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Julho de 2015
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA
FACULDADE DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA MECATRÓNICA
Contra CAPA
i
Monografia defendida e aprovada aos 28 de Julho de 2015 pelos seguintes professsores:
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
Mestre Felizardo Rocha
(Presidente)
____________________________________________
Herculano Simão
(Arguente)
_____________________________________________
Doutor Valerio Bivol
(Co-Orientador)
ii
Declaração de Autoridade
Por este meio, dá-se a conhecer que João Zungo Sondama, Nara Joelma Cunjuca Luís e João
Lourenço Cussondama, são os únicos autores deste trabalho e autorizam a Universidade
Metodista de Angola (UMA) e a Fábrica Angolacabos a fazerem o uso deste projecto, desde que
respeitem os direitos Autoriais.
_____________________________________
João Zungo Sondama
______________________________________
Nara Joelma Cunjuca Luís
_______________________________________
João Lourenço Cussondama
____________________________________
(Orientador)
iii
Dez mil dificuldades, não foram suficientes para nos fazer desistir. Deus é
maior.
iv
I. Agradecimentos
Ao Sempiterno Deus por tudo, palavras são insuficientes para agradecé-lo. Aos Nossos pais
nomeadamente António Sondama, Victória Chagas, Osvaldo Luís, Aida Cunjuca, Doroteia
Manuel e Ernesto Vita, a nossa família, amigos, por toda a paciência e confiança na ausência.
Aos nossos companheiros e irmãos Victor Lukoki e Felicidade Garcia com quem trabalhamos ao
longo da licenciatura e com quem aprendemos muito. Aos nossos colegas em geral a quem
chamamos de companheiros de guerra por todo o apoio e parceria. Aos professores pelos
conhecimentos, conselhos e experiências transmitidas.
Não podemos deixar de agradecer à Angolacabos Lda, e aos seus funcionários; aos
operadores das linhas, ao pessoal do QSSA (Manuel Pascoal, Clementes Gomes, Francisco
Humba), ao pessoasl da DOP, aos seguranças, o nosso muito obrigado. Em especial queremos
mencionar, por sua incansável disponibilidade: Engenheiro Agnaldo Ferraz, Engenheiro Mateus
Júlio, Osvaldo Santiago, Five, Hermelindo Cassoma, Daniel e Narcísio Costa.
Ao nosso Orientador e Co-Orientedor Armando Vidal e Valerio Bivol, respectivamente,
agradecemos profundamente por vossa disposição e por terem aceitado o nosso pedido de
orientação. Muito obrigado pelo tempo disponibilizado e pelos ensinos e experiências
transmitidas, foram de grande valia para o sucesso desta monografia, desde os procedimentos
para a investigação, até a organização do relatório. Muito Obrigado.
v
II. Resumo
Os erros mais frequentes durante este processo ocorrem devido o controlo da temperatura.
A acção usada para o controlo da temperatura é do tipo On-Off, controlo este que não é o mais
adequado para temperatura, pois a temperatura é uma variável que tende a variar com muita
facilidade o seu valor e manté-lo a um valor constante apenas com uma acção liga-desliga (on-
off), admite um elevado intervalo de erro, devido as oscilações que ocorrem neste tipo de
controlo. A resolução deste problema é a aplicação do controlo PID, que permite manter o
valor da temperatura de processo muito próximo ao valor desejado, eliminando as elevadas
oscilações e o erro causado pela falta deste tipo de controlo.
O processo é supervisionado apenas pelos operadores de campo, pois a fábrica não possui
alternativas como computadores para a monitorização. O sistema aqui proposto é um sistema
SCADA (Supervisory control And Data Acquisition), um sistema capaz de reduzir os custos de
produção, eliminar as falhas de operação e de garantir a qualidade na produção. Através de um
vi
LVDT e um Pt100 (sensores de posição e temperarura, respectivamente), o nível de tinta e a
temperatura de processo, são medidos e o valor da medição é enviado ao CLP que em função
da programação desenvolvida retorna ao sistema físico (estação de pintura) a devida instrução.
Através de uma IHM (Interface Homem Máquina) local, uma tela ou um computador,
conectados ao processo através do CLP é possível supervisioná-lo e monitorá-lo. É també
possível monitorar e supevisionar o processo através de uma rede local e pela internete.
Com a construção de uma maquete (um protótipo da estação de pintura), foi possível
observar o comportamento do sistema proposto, desde a acção de controlo aplicada (PID) até à
supervisão e monitoração do processo. Alguns componentes utilizados para a construção da
maquete foram adaptados em função dos componentes disponíveis no Laboratório de
Instrumentação e Automação (LIA) da Universidade, mas este é um ponto que não interfere no
desempenho desejado para o sistema real, desde que sejam respeitadas as especificações
técnicas dos respectivos componentes, bem como as suas propriedades físicas e térmicas, visto
que se trata de um processo térmico.
O sistema SCADA desenvolvido tem grande importância para o processo de pintura e pode
ser adaptados para diversos processos no ramo industrial. As telas de supervisão permitem um
perfeito acompanhamento do estado do nível da tinta e da temperatura do processo e a
abertura e fechamento automáticos da válvula que permite a passagem da tinta. Os alarmes
gerados são cruciais para detetação e/ou identificação de problemas que poderão ocorrer ao
longo do processo.
Este projecto, também poderá servir como material auxiliar (componente prática) para o
curso de engenharia mecatrónica, no aprendizado das cadeiras de controlo, automação e
sistemas de supervisão, e isto será uma mais valia para a Universidade, assim como os
próximos estudantes deste curso – futuros engnheiros mecatrónicos.
vii
III. Abstract
Given the demand for industrial growth, there is a need to resort to automation of
industrial processes in order to more productivity. But, primarily, it is necessary to ensure the
quality and safety of these processes starting control techniques and supervision.
It’s in this aspect that intended to create and implement a Supervision and Control and Data
Acquisition system for the painting process of the optical fiber, Angolacabos factory in order to
provide more security and reliability to the process.
The painting process is a subprocess of the factory line 1 and runs along a thermal system
depends on a thermal resistance to be heated (physical level). Because the type of ink used (UV
ink) the quality standards required for the coating process is that the thermal system must be
maintained at an average temperature of 60 ℃ while painting processes. It was projected then
a system that allows the automatic temperature control (control level) and at the same time
allow oversee the process and detect any anomalies that may harm the process (supervisory
level).
Key words: SCADA Systems, Industrial Process Control, PID Control Action, Fiber Optic
painting.
viii
ix
Acrónimos
x
Índice
1.1.1. Motivação................................................................................................................ 21
1.1.5. Limitações................................................................................................................ 24
2.3. Aplicação......................................................................................................................... 29
2.9. Conclusão........................................................................................................................ 40
xi
CAPÍTULO III – CONTROLO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS ............................................................. xli
3.1.3. Sistemas................................................................................................................... 44
3.6. Conclusão........................................................................................................................ 59
5.5.1. Softwares................................................................................................................. 98
xiv
Lista de Figuras
Figura 2. 1 Arquitetura de um Sistema SCADA ............................................................................. 27
xv
Figura 6. 1 Protótipo da estação de Pintura ................................................................................. 85
Figura 5. 17 Gráfico da tensão de saída em função de posição do núcleo móvel ...................... 108
Lista de Gráficos
xvii
Lista de tabelas
xviii
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO AO PROJECTO
xix
Introdução Capítulo I – Introdução ao Projecto
1.1. Introdução
Angola encontra-se na era do desenvolvimento. Após o país ter passado por um longo e
conturbado periodo, é chegado o momento da reindustrialização. Para tal, o Governo aprovou
a criação da Zona Económica Especial, como uma de muitas ferramentas para ajudar o
crescimento económico do país. [1]
A Zona Económica Especial, abreviadamente designada por ZEE Luanda-Bengo, foi aprovada
e criada Através do Decreto Nº 50/09 de 11 de Setembro. Está localizada no quilómetro 30 em
Viana, numa área total de 8 300 hectares e prevê congregar 73 fábricas distintas, a cargo da SII
(Sonangol Investimentos Industriais); tendo numa primeira fase, oito dessas unidades fabrís
sido inauguradas a 27 de Maio de 2011. [2] Uma destas fábricas é a Angolacabos Limitada,
escolhida como objecto de estudo para este Trabalho Fim de Curso 2014/2015.
Angolacabos, Lda – Fábrica de Cabos de Fibra Óptica, tem como principal missão: fabricar
cabos de fibra óptica e seus componentes integradores com qualidade diferenciadora, para o
mercado Nacional e Regional, bem como, o desenvolvimento de projectos de infraestrutura
para transmissão de dados. Possui mais de 2500 𝑚2 e tem capacidade para produzir até 1.800
km de cabos de fibra óptica por ano. É a primeira e única fábrica do tipo, ao nível do país e uma
das poucas no continente africano. Possui 4 linhas de máquinas para: pintar a fibra óptica,
derreter o termoplástico e formar um tubete onde são inseridas até 12 fibras ópticas, reunir até
12 tubetes para a formação do cabo e máquinas para revestir o cabo reunido com a capa final.
A fábrica não possui um sistema de supervisão e controlo, e o tipo de controlo utilizado para a
temperatura (o on-off) não é o mais adequado, Desta forma, não é possível garantir que o
processo esteja a decorrer conforme os padrões recomendados. Existe também a necessidade
de se substituir alguns equipamentos, especificamente na linha um (o objecto de estudo).
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Introdução Capítulo I – Introdução ao Projecto
1.1.1. Motivação
Um sistema SCADA fornece uma estação de monitoramento clara, segura e eficiente que
confere ao operador e aos supervisores um melhor domínio sobre todo o processo. Permite a
prevenção quanto a possíveis danos (perda de matéria prima, por exemplo) devido às possíveis
más condições de operação (controlo inadequado das variáveis de processo, por exemplo) que
possam surgir. É, no entanto, conveniente a sugestão de um sistema SCADA para a fábrica e a
substituição de alguns equipamentos que têm contribuido para a ocorrência de algumas
insuficiências no processo de fabrico.
O Nosso maior objectivo é poder contribuir para o desenvolvimento do nosso país, não só
com este trabalho, mas ao longo da nossa carreira como engenheiros. Tencionamos olhar
primeiramente para o sector industrial visto que é a maior promessa de desenvolvimento que o
país abraça e a futura maior fonte de renda depois dos minerais em abundância no país.
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Introdução Capítulo I – Introdução ao Projecto
É o nosso primeiro passo para a vida profissional, tendo a oportunidade de apresentar algo
concebido por nós mesmo e sermos submetidos a uma avaliação crítica (defesa da Tese) que
nos permitirá um desenvolvimento pessoal e intelectual.
1.1.2. Justificativa
O processo de pintura faz parte da linha 1 da fábrica. Este processo permite a diferenciação
da fibra óptica no tubete e se realiza através das máquinas LCF 100/1000 e LCF 180/1000
(metros por minuto). Para a pintura da fibra é utilizado o verniz de cura ultravioleta (VUV) que
visa conferir, em ordem decrescente de importância: proteção ao risco, propriedades de
barreira química à humidade e ao oxigênio e melhoria do acabamento superficial. [4] O padrão
recomendado para que a pintura seja de qualidade é que esta deve ocorrer num ambiente a
60℃, por isso, o processo decorr ao longo de um conjunto de equipamentos (sistema térmico)
denominado estação de pintura que será o objecto de estudo da linha um.
Para manter a temperatura nas condições desejadas, é necessário que se aplique o controlo
mediante a modelagem matemática do sistema térmico (estação de pintura), conforme as
teorias de controlo moderno para a obtenção e aplicação da acção de controlo mais adequada (
a acção PID) . No entanto, é necessário que se realize a supervisão deste sistema, de modos a
se certificar que as operações desejadas para o processo estejam a ser cumpridas
integralmente. Os sistemas SCADA são os mais adequados para a realização destas tarefas,
pois permitem superviosionar (garantir a qualidade do processo) e monitorar (intervir em caso
de emergência ou quando necessário) o sistema em tempo real, tornando assim, o processo de
fabríco o mais isento possível de falhas de operação. Os SCADA permitem efectuar uma
observação integral do comportamento do sistema em tempo real, através de gráficos, e
geração de alarmes, conforme as necessidades.
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Introdução Capítulo I – Introdução ao Projecto
1.2. Objectivos
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Introdução Capítulo I – Introdução ao Projecto
1.3. Metodologia
O presente trabalho foi elaborado com base num cronograma, em que foram distribuidas as
etapas do mesmo e devidamente temporizado. Todas as fases foram intercaladas com reuniões
do grupo, pesquisa de campo à fábrica em estudo e pesquisas bibliográficas. As tabelas em
anexo descrevem como foi realizada a tragetória.
O aprendizado de cada software utilizado deu-se apartir de vídeo aulas e cursos online,
nomeadamente: tutorial de CLP, tutorial de Simulink, aulas de WinnCC flexible, WinCC explorer
e STEP 7.
1.4. Limitações
Por questões diversas, tornou-se complicada a realização do projecto com maior excelência.
O ideal seria um sistema SCADA para a fábrica completa, ou ao menos para a linha um por
completo, incluindo o subprocesso de secagem.
Os softwares usados neste projecto são de nivel industrial, e o primeiro contacto com tais
softwares foi para a realização deste trabalho, portanto levou-se cerca de 2 meses para
dominar os softwares e criar o Programa.
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Introdução Capítulo I – Introdução ao Projecto
Capítulo II – Sistemas SCADA. É feito neste capítulo uma abordagem sobre o SCADA, bem
como os elementos necessários para a constituição de um sistema SCADA.
Capítulo III – Controlo de Processos Industriais. É feito neste capítulo um estudo sobre o
controlo de processos Indústrias a fim de se escolher qual o tipo de controlo mais adequado
para o presente projecto e quais os factores que implicam a construção de um sistema de
controlo.
Capítulo VII – Considerações finais. Este é o capítulo que dá por encerrado o projecto e faz
um balanço do resultado final com relação aos objectivos traçados. E é neste capítulo onde são
deixadas as recomendações para possíveis melhorias na fábrica, no projecto em estudo e as
considerações finais dos autores.
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CAPÍTILO II – SISTEMA SCADA
xxvi
Introdução Capítulo II - Sistema SCADA
2.1. Introdução
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Funcionalidades Capitulo II - Sistema SCADA
2.2. Funcionalidades
Tolerância a falhas – Para atingir níveis aceitáveis de tolerância a falhas é normal a existência
de informação redundante na rede e de máquinas de backup situadas dentro e fora das
instalações das indústrias de forma a permitir que sempre que se verifique uma falha num
computador o controlo das operações seja transferido automaticamente para outro computador,
o qual possui todos os dados do computador que estava a funcionar, para que não se tenha uma
interrupção significativa.
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Aplicação e Componentes Capitulo II - Sistema SCADA
2.3. Aplicação
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Hardware Capitulo II - Sistema SCADA
2.5. Hardware
a) Sensores que convertam grandezas físicas, tais como velocidade, níveis de líquidos
ou temperatura, em grandezas eléctricas, tais como sinais analógicos ou digitais, que
são enviados para as estações remotas.
b) Actuadores são utilizados para actuar sobre o sistema de modo a ligar e a desligar
determinados equipamentos. O actuador é um elemento capaz de modificar
grandezas físicas no sistema ao qual pertence (geralmente produzindo movimento)
atendendo a comandos que podem ser manuais ou automáticos.
• Actuadores pneumáticos;
• Actuadores hidráulicos;
• Actuadores eléctricos.
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Hardware Capitulo II - Sistema SCADA
A aquisição de dados envolve a transmissão dos dados recolhidos pelos diversos sensores,
até às estações centrais de controlo. O processo de controlo local e aquisição de dados iniciam-
se nas estações remotas. Os CLPs e as Unidades Terminais Remotas (RTUs) fazem a leitura dos
valores apresentados pelos dispositivos que estão associados a cada estação.
A diferença entre os CLPs e as RTUs está em que os primeiros possuem maior flexibilidade
na linguagem de programação e controlo de entradas e saídas, enquanto as RTUs possuem uma
arquitectura mais distribuída entre a sua unidade de processamento central e os módulos de
entradas e saídas, com maior precisão e sequência de eventos. As RTUs possuem uma boa
capacidade de comunicação, uma vez que são as mais indicadas para situações onde a
comunicação por uma rede de cablagem convencional é bastante difícil, ou seja, utilizam redes
de comunicação sem fios (wireless).
A troca de informações entre os CLPs/RTUs e o sistema SCADA ocorre através de uma rede
de comunicação. Para a implementação da rede de comunicação deve ser feito um estudo
prévio, considerando os requisitos do sistema e a distância a cobrir. Esta rede pode ser
implementada através de fibras ópticas, cabos Ethernet, linhas dedicadas, equipamentos
wireless, entre outras.
A RTU é um pequeno computador robusto constituído por: CPU e memória volátil; Memória
não volátil para armazenamento de programas e dados; Capacidade de comunicação através de
uma porta série ou através de uma placa modem; Baterias de reserva; Watchdog timer (para
garantir o reinício da RTU em caso de falha); Protecção eléctrica contra picos de tensão e/ou
corrente; Interfaces I/O analógicas e digitais; Real time clock. Na Figura 2.2 é possível visualizar
um diagrama de blocos de uma RTU.
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Hardware Capitulo II - Sistema SCADA
Todos os CLP possuem interfaces de entrada e saída de dados, memória, uma fonte de
alimentação, e alguma forma expedita de construir a aplicação de software. Na Figura 2.3 é
possível visualizar um diagrama de blocos de um CLP comum.
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Hardware Capitulo II - Sistema SCADA
Redede Comunicação: é a plataforma por onde as informações fluem dos CLPs/RTUs para o
Software do sistema SCADA e, levando em consideração os requisitos do sistema e a distância a
cobrir, pode ser implementada através de cabos Ethernet, fibras ópticas, linhas dial-up, linhas
dedicadas, rádio, modems, etc. [9]
RTU
Serial
ASCII
• Modbus
Ethernet Modbus/TCP
DP
• Profibus FMS
PA
• Foundation Fieldbus
• AS-I (Actuator Sensor Interface)
• HART
• DeviceNet (CAN)
• Ethernet Industrial
• OPC (OLE for Process Control)
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Hardware Capitulo II - Sistema SCADA
2.6. Softwares
Existem muitos softwares para sistemas IHM/SCADA, muitos dos quais são compatíveis com
a maioria dos CLP, permitindo a engenheiros e técnicos a configuração de IHM sem a
necessidade de desenvolver software específico. Os sistemas IHM permitem uma aproximação
entre o mundo da automação e o utilizador. Dada a crescente complexidade dos processos
modernos, a capacidade de ter uma visão clara do todo é cada vez mais importante.
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Softwares Capitulo II - Sistema SCADA
A IHM muitas vezes é necessário uma interface localizada no posto de fabríco para que o
operador tenha acesso local às informações do processo. Estas interfaces variam de pequenos
dispositivos alfa-numéricos até interfaces coloridas, dotadas de painel de membranas ou tela
touch-screen.
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Softwares Capitulo II - Sistema SCADA
O módulo IHM pode também ser ligado a uma base de dados para que possa fornecer
informação de diagnóstico e executar procedimentos de manutenção pré-programados,
fornecer dados de logística, fornecer esquemas de máquinas ou sensores e guias de resolução
de problemas especialmente concebidos para situações específicas.
General Electric (GE) - Fanuc – O iFIX é um software SCADA, e é ideal para aplicações de
IHM simples;
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Softwares Capitulo II - Sistema SCADA
Existem muitos outros softwares que não foram abordados neste ponto, mas que são
especializados para o desenvolvimento de sistemas integrados de aquisição de dados para
ambientes industriais.
O Software escolhido para o processo de pintura é o SIMATIC da Siemens, visto ser um dos
softwares existentes e utilizados no desenvolvimento interno de aplicações. Visto que são os
mesmos usados na fabrica e são os mesmos encontrados no laboratorio da universidade.
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Vantagens e Desvantagens Capitulo II - Sistema SCADA
Vantagens Desvantagens
Na história, o processo de automação industrial começa na década de 1910 com Henry Ford
e a sua linha de montagem de automóveis. Posteriormente, nos anos 1950 assistiu-se ao
desenvolvimento da microelectrónica, que possibilitou o desenvolvimento dos CLPs. Na década
de 90 encontramos os novos sistemas de supervisão e controlo, desenvolvidos especialmente
com o objectivo de obter maior produtividade, qualidade e competitividade para esta nova
realidade. Os sistemas de supervisão e controlo de dados desta época eram baseados em
mainframes, com arquitecturas fechadas, dependentes dos fabricantes e isolados. No início
apenas permitiam informar periodicamente sobre o estado do processo industrial. A
monitoração era conseguida através de painéis com lâmpadas e indicadores que
representavam sinais de medidas e estados dos dispositivos, sem qualquer interface gráfica
com o utilizador. Na Figura 2. 5 Pode-se visualizar uma central de controlo.
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Estado da Arte Capitulo II - Sistema SCADA
Actualmente os sistemas SCADA estão a evoluir para sistemas abertos e com uma
arquitectura fortemente centrada em conectividade. É cada vez mais frequente, nesta nova
filosofia, a interligação das redes SCADA com as intranets corporativas e, em consequência,
com a própria Internet. Essa integração de redes, com características e propósitos distintos,
tem como objectivo aumentar a eficiência, a competitividade e a produtividade das empresas.
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Estado da Arte Capitulo II - Sistema SCADA
Assim, nos dias correntes, as aplicações informáticas de supervisão, para além de informar,
utilizam tecnologias de computação e comunicação para automatizar a monitoração e o
controlo dos processos industriais. Estes sistemas de software são então responsáveis pela
recolha de dados em ambientes complexos, eventualmente dispersos geograficamente, pela
sua interpretação e respectiva apresentação de modo amigável para o utilizador, com recurso a
sistemas IHM. Os sistemas SCADA melhoram a eficiência do processo de supervisão e controlo,
disponibilizando em tempo útil o estado actual do sistema, através de um conjunto de
previsões, gráficos e relatórios, de modo a permitir a tomada de decisões operacionais
apropriadas, quer automaticamente, quer por iniciativa do operador.
Desta forma, estes sistemas deixaram de ser vistos como meras ferramentas operacionais,
ou de engenharia, e passaram a ser considerados como uma importante fonte de informação
de crucial importância na estrutura de gestão das empresas.
2.9. Conclusão
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CAPÍTULO III – CONTROLO DE PROCESSOS
INDUSTRIAIS
xli
Introdução Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
3.1. Introdução
Controlar um processo significa atuar sobre ele, ou sobre as condições a que o processo
está sujeito, de modo a atingir algum objetivo – por exemplo, podemos achar necessário ou
desejável manter o processo sempre próximo de um determinado estado estacionário, mesmo
que efeitos externos tentem desviá-lo desta condição. Este estado estacionário pode ter sido
escolhido por atender melhor aos requisitos de qualidade e segurança do processo. [12] Para se
efectuar o controlo de qualquer processo insustrial deve-se projectar um Sistema de Controlo
para o processo em causa e isto implica, primordialmente:
c) Fazer a modelagem Matemática da planta que envolve o processo; [ver ponto 5.3.1]
d) Escolher o controlador apropriado para o sistema em causa, bem como a acção de
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Introdução Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
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Objectivos Capitulo III - Controlo de Processos
Industriais
2. Variável Manipulada (MV). É a grandeza ou condição variada pelo CLP (ou outro tipo de
controlador), de modo à afectar o valor da variável controlada, e manté-la sempre em
torno do valor desejado. [20]
3.1.3. Sistemas
• Sistemas Mecânicos;
• Sistemas Eléctricos;
• Sistemas Hidráulicos;
• Sistemas Pneumáticos;
• E Sistemas Térmicos.
3.2. Objetivos
Um sistema de controlo confiável permite operar próximo aos limites impostos pela
segurança, pelo meio-ambiente e pelo processo (temperatura máxima, pureza mínima), o que
permite alterar as condições de operação normais para uma condição mais favorável.[21]
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Classificação Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
3.3. Classificação
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Classificação Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
b) Controlo Automático
i. Controlo Automático sem realimentação ou Malha Aberta. É aquele sistema no
qual a ação de controlo é independente da saída. Neste caso a saída não é medida e
nem comparada com a entrada. Trata-se de accionamento por Programa.
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Classificação Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
a) Automação da Manufatura
• Em geral, em Malha Aberta;
• Inclui: CLP, CNC, Robótica;
• Indústrias: Metal-Mecânica, Automobilística, Metalúrgica, Alimentícia;
• Principais grandezas: Posição; Aceleração; Velocidade; Contagem; Tempo; Outras.
b) Controlo de Processos
• Em geral, em Malha Fechada;
• Inclui SDCDs, Computadores Industriais e Sistemas de Supervisão;
• Indústrias: Química, Petroquímica, Siderurgia, etc.;
• Principais grandezas: Pressão; Nível; Vazão; Temperatura; Outras. Estão
crescendo: análise de gases e humidade.
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Sistema de Controlo Industrial Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
(OGATA; 2000)
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Sistema de Controlo Industrial Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
Em geral, a operação funcional dos sistemas pode ser visualizada mais directamente pelo
exame do diagrama de blocos do que pelo exame do próprio sistema físico. Um diagrama de
blocos contém informação relativa ao comportamento dinâmico, porém não contém qualquer
informação relativa à contrução física do sistema. Portanto, muitos sistemas completamente
diferentes e sem nenhuma relação podem ser representados pelo mesmo diagrama de blocos.
Alguns componentes inerentes ao diagrama de blocos são o Ponto de soma (ou elo de
retroação) e o ponto de derivação.
O ponto de soma é representado por um círculo com um X e indica uma operação de soma.
O sinal de mais ou menos em cada segmento orientado indica se este sinal deve ser adcionado
ou subtraído. É importante que as grandezas físicas a serem somadas ou subtraídas tenham as
mesmas grandezas dimensionais e as mesmas unidades.
(OGATA; 2000)
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Sistema de Controlo Industrial Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
A dinâmica de muitos sistemas sejam eles mecânicos, eléctricos, térmicos, etc., pode ser
descrita em termos de equações diferenciais. Tais equações diferenciais podem ser obtidas
utilizando-se as leis físicas que governam um sistema em particular, como por exemplo: as leis
de Newton dos sistemas mecânicos, as leis de Kirchhoff dos sistemas eléctricos e as leis da
termodinàmica e teorias de transferência de calor dos sistemas térmicos.
Uma vez obtido o modelo matemático de um sistema, várias ferramentas análiticas ou por
computador podem ser utilizadas para fins de análise e síntese. No entanto, é importante notar
que os resultados obidos da análise são válidos somente na extensão da qual o modelo se
aproxima de um dado sistema dinâmico.
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Sistema de Controlo Industrial Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
(OGATA; 2000)
2- Sistema a controlar. Conforme o ponto 3.1.3 é o sistema físico a ser controlado. Neste
projecto, por uma questão de simplicidade, trataremos o sistema a controlar por planta.
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Sistema de Controlo Industrial Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
valor do sinal de referência. [20] Ex.: Um motor hidráulico ou eléctrico, válvula pneumática,
resistência térmica entre outros.
Erro ou desvio. É um sinal que tende a afectar adversamente o valor da variável Controlada.
O Erro é obtido através da difrença entre o valor medido da variável de Processo, R(s) e o Valor
de Referência;
Variavel de Processo e Variável Manipulada. Estas últimas que foram definidas em 3.1.2.
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Sistema de Controlo Industrial Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
O segundo e último grupo é composto pelo Controlo moderno, o qual engloba os seguintes
ramos: [22]
✓ Controlo multivariável;
✓ Controlo adaptativo;
✓ Controlo ótimo;
✓ Controlo não linear;
✓ Controlo preditivo;
✓ Controlo robusto;
✓ Controlo inteligente.
O controlo PID é o tipo de acção mais empregada quando se deseja realizar o controle de
variáveis contínuas, tais como: rotação, Nível, Pressão, Vazão, Temperatura, Posicionamento e
Controle de tensão em fontes chaveadas. Consiste em um algoritmo matemático, descrito na
equação 1, que tem por função o controle preciso de uma variável em um sistema, permitindo
ao sistema operar de forma estável no ponto de ajuste desejado, mesmo que ocorram
variações ou distúrbios que afetariam sua estabilidade. Esta variável é medida por um sensor,
que envia o sinal do valor correspondente a um controlador que por sua vez, este, envia o sinal
de controlo para o sistema dependendo do erro por calculado.
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Sistema de Controlo Industrial Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
Kp t de(t)
u(t) = K p e(t) + ∫ e(t)dt + K p K d
Ti 0 dt
Equação 3. 1 PID
(Ogata, 2000)
Us 1
= K p (1 + + Td s)
Es Ti s
(Ogata; 2000)
Onde:
Acção PID une as ações proporcional, integral e derivativa, fazendo assim com que o sinal
de erro seja minimizado pela ação proporcional, zerado pela ação integral e obtido com uma
velocidade antecipativa pela ação derivativa. É composto pelos coeficientes: proporcional,
integral e derivativo, respectivamente, que são variados para obter a resposta ideal.
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Sistema de Controlo Industrial Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
(Ogata; 2000)
A acção integral. Elimina o desvio de off-set, fazendo com que a variável permaneça
próximo ao valor desejado para o sistema mesmo após um distúrbio, ou seja, a variável
permanece próximo ao set-point mesmo que ocorra uma variação brusca nas condições de
operação. A ação integral realiza a integração do erro no tempo, portanto quanto maior for o
tempo de permanência do erro no sistema, maior será a amplitude da ação integral. [23] Se o
valor e(t) é dobrado, então o valor da saída do controlador, [m(t)] varia duas vezes mais rápido.
Para erro actuante nulo, o valor de m(t) permanece estacionário. Esta acção é muitas vezes
denominada controlo de restabelecimento (reset). Esse fenômeno é denominado "windup".
𝑡
Acção Integral = 𝐾𝑖 ∫0 𝑒(𝑡)𝑑𝑡
Equação 3. 4 Acção proporcional
(Ogata; 2000)
Quando o controlador sofre variações bruscas, o sinal de saída do controlador PID pode
atingir seu limite máximo saindo da região linear normal de controlo, fazendo com que o
atuador seja accionado até seu limite de capacidade. Em outras palavras ocorre a saturação do
sinal de controlo. Este fato faz com que o loop (ciclo) de controlo seja desfeito, pois o atuador
permanecerá no seu limite máximo independentemente da saída do processo ou máquina
controlada. Se a ação integral for utilizada, o erro continuará a ser integrado e o termo integral
tende a se tornar muito grande. Para corrigir o efeito windup o controlador PID deve possuir
em seu algoritmo rotinas de "reset" da ação integral, que impede que o termo integral continue
a ser atualizado quando a saída atinge seu limite máximo.
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Sistema de Controlo Industrial Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
A acção derivativa. Fornece ao sistema uma ação antecipativa evitando previamente que o
desvio se torne maior quando o processo se caracteriza por ter uma correção lenta comparada
com a velocidade do desvio. Tem a sua resposta proporcional à taxa de variação da variável do
processo, aumentando a velocidade de resposta do sistema caso a presença do erro seja
detectada. Logo, em sistemas de resposta lenta como controle de temperatura, a ação
derivativa permite antecipar o aumento do erro e aumentar a velocidade de resposta do
sistema. Quando o sistema a ser controlado possui maior velocidade de resposta, como por
exemplo, controle de rotação de motores e controle de vazão de fluidos, a ação derivativa pode
ser desativada, pois não há necessidade de antecipar a resposta ao erro, pois o sistema pode
corrigir rapidamente seu valor. Para desativar a ação derivativa basta tornar seu valor igual a
zero. [23] De facto, entretanto, a acção derivativa nunca poderá antecipar uma acção que ainda
não ocorreu. E enquanto a acão derivativa possui a vantagem de ser antecipatória, apresenta as
desvantagens de amplificar os sinais de ruído e causar um efeito de saturação no atuador.
de(t)
Acção Derivativa= K p K d dt
Equação 3. 5 Acção derivativa
(Ogata; 2000)
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Exemplos de Sistemas de Controlo Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
É comum a utilização das combinações P+I (acção PI), de modo geral em sistemas com boa
velocidade de resposta como pressão, vazão e rotação de motores. Para obter um controle
mais rápido e preciso os sistemas com resposta lenta como os de controle de temperatura
devem utilizar o controlador PID. A obtenção dos valores das constantes proporcional, integral
e derivativa é baseada na resposta da modelagem matemática da malha do processo a ser
controlado e podem ser obtidos por meio de ferramentas analiticas ou computacionais, através
de softwares especializados, assim como o MATLAB.
O controlo tem sido amplamente aplicado a diversos tipos de sistemas e tem sido o
responsável pelo desenvolvimento de diversas áreas da ciência. Os exemplos abaixo ilustram
algumas de suas aplicações.
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Exemplos de Sistemas de Controlo Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
(OGATA; 2000)
(OGATA; 2000)
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Conclusão Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
(OGATA; 2000)
3.6. Conclusão
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Conclusão Capitulo III - Controlo de Processos Industriais
Variáveis como a temperatura, que tendem a apresentar uma faixa de erro elevada e
demoram a fornecer a resposta da correção, é muito mais favorável à aplicação das
combinações PID, para que além de maté-la no valor desejado, possa antecipar a resposta da
correcção.
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CAPÍTULO IV – FABRÍCO DE CABOS DE FIBRA
ÓPTICA NA ANGOLACABOS, LDA
lxi
Introdução Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
4.1. Introdução
Desde a civilização grega, que já havia formas para efetuar a comunicação. Os gregos criaram
um sistema de tochas com fogo para se comunicar por longas distâncias. E com o tempo foram
se propagando diversas experiências.
Já em 1880, Alexander Graham Bell criou o fotofone. Em 1950, inspirados pelo experimento
de John Tyndall, muitos físicos começaram a buscar por um guia para a luz que fosse
conveniente, visto que, o meio utilizado por ele, a água, era impraticável comercialmente. O
primeiro guia utilizado foi o bastão de vidro, que conseguia transmitir imagens. Surgiu então, a
necessidade de criar uma luz que fosse mais apropriada para a propagação de informações e
assim, em 1960, foi criado o primeiro laser, que nada mais é do que um feixe de luz que emite
sinais em uma determinada frequência.
A partir daí, o bastão de vidro foi sendo aperfeiçoado, por meio de sistemas para reduzir as
impurezas. Mas apenas em 1975 é que as fibras ópticas tomaram a forma que têm hoje e
deixaram de ser uma realidade apenas em laboratórios, entrando na fase de produção
industrial. [4]
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Fabrico da Fibra Óptica Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
Alinhado aos avanços da fibra, outros componentes dos sistemas ópticos também evoluíram,
como: os emissores, detectores, conectores e emendas ópticas. Atualmente, os cabos de fibras
ópticas conseguem alcançar, sem repetidores, cerca de 6.000 km e operam em uma velocidade
de 100 Gbits por segundo. Dessa forma, tornou-se impossível suprir as necessidades da
sociedade atual sem a tecnologia óptica.
As fibras ópticas fabricadas de vidro composto e plástico não têm boas características de
transmissão (possuem alta atenuação e baixa largura de banda passante) e são empregadas em
sistemas de telecomunicações de baixa capacidade e pequenas distâncias e sistemas de
iluminação. Os processos de fabricação dessas fibras são simples e baratos se comparada com as
fibras de sílica pura ou dopada.
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Tipos de Fibras Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
4.1.2.1. Monomodos
As fibras monomodos são adequadas para aplicações que envolvam grandes distâncias,
embora requeiram conectores de maior precisão e dispositivos de alto custo. Nas fibras
monomodos, a luz possui apenas um modo de propagação, ou seja, a luz percorre o interior do
núcleo por apenas um caminho. As dimensões do núcleo variam entre 8 µm a 10 µm, e a casca
em torno de 125 µm. As fibras monomodos também se diferenciam pela variação do índice de
refracção do núcleo em relação à casca; classificam-se em Índice Degrau Standard, Dispersão
Deslocada (Dispersion Shifted) ou Non-Zero Dispersion.
(http://www.fibraopticahoy.com/imagenes/2012/04/Cables-mono-y-multimodo.jpg)
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Vantagens e Desvantagens Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
4.1.2.2. Multimodos
As fibras multimodos possuem o diâmetro do núcleo maior do que as fibras monomodos,
de modo que a luz tenha vários modos de propagação, ou seja, a luz percorre o interior da fibra
óptica por diversos caminhos. As dimensões são 62,5µm para o núcleo e 125µm para a casca.
Dependendo da variação de índice de refracção entre o núcleo e a casca, as fibras multimodos
podem ser classificadas em: Índice Gradual e Índice Degrau.
(http://www.fibraopticahoy.com/imagenes/2012/04/Cables-mono-y-multimodo.jpg)
4.2.1. Vantagens
• Matéria-prima: como as fibras ópticas são compostas por sílica (material abundante e
não muito caro), sua despesa aumenta apenas no processo requerido para fazer vidros
altamente puros desse material. Devido a isso, as fibras ópticas tem sido uma
alternativa superior aos satélites em sistemas de transmissão a longa distância,
caracterizados por um grande tráfego ponto a ponto. Por outro lado, em aplicações
multiponto, como difusão de TV, os satélites são a melhor alternativa. [6]
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Vantagens e Desvantagens Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
• Largura de banda: a fibra óptica possui elevada largura de banda o que permite que o
sistema seja expandido, superando muitos outros sistemas. A fibra óptica possui uma faixa
de uso potencial da ordem de 10¹² Hz, que está muito distante de ser utilizada.
• Baixo peso e dimensão: a fibra pesa 30 g por km e possui um diâmetro de apenas 125µm.
Esses fatores viabilizam suas aplicações em locais onde o espaço é limitado.
• Sigilo: não existe a possibilidade de se colocar ou retirar informações sem que haja prejuízo
para o sistema, tornando-a altamente segura e sigilosa.
• Isolação elétrica: impede a produção de faísca, o que a torna capaz de ser utilizada em
áreas de atmosfera explosiva. Por esse motivo, possuem imunidade a interferências
eletromagnéticas.
4.2.2. Desvantagens
Como é comum em qualquer equipamento, o uso das fibras ópticas também possui
algumas desvantagens em relação aos suportes de transmissão convencionais. São elas: [4]
• Fragilidade das fibras ópticas: o manuseio de uma fibra óptica sem encapsulamento é
bem mais delicado que no caso dos suportes metálicos. É preciso ter muito cuidado
com as fibras ópticas, pois elas quebram com facilidade.
• Falta de padronização dos componentes ópticos: por ser uma tecnologia considerada
nova ainda, essa sua relativa imaturidade e o contínuo avanço tecnológico não tem
facilitado o estabelecimento de padrões para os componentes de seus sistemas de
transmissão.
• Instalação: Em razão das dimensões envolvidas e da sua fragilidade, a instalação de
fibras ópticas exige o uso de técnicas sofisticadas e de muita precisão, a fim de limitar
as perdas de acoplamento.
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Aplicações Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
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Aplicações Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
• Aplicações médicas: nessa área elas são utilizadas, tanto em diagnóstico como em
cirurgia. O principal método utilizado é através de sensores inseridos através de
cateteres ou subcutaneamente. Dessa forma eles podem monitorar funções
biológicas internas dos pacientes, estes podem, ainda, permanecer instalados nos
pacientes por longos períodos. [6]
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Processo de Fabríco Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
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Processo de Fabríco Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
4.4.1. Linha 1
Figura 4. 6 Linha 1
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Processo de Fabríco Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
4.4.2. Linha 2
Figura 4. 7 Linha 2
4.4.3. Linha 3
Figura 4. 8 Linha 3
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Processo de Fabríco Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
4.4.4. Linha 4
Nesta linha acontece o último revestimento do cabo. Encontram-se aqui máquinas para
revestir o cabo reunido com uma ou mais capas finais.
Figura 4. 9 Linha 4
4.4.5. Laboratório
• Máquina de overline.
Antes de enviada para a Linha 1 (que é o objecto de estudo), o laboratório deve passar
dados como as cores, números de fibras a serem pintadas e ainda a metragem da mesma, ou
seja, os requesitos do cliente.
Depois de definidos e analisados a fibra é enviada para a sala de pintura e secagem, ou seja,
para a 1° Linha. Apôs a pintura, a fibra volta para o laboratório para que os parámetros ora
indicados sejam confirmados. Verificam-se ainda os seguintes aspectos:
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Processo de Fabríco Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
O termo setup é usado na fábrica para designar a operação manual do percurso da fibra ao
longo da máquina, em que o operador passa a fibra por uma roldana que tem ao lado um
sensor indutivo que vai enviar o sinal para o servo motor do desbobinador para mudar a sua
posição. A seguir, o operador passa a fibra por outra dupla de roldanas e posteriormente pelo
dancer (para manter a tensão através de um peso, e a estabilidade na fibra). A seguir a fibra
passa por um desionizador (para retirar a energia estática que pode causar interferências no
envio de informação), e depois o operador passa a fibra pela Estação de Pintura (onde a fibra é
revestida com a tinta), e pelo forno Forno Ultravioleta (onde é feita a cura da tinta – tambem
chamado de Forno UV). Apôs a saída da fibra do Forno UV, o destino final é uma bobina, mas
antes de chegar à bobina, a fibra é encaminhada para uma roldana de sequida para o capstan
que puxa a fibra que vai até ao dancer e depois passa pela segunda dupla de roldanas e por fim
a fibra passa pelo segundo desionizador. Antes da entrada da Fibra na Estação de Pintura e
depois da saída desta do Forno UV, a fibra passa pelos mesmos tipos de componentes (bobina-
roldana-dancer-capstan-dupla de roldanas), com o mesmo objectivo.
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Descrição da Linha 1 Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
Embora a linha 1 enquadre dois subprocessos, pintura e secagem, o foco será somente o
subprocesso de pintura, logo, o objecto de estudo é a estação de pintura.
a) Percurso da tinta
1- Desbobinador 5- Forno UV
2- Roldanas 6- Bobinador
Definidos e o setup
3-feito, o operador podederá dar
Capstan 7- início
IHM ao processo de pintura. Após a
pintura a fibra vai para o 4-
laboratório onde
Estação de é verificado se todos os parâmetros estão conforme
Pintura
ordenado previamente pelo laborátório.
1
7
6
2
2
3 2
2 3
4 5
a)
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Descrição Tecnológica Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
Estação de pintura é o local onde ocorre o subprocesso onde a fibra é revestida com tinta.
Está composta por: Sensor ultrasônico, o copo de tinta, a torneira que permite a vazão da tinta
e a resistência térmica.
O sensor ultrasônico serve para medir o nível da tinta, o copo de tinta armazena 500 ml de
tinta, a torneira serve para permitir a vazão de tinta, do copo para o recipiente aquecido por
onde passa a tinta, a resistência térmica está acoplada ao recipiente e tem a função de aquecé-
lo.
Após a pintura da fibra, ela continua o seu percurso passando posteriormente pelo forno
ultravioleta onde se realizar o subprocesso que realiza a cura (ou secagem) da tinta.
A fibra já pintada e seca passa por uma roldana e depois pelo capstan que puxa a fibra que
vai até ao dancer e depois é bobinada.
1 – Sensor RF
1 2 – Copo de Tinta
5 4
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Conclusão Capítulo IV – Fabríco da Fibra óptica
4.6. Conclusão
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CAPÍTULO V – IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA
PROPOSTO
lxxvii
Introdução e Arquitetura do Sistema Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
5.1. Introdução
A partir dos conceitos apresentados nos capítulos anteriores, é aqui proposto o projecto de
implementação de um sistema SCADA para fábrica Angola Cabos. Para tal montar-se-á um
protótipo que permitirá testar e analisar o funcionamento do sistema a ser proposto para a
fábrica. É apresentado neste capitulo a modelagem matemática do sistema e a arquitetura do
sistema. É apresentado ainda a descrição dos equipamentos usados para fazer a simulação da
estação de pintura de fibra óptica através de uma maquete simplificada. São também descritos
os softwares usados para fazer a programação do CLP e da IHM.
O sistema proposto está composto pelo Nível físico (LVDT, PT100, Resistência Térmica e
Válvula Solenóide); Nível de controlo (CLP); Nível de comunicação (Cabo profibus e modulo
interface RS 403-392) e Nível de supervisão (Touch painel e Computador). Como ilustrado na
figura a seguir.
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Página 79 de 173
Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Devido aos requisitos exigidos para a pintura da fibra óptica, deve-se manter a temperatura
dentro do recipiente por onde passa a tinta à 60°C, isto antes de pintar a fibra. Além do fluxo de
calor gerado pela resistência térmica, distúrbios podem ocorrer através da temperatura fria da
tinta na entrada. Para tal, é necessário que seja projectado um sistema de controlo, onde a
quantidade de calor que sai do aquecedor elétrico possa ser manipulada de formas a manter
sempre a temperatura dentro do sistema em torno de um ponto de operação, de modos a
manter o equilíbrio e compensar os distúrbios que podem interfir o sistema térmico. Neste
caso, o valor de referência (set point) do sistema será de 60°C.
✓ Temperatura;
✓ Quantidade de calor;
✓ Nível;
✓ E Vazão.
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
A temperatura é o
parámetro mais
importante deste
subprocesso, pois para
uma pintura de
qualidade sobre a fibra
Temperatura (T) Não Sim Sim
é necessário que a
temperatura esteja em
torno de um valor
predeterminado (60⁰C)
no decorrer do
processo.
Em paralelo com a
temperatura, a
quantidade de calor
transferida é de igual
modo crucial ao
Quantidade de Calor processo, pois só será
Sim Não Não
Transferida (E) possível manter a
temperatura em torno
dos 60⁰C através da
quantidade de calor
manipulada e enviada
ao processo.
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
na abertura e o fechamento da
válvula
Há três diferentes maneiras pelas quais o calor pode fluir de uma substância para a outra:
condução, convecção e radiação. O fenómeno de transferência de calor por radiação só é
apreciável quando a temperatura do emissor é muito alta em relação a do receptor. Por isso, a
maioria dos fenómenos térmicos presentes nos sistemas de controlo de processos não
envolvem transmissão de calor por radiação. Para a transferência de calor por condução e
convecção temos:
q = K∆T
Equação 5. 1 Equação da transferência de calor por condução/convecção
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Onde:
cal
q − Taxa de fluxo de calor, ;
s
∆T − Diferença de temperatura, ℃;
cal
K − Coeficiente, ℃.
s
kA
K=
∆X
Equação 5. 2 Coeficiente para a condução
K = HA
Equação 5. 3 Coeficiente para a convecção
Onde:
cal
k − Condutividade térmica, s℃;
m
∆X − Espessura do condutor, m;
A resistência térmica R para a transferência de calor entre duas substâncias pode ser
definida pela fórmula a seguir:
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
A resistência térmica para a transferência de calor por condução ou por convecção é dada
por:
d(∆T) 1
R= =
dq K
Equação 5. 5 Resistência térmica por condução/convecção
Ou
C = Wcp
Equação 5. 7 Capacitânicia Térmica
Onde:
cp − Calor específico.
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Estes casos são analisados com base ao seguinte enunciado da primeira lei da
termodinâmica:
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
𝑑Ė𝑎𝑐𝑢
Ė𝑎𝑐𝑢 = = Ė𝑒𝑛𝑡 − Ė𝑠𝑎𝑖 + Ė𝑔
𝑑𝑡
Equação 5. 8 Energia térmica e mecânica em um instante de tempo
Onde:
dĖacu
− Variação de energia total acumulada no sistema;
dt
Analisando o sistema a controlar com base na equação anterior poder-se-à obter a equação
𝑑𝑇
que representa a variação da temperatura em função do tempo, .
𝑑𝑡
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Em situações nas quais massa atravessa a fronteira do volume de controlo – que no caso
trata-se do escoamento de um fluido – os termos de entrada e saída também incluem energia
(térmica e mecânica) carregada (advecção) pela massa que entra e sai do volume de controlo.
Considerando que a vazão mássica que entra através da fronteira seja ṁ, a taxa na qual as
energias térmica e mecânica entram com o escoamento é:
ṁ(𝑢𝑡 + ½𝑉 2 + 𝑔𝑧)
Equação 5. 9 Taxas de energias (térmica e mecânica) por unidade de massa
Onde, os termos entre parenteses são expressos por unidade de massa do fluido nos locais de
entrada e saída. Quando multiplicados pela vazão mássica ṁ, eles representam a taxa na qual a
forma correspondente de energia entra e sai do volume de controlo, a saber:
𝑢𝑡 – Energia térmica;
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Em que:
Logo:
E:
𝑑Ė𝑎𝑐𝑢
= ṁ(𝑢𝑡 + ½𝑉 2 + 𝑔𝑧)𝑒𝑛𝑡 − ṁ(𝑢𝑡 + ½𝑉 2 + 𝑔𝑧)𝑠𝑎𝑖 + Ė𝑔
𝑑𝑡
Equação 5. 13 Conservação de energia em um sistema aberto com escoamento interno de um fluido
A energia térmica é constituida pelo componente sensível e pelo componente latente (𝑢𝑙𝑎𝑡 ,
𝑢𝑠𝑒𝑛 ), mas as variações de energia latente enre as condições de entrada e saída podem ser
desprezadas, de tal forma que a energia térmica se reduz somente ao componente sensível. A
soma da energia térmica e do trabalho de escoamento, ambos por unidade de massa, pode ser
substituida pela entalpia por unidade de massa:
𝑖 = 𝑢𝑡 + 𝑑𝑣
Equação 5. 14 Entalpia
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
𝑑Ė𝑎𝑐𝑢
= ṁc(T𝑒𝑛𝑡 − T𝑠𝑎𝑖 + 𝑔𝑧) + Ė𝑔
𝑑𝑡
Equação 5. 15 Concervação de energia no sistema a controlar
ṁ = ⍴VA𝑠𝑟
Equação 5. 16 Vazão mássica
Onde:
⍴ − densidade do fluido;
A𝑠𝑟 − Área da secção transversal do canal através do qual o fluido escoa.
⩒= 𝑉A𝑠𝑟
Equação 5. 17 Vazão volumétrica
Logo:
ṁ=⍴⩒
Equação 5. 18 Vazão mássica em termos de volume
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
A variação da energia acumulada Ė𝑎𝑐𝑢 pelo sistema é obtida pela energia interna (U) que o
sistema a controlar é capaz de acomular e depende das propriedas do material de construção.
A U pode ser representada pela seguinte equação:
∆𝐸𝑎𝑐𝑢 = ∆𝑈 = ⍴∀∆T
Equação 5. 19 Varariação da energia interna
Onde:
𝑑Ė𝑎𝑐𝑢 𝑑𝑈 𝑑𝑇
= = (⍴∀𝑐)𝑚𝑎𝑡
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Equação 5. 20 Taxa de variação da energia interna
𝑑𝑇
(⍴∀𝑐)𝑚𝑎𝑡 = (⍴∀𝑐)𝑡𝑖𝑛 (T𝑒𝑛𝑡 − T𝑠𝑎𝑖 + 𝑔𝑧) + Ė𝑔
𝑑𝑡
Equação 5. 21 Modelo matemático da estação de pintura
Observando-se que:
1
⍴∀𝑐 = 𝑅;
e:
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
(⍴∀𝑐)𝑚𝑎𝑡 = C𝑚𝑎𝑡
𝑑𝑇
R 𝑡 C𝑚𝑎𝑡 = (T𝑒𝑛𝑡 − T𝑠𝑎𝑖 ) + R 𝑡 𝑔𝑧 + R 𝑡 Ė𝑔
𝑑𝑡
Equação 5. 22 Modelo matemático do sistema
Onde:
R 𝑡 − Resistência térmica do fluído;
𝑑T𝑠𝑎𝑖
R 𝑡 C𝑚𝑎𝑡 + T𝑠𝑎𝑖 = T𝑒𝑛𝑡 + R 𝑡 𝑔𝑧 + R 𝑡 Ė𝑔
𝑑𝑡
𝑅 1
T𝑠𝑎𝑖 (𝑠) = Ė𝑔 (𝑠) + T
𝑅𝐶𝑠 + 1 𝑅𝐶𝑠 + 1 𝑒𝑛𝑡
Equação 5. 23 Função de Transferência do modelo matemático do sistema
Apartir da função de transferância e pelas regras conferidas pela álgebra de blocos obtém-
se então o diagrama de blocos do sistema a controlar.
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Sabendo que:
𝑆 0.07𝑚 0.02 2
(⟇)𝑡𝑖𝑛𝑡𝑎 = 𝑣A𝑆𝑟 = A𝑆𝑟 = ∗𝜋∗( ) =94.24*10−6 𝑚3 /𝑠
𝑡 0.3𝑠 2
𝑟 0.005 2
(∀)𝑐𝑜𝑝𝑜 = 𝜋( )2 𝑙 = 3.14 ∗ ( ) ∗0.007=137.4*10−6 𝑚3
2 2
Ccopo = ⍴∀𝑐 =8000 kg/m³ * 137.4 * 10−6 𝑚3 * 502.00 Kg.K = 0.5519 J/m2 * k
1 1
(R 𝑡 )𝑡𝑖𝑛𝑡𝑎 = = = 137.10−9 m * 502 J/kg.K = 0.8437 J/m2 * k
⍴∀𝑐 1.00Kgf/m³ ∗ 0.007
Para que a temperatura do sistema esteja sempre em torno dos (60℃), é necessário que o
controlador regule o sinal de saída - quantidade de tensão que envia para o actuador
(aquecedor) de formas a manter o equilíbio dentro do volume de controlo, em função da
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
medição que o sensor efectuar e lho enviar. Ou seja, o controlador irá comparar o valor medido
pelo sensor, com o valor desejado (60℃), em função do Erro obtido o controlador irá aumentar
ou diminuir a quantidade de calor (Ė𝑔 ) que sai da resistência para o sistema (volume de
controlo). Para tal é necessário que a acção do controlador seja do tipo PID, como já descrita no
capítulo anterior. Desta forma, é muito comum em sistemas de controlo os controladores
serem representados pela sua forma de acção.
De acordo a equação 5.24, devem ser encontados os valores das constantes Kp. Ki e Kd.
Estes valores devem ser introduzidos no controlador, que por sua véz ao calcular o erro do sinal
de saída, enviará um sinal de entrada (VM), em função dos cálculos baseados nos valores
obtidos, conforme a equação da acção PID. Este procedimento e denominado sincronização do
controlador.
Kp t de(t)
u(t) = K p e(t) + ∫ e(t)dt + K p K d
Ti 0 dt
Equação 5. 24 PID
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
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Aplicação do controlo Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
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Funcionamento Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Como já abordado no segundo capítulo, para que um sistema, seja considerado SCADA, é
necessário que se cumpra alguns requesitos principais. E o nosso sistema cumpre alguns desses
requisitos.
O CLP é o elemento central deste sistema, o CLP recebe as informações provenientes dos
sensores, da IHM e da estação de monitoramento (IHM do Computador).
O início do processo é dado apartir da IHM local ou do computador, uma vez clicado no
botão de início “START”, apartir da IHM, O CLP recebe o valor das leituras dos sensores.
Para que seja possível fazer a pintura é necessário que alguns parâmetros ou condições
sejam cumpridos.
Condição 1: A temperatura deve ser 60 graus (T = ℃), para que isso seja possível o CLP
realiza o controlo PID, calculando o erro gerado no sistema através das constanetes de P, I e D,
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Funcionamento Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Kp, Ki e Kd respectivamente, gerando assim o sisnal de controlo ideal para a resistència térmica,
fazendo assim com que esta mantenha a temperatura do sistema sempre igual à 60℃.
Condição2: O nível de tinta aceitável para a pintura é o médio ou alto. Isto é, caso o nível da
tinta esteja baixo, o CLP detém a paragem dos servomotores e o fechamento da válvula da
vazão da tinta. Desta forma, a fibra óptica náo é desbobinada (uma vez que os desbobinadores
funcioname com o arranque dos servomotores) e o sistema gera um alarme.
Somente se as condições acima forem verificadas é que pode se dado início ao processo de
pintura
O processo de pintura tem iinicio ao clicar no botão “iniciar”. A válvula abre para a vazão da
tinta, e os motores começam a funcionar, para que a fibra óptica seja desbobinada, pintada, e
posteriormente bobinada.
IHM – Para interacção do operador com o sistema. Apartir desta é possível enviar
comandos para o sistema físico, tais como: iniciar/parar processo, verificar alarmes e o estado
das variáveis indicadas (temperatura, nível e vazão).
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Softwares e Programação Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
5.4.4. Softwares
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Softwares e Programação Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
5.4.5. Programação
INÍCIO
VálVulaSolenoide
Não ^Motor
=
OFF
Não
NívelTinta
Activar
=
Alarme
(M/A)
MvA
Sim
Temperatura
=
60° C
Sim
VálVulaSolenoide
^Motor
=
ON
FIM
Figura 5. 8 Fluxograma
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Softwares e Programação Capítulo V - Impletação do Sistema Proposto
Usualmente tratado por STEP 7 ou S7, este software é o coração de toda a programação, é
aqui onde tudo acontece – os comandos que regem o funcionamento das saídas e entradas do
sistema físico são elaborados no STEP7. Os demais programas como o WinCC flexible e o
WinCC explorer, interagem com o SETP 7 que por sua vez envia os comandos recebidos destes
para o CLP. O STEP7 possui os blocos destinados a programação dos sensores, actuadores e a
rotina normal do sistema físico.
Dentro do Projecto criado surgem automaticamente cinco (5) repartições necessárias para a
programação devida do projecto, ordenadas de forma descendente, conforme a indicação
abaixo:
Uma vez criado o projecto, é possível proceder com a insercção de comparadores, blocos de
cálculos para PID, entre outras ferramentas disponíveis no ambiente do STEP7, dependendo da
1 3
1 1
2
4
Tanto o Win CC flexible, quanto o Explorer servem para criar a IHM do sistema. A diferença
entre ambos é que a interface criada no Flexible é para ser enviada a um Painel local (touch
panel). Ao passo que a IHM criada no Explorer serve para ser usada num compurador, o WinCC
Explorer permite ainda a criação de relatórios, gráficos e alarmes, o que torna o sistema de
supervisão e controlo mais completo, e, por conseguinte o sistema SCADA mais completo,
também.
Tal como no STEP7 a criação de uma interface em ambos os softwares, requer a criação
de um novo projecto (New Project) e os procedimentos são quase os mais. Tais como: dar um
nome ao projecto, selecionar os dispositivos de acordo as especificações reais, etc.
físico através dos I/O do CLP seleccionados no STEP7, desta forma, obtem-se a programação da
IHM.
5.6. Equipamentos
Para o processo em estudo usou-se sensores analógicos, por isso será apresentado um
breve resumo sobre sensores analógicos, digitais, conversores e transmisor, antes da descrição
dos componentes usados na maquete.
Sensores Analógicos: podem assumir qualquer valor no seu sinal de saída ao longo do
tempo, desde que esteja dentro da sua faixa de operação. Ex: LVDT, sensor de Temperatura,
sensor de nível, entre outros;
Sensores Digitais: pode assumir apenas dois valores no seu sinal de saída ao longo do
tempo (zero ou um). Ex: sensor óptico, sensor capacitivo, sensor indutivo, entre outros;
Conversores A/D e D/A: devem ser bem dimensionados para não obter valores falsos da
grandeza física e tornar o processo muito caro, além de poder torná-lo mais lento durante a
conversão;
5.6.1.1. Sensores
a) b) c)
LVDT
Funcionamento: O LVDT possui uma bobina primária, a qual é excitada com uma tensão
alternada, e duas bobinas secundárias idênticas ligadas em série e com os condutores
enrolados em sentidos opostos.[25]
Tensão de saída (Eout) comparada com a tensão de entrada (Ein), quando o núcleo móvel
(core) está à esquerda.
Tensão de saída (Eout) comparada com a tensão de entrada (Ein), quando o núcleo móvel
(core) está à direita.
O LVDT possui uma região de grande linearidade no gráfico da tensão pela posição do
núcleo móvel. O tamanho dessa região é da ordem de 5 mm. É dentro desta faixa que o LVDT
opera.
(www.eletrica.ufpr.br/edu/Sensores/2000/gaspareto/Funcionamento.htm)
Figura 5. 18 LVDT
(LIA)
O LVDT foi adpatado para medir o nível (posição) da tinta no recipiente, e tem as seguintes
especificações:
Para a programação foram feitas algumas considerações para definir o nível de tinta no
recipiente. Sabendo que o valor de posição do LVDT em números inteiros é: Posição max.=
26624 que equivale à 10 V; posição min.= 0, que equivale à 0 V.
Para o processo em estudo houve a necessidade de achar o nível (posição) médio e baixo,
considerando-se a posição máxima como nível alto. Assim foram feitos os calculos seguintes:
Nível medio (5 V)
Nível baixo (2 V)
Assim o valor do nível medio corresponde à 13312 (inteiro) que equivale a 5 V; e o valor de
nível baixo corresponde à (5324) que equivale a 2 V.
5.6.1.2. Actuadores
Os actuadores usados são considerados como eléctricos (Actuadores Eléctricos) – Este tipo
de actuador, de uma forma geral é o mais empregue em aplicações industriais. As facilidades de
instalação, os baixos custos de instalação e o desenvolvimento de circuitos electrónicos para o
seu controlo e accionamento, fizeram deste tipo de actuador o mais popular, não apenas para
uso industrial, mas também para uso geral. Estes tipos de actuadores são aplicados em
bombas, válvulas de controlo, eixos de máquinas de ferramentas, articulações de robôs, entre
outras aplicações [40].
Resistência Térmica
Resistência térmica é a capacidade dos materias em "reter" o calor. Quanto maior o valor
de "R", melhor o seu desempenho térmico/ isolação térmica do material.
Resistência Elétrica Coleira Mica é aplicada em diversos equipamentos, tais como: máquinas
injetoras e extrusoras de plásticos, sopradores, peças cilíndricas e outras aplicações.
A resistência térmica no presente processo vai ter a função de aquecer uma pessa cilindrica,
a que chamamos de recipinete, num intervalo de temperatura de [59⁰C; 61⁰C]. Para manter a
temperatura no intervalo apresentado acima foi feito o controlo PID, para isso criou se um
circuito de potência para a tensão que será recebida pela resistência.
Válvula Solenóide
A válvula solenóide é um equipamento que tem muitas utilizações, em diversas áreas. Ela é
formada por duas partes principais, que são: corpo e a bobina solenóide; trabalha com uma
linha de solenóides para diversas aplicações: Água, Ar, Gases, GNV, GLP, Óleo, Filtros de manga
e outros fluidos. [27]
Funcionamento: A válvula solenóide possui uma bobina que é formada por um fio enrolado
através de um cilindro. Quando uma corrente elétrica passa por este fio, ela gera uma força no
centro da bobina solenoide, fazendo com que o êmbolo da válvula seja acionado, criando assim
o sistema de abertura e fechamento.
Outra parte que compões a válvula é o corpo. Este, por sua vez, possui um dispositivo que
permite a passagem de um fluído ou não, quando sua haste é acionada pela força da bobina.
Esta força é que faz o pino ser puxado para o centro da bobina, permitindo a passagem do
fluído.
O processo de fechamento da válvula solenóide ocorre quando a bobina perde energia, pois
o pino exerce uma força através de seu peso e da mola que tem instalado.
A tensão é tipicamente 110 Vca; pode se ter também 24 Vca. Outra consideração
importante é o tipo de tensão: CA ou CC. Os solenóides são construídos especificamente para
operação em CA ou em cc. Assim, um solenóide de 110 Vca não pode ser usado em 110 Vcc.
A válvula solenóide usada para abrir e fechar a passagem de tinta, e tem as seguintes
caracteristicas:
Electroválvula 2 vias
Pressão de trabalho 0-10 kgf/cm²
Pressão máxima de trabalho 10 kgf/cm²
Orifício 2,5mm
Temperatura -5-80 ⁰C
Fluido Ar, Água, Oléo.
Voltagens 220 V
5.6.2.1. S7-300
Com uma arquitetura modular o Simatic S7-300 provê economia de espaço, flexibilidade de
configuração e rápida expansão. O CLP S7-300 não necessita de racks com números
predefinidos de slots para ser montado.
Características Funcionais
Uma ampla gama de CPU’s está disponível para aplicações simples ou aplicações de grande
performance. As CPU’s possibilitam curtos tempos de ciclo, até 1µs por instrução binária,
através de seus eficientes processadores. Para algumas tarefas especiais, existem CPU’s
compactas com entradas e saídas e interfaces de comunicação já integradas. Abaixo são
listadas alguns tipos de CPU’s existentes:
Além dos diversos módulos de comunicação que podem ser agregados a configuração, toda
CPU da série S7-300 traz integrada a si uma porta de comunicação MPI. Através desta porta a
CPU é programada e parametrizada. Com a porta MPI é possível ainda implementar uma rede
de pequeno porte com equipamentos SIEMENS, tais como:
Além da interface MPI, alguns modelos de CPU possuem uma segunda interface de
comunicação integrada Profibus (DP/PA) ou serial ponto-a-ponto.
A CPU da série S7-300 usado para a construção da maquete será subdividido em 4 (quatro)
slots, que se contam da esquerda para a direita. Os slots serão descritos asseguir.
Slot Referência
Fonte de Alimentação (PS) 307-1BA00-0AA0; 307 (2A; DC 24 V)
CPU (315 – 2DP) 315-2AF03- 0AB0 (V1.21)
Modulo de I/O Digitais (SM) SM 323-1BH01-0AA0; 323(DI8/DO8xDC 24 V)
Modulo de I/O Analógicas (SM) SM 334-0CE01-0AA0; 334(AI4/AO2x8BIT)
Modo de Endereçamento
Existem dois padrões empregados pela SIEMENS: o alemão e o inglês como mostrado a
seguir:
A letra que inicia o endereçamento representa entrada ou saída. Os dois números que
seguem, separados por ponto indicam respectivamente o byte e o bit onde será armazenado o
estado da variável.
Pode-se dizer que todo o endereçamento do CLP S7 tem como referência o byte. De forma
resumida, pode-se entender o byte como a unidade de memória básica. Assim, as “partes” de
memória se relacionam como mostrado na tabela 5. 11.
O CLP S7 suporta no máximo 32 cartões locais (para todas as CPU’s da família 300). Cada
cartão utiliza 4 bytes = 32 bits (0.0 a 3.7, por exemplo). Assim, o segundo cartão terá os
endereços 4.0 a 7.7, o terceiro será 8.0 a 11.7 e assim sucessivamente. Toda CPU da família S7-
300 e S7-400 já vem com um conector para rede.
a) b)
Para o processo em estudo usamos apenas três pinos, respectivamente para: endereços de
entrada de sinal analógico; receber o valor da temperatura e o valor de nível da temperatura e
um para o endereço de saída de sinal de tensão que será enviado ao circuito de controlo PID,
como indicado na tabela abaixo.
17262m SIEMENS SIMATIC NET PROFIBUS FC GP 6XV1 830-0EH10 * 22AWG (SHIELDED) (UL)
E119100 CMG 75⁰C or PLTC AWM 20201 600V FT4 SUM RES 05/2936
Este dispositivo serve como interface entre o operador e o CLP, possui uma tela sensível ao
toque, e existe uma variada gama de telas podendo encontrar as telas multicolor e monocolor
e com diferentes polegadas, dependo da necessidade (quantidade de tarefas ou de
equipamentos do processo a sersupervisionado).
Está interface vai permitir ver o comportamento da temperatura, o nível de tinta e vai
permitir ao operador actuar sobre o processo.
5.6.4.2. Computador
O MPI é basicamente uma interface PG, isto é, ela é projetada para conexão de PGs (para
startup e testes) e OPs (interface homem máquina).
O MPI (Multi-Point Interface) é um dispositivo muito usado para fazer a interface entre os
seguintes dispositivos: CLP, IHM e o Computador. É usado para programar o CLP (S7-300) e a
IHM (SIMATIC PANEL TOUCH).
Apôs terminar a programação no STEP 7 (código) e nos Wincc flexible e explorer (para as
IHMs) as respectivas programações são enviadas através deste cabo para os respectivos
despositicos (CLP e Touch Panel). Deve ser feita a configuração da interface em: Painel de
contolo→ Set PG/PC Interface; a seguir escolhe-se os pontos de acesso da aplicação (MPI
(WinCC) ou (S7ONLINE(SETP7)) e o parámetro da interface usada par o nosso caso é PC Adapter
(MPI).
O circuito apresentado, conforme a escolha do Triac serve para controlar cargas com até
alguns quilowatts de potência sem problemas e de maneira eficiente. O circuito pode ser
alimentado tanto pela rede de 110 V como 220 volts e é bastante simples de ser montado.
Um ponto importante neste tipo de circuito é a sua eficiência que faz com que as perdas no
controle sejam muito pequenas o que não ocorre com circuitos equivalentes que não usam
dispositivos de estado sólido, como por exemplo, os baseados em reostatos.
O circuito funciona da seguinte forma: quando o sinal de corrente excita o MOC, o LED
interno se acende, polarizando a base do fototriac presente em sua estrutura interna. Desta
forma, este fototriac conduz corrente pelo restante do circuito, sem contacto entre o
controlador e o TRIAC. Esta corrente é suficiente para disparar o gatilho do TRIAC, e deve ser
de 50 miliamperes, segundo seu datasheet. Então, dependendo do tempo de disparo do TRIAC
após o ponto em que a senóide de tensão da rede passa por seu ponto zero, a potência
aplicada à carga é controlada.
Com este circuito é possivel controlar a tensão em cargas de corrente alternada 220 V, 50
Hz com limitação de corrente do TRIAC (BT 139 600) que é de 139 A. A tensão que irá para a
resistência térmica dependerá do controlo CLP.
Figura 5. 27 Maqueta
Computador 70.000
A implementação de um sistema SCADA, não tem um custo baixo, visto que envolve tanto
hardware como software, e não tem empresas no mercado Angolano que preste este serviço, o
que torna expensivo a compra de um sistema do gênero no exterior pois exige não só o
material como também mão de obra. Em anexo encontra-se uma tabela de preço em vigor, na
SIELCO SISTEMI, uma empresa Europeia.
Tendo em conta que os melhores profissionais deste ramo, no Brasil, chegam a cobrar 100
RS (cem reais) por hora de trabalhada, foi feito um orçamento com esta mesma base (100 RS
por hora), equivalente a 4000 Kwanzas. [36]
5.8. Conclusão
cxxviii
Introdução Capítulo VI-Resultados e Discuções
6.1. Introdução
Os primeiros resultados foram obtidos com o controlo PID da temperatura, apartir do CLP.
Os resulados foram observados a partir do gráfico online do STEP 7. A resistência elétrica foi
conectada, e à medida que a resistência aquecia o sistema o erro calculado pelo CLP crescia e
tendia para 100%, pois sem os valores das constantes PID no CLP, era impossível a geração de
qualquer tipo de correcção – o que não permite a realização do processo.
Quando os valores das constantes PID foram insiridos no CLP, à medida que a resistência
aquecia o sistema, o erro era remediado, pela redução na quantidade de calor da resistência.
No gráfico 6.1, a variável de processo, está a 60℃, tal como o setpoint, e pode verificar-se
que o nível da variável manipulada é de aproximadamente 58,4%. A variável manipulada (cor
violeta) é a quantidade de corrente, que a resistencia térmica recebe, o valor vai de 0 % a
100%. Por sua vez o erro de sinal aqui apresentado é de -0,1. Caso o valor da temperatura (VP)
tenda a subir, o CLP envia cada vez menos corrente para a resistência elétrica, caso o valor da
temperatura tende a diminuir o CLP faz o inverso e o ciclo continua. Os gráficos a seguir
ilustram as experiências pertinentes. As demais experiências poderão ser vistas nos Anexos.
Gráfico 6. 1 a) Comportamento do sistema sem controlo (1) b) Comportamento do sistema com controlo PID
• Info – Para as informações técnica sobre o projecto, tais como: nome dos
autores e carácter do projecto;
• Estação de Pintura – Dá acesso à tela de supervisão do processo;
• Alarmes- Dá acesso aos alarmes;
• Desligar – Saír do projecto.
A figurax ilustra a tela inicial do sistema de supervisão do PC e fala por sí só. Na tela inicial
encontram-se os botões na parte superior esquerda para: entrar no processo, verificar os
alarmes e os gráficos. Na parte inferior esquerdo, econtra-se o botão que permite ver o nome
dos autores do sistema apresentado. A figura y, ilustra o processo de pintura e contém os
respectivos botões para intervir no processo ou simplesmente voltar à tela inicial e aderir à
outras opções.
As ilustrações abaixo são os gráficos e alarmes gerados pelo sistema, com os respectivos
relatórios de hitórico de ocorrêncoa, que são armazenados em uma base de dados no
computador e podem ser devidamente analisados, quando necessários. Importa ressaltar que
os gráficos são gerados em tempo real, durante o processo.
6.3. Conclusão
Desta feita, é possível então fazer a sugestão da implementação de um sistema SCADA para
a Fábrica Angolacabos e de alguns componentes.
Desta feita, é possível então fazer a sugestão da implementação de um sistema SCADA para
a Fábrica Angolacabos e de alguns componentes.
7.1. Conclusão
De forma geral pode-se dizer que o objectivo de se criar um sistema SCADA, para o
processo de pintura da fábrica (Sistema que pode ser facilmente transformado, para que
funcione noutros processos da mesma fábrica), proporciona vantagens como a de se poder
visualizar o funcionamento do processo não só através da IHM local, bem como através da IHM,
que se encontra numa sala de controlo, além disso, pode-se verificar e arquivar os alarmes
gerados, assim como o histórico de funcionamento (os gráficos) o que é muito importante para
a detatação de algum problema e para a sua posterior resolução.
O acção de controlo PID aplicada garante a qualidade da pintura e a não perca de matéria
prima ao longo do processso. Manter a temperatura o mais próximo possível dos 60℃ significa
deixar o processo isento de falhas como: excesso de tinta no cabo, o que suscita repetição do
processo, consequentemente perca de tempo e diminuição na produção. Uma repetição do
processo também implica perca da qualidade da pintura (e protecção da fibra óptica, visto que
a tinta UV além de acabamento superficial confere proteção a fibra óptica). Através dos
relatórios fornecidos pelo Software de supervisão é possível então notar qual o motivo das
falhas ao longo do processo (caso acontecem), o que proporciona uma resolução rápida do
problema.
Este projecto proporciona uma expansão da fábrica, visto que já há uma visão para
exportação de cabos de Fibra Óptica, de Angola para a Ilha de Cabo Verde, é necessáio
assegurar a qualidade do produto final (os cabos de fibra) e a expansão da produção de formas
a conquistar-se o mercado nacional e continental, vencedo a única fábrica concorrente em
África, localizada na África do Sul. Em anexo, constam algumas recomendações de substituição
de componentes para a fábrica.
Os sistemas SCADA possuem uma aplicação vasta no ramo industrial e este projecto
conferiu um conhecimento aprofundado sobre o controlo de processos e sistemas de
supervisão e controlo, formando assim uma base sustentável para criação de projectos futuros
relacionados a este ramo da engenharia. Apartir do conhecimento adquirido ao longo deste
projecto torna-se possível trabalhar para inovações tangentes a área de automação na
Indústria angolana.
7.2. Melhorias
O protótipo aqui apresentado é apenas uma pequena parte da linha um da fábrica. Nesta
mesma Linha, ainda contém o processo de secagem que também pode ser controlado e
supervisionado. Além da linha um, as três linhas restantes da fábrica também possuem
parámetros a serem mantidos em padrões de qualidade e podem ser igualmente
supervisionados e monitorados apartir da implementação de um sistema SCADA.
Desta feita, para trabalhos futuros pode-se criar um sistema SCADA para a Linha um
completa, isto é: subprocesso de pintura mais o subprocesso de secagem, incluindo todos os
componentes, desde os servo-motores (responsáveis pelo movimento bobinamento e
desbobinamento da Fibra) até as diferentes variáveis que fazem, como por exemplo a distância
(uma das variáveis que faz parte da linha um).
Apartir das instruções e passos efectuados para a elaboração deste projecto, pode-se criar
um sistema SCADA para processos como: Estação de Tratamento de Água, Resfriamento de
Motor, Gestão de Transporte de Energia, Poços de Petróleo, entre outros, existentes.
Os sistemas SCADA de grande porte, como por exemplo: Estação de Tratamento de Água e
Escavaçã de Poços de Petróleo, necessiatm de uma rede de comunicação Industrial, para a
interligação dos diferentes pontos (subprocessos) que constinuem o processo. No entanto, é
indispensável um estudo aprofundado sobre as redes de comunicação industrial, bem como os
protocolos e os diferentes tipos de comunicação a serem implementados.
Referências Bibliográficas
Glossário
Atenuação: Define a distância máxima (alcance) que um sistema de transmissão óptico pode
ter entre o emissor e o receptor.
Automático: Significa ter um mecanismo de atuação própria, que faça uma ação requerida em
tempo determinado ou em resposta a certas condições.
Feedback: É uma palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a um determinado
pedido ou acontecimento.
LVDT: (do inglês Linear Variable Differential Transformer ou Transformador Diferencial Variável
Linear) é um sensor para medição de deslocamento linear.
Nível: Pode ser considerada a altura da coluna de líquido ou sólido no interior de um tanque ou
vaso. Porém é comum se referir ao nível como percentagem entre 0% e 100%.
OPC: OPC é a sigla para “OLE for Process Control”, onde OLE significa “Object Linking and
Embedding”. Este é o nome dado a uma interface padronizada de comunicação que foi criada
na tentativa de minimizar os problemas relacionados à inconsistência dos “drivers” de
equipamentos industriais de diferentes fabricantes.
RTD: São dispositivos construídos de fio enrolado e de uma película fina, que trabalham pelo
princípio físico do coeficiente de temperatura da resistência elétrica dos metais.
Set point ou Ponto de ajuste: É o valor desejado da variável controlada estabelecido pelas
necessidades do processo de fabricação.
Sinal analógico: É aquele que representa uma grandeza contínua, ou seja, definida em todo
instante de tempo.
Sinal binário: É o tipo mais simples de sinal. Ele é capas de assumir apenas duas condições:
Ligado ou Desligado, Verdadeiro ou Falso, Sim ou Não. Tais valores podem ser simbolizados por
1 ou 0 respectivamente.
Variável: De processo é qualquer quantidade física que possui valor alterável com o tempo.
Variável Manipulada: Como aquela escolhida para controlar o estado do processo, sendo que
sofre ações de forma a manter a variável controlada nos valores determinados.
Vazão: É o fluxo de um fluido, podendo esse ser liquido, gás ou vapor. Vazão volumétrica é o
volume de um fluido que passa por um ponto por unidade de tempo. Vazão mássica é a massa
de um fluído que passa por um ponto por unidade de tempo.
Medições
Neste ponto, serão apresentados as medições feitas durante os experimentos;
LVDT
Tensão de alimentação: 24V
Dados coletados
PT100
Tensão de alimentação: 24V
Dados colectados
Em função dos dados colectados, percebe-se que a cada temperatura que o PT100
porpociona, o transdutor converte em Vots, tal como verifica-se na tabela acima, 25,9
⁰C equivale a 2,5 volts, valor que o PLC recebe e faz o devido tratamento.
A
Anexo
Resistência térmica
Potência 400W
No caso de a temperatura for baixo, por exemplo abaixo de 20 ⁰C, a resistência térmica
recebe uma tensão de 220V o que equivale a 100% da variável manipulada.
O PLC, faz o controlo do quanto a resistência deve aquecer em função dos dados
apresentados acima.
On-OFF vs PID
O controlo PID faz um controlo mais preciso e com maior velocidade, chegando e
permanecendo o mais próximo possível do SET POINT, por outro lado o conrolo ON-
OFF, é menos preciso, com uma certa oscilação na temperatura, ligando e desligando
conforme na figura abaixo.
B
Anexo
Tempo
2. Linearização
C
Anexo
3. Sistema Linerizado
D
Anexo
Conector PG/DP
Tabela: Descrição dos pinos do conector PG/OP (Pin Out of the SubD Connector
(PG/OP connector))
A
Anexo
Tabela: Legenda
B
Anexo
LEGENDA
Ground A Ground Ausgang = Ground Output
Ground E Ground Eingang = Ground Input
II Entrada de Corrente
IO Saida de Corrente
VI Entrada de Tensão
VO Saida de Tensão
C
Anexo
D
Anexo
Electroválvula
E
Anexo
weidmuller
Esquema
F
Anexo
Custos
SCADA
Tabela de preço de implementação de um SCADA, Empresa Europeia; SIELCO SISTEMI
G
Anexo
Materiais
Maquete
100.000 Kz
Feita de Latão
Maquina de
pintura de Fibra
óptica, Máquina
mais recente que
---
a usada
actualmente pela
fábrica
AngolaCabos
Válvula solenoide
Proposta para a
5.320 Kz
substituição da
válvula manual
H
Anexo
Resistencia
Têrmica Tipo 6.000 Kz
Coleira
Actividades
Tabela: Etapas, Actividades e Datas para a conclusão da monografia
I
Anexo
- Montagem e Testes
- Esquemas eléctricos;
Avaliação;
ACTIVIDADE
- Aquisição de materiais;
- Finalizar a escrita da tese
e entrega final ao tutor.
- Implementação prática.
Mês/Ano 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
Set-14
Out-14 X
Nov-14 X X
Dez-14 X X X
Jan-15 X X X X
Fev-15 X X X X
J
Anexos
Código
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos