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DENISE FIGUEIRÓ TORRES

INCLUSÃO DE UMA ALUNA COM SÍNDROME DE WEST NUMA

ESCOLA INFANTIL

Ijui
2011

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DENISE FIGUEIRÓ TORRES

INCLUSÃO DE UMA ALUNA COM SÍNDROME DE WEST

NUMA ESCOLA INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade


Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul -
UNIJUÍ como requisito final do Curso de Especialização lato
sensu Educação Especial - Deficiência Mental e Transtornos
e dificuldades de aprendizagem para obtenção do título de
especialista em Educação Especial.

Orientadora: Profª. Mestre: Dulcilene Alves de Melo

Ijui
2011
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DENISE FIGUEIRÓ TORRES

INCLUSÃO DE UMA ALUNA COM SÍNDROME DE WEST NO

NUMA ESCOLA INFANTIL

Este exemplar corresponde à redação final


aprovada do Trabalho de Conclusão de Curso
de Denise Figueiró Torres.

Data da aprovação:________________

Assinatura:___________________________

Orientadora: Profª. Mestre: Dulcilene Alves Melo


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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho em especial a minha família que é o motivo pelo qual
busco me superar cada vez mais, sei que essa jornada não foi só minha, por que ao
meu lado caminhavam pessoas que acreditavam em mim, em meus sonhos...
Reconheço que nestes anos em muitos momentos não estive presente, por muitas
vezes não choramos ou sorrimos juntos; o tempo era curto, rápido e não nos
esperava... Mas vocês me compreendiam e torciam por mim. Saibam que foram
muito importantes! E agora compartilho com vocês minha alegria, quero sorrir,
chorar, beijar e dizer que os amo muito.

Obrigado por TUDO.


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AGRADECIMENTOS

Á Deus, por sempre estar ao meu lado, nas quedas, nas fraquezas, nas
alegrias e tristezas, nas desilusões e controvérsias, vitórias e derrotas. Agradeço por
estar iluminando meu caminho e nunca ter me deixado nos momentos difíceis, pois
a jornada é longa.
A meu Esposo Leori e meu filho Edduardo que agora vêem com alívio esse
fim de etapa, a qual souberam entender a minha ausência e respeitar a necessidade
do silêncio.
Aos meus pais Waldemir e Solange, que não se contentaram em me
presentear apenas com a vida, mas sim, em abrir as portas do meu futuro. A vocês
que se doaram por inteiro, renunciando seus sonhos em favor dos meus,
economizando tudo o que podiam e trabalhando duro para me incentivar a
prosseguir na jornada, fossem quais fossem os obstáculos. Meu muito obrigado.
Ao Colégio Portinari, o qual abriu suas portas oito anos atrás para o meu
oficio de ser professora e do qual faço parte até hoje. Sendo que nestes anos me
deparei com desafios e então percebi a necessidade de buscar na Educação
Especial apoio para prosseguir minha trajetória
A minha querida Orientadora Dulcilene, pela paciência em explicações
intermináveis, aos seus saberes e experiências que com muita dedicação e carinho
conseguiu de forma clara me orientar. Expresso os meus maiores agradecimentos e
o meu profundo respeito.
Aos mestres, que às vezes não nos compreenderam e nem se fizeram
compreender... Houve aqueles que se interessaram, se responsabilizaram,
trabalharam com afinco. Que cresceram e acresceram; que se inquietaram e não só
compareceram; que caminharam junto conosco, e não nos abandonaram. A estes
meu carinho e minha gratidão. Estes foram verdadeiramente meus mestres.

E por tudo agradeço.


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EPÍGRAFE

‘Deficiente’ é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições
de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono
do seu destino.

‘Louco’ é quem não procura ser feliz com o que possui.

‘Cego’ é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só
tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

‘Surdo’ é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo
de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus
tostões no fim do mês.

‘Mudo’ é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da
máscara da hipocrisia.

‘Paralítico’ é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua
ajuda.

‘Diabético’ é quem não consegue ser doce.

‘Anão’ é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências
é ser miserável, pois:

‘Miseráveis’ são todos que não conseguem falar com Deus.

‘A amizade é um amor que nunca morre. ´

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho 30/07/1906 -05/05/1994).


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RESUMO

TORRES, Denise Figeiró. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio


Grande do Sul – UNIJUÍ – 2011, Inclusão de uma aluna com Síndrome de West
no cotidiano de uma escola Infantil: Estudo de caso. Orientadora: Profª Mestre
Dulcilene Alves de Melo.

Este estudo de caso busca identificar estratégias pedagógicas para uma criança
com síndrome de West. Seu objetivo principal foi possibilitar meios para que ela
pudesse desenvolver seu processo de ensino aprendizagem e socialização. Para
conhecimento do sujeito em estudo foi realizada uma anamnese com a mãe,
pesquisas sobre a Síndrome em questão, aplicação do teste de Gessel, assim como
atividades direcionadas para esse fim. O resultado deste estudo de caso apontou
que o sujeito com Sindrome de West necessita que todas as áreas sejam
trabalhadas e estimuladas constantemente, como por exemplo: comportamento
pessoal-social , cognitivo, adaptativo dentre outros. A criança do estudo de caso
conseguiu realizar todas as atividades que a ela foram propostas, embora com suas
limitações motoras, cabe destacar que há possibilidades de envolvê-la em
atividades pedagógicas e de socialização, devemos pensar que a aprendizagem
ocorre na interação sendo que o lúdico torna-se educativo quando desperta na
criança a curiosidade. Precisamos utilizá-lo como facilitador da aprendizagem. Os
jogos e as brincadeiras pedagógicas despertam nas crianças o gosto pela vida e a
criança com síndrome de West necessita ainda mais dessa ludicidade.

Palavras-chave: Estudo de caso – Síndrome de West – aprendizagem –


socialização- - possibilidades- jogos.
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ABSTRACT

TORRES, Denise Figeiró. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio


Grande do Sul – UNIJUÍ – 2011, Inclusão de uma aluna com Síndrome de West
no cotidiano de uma escola Infantil: Estudo de caso. Orientadora: Profª Mestre
Dulcilene Alves de Melo.

This case study looks for identify teaching strategies for a child with West
syndrome. Its main objective is to facilitate ways to develop the process of teaching
learning and socialization. For knowledge of the subject under study it was made an
interview with the mother, research about the syndrome in question, applying the
Gessel test, as well as activities directed to that end. The result of this case study
pointed out that the subject with West syndrome requires that all areas are constantly
worked and encouraged, for example: personal-social behavior, cognitive,
adaptive and others. The child's case study could execute all the activities that were
proposed, though her motor limitations, but it is important note that there
are possibilities to involve the child in educational and socialization activities, we must
think that learning occurs in the interaction and the playful becomes education when
awakens the child’s curiosity. We need use it as a facilitator of learning. Games and
educational jokes for children awaken a taste for life and child with West
syndrome still needs more of this playfulness.

Keywords: Case Study - West Syndrome - Learning - Socializing - Possibilities -


Games.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 11

CAPITULO I - APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO ................................................. 13

1.1 Objetivos ................................................................................................................... 13

1.2 Caminhos metodológicos ........................................................................................ 14

1.3 Tipo de estudo .......................................................................................................... 15

1.4 Coleta de dados........................................................................................................ 15

1.5 Instrumentos da coleta de dados ............................................................................ 16

1.6 Interpretação dos dados .......................................................................................... 16

CAPITULO II – HISTÓRICO DA SÍNDROME DE WEST ..................................................... 17

2.1 – Multiplicidade de manifestações do quadro de Epilepsia: Síndrome de West. 17

2.2 Etiologia .................................................................................................................... 19

2.3 Prevalência ............................................................................................................... 19

2.4 Diagnóstico Diferencial ............................................................................................ 19

CAPITULO III – INCLUSÃO NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL .............................. 21

3.1 inclusão: Igualdade de oportunidades ................................................................... 21

3.2 A Importância da Educação Infantil ........................................................................ 23

3.3 O Brincar no Desenvolvimento Infantil .................................................................. 25

CAPÍTULO IV – RESULTADO DA PESQUISA ................................................................... 29

4.1 Apontamentos dos resultados do Teste de Gessel ............................................... 29

4.2 Atividades realizadas com a criança em estudo .................................................... 29

4.3 Análise e Interpretação dos Dados ......................................................................... 29

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................. 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 37

ANEXOS ............................................................................................................................. 39

I. CARTA DE APRESENTAÇÃO ..................................................................................... 40

II. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ......................................... 41


10

III. ANAMNESE INFANTIL............................................................................................... 43

IV - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO .......................................... 49

V. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES .............................................................................. 50


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INTRODUÇÃO

Através de reflexões, ao longo de minha experiência acadêmica e profissional


as quais me inspiraram e impulsionaram a buscar conhecimentos para defender
uma educação de qualidade para todos, sendo estes um dos principais motivos pelo
qual procurei por esta especialização.
Nos tempos atuais é comum ouvirmos falar em educação inclusiva, que
aparece como um dos temas mais difundidos e debatidos no contexto educacional
e/ou social. Mas incluir as crianças com necessidades educacionais especiais em
Escolas de ensino regular não significa apenas recebê-las, mas sim adequá-la para
receber essas crianças e prepará-las enquanto cidadãos.
A incorporação das crianças com necessidades educativas especiais na rede
regular de ensino materializa uma das últimas revoluções do âmbito da educação.
Embora nós profissionais ainda não estejamos seguros para trabalhar com estes
educandos, essa incorporação há muito tempo é planejada e esperada, com
perspectivas positivas com relação ao desenvolvimento infantil destas crianças.
Nesse sentido e além da necessidade de ir a busca de formação, o curso de
Educação Especial também despertou o interesse de aprofundar meus
conhecimentos e meu trabalho com uma criança que apresenta uma síndrome que
acomete todo seu sistema neurolóbiológico.
Assim sendo, esta pesquisa concentra-se em um estudo de caso com uma
menina portadora da síndrome de West inclusa na Educação Infantil em uma escola
particular, onde buscamos identificar estratégias pedagógicas para que ela possa
desenvolver seu processo de ensino aprendizagem e socialização.
A pesquisa foi dividida em capítulos, o primeiro conta com a apresentação do
estudo de caso, sujeito de estudo envolvido, objetivos da pesquisa, instrumentos e
interpretação dos dados coletados.
O segundo capitulo aborda a história da Síndrome de West de maneira
sucinta, pois as dificuldades em encontrar referenciais bibliográficos apontam a
necessidade de mais trabalhos com relação a esta síndrome e suas complicações
neurológicas. Foi destacada a etiologia, prevalência, bem como o diagnostico
diferencial.
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No terceiro capítulo, enfoca a inclusão na escola de educação infantil, as


atividades cotidianas, a socialização, assim como também a importância do brincar
nesta fase do desenvolvimento infantil.
Para finalizar, o quarto capitulo traz o resultado da pesquisa confrontando
teoria e pratica, assim como a análise dos dados e as considerações finais, na qual
apresenta o resultado do trabalho realizado, bem como comprova a urgência na
busca da superação de preconceitos, barreiras e limites, desenvolvendo –se assim
uma atuação mais coerente e comprometida com todos.
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CAPITULO I - APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO

O estudo de caso em questão é de um sujeito do sexo feminino, com seis


anos de idade que apresenta Síndrome de West, a qual implica desafios para a
realização de atividades pedagógicas que a criança possa desenvolver e responder
devido as suas limitações físicas e neurológicas. Não existe atividades pedagógicas
específicas para esta Síndrome, pois todas as áreas cognitivas necessitam serem
estimuladas e trabalhadas constantemente.
Nessa perspectiva, o estudo de caso será uma oportunidade de aproximação
com o sujeito em estudo, para posteriores atuações pedagógicas, buscando cada
vez mais proporcionar situações de aprendizagens, bem como a socialização no
grupo.

1.1 Objetivos

O objetivo geral deste estudo de caso, é identificar estratégias pedagógicas


que possibilite meios para que uma aluna com diagnóstico de Síndrome de West,
possa desenvolver seu processo de ensino aprendizagem e socialização. Os
objetivos específicos são:

 Apontar os comprometimentos da criança em estudo;


 Após identificar tais comprometimentos, construir estratégias pedagógicas
para viabilizar seu processo de aprendizagem;
 Identificar quais as estratégias são favoráveis ao processo de aprendizagem e
socialização.
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1.2 Caminhos metodológicos


O sujeito em estudo foi diagnosticado por um Neurologista – Neuropediatra,
segundo informação na entrevista com a mãe.
A pesquisa do estudo aconteceu em dois momentos:
 Primeiro foi feita uma entrevista com a mãe, anamnese (Anexo III, p.
40) bem como a aplicação da escala de comparação do
desenvolvimento infantil segundo Gessel (AnexoI IV, p.46 ) para a
identificação de possíveis comprometimentos: divididas em quatro
aspectos principais:

1. COMPORTAMENTO MOTOR: sustentar a cabeça, sentar,


engatinhar, andar e incluindo-se também a atividade das mãos em
pegar e manipular objetos.
2. COMPORTAMENTO ADAPTATIVO = organização e adaptação
sensorio-motora frente aos estímulos, estando intimamente relacionado
ao aspecto cognitivo.
3. COMPORTAMENTO DE LINGUAGEM = comunicação verbal e/ou
não-verbal para compreensão e expressão.
4. COMPORTAMENTO PESSOAL-SOCIAL = reações da criança
relacionadas a sua cultura social (influenciadas pelo ambiente).

 Segundo momento, após a identificação destes comprometimentos e com


base nos Parâmetros Curriculares Nacionais- Estratégias para a Educação de
Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (1999), assim como o
livro: estimulação precoce, inteligência emocional e cognitiva, de Adriana
Lakosinshi Kuperskein (2004, p.279) os quais forão escolhidos para que
possibilitasse novas possibilidades de aprender com métodos e estratégias
pedagógicas em que o sujeito em questão pudesse desenvolver seu processo
de aprendizagem e socialização.
 Aplicação destas estratégias em sala de aula, de forma individualizada com
cronograma das atividades propostas (Anexo V, p.);
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 Realização de uma correlação entre as estratégias utilizadas e os resultados


obtidos com referencial teórico.

1.3 Tipo de estudo

Optei por realizar um estudo de caso considerando que essa estratégia de


pesquisa é mais adequada para encontrar respostas a questões do tipo “por que”
(há tantas dificuldades no processo de aprendizagem da criança com, Síndrome de
West) e “como” (como realizar atividades pedagógicas que contemple a
aprendizagem e a socialização com uma criança com tantas limitações).
Nesse enfoque, Yin (2001, p. 24) nos diz que:
“Aliado ao fato da pesquisa examinar acontecimentos contemporâneos.
Soma-se a isso o fato do estudo de caso ter a capacidade de lidar com
ampla variedade de evidências como documentos, observações e
entrevistas.

Assim, o estudo de caso é uma estratégia metodológica aplicada para avaliar


ou descrever situações dinâmicas em que o elemento humano está presente. Para
Good e Hatt (apud LAZZARINI 1995, p.17) “é um modo de organizar os dados em
termos de uma determinada instituição escolhida”.
Para Yin (2001, p.21):
“O Estudo de Caso é ferramenta de investigação cientifica e utilizado para
compreender processos na complexidade social nas quais estes se
manifestam: seja em situações problemáticas, para análise dos obstáculos,
seja em situações bem-sucedidas, para avaliação de modelos exemplares.”

1.4 Coleta de dados

Os dados coletados ocorreram através de:


 Entrevista com a mãe, Anamnese Infantil, conforme anexo III, p.40.
 Diagnóstico da referida Síndrome.
 Teste de Gessel anexo IV, p.46.
 Observação das práticas educativas.
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1.5 Instrumentos da coleta de dados

Os dados sobre o perfil do sujeito foram coletados na entrevista com a mãe, a


qual se apresentou colaborativa com a anamnese.
Assim, como as atividades em que realizei na aplicação do teste com a
criança em questão, proporcionando novas intervenções com a finalidade de facilitar
o processo de ensino aprendizagem e socialização.

1.6 Interpretação dos dados

A análise e interpretação dos dados, ocorreu de forma descritiva a qual foi


relaciona com fundamentos teóricos, evidenciando seus benefícios ao sujeito em
estudo, assim como se destaca as práticas utilizadas mais significativas as quais
auxiliaram este sujeito no seu processo de aprendizagem, assim como no seu
desenvolvimento global, uma vez que a criança com Síndrome de West necessita de
estímulos.
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CAPITULO II – HISTÓRICO DA SÍNDROME DE WEST

2.1 – Multiplicidade de manifestações do quadro de Epilepsia:


Síndrome de West.

Ultimamente, um dos temas pediátricos de grande importância é a epilepsia


a qual é considerada uma doença primordial de crianças e jovens.
Livingston, (apud DIAMENT, 1985, 707) a define como:

A epilepsia é uma tendência ao aparecimento de sinais e sintomas


paroxísticos e recorrentes de distúrbios da atividade cerebral. Tendo como
referência o caráter paroxístico e recorrente, um vasto campo se abre
abrangendo as crises de grande e pequeno mal, as múltiplas manifestações
da epilepsia psicomotora, visceral, os espasmos infantis, as convulsões
febris, as síncopes e as perdas de fôlego a exigir diagnóstico preciso e
terapêutica adequada.

Nesse enfoque o autor Fluentes (2008, p. 312) diz que:

As epilepsias são síndromes caracterizadas pela presença de crises


epiléticas que recorrem na ausência de condições toxicometabólicas do
organismo, como, por exemplo, intoxicação por álcool, ipoglicemia e outros.
Essas crises, também são chamadas de manifestações ictais, estão
geralmente associadas à patologias estruturais ou neuroquímicas do
cérebro, que desequilibram a sua atividade elétrica. Elas provocam
descargas neuronais, súbitas, excessivas e descontroladas que ocorrem,
predominantemente, no córtex cerebral e cuja atividade paroxística é
geralmente, intermitente e autolimitada.

Sendo assim, a Síndrome de West, enquadra-se no quadro de epilepsia por


ocorrer um conjunto de sintomas de crises epiléticas segundo os trabalhos de Gibbs
& cols., este tipo caracteriza-se por contrações musculares bruscas, generalizadas
ou localizadas, na maior parte das vezes em flexão, tendo como denominação
“espasmos em flexão”. (1985, p. 723)

Bacheschi, (1991, p.195) salienta que:


A Síndrome epilética consiste na associação de um ou vários tipos de
crises, padrões EEG intercríticos e críticos além de outros dados como
idade de inicio, estado neurológico e aspectos genéticos e evolutivos.
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No ano de 1841 quando aos vinte e seis dias deste ano, West em uma carta
dramática ‘The Lancet’, apresentou o problema de seu filho com espasmos em
flexão que se repetiam diariamente em ataques de dez a vinte contrações e levaram
a criança a um retardo mental, apesar de todos os tratamentos usados e possíveis
na época. Sendo estes sinais e sintomas uma forma grave de epilepsia em crianças.
(WWW.medportal.com.br)
A síndrome em questão recebeu este nome em homenagem ao médico inglês
William James West (1793-1848), o primeiro que a descreveu em 1841. Sendo que,
a descrição desta síndrome pela primeira vez foi em 1949 por Vasquez Tuner para
a sociedade Argentina de pediatria, com dez casos de uma ‘nova síndrome’ que
apresentam crises nos lactantes, com alterações específicas nos traçados
eletroencefalográfico (EEG), estando associadas à deterioração mental, as quais
propuseram chamar Epilepsia em Flexão. (WWW.medportal.com.br)
No início da década de 50, o casal Frederic A. Gibbs e Erna L. Gibbs
relataram que a síndrome descrita por James West era acompanhada de um registro
eletrencefalográfico característico, o qual denominou hipsarritmia.
Segundo a Classificação Internacional de Epilepsias e Síndromes Epiléticas
de 1989(6), a síndrome de West é caracterizada por crises epiléticas do tipo
espasmos (contrações musculares em flexão, extensão ou mista), com salvas de
crises que predominam nos períodos de transição vigília/sono e que, na maior parte
das crianças, são acompanhadas por estagnação ou regressão do desenvolvimento
neuropsicomotor . (SANVITO, 1977, p.410)
Nesse enfoque, Sanvito (1977, p.410) enfatiza que: “A síndrome de West
apresenta como características essenciais: espasmos musculares, deterioração
mental e um traçado eletrencefalográfico patognomônico”
Já na década de 60, a síndrome de West foi definida através da tríade: crises
do tipo espasmos; deterioração mental; e hipsarritmia ao EEG. Sendo a
hipsarritmia um ritmo interictal caótico, caracterizado pela presença de ondas lentas
de alta voltagem, mescladas por descargas de onda aguda e espículas, também de
elevada amplitude, sem concordância de fase, que variam em topografia e duração.
Assim como também em poucos segundos se pode observar grandes alterações.
Em certas ocasiões as descargas apresentam incidência aparentemente
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generalizada, mas dificilmente de forma rítmica e organizada. O registro ictal dos


espasmos é bastante variável, sendo descritos diversos padrões
eletrencefalográficos o mais freqüente é a intensa depressão da atividade de base
durante o espamo. (SANVITO, 1977, p.410)

2.2 Etiologia

Com relação as suas causas a Síndrome de West pode ser dividida em


grupos, segundo Sanvito,( 1977,p.411) conforme abaixo descritos.
 Criptogênio: ( quando a causa é desconhecida ), onde o lactente é
normal até os inícios dos espasmos, sem qualquer lesão cerebral detectável;
 grupo sintomático: ( de causa conhecida) , onde há prévio
desenvolvimento neuropsicomotor anormal , alterações ao exame neurológico e/ou
lesões cerebrais identificadas por exames de imagem;
 Idiopática: casos em que não se define uma doença de base, estando
o desenvolvimento psicomotor algumas vezes normal.

2.3 Prevalência

A Síndrome inicia-se quase sempre no primeiro ano de vida, principalmente


entre os quatro e sete meses de idade, sendo o sexo masculino o mais afetado , na
proporção de 2 para 1. (SANVITO, 1977, p. 411)

2.4 Diagnóstico Diferencial


No diagnóstico da síndrome de WEST, além do quadro clínico, é importante
ressaltar a idade do início dos sintomas, o quadro aparece geralmente no primeiro
ano de vida, lembrando que há predominância do sexo masculino, na proporção de
dois do sexo masculino a um do feminino.
Sobre o diagnóstico, Sanvito (1977, p. 411) diz que:
20

A principio o diagnóstico não é fácil, sendo os espasmos confundidos com


cólicas ou com o reflexo de MORO. Uma percentagem pequena de crianças
(menos de 10%) tem como complicação crises de grande mal. Outra
manifestação da síndrome é o retardo mental que, em boa parcela dos
casos, pode ser evitado pelo tratamento precoce do quadro.

Nessa perspectiva, o diagnóstico diferencial mais importante é com a


síndrome de LENNOX. A confusão entre a síndrome de WEST e a de LENNOX é
freqüente uma vez que autores se referem a casos de WEST ocorrendo na idade de
um, dois anos ou até mais tarde, quando na realidade se trata de síndrome de
LENNOX. (SANVITO, 1977, p.411)
Também há o diagnóstico diferencial com o reflexo de MORO, o qual ocorre
até os quatro meses e meio no máximo. Além disso, no reflexo de MORO, os dedos
se refletem como que em preensão e, nos espasmos, eles se estendem o que os
diferenciam.
Outro possível engano refere-se com o espasmo, o qual é geralmente
associado ao grito, há possibilidade assim de ser confundido com cólica do lactente.
(SANVITO, 1977, p.411)
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CAPITULO III – INCLUSÃO NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO


INFANTIL

3.1 inclusão: Igualdade de oportunidades

É lição sabida que o novo não se constrói só nem surge por passo de
mágica. O novo nasce do arcaico, mas não repete o arcaico. O novo cria
outros paradigmas, mas preserva, do arcaico, valores e práticas
indispensáveis à construção da ponte para o futuro. A transição do velho
para o novo é um processo.
Em uma determinada hora, os dois convivem lado a lado. Como uma
corrida de bastão. Até que é chegado o momento em que o novo ganha
velocidade e ocupa o palco da história e deste se retira o arcaico para
desempenhar as funções de referência de arquivo, de memória, de cultura.
Esta concepção do processo histórico é uma norma que é visível até
mesmo nos tensos momentos de ruptura.
(Moacyr de Góes, 1997)

A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais tem a


finalidade de propiciar o máximo de desenvolvimento global possível dessas
crianças. As Escolas de ensino regular devem preparar-se para dar apoio e
estruturação adequada a essas necessidades. Para que haja a inclusão, é preciso
acreditar nas possibilidades de todas as pessoas, sem distinção ou discriminação;
deve haver igualdade de oportunidades.
Stainbak, 1999, p. 28, diz que:
“Se realmente desejamos uma sociedade justa e igualitária, em que todas
as pessoas tenham valor igual e direitos iguais, precisamos reavaliar a
maneira como operamos em nossas escolas, para proporcionar os alunos
com deficiência as oportunidades e as habilidades para participar da nova
sociedade que está surgindo, se queremos apoio e igualdade para todas as
pessoas, a segregação nas escolas não pode ser justificada.”

O Estatuto da Criança e do Adolescente recomenda, em seu Art. 15 "A


criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
seres humanos em processo de desenvolvimento...” E continua, no Art. 53 "A
criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento
de sua pessoa... assegurando-lhes igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola..."
Segundo Vygotsky, importante pensador "o ser humano cresce num ambiente
social e a interação com outras pessoas é essencial a seu desenvolvimento", estas
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exigências requererem da escola uma nova estrutura, um novo conceito em relação


à formação do futuro cidadão e uma visão renovada de seus conceitos e pré-
conceitos com relação ao diferente. (REGO, 2009, p.71)
Assim, a educação é uma questão de direitos humanos, e os indivíduos com
deficiências devem fazer parte das escolas, as quais devem modificar seu
funcionamento para a inclusão de todos os educandos. Esta é a mensagem que foi
claramente transmitida pela Conferência Mundial de 1994 da UNESCO sobre
Necessidades Educacionais Especiais.
Em um sentido mais amplo, o ensino inclusivo é a prática da inclusão de
todos, independente de seu talento, deficiência, origem econômica ou origem
cultural, em escolas e salas de aula onde todas as necessidades são satisfeitas.
Sendo assim, a inclusão faz sentido e é um direito básico, não é algo que
alguém tenha que conquistar. Quando as escolas incluem todos os alunos, a
igualdade é respeitada e promovida como um valor na sociedade, com os resultados
visíveis e cooperação social.
Nas palavras de Vandercook, Fleetham e Tetlie,1988 apud (Stainback
1999,p.22):
“Nas salas de aulas integradas, todas as crianças enriquecem-se por terem
a oportunidade de aprender umas com as outras, desenvolvem-se para
cuidar umas das outras e conquistam as atitudes e os valores necessários
para nossas comunidades apoiarem a inclusão de todos os cidadãos.”

Dessa forma, não basta simplesmente incluir os alunos com necessidades


educacionais especiais em salas de aula de ensino regular, é necessário que exista
programas adequados, estruturado e com atitudes positivas, proporcionando troca
de experiências. Essa questão de inclusão representa um movimento de inovação
do sistema de ensino.
Nessa perspectiva, a interação e a comunicação facilitadas ajudam o
desenvolvimento de amizades, as crianças aprendem a ser sensíveis, a
compreender, a respeitar e a crescer confortavelmente com as diferenças e
semelhanças individuais entre seus pares.
A Educação Inclusiva busca perceber e atender as necessidades educativas
especiais de todos os alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de
ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento integral de todos.
(STAINBACK, 1999, p.21)
23

A prática pedagógica deverá então ser adequada, coletiva, integrada,


dinâmica e flexível; requerendo mudanças significativas na estrutura e no
funcionamento das escolas, na formação humana dos professores e nas relações
família-escola. Com força transformadora, a educação inclusiva aponta para uma
sociedade mais justa, humana e igualitária. (STAINBACK, p.30)
Inovar o trabalho e ousar implementar a educação numa perspectiva inclusiva
não é uma missão impossível, é sim um desafio superável. É uma questão de querer
mudar, pensar e construir uma escola que inspire e promova a troca entre os
sujeitos, que confronte formas desiguais de pensamento e estilo de vida, busque
metodologias interativas e faça do reconhecimento e da convivência com as
diversidades uma alternativa para uma nova aprendizagem voltada para o
educando. (STAINBACK & STAINBACK, 1990, p. 240)
Assim, é uma questão de crer na existência possível de uma escola que
reconheça as diferenças e, respeitando-as, possa conviver com elas.

3.2 A Importância da Educação Infantil

As concepções de criança constituíram-se de diferentes formas ao longo da


história. Entende-se hoje, que todo ser humano é sócio-histórico: pertence a um
meio social – agindo e transformando-o à medida que estabelece relações e trocas
com os sujeitos envolvidos nesse processo – com uma determinada cultura em um
determinado momento histórico. Portanto, cada indivíduo é peculiar, único, agente
ativo que (re) constrói suas experiências por meio de características e
peculiaridades próprias pelas quais descobre e interage com o mundo (CRAIDY,
2001, p. 27).
A educação existe em toda parte, a criança quando nasce, já está inserida em
um grupo social, e neste sofre influências das pessoas com quem convive, vendo,
entendendo, imitando e aprendendo, depois vai para a escola onde aprende novas
habilidades e aprimora o que já sabia.
24

O art. 21 da LDB salienta que a educação Infantil é a primeira etapa da


Educação básica que estimula a formação da criança. Os primeiros anos de vida
são fundamentais para o desenvolvimento do ser humano, do nascimento aos três
anos, a criança é um universo único de manifestações, mudanças, aquisições e
descobertas que determinaram em grande parte, suas vivências futuras.
Em relação a esse assunto, a LDB (2001,p.13) nos diz que:
“o ingresso na instituição de educação infantil pode alargar o universo inicial
das crianças, em vista da possibilidade de conviverem com outras crianças
e com adultos de origens e hábitos culturais diversos, de aprender novas
brincadeiras, de adquirir conhecimentos sobre realidades distantes”.

Nessa perspectiva, a educação é fundamental na formação das nossas


crianças onde somente através desta terão a oportunidade de futuramente se tornar
exímios cidadãos com ótimas oportunidades.
À escola cabe ensinar não só conceitos, mas procedimentos que ajudem o
educando, a aprender a aprender, desenvolvendo a sua autonomia, independência,
apropriação das ações na busca de soluções e também a aprender a ser,
desenvolvendo as atitudes e a sociabilidade.
Segundo Montserrat (1999, p. 327):
“A escola infantil facilita-lhe a possibilidade de que suas vivencias pessoais
tenham um duplo contexto que ela pode utilizar como referência: o familiar e
o pessoal. A existência do grupo de crianças é, para ela, um elemento
impulsionador e modificador de todas essas aprendizagens básicas. Como
dissemos: a concepção de si mesma e de suas inter-relações com o meio
físico e humano à sua volta.”

Dessa forma, as escolas de educação infantil, como instituições


educacionais, além de possibilitar o brincar, de enriquecer e diversificar as
interações sociais, constitui-se também no espaço em que a criança entrará em
contato com o conhecimento ampliado e sistematizado, favorecendo o seu
desenvolvimento global.
Visando a construção das bases da personalidade e da identidade infantil,
bem como a formação de hábitos, valores e atitudes, são indispensáveis ao
processo de ensino aprendizagem uma constante reorganização do planejamento,
pesquisas, estudos, preparação, envolvimento e disponibilidade. ( KAERCHER,
2001, p.67)
Nesse sentido, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil-
RCNEI (2001,p.15) salienta que:
25

“ As instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e


social onde as crianças se sintam protegidas e acolhidas, e ao mesmo
tempo seguras para se arriscar e vencer desafios. Quanto mais rico e
desafiador for esse ambiente, mais ele lhes possibilitará a ampliação de
conhecimentos acerca de si mesmas, dos outros e do meio em que vivem.”

Sendo assim, o educador precisa estar consciente de que, para a realização


de um trabalho significativo, as relações entre professor/aluno, aluno/professor e
aluno/aluno devem ser levadas em conta no planejamento das aulas. O carinho
docente na recepção/despedida das crianças, a atenção às suas expressões (orais
ou corporais), a preocupação com o bem-estar, com a alimentação e com a saúde
das mesmas constituem a tarefa de cuidar. A partir desses atos recíprocos de amor,
o educador conquistará a confiança e a admiração de seus alunos, contribuindo para
a construção de suas identidades. (GANDINI, 2002, p. 83)
Segundo, CRAIDY, (2001, p.16) outro processo tão importante quanto cuidar
é educar. Cabe ao educador oportunizar momentos lúdicos de aprendizagens
diversificadas, promover trocas de experiências e a inserção social, fomentar as
relações interpessoais, contribuir para a aceitação do “eu” ascendendo a autoestima
e enriquecer as capacidades psicomotoras, cognitivas e afetivo-sociais das crianças.
Educar e cuidar são ações que se completam, portanto, indissociáveis. Não
se confundem, mas têm enquanto objetivo o desenvolvimento pleno infantil.

3.3 O Brincar no Desenvolvimento Infantil

A educação infantil é uma fase essencial no processo de aprendizagem das


crianças. Já nessa fase ela deve entrar em contato com o conhecimento. Desta
forma, as escolas de educação infantil não devem ser simplesmente “depósitos de
crianças”, porque estas devem ser estimuladas por meio de atividades lúdicas, fazer
descobertas e socializar-se. (CRAIDY, apud Santos 2001 p. 92)
É nesse contexto que os jogos apresentam-se como materiais importantes à
aprendizagem infantil. O primeiro brinquedo que a criança descobre é o seu corpo o
que para ela constitui a origem mais remota do jogo, isto é, a brincadeira aparece
26

logo que nasce e é de natureza sensório-motora. O brincar permite a emoção, o


desprendimento de limites, os sonhos, e a união entre razão e emoção. Por meio do
jogo simbólico, a criança dá vazão à imaginação, cria, constrói, faz de conta, imita,
idealiza. (RCNEI, 2001, p. 15)
O brinquedo estimula a representação trazendo aspectos da realidade e os
reproduz em um mundo subjetivo, serve também como vínculo do crescimento em
um meio natural que possibilita a exploração do mundo, e a criança que explora e
descobre o mundo de forma prazerosa torna-se preparada para receber as
surpresas que esse próprio mundo lhe reserva. O jogo, ao contrário, exige o
desempenho de habilidades específicas, definidas por estruturas já existentes no
próprio objeto e suas regras.
Portanto, KISHIMOTO,( 2003, p. 21) sobre brincadeira diz:

“ É a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao


mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Desta
forma, brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente com a criança e
não se confundem com o jogo.”

O brincar é responsável pela inserção da criança em uma sociedade.


Através de suas relações lúdicas com o brinquedo e com outras pessoas apropria-se
da cultura.
Com certeza essas atividades favorecerão a evolução do processo de
desenvolvimento cognitivo, afetivo-social e psicomotor das crianças e contribuirão de
forma significativa nas relações estabelecidas em sala de aula entre professor/ aluno
e vice-versa.
Tão fundamentais a nós seres humanos como o alimento que nos faz crescer
são as brincadeiras e os jogos. Pois estes vão muito além do divertimento, servem
como suportes para que a criança atinja níveis cada vez mais complexos no
desenvolvimento sócio emocional e cognitivo.
Portanto cabe à escola tornar-se um dos agentes de mudança social e
constituir-se num espaço democrático, garantindo ao educando o direito de usufruir
da construção do seu conhecimento, assegurando o direito das crianças a brincar,
como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil.
(EDWARDS, 2002, p.136)
27

Para tanto, se faz necessário a criação de espaços que permitam atividades


livres, significativas e prazerosas que possam ser realizadas por meio do brincar, de
brincadeiras e de jogos, bem como da participação efetiva do educador nesse
processo para que a criança não apenas brinque por brincar mas em alguns
momentos tenha a intervenção pedagógica do professor para auxiliar na
aprendizagem e possibilitar uma base sólida que influenciará todo o
desenvolvimento futuro dessa criança
De acordo, com Edwards (1999,p.161):
“o papel do professor centraliza-se na provocação de oportunidades de
descobertas através de uma espécie de facilitação alerta e de estimulação
de diálogo. De ação conjunta e de co- construção do conhecimento pela
criança. Uma vez que a descoberta intelectual é supostamente um processo
essencialmente social.”

Partindo do pressuposto em que é primordial ver e ouvir nossos educandos, a


abordagem de Reggio Emília (apude EDWARDS, p.162) ressalta a idéia de
democracia em termos de intercâmbio de idéias, de reciprocidade, de colaboração e
de cooperação. Na qual as crianças são livres para trabalhar e brincar de acordo
com os seus interesses.
Nesse enfoque, Malaguzzi (1999,p.211) enfatiza que:
“o professor deve intervir tão pouco quanto possível, mas de um modo
suficiente para começar o intercâmbio ou dar confiança à criança. Portanto,
as intervenções devem ser medidas, não sufocando ou subvertendo que as
crianças estão fazendo. Em vez disso deve-se conduzir a criança pela mão,
sempre deixando que ela permaneça sobre seus próprios pés”.

Dessa forma, entendemos que é de suma importância que nossas práticas


educativas sejam estruturadas a partir do interesse e curiosidade dos educandos,
tendo como objeto de estudo o desejo pela descoberta através do lúdico. Nesse
sentido, o RCNEI (2001,p.171) nos diz que:
O brincar, por sua vez possibilita que as crianças reflitam sobre o mundo.
Ao brincar, as crianças podem reconstruir elementos do mundo que as
cerca com novos significados, tecer novas relações, desvinciliar-se dos
significados imediatamente perceptíveis imprimir-lhes suas idéias e os
conhecimentos que tem sobre si mesma, sobre as outras pessoas, sobre o
mundo adulto, sobre lugares distantes ou conhecidos.

Em vista disto, percebemos a necessidade de propiciar um ambiente


diversificado e lúdico, que permita a criação, reflexão, e oportunize aos educandos
momentos para o brincar de faz de conta, ouvir e contar histórias onde possam usar
28

sua imaginação para expressar pensamentos, de aceitação do eu e do outro, bem


como a valorização de suas idéias.
Nesse enfoque Vygotsky apud (Rego, 2009,p.82) relata que:
A criança passa a criar uma situação ilusória e imaginária, como forma de
satisfazer seus desejos não realizáveis. Esta é alias, a característica que
define o brinquedo de um modo geral. A criança brinca pela necessidade de
agir em relação ao mundo mais amplo dos adultos e não apenas ao
universo dos objetos a que ela tem acesso.

Nesse sentido, o senso lúdico tem papel fundamental para o ser humano,
tanto no inicio como durante toda a sua vida, por isso deve fazer parte do dia a dia
de cada um, pois favorece a construção prazerosa do viver e da convivência social.
Deste modo, o brincar é ferramenta essencial e necessária ao processo de
desenvolvimento infantil.
Em especial, na educação da primeira infância, as brincadeiras devem
prevalecer, pois será por meio desses jogos educativos que a aprendizagem deverá
ocorrer. Devemos estimular ao máximo nossas crianças com atividades lúdicas que
proporcionem a construção de diversas áreas do conhecimento. (KISCHIMOTO,
1993 p. 64)
A brincadeira contribui para o processo de socialização das crianças,
oferecendo-lhes oportunidades de realizar atividades coletivas livremente, além de
ter efeitos positivos para o processo de aprendizagem e estimular o
desenvolvimento de habilidades básicas e aquisição de novos conhecimentos.
29

CAPÍTULO IV – RESULTADO DA PESQUISA

4.1 Apontamentos dos resultados do Teste de Gessel

Neste capítulo estaremos apresentando as atividades realizadas com a


criança do estudo de caso, bem como os seus resultados obtidos. Tabela de Gessel.
(Anexo,IV, p. 46 )

4.2 Atividades realizadas com a criança em estudo

As atividades foram elaboradas para contemplar as áreas do desenvolvimento


infantil segundo a tabela de Gessel as quais o sujeito em estudo possuía maior
facilidade. Estas foram realizadas de acordo com um cronograma organizado
previamente onde este estabelecia dia e horário. Estas atividades foram
selecionadas do livro : estimulação precoce, inteligência emocional e cognitiva de
Adriana Lakosinshi Kuperskein (2004, p.279) uma vez que a educação infantil o que
predomina é o brincar, estimulando a socialização e a cognição. Os resultados
durante as atividades foram satisfatórios, pois, o sujeito participou, ao término das
atividades cabe elencar que muitas outras intervenções de estimulação precisam
continuar sendo proporcionadas à ela, o que possivelmente poderá possibilitar
auxilio no seu desenvolvimento social, emocional e motor. (Anexo, V p.47).

4.3 Análise e Interpretação dos Dados

Na entrevista com a mãe do sujeito em estudo, ela relata que foi a primeira
filha do casal e que ambos esperavam ansiosos o nascimento da menina. Durante
a gestação, ela realizou todos os exames necessários e teve acompanhamento até
o sujeito em estudo nascer, destaca que na gestação passou por momentos de
30

muita tensão e nervosismo, pois seu pai e seu irmão tiveram sua saúde fragilizada
necessitando de cuidados especiais. Destaca ainda que o parto foi normal, embora
tenha transcorrido 17 horas entre o inicio até a expulsão do neném. A mãe relatou
que a menina nasceu com 1, 450 Kg e quarenta e quatro centímetros e permaneceu
na UTI Neo Natal trinta e dois dias.
A mãe diz que até por volta de um ano de idade a menina apresentou um
desenvolvimento normal, embora não conseguisse firmar a cabeça e seus olhos
permaneciam virados a maior parte do tempo para um local fixo, atualmente o
controle esfincteriano ainda não ocorreu, o seu desenvolvimento psicomotor ainda
está em processo hoje com seis anos de idade, dependendo muito dos pais e das
pessoas com quem convive.
O sujeito em estudo segue na medida do possível uma rotina em casa para
sua alimentação e seus horários de dormir. Na tentativa de manter esta rotina a
escola a qual freqüenta em período integral, adota tais medidas, além de participar
de diversas atividades a criança em estudo também faz acompanhamento com a
fonoaudióloga e fisioterapeuta.
Em relação à sociabilidade a mãe relata que o sujeito em estudo é uma
criança sociável, embora necessite que parta das demais crianças esse contato,
uma vez que o dialogo dela é pouco desenvolvido, contendo poucas palavras em
seu repertorio, sua comunicação maior é através de sorrisos.
Com alguns meses de idade freqüentou uma Escola de Educação Infantil,
porém logo começou a apresentar alguns sintomas da Síndrome de West ,como
febres muito altas, espasmos em flexão várias vezes ao dia, sua mãe então decidiu
ficar com ela em casa para cuidar melhor. Alguns anos depois retornou com o
sujeito em estudo para a escola buscando que sua filha pudesse ser estimulada e
que se socializasse com as demais crianças.
Seguindo a base desta pesquisa, durante o mês de dezembro do decorrente
ano, foram desenvolvidos com o sujeito em estudo atividades referente ao
comportamento pessoal-social (socialização), comportamento de linguagem,
cognição e interação conforme cronograma ( anexo V, p. 47 ).
Os resultados apresentados através das atividades aplicadas apontaram que
na atividade (1. COMPORTAMENTO MOTOR: sustentar a cabeça, sentar,
31

engatinhar, andar e incluindo-se também a atividade das mãos em pegar e


manipular objetos), foi possível constatar que a menina em estudo conseguiu
cumprir as ordens dadas, compreendendo a linguagem e dialogo da professora,
sendo que a mediação e incentivo foram primordiais para esta realização, cabe
destacar que ela conseguiu participar embora após várias tentativas enfim
conseguiu acertar apenas um dos pinos. O que é normal devido ela ter dificuldades
motoras. (Anexo, V, p. 53),
Sabe-se que a criança constrói o conhecimento a partir das interações que
estabelece com as outras pessoas e com o meio em que está inserida; através de
jogos e brincadeiras.
Segundo Piaget (1978, p.27).

Os jogos tornam-se mais significativos à medida que a criança se


desenvolve, pois a partir da livre manipulação de materiais variados,
ela passa a reconstruir objetos, reinventar coisa, o que já exige
uma adaptação mais completa, numa síntese progressiva da
assimilação com a acomodação.

Toda brincadeira em que a criança está inserida, é uma imitação


transformada de uma realidade vivenciada anteriormente.
Na segunda atividade (2. COMPORTAMENTO ADAPTATIVO = organização e
adaptação sensorio-motora frente aos estímulos, estando intimamente relacionado
ao aspecto cognitivo), a criança em estudo permaneceu séria durante a iniciação do
dialogo com o fantoche, quando oportunizamos que ela também utilizasse esse
material, se recusou a colocá-lo em sua mão, fazendo caretas e até mesmo
chorando, podemos destacar que somente se permitiu interagir com seus sorrisos
e balbucios quando o dialogo partia da professora. (Anexo V, p.53)
Trabalhar a imaginação é um elemento importante nas interpretações e
relações das crianças, já que ela se alimenta das experiências vividas por cada um e
é responsável pela construção da cultura. Assim, para facilitar esta imaginação e
criação das crianças, cabe ao professor propiciar atividades diferenciadas e que
despertem e aguassem esta imaginação.
Desse modo, Santos (2008, p.62) afirma que:

“As sensações táteis possibilitam, igualmente, o conhecimento do mundo de


outra forma, tateando e sentindo as diferentes texturas. Umas, muitas
32

vezes, provocam sensações agradáveis ao toque, outras provocam


desconforto, mas ambas enriquecem os sentidos da criança e lhe oferecem
condições para conhecer e perceber as diferenças e semelhanças dos
objetos e pessoas.”

É inata da criança a simbolização de suas experiências e desejos através de


suas expressões e sensações, por isso a importância do lúdico nessa faixa etária, o
qual possibilita a ela compreender o ambiente a que esta inserida.
Buscando enfatizar a socialização da criança em estudo, oportunizamos a
terceira atividade (3. COMPORTAMENTO DE LINGUAGEM = comunicação verbal
e/ou não-verbal para compreensão e expressão.), que de certa forma esta ligada
com o (4. COMPORTAMENTO PESSOAL-SOCIAL = reações da criança
relacionadas a sua cultura social (influenciadas pelo ambiente). a qual foi realizada
no grupo com seus colegas, na realização desta ela permaneceu muito contente,
com largos sorrisos, principalmente quando seus colegas gritavam seu nome,
conseguiu com êxito participar jogando a bola para seu colega ao lado. (Anexo V,
p.55)
Dessa maneira, a realização de atividades que envolvam o movimento é de
uma importante dimensão, pois contempla a multiplicidade de funções e
manifestações do ato motor, além de possibilitar uma melhor expressão das
emoções e sentimentos. O RCNEI assegura que, “ao movimentar-se, as crianças
expressam sentimentos, emoções e pensamentos ampliando as possibilidades do
uso significativo de gestos e posturas corporais.” ( 2001,p,15)
Levando em conta esse aspecto entende-se que atividades que envolvam o
movimento devem ser realizadas num ambiente acolhedor e com atividades
interessantes e motivadoras, proporcionando assim um aprendizado significativo.
Segundo RCNEI (2001 p.15)

[...] o movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da


cultura humana. As crianças se movimentam desde que nascem, adquirindo
cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriam cada vez
mais das possibilidades de interação com o mundo.[...]

Como vimos à criança que confia em suas capacidades e acredita naquilo


que é capaz de fazer, rompe com maior facilidade à dependência e decide sobre
suas pequenas ações. Apropriando-se da autonomia, a criança passa a ter
33

consciência do que pode ou não fazer, adquiri maior domínio motor, aprende a
prever as conseqüências de seus atos e apresenta o desejo de fazer as coisas
sozinhas.
O cronograma de atividade desenvolvido buscou basear nas possibilidades
mais aparentes do sujeito em estudo, atividades estas que são de fácil realização no
dia a dia em que o contexto escolar se apresenta, uma vez que este sujeito
freqüenta uma classe regular de educação infantil particular, com estímulos e
possibilidades diversas. Os métodos educativos que foram desenvolvidos com o
sujeito em estudo tinham como principal foco a socialização, e as possibilidades de
aprendizagem.
Saliento, que no seu dia a dia o sujeito em estudo recebe estimulações
psicomotoras, como por exemplo atividades que envolvem o corpo realizadas no
pátio, assim como atividades voltadas para a área cognitiva, com atividades práticas
e sonoras, tentando facilitar seu processo de aprendizagem no cotidiano escolar.
Fora da escola a família proporciona a mesma acompanhamento com profissionais
especializados da área, como por exemplo, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.
Portanto, cabe destacar ainda a importância de mais estudos desenvolvidos
sobre a Síndrome do West, que possibilitem buscar formas de auxilio teórico, tendo
em vista que os materiais são de difícil acesso e realmente escassos. Podendo
assim, nós enquanto educadores entender mais uma de nossas realidades
presentes no dia a dia de nossas escolas regulares, tornando o processo de
aprendizagem significativo para todos.
34

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término deste trabalho, podemos constatar que muitas dificuldades


encontramos, principalmente no que tange nas possibilidades do sujeito em estudo,
uma vez que a Síndrome a qual ela apresenta é muito complexa e compromete
todas as suas áreas de desenvolvimento, assim como também tivemos que
pesquisar muito para entender um pouco mais sobre o sujeito em estudo.
Nesse enfoque, levando em consideração as poucas publicações sobre
Síndrome de West, cabe destacar que não foi possível encontrar um livro especifico
sobre este assunto, o que dificultou ainda mais o nosso trabalho.
Já no que se refere aos resultados desta pesquisa, mostraram se positivos,
pois, conseguimos trabalhar com as possibilidades do sujeito, sabemos que
limitações haviam muitas e com certeza durante toda a sua vida muitas outras ainda
virão, mas nós educadores devemos trabalhar com as possibilidades de cada um
dos sujeitos, somos seres humanos e todos temos nossas limitações, não são
somente as crianças com necessidades educacionais especiais que as tem.
Sobre as necessidades educacionais especiais os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCN (1998, p. 13) dizem que:
Considerar a diversidade que se verifica entre os educandos nas
instituições escolares requer medidas de flexibilização e dinamização do
currículo para atender, efetivamente, às necessidades educacionais
especiais dos que apresentam deficiência(s), altas habilidades
(superdotação), condutas típicas de síndromes ou condições outras que
venham a diferenciar a demanda de determinados alunos com relação aos
demais colegas. Essas condições exigem a atenção da comunidade escolar
para viabilizar a todos os alunos, indiscriminadamente, o acesso à
aprendizagem, ao conhecimento e ao conjunto de experiências curriculares
disponibilizadas ao ambiente educacional, a despeito de necessidades
diferenciadas que possam apresentar.
35

Sendo assim, o sujeito em estudo realizou todas as atividades solicitadas.


Durante a realização destas, permanecia quieta interagindo com olhares e sorrisos
e em determinadas situações com ações, sendo a fala dela limitada conseguindo
apenas alguns balbucios. Desse modo, o trabalho com as atividades lúdicas de
interação auxiliou muito para a estimulação da linguagem e socialização da mesma.
Nesse enfoque, Cortez (2005, p.2) explica que:
Por meio das brincadeiras as crianças constroem e reconstroem noções
que as ajudam na compreensão do mundo, favorecendo com isso o
levantamento e o confronto de hipóteses e a aproximação com os
conhecimentos socialmente construídos por meio da interação com os
outros, com os objetos e diversos fenômenos da natureza e os produzidos
pelo homem.

Desse modo, o brincar é responsável pela inserção da criança em uma


sociedade, está ligado diretamente à busca pelo “eu” onde a criança erra para
acertar em uma atividade que exige autonomia e reciprocidade de pensamento,
liberdade e autoconfiança.
Nessa perspectiva, ressalta-se a idéia de colaboração e cooperação onde o
brincar torna a aprendizagem significativa, Malaguzzi (1999,p.63) enfatiza que:

“a imaginação absorve tudo, o cognitivo, o expressivo, o sentimento, a


lembrança, as escolhas que nos pertencem... temos que destruir a imagem
simplificada de um objeto, temos que complicar o mundo... a imaginação é
arte e ciência, pois multiplica os significados de um objeto, de um
acontecimento, de uma palavra...”

No entanto a criança tem a sua própria lógica desafiando o educador a


encontrar maneiras peculiares e muito origineis de se expressar, porque através do
brinquedo, do sonho da fantasia ela é capaz de viver em um mundo totalmente seu.
Nesse enfoque, de acordo com o RCN (2001,p.23)

“educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e


aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para
o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser
e estar com os outros em atitude básica de aceitação, de respeito e
confiança, e o acesso pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da
realidade social e cultural.”

Nessa perspectiva, a escola deve buscar consolidar o respeito às diferenças,


vistas não como obstáculos para o cumprimento da ação educativa, mas, podendo e
36

devendo ser fatores de enriquecimento escolar onde se contempla as necessidades


de todos.
Assim, concluímos nesta pesquisa, que cada criança de acordo com suas
peculiaridades possui sua forma própria de aprender. As crianças com Síndrome de
West, apesar de todas as suas limitações possuem habilidades individuas que
podem e devem ser estimuladas para o seu desenvolvimento.
37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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38

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ARTIGO, Publicado no Medportal em 02/08/2011 disponivel em: <http:


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YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos 2. ed. São Paulo :


Bookman, 2001.
39

ANEXOS
40

I. CARTA DE APRESENTAÇÃO

Da Coordenação do Colegiado do Curso de Pós-Graduação em educação Especial

Para: Colégio Portinari

A/C: Direção/ Coordenação Pedagógica

CARTA DE APRESENTAÇÃO

Prezado(a) Senhor(a)

É papel da Universidade segundo a LDB 9.394/96 “estimular o conhecimento


do mundo presente, em particular os nacionais e os regionais, prestar serviços
autorizados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade”.
Desta forma, o curso de pós-graduação em Educação Especial da UNIJUI apresenta
a aluna Denise Figueiro Torres a fim de inserir –se neste espaço educativo para
observar, analisar e refletir as práticas educativas desenvolvidas nesta entidade.

Com a certeza de que o desenvolvimento dessa atividade será,


pedagogicamente, produtiva para todos, contamos com o seu aceite e nos
colocamos à disposição para outras atividades conjuntas.

Atenciosamente,
Ijui (RS), 15 de novembro de 2011

Marta Estela Borgmann


Coordenadora do curso de Pós-Graduação em Educação Especial
41

II. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) Senhor (a)

Estamos desenvolvendo uma pesquisa cujo título é “INCLUSÃO DE UMA


ALUNA COM SINDROME DE WEST NUMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL”.
Este trabalho é fruto de (estudos de pós-graduação lato ou stricto sensu) em
Educação Especial Deficiência Mental e Dificuldade de Aprendizagem na
Universidade/instituição UNIJUI- Universidade Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul e tem como objetivo identificar práticas pedagógicas que
possibilite meios para desenvolver seu processo de ensino aprendizagem e
socialização.
A metodologia utilizada para a realização da pesquisa acontecerá em dois
momentos, primeiro será feito uma anamnese com a mãe, num segundo momento
após a identificação de algum comprometimento e com base nos Parâmetros
Curriculares Nacionais Especiais (1999), será construído métodos, estratégias
pedagógicas para que o sujeito em questão possa desenvolver seu processo de
aprendizagem e socialização.
Esta pesquisa será feita através de questionários, entrevistas, anamnese
pesquisa bibliográfica etc., cujos dados, posteriormente, serão transcritos e
analisados. Estes documentos coletados ficarão sob nossa responsabilidade por um
período de cinco anos e serão utilizadas apenas para fins científicos vinculados ao
presente projeto de pesquisa, após serão deletadas e/ou incineradas.
Nós pesquisadores garantimos que o anonimato de sua filha está assegurado
e as informações obtidas serão utilizadas apenas para fins científicos vinculados a
este projeto de pesquisa; podendo você ter acesso as suas informações e realizar
qualquer modificação no seu conteúdo, se julgar necessário. Seu filho tem liberdade
para recusar-se a participar da pesquisa, ou desistir dela a qualquer momento sem
que haja constrangimento, podendo você solicitar que as informações sejam
desconsideradas no estudo. Mesmo participando da pesquisa ele poderá recusar-se
a responder as perguntas ou a quaisquer outros procedimentos que ocasionem
constrangimento de qualquer natureza.
42

Está garantido que sua filha não terá nenhum tipo de despesa financeira
durante o desenvolvimento da pesquisa, como também, não será disponibilizada
nenhuma compensação financeira.
Eu, Denise Figueiró Torres, bem como minha orientadora Dulcilene Alves de
Melo, assumimos toda e qualquer responsabilidade no decorrer da investigação e
garantimos que as informações somente serão utilizadas para esta pesquisa,
podendo os resultados virem a ser publicados. Se houver dúvidas quanto à
participação de seu filho, poderá pedir esclarecimento a qualquer um de nós, nos
endereços e telefones abaixo:
Denise Figueiró Torres FONE: 9953-1575

Quintino Bocanhuva nº 1578 Bairro Monsenhor Wolski CEP-97800-000.

Dulcilene Alves de Melo, FONE: 9128-3971.

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000. Fone/fax (55) 3332-0301, e-mail: CEP@unijui.edu.br.

O presente documento foi assinado em duas vias de igual teor, ficando uma
com o pai ou responsável e outra com o pesquisador responsável.

Eu, _________________________, CPF____________,ciente das


informações recebidas concordo que meu filho em participar da pesquisa,
autorizando-os a utilizar as informações por ele concedidas e/ou os resultados
alcançados.

_____________________
Assinatura do pai ou seu
responsável legal) Impressão dactiloscópica

_______________________________________

Denise Figueiro Torres CPF- 003.170.860-90


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III. ANAMNESE INFANTIL


IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE:
NOME:_____________________________________________________________
DATA NASC.:_____/_____/________ IDADE:___________________________
CIDADE DE NASCIMENTO:______________________________________

ESCOLARIDADE, (série e nome da instituição):______________________

_______________________________________________________________

RELIGIÃO:______________________________________________________

NOME(PAI):_____________________________________________________

PROFISÃO:_____________________________________________________

NOME(MÃE):____________________________________________________

PROFISSÃO:____________________________________________________

1- CONCEPÇÃO:

A) A criança foi desejada?..............................................................................


B) Sexo esperado?.........................................................................................
C) Posição de ordem de gestação.................................................................
D) Posição na ordem dos nascimentos:.........................................................
E) Houve abortos anteriores?........................................................................
F) Quantos filhos vivos?...............................................................................
G) Possui algum filho morto?........................................................................

1- Gestação
A) Engravidou quanto tempo após o casamento?.......................................
B) Teve enjôo e vômitos?............................................................................
C) Se sim por quanto tempo?......................................................................
D) Teve inchaço?.........................Quanto tempo?.......................................
E) Teve perda de água?................Quando?...............................................
F) Teve hemorragia?...................................................................................
G) Quais as reações psicológicas, ou sensações percebidas durante a
gravidez?.................................................................................................
H) quando sentiu a criança mexer?.............................................................
I) Como reagiu a essa sensação?..............................................................
J) Fez tratamento pré-natal?.......................................................................
K) Fez preparação para parto sem dor?......................................................
L) Fez exames de sangue?..........................................................................
M) Fez transfusão de sangue durante a gravidez?........................................
N) Tirou radiografia?....................................................................................
O) Levou algum tombo?...............................................................................
P) Teve alguma doença?.............................................................................
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Q) Tomou algum medicamento?..................................................................


R) Teve ameaça ou tentativa de aborto?.....................................................
S) Teve algum traumatismo?......................................................................

2- Condições de nascimento:
A) Local do nascimento:..............................................................................
B) Como foi o desenvolvimento do parto?..................................................
C) Qual foi o primeiro sinal do parto?..........................................................
D) Qual foi o tempo entre o inicio e a expulsão do nenê?..........................
E) Parto seco ou úmido?...........................................................................
F) Qual foi a posição da criança ao nascer?..............................................
G) Como foi o parto?...................................................................................
H) Quais foram suas primeiras reações?...................................................
Chorou logo?........................Precisou de oxigênio?..............................
Ficou em estufa?......................Ficou em berçário?................................
Qual o peso do nenê ao nascer?............................................................
Qual o cumprimento do nenê?...............................................................
I) Quanto tempo ficaram no hospital?.........................................................
I) APGAR no nascimento: 1º minuto....................................5º minuto............
(Se encontra na carteirinha, quando no nascimento o médico entrega para a
mãe e/ou responsável pela criança)

3- Desenvolvimento:
A) Como é o sono da criança?.......................................................................
B) Respeita horário desde bebê?...................................................................
C) Dorme bem durante a noite?.....................................................................
D) Chorou demais quando bebê?...................................................................
E) Quieto demais quando bebê?....................................................................
F) Tem algum ritual para adormecer?............................................................
G) Pula quando dorme?.................................................................................
H) Costuma babar de noite?..........................................................................
I) Costuma fazer xixi na cama quando dorme?............................................
J) Acorda durante a noite e logo volta adormecer?.....................................
K) Costuma falar dormindo?.........................................................................
L) tem sono agitado?.....................................................................................
M) costuma ranger os dentes quando dorme?.............................................
N) é sonâmbulo?...........................................................................................
O) costuma esbugalhar os olhos sem acordar?............................................
P) acorda quando teve algum sonho mal e mostra –lhe aflito?....................
Q) dorme em quarto separado dos pais?......................................................
R) quanto tempo dormiu no quarto dos pais?...............................................
S) qual a atitude tomada para separá-lo?.....................................................
T) dorme sozinho ou com alguém no quarto?...............................................
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U) costuma ir para a cama dos pais quando acorda durante a noite?...........


V) qual a atitude familiar em relação aos problemas de sono?......................

4- Alimentação:
A) Quanto tempo após o parto, recebeu a primeira alimentação?.................
B) Quando começou a aceitar a mamadeira?................................................
C) Até quando mamou com mamadeira?.......................................................
D) Engoliu logo ou vomitou?...........................................................................
E) Era alimentado com alimentos naturais?...................................................
F) Em que idade começou a comer alimentos salgados?.............................
G) Apresentou alguma resistência?...............................................................
H) Qual a atitude tomada ao desmame?.......................................................
I) Apresentou alguma resistência ou rejeição á alguma alimentação ou algum
tipo de alimento?............................................................................
J) Qual atitude tomada em relação a isso?....................................................
K) É forçado a comer?...................................................................................
L) É super alimentado?.................................................................................
M) Vomita com freqüência?...........................................................................
N) Recebeu ou recebe ajuda na alimentação?.............................................
O) Quando começou a comer sozinho?........................................................
P) Toma as refeições com os familiares ou separadamente?......................
Q) Apresentou ou apresenta problemas digestivos?....................................
R) Qual a atitude familiar em relação ao problema de alimentação?............

5- Desenvolvimento psicomotor:
A) Quando manteve a cabeça?.....................................................................
B) Quando sorriu ?........................................................................................
C) Quando firmou a perna com apoio?.........................................................
D) Quando sentou?.......................................................................................
E) Quando engatinhou? ...............................................................................
F) Quando começou a andar sozinho?........................................................
G) Como foi o controle de seu intestino (de suas fezes)..............................
H) Houve dificuldade na educação da limpeza?..........................................
I) Com quantos anos começou a falar?.......................................................
J) Fala corretamente?..................................................................................
K) Troca algumas letras ou gagueira?.........................................................
L) É destro ou canhoto?...............................................................................

6- Manipulação:
A) Usou chupeta?..........................................................................................
B) Chupou o dedo?........................................................................................
C) Roeu ou rói as unhas?.............................................................................
D) Tem o costume de puxar as orelhas?......................................................
E) Tem o costume de puxar os cabelos?......................................................
F) Tem o costume de morder os lábios?......................................................
G) Tem algum tique?.....................................................................................
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H) Qual a atitude pelos familiares diante desses hábitos?.............................

7- Escolaridade:
A) Gosta de estudar?.....................................................................................
B) Vai bem na escola?...................................................................................
C) Quer ser o primeiro aluno da classe?.......................................................
D) Os pais estudam com a criança?..............................................................
E) Gosta da professora?................................................................................
F) É castigado quando tira nota baixa?.........................................................
G) Foi reprovado alguma vez? ( ) sim ( ) não
H) Se sim porque?........................................................................................
I) Freqüentou ou freqüenta parques infantis?.............................................
J) Freqüenta ou freqüentou jardim de infância?..........................................
K) Alguma vez mudou de escola? ( ) sim ( ) não
L) Se sim quantas vezes e por que?...........................................................

8- Medos, mentiras, birras, ciúmes:


A) Apresenta medo de algo ou alguém?........................................................
B) Costuma mentir?........................................................................................
C) Costuma inventar fatos?.............................................................................
D) Apresenta crises de birra? ( )sim ( ) não
E) Se sim, como e com quem?.......................................................................
F) Costuma ter ciúmes?.................................................................................
G) Se sim, de quem ou do que?.....................................................................
H) Observação:...............................................................................................

9- Sexualidade:
A) apresenta algum tipo de curiosidade sexual (do próprio sexo, através de
manipulações, de sexos diferentes, sobre nascimento, concepção,
etc.)?..........................................................................................................
B) Teve alguma orientação?..........................................................................
C) Faz brincadeiras sexuais com outras crianças?........................................
D) Costuma se masturbar?............................................................................
E) se sim, em que situações?........................................................................
F) se sim, qual a atitude dos familiares?.......................................................
G) já foi feita educação sexual?....................................................................
H) se sim, com quem?...................................................................................
10- Sociabilidade:
A) È uma criança sociável?..........................................................................
B) Com quem brinca?..................................................................................
C) Costuma brigar?......................................................................................
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D) Nas brigas como reage ( é agressivo, chora, se retrai )?.......................


E) Com quem briga?...................................................................................
F) Como se comporta frente aos adultos?..................................................
G) Como se comporta frente ao professor?.................................................
H) Costuma sair sem a família, com outras pessoas?................................
I) No ambiente que freqüenta quais são as características habituais
observadas?...........................
j) Como reage as frustrações?.......................................................................

K) Já apresentou regressão no seu comportamento? ( ) sim ( ) não

L) Se sim quando?.........................................................................................

11- Doenças:

A) Que doenças já teve até o momento?........................................................


B) Com que idade teve essa doença?............................................................
C) Houve algumas complicações?..................................................................
D) Apresenta problema de visão?...................................................................
E) Apresenta problema de audição?...............................................................
F) Já fez eletro ou outros exames?.................................................................
G) Qual o resultado apresentado?...................................................................
H) Tomou todas as vacinas até o momento? ( ) sim ( ) não
I) Ainda toma vacinas? ( ) sim ( ) não
J) Quais são as reações apresentadas?.........................................................
..........................................................................................................................

12-Rotina de vida:

A) Tem horário para as refeições?.................................................................


B) Tem horário para tomar banho?................................................................
C) Tem horário para dormir?..........................................................................
D) Respeita esses horários espontaneamente?.............................................
E) É independente nos horários de rotina?...................................................
F) Qual seu horário escolar?.........................................................................
G) Tem atividade extra-escolar?....................................................................
H) Qual o tempo que dispõe para os deveres escolares?.............................
I) Qual o tempo de atividade recreativa de sua escolha?............................

13- Ambiente familiar:

A) Como é a relação existente entre os pais ( como marido/mulher)?............


B) Como é a relação existente entre mãe e criança?......................................
C) Como é a relação existente entre pai e criança?........................................
D) Como é a relação existente entre irmãos?.................................................
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E) Como é a relação entre avós e criança?....................................................


F) Como é a situação financeira da família ?..................................................
G) Quantos trabalham?...................................................................................
H) Qual a religião da família?..........................................................................

14-Antecedentes familiares?

A) ( ) Nervoso B) ( ) Débil Mental C) ( ) Tiques

D) ( ) Viciado E) ( ) Homossexualismo F) ( ) Alcoólatra

G) ( ) Viciado em jogo H) ( ) Suicídio I) ( ) outros

_____________________________

Assinatura do Pai ou Responsável

Data:____/____/______
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IV - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

GESELL
Os trabalhos de Gesell e a forma estruturada como estabeleceu o exame para
diagnóstico dos desvios do desenvolvimento trouxeram enorme contribuição para a
pratica da Pediatria do Desenvolvimento; servindo de base para estudos posteriores
na área do comportamento infantil, assim como para a elaboração de outras escalas
de desenvolvimento.
A padronização das respostas da criança em diferentes situações, nas idades
cronológicas especificas, foram divididas em quatro aspectos principais:

1. COMPORTAMENTO MOTOR = aquisições motoras como: sustentar a cabeça,


sentar, engatinhar, andar e incluindo-se também a atividade das mãos em pegar e
manipular objetos.
2. COMPORTAMENTO ADAPTATIVO = organização e adaptação sensorio-motora
frente aos estímulos, estando intimamente relacionado ao aspecto cognitivo.
3. COMPORTAMENTO DE LINGUAGEM = comunicação verbal e/ou não-verbal
para compreensão e expressão.
4. COMPORTAMENTO PESSOAL-SOCIAL = reações da criança relacionadas a
sua cultura social (influenciadas pelo ambiente).
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V. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Atividade 1: Jogo dos pinos

Referencia: KUPERSKEIN, Adriana Lakosinski. Estimulação precoce – Inteligencia


emocional e cognitiva.

Objetivo: Desenvolver a coordenação visomotora, motricidade, execução de ordens


dadas.

Data: 06/12/11 Tempo total: 20 minutos

Desenvolvimento da atividade: Montar o jogo dos pinos, após posicioná-la em frente


a estes oferecendo uma bola em uma das mãos, incentivar a mesma a jogar a bola,
para que esta consiga derrubar todos de uma só fez. Caso encontre dificuldades
para essa execução continuar o incentivo fazendo com que ela não desista de
realizar e alcançar nossos objetivos.

Hora de inicio: 11h e 40 minutos Hora de término: 12h

Atividade 2: Falando com o Fantoche

Referencia: KUPERSKEIN, Adriana Lakosinski. Estimulação precoce – Inteligencia


emocional e cognitiva.

Objetivo: Motivar o dialogo e a intervenção verbal com a criança com Síndrome de


West.

Data: 07/12/11 Tempo total: 20 minutos

Desenvolvimento da atividade: Propor uma conversação utilizando um fantoche de


papai Noel, uma vez que estamos nos preparando para o natal, onde a professora
estará fazendo uso de um fantoche assim como a menina do estudo de caso
também. Neste dialogo o fantoche irá incentivar a criança a dar respostas.
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Hora de inicio: 11:40 Hora de término: 12h

Atividade 3: Ai vai a bola

Referencia: KUPERSKEIN, Adriana Lakosinski. Estimulação precoce – Inteligencia


emocional e cognitiva.

Objetivo: desenvolver a capacidade de socialização com outras crianças. Obs.


Somente esta atividade foi realizada no seu grupo de colegas

Data: 09/12/11 Tempo total: 20 minutos

Desenvolvimento da atividade: pedir as crianças que sentem em círculo no chão, e


cantando uma música infantil da escolha do grupo a bola vai passando, quando a
música terminar a criança que estiver com a bola devera escolher o nome de um
coleguinha para ir até o centro para receber um abraço.

Hora de inicio: 16h minutos Hora de término:16:20 minutos

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