Você está na página 1de 10

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA


CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

PLANO DE ENSINO
IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
Código e nome da disciplina DAU 1081 – Projeto de Arquitetura e Urbanismo 1
Curso Arquitetura e Urbanismo
Turma 10
Docentes responsáveis Filipe Bassan Marinho Maciel
Lucienne Rossi Lopes Limberger
Ano e período 2019 – 1º Semestre
Carga horária 75 h
Horário Quartas-feiras – 10h30min – 12h30min
Sextas-feiras – 09h30min – 12h30min

OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Conceber projeto destinado à habitação unifamiliar, respondendo às necessidades dos usuários e aos condicionantes com
soluções conceituais, formais, funcionais e técnicas qualificadoras do contexto físico, ambiental, social e cultural imediato.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEMÁTICA
1.1 - Conceitos do morar
1.2 - A função morar e relação com a cidade na história
1.3 - Tipologias habitacionais e relação com o entorno
1.4 - Noções de conforto ambiental
1.5 - Noções de sistemas técnicos construtivos
1.6 - Noções de instalações complementares
1.7 - Estudos de referência

UNIDADE 2 - ESTUDOS PRELIMINARES


2.1 - Tema
2.2 - Usuário
2.3 - Condicionantes físicos e ambientais
2.4 - Condicionantes sociais, econômicos e culturais
2.5 - Condicionantes legais
2.6 - Programa e relações do programa (funcionograma e fluxograma)
2.7 - Pré-dimensionamento

UNIDADE 3 - PARTIDO GERAL


3.1 - Conceito e diretrizes projetuais
3.2 - Zoneamentos e estudos compositivos-formais
3.3 - Proposição funcional
3.4 - Proposição compositivo formal
3.5 - Proposição técnica-construtiva
3.6 - Proposição contextual (bairro)

UNIDADE 4 - ANTEPROJETO
4.1 - Solução funcional
1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

4.2 - Solução compositivo formal


4.3 - Solução técnica-construtiva
4.4 - Solução contextual (lugar)
4.5 - Detalhamento

UNIDADE 5 - VISITA TÉCNICA


5.1 - Planejamento
5.2 - Visita e registro

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CORNOLDY, A. La arquitetura de la vivienda unifamiliar: manual del espacio doméstico. Barcelona: Gustavo Gili, 1999.
MOORE, C. et al. La Casa: forma y diseño. São Paulo: Gustavo Gili, 1999.
ZABALBEASCOA, A. Tudo sobre a casa. São Paulo: Gustavo Gili, 2014.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CHING, F. D. K.; ADAMS, C. Técnicas de Construção Ilustradas. São Paulo: Gustavo Gili, 2010.
DUNSTER, D. 100 casas unifamiliares de la arquitectura del siglo XX. São Paulo: Gustavo Gili, 1994.
MCLEOD, V. Detalhes construtivos da arquitetura residencial contemporânea. Porto Alegre: Bookman, 2009.
NEUFERT, E. Arte de projetar em Arquitetura. 18. ed. Barcelona: Gustavo Gili, 2016.
PANERO, J.; ZELNIK, M. Dimensionamento humano para espaços interiores. São Paulo: Gustavo Gili, 2015.
REIS FILHO, N. G. Quadro da arquitetura no Brasil. 10. ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.
RYBCZYNSKI, W. Casa: pequena história de uma ideia. Rio de Janeiro: Record, 2002.

METODOLOGIA
A disciplina será desenvolvida através de aulas expositivas, visita técnica, análise de precedentes e realização de atividade
projetual com orientação em grupo e/ou individual.

INTEGRAÇÃO CURRICULAR
A disciplina Projeto de Arquitetura e Urbanismo 1 buscará a integração curricular com a disciplina Projeto de Paisagismo 1.

Aula Dia Conteúdo


a Apresentação da disciplina / Formação das equipes de trabalho / Liberação dos alunos para
01 13/03 4
recepção dos calouros
Solicitação do Exercício 1 - Levantamento da área de intervenção
a
02 15/03 6 Aula teórica: Levantamento do Lote
Visita técnica à área de intervenção (veículo da UFSM)
a
03 20/03 4 Trabalho em sala de aula e orientação – Levantamento do Lote
a Entrega e Apresentação do Exercício 1 – Levantamento da área de intervenção
04 22/03 6
Solicitação do Exercício 2 – Estudo de referência
a
05 27/03 4 Aula teórica: Análise de Obras de Referência
Trabalho em sala de aula e orientação – Estudo de Referência
a OBS: O grupo já deve estar com o projeto a ser analisado selecionado; as análises devem se
06 29/03 6
iniciadas em aula. O material produzido em semestres anteriores será disponibilizado para
consultas.
a
07 03/04 4 Entrega e Apresentação do Exercício 2 – Estudo de Referência
Aula teórica: A função habitar
a Solicitação do Exercício 3 – Partido Geral, a ser desenvolvido em 4 partes:
08 05/04 6
1ª parte - Conceito e tipologia da residência: devem ser desenvolvidos a partir das obras de
referência analisadas (elementos projetuais, funcionais e sociais). Nesse momento é indicada como
2
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

trabalhar a estrutura, as vedações, a cobertura, entre outros.


2ª parte - Pré-dimensionamento (área inferior a 250 m²): será desenvolvida a área mínima de cada
setor (a partir da proposição de espaços mobiliados). Para esta aula vocês devem trazer catálogos
com dimensões de mobiliário, eletrodomésticos (fogão, geladeira, TV, etc.) para trabalhar questões
de ergonomia: circulações, dimensões dos ambientes.
3ª parte - Organograma e zoneamento: será trabalhada a relação entre os espaços, a inserção
destes espaços no lote considerando os índices urbanísticos e explorando as possibilidades de
ocupação do potencial construtivo. Nesta aula será utilizada massinha de modelar ou outro
material maleável – três cores (zoneamento).
4ª parte - Proposição esquemática da residência unifamiliar: definição de plantas, cortes e
fachadas.
a Aula teórica: O Processo de Projeto: Programa, Organograma e Funcionograma
09 10/04 4
Aula teórica: Pré-dimensionamento de espaços na Arquitetura
a
10 12/04 6 Trabalho em sala de aula e orientação – Partido Geral (Conceito, tipologia e pré-dimensionamento)
a
11 17/04 4 Aula teórica: Noções de conforto ambiental. Palestrante a definir.
a
- 19/04 6 FERIADO: Sexta-feira Santa, feriado nacional.
Aula teórica: Representação gráfica das etapas do projeto
a
12 24/04 4 Trabalho em sala de aula e orientação – Partido Geral (Organograma, zoneamento e pré-
dimensionamento)
Aula prática: Trazer massinha de modelar
a
13 26/04 6 Trabalho em sala de aula e orientação – Partido Geral (Organograma, zoneamento e pré-
dimensionamento)
a
- 01/05 4 FERIADO: Dia do Trabalhador, feriado nacional.
a Aula teórica: Noções de desenho urbano
14 03/05 6
Trabalho em sala de aula e orientação – Partido Geral (Proposição esquemática da casa)
a
15 08/05 4 Trabalho em sala de aula e orientação – Partido Geral (Proposição esquemática da casa)
a
16 10/05 6 Trabalho em sala de aula e orientação – Partido Geral (Proposição de desenho urbano)
Metade do 1º semestre letivo de 2019
a
17 15/05 4 Entrega e Apresentação do Exercício 3 – Partido Geral
a
- 17/05 6 FERIADO: Aniversário da cidade de Santa Maria, feriado municipal.
a 7:30 Aula de Paisagismo 1 – Definição de perfil/caráter
18 22/05 4
Continuação da apresentação do Exercício 3 – Partido Geral
a Retorno do Partido Geral - Comentários
19 24/05 6
Solicitação do Exercício 4 – Anteprojeto
a 7:30 Aula de Paisagismo 1 – Apresentação de perfil/caráter
20 29/05 4
Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
21 31/05 6 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
22 05/06 4 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
23 07/06 6 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
24 12/06 4 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
25 14/06 6 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
26 19/06 4 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
- 21/06 6 NÃO LETIVO: Referente ao feriado de Corpus Christi.
a
27 26/06 4 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
28 28/06 6 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
29 03/07 4 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
30 05/07 6 Trabalho em sala de aula e orientação – Anteprojeto
a
31 10/07 4 Entrega e apresentação do Exercício 4 - Anteprojeto

ATIVIDADES PRÁTICAS

3
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

VISITA TÉCNICA À ÁREA DE INTERVENÇÃO: a ser combinada previamente com os alunos em sala de aula.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação será feita com base nos objetivos da disciplina, levando em consideração os seguintes CRITÉRIOS: (i)
funcionalidade; (ii) forma (concatenação forma e uso, aspectos estéticos e plásticos); (iii) materialidade e (iv) comunicação
do projeto (qualidade gráfica e defesa oral do projeto). A PONTUALIDADE na entrega e participação nas atividades de sala
de aula também será avaliada. A NOTA MÍNIMA de aproveitamento exigida para aprovação é 6,0 (seis), sem previsão de
recuperação de nota mediante realização de avaliação final. A nota final será dada pela média ponderada das duas
avaliações, sendo elas:
Exercício 1: Levantamento da área de intervenção Peso 1,0 Toda a turma
AVALIAÇÃO 1
Somatório: 10,0 Exercício 2: Estudo de referência Peso 1,0 Em grupo (até 3 alunos)
Peso na nota final: 4,0
Exercício 3: Partido Geral Peso 8,0 Individual
AVALIAÇÃO 2
Somatório: 10,0 Exercício 4: Anteprojeto Peso 10,0 Individual
Peso na nota final: 6,0

çã , çã ,
NOTA FINAL =

1. Trabalhos não orientados em sala de aula não serão avaliados.


2. Será de responsabilidade de cada aluno/grupo a disponibilidade dos conhecimentos pesquisados para os demais co-
legas, principalmente no que tange ao Exercício 1 (Levantamento da Área de Intervenção).
3. TODOS OS DESENHOS PRODUZIDOS PARA A DISCIPLINA DEVEM SER DESENVOLVIDOS À MÃO, NÃO SERÃO ACEITOS
DESENHOS REALIZADOS EM COMPUTADOR.
4. O cumprimento específico de cada etapa é condição indispensável à avaliação (o aluno que não entregar um ou mais
exercícios propostos, não terá direito à avaliação final).
5. As entregas de exercícios que não forem efetuadas nas datas e horários solicitados pelo professor terão avaliação
com desconto de 10% por dia de atraso, salvo justificativa amparada pelo Guia do Estudante da UFSM.
6. Alunos que não comparecerem na apresentação de trabalhos na data e horário acordados terão avaliação com des-
conto de 10% do total, salvo justificativa amparada pelo Guia do Estudante da UFSM.
7. A frequência mínima de 75% às aulas teóricas, aulas práticas, seminários ou quaisquer outras atividades é obrigató-
ria, sendo expressamente vedado o abono de faltas, exceto amparado pela Lei 4.375/64 e Decreto-Lei 715/69 e pelo
Decreto 80.228/77. Somente convocações militares e/ou competições esportivas oficiais (para atletas) dão direito ao
abono de faltas.
8. É responsabilidade do aluno controlar o número de suas faltas através do Portal do Aluno.
9. Os acadêmicos que excederem o número de faltas determinadas pelo regulamento da instituição (25%) sem justifi-
cativa amparada pelo manual do acadêmico, não terão direito à avaliação final, estando automaticamente reprova-
dos.
10. Atestados médicos apenas justificam faltas, mas não as abonam. A justificativa médica permite que o aluno realize
avaliações em outra data, mas a falta continua sendo computada no diário. Laudos médicos também não abonam fal-
tas, apenas permitem que o aluno entre em situação "I", devendo este cumprir as aulas faltantes no semestre subse-
quente.
11. Quaisquer solicitações a respeito de dúvidas sobre exercícios, critérios de avaliação e datas de entrega devem ser
feitas em horário de aula. Toda a comunicação escrita referente à disciplina e as entregas digitais de exercícios
deverão ser feitas através de e-mail ou pelo Moodle.

4
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

DETALHAMENTO DOS EXERCÍCIOS A SEREM DESENVOLVIDOS

EMENTA DO EXERCÍCIO 1 - LEVANTAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

Elaboração: no grande grupo (toda a turma)


Objetivo: entendimento do lote e do entorno imediato como um todo a partir da análise de suas partes (física, legal,
socioeconômico e cultural e suas relações), para subsidiar o exercício projetual a ser desenvolvido.
Elemento de entrega: volume único, com pranchas no tamanho A3 com selo padrão e organizadas na sequencia do roteiro,
apresentando as análises pertinentes e quadro resumo com pontos positivos e negativos da área identificados durante a análise.
Apresentação: será feita de forma oral por cada equipe (10 a 12 minutos), dependendo do número de equipes.

ROTEIRO DE ANÁLISE
A turma deve seguir o roteiro para melhor compreensão do lote e entorno para desenvolvimento do exercício projetual. Cabe à
turma organizar as equipe de acordo com as habilidades e competências de cada um, bem como, acrescentar itens que julgar
importantes para melhor compreensão da área, assim como cabe organizar as análises, paginação, apresentação, entre outros.

Identificar
1. Condicionantes físicos 2. Condicionantes ambientais
• Planta de Situação com área e dimensões do lote • Cursos d’água e áreas alagadiças
(cotas), nome e hierarquia das ruas (acessos) • Ventos predominantes e sazonais
• Planta de Localização mostrando os limites físicos do • Matas nativas e vegetação existente
lote (lotes limítrofes, edificações existentes e via, • Orientação solar e clima
com dimensões do passeio, postes, e demais • Visuais do sítio (N, S, L e O)
elementos existentes) e curvas de nível (esta planta
será padrão para os alunos desenvolverem o 4. Infraestrutura urbana existente
projeto). • Básica: água, lixo, esgoto cloacal e pluvial.
• Modais de transporte (taxi, ônibus, ciclovia, etc.)
3. Condicionantes legais • Mobiliário urbano (postes de iluminação, placas de
• Lei de Uso e Ocupação do Solo de Santa Maria trânsito, semáforos, faixas para pedestres, lixeiras,
(apresentar as normas de ocupação do lote: índice telefones públicos, placas e painéis de informações, etc.)
de ocupação, índice de aproveitamento, índice • Equipamentos e espaços livres de lazer do entorno
verde, afastamentos, gabarito) (escolas, praças, museus, igrejas, etc.)
• Código de Obras e Edificações
• Lei Municipal - Caminhe Legal 6. Quadro resumo mostrando aspectos positivos e negativos
• NBR 9050 (Acessibilidade) identificados

5. Condicionantes socioeconômicos e culturais 7. Maquete física do sítio e entorno imediato


• Perfil dos moradores do entorno: faixa etária, • Escala a definir.
gênero, renda aproximada, profissões e atividades
de lazer.
• Cultura construtiva local: quantificar casas com
telhado aparente ou platibanda, estilos identificados,
materiais de revestimento, tipo de fechamento do
lote, tipo de esquadrias, etc.

Procedimentos para execução do exercício


Levantamento físico – medição e representação gráfica / Consulta ao material bibliográfico (orientação solar / ventos / vegetação) e
aos órgãos competentes (infraestrutura, luz, água, telefone, esgoto) /Observação in loco, visuais, paisagem do entorno, tipologia da
região, materiais/ Levantamento dos condicionantes legais / Elaboração de maquete, a partir do levantamento físico (medição),
com volumetria do entorno imediato em escala a definir.

Lembrem-se de serem colaborativos e de trabalharem integrados!!!

5
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

EMENTA DO EXERCÍCIO 2 – ESTUDO DE REFERÊNCIA

Elaboração: grupo de 3 alunos


Objetivo: entendimento do objeto arquitetônico (residência unifamiliar) a partir da análise prévia e consistente de uma obra de
referência para subsidiar o exercício projetual a ser desenvolvido.
Elemento de entrega: apresentação Power Point (livre) e uma prancha resumo (A3) demonstrando os pontos positivos (que levaram
a escolha do projeto) e negativos (identificados durante a análise) na percepção do grupo através de textos e desenhos, imagens,
colagens, outros.
Apresentação: será feita de forma oral, cada grupo terá 10 a 12 minutos para apresentação, dependendo do número de grupos o
tempo pode ser menor.

OBJETIVO PARA O DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO


A análise da obra de referência tem por objetivo entender o objeto arquitetônico (residência unifamiliar), como um todo através
do estudo e análise de suas partes e relações, importante para subsidiar o exercício projetual a ser desenvolvido posteriormente.
Para tanto, são solicitados alguns itens básicos que devem ser analisados pelos alunos, podendo os mesmos ser completados de
acordo com as necessidades ou o entendimento de cada grupo. A análise se dá a partir de uma pesquisa inicial do histórico e
contexto da edificação, além do material gráfico do projeto como um todo (plantas, cortes, fachadas, imagens, croquis, entre
outros).

ROTEIRO DE ANÁLISE
A equipe deve buscar compreender a obra arquitetônica. Para tanto a análise deve seguir os itens solicitados abaixo. Cabe a cada
equipe elencar outros aspectos que julgarem importantes, assim como analisar e organizar os solicitados no roteiro.

1. Ficha técnica da obra


a. Nome de Projeto/ Proprietário (opcional)
b. Arquiteto (obrigatório)
c. Data do Projeto (opcional)
d. Local / endereço (obrigatório); vila; bairro; zona da cidade
e. Área total e área por pavimento (m²) (obrigatório - se não estiver expressa deve ser calculada)

2. Histórico e contextualização da obra


a. Perfil público alvo (quantidade de moradores, profissões, faixa etária, gênero, hobby ou lazer, outros)

3. Relação do Edifício e seu Contexto


a. Mapa com implantação da edificação (Google Earth)
b. Caracterização do entorno (usos, alturas, localização – cidade, campo, praia, montanha,...)
c. Tipo de implantação (relação da edificação com sítio/terreno – área construída x livre)
d. Indicação dos acessos
e. Compatibilidade Formal (relação da edificação com o entorno – análise critica)
f. Análise de fluxos urbanos; acesso(s) e saída(s) do lote

4. Configuração Formal da Edificação


a. Tipologia (isolada no lote, fita, geminada, outras)
b. Número de volumes da edificação; o conjunto da volumetria como escultura, cheios e vazios volumétricos
c. Existe modulação/malha? Qual o módulo adotado? Regular ou irregular? Qual sistema construtivo?
d. Qual tipo de cobertura? Plana/inclinada? Única ou composta por vários planos? Estrutura/material?
e. Tipo de vedação - composição de cheios e vazios/sistema construtivo/material
f. Aberturas - ritmo/ alinhamentos/ funcionamento (correr, abrir, outros) e material
g. Outros elementos compositivos (caixa d’água, chaminés, escada, outros)
h. Materiais empregados, como elementos arquitetônicos e revestimentos
5. Configuração do Espaço Arquitetônico
a. Forma da planta - composição (simétrica, assimétrica, outros)
b. Zoneamento - relações entre setores (social, intimo, serviço) integrado/setorizado
c. Usos dos espaços - funções mais específicas; (definidos ou flexíveis?) disposição do mobiliário x circulação (ampliar um
espaço de cada setor com mobiliário)
d. Área dos espaços por setores (sociais, íntimo, serviço, trabalho, outros)
e. Compatibilidade dos espaços com legislações pertinentes
f. Conexões entre espaços internos – acessos/circulações/escadas/visuais entre setor e espaços
6
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

g. Conexões entre espaços internos e externos (jardins/entorno) - acessos/circulações/ visuais

6. Configuração do Jardim
a. Pátios – um só ou separados? Quais as funções/usos dos pátios?
b. Existe setorização pátio social/serviço?
c. Qual relação dos setores (social, intimo e serviço) com o (s) pátio(s)?
d. Existe jardim frontal? Existe jardim lateral? (área/tratamento/ outros)

7. Conforto Ambiental
a. Orientação solar (ambientes/setores social, íntimo e serviço)
b. Sentidos dos ventos na edificação
c. Ventilação (tipo e eficiência – nos espaços sociais, íntimo, serviço, trabalho, outros)
d. Entorno (relação e interferência do entorno no conforto térmico da edificação)
e. Proteções Solares (identificação e análise)
f. Fluxos: internos e externos dos habitantes

8. Elementos construtivos (podem ser apresentados complementando os demais tópicos)


a. Tipo de fundações (como a edificação se apoia no terreno?)
b. Sistema construtivo (estrutura, vedações e cobertura)
c. Escada, lareira e churrasqueira (quando existirem) - tipologia
d. Materiais como vedação e/ou estrutura

9. Escala do Objeto Arquitetônico


a. Análise da relação entre a edificação e a escala humana (pedestre/passante & usuário) identificar os elementos utilizados
para relação ou falta de (aberturas, revestimentos, vegetação, outros)

10. Reflexão crítica


a. Quais as semelhanças e/ou diferenças contextuais da obra analisada e a área de intervenção da disciplina?

BOM TRABALHO A TODOS!!!!!

EMENTA DO EXERCÍCIO 3 – PARTIDO GERAL

Elaboração: individual
Formas de apresentação:
- Pranchas tamanho A3 (máximo de 8 pranchas) com plantas, fachadas, cortes, croquis, perspectivas – todos esquemáticos.
Recomenda-se cuidar a paginação para evitar espaços vazios ou acúmulo de informações, no mais a apresentação é livre;
- Maquete da solução volumétrica proposta com indicação dos cheios e vazios (rasgos, aberturas) e tratamento da cobertura (plana,
inclinada ou outras). Recomenda-se que seja monocromática para melhor percepção do volume;
- 01 questão elaborada a partir de dúvidas enfrentadas durante a elaboração do partido. COMO VOCÊ RESOLVEU TAL PROBLEMA?
ou POR QUE VOCÊ TOMOU TAL DECISÃO? ou ainda QUAL FOI A SOLUÇÃO ENCONTRADA PARA (...)? A questão pode considerar
desde o processo projetual (concepção da residência, condicionantes); a funcionalidade do projeto (zoneamento, relação entre os
ambientes, etc.); questões compositivas e estéticas; questões construtivas; questões tecnológicas (sistemas de captação de água,
energia solar, etc.):
- Apresentação oral através das pranchas. Cada aluno terá no máximo 10 minutos para apresentação, podendo variar o tempo
dependendo do número de alunos inscritos na disciplina.

OBJETIVO PARA O DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO


O Partido geral tem por objetivo demonstrar a solução adotada para a residência unifamiliar, a partir de desenhos elaborados à
mão livre e/ou coloridos (destreza gestual) que demonstrem o processo/método criativo (primeira satisfação ao cliente de sua
ação criativa), sem preocupação com muita exatidão métrica e gráfica, mas com muita informação visando atender aos anseios do
cliente de forma aproximada à realidade esperada.
7
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

CLIENTE E PROGRAMA DE NECESSIDADES

O cliente é uma incorporadora (empresa responsável por identificar oportunidades, adquirir o terreno e realizar estudos de
viabilidade do projeto de um empreendimento imobiliário) santa-mariense, que deseja colocar no mercado residências
unifamiliares destinadas a um público consumidor de classe média, interessado em imóveis eficientes (de baixo consumo
energético e de baixa manutenção) com uma estética atual e mais universal.

O programa de necessidades mínimo a ser atendido é: 01 suíte (dormitório de casal + banho casal) / 02 dormitórios de solteiro / 01
banho (de apoio aos dormitórios de solteiro) / 01 sala de estar e jantar integrada / 01 cozinha (fechada ou integrada à sala) / 01
lavanderia / 01 lavabo compartimentado (com lavatório separado da bacia sanitária) / 01 garagem multiuso (mínimo 02 carros, com
possibilidade de usos alternativos) / 01 ateliê ou escritório (edícula ou integrado à residência) / 01 piscina ou spa (no jardim ou
terraço). A solução poderá ser desenvolvida em um ou mais pavimentos.

ELEMENTOS DE ENTREGA

1) Apresentação do conceito adotado (palavra-chave, quadro síntese dos elementos compositivos de referência adotados na
proposta – materiais, elementos arquitetônicos, tipologia construtiva, tipo de relação interior/exterior desejada, entre outros-
através de textos, croquis, colagens, esquemas compositivos, tudo que for pertinente para compreensão da proposta).
2) Apresentação do processo criativo (geração do volume, número de volumes/pavimentos, tipologia e sistema construtivo e
materiais adotados, zoneamento e evolução da proposta volumétrica: - através de textos, croquis, colagens, esquemas composi-
tivos, tudo que for pertinente para compreensão da proposta).
3) Planta de situação demarcando o lote de intervenção dentro do seu quarteirão e situando este quarteirão no contexto geral da
vizinhança (bairro/cidade). Indicar o nome de todas as vias, as dimensões e cotas de amarração do lote em relação à esquina,
norte, escala. Escala 1:1000 ou 1:2000.
4) Planta de desenho urbano, esquemática, da via em frente ao lote, demonstrando as diretrizes ou ideias de desenho urbano,
como tratamento do passeio, acessibilidade (rebaixos de veículos nas saídas de garagem e rampas de PCD nas esquinas), vagas
de estacionamento de veículos, desenho de pisos, mobiliário (postes, lixeiras, bancos, paraciclos, totens de informação, etc.),
fechamento dos lotes, arborização urbana, etc. Escala 1:750 ou 1:1000.
5) Planta de localização demonstrando a relação da residência com o lote/entorno imediato (deve ter no mínimo as dimensões do
terreno, norte, indicação acessos, cotas de níveis, rampas, rebaixos, alinhamentos, recuos, outros). Escala 1:500.
6) Planta baixa esquemática de todos os pavimentos demonstrando as relações entre os espaços internos propostos (esquema de
circulação e setorização - íntimo, social e serviço – com cores primárias), tratamento paisagístico (em nível de zoneamento - pis-
cina, decks, pátio de serviço, canil, muros/fechamentos, vegetação, entre outros) e indicação das linhas de corte. Escala 1:200.
7) Planilha de áreas construídas, informando por setores (social, íntimo e serviço) e total (a partir do pré-dimensionamento de-
senvolvido) e planilha com os índices urbanísticos permitidos e os atingidos com a proposta.
8) Cortes esquemáticos demonstrando sistema de cobertura proposta. Escala 1:200.
9) Fachadas esquemáticas demonstrando aberturas e materiais especificados, com inserção de calunga/vegetação. Escala 1:200.
10) Croquis e perspectivas esquemáticas (mínimo 01 externo e 01 interno).
11) Maquete volumétrica da edificação. Escala 1:200.
OBSERVAÇÃO: Não se esquecer de indicar nos desenhos: norte (em todas as plantas e maquetes), escala, legenda quando houver
necessidade, entre outros elementos pertinentes.

Lembrem-se da destreza gestual, soltem-se!!!!!!

EMENTA DO EXERCÍCIO 4 – ANTEPROJETO

Elaboração: individual
Objetivo: desenvolver a solução técnica para a residência unifamiliar
Formas de apresentação:

8
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

- Pranchas tamanho A3 (máximo de 8 pranchas). Recomenda-se cuidar a paginação para evitar espaços vazios ou acúmulo de
informações, no mais a apresentação é livre;
- Maquete da solução volumétrica proposta com indicação dos cheios e vazios (rasgos, aberturas) e tratamento da cobertura (plana,
inclinada ou outras) na escala 1:200. Recomenda-se que seja monocromática para melhor percepção do volume;

OBJETIVO PARA O DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO


O Anteprojeto tem por objetivo apresentar as plantas técnicas e as soluções edilícias adotadas (desenhos técnicos, seguindo as
normas e legislação) visando à execução da residência unifamiliar (os desenhos podem ser coloridos, desde que não interfira nas
informações técnicas).

ELEMENTOS DE ENTREGA

1) Planta de Situação - escala 1:500 – mostrar o terreno dentro do quarteirão (quadra), denominação das ruas, dimensões do
terreno, distância da esquina mais próxima, número da quadra e do lote (inclusive dos lindeiros), área, ângulos e norte (sem-
pre para cima) conforme informações coletadas no levantamento.
2) Planta de desenho urbano – escala 1:500 ou 1:750 - da via em frente ao lote, demonstrando as soluções de desenho urbano,
como tratamento do passeio, acessibilidade (rebaixos de veículos nas saídas de garagem e rampas de PCD nas esquinas), vagas
de estacionamento de veículos, desenho de pisos, mobiliário (postes, lixeiras, bancos, paraciclos, totens de informação, etc.),
fechamento dos lotes, arborização urbana, etc.
3) Planta de Localização e Cobertura – escala 1:200 ou 1:100 – indicando a inserção da edificação com paisagismo no lote traba-
lhado. Indicar nome das ruas (se for de esquina) e eixos, dimensões do terreno, norte, vegetação existente (árvores a serem
preservadas e/ou retiradas), indicar os acessos (pedestres e veículos), rebaixos, cotas de nível (dos quatro cantos, dos meios fi-
os, acessos, portões e patamares), rampas e escadas com indicação de sentido de subida, muros (indicar altura), lixeira, reser-
vatório de gás, caixa de correspondência, saneamento (se não existir rede de esgoto cloacal no local, indicar sistema individual
do lote: caixas de inspeção, fossa séptica, filtro anaeróbico e sumidouro), rebaixos (meio fio - cadeirantes e veículos), alinha-
mentos e recuos conforme regime urbanístico (linhas tracejadas), cotas de amarração e dimensões dos volumes edificados e
suas projeções. O mesmo desenho deve contemplar a cobertura proposta para a edificação (telhado ou outro tipo de cobertu-
ra), informando materiais, inclinações, calhas e tubos de queda para destino das águas pluviais. O zoneamento paisagístico de-
verá ser apresentado: localizar piscinas, decks, abrigos, pátio de serviço, canil, fechamentos, vegetação, entre outros.
4) Planilha de áreas construídas (informando por pavimentos e total) e planilha com os índices urbanísticos (permitidos e atin-
gidos com a proposta).
5) Plantas Baixas mobiliadas de todos os pavimentos – escala 1:100 – indicando norte, acessos (pedestres e veículos), cotas de
nível (patamares, pavimentos), cotas gerais e contínuas (não intercaladas, demonstrando as dimensões dos compartimentos),
nome dos compartimentos, área dos compartimentos, revestimentos dos pisos, marcação dos cortes, dimensões aberturas
(porta e janelas), escadas (número e altura de degraus, corrimões, sentido de subida) entre outras informações pertinentes pa-
ra entendimento do desenho.
6) Planta estrutural esquemática – escala 1:100 – utilizando PAPEL MANTEIGA e na mesma escala das plantas baixas mobiliadas
(estes desenhos serão sobrepostos para verificação).
7) Cortes (no mínimo um transversal e longitudinal) – escala 1:100 - indicando as cotas de nível, entorno imediato (muros, jardins,
rua, outros). Nos cortes é necessário demonstrar somente mobiliário fixo (bancadas, por exemplo) e cotas verticais somente
(alturas de pé direito e aberturas).
8) Fachadas – escala 1:100 – indicando os materiais utilizados, cores, luz e sombra, bem como sugestão da vegetação proposta.
9) Perspectiva externa do ponto de vista do observador, mínimo 01, colorida, ambientada e com legenda descritiva.
10) Croquis internos pertinentes ao projeto, mínimo 01, coloridos, ambientados e com legenda descritiva.
11) Detalhe construtivo da residência – escala entre 1:50 e 1:25 – No mínimo 01 elemento existente na edificação, como escada,
lareira, churrasqueira, chaminé, entre outros. Apresentar desenhos ampliados e detalhados, com especificações de materiais e
cotas.
12) Maquete com terreno e zoneamento paisagístico (recomenda-se que seja monocromática) - escala 1:200.

9
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA URBANISMO

Santa Maria, 11 de março de 2019.

________________________ ________________________ ________________________


Filipe Bassan Marinho Maciel Lucienne Rossi Lopes Limberger Fábio Müller
Docente Responsável Docente Responsável Coordenador(a) do Curso

10

Você também pode gostar