UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

DEPARTAMENTO DE CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIA – CCAE

DISCIPLINA MÁQUINAS ZOOTECNICAS

ANA CAROLINA SALOMÃO SILVA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

ALEGRE
2023
ANA CAROLINA SALOMÃO SILVA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Relatório apresentado a disciplina
de Máquinas Zootécnicas
da Universidade Federal do
Espírito Santo – UFES

ALEGRE
2023
 Introdução
No dia 25 de abril de 2023, nós, alunos da turma da disciplina de Máquinas Zootécnicas
ministrada pelo professor Samuel Assis, tivemos um estudo prático na área experimental da
UFES sobre Preparo Periódico do Solo (secundário e primário).
Preparo períodico do solo

Inicialmente, foi feito o Preparo Primário, que é a aração.

O arado utilizado foi o de disco.

É um arado de 3 discos. Para esse disco não permite regulagem vertical e horizontal, pois
ele é fixo. Trabalha tombando o solo para o mesmo lado, no caso foi o direito, ou seja, ele
vira o solo para o lado direito. É um implemento montado no sistema hidráulico do trator com
dois pontos de engates nos braços inferiores (inferior esquerdo e inferior direito) e em cima,
a torre, onde liga o terceiro ponto, que é o braço superior do sistema hidráulico de
levantamento.
Ligando a estrutura do chassi ao disco, temos a coluna, e em baixo possui todos os
componentes necessários para que o disco gire, ponto onde precisa sofrer engraxamento
constate para garantir lubrificação para que o processo de rolamento do disco aconteça de
forma livre.
Atrás está localizado a roda guia, a qual possui duas funções principais: controlar a
profundidade (regulando a pressão da mola. Mola comprimida diminui a profundidade ou mola
com menor compressão aumenta a profundidade). A profundidade da aração é de acordo
com o sistema radicular da cultura.
Logo acima, existe 3 furos na torre, que serve para regular de acordo com o tipo de solo.
Superior: argilosa, Intermediário textura média e inferior textura mais arenosa.
Em questão de regulagem, o primeiro a ser feito é o acoplamento: cuja ordem é inferior
esquerdo, terceiro ponto e braço inferior direito. Depois é necessário escolher os furos da
torre de acordo com o tipo de solo. No caso foi escolhido o superior pois o solo no local é de
textura argilosa. Feito o acoplamento, a próxima etapa foi a regulagem e depois a
centralização. A centralização é necessária para centralizar o implemento do trator, tal que
a distância do braço esquerdo tem que ser a mesma do braço direito, ou seja, a linha do trator
tem que ser a mesma, fazendo com que não haja desestabilidades.
Após centralizar é necessário fazer dois nivelamentos: longitudinal, que é feito atuando no
terceiro ponto na luva telescópica para garantir que todos os discos toquem o solo ao mesmo
tempo. E o transversal, que é feito duas vezes: primeiro para abertura do primeiro sulco, o
implemento precisa estar alinhado com o trator. Após abrir o primeiro sulco, é necessário
jogar o trator dentro do sulco que foi aberto. Com o trator inclinado, o implemento precisa
estar nivelado. É feito novamente para corrigir a irregularidade em função do rodado estar
deslocando dentro do sulco. Isso é feito para implemento fixo, pois quando o arado é
reversível não é necessário o nivelamento transversal duas vezes.
Feito as duas regulagens, se iniciou o preparo do solo.
Força de tração requerida pelo implemento aumenta quando aumenta a velocidade, e a força
disponível diminui quando aumenta a velocidade. No entanto, se a velocidade for muito baixa,
ocorrerá problemas na qualidade da operação.
Após tudo isso, se inicia o Preparo Secundário do solo: cujo objetivo é destorroar e nivelar a
superfície do solo.

Foi trabalhado com uma grade destorroadora niveladora, de dupla ação em x ou em tandem.
Com discos medianos com massa mediana, recortados na sessão dianteira para grade
destorroadora e discos lisos na sessão traseira para grade niveladora. A grande é montada
ao sistema hidráulico de levantamento, com os pontos de engate nos braços inferiores e o
terceiro ponto. Todo implemento montado no sistema hidráulico de levantamento precisa ser
centralizado, nivelado longitudinalmente e nivelado transversalmente, porém o nivelamento
transversal para abertura do primeiro sulco e para abertura dos demais sulcos somente é
feito para arado e arado fixo.
Característica principal da grade: a eficiência dela está associada com sua massa. Quanto
mais pesada ela for, maior é sua eficiência. Essa eficiência tem ligação com o tipo de solo.
Quando o solo é de textura argilosa, a grade precisa ter massa mais próxima ao limite
superior. Quando o solo é de textura arenosa, ela pode estar mais próxima ao limite inferior.
A grade utilizada é leve demais para o solo utilizado, então foi utilizado um lastro de concreto
para aumentar a massa da grade.
No entanto, há problemas no uso do lastro, visto que mostra uma incompetência profissional,
pois a grade não atende ao solo e o peso não é bem distribuído.
A grade da área experimental não permite ser trabalhada nos discos da extremidade
esquerda, devido a um projeto ruim do implemento que deixa o disco picotado
(destorroadores) muito próximos. Já os discos lisos são muito distantes.

Para medir a largura de trabalho da grade de dupla ação, é determinado pela sessão de
ataque.
O cálculo é feito: L = n - 1 x 0,2.
Onde:
L = largura de corte,
N = número de discos,
-1 o disco corta metade de um lado e metade do outro e o outro lado é complementado pelo
disco que está lateralmente a ele. Os dois da extremidade corta somente a metade da sua
largura efetiva. O 0,2 é a distância média da largura entre os discos, medida em metros.

A força de tração requerida pela grade: é o produto da constante que depende do solo vezes
a sua massa.
Ft= C.M
Onde:
Ft= força de tração requerida
C= coeficiente que depende da textura do solo
M= massa da grade
A velocidade interfere na força disponível na barra de tração e na qualidade da operação.

Para determinar a tração de trabalho do motor, é de acordo com o ensaio do trator dentro da
reserva de torque.
Foi escolhido quarta reduzida e primeira livre para aração pois precisa de menor velocidade
e mais força de tração. Para determinar, é necessário consultar o escalonamento de marchas,
que mostra qual veocidade que cada marcha vai entregar numa determinada rotação.
Em seguida, foi iniciado a prática, onde podemos aprender todas as regulagens, ver o
funcionamento de todos os implementos e fazer a aração e a gradagem.