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P2 INESSA – ECA

GUARDA, TUTELA E ADOÇÃO - ART. 101 – ECA

MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO

Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a


autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes
medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de
responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de
ensino fundamental;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de
proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente;
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em
regime hospitalar ou ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII - acolhimento institucional;
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar;
IX - colocação em família substituta.

DISPOSIÇÕES GERAIS – ARTS. 28 A 32, ECA


(olhe o texto dos artigos na outra folha que enviei)

FAMÍLIA SUBSTITUTA
- Oitiva da criança, sempre que possível, por equipe interprofissional (psicólogo, assistente social)

- Consentimento do adolescente em audiência – art 28, §2º, ECA


- Consideração do grau de parentesco, relação de afinidade e afetividade – art. 28, §3º, ECA
Obs: Direito do afeto: O direito ao afeto é a liberdade de afeiçoar-se um indivíduo a outro. O afeto ou
afeição constitui, pois, um direito individual: uma liberdade que o Estado deve assegurar a cada indivíduo,
sem discriminações, senão as mínimas necessárias ao bem comum de todos;
- Colocação de grupo de irmãos na mesma família substituta (REGRA) ressalvada da análise do caso
concreto – Art. 28, §4º, ECA (importante)

- Preparação gradativa do adolescente para colocação em família substituta e acompanhamento posterior –


Art. 28, §5º, ECA

- Crianças e adolescentes indígenas e quilombolas – art. 28, §6º, I, II, III, ECA

- Requisitos para ser requerente: PESSOA IDÔNEA E COMPATÍVEL COM A NATUREZA DA MEDIDA -
Art. 29, ECA
Se for indeferido, pode ter análise do indeferimento

- Colocação em família substituta estrangeira, SÓ VAI OCORRER NA MODALIDADE DE ADOÇÃO –


MEDIDA DE CARÁTER EXCEPCIONAL – Art. 31, ECA

- PRINCÍPIO DO COMPROMISSO – Art. 32, ECA


No momento em que se assume a guarda ou a tutela, o responsável deve prestar compromisso de bem e
fielmente desempenhar com a criança ou adolescente!

GUARDA – Art. 33 a 35, ECA


O que é guarda?
Primeira espécie de colocação da criança ou adolescente em família substituta.

Como é feita?
Através de ação judicial que tem por finalidade a regularização da posse de fato da criança ou do
adolescente.
Atenção!!!!!: O ECA TRATA DE GUARDA DESTINADA A TERCEIROS. A guarda dos filhos
disputada pelos pais é assunto de DIREITO DE FAMILIA, aplicando-se as normas do Código Civil, sendo
guarda compartilhada ou guarda alternada.

Finalidade: art. 33, §1º, ECA – expliquei no tópico acima!!

Obrigações do guardião: Art. 33, caput, ECA


Prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente.

IMPORTANTE: A concessão de guarda a terceiros não importam em suspensão e nem perda do poder
familiar dos pais biológicos.
Para que isso aconteça deve haver processo judicial que determine a perda ou a suspensão, sendo
garantido o devido processo legal.
O GUARDIÃO, PODE SE OPOR A TERCEIROS E TAMBÉM AOS PAIS BIOLÓGICOS DA CRIANÇA
OU ADOLESCENTE.

TIPOS DE GUARDA NO ECA

GUARDA PROVISÓRIA PARA SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS – Art. 33, §2º, ECA


Espécie de guarda que pode ser deferida para atender a situações peculiares ou para suprir eventual falta dos
pais, podendo ainda ser deferido ao guardião o direito de representar o pupilo em atos determinados.

GUARDA DEFERIDA POR LIMINAR OU INCIDENTALMENTE NOS PROCESSOS DE TUTELA


– Arts. 38 a 38, ECA
ADOÇÃO – art. 39 ao 52-D, ECA e 33 §§ 1º e 2º, ECA

ATENÇÃO – GUARDA DEFINITIVA – ART. 35, ECA


Deve se tratar da utilização desse termo com certa prudência!
Mas porque?
A guarda pode ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado junto ao MP. Por
conta do PRINCÍPIO DA MATERIALIDADE DA DECISÃO, em que a coisa julgada é relativizada e se
percebe a CONEXÃO COM O PRINCIPIO DO SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE.
A guarda confere a criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos do
direito, inclusive previdenciários – art. 33, §3º, ECA

ISSO QUE EU VOU COLOCAR AQUI AGORA, PODE SER QUE SEJA QUESTÃO DE PROVA!!!
PODE SER QUE SEJA, SE FOR BEM, SE NÃO AMÉM
ART. 34 §1º ao 4º - estuda essa porra em
Estimulo do poder público para o acolhimento de Crianças e Adolescentes na forma de guarda!
Art. 34.  O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o
acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar. 
§ 1 o A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá preferência a seu
acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos
termos desta Lei. 
§ 2 o Na hipótese do § 1 o deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de acolhimento familiar
poderá receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. 
§ 3 o A União apoiará a implementação de serviços de acolhimento em família acolhedora como política
pública, os quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento temporário de crianças e de
adolescentes em residências de famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não estejam no
cadastro de adoção. 
§ 4 o Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a manutenção dos
serviços de acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse de recursos para a própria família
acolhedora.

TUTELA – ARTS. 36 A 38 ECA

O que é tutela?
De acordo com a doutrina, é um encargo que visa suprir a incapacidade dos menores de 18 anos que estejam
fora do poder familiar.
Medida específica de proteção que é uma das formas de colocação em família substituta.
Sua regulamentação é feita pelo Código Civil e pelo ECA.
A TUTELA PRESSUPÕE A PRÉVIA DECRETAÇÃO DA PERDA OU SUSPENSÃO DO PODER
FAMILIAR. OU SEJA, OS MENORES DE 18 ANOS VÃO SER COLOCADOS SOB TUTELA QUANDO
SEUS PAIS BIOLÓGICOS FOREM DECLARADOS AUSENTES POR DECISÃO JUDICIAL OU FOR
DECRETADA PERDA OU SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR.

Quais artigos do Código Civil falam sobre a tutela?


Art 1728 a 1766 CC, mandei todos no documento separado, pra n ficar grande esse aqui <3

Deveres do tutor: prestar ao tutelado, todas assistências necessárias ao desenvolvimento integral da criança
e do adolescente, tendo ainda o dever, da administração de bens do tutelado e da prestação de contas desta
administração.

ESPÉCIES DE TUTELA
(SÃO SÓ 3)

TUTELA TESTAMENTÁRIA – modalidade em que os pais, em conjunto, indicam em testamento ou


outro documento autentico, uma pessoa idônea que exercerá a tutela de seus filhos, quando do falecimento
dos pais ou na hipótese de declaração judicial de ausência dos pais. Art. 1729, § único, CC
TUTELA LEGÍTIMA OU LEGAL – Na falta da tutela citada acima, vai ser incumbido aos parentes
consanguíneos da criança ou adolescente o exercício da tutela, devendo ser observada a ordem
a) Ascendentes (avô, avó) – preferência do mais próximo ou remoto
b) Colaterais de 3º grau – preferência do mais próximo ou remoto – no mesmo grau os mais velhos têm
preferência quanto aos mais novos.
EM TODOS OS CASOS, O JUIZ VAI ESCOLHER A PESSOA MAIS APTA AO EXERCÍCIO DA
TUTELA DENTRE ESSES PARENTES CONSANGUINEOS – ART. 1731, caput, I e II do CC
TUTELA DATIVA – Vai ocorrer quando não tiver nenhuma das duas acima, o juiz nomeará pessoa idônea
para ser tutor, e também, quando os tutores antes nomeados forem excluídos ou excusados da tutela ou ainda
quando houver a remoção do tutor anteriormente nomeado. Art. 1732, I, II, III do CC e na sequência Art.
1735, 1736 e 1740 do CC
UM PASSARINHO ME DISSE QUE PODE CAIR NA PROVA ESSE QUE MARQUEI EM !
Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor:
I - na falta de tutor testamentário ou legítimo;
II - quando estes forem excluídos ou escusados da tutela;
III - quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário.

Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:
I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;
II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos em obrigação para com o
menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem
demanda contra o menor;
III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excluídos da tutela;
IV - os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes, tenham
ou não cumprido pena;
V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abuso em tutorias anteriores;
VI - aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração da tutela.

Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela:


I - mulheres casadas;
II - maiores de sessenta anos;
III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;
IV - os impossibilitados por enfermidade;
V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela;
VI - aqueles que já exercerem tutela ou curatela;
VII - militares em serviço.

Art. 1.740. Incumbe ao tutor, quanto à pessoa do menor:


I - dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus haveres e condição;
II - reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister correção;
III - adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a opinião do menor, se este já
contar doze anos de idade.

MODALIDADES DE ADOÇÃO
Quem pode adotar? Art. 42, ECA
Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. 
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
§ 2 o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união
estável, comprovada a estabilidade da família. 
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.
§ 4 o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente,
contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido
iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de
afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da
concessão. 
§ 5 o Nos casos do § 4 o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a
guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código
Civil .
§ 6 o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer
no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. 

ADOÇÃO BILATERAL – Art. 42, § 2º e 4º, ECA


A adoção bilateral é regulamentada pelo artigo nº 42, § 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente, havendo
nessa modalidade a obrigatoriedade de que os adotantes sejam casados ou mantenham união estável, com a
necessidade de comprovar a estabilidade da família.
Porém, no artigo 42, § 4º do mesmo diploma legal, está prevista a possibilidade de que os divorciados, os
judicialmente separados e os ex-companheiros possam adotar em conjunto, contanto que o estágio de
convivência tenha se iniciado durante o período de relacionamento do casal, e que seja demonstrada a
existência de vínculos de afinidade e afetividade com o não detentor da guarda.

ADOÇÃO UNILATERAL – ART. 41, §1º, ECA


contece quando alguém adota o filho do cônjuge ou companheiro, quando não consta o nome de um dos
genitores ou este tenha perdido o poder familiar, ou, em caso de morte do outro genitor, podendo o
cônjuge/companheiro do sobrevivo adotar, formando, assim, um novo vínculo familiar e jurídico.

ADOÇÃO PÓSTUMA – ART. 42, § 6º e 7º, ECA


É a adoção “post mortem” – adoção após a morte, aquela que é requerida após o falecimento, quando
comprovando a existência de vínculos afetivos, buscando-se o reconhecimento da paternidade socioafetiva,
mediante a comprovação da posse de filho.
ADOÇÃO DIRIGIDA OU “INTUITO PERSONA” – NÃO É REGULAMENTADA PELO ECA
Modalidade que ocorre durante a gestação, mãe decide dar seu filho para adoção e direciona uma pessoa
específica para que adote seu filho. Essa escolha é feita antes do nascimento do filho.

ADOÇÃO À BRASILEIRA – Art. 242, CP (parto suposto)


É um crime!!!
Efetuar o registro do filho de outra pessoa em seu próprio nome é uma prática conhecida como “adoção à
brasileira”, e de fato não caracteriza uma adoção, pois não segue as exigências da lei.

ADOÇÃO INTERNACIONAL – ART. 46, §3º, 51, 52, 52-A até O 52-C e Convenção de Haia
Considera-se adoção internacional aquela em que os adotantes são residentes e domiciliados fora do Brasil,
sendo necessário para esse tipo de adoção procedimentos próprios e regulação específica. Tal modalidade é
medida excepcional, ou seja, só será feita quando restarem esgotadas todas possibilidades de adoção
Nacional.

Boa prova !!!!!!

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