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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS


CURSO DE PSICOLOGIA - CAMPUS MIRACEMA
DISCIPLINA DE ÉTICA E PSICOLOGIA
PROF. DR. ELOY SAN CARLO MAXIMO SAMPAIO

ATIVIDADE AVALIATIVA N1

João Roberto Abreu1

Relatório

A priori, a psicóloga Laís Karolinny se apresentou como atuante na área clínica,


especialista em Psicologia do Trânsito e ex-trabalhadora no Conselho Regional de Psicologia
do Tocantins. Isto posto, começou apresentando a historicidade da criação do Sistema
Conselhos de Psicologia, constituído pelo federal e 24 conselhos regionais atualmente
divididos entre estados. Assim, a criação dos conselhos se deu a partir da Lei Federal n.º
5.755, de 20 de dezembro de 1971 e foi constituído com o fim de oferecer uma melhor
profissão para a sociedade, negando o caráter protecionista de outros Conselhos, mas sim,
acompanhar a qualidade técnica e ética dos serviços prestados.

Com isso, explanou sobre os Exercícios Profissionais de Psicólogos decretado em 17


de junho de 1977, que aponta para o exercício da profissão somente mediante a Carteira de
Identidade Profissional, expedida pelo CRP, assim como pode ser exigida por qualquer
interessado na verificação da habilitação profissional, sendo assim, aquele que não possui sua
carteira não será psicólogo mas somente bacharel em psicologia, estando limitado a somente
algumas profissões não-práticas. Não obstante, as obrigações fiscais dizem respeito à
anuidade do Conselho, pauta essa que segundo Laís, está aberta para debate e voto sobre o
valor, porém falta a movimentação dos psicólogos para abaixar o valor. Em concordância, o
sindicato dos psicólogos no Tocantins encontra-se sucateado com pouquíssimos trabalhadores
sindicalizados; de caráter associativo, a Contribuição Sindical e o Imposto sindical favorecem
a atuação nos acordos com a sociedade em relação aos direitos e precariedades do trabalho.

Dito isso, as atribuições do Sistema Conselhos estão fundamentadas em orientar,


fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão no Brasil a fim de assegurar os direitos da
população que usufrui desses serviços. Em concordância, a estrutura do CRP se organiza em
polos interestaduais, atualmente com 24, sendo que alguns abarcam mais de um estado. Em
1
Estudante do curso de Psicologia da Universidade Federal do Tocantins, Campus Miracema, UFT. (Email:
joao.roberto@mail.uft.edu.br)
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relação ao Tocantins, era a sessão de base do CRP de Goiás até 2013, sendo o atendimento
aos psicólogos do estado bastante precarizado, os psicólogos do Tocantins decidiram fundar o
CRP-TO com menos de 800 psicólogos que apesar das precariedades caminhavam para uma
administração mais centralizada.

No que tange às Instâncias Deliberativas desse Sistema, o CNP (Congresso Nacional


de Psicologia) é a instância máxima de deliberação, responsável por estabelecer as diretrizes
para a atuação dos conselhos, realizado trienalmente. Abaixo do CNP, está a APAFS
(Assembleia das Políticas Administrativas e Financeiras) constituída por representantes dos
conselhos, é responsável por deliberar sobre questões administrativas e financeiras. Em
relação ao órgão deliberativo, a Assembléia Geral é composta por psicólogos com inscrição
principal no CRP e onde é votado, como exemplo, o valor da anuidade daquele respectivo
ano, realizado em todo mês de maio; além da Assembléia, existe o Plenário CRP que é
constituído pelo conjunto dos Conselheiros eleitos diretamente por psicólogos inscritos e
ativos a cada triênio.

Doravante, a composição do CRP está estruturada em: Plenário, diretoria e as


comissões permanentes e especiais, sendo as comissões permanentes a de Orientação e
Fiscalização (COF), composta por no mínimo 3 psicólogos indicados em plenário e um
conselheiro efetivo, em concordância, a segunda Comissão Permanente diz sobre Orientação e
Ética (COE) e compete à apuração acerca da prática de infrações disciplinares e a instrução
dos processos previstos no Código de Processamento Disciplinar (CPD). Não obstante, a
Comissão Regional de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas se refere à
promoção de pesquisas, sistematização, análise e divulgação de informações acerca da prática
profissional da categoria que atua em políticas públicas, existindo também comissões
relacionadas a Licitação de Patrimônio, Administração do Inventário Anual e a relacionada à
concessão de título de especialista, em que o Conselho reconhece através da análise
documental o título de especialista em diversas áreas de atuação.

Em relação às Comissões Especiais, são criadas por iniciativa do Plenário para tratar
de assuntos específicos, como âmbitos da psicologia e assuntos tangenciais como
interiorização. Além disso, as principais funções administrativas do CRP dizem respeito a
inscrição de Pessoa Física (provisória e definitiva), inscrição secundária, transferência, 2º via
de carteira profissional, interrupção temporária de anuidade, atualização cadastral e inscrição
de Pessoa Jurídica. Sobre as principais funções, a orientação e a fiscalização em relação às
legislações vigentes são realizadas sobre condições físicas do local de trabalho, sigilo,
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condições técnicas como elaboração de documentos e as normas para a utilização de testes


psicológicos.

Não obstante, torna-se viável as visitas de Fiscalização, que quando encontradas


irregularidades, o psicólogo será orientado a saná-las assim como é dado um prazo de retorno
para averiguação e, quando não houver as adequações, é encaminhado uma notificação para a
COE que seguirá com as providências necessárias. Essas possíveis penalidades são escaladas
em: Advertência, multa, censura pública, suspensão do exercício profissional por até 30 dias e
a cassação do exercício profissional. Porém, é necessário pontuar a promoção de ações de
orientação e a posição do CRP anti-punitivista.

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