescindível quantificar precisamente o peso da


criança. De maneira alternativa, podem ser usadas fitas métricas
para determinar o peso com base na altura.

Algumas fitas, inclusive, já determinam a dose recomendada


dos fármacos e o tamanho dos equipamentos para cada peso.

As dosagens devem ser arredondadas para baixo. Se uma


criança tem 3,5 anos, deve-se administrar uma dose para
criança de 3 anos.

Controle de temperatura
Os lactentes e as crianças são mais suscetíveis à perda de calor,
pois têm uma grande superfície em relação à massa corpórea –
e a quantidade de tecido subcutâneo é menor.

Durante a RCP e no período pós-reanimação a normotermia tem


de se fazer presente, uma vez que hipotermia com temperatura
central < 35°C dificulta o processo.

Ademais, não existe comprovação de que a hipotermia


terapêutica traga benefícios a crianças após RCP intra ou extra-
hospitalar.

Sendo assim, deve-se buscar a normotermia terapêutica (36 °C


a 37,5 °C), tratando tanto a febre quanto a hipotermia de
maneira agressiva.

Vias aéreas e ventilação


Nas crianças é priorizada a ventilação mecânica, já que
geralmente nesses casos a PCR não é cardiogênica.
A anatomia de suas vias aéreas é diferente da dos adultos. As
narinas são pequenas; a laringe
Preparatórios  é maisCentral
alta e anteriorizada
da Residênciae a ÁREA DO ALUNO  TESTE GRÁTIS 
epiglote é mais longa, frouxa e redundante.

Assim, o uso de uma lâmina de laringoscópio reta é mais


indicado do que o uso de uma lâmina curva, pois geralmente
permite uma melhor visualização das pregas vocais.

NósAlém disso,
utilizamos a parte
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consentindo às pregas
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vocais no anel da cartilagem cricóide, o que permite o uso de
tubos endotraqueais sem cuff.

Essas diferenças anatômicas permitem que a relação


compressão/ventilação mude de acordo com a quantidade de
socorristas, sendo 30 compressões para 2 ventilações se houver
apenas um, e 15 compressões para 2 ventilações se houver dois
ou mais.

Nos adultos, essa relação permanece 30:2 independentemente


do número de socorristas.

Desfibrilação
O ritmo cardíaco deve ser checado a fim de verificar se há ritmo
chocável (TV ou FV sem pulso) ou não chocável (assistolia ou
AESP). Constatando-se um ritmo chocável, é indicado o
desfibrilador.

A forma de onda deve ser preferencialmente bifásica por ser


mais segura, e as potências aplicadas são inferiores àquelas
aplicadas nos adultos. São as seguintes:

1º choque com 2J/kg;

2º choque com 4J/kg;

Os choques posteriores com pelo menos 4J/kg, podendo


chegar a um máximo de 10J/kg ou dose máxima de adulto
(para o desfibrilador bifásico 200 joules e para o
monofásico 360 joules).

Os desfibriladores externos automáticos (DEAs) com cabos para


adultos podem ser utilizados em crianças com mais de um ano
de idade.

Contudo, aqueles com cabos pediátricos são preferíveis em


pacientes com idades entre um e oito anos.

Para crianças com menos de um ano de idade não existem


evidências que recomendem ou não o uso do DEA.
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Dúvidas frequentes (guia


rápido)
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Quantas compressões devemos fazer
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Certo, entendi

em uma RCP pediátrica?


Devemos realizar duas compressões a cada segundo, chegando
ao total de 100 a 120 por minuto.

Se houver apenas um socorrista, 30 compressões cardíacas


para duas ventilações.

Se houver dois ou mais socorristas, 15 compressões cardíacas


para duas ventilações – um socorrista focando na ventilação e o
outro na compressão, alternando-se entre si para evitar fadiga
muscular.

Como realizar uma RCP de qualidade?


Para realizar uma RCP em crianças de qualidade é fundamental
a presença de uma equipe bem treinada, com conhecimento do
passo a passo, a realização de compressões torácicas e
ventilação de qualidade – sempre obedecendo as técnicas para
cada faixa etária.

Qual pulso deve ser checado na RCP


pediátrica?
Os pulsos verificados na RCP pediátrica são os carotídeos e os
femorais.

Quais sinais indicam uma possível PCR


pediátrica?
Taquicardia ventricular sem pulso, fibrilação ventricular,
ausência dos movimentos de respiração, pupilas dilatadas e
sem reação à luz e perda de consciência.

Conclusão
A RCP em crianças envolve uma combinação de técnicas que
têm como objetivo manter o débito cardíaco e a oxigenação do
paciente, com a consequente manutenção do fluxo sanguíneo e
da perfusão tecidual.
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Logo, reconhecer quando uma criança manifesta sinais


preditores de uma parada cardiorrespiratória, é essencial.

A bradicardia com hipoperfusão, a dispneia, a taquicardia


ventricular sem pulso e a hipóxia são alguns deles.
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Seguir o passo a passo da RCP pediátrica e saber em quais
aspectos ela difere da RCP adulta permite que os atendimentos
aos pacientes sejam mais direcionados e qualificados,
diminuindo exponencialmente as chances de óbito ou de
sequelas.

Leia mais:

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