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EEEM "ARNULPHO MATTOS" ELETROTÉCNICA

INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS

podem admiti r uma diferença de até um m áximo de 3% ent re a resistência


de uma fase e a resistência de outra fase. Caso haja uma diferença maior
que 3%, deve -se abrir o motor e fazer -se uma inspeção para verificar se
não existem erros de ligação e/ou soldas defeituosas nas conexões, que
sejam possíveis de corrigir. Se o bobinado estiver perfeito, o motor deverá
ser rebobinado, pois provavelm ente o problema estará na própria
bobinagem do motor (diferença na quantidade de espiras e/ou na bitola
dos fios).

4. MANUTENÇÃO MECÂNICA;
4.1. MANCAIS DE ROLAMENTO:

Mancais de rolamento, ou simplesmente rolamento, são mancais


onde a carga é transferida através de elementos que apresentam
m ovimento de rotação, consequentemente chamado atrito de rolamento .

Pista externa

Pista interna

Elemento
rolante

Exemplo de um rolamento rígido de uma carreira de


esferas.

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4.1.1. Classificação dos Rolamentos:

Os rolamentos são classificados da acordo com:


• Tipo do rolamento;
• Largura;
• Diâmetro do furo.

X X XX Os dois últimos algarismos,


m ultiplicados por 5,
indicam o diâmetro do
furo do rolamento em

O segundo algarismo indica a


largura e diâmetro externo do
rolamento.
O primeiro algarismo ou série de
letras indica o tipo do rolamento.

Exemplo:

6 2 09 09 x 5 = 45 mm (furo do rolamento)

Rolamento rígido de uma carreira

A maioria dos motores utilizam rolamentos de uma carreira de esferas,


tanto no mancal dianteiro quanto no mancal traseiro.

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NU 3 22 22 x 5 = 110 mm (furo do rolamento)

Utiliza-se rolamentos de rolos cilíndricos quando o motor é submetido a um


grande esforço radial, por exemplo, acoplado com polias e correias.

! Não recomenda -se a utilização de rolamentos de rolos cilíndricos


em acoplamento diretos.

Exceções:

Os rolamentos da série XX01, XX02 e XX03 não apresentam diâmetro do


furo conforme regra acima:
• XX01: furo de 12mm;
• XX02: furo de 15mm;
• XX03: furo de 17mm;

4.1.2. Vedações:

A indicação da vedação do rolamento vem após a numeração


(sufixo).

• Z – proteção metálica (bli ndagem) em apenas um dos lados do


rolamento;
• 2Z – dupla proteção metáli ca (blindagem em ambos os lado s do
rolamento);
• 2RS / DDU – dupla vedação de borracha, com contato (ambos os lados
do rolamento).

Exemplo:
6203 – ZZ: rolamento de esferas, série de largura 3, furo de 17mm, com
dupla vedação metálica (blindagem).

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4.1.3. Folgas Internas:

• As folgas indicadas no rolamento são medidas radialmente (folga entre


os elementos rolantes e as pis tas);
• São indicadas após a numeração do rolamento (sufixo);
• Em ordem crescente: C1 - C2 - NOR MAL - C3 - C4 - C5;

Exemplo:

6309 – C3: rolamento de esferas, série de largura 3, furo de 45mm,


folga radial C3 (maior que a normal).

! A partir do modelo 160 M os motores WEG utilizam rolamentos c om


folga C3.
É extremamente importante manter esta característica durante as
manutenções.

4.1.4. Orientações para armazenamento de rolame ntos:

• Manter na embalagem original;


• Ambiente limpo, seco, isento de vibrações, goteiras;
• Temperatura entre 10 ºC e 30ºC;
• Umi dade do ar não superi or a 60%;
• Não estocar sobre estrados de madeira verde, encostados em paredes
ou sobre chão de pedra;
• Manter afastados de canalizações de água ou aquecimento;
• Não armazenar próximo a ambientes contendo produtos químicos ;
• Empilhamento máximo de cinco caixas;
• Rolamento pré-lubrificados (sufixo Z, ZZ, DDU, 2RS) não devem ser
estocados mais de dois anos;
• Efetuar rotativi dade de estoque (consumi r primeiro os mais antigos);

! Quando o rolamento estiver instalado no motor, gir ar mensalmente o


eixo para renovar a lubrificação das pistas e esferas.

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4.1.5. Desmontagem de Rolamentos:

Existem várias maneiras de proceder a desmontagem de rolamentos.


No caso dos motores WEG, os assentos de rolamento são do tipo
cilíndrico . Para este arranjo, pode -se proceder a desmontagem
por meio m ecânico, hidráulico, por injeção de ó leo ou aquecime nto. A
escolha do m étodo de desm ontagem pode depender do tam anho do
rolamento. Para os rolamentos utilizados nos motores WEG, o uso de
ferramen tas m ecânicas e hidráulic as é suficiente. Rolamentos maiores
pode m requerer uso de aquecimento.

Ferramentas Mecânicas:

Os rolamentos de porte pequeno e médio (até 6312) podem ser


desmontados utilizando -se um extrator, sendo que as garras deverão se
apoi ar no anel interno (o rolamento é montado com interferência no eixo)
.
Para evitar danos ao assento de rolamento, o extrator deverá estar
posicionado corretamente; o uso de extratores autocentrantes evitam
danos e tornam a desmontagem m ais rápida.

Extrator apoiado no anel interno do rolamento.

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Os rolamentos de tamanho médio com ajuste interferente no eixo


requerem uma considerável força para desmontá -los, sendo
recomendado um extrator hidráulico autocentrante.

Extrator Hidráulico

A desmontagem a quente é utilizada na remoção de anéis internos


de rolamentos de rolos cilíndricos.
Os fabricantes de rolamentos desenvolveram um sistema prático e
rápido para este procedimento. Trata -se de um anel de alumínio que pode
ser forneci do para todos os tamanhos de rolam entos de rolos (NU, NJ e
NUP). A desmontagem é simples: primeiro retire o anel externo com rolos e
gaiola; depois passe um óleo resistente à corrosão e bastante viscoso na
pista do anel interno. Aqueça o anel de alumínio até apro xim adamente
280°C e coloque -o ao re dor do anel interno; comprima -o com as alças da
ferramenta. Quando o anel interno estiver dilatado, desmonte -o junto com
o aquecedor e separe -os imediatamente um do outro.
Também pode -se usar um aquecedor por indução, quando não se
dispõe destes anéis e as desmontagens s ão freqüentes.

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Anel de alumínio para desmontar o anel int erno de rolamentos de


rolos cilíndricos.

Algumas dicas para a desmontagem dos rolamentos:


• Sempre substitua as vedações de borracha: v ‘ring e/ou retentores;
• Assegure-se de qu e o eixo esteja bem fi rme, do contrário podem haver
danos ao rolamento e ao eixo;
• Se o rolamento será reutilizado, montar na mesma posição no eixo.
Antes da desmontagem marque cada rolamento e suas posições;

! Nunca utilize martelo diretamente sobre o rola m ento.

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4.1.6. Montagem de Rolamentos:

É necessário usar o método correto na montagem e observar as


regras de limpeza para que o rolamento funcione satisfatoriamente. A
m ontagem deve ser feita em local limpo e seco.
A montagem pode ser feita de 4 maneiras: mecânica, hidráulica,
por injeção de óleo e aquecimento. Os fabricantes de rolamentos
fornecem a maioria das ferramentas para a montagem. Rolamentos
pequenos podem ser montados a frio, utilizando uma prensa (até 6312).
Rolamentos maiores utiliza -se aquecimento.

Montagem a Frio:
A montagem de rolamentos com furo de até 60 mm pode ser feita
com prensa hidráulica ou mecânica. Uma bucha deve ser usada entre a
prensa e anel interno do rolamento.

Montagem a Quente:
Rolamentos grandes são difíceis de serem montados a frio,
portanto o rolamento ou um de seus anéis podem ser aquecidos
para facilitar a montagem.
A diferença de temperatura entre o rolamento e o a ssento do eixo
varia em função do ajuste. Normalmente 80 a 90°C acima da tempe ratura
do eixo é suficiente para a montagem.

! Nunca aqueça o rolamento acima de 125ºC.

Utilize um termômetro p/ verifi car a temperatur a do rolamento.

Banho de óleo:

TERMÔMETRO

Banho de óleo

Separador

Banho de óleo garante um aquecimento homogêneo, além de ser fácil


avaliar a temperatura do ba nho. Nunca deixe o rolament o em contato
direto com a superfície aqueci da em banho de óleo.

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Aquecedor Indutivo:

Os aquecedores por indução podem ser usados na montagem de


rolamentos com interferência no eixo.Neste caso a montage m é mais
rápida e simples e o rolamento pode estar engraxado.

! Medir a temperatura no anel interno do rolamento: não ultrapassar 125°C.


! Utilizar desmagnetizador para impedir circulação de corrente elétrica
pelo rolamento.

Aquecedor indutivo de Rolam entos

! Jamais aplique chama diretamente sobre o rolamento.

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4.1.7 Anéis de Fixação do Rolamento

Rolamentos de Esferas:
O sistema utilizado pela WEG Motores mantém o rolamento dianteiro
travado axialmente, sendo o traseiro livre , com molas de pré -carga.

3 2 1 6 5 4
Detalhe Mola

Rolamento Fixo Folga axial 2.5mm

Mancal Dianteiro. Mancal Traseiro. Detalhe da Mola de Pré -carga.

1:Anel de Fixação Externo do Rolamento Dianteiro;


2: Rolamento Dianteiro;
3: Anel de Fixação Interno do Rolamento Dianteiro;
4: Anel de Fixação Interno do Rolamento Traseiro;
5: Rolamento Traseiro;
6: Anel de Fixação Extern o do Rolamento Traseiro;

Rolamentos de Rolos:
Quando utiliza -se rolam entos de rolos cilíndricos, ambos os
rolamentos, dianteiro e traseiro, são travados axialmente:

3 2 1
6 5 4

Rolamento Fixo Rolamento fixo

Mancal
M ancal Dianteiro de Rolos Ci líndricos
Traseiro de Esferas
! Cuidado para não alterar a posição dos anéis de fixação dos rolamentos

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4.1.8. Algumas dicas:

• Ao proceder a medição do assento de rolamento, espere atingir o


equilíbrio térmico entre o eixo e o equipamento de medição
(micrômetro);
• Faça a medição em dois planos para verificar cilindricidade. Em cada
plano faça 4 medições e efetue a média. A diferença da média entre
os dois planos não deve ser superior que a metade do intervalo de
tolerância par a o assento do rolam ento:

φ1 φ2

Exemplo:
Diâmetro do assento de rolamento dianteiro: 17k6: 17,001 – 17,012.
Portanto o intervalo de tolerância é de 0,011mm. A diferença entre as
m edições nos 2 planos não deve ser superior a ~ 0,0055mm;
• A ovalização máxima do assento do rolamento não deve ser superior a
50% do campo de tolerância especificado:
∅1 ∅2

Exemplo:
Diâmetro do assento de rolamento dianteiro: 17k6: 17,001 – 17,012.
Portanto o intervalo de tolerância é de 0,011mm. A diferença entre
duas medições no mesmo planos não deve ser superior a ~ 0,0055mm;
• Ao retirar um rolamento de seu assento é normal q ue se tenha um
“amassamento” das rugosidades superficiais, com conseqüente
redução da interferência;
• Assentos de rolamento oxidados ou cônicos causam deformações no
anel interno do rolamento, reduzindo sua vida útil;
• Ambientes com muitos contaminantes (par tículas, pó, umi dade)
requerem um sistema de vedação adequado, como labirinto taconite
ou retentor;
• No caso de trocas constantes de rolamentos, deve -se estudar a causa
do problema que está levando os mesmo s a falha;
• Se a troca é inevitável, os cuidados n a montagem e desmontagem
devem ser seguidos a risca para evitar danos ao eixo. Prefira os

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procedimentos a quente para não danifi car o assento no mom ento da


colocação do novo rolamento;
• Avalie o estado do assento do rolamento antes de proceder a
montagem;
• Se for necessário “metalizar” o eixo, faça uma retífica no assento para
garantir a dimensão e o acabamento. Não esqueça de verificar o
batimento radial do rotor e da ponta de eixo;

4.2. LUBRIFICAÇÃO:

Os objetivos da lubrificação dos rolamentos são:


• Reduzir o atrito e desgaste;
• Prolongar a vi da do rolamento;
• Dissipar calor;
• Reduzir temperatura;
• Outros: vedação contra entrada de corpos estranhos, proteção contra
a corrosão do mancal, etc.

Os métodos de lubrificação se dividem em lubrificação a óleo e graxa.


Em motores elétricos, a lubrificação com graxa é mais utilizada devido a
sua simplicidade e baixo custo de operação.

4.2.1. Lubrificação com Graxa:

A graxa é um lubrificante líquido (óleo) engrossado para formar um


produto sólido ou semi -fluido, por meio de um agente espessante. Outros
componentes que confiram propriedades especiais podem estar presentes
(aditivos).

GRAXA = ÓLEO + ESPESSANTE + ADITIVOS


Mineral; Lítio; Anti -Oxidante;
Sintético; Complexo de Anti -Corrosivo;
lítio; Anti - Desgaste;
Vegetal; Complexo de Agente de
Adesividade, etc.
4.2.2. Características da lubrificação com Graxa:
Vantagens da Graxa:
• Lubrificam e vedam;

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• Reduzem o barulho;
• Não necessitam bombeamento.

Desvantegens da Graxa:
• Não trocam calor;
• Não removem contami nantes;
• Menor poder de penetração;
• Não fluem.

Por que relubrificar os rolamentos?

Rolamentos engraxados devem ser relubrific ados se a vida útil da graxa


for menor que a vida útil esperada do rolamento.

O que influencia na vida da graxa?

• Temperatura;
• Contaminantes;
• Vedações deficientes.

O que acontontece se o rolamento não é relubrificado?

• A graxa pode endurecer, perdendo suas propried ades lubrificantes;


• Pode haver acúmul o de contam inantes, reduzindo drasticamente a
vida útil do rolamento.

4.2.3. Falhas na Lubrificação:

Excesso de Graxa ocasiona:

• Resistência ao Movimento;
• Aumento da Temperatura;
• Redução da vida útil do rolamento e d o lubrificante;
• Penetração de parte da graxa sobre o bobinado do motor;
• Aumento da temperatura do bobinado e queda da resistência de
isolamento.
Falta de Graxa ocasiona:

• Rompimen to da pelí cula lubrificante;


• Aumento do atrito e temperatura do rolamento;
• Início de descascamento nas pistas do rolamento;
• Travamento do rolamento por excesso de temperatura e falta de
folga radial.

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Quantidade de Graxa:

Para lubrificação de rolamentos, pode -se usar a equação:

G = DXB 
 g 

200
Onde:

D = diâmetro externo do rolamento [ mm].


B = largura do rolamento [ mm].

Recomendações para Relubrificação e Manuseio da Graxa:

• Evitar o preenchimento excessivo dos mancais;


• Em rolamentos novos, preencher os espaço vazio do rolamento com
graxa;
• Preencher cerca de 2/3 dos anéis de fixação do rolamento com graxa;

Correto preenchim ento do anel de fixação do


• Em relubrificações, utilizar somente pistola engraxadeira manual;
• Manter os recipientes com graxa sempre fechados, para evitar
contaminação;
• Manter a superfície da graxa sempre nivel ada;
• Manter afastada de fontes de ignição;

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• Evitar contato contínuo com a pele. Limpar respingos que


eventualmente aconteçam.
! Evite sempre a mistura de graxas.

4.3 RELUBRIFICAÇÃO D E ROLAMENTOS DE MOTO RES ELÉTRICOS:

Relubrificar não é simplesmente adicionar graxa ao mancal do motor.


Consiste em colocar a quantidade e o lubrifi cante indicado, no intervalo
previsto e no local certo. Para isso recomenda -se a adoção de um
procedimento de relubrificação baseado nas recomendações abaixo:

4.3.1. Motores sem Graxeira:

Os motores carcaça 63 até 132M nã o possuem pino graxeiro e são


equipados com rolamentos de dupla vedação metálica (ZZ). Este tipo de
rolamento não permite relubrificação, sendo portanto lubrificados para a
vida. Ao fim de sua vida útil devem ser retirados e substituídos.

Motores 160M até 200L são norm almente enviados sem pino graxeiro.
Para estes motores deve -se adotar o procedimento abaixo:

• Remover as tsmpas com cuidado para não danific ar os rolame ntos;


• Lavar com querosene ou óleo diesel;
• Não girar sem lubrificante;
• Colocar óleo fino e inspecionar;
• Lubrificar com graxa indicada, preenchendo os espaços internos do
rolamento.

! Para esta operação os rolamentos não necessitam ser retirados do


eixo.

4.3.2. Motores com Graxeira:

Os motores carcaça 160M até 200L podem ser fornecidos com pi no


graxeiro como item opcional.
Os motores 225S/M até 355M/L são fornecidos com pino graxeiro. Para
este motores deve -se adotar o procedimento abaixo:

• Limpar o bico do pino graxeiro;

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• Se possível, adicionar a quantidade de graxa recomendada com o


m otor em operação;
• Caso o motor não possa ser relubrificado em operação, adicionar
m etade da graxa in dicada na lubrificação com o motor parado;
• Funcionar o motor;
• Colo car o restante da graxa;
• Não relubrificar mais que a quantidade indicada e em menor tempo
que o previsto;
• Não misturar tipos diferentes de graxas;
• Utilizar somente pistola engraxadeira manual para esta operação.

4.4. VEDAÇÕES:

4.4.1. Anel V’ring:

Vedação utilizada nos motores da linha standard e Alto Rendimento,


IP-55.

Aplicação:
• Vedador o u anel raspador em movimentos relativos.

Instalação:
• Sobre o eixo, do lado externo do motor, com lábio montado com
determinada pressão em contato com a tampa e/ou anel de fixação
do rolamento.
Cuidados:
• Instalar com uma determinada pressão na direção do m otor;
• O lábio deve ser lubrificado com uma fina camada de óleo ou graxa
para perfeita vedação;
• Substituir sempre que houver intervenção no motor.

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4.4.2. Retentor:

Utilizado em motores submetidos a ambientes com umidade e/ou


contaminantes líquido s. Podem ser do tipo sem mola (lip seal) ou com mola
(oil seal). O padrão WEG para motores IP -56 é o tipo sem mola.

Aplicação:

• Utilizado para impedir a entrada de líquidos através do eixo do motor.

Instalação:

• Nas tampas dianteira e traseira do motor .

Cuidados:

• Não apertar o retentor antes da sua instalação pois pode provocar


ovalização;
• Não tocar no lábio interno evitando contaminação e deformação;
• Instalar com equipamentos apropriados para obter centralização
tampa/eixo;
• Utilizar retentor composto de material aprovado para a aplicação:
- Poliacrílico: temperaturas normais de operação;
- Borracha Nitrili ca: até 120°C;
- Viton: temperaturas extremas, como estufas;
• Passar uma fina camada de óleo ou graxa nos lábios do retentor antes
da montagem;

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• Observar s entido correto de montagem: mola voltada para lado oposto


ao motor;
• Verifi car se há rebarbas ou desgaste na região do assento do retentor
sobre o eixo: em caso afirmativo, recuperar o eixo antes de instalar o
retentor.
• Substituir sempre que houver interve nção no motor.

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4.4.3. Labirinto Taconite:

Utilizado em motores submetidos a contaminantes sólidos e abrasivos.


Equipa os motores IP -65.

Aplicação:

• Estes componentes tem como finalidade garantir a proteção contra


penetração de pó no interior do motor quando o ambiente assim exige;
• Utilizado a partir do modelo 90L até 355M/L;
• Vedação efetuada pela graxa existente entre o labirinto (parte móvel)
e a tampa do motor (parte estacionária).

Para sua instalação temos dois pontos a serem ob servados:

• Carcaça 90 a 200 - trocar as tampas normais por especiais;


• Carcaç a 225 a 355 - trocar apenas os anéis externos de fixação dos
rolamentos;

! Sempre montar com graxa entre o labirinto e a tampa do motor.


Vantagens:

• Construído em latão, sem atrit o entre as partes;


• IP65.

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Desenho esquemático da montagem e funcionamento do Labirinto


Taconite:

Tampa ou anel de
fixação do rolamento

Graxa /

Labirinto Taconite /

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