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Andrea ... 1
Carlos ...1
Mônica Maria Vieira Lima Barbosa²
Ricardo Marques Nogueira Filho²
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2.1 Benzeno
Quando o benzeno é inalado, somente uma parte dele passa pelo processo de metabolização
que ocorre no fígado, e a parte que não é metabolizada é eliminada na urina. Em quadros de
ingestão oral, uma grande parte quase que completa é metabolizada, o restante é absorvido
quando entra em contato com a pele (NORTH et al., 2014).
Alguns metabolitos do benzeno são considerados genotóxicos, que tem capacidade de
alterar o material genético e citotóxicos, ou seja, capacidade de distribuição de outras células,
onde o alvo desses mecanismos é principalmente as células sanguíneas, por meio de processos
como mutações, ligações covalentes, alteração da expressão gênica, entre outros fatores
(WAN et al., 2002; WANG et al., 2012).
2.3 Toxicocinética
encaminhados para seu alvo principal de toxicidade, ou seja, a medula óssea. A ação deste
agente em alguns estudos indica mielotoxicidade relacionados com a maturação das células
primitivas em todas as linhagens. O macrófago produz a interleucina-1-Alfa, no qual é uma
citocina bastante importante para a hematopoese, é alvo também da toxicidade do benzeno
(ANDRE; CAMPOS; FERNANDES, 2017).
Precisa-se levar em consideração alguns fatores em relação aos efeitos que a exposição
a substância do benzeno pode causar no organismo do indivíduo, como por exemplo a
quantidade que foi absorvida, a quantidade de vezes do contato com o benzeno, a imunidade
da pessoa, entre outros fatores. Indivíduos que ficam expostos a tal agente, podem ser
intoxicados, apresentando sintomas como astenia, sonolência, tontura, mialgia e infecções
recorrentes. Os efeitos da exposição podem atingir somente um local ou atingir um sistema
como um todo (BONATES, 2010).
Em casos de intoxicação aguda (exposição contínua com uma alta concentração da
substância), o benzeno consegue atingir o Sistema Nervoso Central, comprometendo a
integridade do indivíduo que pode apresentar tremores, convulsões, dificuldade para respirar,
perda da consciência ou até mesmo chegar a óbito (RUIZ et al., 1993).
Já em casos de exposição crônica, relacionada com uma baixa quantidade do benzeno,
o indivíduo pode desenvolver anemia aplástica que é caracterizada por uma baixa quantidade
de células sanguíneas e também quadros de leucemia (INFANTE, 2011; SAHMEL et al.,
2013).
3 METODOLOGIA
Foi executada uma separação preliminar dos artigos por meio de literatura do título e
resumo para a retirada de temas que não estava relacionado com a busca e outros idiomas que
não o português e inglês.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente estudo mostrou que o benzeno é um risco para saúde humana, cujo seu
composto químico é altamente carcinogênico quando inalado cronicamente. Assim como
também pode desencadear outros tipos de mudança de saúde no indivíduo, como,
insuficiência respiratória, mal-estar, dores de cabeça, tontura, infecções recorrentes e
intoxicação aguda que leva à tremores, convulsões, perda de consciência (RUIZ et al., 1993).
Relacionado à leucemia mielóide aguda foi observado que a neoplasia ocorre pela
produção dos metabólitos do benzeno (fenol e hidroquinona) que reagem com os
cromossomos e interferem na mitose, acredita-se que os metabólitos hepáticos reativo do
benzeno são encaminhados para seu alvo principal de toxicidade, a medula óssea, no qual é
muito sensível à exposição a este composto (RABEO, 2015). A ação deste agente em alguns
estudos indica mielotoxicidade relacionados com a maturação das células primitivas em todas
as linhagens, ou seja, quando ocorre esta mielotoxicidade a uma interferência na maturação
das células, provocando a liberação de células indiferenciadas, que irá comprometer
totalmente o sistema imunológico, já que uma célula imatura não consegue exercer sua função
no organismo (ANDRE; CAMPOS; FERNANDES, 2017).
É possível afirmar que um dos grandes problemas avistados é principalmente a
exposição e a falta de proteção correta, principalmente entre os funcionários de postos de
combustíveis que retratam um grupo de risco que veem sendo repetidamente exibida ao
benzeno, no qual é a substância presente na gasolina. Isso indica que quanto mais exposto,
tende a ter um grau de risco maior, desta forma este estudo tem como papel principal, levar
informações para população em especial aos grupos de riscos que estão diariamente expostos,
pois se faz necessário o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIS) para proteção,
assim, evitando distúrbios neoplásicos, como foi descrito a correlação da leucemia com o
benzeno.
Muitos estudos que foram desenvolvidos apontaram o benzeno como um agente que
pode causar danos a população que fica exposta, acarretando em prejuízos para a saúde
humana. A exposição ao toxicante benzeno é um problema de saúde pública não só no Brasil,
porém no mundo. O mesmo passou a ser usado na indústria como solvente e logo foi
classificado como cancerígeno, pelo fato de ter ação sob a medula óssea tendo como principal
efeito a Leucemia Mielóide Aguda.
As vias respiratória e oral, são as principais para a absorção do benzeno. É de extrema
relevância conhecer o impacto que as substâncias químicas provenientes das industrias, assim
como o benzeno, causa sobre a saúde humana. Se faz necessário que ocorram capacitações
para que os profissionais da área da saúde consigam identificar possíveis casos de intoxicação
aguda e crônica dos indivíduos expostos. Além disso, os trabalhadores precisam ser
informados dos malefícios que o benzeno pode causar antes de entrarem em contato com o
mesmo. Estudos e técnicas de prevenção, assim como medidas de gerenciamento já estão
sendo empregadas a fim de minimizar os efeitos desse agente prejudicial.
REFERÊNCIAS
NORTH, M. et al. Modulation of Ras signaling alters the toxicity of hydroquinone, a benzene
metabolite and component of cigarette smoke. BioMed Central Cancer, Estados Unidos, v.
14, n. 6, 2014. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3898384/.
Acesso em: 15 out. 2019.