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DESTAQUES

DAS DIRETRIZES
DE RCP E ACE
DE 2020 DA AMERICAN HEART ASSOCIATION
Eric J. Lavonas,
MD, MS; David J. Magid, MD, MPH; Khalid Aziz, MBBS, BA, MA, MEd(IT); Katherine M. Berg, MD; Adam Cheng, MD; Amber V. Hoover, RN,
MSN; Melissa Mahgoub, PhD; Ashish R. Panchal, MD, PhD; Amber J. Rodriguez, PhD; Alexis A. Topjian, MD, MSCE; Comilla Sasson, MD,
PhD; e a equipe do Projeto de Destaques das Diretrizes da AHA. Editor da versão em português: Hélio Penna Guimarães, MD, PhD, FAHA.
© 2020 American Heart Association JN­1088

2 American Heart Association


Tópicos

Suporte básico e Suporte básico e Ciência da


educação em Sistemas de
neonatal ressuscitação Tratamento
para adultos pediátrico

Introdução
Este documento resume os principais tópicos e mudanças nas Diretrizes de 2020 da American Heart Association (AHA) para ressuscitação
cardiopulmonar (RCP) e atendimento cardiovascular de emergência (ACE). As diretrizes de 2020 são uma revisão abrangente das diretrizes da
AHA para os tópicos de ciência da educação em ressuscitação pediátrica, neonatal e para adultos e sistemas de tratamento. Essas diretrizes

das diretrizes de ressuscitação que são ou controversas, ou naquelas que resultarão em mudanças no treinamento e na prática de ressuscita­

Como esta publicação é um resumo, ela não menciona os estudos que suportam as evidências bem como e não informa classes de
Diretrizes da AHA de
2020 para RCP e ACE, incluindo o resumo executivo,1 publicado no Circulation em outubro de 2020 e o resumo detalhado da ciência
da ressuscitação no Consenso internacional de 2020 sobre a ciência de RCP e ACE com recomendações de tratamento, desenvolvido
pelo International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) e publicado simultaneamente no Circulation2 e Resuscitation3 em outubro
4

evidências em diretrizes de ressuscitação5 foram publicados em detalhes.

eccguidelines.heart.org 3
4 American Heart Association
Diretrizes da AHA de 2020 para RCP e ACE

*Os resultados são uma porcentagem das 491 recomendações para suporte básico e avançado de vida para adultos, pediátrico, neonatal e também para ciên­
cia da educação em ressuscitação e sistemas de tratamento.
Abreviações: CR, classes de recomendação; DL, dados limitados; NE, nível de evidência; NR, não randomizado; OE, opinião de especialistas; R, randomizado.

eccguidelines.heart.org 5
coronária percutânea, controle direcionado de temperatura e
neuroprognóstico multimodal.
apresentaram PCR não traumática extra­hospitalar (PCREH) • Como a reabilitação pós PCR continua muito tempo depois
atendida por pessoal dos serviços médicos de emergência da hospitalização inicial, os pacientes devem ter avaliação e

­ psicossociais.
brilador externo automático (DEA) aplicado antes da chegada do

mesmos.
• O tratamento da PCR na gravidez é focado em ressuscitação
resultados da PCREH e continuam a melhorar. maternal, com a preparação para uma cesariana de
emergência, se necessário, para salvar o bebê e melhorar as
chances de ressuscitação bem­sucedida da mãe.
Suporte avançado de vida cardiovascular estão combinadas

seguinte:
O grupo de redação revisou todos os algoritmos e fez melhorias
• Algoritmos aprimorados e recursos visuais fornecem recursos focadas em recursos visuais para treinamento garantindo sua

ressuscitação no SBV e SAVC.


• A importância do inicio imediato da RCP por socorristas leigos em outros recursos incluem o seguinte:
tem sido reenfatizada. •
• sobrevivência da PCRIH e PCREH (Figura 3).

administração mais precoce. enfatizar o papel da administração precoce da epinefrina em
• O uso de dispositivos de feedback visual em tempo real é pacientes com ritmos não chocáveis (Figura 4).
recomendado como forma de manter a qualidade da RCP. • Dois novos algoritmos para emergência associada a opioides
• foram adicionados para socorristas leigos e socorristas
2
) durante a
ressuscitação de SAVC pode ser útil para melhorar a qualidade • O algoritmo de cuidados pós­PCR foi atualizado para enfatizar a
da RCP. necessidade de evitar hiperóxia, hipoxemia e hipotensão
• Com base na evidência mais recente, o uso rotineiro de dupla (Figura 7).

• O acesso intravenoso (IV) é a via preferida de administração
de medicação durante a ressuscitação no SAVC. Acesso •

• O atendimento do paciente após o retorno da circulação


espontânea (RCE) requer muita atenção à oxigenação,
controle da pressão arterial, avaliação da intervenção

6 American Heart Association


Suporte báSico e avançado de vida para adultoS

menos
iniciada por leigos
têm um DEA aplicado antes da
chegada do SME.

eccguidelines.heart.org 7
8 American Heart Association
Suporte báSico e avançado de vida para adultoS

Algoritmo de emergência associada a opioides para socorristas leigos.

eccguidelines.heart.org 9
10 American Heart Association
Suporte báSico e avançado de vida para adultoS

eccguidelines.heart.org 11
12 American Heart Association
Suporte báSico e avançado de vida para adultoS

eccguidelines.heart.org 13
o tempo na revisão sistemática recente, diastólica em relaxamento, monitoramen­
todos encontraram associação entre a to de pressão arterial e saturação venosa
epinefrina mais precoce e o RCE para central de oxigênio) quando viável para
pacientes com ritmos não chocáveis, monitorar e otimizar a qualidade da RCP,
embora as melhorias na sobrevida orientar a terapia com vasopressores e
leigos não fossem observadas de forma detectar RCE.
universal. Para os pacientes com ritmo Embora o uso de monitoramento
Recomendamos que chocável, a literatura apoia a priorização
leigos iniciem a RCP para uma suposta
PCR, pois o risco de dano ao paciente é ETCO2 para monitorar a qualidade da
administrar epinefrina se as tentativas RCP seja um conceito estabelecido,
baixo se o paciente não estiver em PCR.
novos dados corroboram sua inclusão
Os socorristas leigos não forem bem­sucedidas. nas diretrizes. Dados do registro Get With
Qualquer medicamento que aumente The Guidelines®­Resuscitation da AHA
a ocorrência de uma PCR se um adulto a taxa de RCE e de sobrevivência mostram uma probabilidade maior de RCE
administrado depois de vários minutos quando a qualidade da RCP é monitorada
não responde não estiver respirando de tempo de inatividade provavelmente usando ETCO2 ou pressão arterial
poderá aumentar tanto o prognóstico diastólica invasiva.
deve levar mais de 10 segundos para ve­ neurológico favorável quanto Esse monitoramento depende da
desfavorável. Portanto, a abordagem mais presença de um tubo endotraqueal (TET)
ou de acesso arterial, respectivamente.
medicamento que tenha sido comprovado
torácicas. para o aumento da sobrevivência, para um valor de ETCO2 de pelo menos
Novas evidências mostram que enquanto se concentra os esforços
mais amplos para encurtar o tempo para mais, pode ser útil como um marcador da
administração deste medicamento para
em PCR é baixo. Os socorristas leigos todos os pacientes. Ao fazer isso, mais meta ideal.
não conseguem determinar com precisão sobreviventes terão resultado neurológico
favorável.

sem pulso é maior que o dano por com­


recomendada

Pode ser acon­ sequencial dupla para ritmo chocável


Administração precoce de epinefrina selhável usar dispositivos de feedback refratário não foi estabelecida.
audiovisual durante a RCP para otimização
Com relação em tempo real do desempenho da RCP.
à marcação do tempo, para PCR com um é a prática de aplicar choques quase
ritmo não chocável, é aceitável adminis­
Embora alguns relatos de casos tenham
na sobrevivência depois da alta hospita­ mostrado bons resultados, uma revisão
Com relação lar após PCRIH com feedback de áudio sistemática do ILCOR 2020 não descobriu
ao tempo, para PCR com um ritmo cho­ avaliando a profundidade da compressão
cável, pode ser aconselhável administrar e o retorno do tórax. sequencial dupla e recomendá­la, em
epinefrina depois que as tentativas de vez de seu uso de rotina. Estudos exis­
Monitoramento fisiológico da qualidade tentes estão sujeitos a múltiplas formas
A sugestão de administrar a de viéses e estudos observacionais não
mostram melhorias no resultado.
uma recomendação baseada em uma Pode ser aconselhá­
revisão sistemática e metanálise, que
incluiu resultados de dois estudos rando­ pressão arterial ou ETCO2, quando viável
para monitorar e otimizar a qualidade da reposicionamento das pás pode ser tão
pacientes com PCREH, mostrando que a RCP.
epinefrina aumentou o RCE e a sobrevi­ dupla, evitando, ao mesmo tempo,
Embora nenhum estudo
vência. Em três meses, o ponto no tempo os riscos de danos pelo aumento de
esforços de ressuscitação para parâme­
recuperação neurológica e houve um
­
o resultado, pode ser aconselhável usar
tes com resultado neurológico favorável e
não favorável no grupo de epinefrina.
de forma de onda quantitativa, pressão

14 American Heart Association


Suporte báSico e avançado de vida para adultoS

vários modos de avaliação do paciente. equipe (melhoria da educação e da qua­


lidade), além de um reconhecimento dos
acesso IO fatores naturais de estresse associados
modalidades diferentes e descobertas
ao atendimento de um paciente à beira da
­
sionais tentarem, primeiro, estabelecer o
essa abordagem multimodal ao dedicada a esse tópico é esperada para o
acesso IV para administração de medica­
mento em PCR. neuroprognóstico.
O acesso IO pode ser
Atendimento e suporte durante a
considerado se as tentativas para acesso
IV não forem bem­sucedidas ou não recuperação Como as pacientes grávidas
forem viáveis. são mais propensas à hipóxia, a oxigena­
Recomendamos que os ção e o manejo da via aérea devem ser
É aconselhável que os pro­ sobreviventes de PCR tenham avaliação priorizados durante a ressuscitação de
de reabilitação multimodal e tratamento uma PCR durante a gravidez.
(IO) se o acesso intravenoso (IV) não
cognitivos antes da alta do hospital.
na ressuscitação materna, o monitora­
Recomendamos que os mento do feto deve ser ignorado durante
de 2020 comparando a administração de sobreviventes de PCR e seus cuidadores a PCR na gravidez.
medicamentos IV versus IO (principalmen­ recebam planejamento de alta abrangente
te instalado em região pré­tibial) durante e multidisciplinar para incluir recomen­ Recomendamos o controle
a PCR descobriu que a via IV foi asso­ direcionado da temperatura para mulhe­
reabilitação e retornar às expectativas de res grávidas que permanecerem em coma
cinco estudos retrospectivos. Análises atividades/trabalho. depois da ressuscitação de uma PCR.
de subgrupos de ensaios randomizados
controlados que se concentraram em Recomendamos avaliação Durante o controle dire­
estruturada para ansiedade, depressão, cionado da temperatura da paciente
resultados comparáveis quando acesso estresse pós­traumático e fadiga para os grávida, recomendamos que o feto seja
IV ou IO oram usados para administração sobreviventes de PCR e seus cuidadores. continuamente monitorado em relação à
de medicamento. Embora o acesso IV O processo de recuperação de e uma consulta com a equipe de obste­
PCR ocorre por muito tempo ainda depois
da hospitalização inicial. É necessário realizada.
opção aceitável. apoio durante a recuperação, para garantir

e o retorno ao funcionamento social e da PCR na gravidez foram revisadas nas

As diretrizes de 2020 contêm dados iniciado durante a hospitalização inicial 7

e continuar o tempo que for necessário. Via aérea, ventilação e oxigenação são
o atendimento ideal nos dias seguintes Esses temas foram explorados em mais particularmente importantes no caso
atualização da gravidez, devido a um aumento no
das Diretrizes da AHA de 2015 para RCP AHA de 2020. metabolismo materno, uma redução na
e ACE sobre tratamento de hipotensão, capacidade de reserva funcional devido
titulação de oxigênio para evitar hipóxia Debriefings para socorristas ao útero grávido e ao risco de lesão no
e hiperóxia, detecção e tratamento de cérebro do feto devido à hipoxemia.
­ A avaliação do coração do feto não
to para acompanhamento para suporte é útil durante a PCR materna e pode
novas evidências para corroboração. ­ ser uma distração dos elementos de
Em alguns casos, o NE foi atualizado nais do SME e trabalhadores da saúde ressuscitação necessários. Na ausência
do hospital depois de um evento de PCR de dados contrários, as mulheres
dados de ensaios randomizados grávidas que sobrevivem a uma PCR
controlados e de estudos observacionais Os socorristas podem apresentar devem receber controle direcionado
de alta qualidade e o algoritmo de ansiedade ou estresse pós­traumático da temperatura da mesma forma que
cuidados pós­PCR foi atualizado para quanto à execução ou não execução de qualquer outro sobrevivente, tendo
enfatizar esses componentes importantes consideração pelo status do feto, que
atendimento no hospital também podem pode permanecer no útero.
neuroprognóstico deve ser realizado, no apresentar os efeitos emocionais ou psi­
cológicos ao cuidar de um paciente com

prognóstico deverão ser baseadas em permitir uma análise do desempenho da

eccguidelines.heart.org 15
• Com base, principalmente, na extrapolação de dados de
Mais de 20.000 bebês e crianças têm PCR todo ano nos Estados adultos, a ressuscitação equilibrada com derivados do sangue
­ é aceitável para bebês e crianças com choque hemorrágico.
parativamente boas de bons resultados neurológicos depois de • O tratamento da overdose de opioides inclui RCP e a
PCRIH pediátrica, as taxas de sobrevivência de PCREH permane­ administração de naloxona no momento certo por socorristas
leigos ou socorristas treinados.
para suporte básico de vida pediátrico (SBVP) e RCP em bebês,
• Crianças com miocardite aguda acompanhadas de arritmias,
crianças e adolescentes foram combinadas com as recomen­

um único documento nas diretrizes de 2020. As causas de PCR


unidade de terapia intensiva é importante e alguns pacientes
em bebês e crianças diferem da PCR em adultos e um número
podem precisar de suporte circulatório mecânico ou suporte
de vida extracorpóreo (SVE).
além das melhorias das diretrizes de 2020 incluem o seguinte: •
• Algoritmos e recursos visuais foram revisados para incorporar
a melhor ciência e objetividade para os socorristas de
especiais no SAVP.
ressuscitação de SBVP e SAVP.
• O tratamento da hipertensão pulmonar pode incluir o uso

bloqueio neuromuscular, a indução de alcalemia ou terapia de
recomendada tem sido aumentada para uma ventilação a cada
resgate com SVE.
casos de ressuscitação pediátrica.

a necessidade de trocas de tubos para pacientes de qualquer
idade com necessidade de intubação. melhorar o treinamento e suporte para desempenho:
• O uso rotineiro de pressão cricoide durante a intubação não é •
mais recomendado. PCRIH em bebês, crianças e adolescentes (Figura 10).
• Para maximizar as chances de bons resultados da •
ressuscitação, a epinefrina deve ser administrada o quanto
cadeia de sobrevivência de PCRIH pediátrica (Figura 10).
PCR de um ritmo não chocável (assistolia e atividade elétrica
• O algoritmo para PCR em pediatria e o algoritmo pediátrico de
sem pulso).
• Para os pacientes com acessos arteriais, usar o feedback da mais recente (Figuras 11 e 12).
• O único algoritmo pediátrico para taquicardia com pulso
qualidade da RCP.
agora abrange taquicardias de complexo estreito e largo em
• Depois do RCE, os pacientes devem ser avaliados com relação pacientes pediátricos (Figura 13).
• Dois novos algoritmos associados para emergência associada
deve ser tratada.
a opioides foram adicionados para socorristas leigos e
• Como a recuperação da RCP continua muito tempo depois da
hospitalização inicial, os pacientes devem ter avaliação e suporte

pós­PCR pediátricos (Figura 14).

se vasopressores forem necessários, é adequada na


ressuscitação de choque séptico.

16 American Heart Association


Suporte báSico e avançado de vida pediátrico

e um
pediátricas específicas corroboram

eccguidelines.heart.org 17
18 American Heart Association
Suporte báSico e avançado de vida pediátrico

Algoritmo de bradicardia com pulso em pediatria.

eccguidelines.heart.org 19
Algoritmo de taquicardia com pulso em pediatria.

20 American Heart Association


Suporte báSico e avançado de vida pediátrico

eccguidelines.heart.org 21
ao tamanho, à posição e à pressão de que receberam epinefrina para um ritmo
não chocável inicial (assistolia e atividade
cm H2O). elétrica sem pulso) demonstrou que, para
cada minuto de atraso na administração de
Tubos endotraqueais com e
Ventilação de resgate na RCE, sobrevivência depois de 24 horas,
de bebês e crianças. Em certas circuns­
sobrevivência depois da alta e sobrevivên­
(SBVP) Para bebês e tâncias (por exemplo, má complacência
cia com resultado neurológico favorável.
crianças com pulso, mas esforço respirató­ pulmonar, alta resistência à via aérea
ou grande fuga glótica de ar), um tubo Os pacientes que receberam epinefrina
rio ausente ou inadequado, é aconselhável
fornecer uma respiração a cada 2 ou 3 se­ ­
RCP, comparados aos que receberam a
preste atenção ao tamanho, à posição e epinefrina mais de 5 minutos depois do
(SBVP) Se houver um pulso
­ endotraqueal (garantindo que sejam ade­ de sobreviver à alta. Estudos de
quados). PCREH pediátrica demonstraram que a
resgate a uma taxa de cerca de 12 a 20/ administração mais precoce de epinefrina
min (uma ventilação a cada 3 a 5 segun­ ­ aumenta as taxas de RCE, de sobrevida
dos), até que a respiração espontânea seja máticas corroboram a segurança dos TET depois da internação na unidade de terapia
retomada. intensiva, de sobrevida depois da alta e de
reduzida de troca de tubos e de reintuba­
sobrevida depois de 30 dias.
de aspiração. A estenose subglótica é
pediátrica, os pacientes com ritmos não
em crianças e uma técnica cuidadosa é chocáveis receberam epinefrina a cada 3
seguida. a 5 minutos, mas a administração precoce
(SAVP) Ao executar de epinefrina não foi enfatizada. Embora
RCP em bebês e crianças com via aérea a sequência da ressuscitação não tenha
avançada, pode ser aconselhável objetivar sido alterada, o algoritmo e a linguagem
um intervalo de frequência respiratória O uso rotineiro de pressão da recomendação foram atualizados para
de 1 ventilação a cada 2 a 3 segundos cricoide não é recomendado durante a enfatizar a importância de administrar
(20 a 30/min), de acordo com a idade e a intubação endotraqueal de pacientes
pediátricos. particularmente quando o ritmo é não
chocável.
hemodinâmica.
para recomendar a aplicação da pressão
(SAVP) Se o bebê ou a criança cricoide de rotina para evitar aspiração
estiver intubado, ventile a uma frequên­ durante a intubação endotraqueal em
crianças.
segundos (10/min) sem interromper as Para pacientes com
Novos estudos mostraram que o
uso rotineiro da pressão cricoide reduz as pressão arterial no momento da PCR, é
Novos dados mostram que taxas de sucesso da intubação e não reduz aconselhável que os socorristas usem
frequências mais altas de ventilação (no a taxa de regurgitação. O grupo de redação pressão arterial diastólica para avaliar a
qualidade da RCP.
para interromper a pressão cricoide se ela
estão associadas a taxas melhores de RCE interferir na ventilação ou na velocidade e Para pacientes com moni­
e de sobrevivência em PCRIH pediátrica. facilidade da intubação. toramento hemodinâmico invasivo no
Embora não haja dados sobre a frequên­ momento da PCR, pode ser aconselhável
cia de ventilação ideal durante a RCP sem os socorristas usarem pressão arterial para
Ênfase na administração precoce da orientar a qualidade da RCP.
via aérea avançada ou para crianças em
parada respiratória com ou sem via aérea epinefrina
Para pacientes pediátri­ torácicas de alta qualidade é vital para res­
recomendação para parada respiratória foi
cos em qualquer situação, é aconselhável
administrar a dose inicial de epinefrina em mostra que, entre os pacientes pediátricos
que recebem RCP com acesso arterial,
TET com cuff as taxas de sobrevivência com resultado
neurológico favorável foram melhoradas se
É aconselhável escolher É aconselhável administrar a a pressão arterial diastólica estivesse em,
epinefrina na PCR pediátrica.
para intubar bebês e crianças. Quando um

22 American Heart Association


Suporte báSico e avançado de vida pediátrico

depois do RCE da AHA destaca a importância do suporte


a escolha de vasopressor ou o uso
Quando houver recursos momento, para chegar ao melhor resultado de corticoides no choque séptico.

controlados sugerem que a epinefrina é


superior à dopamina como o vasopressor
uma PCR em pacientes com encefalopatia inicial no choque séptico pediátrico e
persistente. Bolus de fluido a norepinefrina também é adequada.
Recomendamos tratar as Em pacientes com
choque séptico, é aconselhável adminis­ corticoides em alguns pacientes
É aconselhável tratar o pediátricos com choque séptico refratário.
estado epilético não convulsivo depois da 20 mL/kg com reavaliação frequente.
PCR em consulta com especialistas. A administração de um bolus Choque hemorrágico

e crianças com choque é aconselhável, Entre os bebês e as crianças


para o diagnóstico de convulsão deve ser
com choque hemorrágico depois de
imediatamente realizada e interpretada e
como sepse intensa, malária intensa e trauma, é aconselhável administrar deri­
depois deverá ser monitorada com frequ­
ência ou continuamente em pacientes em dengue.
vez de cristaloides, para ressuscitação de
coma depois de RCE.
Os mesmos regimes anti­
convulsivos para o tratamento do estado Em bebês e crianças com não diferenciaram o tratamento de choque
epilético causado por outras etiologias ­ hemorrágico de outras causas de choque
pode ser considerado depois da PCR. selhável usar epinefrina ou norepinefrina
Pela primeira vez, as diretrizes como infusão vasoativa inicial. maior de evidências (na maior parte de
Em bebês e crianças com adultos, mas com alguns dados pediátri­

depois da PCR. Crises não convulsivas, epinefrina ou a norepinefrina não estive­ precoce equilibrada usando concentrado
incluindo estado epilético não convulsivo, de hemácias e plasma e plaquetas frescos
são comuns e não podem ser detecta­ considerada. congelados. A ressuscitação equilibrada é

os dados de resultados da população sociedades de trauma internacionais e dos


Administração de corticosteroide
epilético convulsivo e o não convulsivo
Para bebês e crianças com
estão associados a resultado ruim e o
choque séptico que não respondem aos
nos pacientes pediátricos em geral. Para os pacientes em
pode ser aconselhável considerar corticoi­
des de dose de stress. parada respiratória, a ventilação de resgate
ou a ventilação com bolsa­máscara
deverá ser mantida, até que a respiração
a terapia inicial principal para bebês e espontânea retorne, e as medidas de SBVP
Recomendamos que os sobre­ crianças em choque, especialmente em ou SAVP padrão devem continuar se o
viventes de PCR pediátrica sejam avaliados choque hipovolêmico e choque séptico, retorno da respiração espontânea não
com relação à necessidade de serviços de ocorrer.
reabilitação. a morbidade. Em estudos recentes de
pacientes com choque séptico, os que Para um paciente com
É aconselhável encaminhar suspeita de overdose de opioides que tem
os sobreviventes de PCR pediátrica para ou que tiveram ressuscitação mais rápida
­ ou apenas gasping (ou seja, uma parada
menos um ano depois da PCR. respiratória), além de fornecer SBVP ou
­ SAVP padrão, é aconselhável que os
Há um reconhecimento cada socorristas administrem naloxona intra­
rem de ventilação mecânica. O grupo de
vez maior de que a recuperação da PCR muscular ou intranasal.
­
continua por muito tempo depois da hos­
teriores para reavaliar os pacientes depois Para os pacientes que se
pitalização inicial. Os sobreviventes podem
sabe ou se suspeita estarem em PCR, na
cristaloides ou coloides para ressuscita­
médico, de reabilitação, de cuidadores e
ção de choque séptico. com o uso de naloxona, medidas de res­
da comunidade nos meses e anos depois

eccguidelines.heart.org 23
suscitação padrão deverão ter prioridade Miocardite SVE depois da paliação de
ante a administração da naloxona, com Norwood Fase I pode ser útil para tratar
foco na RCP de alta qualidade (compres­ Devido ao alto risco de PCR DO2 sistêmico baixo.
em crianças com miocardite aguda que
Na situação de obstrução
conhecida ou suspeita de shunt, é acon­
naloxona intramuscular ou intranasal em selhável administrar oxigênio, agentes
todos os pacientes que não respondem vasoativos para aumentar a pressão de
transferência para monitoramento e trata­
em uma emergência potencialmente fatal perfusão do shunt e heparina (de bolus
de ressuscitação associada a opioides de 50 a 100 unidades/kg), enquanto se
pode ser adequada como complemento Para crianças com miocardite ou prepara para um intervenção cirúrgica ou
aos protocolos convencionais de primeiros ­ ou por cateter (hemodinâmica).
socorros e de SBV prestado por pessoas tário, o uso pré­PCR de SVE ou de suporte
Para neonatos antes do
reparo de Fase I com hipercirculação pul­
Os socorristas de SAVC 2
sistêmico
oferecem suporte à ventilação e ­ baixo, é aconselhável ter como meta uma
administram naloxona aos pacientes suscitação bem­sucedida de crianças com PaCO2
miocardite e cardiomiopatia, depois de a conseguido durante a ventilação mecâni­
parada respiratória associada a opioides PCR ter ocorrido, a consideração precoce ca, reduzindo a ventilação por minuto ou
ou depressão respiratória intensa. A administrando analgesia/sedação com ou
ventilação com bolsa­máscara deve ser sem bloqueio neuromuscular.
Embora a miocardite seja respon­
mantida até que a respiração espontânea
Neonatos em um estado de
retorne, e as medidas de SAVC padrão
repentinas em bebês11 pré parada devido à elevação da taxa de
devem continuar se o retorno da
cardiovasculares repentinas em crianças11 ­
respiração espontânea não ocorrer.
­ co antes do reparo do Estágio I pode se
Não podemos fazer res repentinas em atletas, as diretrizes de CO2
nenhuma recomendação com relação SAVP anteriores 12,13 não continham reco­ que pode ser conseguida durante a ven­
à administração de naloxona em PCR tilação mecânica, reduzindo a ventilação
por minuto, aumentando a fração de CO2
ou administrando opioides com ou sem
A epidemia de opioides não
poupou nem as crianças. Nos Estados 14

otratamento de pacientes pós­operatória


de 15 a 24 anos e muitas outras crianças o tratamento de pacientes em Fase I
precisaram de ressuscitação. As diretrizes

para o tratamento de crianças com parada Para os pacientes em estado


respiratória ou PCR por overdose de
opioides. O monitoramento direto
(cateter na veia cava superior) e/ou cavopulmonar e hipoxemia intensa devido
indireto (espectroscopia infravermelha por
para adultos e crianças, exceto que a RCP (Qp), estratégias de ventilação que objeti­
aproximação) da saturação de oxigênio pode
de compressão­ventilação é recomendada vem uma acidemia respiratória leve e uma
tratamento direto do neonato gravemente ­
suspeita de PCR. A naloxona pode ser doente depois da paliação de Norwood de lectasia podem ser úteis para aumentar a
administrada por socorristas treinados, Fase 1 ou da colocação de shunt. oxigenação arterial cerebral e sistemática.
leigos com treinamento focado e leigos
No paciente com um shunt SVE em pacientes com anasto­
não treinados. Algoritmos de tratamento
adequadamente restritivo, a manipulação mose cavopulmonar superior ou com
separados de manejo de emergências de
da resistência vascular pulmonar pode circulação de Fontan pode ser considerada
ressuscitação associadas a opioides são
ter pouco efeito, enquanto a redução da para tratar DO2
fornecidos para os leigos, que não podem
resistência vascular sistêmica com o uso
de vasodilatadores sistemáticos (antago­ ventricular ou revisão cirúrgica.
PCREH associada a opioides é o assunto nistas alfa­adrenérgicos e/ou inibidores de
fosfodiesterase tipo III), com ou sem o uso
de oxigênio, pode ser útil para aumentar a
2020.10
administração sistêmica de oxigênio (DO2.) ­

24 American Heart Association


Suporte de vida neonatal

esquerdo hipoplásico, se estendem por Realize o manejo e o monitora­ apesar da terapia médica ideal, o SVE pode
15
A mento respiratório cuidadosos para evitar a ser considerado.
ressuscitação desses bebês e crianças é hipóxia e a acidose no tratamento pós­opera­
Considere a administração de
complexa e difere de formas importantes do tório da criança com hipertensão pulmonar.
atendimento padrão para SAVP. As diretri­
Para pacientes pediátricos em aerossol ou semelhante para reduzir a
zes anteriores para SAVP não continham
com alto risco de crises de hipertensão resistência vascular pulmonar.
pulmonar, administre os analgésicos, seda­
­ A hipertensão pulmonar, uma
tivos e agentes de bloqueio neuromuscular
doença rara em bebês e crianças, está
adequados.
associada à morbidade e à mortalidade
14
Para o tratamento inicial de ­
crises de hipertensão pulmonar, a ad­ cializado. As diretrizes de SAVP anteriores
ministração de oxigênio e a indução de
alcalemia por meio da hiperventilação ou tratamento da hipertensão pulmonar em
da administração de solução alcalina pode
ou prostaciclina devem ser usados ser útil enquanto os vasodilatadores pul­ são consistentes com as diretrizes sobre
como a terapia inicial para tratar crise de hipertensão pulmonar pediátrica publica­
­ das pela AHA e pela American Thoracic
Para crianças que desen­
Society em 2015 e com as recomen­
volvem hipertensão pulmonar refratária,
aumento da resistência vascular pulmonar.
14

• A oximetria de pulso é usada para guiar


que, acreditamos, terão um impacto oxigenoterapia e atingir as metas de
1 de cada 10 desses recém­nascidos pre­ saturação de oxigênio.
cisarão de ajuda para fazer a transição do
• A aspiração endotraqueal de rotina
Resumo dos principais pontos de para bebês vigorosos e não vigorosos
sala cheia de ar. É essencial que cada re­
cém­nascido tenha um cuidador dedicado meconial (LAM) não é recomendada.
• A ressuscitação de recém­nascido
para facilitar essa transição e que esse
requer antecipação e preparação A aspiração endotraqueal é indicada
cuidador seja treinado e equipado para a
apenas se houver suspeita de
função. Além disso, uma proporção signi­
individualmente ou como equipes. obstrução de vias aéreas depois da
realização de ventilação com pressão
de uma transição facilitada apresentam • A maioria dos bebês recém­nascidos
positiva (VPP).
não requerem pinçamento imediato
treinado adicional. Todos os ambientes do cordão umbilical ou ressuscitação •
perinatais devem estar prontos para esse e podem ser avaliados e monitorados realizadas se houver uma resposta de
cenário. durante o contato pele com pele com a
O processo de facilitar a transição está mãe no nascimento. depois de etapas adequadas de
descrito no algoritmo de ressuscitação correção da ventilação, que incluem, de
• A prevenção da hipotermia é um
neonatal, que começa com as preferência, intubação endotraqueal.
foco importante para a ressuscitação
necessidades de todos os recém­nascido neonatal. A importância do contato de •
e continua para as etapas que abordam pele com pele em bebês saudáveis é
as necessidades de recém­nascidos que reforçada como meio de promover o
apresentam risco. Nas diretrizes de 2020,
normotermia. • Quando o acesso vascular é necessário
seguir o algoritmo, incluindo antecipação
• em bebês recém­nascidos, a via venosa
e preparação, manejo do cordão umbilical
são a prioridade em bebês recém­ umbilical é preferida. Quando o acesso IV é
nascidos que precisam de suporte inviável, o acesso IO pode ser considerado.
depois do nascimento. •
terapias intravasculares, suspensão e • torácicas for ruim, pode ser
interrupção da ressuscitação, tratamento é o indicador mais importante de aconselhável administrar epinefrina, de
pós­ressuscitação e fatores humanos preferência intravascular.
e desempenho. Aqui, destacamos

eccguidelines.heart.org 25
• Recém­nascidos que não respondem de tratamento prolongado de pele com precisam de acesso vascular para infusão
à epinefrina e têm histórico ou exame pele depois da ressuscitação inicial e/ de epinefrina e/ou expansores de volume.
consistente com perda de sangue ou da estabilização mostrou redução na A cateterização venosa umbilical é a
podem exigir a expansão do volume. mortalidade, melhora na amamentação, técnica preferida na sala de parto. O
redução no tempo de internação e acesso IO é uma alternativa se o acesso
• Se todas essas etapas de ressuscitação
melhora no ganho de peso em bebês venoso umbilical não for viável ou o trata­
prematuros e de baixo peso. mento estiver sendo fornecido fora da sala
de parto. Vários relatos de caso descreve­
em 20 minutos, o redirecionamento do
tratamento deverá ser discutido entre a posicionamento da agulha IO.
mecônio está presente
Para recém­nascidos
não vigorosos (com apneia ou esforço de
Em bebês recém­nascidos
que recebem ressuscitação, se não houver
amniótico meconial, a laringoscopia de
rotina com ou sem aspiração endotraqueal
as etapas de ressuscitação tiverem sido
não é recomendada.
Todo nascimento deve ser realizadas, o encerramento dos esforços de
­ Para recém­nascidos não ressuscitação deverão ser discutidos entre
sional que possa realizar as etapas iniciais
de ressuscitação de recém­nascido e meconial com evidências de obstrução de razoável para essa consideração nas metas
iniciar VPP e cuja única responsabilidade via aérea durante a VPP, intubação e aspi­ de tratamento é de 20 minutos depois do
seja o atendimento ao recém­nascido. nascimento.
Para oferecer suporte a uma Quando o mecônio está Em um bebê recém­nasci­
transição tranquila e segura do recém­ presente, a intubação de rotina para
nascido do útero para o ar, todo aspiração traqueal neste cenário não é adequado considerar a interrupção da
nascimento deve ter pelo menos uma é indicada, pois não há evidências
pessoa cuja responsabilidade principal permanecer indetectável por 10 minutos.
é o recém­nascido e que seja treinada e recomendar essa prática.
equipada para começar VPP sem atraso. Os recém­nascidos que não
Estudos observacionais e de melhoria de respondem aos esforços de ressuscitação
meconial que não estão vigorosos ao durante aproximadamente 20 minutos
qualidade indicam que essa abordagem
nascer, as etapas iniciais e VPP podem têm uma baixa probabilidade de sobrevi­
ser realizadas. A aspiração endotraqueal
que apresentam risco, promove o uso
é indicada apenas se houver suspeita de
obstrução da via aérea depois da rea­ de ressuscitação é sugerido, enfatizando
lização da VPP. Evidências de ensaios o envolvimento dos pais e da equipe de
de ressuscitação neonatal em locais com ressuscitação, antes de redirecionar o
poucos recursos mostrou uma redução tratamento.
meconial tenham os mesmos resultados
em natimortos e na mortalidade em sete
dias.
(sobrevivência, necessidade de suporte Desempenho humano e do sistema
respiratório), quer sejam aspirados antes
Para os participantes que
Controle de temperatura para bebês e a aspiração endotraqueal diretas não são foram treinados em ressuscitação neona­
necessárias rotineiramente para recém­ tal, treinamento de reforço individual e da
equipe deve ocorrer mais frequentemente
Colocar os bebês recém­nas­ que a cada dois anos e a uma frequência
cidos que não precisam de ressuscitação com evidências de obstrução da via aérea que ajude na retenção de conhecimento,
no contato pele com pele depois do quando recebem a VPP. habilidades e comportamentos.
a amamentação, o controle de temperatura Estudos que exploraram a
e a estabilidade da glicemia.
saúde ou os estudantes da área da saúde
Evidências de uma revisão Para bebês que precisam de
devem treinar não mostraram diferenças nos
sistemática da Cochrane mostrou acesso vascular no momento do parto, a
resultados dos pacientes, mas conseguiram
que o contato pele com pele logo no veia umbilical é a via recomendada. Se o
mostrar algumas vantagens no desempenho
acesso IV não for viável, pode ser aconse­
e no conhecimento psicomotor e na con­
nascidos saudáveis. Além disso, duas lhável usar o acesso IO.
metanálises de ensaios aleatórios Recém­nascidos que não respon­
controlados e de estudos observacionais Sugere­se que o treinamento­tarefa de res­

26 American Heart Association


ciência da educação em reSSuScitação

suscitação neonatal ocorra com frequência 12 meses depois do treinamento. Obser­ recursos. Para antecipação e preparação
maior que o intervalo atual de 2 anos. vou­se que treinamento curto e frequente
de reforço melhora o desempenho em melhorar o desempenho com prática
Estudos educacionais sugerem
estudos de simulação e reduz a morta­ frequente.
que o conhecimento e as habilidades de
lidade neonatal em cenários de poucos
ressuscitação cardiopulmonar cai nos 3 a

Ciência da educação em ressuscitação


• Para os leigos, o treinamento •
melhoria dos resultados de sobrevivência autodirigido, isolado ou em combinação concluir um curso de SAVC para adultos
com treinamento facilitado por instrutor, ou equivalente.
é recomendado, para melhorar a
• O uso de treinamento de RCP,
disposição e a habilidade de realizar
treinamento em massa, campanhas de
consistentemente a ciência que apoia o RCP. O maior uso do treinamento
conscientização de RCP e a promoção
tratamento baseado em evidências de PCR. autodirigido pode remover um
de RCP apenas com as mãos devem
O design instrutivo baseado em evidências obstáculo para treinamento mais
continuar de forma disseminada
é vital para melhorar o desempenho do disseminado de leigos em RCP.
• Crianças no ensino fundamental e no aumentar a prevalência de RCP por
ao paciente depois da PCR. Os recursos de
ensino médio devem ser treinadas para pessoa presente no local e melhorar os
design instrutivo são os ingredientes ativos
fornecer RCP de alta qualidade. resultados da PCREH.
e os principais elementos dos programas
de treinamento de ressuscitação, que • O treinamento in situ (ou seja, educação
determinam como e quando o conteúdo é
fornecido aos alunos. reais) pode ser usado para melhorar
Nas diretrizes de 2020, fornecemos os resultados do aprendizado e o
desempenho da ressuscitação.
de design instrutivo no treinamento de • Realidade virtual, que é o uso de uma para o domínio
ressuscitação e descrevemos como interface de computador para criar um
A incorporação de um modelo
ambiente imersivo e o aprendizado
de prática deliberada e de aprendizagem
, que é jogar e competir com
sobre ressuscitação. Aqui, destacamos outros alunos, pode ser incorporado
básico ou avançado de vida podem ser
no treinamento de ressuscitação para
considerados para a melhoria de aquisição
educação que acreditamos que terão um
de habilidades e de desempenho.
• Os leigos devem receber treinamento
uma PCR. A prática deliberada é uma
abordagem de treinamento em que os
Resumo dos principais pontos de de overdose de opioides, incluindo a
alunos recebem uma meta individual a
administração de naloxona. ser atingida, feedback imediato sobre
• O treinamento de RCP para pessoas seu desempenho e tempo amplo para
• O uso de prática deliberada e de presentes no local deve objetivar repetição para melhorar o desempenho.
A Aprendizagem para o domínio
o treinamento de suporte de vida e a como o uso de treinamento e testes
incorporação da repetição com feedback demonstraram taxas inferiores de prática deliberada que incluem um
historicamente de RCP por pessoas
melhorar a aquisição das habilidades. presentes no local. O treinamento de
• Treinamento de reforço (ou seja, RCP deve abordar barreiras relacionadas
ao gênero para melhorar as taxas de RCP Evidências sugerem que a incorporação
deve ser adicionado ao aprendizado realizadas por pessoa presente no local. do modelo de prática deliberada e de
massivo (ou seja, baseado em curso • Os sistemas de SME devem monitorar
tradicional) para ajudar na retenção de suporte básico ou avançado de vida
das habilidades de RCP. Desde que os melhora vários resultados do aprendizado.
alunos individuais possam participar variabilidade na exposição entre os

sistema de SME pode ser auxiliada espaçada


pela implementação de estratégias
aprendizado massivo. direcionadas de treinamento Recomendamos implementar
complementar e/ou ajustes da equipe. ­

eccguidelines.heart.org 27
dagem de aprendizagem massiva para melhorada, retenção de conhecimento
treinamento de ressuscitação. mais autodirecionado pode levar a uma e habilidades de RCP) com essas
proporção mais alta de socorristas leigos modalidades. Os programas que procuram
É aconselhável usar uma
treinados e, portanto, pode aumentar
abordagem de aprendizagem espaçada no
as chances de um socorrista leigo estar ou a realidade virtual devem considerar
lugar de uma abordagem de aprendizagem
custos de inicialização altos associados à
em massiva para treinamento de ressusci­
necessário. Treinar crianças em idade compra de equipamentos e de software.
tação.
A inclusão de sessões de treina­ e atitude positiva com relação à realização
mento de reforço de RCP. Oferecer treinamento para RCP a
e frequentes focadas na repetição de con­ essa população ajuda a criar um quadro de
para socorristas leigos
teúdo anterior, nos cursos de ressuscitação socorristas leigos treinados na comunidade.
É aconselhável que os socor­
melhora a retenção das habilidades de RCP.
ristas leigos recebam treinamento para
Educação in situ responder a overdose de opioides, incluin­
deve ser equilibrada com relação à do a disponibilidade de naloxona.
disponibilidade do aluno e à existência de É aconselhável realizar um trei­
recursos que ajudam na implementação de namento de ressuscitação com simulação As mortes por overdose de opioides
treinamento de reforço. Estudos mostram in situ, além do treinamento tradicional.
que cursos de aprendizagem espaçada, ou última década. Vários estudos descobriram
Pode ser aconselhável rea­ que o treinamento de ressuscitação dire­
lizar treinamento de ressuscitação com cionado para usuários de opioides e suas
simulação in situ no lugar do treinamento
comparados a cursos administrados tradicional. mais altas de administração de naloxona em
em um único evento de treinamento.
A simulação in situ refere­se a ativi­ doses testemunhadas.
A participação do aluno em todas as
dades de treinamento realizadas nas áreas
conclusão do curso, pois novo conteúdo é
reais de atendimento ao paciente, que tem Disparidades na educação
a vantagem de fornecer ambiente de trei­
apresentado em cada sessão.
namento mais realista. Novas evidências Recomendamos direcionar
mostram que o treinamento no ambiente in e adaptar quanto aos aspectos éticos
Treinamento de socorrista leigo situ, isolado ou em combinação com o trei­ e raciais para o treinamento de RCP de
namento tradicional, pode ter um impacto
Pode­se considerar
positivo nos resultados da aprendizagem
uma combinação de autoaprendizagem É aconselhável abordar as
(por exemplo, tempo mais rápido para re­
e ensino ministrado por instrutores, com barreiras à RCP por pessoa presente no
treinamento prático, como alternativa
da equipe) e resultados do paciente (por
aos tradicionais cursos conduzidos por treinamento educativo e iniciativas de
exemplo, melhoria da sobrevivência e dos
instrutores para socorristas leigos. Se o conscientização pública.
resultados neurológicos).
treinamento facilitado por instrutor não As comunidades com baixo status
­ Ao realizar a estimulação in situ, os
do é recomendado para socorristas leigos. predominantemente negras e hispânicas,
riscos, como misturar suprimentos de
Recomendamos treinar crianças treinamento com suprimentos médicos reais. têm menores taxas de RCP por pessoa
do ensino fundamental e do ensino médio presente no local e de treinamento de RCP.
sobre como realizar RCP de alta qualidade. As mulheres também têm menos probabili­
dade de receber RCP por pessoa presente
Pode­se considerar uma no local, o que pode ocorrer porque as
combinação de autoaprendizagem e pessoas presentes no local temem ferir as
ensino ministrado por instrutor, com O uso de aprendizagem
treinamento prático, como alternativa na mulher de forma inadequada.
aos tradicionais cursos conduzidos por considerado para treinamento de suporte
instrutores para socorristas leigos. Se O direcionamento para educação em
básico ou avançado de vida para socorris­

com instrutores, pode­se considerar o aspectos populacionais étnicos, raciais


treinamento autodirigido para socorristas
incorpora competição ou jogo em torno abordar diferenças de gênero pode
leigos que estejam aprendendo as
do tópico de ressuscitação e a realidade eliminar as disparidades no treinamento
habilidades com um DEA.
virtual usa uma interface de computador e da RCP realizada por pessoa presente
Estudos descobriram que o que permite ao usuário interagir com no local, melhorando os resultados da
autotreinamento ou o treinamento um ambiente virtual. Alguns estudos

treinamento facilitado por instrutor para os resultados da aprendizagem (por


treinamento para RCP para socorrista exemplo, aquisição de conhecimento

28 American Heart Association


ciência da educação em reSSuScitação

historicamente inferiores.
abordar barreiras relacionadas ao gênero para melhorar

presente no local
­
É aconselhável que os siste­ sionais da saúde participar de um curso É aconselhável aumentar a
mas de SME monitorem a exposição da de SAVC para adultos ou treinamento disposição de pessoas presentes no local
­ equivalente. para realizar RCP por meio de treinamento
tir que as equipes de tratamento tenham Há mais de 3 décadas, o curso de RCP, iniciativas de conscientização de
pessoas competentes para atendimento a de SAVC tem sido reconhecido como um RCP e promoção de RCP apenas com as
casos de PCR. A competência das equipes componente essencial do treinamento mãos.
pode ser ampliada por meio de estratégias
A realização imediata de RCP
de formação da equipe ou de treinamento. tratamento agudo. Estudos mostram que por pessoa presente no local aumenta a
as equipes de ressuscitação com um ou
mais membros treinados em SAVC têm RCP. Treinamento de RCP, treinamento de
do SME a casos de PCR está associada melhores resultados com o paciente. RCP em massa, iniciativas de conscientiza­
a melhora nos resultados do paciente, ção de RCP e a promoção de RCP apenas
incluindo taxas de RCE e sobrevivência. com as mãos estão, todos, associados
Como a exposição pode ser variável, a aumento nas taxas de RCP por pessoa
recomendamos que os sistemas de SME presente no local.
monitorem a exposição do socorrista e
desenvolvam estratégias para abordar a
baixa exposição.

eccguidelines.heart.org 29
Sistemas de tratamento
A sobrevivência depois da PCR requer um variada para entender quais componen­ sociada a tempos de resposta mais curtos
sistema integrado de pessoas, equipamen­ tes desses sistemas estão associados a das pessoas presentes no local, taxas mais
altas de RCP por pessoas presentes no
presentes no local com disposição, proprie­
• Suportes cognitivos podem melhorar
tários de estabelecimentos que têm DEA, taxas mais altas de sobrevivência depois da
o desempenho da ressuscitação por
telecomunicadores do serviço de emergên­ alta hospitalar para pessoas que apresen­
leigos não treinados, mas em cenários tam PCREH. As diferenças nos resultados
cia e socorristas de SBV e SAV que trabalham
nos sistemas de SME, todos contribuem para
da RCP. Mais desenvolvimento e observacionais. O uso da tecnologia de
uma ressuscitação bem­sucedida de PCREH.
estudo são necessários antes desses telefone celular ainda precisa ser estudada
Nos hospitais, o trabalho de médicos, dos
sistemas poderem ser completamente
enfermeiros, dos terapeutas respiratórios,
endossados.
ajuda nos resultados da ressuscitação. • Conhece­se surpreendentemente pouco prioridade para pesquisa futura, incluindo o
sobre os efeitos das suportes cognitivos impacto desses alertas nos resultados da
no desempenho das equipes de SME e PCR em vários contextos de pacientes, de
dos fabricantes de equipamentos, das de ressuscitação intra­hospitalar.
empresas farmacêuticas, dos instrutores • Embora os centros de PCR ofereçam Registros de dados para melhorar o
de ressuscitação, dos desenvolvedores
de diretrizes e de muitos outros. A em todos os hospitais, a literatura desempenho do sistema
sobrevivência no longo prazo requer suporte
resultados da ressuscitação é variada.
que tratam os pacientes de PCR coletem
incluindo especialistas em reabilitação e
• O feedback da equipe é importante. dados e resultados do processo de atendi­
mento.
melhoram o desempenho das equipes
com a melhoria da qualidade em todos Muitos setores, inclusive a área
de saúde, coletam e avaliam os dados de
posteriores.
obtenção de resultados bem­sucedidos. desempenho para medir a qualidade e iden­
• O feedback de todo o sistema é
Resumo dos principais pontos de importante. A implementação de coleta
e de análise de dados estruturados por meio da participação em registros de
melhora os processos de ressuscitação
• A recuperação continua muito tempo e a sobrevivência intra e extra­hospitalar. processos de atendimento (por exemplo,
depois da hospitalização inicial e é dados de desempenho de RCP, tempos de
um componente vital das cadeias de ­
sobrevivência da ressuscitação. sultados do atendimento (por exemplo, RCE,
• Os esforços para apoiar a habilidade e sobrevivência) associados à PCR.
a disposição dos membros do público Três iniciativas desse tipo são o registro
geral em realizar RCP e usar um DEA Get With The Guidelines­Resuscitation da
socorristas AHA (para PCRIH), o Registro de PCR para
melhora os resultados de ressuscitação
nas comunidades. melhoria da sobrevivência (para PCREH)
O uso de tecnologia de telefones
celulares pelos sistemas dos atendentes do
• Métodos novos de usar a tecnologia de
de emergência para alertar as pessoas Consórcio para desfechos da RCP
telefone celular para alertar socorristas
dispostas presentes no local com relação a (para PCREH) e existem também muitos
leigos de eventos que precisem de RCP
são promissoras e merecem mais estudo. eventos próximos que possam necessitar
de RCP ou o uso de DEA é aconselhável. sistemática do ILCOR de 2020 descobriu
• Os telecomunicadores do sistema de que a maioria dos estudos que avaliam o
emergência podem instruir as pessoas Apesar do papel reconhecido dos impacto dos registros de dados, com ou
presentes no local a realizar RCP apenas primeiros socorristas leigos na melhora dos sem relatos públicos, demonstram melhoria
com as mãos para adultos e crianças. A resultados da PCREH, a maioria das comuni­
dades apresentam baixas taxas de RCP por comunidades que participaram em registros
pessoa presente no local e de uso de DEA. de de PCR.

e equipes de resposta rápida podem ­
evitar uma PCR em hospitais adultos tas leigos por meio de um aplicativo ou de
e pediátricos, mas a literatura é muito mensagem de texto no smartphone está as­

30 American Heart Association


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eccguidelines.heart.org 31
Para obter mais informações sobre os cursos e programas de salvamento
da American Heart Association, entre em contato conosco:
international.heart.org

2020
CPR
CPR & ECC
GUIDELINES

7272 Greenville Avenue


Dallas, Texas 75231-4596, USA
www.heart.org

JN-1088 10/20
32 American Heart Association

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