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Agrobook

Ótimo para revisar


Mapa mental
Conteúdo resumido

Conceitos

Solos
importantes

Classes de solo
13 classes

Intemperismo
Perfil do solo Fatores
pedogenéticos

Rochas metamórficas Pedogênese


Rochas Processos
Rochas ígneas Horizontes pedogenéticos

Rochas sedimentares

2º EDIÇÃO

Autora: Daniele Geiss Lorenzon


Sobre o Agrobook
Meu nome é Daniele Geiss Lorenzon, sou Técnica em Agropecuária e

Engenharia Agrônoma pelo IFMT Campus São Vicente.

Sou produtora de conteúdos agro na internet e vocês podem encontrar meus

mapas mentais e resumos do agro no Pinterest e Instagram (@smartagro4.0)

Eu sempre acreditei que a forma como o conteúdo é passado influência

muito no aprendizado e sempre senti uma falta muito grande de materiais

mais didáticos no agro, mais intuitivos, mais leves para estudar que não

fossem muito cansativos ou que não me deixasse mais confusa ainda depois

de ler. Com o tempo comecei a fazer meus próprios resumos e mapas

mentais de todas as matérias que eu fazia, isso me ajudou muito

principalmente para revisar o conteúdo para a prova e também quando eu ia

fazer outra matéria que tivesse relação com a matéria anterior e eu precisava

revisar isso.

Com o tempo meus colegas começaram a me pedir os resumos emprestados,

pediam para tirar cópias ou foto deles para eles estuarem e percebi que esse

tipo de material de fato ajudava muito a galera a entender o conteúdo então

resolvi transformar isso em um material digital para alcançar mais pessoas e

assim nasceram os Agrobooks (que em breve teremos de outras matérias).

Espero que esse material ajude você até porque esse é o proposito dele.

Quero muito saber sua opinião sobre ele e se de fato ele ajudou você, então

não esqueça de me passar seu Feedback depois de ler esse material.

Bons estudos!

Daniele Geiss Lorenzon


Conteúdo

Conceitos iniciais

Ar Neossilicatos

Água Inossilicatos
Componentes do solo
Matéria orgânica Filossilicatos
Silicatos
Tectossilicatos
Mineral
metamórficas
Rochas
ígneas Minerais acessórios
Apatitas

sedimentares Óxidos e hidróxidos


Químico
Intemperismo Carbonatos

Físico

Adição

Material de origem Processos Remoção


Pedogênese
Clima
pedogenéticos Transformação
Fatores
pedogenéticos Transporte
Relevo

Organismos Processos
Letelização
pedogenéticos
Tempo Salinização

Solo Transporte

Perfil do solo Cor

Propriedades Textuta

Horizontes
Estrutura

Densidade

Classes de solo
Porosidade

13 classes
Atributos
Capacidade de compactação

diagnósticos Cerosidade

+ de 35 conceitos Consistência

Superfície especifica

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Composição do
1
solo

Conheça os componentes
do solo e as 3 fases
presentes no solo

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


solo
Solo é o produto de transformação das substâncias orgânicas e minerais da superfície da terra
sob a influência dos fatores ambientais que operam por um período de tempo muito longo e
apresentando uma organização e morfologia definidas. É o meio de crescimento para as plantas
superiores e a base da vida para os animais e seres humanos. Como um sistema de tempo-
espaço o solo apresenta quatro dimensões.

O solo é constituído por partes sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicas,


formadas por materiais minerais e orgânicos que ocupam a maior parte do manto
superficial, das extensões continentais da terra (EMBRAPA, 2006). É considerado como
uma massa porosa, com parte dos espaços vazios normalmente ocupados por uma
solução aquosa que contém diversos solutos, influentes no desenvolvimento das plantas
(MIRANDA et al, 2006).

Paisagem

Pedon
Polipedon

Perfil Horizontes

Fonte: Adaptado de Brady & Weil, 1996.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Componentes do solo

O solo como sistema trifásico Sólida Matriz do solo


A proporção dessas 3 fases

do solo variam em função


3 fases água do solo
Líquida das condições climáticas e a

vegetação.

Gasosa Atmosfera do solo

Os componentes do solo (mineral, orgânico, água e ar)


são arranjados no espaço para formar o corpo do solo

fauna e flora do solo, raízes de plantas,

resíduos de plantas intactos e em


Matéria orgânica
decomposição, substâncias húmicas

recentemente formadas (húmus);

Ar
Atmosfera do solo

Minerais
Água
fragmentos da rocha

matriz, minerais primários Consiste na fase líquida do

e secundários, solo conde as substâncias

substâncias amorfas; ficam dissolvidas

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Fase sólida orgânica
Conceito
O húmus é a substância orgânicas em
No solo, o termo material orgânico se
avançado estádio de decomposição de tal
refere a todo tipo de material de origem
modo que não se sabe qual o meterial que o
orgânica, vivo ou morto, reconhecível ou
originou
não. A matéria orgânica do solo inclui a

biomassa microbiana, os resíduos vegetais

em decomposição, os compostos orgânicos

derivados da decomposição (facilmente

identificáveis) e o húmus

A quantidade de carbono existente no

solo depende de um grande número de

fatores.

Constituição da matéria orgânica (a) as condições ambiente

(especialmente temperatura e

precipitação),

O principal constituinte da matéria (b) a quantidade de argilominerais

orgânica é o carbono orgânico (58%, em presentes no solo e

média), seguido por oxigênio, hidrogênio, (c) o balanço entre quantidade

enxofre e fósforo. Na matéria orgânica, adicionada e taxa de decomposição.

seja ela viva ou morta, estão contidos

todos os elementos essenciais aos seres A quantidade de carbono (este pode ser

vivos, e até podem estar presentes compreendido como de matéria

elementos tóxicos, como é o caso do orgânica) em um solo em equilíbrio com a

alumínio. vegetação

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Importância da matéria orgânica

Agente estabilizador
As diferentes substâncias que compõem a matéria

orgânica do solo auxiliam na união entre as

diferentes partículas (areia, silte, argilominerais,

células de microorganimos, etc), dessa forma ela

atua como um importante agente estabilizador dos

Fonte de nutrientes
agregados.

A matéria orgânica do solo é a principal fonte de

nitrogênio, enxofre e boro e uma fonte importante

de fósforo e molibdênio às plantas. Como esses

nutrientes fazem parte da estrutura da matéria

orgânica, eles somente estarão disponíveis (na

solução do solo) depois que foram mineralizados

pelos microorganismos do solo (decomposição da

matéria orgânica do solo)

Fonte de energia para microrganismos


Ela é fonte de carbono, e energia e habitat para os

microorganismos do solo. A maior parte dos

microrganismos presentes no solo necessitam de

energia para viver pois são heterotróficos e a presença

de microrganismo é de grande importância pois

influencia na capacidade produtiva de um solo. Além

disso os microorganismos do solo estão envolvidos em

praticamente todos os processos ligados à

disponibilidade dos nutrientes essenciais, na

detoxicação do solo, à dinâmica de gases, etc. I

Armazenamentos de Água
Devida a grande porosidade que a matéria

orgânica apresenta ela se torna muito importante

para o armazenamento de água. Essa água é

mantida no solo com força suficientemente forte

para impedir a drenagem, mas fraca o suficiente

para que as plantas possam absorvê-la.

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É fonte de nutrientes para as plantas, principalmente N,
Química S e P. A MOS apresenta cargas elétricas de superfície e
contribui para a Capacidade de Troca de Cátions (CTC).

Funções
Matéria Orgânica
Biológica

servem como fonte de

Física energia e nutrientes para os


organismos do solo,

Atua como agentes cimentantes dos


agregados. também aumenta a
resistência do solo à erosão.
O que é?
Fase líquida consiste na água do solo, na qual existem

substâncias dissolvidas, devendo ser


Sob o aspecto de fertilidade, a água é o
chamada então de solução de solo
veículo de absorção dos nutrientes que

são liberados da fase sólida.

promove a expansão e contração das partículas do solo,

Funções da água a aderência e a formação estrutural dos agregados.

participa de inúmeras reações químicas que liberam ou retêm nutrientes

Quantitativo Água do solo


se preocupa com a quantidade de água existente no solo,
A fase líquida do
quantidade de água seu movimento em função de gradientes
solo, geralmente é
existente no solo de energia, permeabilidade de solo
abordada sob dois

aspectos

Qualitativo Solução do solo


procurando analisar os íons nela a fase líquida do solo é abordada

dissolvidos e os efeitos de sua qualitativamente, procurando-se

concentração no comportamento no analisar os íons nela dissolvidos e os

solo e nas plantas efeitos de sua concentração no

comportamento do solo e das plantas.

Composição da água do solo

Cátions trocáveis Ânions

Cátions trocáveis: Ca2+, Mg2+, K+, Ânions: NO3- , SO42-, Cl- , HCO3-,

Na+, NH4+, H+, Al3+ seus teores são CO32- apresenta-se em menores teores

facilmente alterados pelo manejo do que os cátions trocáveis, entretanto

solo, no caso do Al em solos podem estar presentes em solos com

acidificado poderá ser fitotóxico e em grande quantidade de matéria orgânica,

solos corrigidos com calcário os teores o excesso de NO3- é um exemplo.

de Ca e Mg serão altos.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


água adsorvida
água higroscópica
Diz respeito a película

água que se encontra em um de água que envolve e

solo úmido ou seco ao ar se adere nas partículas

livre, ocupando os vazios do do solo muito fino- argila

solo, na região acima do

lençol freático.

água de constituição
Classificação água livre

é a que faz parte da da água no solo aquela formada pelo

estrutura molecular da excesso de água no solo,

partícula sólida. abaixo do lençol freático, e

que preenche todos os

vazios entre as partículas

água capilar sólidas

é a que, nos solos finos, sobe pelos

vazios entre as partículas, até

pontos acima do lençol freático

(ascensão capilar).

Água gravitacional, livre, contida na macroporosidade do solo;

Como a água fica Água capilar, retida por forca capilar, contida nos microporos do solo;
retida no solo?
Água adsorvida nos colóidos do solo, não disponível para as plantas.

Esses fatores determinam a área de


Textura
contato e organização das partículas do
Fatores que afetam a
solo que por sua vez interferem nas
retenção de água no solo
Estrutura
proporções de poros de diferentes

tamanhos que vai influenciar na retenção

de água pelo solo

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Precipitação

Transpiração

Evaporação
Água de superfície

Superfície do solo
Infiltração

Água retida
Água do solo
Adsorvida Capilar

Percolação
Elevação capilar
Lençol freático

Água subterrânea

Água disponível (AD)

Limite superior Limite inferior

Ela é maior em solos


argilosos e em solos
contendo húmus e Capacidade de campo (CC) Ponto de murcha permanente (PMP)
menor em solos
arenosos. é a quantidade máxima de é o valor do potencial hídrico do solo no

água que um solo é hábil qual as plantas não podem manter a

para reter contra as forças turgescência (turgor) mesmo à noite, na

gravitacionais. ausência da transpiração.

Umidade á base de peso ''U'' Umidade á base de volume ''o''

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2
Exsudação e excreção de solutos
e substâncias orgânicas pelas
raízes e microorganismos, além
da morte e decomposição dos
1 Absorção de nutrientes pela
nutrição das plantas e microbiota

organismos, o que libera solutos,

3
também;
Precipitação derivada da
supersaturação e nucleação

4
na solução do solo;
Dissolução via
intemperismo;

5
Adsorção por causa de

6
vários tipos de interação
intermoleculares
Desorção e troca
iônica;

8
Adição de metais e
ligantes à solução do solo 7 Drenagem de constituintes
para fora do solo

9
por fertilizantes e
contaminantes
Liberação de gases para

10
a atmosfera do solo;
Dissolução de gases na
solução do solo;

12
Decomposição da
matéria orgânica via
ação microbiana.
11 Formação de compostos
orgânicos via polimerização

Sai da solução do solo

vai para a solução do solo

FONTE: adaptado de Bohn et al. (1985); Kabata-Pendias & Pendias (1992); Hani (1996); Lindsay (2001); Pérez e Campos (2003); Meurer, (2010)

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Fase gasosa
Conceito
A respiração dos microorganismos e das

raízes, por exemplo, é responsável pela


A fase gasosa, formada pelos gases que
maior concentração de gás carbônico no
circulam entre as partículas do solo, é
ar do solo.
resultante de processos bioquímicos, como

a respiração de raízes, microrganismos e

da macrofauna. Enquanto, na atmosfera, existem

aproximadamente 0,03% de CO2, no ar

do solo, pode haver de 10 a 20 vezes mais

Um dos principais fatores é a presença de oxigênio no ar do solo

processo de oxidação no solo


Importância
responsável pelos processos de respiração das raízes,

respiração de organismos aeróbios

Os poros grandes, onde não é possível reter a água (a água saiu do solo e vai para o

lençol freático), serão preenchidos pela fase gasosa. Então, quando chove ou se faz uma

irrigação, os poros pequenos serão totalmente enchidos de água, e a quantidade de ar

será pequena. Contrariamente, quando as plantas absorverem a água, diminuirá a

quantidade de poros ocupados pela água e aumentará a quantidade de ar no solo.

Uma vez que a espaço poroso total deve ser dividido pelo ar e pela água, o teor

de ar varia reciprocamente com teor de água. Quando o solo é saturado com

água, seu teor de ar é praticamente nulo, exceto para algum ar dissolvido na

solução do solo; em solo seco o ar ocupa o total do espaço poroso.

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Componentes minerais do solo
Conceito de mineral
Da onde vem esses minerais?
Minerais nada mais são do que compostos
Os minerais se formam como resposta às
ou elementos químicos que ocorrem de
condições de pressão e temperatura e
forma inorgânica e natural e tem estrutura
composição do magma. ou seja se
interna ordenada (Dana & Hurlbut, 1983).
originaram primordialmente do
Os minerais são os componentes
resfriamento e consolidação do magma,
formadores das rochas
constituindo uma série de cristalização

contínua e outra descontínua conhecida

como série de Bowen (Ernst, 1971).

Desta forma, os minerais predominantes

nos solos serão aqueles que, herdados

da rocha de origem

Minerais primário
Essenciais – mineral presente nas rochas

são aqueles cuja magmáticas ou metamórficas,

presença e teor são que permanece no perfil do solo

Classificação
importantes para a bem desenvolvido por ser

dos minerais
classificação das rochas resistente ao intemperismo

Acessórios
Minerais secundários
são aqueles que,

ocasionalmente, podem
Mineral resultante da decomposição
estar presentes nas rochas
parcial de um outro mineral, tendo

estrutura essencialmente herdada ou

formado a partir da solubilização de

outros minerais

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Classificação dos
2
minerais do solo

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Silicatos
É o grupo de minerais mais abundantes

A unidade fundamental dos silicatos é o nas rochas e também nos solos

ânion (SiO4) 4-, este ânion é formado por

um íon Si4+ cercado por 4 íons O2- que

ocupam o vértice de um tetraedro são compostos por cadeias de tetraedro

hipotético em cujo centro esta o cátion de Si, O e Al que se polimerizam para

(“tetraedro de sílica"). formar os diversos grupos

Classificação dos silicatos


(Dana-Hurlbut, 1983)

Neossilicatos Olivina

Cadeia simples

Inossilicatos
Silicatos Cadeia dupla

Filossilicatos Biotita/muscovita

Quartzo
Tectossilicatos
Feldspato

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Estrutura
Estes minerais estão formados por unidades independentes

de SiO4 (isto é, sem compartilhamento de oxigênios). As

cargas negativas dos tetraedros são atendidas apenas por

Fe2+ e/ou Mg2+, que os interligam

Neossilicatos
(do grego nesos = ilha, tetraedros isolados)
Estabilidade

Estabilidade: as olivinas

intemperizam-se com

facilidade. Por este motivo,

quase não são encontradas no

solo e em sedimentos

Mineral

As olivinas são minerais de cor verde


Olivina que integram uma série isomórfica

com forsterita (Mg2SiO4). e fayalita


As olivinas são o mais
(Fe2SiO4) como espécies finais:
comum desses minerais

(Mg,Fe)2SiO4

Fayalita Forsterita

(Fe2SiO4) (Mg2SiO4)

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Cadeia simples Esta estrutura característica dos piroxênios

compreende o enlace de dois oxigênios

de cada tetraedro para formar uma Mineral


cadeia simples e comprida. Unidades

(SiO3)n -2 ou Si2O6. A Augita é o mineral mais

comum deste grupo

Ca (Mg, Fe, Al) (SiAl)2O6.


mineral ferromagnesiano escuro

comum em basaltos e outras

rochas ígneas básicas

Inossilicatos Estabilidade

(do grego inos = fio, fibra)


Piroxênios e anfibólios também

intemperizam-se com facilidade

(menor que as olivinas), de modo que

são raros no solo e em sedimentos

Cadeia dupla hornblenda

Esta estrutura é característica dos anfibólios é um dos minerais mais abundantes

deste grupo dos anfibólios que se

se forma mediante a junção de duas encontram nas rochas

cadeias simples, de modo que se unam por

meio de 2,5 oxigênios para cada tetraedro.


(NaCa)2(Mg, Fe, Al)5 (SiAl4O11)
A unidade básica é: (Si4O11)n -6

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Estrutura Esta estrutura é característica das micas.

íons em coordenação octaédrica

se unem aos oxigênios apicais de

duas lâminas de tetraedros

número de camadas de cátions


Relação 2:1 em coordenação octaédrica

número de camadas de cátions


em coordenação tetraédrica

Filossilicatos Estabilidade

A biotita se decompõe com mais facilidade

(do grego phyllon = folha, lâmina) que a muscovita por apresentar em sua

estrutura o Fe2+ que se oxida facilmente e o

Mg2+ que tende a interagir hidroxilas.

Exemplos de minerais

Biotita Muscovita
A Biotita apresenta coloração preta, Mica de coloração branco-amarelada,

chamada de mica preta chamada de mica branca.

KSi3Al(Al)2O10(OH)2
KSi3Al(Mg, Fe)3)10(OH)2

na lâmina mediana (octaédrica), que


a lâmina mediana (octaédrica) apresenta
contém apenas Al3+ e em apenas 2/3
como íon central Mg2+ ou Fe2+ em todas
das posições possíveis.
as posições possíveis para o equilíbrio da

estrutura.

Nos solos as micas não são encontrados nas partículas areia e silte no solo. A muscovita
é mais comum que a biotita devido a sua maior resistência ao intemperismo.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Estrutura Esta estrutura é característica das micas.

Os tetraedros SiO4 ligam-se em

uma trama tridimensional, em

tetraedros vizinhos. Composição


Estabilidade
básica é SiO2. O

Quanto maior a quantidade de

substituição de Si por Al (substituição

isomórfica) na estrutura do mineral

mais susceptível este se torna à

Tectossilicatos
decomposição

(do grego tektos = armação) (silicatos reticulares)


A substituição isomórfica se refere à
ocorrência de uma espécie iônica em lugar
de outra sem que se altere a estrutura
cristalina. Ex: Al3+ no lugar do Si4+

Exemplos de minerais Quartzo O quartzo (SiO2) é constituído por

tetraedros SiO4 onde não há substituição

todos os tetraedros estão ocupados

Feldspatos por Si4+. Apresenta a fórmula SiO2.

Nos feldspatos ocorre

substituição isomórfica

parte dos tetraedros esta ocupada Feldspatos Calcio-sódicos


por Al3+ ao invés de Si4+.
(Plagioclásios)
As cargas negativas então excedentes

são compensadas por cátions por

Feldspatos Potássicos cátions Ca2+ e/ou K+

As cargas negativas então

excedentes são compensadas


Anortita CaSi2Al2O8
por cátions K,
Albita NaSi3AlO8

Da Anortita a Albita cresce o teor de Na+ e decresce o de Al3+.

Neste mesmo sentido, cresce a resistência ao intemperismo

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Apatitas A apatita é a fonte original do fosfato do solo

Os tetraedros SiO4 ligam-se em

uma trama tridimensional, em

tetraedros vizinhos. Composição

básica é SiO2. O

Minerais
secudários
Carbonatos

Dolomita Calcita
(CaMg(CO3)2). (CaCO3)
dolomita ou calcário calcário ou calcário

dolomítico. calcítico

Óxidos e hidróxidos

Hematita (Fe2O3) Goetita FeO(OH) Gibsita (Al(OH)3).


marrom-amarelada a normalmente branca, mas
marrom-avermelhada,
marrom-escura pode ser rosa, verde, cinza
cinza-aço, ou preta
ou marrom-clara

As cargas negativas então

excedentes são compensadas

por cátions K,

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Mineralogia da fração silte e areia
Os minerais das frações silte e areia são importantes porque são fontes potenciais

de nutrientes para as plantas e outros seres vivos que habitam o solo. Essa

liberação se dá de forma muito lenta, sendo necessária a sua suplementação na

forma de adubos. À medida que o solo evolui, ele envelhece e os minerais

primários, à exceção do quartzo, se decompõem, liberando lentamente os

nutrientes neles contidos.

quartzo: é um dos minerais mais comuns na fração areia dos solos, devido a sua alta

resistência física e química. Sua importância está mais associada à parte física do

solo, influenciando sua textura (quanto mais quartzo, mais arenoso é o solo), do que

propriamente ao reservatório de nutrientes. Devido a sua alta cristalinidade,

praticamente não apresenta cargas para adsorção de íons e, o quartzo

praticamente, não se decompõe no solo para liberação de seus componentes

feldspatos: formam um grupo de minerais muito importante nas rochas e podem ser

divididos em feldspatos potássicos (possuem potássio em sua estrutura) e feldspatos

calco-sódicos (possuem cálcio e sódio em sua estrutura). Quando esses minerais se

decompõem por ação do intemperismo, esses nutrientes são liberados e são fontes

suplementares às plantas.

piroxênios e anfibólios: esses minerais contêm magnésio, cálcio e ferro em sua

estrutura, que, da mesma forma que os feldspatos, podem contribuir para a nutrição

das plantas quando da sua decomposição.

micas: as micas podem ser divididas em duas classes, a muscovita e a biotita. A

muscovita é fonte de potássio nos solos e a biotita, fonte de potássio e magnésio.

Esta se decompõe mais rápido que a muscovita.

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Mineralogia da
Os minerais da fração argila

(argilominerais) são geralmente

formados a partir da

fração argila
reorganização de elementos

originários dos minerais

primários.

Os principais minerais da fração argila de solos são os filossilicatos de alumínio e

os óxidos de ferro e alumínio. Os filossilicatos se dividem em dois grandes grupos:

os do tipo 2:1 e os do tipo 1:1, que se referem ao número de lâminas tetraédricas em

relação às octaédricas.

São minerais
2:1 que apresentam as
1:1
Na evolução do solo, já foi perdida uma

lâmina tetraedral (dessilicação do solo).


camadas formadas por duas lâminas

Assim, os argilominerais 1:1 são constituídos


tetraedrais ligadas a uma lâmina

por camadas formadas por lâminas


octaedral.

tetraedrais ligadas a uma lâmina

octaedral.

a. presença de substituição isomórfica;

b. as camadas podem se distanciar umas

das outras em função da entrada de água a. o empilhamento das camadas

entre elas. Isso resulta numa alta área (tetraedral ligada a octaedral diretamente)

superficial específica; não permite a expansividade, diminuindo a

área de exposição ao meio (ausência de

c. em função da presença de substituição superfície interna);

isomórfica (forma carga negativa) e da

alta área de exposição ao meio, esses b. presença de baixa quantidade de

minerais apresentam alta capacidade para substituição isomórfica; e

atrair cátions (íons com cargas positiva).

Em Ciência do Solo, esse fenômeno se c. baixa capacidade para atrair cátions

chama Capacidade de Troca de Cátions (íons com cargas positiva) ou CTC. As

(CTC); cargas negativas somente são encontradas

no final do mineral (bordas) e são

d. como a substituição isomórfica é dependentes da constituição da água do

permanente (ela ocorreu na formação do solo, especialmente da concentração de

mineral), dizemos que a CTC é permanente H+, ou dependentes do pH

(não depende das variações do meio).

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montmorilonita
ilita apresenta substituição isomórfica de alumínio

por ferro e magnésio na lâmina octaedral. Essas

argilas têm a propriedade de se expandir


esse grupo se caracteriza
quando úmidas (entrada de água nas
pela existência de grande
entrecamadas) e de se contrair quando secas
número de íons potássio na
(saída de água das entrecamadas);
entrecamada. Por isso, o

espaço entrecamadas fica

indisponível para a adsorção

de íons e a CTC dessas vermiculita:

2:1
argilas é menor que nos tipos

originária da transformação das

micas, tendo um número menor de

íons potássio na entrecamada.

Maior atração do potássio,

e menor expansividade em relação

Mineralogia da
às esmectitas;

fração argila
1:1
hematita
goetita é o segundo tipo de óxido mais

freqüente nos solos, principalmente

É a forma mineral de Fe III mais nos mais intemperizados. É

freqüente em solos, porque é mais característico de climas quentes e

estável que os demais. Ocorre em úmidos e tem alto poder

todas as regiões tropicais e pigmentante (1% de hematita já dá

subtropicais é responsável pela a cor vermelha ao solo).

cor marrom amarelada dos solos.

gibsita

é o óxido de alumínio mais freqüente em solos,

sendo sua estrutura composta pela ligação de

lâminas octaedrais de alumínio. Esse tipo de

óxido pode ser formado pela simples perda da

camada tetraedral das argilas 1:1.

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Rochas
3
Conheça os tipos de
rochas e como cada umas
delas são formadas

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Rochas É o grupo de minerais

abundantes nas rochas e também

nos solos
mais

Conceito de rocha
As rochas são arranjos de minerais de
estritamente, qualquer agregado ou massa
tipos semelhantes ou diferentes e são
de matéria mineral formado naturalmente,
divididas em: ígneas (magmáticas),
coerente ou não, constituindo uma parte
sedimentares ou metamórficas
essencial e mensurável da crosta terrestre.

Solos derivados de arenito (rocha

Importância das rochas


geralmente pobre em nutrientes)

possuem baixa quantidade de

nutrientes (cálcio, magnésio, potássio)

Com exceção do hidrogênio, oxigênio, carbono e

nitrogênio, os demais nutrientes para as plantas, Rochas com grandes quantidades

como cálcio, magnésio, potássio e fósforo, de elementos nutrientes podem

provêm dos minerais presentes nas rochas que, ao originar solos férteis, ao passo

se decomporem pela ação do intemperismo, que solos derivados de rochas

liberam esses elementos para o solo para serem pobres serão inevitavelmente de

absorvidos pelos vegetais baixa fertilidade

n
to
e MAGMA
e o
im ã F
c ç u
a sã
fe ic o
e if
rr lid
A o
s

Rocha ígnea Rocha metamófica


Pressão e temperatura

o
ã
ç
si
o
p
e
Erosão, d
e
e Pressão e
transporte e rt
o
sp
n temperatura
deposição a
tr
,
o

ro
E
Erosão, transporte e

Sedimentos Rocha sedimentar


deposição

Cimentação e compactação

(litificação)

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Rochas
Granito Extrusiva
Basalto
solidificação rápida na superfície da terra,
Diabásio
cristalização fina com ou sem formação de

Rochas ígneas grandes cristais – ‘porfirítica’ ou ’basáltica’;

Rocha ígnea ou magmática:

aquela produzida pelo Intrusiva


resfriamento (solidificação ou
formadas em profundidade, resultado
consolidação) do magma.
na solidificação lenta da lava, com

cristalização grosseira ou “granítica”;

Arenitos

Classificação
Argilitos
Rochas sedimentares
Calcários

das rochas
formadas pela intemperização das

rochas ígneas e metamórficas, com

subsequente transporte e deposição

Gnaisse
Quartzito
Xisto
Rochas metamórficas

resultante da transformação de rochas pré-

existentes, sob a influência de agentes de origem

interna, tais como pressão, temperatura e fluidos

gasosos (CO2 e H2O, principalmente). Esse conjunto

de transformações constitui o metamorfismo.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Um resumo até aqui
Água Composição do solo

Ar Matéria Orgânica

Minerais

Minerais primário Minerais secundários

Ilita
Neossilicatos 2:1 Montmorilonita

Inossilicatos Vermiculita
Silicatos
Filossilicatos

Tectossilicatos

Químico
Desagregação Sedimentares
Intemperismo
Físico Rochas ígneas

Sedimentares

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Formação do solo
4
Nesse capítulo você vai
aprender sobre o processo
de formação do solo e
quais são os fatores de
formação.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Intemperismo

Conceito
O intemperismo desagrega
O conjunto de processos que leva à
os minerais das rochas e os
degradação e decomposição das rochas
fragmenta, além de

modificar sua composição,

decompondo os minerais

mais frágeis e formando

novos minerais.

Intemperismo químico
é a dissolução das rochas ou a

alteração química dos minerais que

Minerais Minerais fazem parte delas.

primários secudários

Intemperismo
Intemperismo físico
Rocha As transformações simplesmente

Solo
mecânicas (fragmentação das
transformando um material coeso num material friável.

rochas e dos grãos minerais)


Variação da
temperatura
Provoca:
contração e
expansão Essa variação provoca
tensões entre os grãos,
que acabam por se Minerais Minerais
Fragmentação descolar e se Reações
químicas primários secundários
fragmentar,

grãos Aumenta a
Assim, ao passar pela fragmentação
desagregado Entrada de causada pelo intemperismo físico, as
superfície de água rochas aumentam a superfície exposta
contato
à ação da água, que promove as
reações do intemperismo químico.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


passa a sofrer ação de agentes do
clima, principalmente precipitação
e temperatura

é exposto na Rocha Clima


superfície terrestre

acionando processos de intemperismo


("apodrecimento" da rocha)

Intemperismo
À medida que se
intemperiza, a rocha vai
desagregando

Desagregação
da rocha

Aumenta a
e ficando mais
porosa, passando a
superfície de
reter água e contato
elementos químicos
oferecendo condições de
Intemperismo Colonização por colonização por
organismos pioneiros,
químico organismos
como musgos, liquens,
granizo
gelo algas
Vento
Chuva

Minerais

óxidos de ferro e alumínio


Material
de origem

Argila 2:1 solo temperado


Sílica
Argila 1:1 solo tropical
Silte

Areia
Interações
química

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Suscetibilidade ao
intemperismo Uma série

estabilidade diante
de

do intemperismo foi

estabelecida pelo
Alguns minerais são mais fáceis de serem quebrados do que
pesquisador
outros, ou seja, são mais susceptíveis ao intemperismo
Goldich, e é a

mesma série de

cristalização

magmática
minerais claros (sem ferro): plagioclásio cálcico, plagioclásio
estabelecida por
sódico, feldspato potássico, muscovita (mica branca) e quartzo. •
Bowen.

minerais escuros (ferromagnesianos): olivina, piroxênio, anfibólio,


Do mais frágil ao
biotita (mica escura).
mais resistente,

temos as seguintes

sequências para os

minerais comuns

formadores de

rochas:

Exemplo prático
Não é difícil perceber essa diferença em materiais utilizados em nosso cotidiano. Localize

uma pia feita em rocha silicática (granito ou gnaisse, muito comuns para essa finalidade de

utilização em construções). As partes mais escurecidas dessas rochas são mais ricas em

biotita (mica preta, com Fe em sua composição); essas partes, após alguns anos de uso,

perdem o brilho dado pelo polimento da fabricação da pia, o que pode ser observado

visualmente, mas também se tornam ásperas, modificações que demonstram a alteração

mais rápida dessas partes mais ricas em minerais mais frágeis (a biotita), em comparação

com as outras partes mais claras da rocha, constituídas predominantemente por minerais

mais resistentes (quartzo e feldspato)

Este quadro de alterabilidade (suscetibilidade ao intemperismo) explica por que

encontramos, nas areias de praias e de rios, principalmente quartzo e um pouco de mica

branca (muscovita): são estes os minerais mais resistentes ao intemperismo. Assim, nos

mantos de intemperismo ou nos sedimentos depositados após erosão de solos e de mantos

de intemperismo pré-existentes, são os minerais primários ainda não alterados (os mais

resistentes) os constituintes principais da fração mais grossa.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Material de origem

Fatores de formação do solo


Clima

Fatores Relevo

pedogenéticos
Organismos

Tempo

Gênese
do solo
Adição

Processos Perdas

pedogenéticos Translocação

Processos de
Transformação
formação do solo

Latolização

Processos Salinização

especifícos
Podzolização

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Processo de
formação dos solos
As rochas e minerais da superfície da

Terra são afetados pela atmosfera e

organismos vivos
eles são fragmentados pela

intemperização

Ornanismos Material parietal

S = f (cl, o, r, p, t...)
Tempo
Clima relevo

SOLO
O solo é resultante da ação
simultânea e integrada do:
Clima Organismo

atuam sobre o: Esses elementos são chamados de:

Material de origem fatores de


formação do solo
que ocupa determinada
paisagem/ relveo Relevo

Esse processo ocorre em


Tempo
determinado período de
tempo

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Fatores pedogenéticos
Material Dependendo do tipo de material de

de origem
origem, os solos podem ser arenosos,
argilosos, férteis ou pobres

O material de origem é a matéria-prima a partir da

qual os solos se desenvolvem, podendo ser de

natureza mineral (rochas ou sedimentos) ou

orgânica (resíduos vegetais).

Rochas Sedimentos
As principais características São formados a partir da

das rochas que influenciam intemperização das rochas e

nos atributos do solo são: atuação de processos erosivos,

sendo muitas vezes transportados e


composição química e mineralogia,
depositados ao longo da paisagem
cor e textura (Brady e Weil, 2013).

Uma mesma rocha poderá originar solos muito diferentes, dependendo

da variação dos demais fatores de formação. Por exemplo:

Granito

Clima úmido e quente Clima seco e quente


em virtude da reduzida

Solos profundos e mais pobres


quantidade de chuvas

Mais pobre devido a maior intensidade do


Solos rasos e pedregosos
intemperismo que transforma os minerais e

libera os nutrientes para o solo.

Por isso, solo mais velhos, mais profundo são

geralmente mais pobres em nutrientes.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Fatores pedogenéticos
Relevo A distância do lençol

freático e a declividade

são as principais
É responsável pelo controle de toda dinâmica dos fluxos de
características que
água na paisagem, como lixiviação de solutos, atuação de
controlam esses

processos erosivos e condições de drenagem (Anjos et al., 1998). processos.

Podemos ter 3 situações:


Maior altitude e Maior altitude com Pontos mais baixos
baixa declividade maior declividade com baixa declividade

Boa drenagem Maior escoamento


Mal drenados
pontos de paisagem
Os pontos mais altos
Pontos com má
com boa drenagem,
da paisagem devido
drenagem o que
porém com maiores
ao distanciamento do
dificulta a infiltração da
declives, intensificam o
lençol freático
água no solo e a baixa
escoamento superficial
possuem boas
declividade não causa o
da água em detrimento
condições de
escoamento isso leva ao
a infiltração,
drenagem
acumulo de água .

Maior infiltração Erosão


Erosão
o que aumenta a taxa de
quando associados a baixas
erosão, promovendo o
declividades, favorecem a
rejuvenescimento do solo.
maior infiltração da água.

Dependendo do tipo de relevo (plano, inclinado ou


abaciado), a água da chuva pode:

Infiltrar no solo Escoar acumular


Ocasiona:

Erosão
forma banhados

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Material de origem
Um mesmo material de origem pode formar solos distintos,

dependendo, por exemplo, da ação predominante do relevo

Granito

Relevo íngreme relevo menos íngreme

a infiltração de água e
a tendência de infiltração de
deterioração do material de origem
água é mais elevada, acelerando
ocorre de maneira mais lenta,
a fragmentação dessa rocha

tendendo à formação de
dando origem a um solo mais
solos mais rasos
intemperizado e tendendo a ser

mais profundo

exemplo: Neossolo Litólico

exemplo: Argissolo

Vermelho-Amarelo

Caso esse material de origem esteja

próximo a um curso d´água (local de

baixada), podem ocorrer situações de

menor suprimento de oxigênio no solo

(condições próximas de anaeróbias),

além transporte e deposição de

material, com chance de formação de

Gleissolo ou Neossolo Flúvico

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Fatores pedogenéticos

Clima está associada principalmente aos

precipitação pluviométrica, as taxas de evaporação e a


atributos

temperatura, tendo em vista a influência dos mesmos no

intemperismo e evolução dos solos (Kämpf e Curi, 2012)

Atuação da água Atuação da temperatura


A água fornecida pelas chuvas tem efeito Já a temperatura tem efeito indireto,

direto na formação do solo, pois através das influenciando a velocidade das

reações de hidrólise, há a alteração do reações químicas e do intemperismo

material de origem e a remoção dos solutos

originados na reação. Além disso, a água

atua na translocação, adição ou remoção de

materiais no interior do perfil do solo.

Clima tropical + altas Intemperismo Forma solos profundos e de composição química


precipitação intenso e mineralógica bastante alterada
pluviométrica

Em regiões de clima menos Forma os solos tendem a ser mais jovens, com
frio e temperado intemperismo horizontes superficiais com teores de
carbono orgânico mais elevados.

pode ocorrer a formação de solos salinos


Clima seco e pouco e/ou que apresentam elevados conteúdo
menos Forma
precipitação de sódio. Também nesse ambiente podem
intemperismo
ser verificadas argilas expansivas que
propiciam a formação de rachaduras na
superfície do terreno e fendas em
profundidade.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Fatores pedogenéticos

Organismos
Os organismos que vivem no solo (vegetais,

minhocas, insetos, fungos, bactérias, etc.)

a ação dos organismos no substrato


além de seus corpos serem fonte
representa a diferença entre os processos
de matéria orgânica, atuam
de pedogênese e intemperismo
também na transformação dos

constituintes orgânicos e minerais

Influência dos organismos na formação dos solos

Vegetação
Ao se decompor, a matéria orgânica

libera ácidos que também participam


fornecimento de matéria orgânica,
na transformação dos constituintes
proteção contra a erosão pela ação das
minerais do solo.
raízes fixadas no solo, assim como as

folhas evitam o impacto direto da chuva.

Organismos
microrganismo
Fauna
transformando a matéria orgânica fresca

em húmus; A fauna (representada por inúmeras

o qual apresenta grande capacidade de espécies de minhocas, besouros,

retenção de água e nutrientes, o que é formigas, cupins, etc.) age na trituração

muito importante para o desenvolvimento e transporte dos resíduos vegetais no

das plantas que habitam o solo. perfil do solo

A matéria orgânica adicionada ao solo participa de

diversos processos no solo e influencia na:

agregação de partículas,

no escurecimento do horizonte superficial,

na infiltração da água, minimizando a erosão e,

na retenção de nutrientes

(Pavinato e Resolem, 2008).

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Fatores pedogenéticos

Tempo
O fator tempo apresenta uma relação não

apenas de cronologia, mas também de

maturidade e evolução (Kämpf e Curi, 2012).

Para a formação do solo, é

necessário determinado O uso do termo tempo/idade em pedologia normalmente está relacionado à


tempo para atuação dos maturidade, ao grau de desenvolvimento de um solo, e não ao tempo cronológico
processos que levam à sua

formação.
Solo jovem Solo velho
pedogênese foi pouco intensa, ou que é um solo mais profundo

a taxa de erosão foi maior que a taxa quimicamente pobre, com

de pedogênese (relevo acidentado), minerais profundamente

formando um solo pouco espesso, intemperizados e acúmulo de

podendo apresentar minerais ainda óxidos.

passíveis de intemperização.

O tempo que um solo leva para se formar depende do:

Tipo de rocha Relevo Clima

Nos relevos mais inclinados O clima (temperatura e a


Solos desenvolvidos a partir de
o tempo
(morros, montanhas), chuva) influenciam no
rochas mais fáceis de ser
necessário para formação processo de intemperismo e
intemperizadas formam-se mais
de um solo é muito mais também no transporte,
rapidamente, em comparação
longo, comparativamente aos adição e remoção de
com aqueles cujo material de
relevos planos, uma vez que, particulas.
origem é uma rocha de difícil
nos primeiros, a erosão natural
alteração.
é muito maior

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Pedogênese Adição

Material de origem
Transformação

Clima Fatores Processos Transporte

pedogenéticos pedogenéticos Remanejo


Relevo

Perdas
Organismos

Tempo

Processo pedogenético
A interação dos fatores de formação do solo dá origem aos processos pedogenéticos,

sendo reconhecidos quatro processos múltiplos (transformação, translocação, adição e

perda)

A atuação desses processos em diferentes intensidades de acordo com as condições

ambientais é responsável pela variabilidade dos tipos de solos de uma determinada

paisagem.

o processo de adição consiste

na entrada de material por

fontes externas ao solo

o processo de

translocação implica

na movimentação o processo de perda é

de material orgânico caracterizado pela

ou inorgânico dentro remoção, seja de

do perfil; partículas, por ação da

erosão, ou de cátions,

pela lixiviação.

Diagrama ilustrando teorias gerais de gênese do solo. Fonte:


adaptado de Simonson (1959) e de Brandy e Weil (1996).

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Processos pedogenéticos
a adição de matéria orgânica (restos

orgânicos de animais e vegetais),

Tudo que é incorporado ao

solo em desenvolvimento poeiras e cinzas trazidas pelo vento,

Adição
materiais depositados tanto por enchentes como

por movimentos de massa nas encostas

adubos, corretivos, agrotóxicos, adição de solutos pela chuva,

Remoção ou perdas exportação de nutrientes pelas colheitas,

perdas de compostos voláteis por queimadas

perdas por erosão hídrica ou eólica,

Compreende as perdas de

gases, líquidos ou sólidos

sofridas por uma determinada

porção de solo, podendo ser

em superfície ou em

profundidade

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Processos pedogenéticos

Translocação o movimento de argilas e/ou solutos de um

horizonte para o outro no perfil,

o preenchimento de espaços deixados por raízes

É caracterizada pelo

movimento de materiais de
o movimento de materiais promovido pela
um ponto para o outro
atividade agrícola
dentro do perfil do solo.

São processos que consistem

na transformação física,

química ou biológica dos

Transformação constituintes do solo,

envolvendo síntese e

decomposição.

Químicas Física

consistem dos processos de quebras de minerais e rochas,

intemperismo químico já umedecimento e secagem do

conhecidos, assim como a solo com quebra de agregados,

neoformação de minerais da compressão provocada pelo

fração argila do solo. crescimento de raízes,

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Perda de Aumenta neutralidade de diminui o movimento
sais básicos a acidez carga das argilas das argilas

Esta estrutura permite que os

Latossolos apresentem uma alta leva à floculação


permeabilidade e arejamento,

Latossolização
formação de agregados
É o processo específico de pequenos e de forma granular,
formação dos Latossolos,

Argissolos

Processos Específicos Espodossolos

de Formação do Solo Podzolização


Luvissolos

Planossolos
translocação de argila e de

compostos organo-minerais

dentro do perfil.

Salinização
- caráter sódico: saturação das cargas por Na > 15%.
formação de solos que

apresentam acumulação
- caráter solódico: saturação das cargas por Na > 6% e < 15%.
de sais no perfil.
- caráter salino: condutividade elétrica > 4 ds/m2e < 7 ds/m2

- caráter sálico: condutividade elétrica > 7 ds/m2


Gleissolos Sálicos

Planossolos Nátricos

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Um resumo até aqui
Água Composição do solo

Ar Matéria Orgânica

Minerais

Minerais primário Minerais secundários

Carbonatos
Neossilicatos Apatitas

Inossilicatos Óxi e hidróxidos


Silicatos
Filossilicatos

Tectossilicatos

Químico
Desagregação Sedimentares
Intemperismo
Físico Rochas
ígneas

Sedimentares
reorganizaçã

Organismos
Clima Adição
Fatores de Processo
Relevo Pedogênese
formação do solo pedognético Remoção
Material de origem
Relevo
Tempo
Latolização
Processos
especifícos Salinização
Podzolização

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Perfil do solo
5
Conheça as 13 classes de
solos e a características de
cada uma delas

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Formação do perfil do solo
A formação do solo inicia-se a partir do momento em que o material de origem material de

origem (rocha) é exposto na superfície terrestre, quando, então, passa a sofrer ação de

agentes do clima, principalmente precipitação e temperatura, acionando processos de

intemperismo ("apodrecimento" da rocha).

À medida que se intemperiza, a rocha vai desagregando e ficando mais porosa, passando

a reter água e elementos químicos (cálcio, magnésio, potássio, sódio, ferro, etc) e

oferecendo condições de colonização por organismos pioneiros, como musgos, liquens,

algas, etc. Com o passar do tempo, o tempo solo vai ficando mais espesso , permitindo a

instalação de plantas de maior porte. Ao morrerem, esses organismos organismos fornecem

matéria orgânica (adição), adição que passa a ser incorporada continuamente ao solo,

além de fornecer ácidos orgânicos, que aceleram o intemperismo.

Os minerais primários (oriundos da rocha) sofrem transformações, transformações

alterando-se química e fisicamente e dando origem a novos minerais (minerais

secundários), tais como: minerais silicatados e óxidos de ferro e alumínio.

Abaixo da camada superficial mais escura do solo, a rocha continua se intemperizando e

apresenta coloração vermelha graças à presença do ferro. Parte dos nutrientes (cálcio,

magnésio, potássio, etc.), liberados desses minerais, também são "lavados" do solo

(perdas). Pela ação da gravidade, partículas de argila suspensas em água e compostos

orgânicos podem deslocar-se pelos poros do solo, possibilitando algum acúmulo em

profundidade (transporte descendente) . Em climas secos, alguns sais são trazidos à

superfície do solo (transporte transporte ascendente), graças à evaporação da água.

a diferenciação do corpo do que refletem diferentes


Os componentes do solo solo em horizontes dá origem propriedades e funções
(mineral, orgânico, água ao processo da pedogênese ecológicas no ambiente e
e ar) são arranjados no que leva a um grande número contribuem de várias
espaço para formar o de classes de solos (tipos de formas para suportar a
corpo do solo solo) humanidade.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Perfil do Solo, Horizonte e Camada
Químico

agentes do intemperismo,

Os agentes do Físico
intemperismo agem

sobra as rochas
O material de Fatores de formação
origem matéria prima dos solos, do solos
Regolito
submetido à ação do
Clima
clima e organismos, em
Organismos
determinado relevo e
Relevo
SOLOS durante determinado

espaço de tempo irá se

transformar no solo

À medida que se transforma o

solo, o material de origem vai se

diferenciando em seções mais

ou menos paralelas à superfície HORIZONTES


do terreno,

Um horizonte pode ser definido como uma

seção de constituição orgânica ou mineral,

PERFIL
aproximadamente paralela à superfície do

terreno e que possui propriedades geradas

pelos processos de formação dos solos,


A sequencia de
distinguindo-se das demais seções
horizontes no solo forma
adjacentes.
o perfil desse solo

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Horizontes do solo
À medida que se transforma
Esse material submetido à
O material de origem,
o solo, o material de origem
ação do clima e organismos,
sob a ação dos agentes
vai se diferenciando em
em determinado relevo e
do intemperismo, dá
seções mais ou menos
durante determinado espaço
origem ao regolito,
paralelas à superfície do
de tempo irá se transformar
matéria prima dos solos
terreno, seções estas
no solo
denominadas de horizontes.

Horizontes
Perfil do solo Um horizonte pode ser definido

como uma seção de


o perfil do solo é definido
constituição orgânica ou
pela sequência de
mineral, aproximadamente
horizontes nele observado.
paralela à superfície do terreno

Estudo do perfil do solo Vale ressaltar que as

informações de campo

(morfologia) deverão

A campo Em laboratório ser completadas por

análises de
pela descrição morfológica por determinações analíticas (análises
laboratório.
(ou simplesmente descrição do físicas, químicas e mineralógicas) nas

perfil) amostras colhidas de cada horizonte

durante a descrição do perfil.

Na descrição são identificados e separados entre si os horizontes e/ou

camadas, levantando-se de cada um as seguintes características:

nomenclatura;

espessura (limite superior e inferior em centímetros a partir do primeiro horizonte mineral),

cor do material de solo (seco e úmido);

textura;

estrutura;

consistência (seco, úmido e molhado);

forma e nitidez de transição para o horizonte seguinte,

certos pormenores de importância (cerosidade, superfície de fricção, cimentação, nódulos

e concreções minerais, eflorescências, frequência de raízes e linhas de pedra).

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Horizontes do solo

O exclusivamente em solos

com boa drenagem

“o” - material orgânico pouco decomposto com

H
predomínio de detritos (folhas, raízes, etc.) onde
se identifica a forma do material;
em solos mal drenados, com
condições de anaerobiose (lençol
freático próximo à superfície) “d” material orgânico com estágio
adiantado de decomposição.

A
horizontes minerais superficiais,
caracterizados pelo elevado teor de matéria
orgânica que os horizontes subjacentes

E
Horizonte de translocação de materiais (matéria orgânica,
argila entre outros) em função da translocação pode
apresentar cores claras e/ou textura arenosa.

B
- Horizonte mineral subsuperficial (ou à superfície do terreno quando Também pode ser
o horizonte superficial tiver sido removido por processos erosivos) subdividido em BA,
que apresenta melhor expressão dos processos pedogenéticos B e BC

C
Horizonte mineral, adjacente à rocha O horizonte C é subdividido em C1,
matriz ou representando o próprio C2 e C3, etc.
material de origem do solo (sedimentos) No entanto, apenas o horizonte C1 têm conotação
genética, os demais referem-se simplesmente à
posição em relação a rocha matriz

F
Horizonte ou camada formada por
consolidação de minerais ricos em
ferro (petroplintita)

R
Este símbolo é usado para designar a camada mineral
consolidada e coesa (não pode ser cortada com pá,
quando úmida) que representa o substrato rochoso

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Horizontes do solo
Para indicar propriedades ou processos específicos, num

dado horizonte, são usados sufixos

c – concreções ou nódulos endurecidos (Bc);


f – presença de plintita (Bf, Cf);

g – glei (Bg, Cg);

h – acumulação iluvial de matéria orgânica (Bh);


i – desenvolvimento incipiente do horizonte B (Bi);
k – presença de carbonatos (Ck);
n – acumulação de sódio (Bn);

p – horizonte lavrado ou revolvido (Ap);


r – rocha branda ou saprólito (Cr);
s – acumulação iluvial de matéria orgânica (Bs);
t – acumulação iluvial de argila (Bt);

v – características vérticas (Bv);


w – intenso intemperismo do horizonte B (Bw).

Transição entre horizontes - Refere-se à nitidez ou contraste de separação entre

horizontes, e a topografia do plano horizontal que marca a separação

Quanto à nitidez, a transição entre horizontes pode ser:

1. Abrupta - Faixa de separação com largura < 2,5 cm;

2. Clara - Faixa de separação com largura de 2,5 a 7,5 cm;

3. Gradual - Faixa de separação com largura de 7,5 a 12,5 cm; ou

4. Difusa - Faixa de separação com largura > 12,5 cm

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Um resumo até aqui

Água Composição do solo

Ar Matéria Orgânica

Minerais

Carbonatos
Minerais primário Minerais secundários Apatitas
Neossilicatos
Óxi e hidróxidos
Inossilicatos
Silicatos
Filossilicatos

Tectossilicatos

Sedimentares

Intemperismo Desagregação Rochas ígneas

Sedimentares
reorganizaçã

Físico Químico

Adição

Processo Remoção
Organismos
Pedogênese pedognético Transformação
Clima
Fatores de
Relevo formação do solo Translocação
Processos
Material de origem
especifícos Podzolização
Tempo
Salinização
Latolização
Tipos de solo

Perfil do solo Horizontes

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Propriedades do
6
solo

Nesse capítulo vamos falar


sobre as propriedades
químicas e físicas do solo

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Propriedades do solo

são atributos relativos ao

comportamento, são

resultantes da interação entre

características e o meio

ambiente. Um bom exemplo


Características do solo
Os atributos utilizados para defini-
de propriedade física é a
lo como por exemplo a textura,
retenção de água pelos solos,
utilizados para descrever o solo

Propriedades
do solo Cor do solo

Cerosidade

Areia
Textura Estrutura
Silte

Argila

Porosidade Consistência

Compactação
Densidade

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Características Morfológicas

Conceito
A morfologia do solo significa o estudo da

aparência do solo no meio ambiente

natural. Esta descrição é feita segundo as Quando se fala em morfologia do solo,

características visíveis a olho nu, ou essa se refere à descrição das

prontamente perceptíveis características do solo diagnosticadas

geralmente em um perfil de solo.

Importância
Além de sua importância na descrição do perfil, ela é utilizada para inferir sobre

outras propriedades importantes no manejo do solo, tais como: drenagem,

retenção de umidade, permeabilidade, compactação, susceptibilidade à erosão,

resistência a mecanização agrícola, etc.

As características morfológicas permitem separar, no campo, diferentes unidades

taxonômicas, homogêneas, que poderão constituir uma classe de solos.

espessura,

arranjamento e número de horizontes;

Principais transição entre horizontes;

características cor;

morfologicas
textura;

estrutura;

cerosidade; e

consistência.

Além das propriedades referentes aos horizontes, descrevem- se ainda

características referentes a paisagem em que se situa o perfil, tais como:

declividade, relevo, grau de erosão, altitude, uso atual, entre outra. Na descrição

morfológica adota-se uma terminologia própria, convencionada pelo Manual de

Descrição e Coleta de Solo no Campo (Santos et al., 2015).

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Características Físicas
Conceito físico de solos A capacidade que o solo apresenta em

prover ao sistema radicular condições físicas


Meio poroso, não rígido, trifásico,
adequadas para seu crescimento e para o
formado de partículas que possuem
desenvolvimento das plantas é denominada
complexidade de forma, tamanho e
qualidade física do solo.
estrutura mineralógica e algumas

partículas finitamente divididas de

maneira a apresentar uma grande área Os atributos físicos do solo diretamente

superficia relacionados com o crescimento das plantas são:

resistência à retenção
Aeração
Solo fisicamente ideal penetração das raízes de água

É aquele que apresenta: 

Boa aeração e retenção de água; 


Estes atributos são influenciados pela

Bom armazenamento de calor; 


estrutura Práticas de
Textura do solo manejo
Pouca resistência mecânica ao

crescimento radicular.

O solo, ao passar de uma condição natural, como em

um ambiente de floresta, para uma condição de

cultivo, sofre modificações nas propriedades físicas,

Propriedades físicas do solo


químicas e biológicas, sendo mais afetado quanto

maior for a intensidade do seu preparo.

Textura do solo 
Segundo Costa et al. (1996), com o cultivo do solo, em
Área superficial específica 
geral, as propriedades químicas são melhoradas e as
Consistência do solo 
físicas deterioradas
Agregação do solo 

Principais alterações físicas do solo


Densidade do solo 

Densidade de partículas 

Porosidade do solo  As principais alterações físicas do solo, em resposta ao

Resistência à penetração uso, são percebidas pela redução dos macroporos, do

tamanho de agregados, da taxa de infiltração de água

e do aumento da densidade do solo (CAMARGO;

ALLEONI, 1997).

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Cor Importância
É considerada uma das

morfológicas mais importantes, na diferenciação


propriedades

A cor do material do solo


de horizontes, na avaliação do teor de matéria
representa uma mistura das
orgânica, na avaliação do grau de
cores de seus componentes.
oxidação/hidratação dos compostos férricos, na

avaliação da drenagem do perfil, etc

Os principais agentes pigmentantes do solo são:

Matéria orgânica
Óxi-hidróxidos
tende a conferir aos solos as

cores escuras, notadamente vermelho quando desidratado (hematita)

quando o material está úmido


amarelo quando hidratado (goethita).

Como é determinada?
A identificação da cor é feita através da Carta de Cores de Munsell para Solos

(padrão de referência) e as notações (traduções) convencionais pela Sociedade

Brasileira de Ciência do Solo. A cor do torrão do solo (seco e úmido) é

identificada por comparação e recebe um símbolo alfanumérico, em que os

grupos de dígitos indicam matiz (hue), valor (value) e croma (chroma), os três

elementos de uma cor. Os matizes de baixa frequência (vermellho e amarelo) e

de valores altos indicam condições de oxidação (solos bem drenados); os matizes

de alta frequência e valores baixos indicam condições de redução (solos mal

drenados)

A cor do material do solo pode ser “simples” ou composta. É dita “simples”

quando a olho nu distingue-se uma única cor; é dita composta quando há

manchas de cores diferentes.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Cores escuras
Indicam presença de matéria

orgânica e estão relacionadas

com os horizontes mais

superficiais

Cores amarelas

Cores vermelhas Podem indicar

condições de boa

Indicam condições de drenagem mas com

boa drenagem e regime mais úmido.

aeração do solo. Estão Estão relacionadas com

Cor do
relacionadas com a a presença de goetita.

presença de hematita

solo Cores mosqueadas

Manchas amareladas,

vermelhas, pretas em

Cores acinzentadas
uma matriz.

Indicam condições de

saturação do solo com água

(redução do ferro)

Cores claras
Indicam presença de minerais

claros (caulinita e quartzo). Pode

significar a perda de materiais

corantes

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Textura
É a proporção relativa das classes de

tamanho de partículas de um solo.

Importância Interfere em:


Retenção, movimento e disponibilidade de água
A textura é importante para o

entendimento do comportamento e Arejamento

manejo do solo Durante a classificação Disponibilidade de nutrientes

do solo em um determinado local, a Resistência à penetração de raízes

textura é muitas vezes a primeira e mais Estabilidade de agregados


importante propriedade a ser determinada
Compactabilidade dos solos

Erodibilidade

A partir da textura, muitas conclusões

importantes podem ser tomadas

Determinação Em laboratório
análise granulométrica

da textura A campo
pela sensação que o solo

molhado e amassado

oferece ao tato

AREIA Sensação aspereza, não plástico, não pegajoso

Silte Sensação sedosidade, plástico, não pegajoso

Argila Sensação sedosidade, plástico, pegajoso

Principais partículas do solo


Areia
Silte Ao tato, apresenta aspereza e não é plástica e nem pegajosa.
É responsável pelo aparecimento de macroporos.
Apresenta a sensação de sedosidade ao tato.
É responsável pela aeração do solo.
Retém pouca água e poucos nutrientes.
Retém pouca água e nutrientes.

Argila
Ao tato, é plástica e pegajosa, quando molhada.
Promove a estruturação do solo.
Promove o aparecimento de muitos poros (principalmente microporos).
Retém muita água e muitos nutrientes.

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Principais diferenças entre solos arenosos e argilosos

• Solos com baixa permeabilidade.


• Retém energicamente a água.
A alta porcentagem de argila

num solum indica um intenso • Dificuldade, em parte, de cultivar.


intemperismo do material (já
• Consistência compacta.
Solo argiloso
que os minerais formados pelas
• Solos pesados.
reações do intemperismo

químico estão, principalmente, • Boa coesão e plasticidade.


nesta fração granulométrica)
• Coloração escura.
• Lenta evaporação da água.
• Solos mal drenados (úmidos).

• Solos permeáveis.
• Não retém água.
A alta porcentagem de silte

ou de areia pode indicar que • Fáceis de serem trabalhados.


ainda há quantidade • Consistência solta.
significativa de minerais
Solo arenoso • Solos leves.
primários a serem

quimicamente intemperizados.
• Pouca coesão entre partículas.
• Coloração clara.
• Rápida evaporação da água.
Triângulo textural • Solos drenados (secos).
• Fáceis de sofrer erosão.

Exemplo

Se o resultado da determinação das

proporções das partículas do solo, por

laboratório ou sensação ao tato, tenha

dado o seguinte:

Areia = 30 %

Silte = 40 %

Argila = 30 %

Então, este solo é classificado como franco-argiloso

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Estrutura do solo
Conceito
A estrutura do solo pode ser definida
"Estrutura do solo é o arranjamento das
como sendo a combinação entre
partículas do solo e do espaço poroso entre
agregados e porosidade. As partículas
elas; incluindo ainda o tamanho, forma e
unitárias do solo (areia, silte e argila)
arranjamento dos agregados formados
unem-se através de forças de adesão e

quando partículas primárias se agrupam, em coesão, formando os agregados do solo.

unidades separáveis" (Marshall, 1962). Estes agregados, de maneira grosseira,

podem ser descritos como pequenos

torrões de solo que apresentam

estabilidade. Os espaços que se formam

Importância entre as partículas unitárias do solo e

entre os próprios agregados é que dão

Solos bem agregados possuem maior origem à porosidade do solo

porosidade do que solos pobres em agregação,

A estruturação do solo é promovida,

principalmente, pela argila e pela

matéria orgânica do solo.


Quanto mais estruturado um solo,

maior volume total de poros ele

possui e, portanto, maior capacidade

de armazenamento de água.

rápida penetração e
percolação da água
conferem melhores
favorecer a troca gasosa entre o condições para o
Solos bem Maior solo e a atmosfera desenvolvimento das
agregados porosidade plantas
menores restrições mecânicas ao
desenvolvimento da raiz e emergência da planta.

A atividade microbiana, incluindo nitrificação, é


O arranjo das partículas é aumentada e a fauna do solo é mais variada e numerosa.
que define a porosidade do

solo, que por sua vez


Um solo com melhor estrutura suporta
condiciona a aeração do

solo e o movimento da melhor a precipitação e a ação de

solução do solo em seu máquinas e implementos agrícolas e

interior também permite uma melhor produção das

culturas.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


apresenta topos planos,

Prismático nivelados e com contornos

melhor definidos

Prismática

Colunar
As partículas do solo estão apresenta os topos arredondados,

arranjadas em torno de característico de solos salinos

uma linha vertical

dominante

As partículas estão arranjadas em torno

Laminar de um

estruturais
plano

tem
horizontal.

aspecto
As

de
unidades

lâminas,

sendo a linha horizontal sempre maior

que a vertical

Classificação das
estruturas As três
Blocos
dimensões da unidade

estrutural são aproximadamente iguais

Angular Subangulares
Granular
as faces são planas e apresenta mistura de

seus inúmeros eixos tem, praticamente a maioria dos vértices faces arredondadas e

as mesmas dimensões, forma grânulos com ângulos vivos planas com muitos

vértices arredondadas
arredondados, característica de

horizontes superficiais, ricos em MO

Grumos Granular
unidades estruturais são muito unidades são relativamente

porosas, apresentando maior pouco porosas

quantidade de microporos.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Estrutura do solo
Como se forma um agregado
Para ocorrer a formação de agregados no

solo, são necessárias duas condições

fundamentais:
Gravidade

Crescimento de raízes

Força mecânica Contração e expansão do solo

Ação da fauna (organismos)

provocar a

aproximação das

partículas.

Argila

Agente cimentante Matéria Orgânica

Óxidos de ferro e alumínio

para consolidar Micélios de fungos

essa união e gerar Polissacarídeos (bactérias)

o agregado Dejetos de minhocas

Aproximação entre as partículas


floculação da argila

desidratação do solo: aproxima

partículas

raízes: desidratação e pressão

sobre as partículas Estabilização: agentes cimentantes


organismos: minhocas (coprólitos)

quantidade de argila e de cátions

forças eletrostáticas (Van der Walls)

MO. Polissacarídeos, Ac. húmicos

microrganismos: ação mecânica (hifas de

fungos) e produção de compostos orgânicos

vegetação: ação mecânica das raízes e

fonte de material orgânico na superfície

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Formação do agregado

Aglomerado
Aglomerados de partículas de argila interagindo com óxidos

de Fe ou Al e polímeros orgânicos na menor escala

constituído por partículas de silte cobertas com matéria

Submicroagregado orgânica e pequenos pedaços de plantas e microorganismos,

cobertos com arranjamentos menores de argila, húmus e

óxidos de Fe ou Al

consistindo principalmente de partículas de areia fina e pequenos

microagregado
aglomerados de silte, argila e substâncias orgânicas unidas por

pêlos radiculares, hifas de fungos e substâncias produzidas por

microrganismos

Macroagregado composto por muitos microagregados, unidos

Macroagregado principalmente por uma rede de hifas de fungos e raízes

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Porosidade do solo
Conceito
O arranjamento ou a geometria das partículas

do solo determinam a quantidade e a natureza


A Porosidade do Solo ou Volume Total de
dos poros existentes. Como as partículas variam
Poros (VTP) representa a porção do solo em
em tamanho, forma, regularidade e tendência
volume não ocupada por sólidos
de expansão pela água, os poros diferem

consideravelmente

A porosidade é também uma propriedade

física muito alterada pelo manejo do solo

Importância
Caracterizações dos sistemas porosos É muito importante para as plantas e

são importantes em estudos envolvendo outros organismos do solo e pode ser

armazenamento e movimento de água e observada indiretamente pelo

gases; em estudos do desenvolvimento do crescimento das raízes no perfil ou

sistema radicular das plantas; em diretamente através da observação da

problemas relativos ao fluxo e retenção existência de poros e canais no solo.

de calor e nas investigações da

resistência mecânica dos solos

Classificação dos poros


De acordo com KIEHL (1979)

Porosidade Não Capilar


Porosidade Capilar ou ou Macroporosidade
Microporosidade

Os poros grandes ou Macroporos os pequenos ou Microporos

são importantes para a aeração garantem a retenção e o

do solo e infiltração da água armazenamento de água para as

plantas.

Num determinado solo a Distribuição de Poros por Tamanho será

função tanto da Textura quanto da Estrutura do Solo.

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Densidade do solo
Conceito A Ds é uma propriedade física que reflete o

arranjamento das partículas do solo, que por sua

A Densidade do Solo é também conhecida vez define as características do sistema poroso

pelas expressões Densidade Aparente e

Densidade Global e representa a relação

entre a massa de sólidos (Ms) e o volume


Ds = Ms
total (Vt), ou seja, o volume do solo
VT
incluindo o espaço ocupado pela água

(VH2O) e pelo ar (Va):

Importância
O conhecimento da Ds é um importante

Porque calcular a densidade do solo? indicativo das condições de manejo do

solo, utilizada na na tomada de decisão

Usada para: quanto ao sistema de manejo do solo a

Calcular PT  ser adotado. O valor da Ds correlaciona-

Calcular massa solo da camada arável  se inversamente com a permeabilidade

Avaliar alterações na estrutura e porosidade do solo e como tal constitui-se em

Converter massa H2O a volume H2O importante indicativo da auxiliando ainda

na determinação de práticas de

conservação do solo e da água..

A densidade do solo é influenciada por:


Textura Manejo

Profundidade
Segundo Kiehl (1979), as amplitudes de

variação das densidades do solo

solos argilosos, de 1,00 a 1,25 g.cm-3;

solos arenosos, de 1,25 a 1,40 g.cm-3; A densidade do solo tende a aumentar

solos humíferos, de 0,75 a 1,00 g.cm-3; com a profundidade do perfil:

solos turfosos, de 0,20 a 0,40 g.cm-3

Menor teor de matéria orgânica

Menor agregação

Ausência de raízes

Compactação causada pelas camadas superiores

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Compacidade ou Compactação do solo
Conceito
De acordo com GROHMANN (1975) Compacidade refere-se ao agrupamento cerrado

das partículas de um solo, em função de processos pedodenéticos ou decorrente do

seu manejo, podem aparecer camadas com graus diferentes de Compacidade

A Compacidade de uma camada se caracteriza pela presença de uma maior

Densidade do Solo e uma menor Porosidade Total.

é empregada para caracterizar a camada cuja


Camada compactada compacidade decorre do uso intensivo do solo.

Diferença
entre:
aquela cuja compacidade é devida a processos

Camada adensada pedogénéticos, ou seja, processos que deram

origem a aquele tipo particular de solo

Sulco de erosão

água empossada;

No solo Crosta superficial

Fenda nos rastros do pneu do trator

Métodos
Aumento do requerimento de potencial para o preparo

visualis
Raízes mal formadas;

Na planta
Sistema radicular raso e espalhado;

Avaliação da compactação Falhas na germinação;

Emergência lenta;

Plantas de porte menor

Métodos
Métodos subjetivos
precisos
Análise do perfil do solo

Densidade do solo Resistência a penetração

Tomografia computadorizada;

Macroporos

Taxa de difusão de oxigênio

Condutividade hidráulica

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Compacidade ou Compactação do
solo
Esses sintomas traduzem uma maneira

prática, rápida e fácil de se estimar a

compactação. Entretanto, há necessidade


Densidade do Solo se constitui no
de se avaliar a compactação
melhor método de avaliação da
quantitativamente.
compactação do solo, tanto pela

CAMARGO (1983) excelente correlação que esta

apresenta com a resposta da

planta, quanto pela simplicidade

Compactação quantitativa
de determinação

Densidade do solo A resistência do solo à penetração

de um penetrômetro é um indicador

Resistência ao
secundário da compactação, não

sendo uma medição física direta de


Penetrômetro qualquer condição do solo

Porosidade

Infiltração de água De acordo com CAMARGO (1983) uma série

de cuidados devem ser tomados, quando

utiliza-se o penetrômetro

Cuidados na utilização de Penetrômetro


a umidade do solo pode mascarar diferenças de densidades; 

a resistência ao penetrômetro é influenciada pela textura; 

a utilidade do penetrômetro na medida da compactação do solo é limitada a medidas

feitas para o mesmo solo à mesma umidade; 

a maioria dos penetrômetros têm diâmetro maior do que as porções das raízes que

estão se alongando; 

a ponta das raízes tem normalmente camadas de mucilagem que reduzem o coeficiente

de fricção na superfície de contato com o solo comparado ao do penetrômetro; 

a raiz se deforma facilmente enquanto que a ponta do penetrômetro é rígida; 

deve-se tomar cuidado ao usar penetrômetro em solos pedregosos e, 

penetrômetros diferentes, em solos iguais, dão medidas diferentes da resistência do solo

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Consistência do solo
Conceito

Resposta do solo às forças externas que COESÃO: atração entre

tentam deformá-lo ou rompê-lo. partículas de mesma natureza

Atração eletrostática entre superfícies


Manifestação das forças de coesão e
Atração molecular (Van der Walls)
adesão sob diferentes condições de
Materiais coloidais
umidade.

atração entre partículas

de natureza distinta devido á:

Tensão superficial d’água (há necessidade ar)

A consistência dependa da:

Textura Mineralogia M.O Estrutura


A consistência A consistência Consistência Menor com a

é maior em é maior em maior e solos agregação

solos argilosos minerais 2:1 com M.O

Solo seco não há adesão e a coesão é máxima - DUREZA

Solo úmido
a coesão e a adesão. As duas forças ocorrem
conjuntamente - FRIABILIDADE (solo é menos compactável)

Solo molhado a coesão desaparece e a adesão atinge o máximo - PLASTICIDADE

Solo muito
molhado
os filmes de água que recobrem as partículas se
tornam mais espessos - PEGAJOSIDADE

Solo saturado FLUIDEZ

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Cerosidade
Aspecto ceroso, um tanto brilhante, que ocorre na

superfície dos agregados (peds), em alguns solos

Importância Como é determinada?


Decorre da deposição de É identificada quanto ao grau de desenvolvimento

película de material coloidal (fraca, moderado ou forte), em função do

(argilo- minerais ou óxido de contraste em relação a matiz do agregado, quanto

ferro) na superfície à quantidade (pouco, comum e abundante) e

quanto à nitidez (difusa, distinta e proeminente)

Área superficial específica


Importância
Quanto mais fina a textura do solo, maior é a

superfície efetiva exposta por suas partículas. Note

É a proporção relativa das que a adsorção, a expansão e outras propriedades

classes de tamanho de físicas (plasticidade e coesão, calor de

partículas de um solo. umedecimento) seguem a mesma tendência e

aumentam rapidamente à medida que se

aproximam da dimensão coloida

Interfere no:
Atrito CTC

Tamanho da partícula adsorção Esta


retenção de água e nutrientes
relacionada

tensão superficial com:


expansão/contração

Decomposição Coesão, resistência e plasticidade

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Um resumo até aqui
Água Composição do solo

Ar Matéria Orgânica

Minerais
Carbonatos

Neossilicatos Minerais primário Minerais secundários Apatitas

Inossilicatos Óxi e hidróxidos


Silicatos
Filossilicatos

Tectossilicatos
Sedimentares
Desagregação
Intemperismo Rochas ígneas

Físico Químico Sedimentares


reorganiz

Adição
açã

Organismos Processo Remoção


Clima Fatores de Pedogênese pedognético
Transformação
formação do solo
Relevo Translocação
Material de origem Processos
Tipos de solo específicos
Tempo Podzolização
Salinização

Latolização
Perfil do solo Propriedades

Areia
Horizontes
Textura Estrutura Cerosidade
Silte
Argila
Porosidade Consistência

Compactação
Densidade

Cor
Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon
Classes de solo
7
Conheça as 13 classes de
solos e a características de
cada uma delas

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Classes de solos
Classificar significa

agrupar segundo
permite conhecer quais as qualidades e limitações
determinados critérios
dos solos de um município, estado ou país;

POR QUE CLASSIFICAR possibilita a troca informações técnicas entre as

OS SOLOS? pessoas que usam ou estudam os solos;

c) permite predizer o comportamento dos solos;

d) permite identificar o uso mais adequado dos

solos (LIMA et al., 2007).

Desde 1999 está disponível o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)

(SANTOS et al., 2013a).

Os solos são agrupados em categorias, segundo propriedades em comum, e

recebem denominações próprias e condizentes com o estágio atual do

conhecimento científico.

No SiBCS, os solos são classificados com base em propriedades que resultam dos

processos de gênese do solo, ou seja, do modo como foram formados

A figura 6 apresenta a hierarquia da classificação de solos.


Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Esse prefixo tem origem no

Argissolo latim e se refere ao acúmulo Horizonte B textural

de argila nesse tipo de solo.

Cambissolo
Cambiare vem do latim,
Horizonte B incipiente
significa trocar.

Cher tem origem russa, significa

Chenossolo preto. Essa cor é característica de


Horizonte A chernozêmico,
preto, rico em bases
solos ricos em matéria orgânica,
como o solo Chernozêmico.

Espodossolo
Spodos tem origem no grego,
Horizonte B espódico
significa cinza madeira

Gley, de origem russa, significa massa

Gleissolo pastosa de solo. Representa um solo Horizonte glei


que apresenta excesso de água.

Latossolo
Do latim lat, solo altamente
Horizonte B latossólico
intemperizado.

Não apresenta horizonte

Luvissolo
Do latim luere, lavar. Solos
diagnóstico. Saturado, acumulação
apresentando acúmulo de argila.
de argila Ta (alta atividade) .

Não apresenta horizonte

Neossolo
Néos, de origem grega, significa
novo, pouco evoluído diagnóstico. Jovem, em
início de formação.

Nitossolo
Do latim nitidus, significa brilhante. Solos
que apresentam Horizonte B nítico. Horizonte B nítico

Organossolo
Do grego organikós, produtos
Horizonte H ou O hístico
oriundos de carbono.

Planossolo Planus do latim, significa plano, horizontal.


Solos que apresentam horizonte B plânico.
Horizonte B plânico

Plintossolo
Plinthos, do grego, significa ladrilho, tijolo.
Horizonte plíntico
Solos que possuem horizonte plíntico.

Vertissolo
Vertere, do latim, significa movimento
Horizonte vértico
(expansão/ contração) na superfície do solo.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


31,6%
13,2%
Latossolo
Neossolo
Solos velhos (muito alterados Solos jovens em

em relação à rocha de início de formação

origem), profundos, com 5,3% (sem presença de

Cambissolos
grande desenvolvimento do horizonte B).

horizonte B

Solos que possuem


horizonte B em

7% estágio inicial de
formação.
Plintossolos
2,9%
Solos com acumulação Luvissolos
de ferro em algum
horizonte, causando Solos jovens com
acumulação de
endurecimento
argila no horizonte B
e alta fertilidade

Classe
química natural

Argissolo
Solos com acumulação
1,1%

de solos
de argila no horizonte B.

Nitossolos
Solos velhos com
horizonte B com estrutura
desenvolvida com

2,7% superfícies brilhantes no


horizonte B.

Espodossolos
Solos com alto teor de
areia, que apresentam
horizonte B que 0,4%
acumula matéria
4,7% Chernossolos
orgânica

Gleissolos Solos jovens, com


razoável conteúdo de
Solos com cores
matéria orgânica e alta
acinzentadas.
fertilidade química

2,7% natural.

Planossolos
0,2%
Solos com acúmulo
de argila no Vertissolos 0,03%
Organossolos
horizonte B, que
Solos jovens, que formam fendas
geralmente tem
pronunciadas quando secos,
cores acinzentadas
com elevada fertilidade Solos com altos

química. Tem elevada teores de matéria

capacidade de expandir orgânica, mas baixa

(molhados) ou contrair (secos). fertilidade química.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Latossolo

Argissolos
As classes que
possuem maior Neossolos
ocorrência no Brasil
Plintossolos

Cambissolos

Gleissolos

Luvissolo são muito relevantes na região semiárida brasileira.

Espodossolo
são abundantes no Pantanal, em áreas do
Planossolo semiárido e nas regiões produtoras de arroz
irrigado do Rio Grande do Sul.
As classes de menor
ocorrência no Brasil Nitossolo são muito comuns nas áreas de solos formados
de basaltos no centro-sul do Brasil.

Chernossolo

Vertissolo

são muito raros no Brasil, pois os climas


Organossolo predominantes no país não favorecem a
acumulação da matéria orgânica

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


são solos geralmente profundos (1 a 2 m)
ou muito profundos (mais de 2 m),
bastante intemperizados (velhos e
alterados em relação à rocha) e

Relevo
normalmente de baixa fertilidade. Ocupam, usualmente,

relevos mais planos.

Características
As cores são muito variadas

Cor (vermelho, amarelo, vermelho

amarelado, etc.).

Porosidade
De maneira geral, são muito

porosos, permeáveis, com boa

Latossolos
drenagem.

31,6%
Do latim lat (material muito alterado). Do solo brasileiro

Ocorrência
Significado agrícola
é a uma classe de solo encontrada
seus atributos físicos fazem com que
principalmente nas áreas mais
sejam os mais utilizados na produção
planas e bem drenadas (sem
rural. Embora geralmente sejam de
excesso de água), distribuídos em
baixa fertilidade química, as práticas
todos os estados do país.
de adubação e correção do solo,
realizadas pelos produtores rurais, os
tornam mais produtivos.

Significado ambiental e urbano


o relevo plano e os atributos físicos determinam
que os Latossolos apresentem usualmente alta
estabilidade, baixo risco de erosão. Por isso, tem
boa capacidade para suportar estradas,
ferrovias, aeroportos, indústrias, habitações, etc.,
além de ser usualmente favorável para instalação
aterros sanitários

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


apresentam acúmulo de argila no horizonte B, ou

Características
seja, o horizonte mais superficial do solo (horizonte
A) possui mais areia que o horizonte subsuperficial
(horizonte B). As cores são muito variáveis, podem
ser amarelos, cinzentos, vermelhos, vermelho
amarelados, etc.

Argissolos26,9% Do latim argilla (argila) Do solo brasileiro

Ocorrência
Significado agrícola
normalmente ocupam relevos
normalmente apresentam reduzida
moderadamente declivosos , e são
capacidade de reter nutrientes para as
distribuídos em todos os estados
plantas, e maior risco de erosão, devido
do país.
ao menor teor de argila no horizonte A.

Significado ambiental e urbano


são solos bastante susceptíveis à erosão,
principalmente em relevos mais declivosos.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Características Ocorrência
são solos rasos em estádio inicial são solos mais comuns de serem

de evolução, apresentando mais encontrados em áreas no país com

comumente apenas horizonte A maior declividade (no caso dos

sobre o horizonte C ou sobre a Neossolos Litólicos e Neossolos

rocha de origem (camada R) Regolíticos), embora também

(Figura 6). Estes solos são tão possam ocorrer em relevo mais

jovens que não tem horizonte B. plano (no caso dos Neossolos
Quartazarênicos e Neossolos
Flúvicos).

13,2%
Do solo brasileiro
Neossolo Do grego neo (novo).

Significado agrícola Significado ambiental e urbano


como principais obstáculos ao uso,
Deveriam ser evitados para
podem ser citados o relevo muito
ocupação urbana para não
declivoso, pouca espessura e eventual
intensificar os processos
presença de pedras. Em geral, são de
erosivos ou deslizamentos.
baixa fertilidade química natural

Deveriam ser preferencialmente


utilizados para preservação da flora e
fauna, embora seja comum seu uso com
pastagens ou reflorestamentos,
principalmente por parte de pequenos
proprietários rurais.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Características Ocorrência
São solos que apresentam Podem ser encontrados em regiões
concentração de ferro em algum de relevo plano, em que há
horizonte, o que leva a dificuldade de escoamento de
endurecimento na forma de água, como próximo a várzeas,
concreções cascalhentas, ou de depressões,
um horizonte contínuo endurecido
por ferro e/ou alumínio (chamado Ocorrem predominantemente
de horizonte F) que facilmente Amazonas, Pará, Amapá, Roraima,
pode ser confundido com rocha Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato
Grosso, Goiás e Distrito Federal.

7,0%
Do solo brasileiro
Plintossolos Do grego plínthos (πλίνθος) (tijolo).

Significado agrícola Significado ambiental e urbano


As principais condições que
Nos Plintossolos com excesso de água,
limitam o uso agrícola são o
a alteração desta condição, com a
excesso de água, as camadas
drenagem do solo, pode levar ao
endurecidas no solo, e a baixa
endurecimento da parte inferior do
fertilidade química.
solo, o que altera sua condição
natural em prejuízo da flora e fauna
típicas dessas áreas.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Características
Ocorrência
são solos geralmente pouco
espessos e que apresentam é uma das classes de solo
horizonte B ainda em estágio inicial mais comuns no país,
de formação (normalmente pouco especialmente na metade
espesso). São solos mais evoluídos meridional do país,
que os Neossolos, pois já possuem geralmente (mas não sempre)
horizonte B. em relevos mais declivosos.

5,3% Cambissolos
Do solo brasileiro Do latim cambiare (trocar, mudar),

Significado agrícola Significado ambiental e urbano


são solos geralmente pouco
Os Cambissolos pouco profundos, e
profundos, o que pode restringir o
que ocorrem em relevos inclinados,
desenvolvimento das raízes de
são muito susceptíveis à erosão, o que
espécies arbóreas. A maioria dos
facilita o assoreamento dos rios.
Cambissolos apresentam baixa

fertilidade química natural,


Ocupações urbanas neste tipo de solo
representam problemas sanitários e
de deslizamento, em decorrência do
relevo e/ou reduzida profundidade do
solo.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Características Ocorrência
são solos que apresentam são predominantes em

horizonte de subsuperfície (B ou regiões planas e abaciadas

C) de cor acinzentada (Figura (várzeas e banhados dos

14), devido à perda de ferro em rios), nas quais há excesso

ambiente redutor (com excesso de água.

de água).

4,7%
Do solo brasileiro Gleissolos
Do russo gley (глей) (massa de solo pastosa),

Significado agrícola Significado ambiental e urbano


uma vez drenados (retirada do
se localizam próximos aos rios e lagos e em
excesso de água por meio de
razão disso geralmente apresentamse
valetas ou canais), podem ser
saturados por água,
utilizados com agricultura.
Geralmente são solos de baixa
produtos químicos e adubos utilizados na
fertilidade química,
agricultura. Devido a essa fragilidade
ambiental, as leis ambientais vigentes
passaram a proteger grande parte desses
solos, transformando-os em áreas de
preservação ambiental. A ocupação
urbana destes solos é desaconselhada, por
apresentarem excesso de água e serem
sujeitos à inundação

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


Atributos
diagnósticos
8
referem-se às características e
propriedades próprias que lhe
conferem individualidade.

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


É aquele formado predominantemente por compostos

Material mineral inorgânicos, em vários estádios de intemperismo.

Material orgânico
Solo eutrófico
É aquele constituído por solos com saturação por

materiais originários de
Saturação de base bases igual ou superior a 50%

resíduos vegetais em

diferentes estádios de

decomposição
Refere-se à proporção (taxa Solo distrófico
percentual, V% = 100 x S/T) de solos com valores

cátions básicos trocáveis em inferiores a 50%

relação à capacidade de troca


Plintita determinada a pH 7 (valor S

refere-se à soma de bases).


É uma formação

constituída da mistura de

argila, pobre em carbono

orgânico e rica em ferro, Caráter carbonático


ou ferro e alumínio, com

Atributos
grãos de quartzo e outros presença de 150 g kg-1

minerais. de solo ou mais de

CaCO3 equivalente

diagnósticos
Caráter coeso
Atividade da fração argila
É usado para distinguir solos com
Refere-se à capacidade de troca de
horizontes pedogenéticos
cátions4 relativa à fração argila, sem
subsuperficiais adensados, muito
correção para carbono, calculada
resistentes à penetração de faca
pela expressão: Valor T (cmolc kg-1) x
ou martelo pedológico e que são
1.000 / conteúdo de argila (g kg-1).
de muito duros a extremamente

duros quando secos,

Caráter dúrico
É utilizado para caracterizar
Caráter eutrico
solos que apresentem


cimentação forte em um ou É usado para distinguir solos que

mais horizontes dentro da apresentam pH (em H2O) 5,7,


seção de controle que defina conjugado com valor S (soma de

a classe bases) 2,0 cmolc kg-1

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Caráter litoplíntico
Caráter rúbrico
É usado para definir solos Caráter salinico
que apresentam É o caráter utilizado
presença de sais mais
petroplintita na forma para indicar
solúveis em água fria
contínua e consolidada em avermelhamento em
que o sulfato de cálcio
um ou mais horizontes profundidade nas
(gesso), em quantidade
classes dos Latossolos
tóxica à maioria das
Brunos e Nitossolos
culturas
Brunos
Caráter solódico

horizontes ou camadas

que apresentem Caráter sódico


saturação por sódio (100

Na+ / T) variando de 6% É usado para distinguir

a < 15% horizontes ou camadas que

Atributos

apresentem saturação por

sódio (100 Na+ / T) 15%

Caráter vértico

É caracterizado pela
diagnósticos
Petroplintita
presença de

slickensides (superfícies

de fricção), fendas ou
da plintita que, sob efeito de ciclos
estruturas cuneiformes
repetitivos de umedecimento
e/ou paralelepipédicas
seguidos de ressecamento

Caráter plântico acentuado, sofre consolidação

vigorosa, dando lugar à formação

horizonte adensado e com de nódulos ou de concreções

permeabilidade lenta ou muito ferruginosas

lenta, cores acinzentadas ou

escurecidas, neutras ou próximo

delas, ou com mosqueados de

Contato lítico redução,


Caráter sômbrico
Refere-se ao contato entre o solo
ocorrente em certos horizontes
(qualquer horizonte ou camada) e o
subsuperficiais, transicionais ou
material subjacente de constituição
principais (AB, BA ou B) de solos
mineral, Tais materiais são representados
minerais de drenagem livre e
por rochas sãs (camada R)
dessaturados, nos quais haja evidência

de acumulação de húmus

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


solos que apresentam plintita em quantidade insuficiente ou

Caráter plíntico
que apresentam um ou mais horizontes com quantidade

satisfatória de plintita, porém com espessura insuficiente

para caracterizar horizonte plíntico,

Contato lítico

Refere-se ao contato entre o solo

(qualquer horizonte ou camada) e o

material subjacente de constituição

Mudança mineral, Tais materiais são representados

textural abrupta por rochas sãs (camada R)

Consiste em um considerável

aumento no teor de argila em

pequena distância na zona de

transição entre o horizonte A ou


Superficie de fricção

Atributos
E e o horizonte subjacente B.
Trata-se de superfícies

alisadas e lustrosas

diagnósticos
Caráter alumínico
Caráter redóxico
solo se encontra dessaturado e presença de feições


apresenta teor de alumínio redoximórficas que induzam

extraível 4 cmolc kg-1 de a ocorrência de processos

solo, além de apresentar de redução e oxidação,

Caráter ebânico

saturação por alumínio [100 x com segregação de ferro

Al+3 / (S + Al+3)] 50% e/ou e/ou de manganês, na

saturação por bases (V% = 100 x Diz respeito à dominância forma de cores mosqueadas

S/T) < 50%. de cores escuras, quase e/ou variegadas.


pretas, na maior parte do

horizonte diagnóstico

Relação textural (B/A)

Caráter argilúvico Critérios igual ou maior que 1,4

Horizonte B com
solos que têm concentração
estrutura prismática

expressiva de argila no horizonte

B, porém não o suficiente para

identificar um horizonte B

textural ou B plânico

Solos: Formação e classificação - Daniele Geiss Lorenzon


classes de Latossolos e Nitossolos, ambos

Caráter retrátil Brunos e Vermelhos, de textura argilosa e

muito argilosa, que apresentam retração

acentuada da massa do solo após a

exposição dos perfis ao efeito de

Caráter salino
secamento por algumas semanas,

Contato lítico É a propriedade referente à

fragmentado presença de sais mais solúveis

em água fria que o sulfato de

cálcio (gesso), em quantidade

contato lítico em que o que interfere no

material subjacente ao solo, desenvolvimento da maioria das

encontra-se fragmentado, culturas,

permitindo a penetração e

crescimento de raízes e a

Atributos
circulação da água.

Materiais sulfídricos

diagnósticos
São materiais que

contêm compostos de

enxofre oxidáveis, que

ocorrem em solos de

natureza mineral ou

orgânica, localizados

Caráter concresionário
em áreas encharcadas,

com valor de pH maior

É termo usado para definir que 3,5 e que, se

solos que apresentam incubados na forma de

petroplintita na forma de camada com 1 cm de

nódulos ou concreções em Caráter espódico espessura sob

um ou mais horizontes condições aeróbicas


solos que apresentam acúmulo
dentro da seção de úmidas (capacidade de
iluvial de complexos
controle que defina a campo) e em
organometálicos em subsuperfície e
classe temperatura ambiente,
que não satisfazem aos critérios
mostram decréscimo no
para horizonte B espódico e
pH
Espodossolo.

Camadas estratificadas, identificadas por

Caráter flúvico Critérios variações irregulares (erráticas) de

granulometria

É usado para identificar solos Distribuição irregular

formados sob forte influência de (errática) do conteúdo de

sedimentos de natureza aluvionar carbono orgânico em

ou colúvio-aluvionar, profundidade
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