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Atividades para o Dia da Consciência Negra

Fonte: https://www.criandocomapego.com/atividades-para-o-dia-da-consciencia-negra/ em
12.06.2020

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro, em


nosso país. A data foi escolhida por ser o dia atribuído à morte de Zumbi dos
Palmares, em 1695, um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou pela
libertação do povo contra o sistema escravista. Nessa data, propõe-se uma
reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Entre outras
questões, discute-se o racismo, a discriminação, a igualdade social, a inclusão
dos negros na sociedade. Em todo o país, uma série de atividades visam a
valorizar a cultura africana. No entanto, é dentro de nossas casas e na escola
que podemos construir uma sociedade igualitária que valorize nossas meninas
e nossos meninos negros.

Nós propomos uma série de atividades para o Dia da Consciência


Negra que visa a empoderar as crianças, bem como promover o respeito à
diversidade racial e cultural em nosso país. Tenha em conta que todas as
propostas aqui relatadas tendem a promover uma educação para a paz. Logo,
no lugar de um material impresso, proporcionamos à criança o conhecimento
da cultura negra a partir de atividades criativas. Esperamos que gostem muito!

Atividades para o Dia da Consciência Negra

1. Zumbi dos Palmares


Como já dito, o Dia da Consciência Negra se celebra no dia da morte de
Zumbi. Nada melhor do que trabalhar esse personagem heróico com nossas
crianças. Clique nos links abaixo e veja algumas sugestões de atividades sobre
Zumbi e o Quilombo dos Palmares. Conheça sua história e a da guerreira
Dandara.

Maquete do Quilombo dos palmares


O Quilombo dos Palmares era o local que abrigava os escravos fugidos das
fazendas. Zumbi foi seu líder por uns 15 anos e morreu em defesa da luta dos
negros contra a escravidão. Uma forma de entender melhor a sua história é
construindo uma maquete do quilombo. Assim, a criança pode compreender
melhor como se estabeleciam as relações sociais no local.
2. Fazer uma máscara africana
Como fazer uma máscara africana de papelão

Dentro das propostas para trabalhar com as crianças o Dia da Consciência


Negra, propomos um atividade bem especial: fazer uma máscara africana de
papelão! Além de mostrar pros nossos filhos e/ou alunos como podem
aproveitar o material descartável para dar forma a uma máscara, criamos um
brinquedo bem divertido que pode se transformar em um super recurso para
criar inúmeras histórias.

Material necessário
 Papelão
 Pincel
 Tinta (diferentes cores)
 Cola quente
 Pistola para aplicar cola quente

Fazer uma máscara africana de papelão


Primeiramente, escolha um molde de máscara africana para imprimir. Caso
deseje, você pode desenhar a sua própria máscara, o que é ainda mais legal e
original. Ainda assim, sugiro que você visite estes dois posts para encontrar
inspiração:

Laura é muito pequena (3a2m) para entender a diferença entre as raças, suas
origens e, mesmo, compreender a importância de conhecer as distintas
culturas. No entanto, fazer uma máscara africana é uma maneira lúdica de
tornar o tema presente sem que tenhamos que aprofundar em conceitos. Afinal
de contas, é uma atividade de artes muito maneira!
Deixei o material preparado. Escolhi um molde de máscara, recortei as partes
e deixei preparado o ambiente para a pintura. Todo o demais fica a cargo dela.
A pequena pintou cada parte de uma cor e deixou secar.

Por fim, com minha supervisão, aplicou a cola quente com a pistola para colar
bem cada parte. Pronto! Ela tem se divertido muito com sua máscara africana
de papelão.
Moldes de máscaras africanas para colorir

Na cultura africana, as máscaras são usadas nos rituais, sejam de iniciação, de


passagem ou de evocação de entidades espirituais. Também são usadas como
elemento de afirmação étnica, deixando marcada identidade de cada grupo.
Escolha uma máscara africana, clique para ampliar e imprimir. Uma vez tenha
o molde, facilite à crianças materiais distintos (lápis-de-cor, canetinha, papel
crepom, tinta, pincel…). Deixe que dê asas à imaginação e crie uma bonita
máscara africana. Uma vez pronta, é hora de brincar, recriar rituais e contar
histórias.
3. Cozinhar comidas africanas
Vamos com uma atividade de vida prática? A partir dos dois anos, nossas
crianças estão preparadas para nos ajudar com pequenas tarefas domésticas.
Na cozinha podem nos ajudar com atividades de transferências de grãos,
farinhas, ovos… além de tantas outras tarefas.
Na cozinha, podemos trabalhar os alimentos africanos (azeite de dendê,
pimenta malagueta, feijão preto, quiabo), preparando juntos alguma receita da
culinária afro-brasileira (vatapá, caruru, mungunzá, acarajé, angu e pamonha).

4. Atividade sobre o cabelo afro com lã

Material necessário
 Imprimir silhueta de mulher negra
 Lã preta o marrom
 Tesoura
 Cola
 Giz-de-cera

Recriando o cabelo afro com lã


Recriar o cabelo afro com lã é uma proposta de atividade maravilhosa.
Primeiramente, imprima a silhueta de mulher negra.

Em seguida, passou cola no cabelo e foi colando cada um deles. Esse é um


trabalho e tanto que exige concentração e persistência. Além disso, trabalha a
coordenação motora fina, através do movimento de pinça. Reforça o
desenvolvimento da força muscular, ao fazer força para aplicar a cola sobre o
cabelo. E também desenvolve a coordenação olho-mão.
Por fim, a pequena deu um toque colorindo o rosto.

5. Atividade de traços com cabelos cacheados

Uma das características das pessoas de ascendência africana é o cabelo crespo


cacheado. Podemos fazer uma atividade de grafomotricidade, reproduzindo os
cachos africanos.

Imprima a imagem abaixo para que a criança realize os traços. Essa também é
uma forma de valorizar o cabelo cacheado, mostrando-lhe que é tão bonito
como qualquer outro.
Outra possibilidade de atividade de linguagem para as crianças é desenvolver
um mini-dicionário afro-brasileiro, descobrindo palavras de origem africana
que foram integradas à cultura brasileira. Clique abaixo e saiba mais:

Minidicionário afro-brasileiro para fazer com as crianças


Trazemos uma excelente atividade de linguagem para o Dia da Consciência
Negra: elaborar um minidicionário afro-brasileiro. Durante o período da
escravidão, os africanos que aqui chegaram trouxeram junto sua cultura, seus
hábitos, seus costumes, sua comida, sua dança. Além disso, contribuíram com
muitas palavras, expressões e modo de falar que passaram a fazer parte do
idioma português do Brasil.

Uma forma de valorizar a cultura africana e sua influência na cultura brasileira


é reconhecer que palavras e expressões. Podemos, com nossas crianças,
propor a elaboração de um minidicionário afro-brasileiro, reconhecendo essas
palavras e seus significados.

Material necessário
 Caderno
 Lápis ou caneta
 Dicionário de Língua Portuguesa

MiniDicionário afro-brasileiro
Para montar o minidicionário afro-brasileiro, a criança pode fazer uma bonita
capa. Em seguida, dividir o número de folhas no caderno por letras. Pouco a
pouco, pode ir descobrindo as palavras.

Nossa sugestão, é um trabalho diário ou, mesmo, semanal, para inclusão de


outras palavras no dicionário. Como? Através de uma caixa de palavras afro-
brasileiras.

Abaixo, deixamos para você uma sugestão de palavras de origem africanas.


Escreva as que desejar em papeis pequenos, dobre e coloque em uma caixa.
Cada dia, a criança pode sortear um número X de palavras (3, 4, 5…) e as
acrescenta no dicionário. Além de adicionar a palavra, deve buscar em um
dicionário seu significado e anotá-lo ao lado.

Forma linda de ampliar o vocabulário das nossas crianças.

Ah, e se você é um professor, pode fazer o trabalho em grupo, o que pode


gerar um trabalho mais completo e interessante!

Palavras afro-brasileiras para o minidicionário:


A – Abadá, abará, acará, acarajé, afoxé, agogô, aluá, amuo, Angola, angu,
axé, azoeira.

B – Babá, babaca, bagunça, balangandãs, bamba, bamberè, bambolê, bancar,


banguê, banguiê, banguela, bangulê, banto, bantos, banzar, banzé, banzo,
baobá, batuque, berimbau, birita, bitelo, bobó, boca-de-pito, bolor, bomba,
borocoô, bruaca, bugiganga, bunda, búzio.

C – Caçamba, cachaça, cachimbo, cacimba, caçula, caculé, cacunda, cafife,


cafofo, cafuá, cafuca, Cafuche, cafuchi, cafundó, cafuné, cafungá, cafuzo,
calango, calombo, calumbá, calundu, calunga, camundongo, candomblé,
candonga, canga, canjerê, canjica, capanga, capenga, capoeira, carimbó,
caruru, cassangue, catimba, catimbau, catinga, catita, catunda, catupé,
caxambu, caxangá, caxixí, caxumba, cazumbá, cazumbi, chilique, congadas,
coque, cubata, cuíca, cumba, cumbe.

D – Dendê, dengo, dengoso, diamba.

E – Epó, efó, embalar, empacar, encabular, engabelar, escangalhar,


espandongado, Exu.

F – Farofa, fofoca, fuá, fubá, fuleiro, fulo, furduncio, fungar, futum, fuxico,
fuzarca, fuzuê.

G – Galalau, gambé, gandaia, Ganga-Zumba, ganzá, garapa, geringonça,


ginga, gogó, gonguê, gororoba, grigri, guandu, guimba.

H – Hã, humulucu.

I – Iaiá, Iemanjá, impala, implicar, inhame, iorubano.

J – Jabá, jabaculê, jagunço, jeguedê, jeribata, jiló, jongo.

L – Lambada, lambança, lambão, lambuja, lapada, larica, lenga-lenga, lero


lero, libambo, lundu.

M – Maassagana, mácula, maculelê, macumba, macumbeiro, maluco,


malungo, mamona, mamulengo, mandinga, mangar, mangue, manha,
maracatu, maracutaia, marafa, mano, marimba, marimbondo, matuto, maxixe,
miçanga, milonga, mingau, mocambo, mochila, mocorongo, mocotó,
molambo, molenga, moleque, mondongo, mongo, moqueca, moringa,
muamba, mucama, mulunga, munguzá, muquifo, murundu, mutamba,
mutreta, muvuca, muxiba, muxinga, muxongo.

N – Nenê.

O – Odara, Ogum, Orixá.

P – Pamonha, patota, pendenga, perrengue, pimba, pindaíba, pinga, pirão,


pito, pitoco, puita.

Q – Queimana, quenga, quengo, quiabo, quibebe, quibungo, quilombo,


quimbebé, quimbembe, quimgombô, quindim, quitute, quizilia, quizumba.

R – Requenguela.

S – Samba, sapeca, sarapatel, sarará, saravá, senzala, serelepe, soba,


songamonga, sova.

T – Tagarela, tanga, tango, trambique, tribufu, tu, tunda, tutano, tutu.

U – Urucubaca, urucungo.

V – Vatapá.

X – Xará, xendengue, xepa, xodó.

Z – Zabumba, zambi, zanzar, ziquizira, zoeira, zombar, zumbi, zunzum.

6. Fazer instrumentos africanos


Aprender os sons da África, tão presentes em nossa cultura musical. Essa é
uma proposta ímpar para conhecer os instrumentos musicais que hoje estão
presentes na música brasileira. Berimbau, tambores, agogó são alguns deles.

Uma primeira atividade é ouvir os sons dos instrumentos. Como,


provavelmente, você não tem os instrumentos em casa, grave um áudio com
instrumentos e faça um pareamento de imagem e sons.
Podemos fazer uma atividade de pareamento com instrumentos musicais
africanos apenas com imagens. E, caso você os tenha, de imagens e
instrumentos musicais.

Mas também, podemos propor à criança construir um instrumento musical


com material reciclado. Por exemplo, um tambor.

7. Fazer um colar africano


O colar africano é uma peça artesanal única. Muitas tribos o utilizam nos
rituais e como acessório de beleza. Podemos fazer manualidades com as
crianças, produzindo colares no mais autêntico estilo africano. Primeiro,
temos um colar feito com pratinho de papelão e canetinha.
E, abaixo, um colar com macarrão colorido e penas.
8. Manualidade com cabelo afro e botões
Uma proposta maravilhosa! Trata-se de uma manualidade com botões para
recriar o turbante africano. A tela que as mulheres africanas entrelaçam no
cabelo é uma marca de identidade cultural. Com os botões, a criança pode
fazer distintos desenhos e recriar inúmeras possibilidades de desenhos.

Desenhando o cabelo afro com botões


Esta atividade é muito legal: Desenhando o cabelo afro com botões! Trata-se
de recriar um turbante africano, marca de identidade cultural entre as mulheres
africanas, usando botões. Uma proposta super bacana para o Dia da
Consciência Negra ou, mesmo, para o Dia da Mulher Negra.

Material necessário
 Imprimir silhueta de mulher negra
 Botões coloridos
 Cola

Primeiramente, imprima a silhueta de mulher negra. Nós utilizamos a que está


abaixo, mas, na internet, você pode encontrar outras:
Em seguida, com cola e botões, a criança deve enfeitar o cabelo da mulher
negra. Em casa, oferecemos botões coloridos (nas cores do arco-íris) e
optamos por não usar cola. Explicamos que, esses botões são utilizados para
distintas atividades, logo, preferimos não usar cola para poder reaproveitá-los
em outra ocasião.

No entanto, caso você deseje que a criança faça algo que depois possa ficar
exposto, como em uma moldura, o legal mesmo é usar cola.

O resultado é fantástico. E as crianças se divertem muito fazendo distintos


desenhos com os botões. A atividade pode ser feita a partir dos 3 anos, mas,
está claro que, quantos mais anos tenha a criança, mais surpreendente será o
trabalho realizado.
9. Tecer com tiras de temática africana
Uma atividade para trabalhar a coordenação motora: tecer com tiras de
temática africana. É fácil de fazer. Tanto você pode fazer o papel temático
pintando uma folha com tinta guache, como também pode comprar. Basta
recortar em tiras para criar um espetacular entrelaçado.
10. Atividade sobre consciência negra com feijão
Uma atividade criativa e muito linda! Empoderar nossas meninas, mostrando
que o cabelo crespo e afro é uma marca de identidade da raça negra. A partir
do uso de grãos de feijão, a criança recria o cabelo de uma mulher de
ascendência africana.

Proposta linda e maravilhosa de atividade sobre consciência negra com feijão.


Excelente para trabalhar a o cabelo da mulher negra como símbolo de
identidade da raça.
Como sabemos, hoje é o dia em que muitas mães de ascendência negra
inculcam na cabeça de suas filhas que o cabelo afro é feio, da trabalho. Logo,
as incentivam a alisar suas madeixas. Uma pena! O cabelo afro e crespo é
marca da identidade da raça negra. Nega-lo é, de certo modo, não valorizar a
beleza da menina e da mulher negra.

Para empoderar nossas meninas é preciso mostrar-lhes que todas as belezas


são únicas. E é através da educação que podemos tornar isso possível. Esta
publicação traz uma atividade simples e fácil, através da qual a criança
trabalha várias habilidades. Mas também, é uma forma de exaltar a beleza da
mulher negra.

Material necessário
 Imagem impressa
 Feijão
 Cola
 Tesoura
 Cartolina branca

Primeiramente, imprima a imagem abaixo:


Recorte a imagem, deixando apenas o corpo e a cabeça. Tenha em conta
cortar o cabelo. Cole a imagem sobre uma cartolina branca.

A criança deve refazer o cabeço afro usando feijão. Tenha em conta que esta é
apenas uma proposta. É possível usar muitos outros materiais: botões,
miçangas, madeiras, pontas de lápis… Enfim, tudo depende da criatividade.

Neste caso, como foi pensado para uma criança de 3a2m, centramo-nos em
trabalhar a coordenação motora fina, a força muscular com o uso da cola e da
tesoura, a coordenação olho-mão.

11. Ler um livro infantil


Ler é sempre uma atividade única que deve estar contemplada em nossas
brincadeiras com nossos filhos. Há uma variedade grande de livros, poemas,
contos, lendas que dão conta de valorizar a cultura africana. Por aqui, muitas
histórias para ler e se informar!
Zumbi o pequeno guerreiro

Contos africanos para adultos e crianças

Lendas africanas para as crianças

12. Histórias de mulheres negras para empoderar meninas

Para celebrar o Dia da Consciência Negra, temos nos debruçados na leitura de


histórias incríveis de mulheres negras que lutaram (e ainda lutam) para mudar
o nosso mundo. Sem dúvidas, um material único para empoderar nossas
meninas e também nossos meninos. São histórias de mulheres que são
exemplos de resistência e de luta.

Histórias de mulheres negras para empoderar meninas


Para celebrar o Dia da Consciência Negra, fizemos uma super pesquisa que
visa a valorizar a cultura africana. Trazemos para vocês Histórias de mulheres
negras para empoderar meninas. Aqui há relatos da vida de mulheres de
ascendência africana que mudaram a história de nosso país e do mundo.

Essa é uma forma legítima de ajudar as meninas negras a acreditar em sua


força, a se tornarem resistência em um mundo que ainda as exclui de muitas
camadas sociais. Então, você se anima a tornar essas incríveis mulheres
negras mais conhecidas entre nossas crianças?

Mulheres negras que fizeram e fazem história no mundo


Abaixo, você encontra histórias de mulheres negras que lutam (ou lutaram)
para fazer valer sua voz. Mulheres negras que enchem de orgulho sua raça e
cujas vidas se tornam inspiração para muitas pessoas.

Aizita Nascimento

Aizita Nascimento foi a primeira miss negra de nosso país.


Todo um mito! Em 1963, ela era uma jovem enfermeira que disputou o
concurso com tantas outras mulheres e ganhou a faixa de Miss Renascença.
Também levou sua beleza negra para o Miss Guanabara, no mesmo ano,
porém conquistou o 6º lugar. Numa época em que os brasileiros se
encantavam com o concurso, o resultado foi decepcionante não apenas para
ela, mas também para o público que gritava: “Queremos a mulata! Queremos
a mulata! Queremos a mulata!”.

Não há dúvidas de que sua participação nos concursos de beleza foi


importantíssimo para a valorização da beleza e da autoestima da mulher negra.
Vale ainda mencionar que, em 1964, Vera Lúcia Couto ganhou o título de
Miss Guanabara. E, 20 anos mais tarde, já em 196, Deise Nunes tornou-se a
primeira negra a se tornar Miss Brasil.

Bessie Coleman

Elizabeth “Bessie” Coleman (26 de janeiro de 1892 a 30


de abril de 1926) foi uma aviadora civil norte-americana e a primeira mulher
afro-americana a se tornar piloto nos Estados Unidos. Também foi a primeira
mulher de ascendência africana a conseguir licença como piloto internacional.

Filha de pais sem estudos, mas que sempre valorizaram que os 13 filhos
estudassem. Bessie era a décima primeira criança do casal George e Susan.
Desde os 6 anos, ela caminhava mais de 6 km ao dia para poder estudar.
Embora tivesse muitas dificuldades, sempre foi uma ótima aluna.

Aos 23 anos, mudou-se para Chicago, Illinois, onde trabalhou como manicure
em uma barbearia e também em um restaurante. A dupla jornada tinha uma
finalidade: juntar dinheiro para a escola de aviação. Infelizmente, as escolas
de aviação não recebia alunos negros. Ainda assim, recebeu ajuda e acabou
conseguindo se matricular. Como nos Estados Unidos, ela não teria chances
de conseguir a licença, começou a estudar francês para ir a Paris e, em 1920,
obter a licença para pilotar. História de vida inspiradora, não é mesmo?

Dandara Zumbi dos Palmares


Pouco se sabe sobre sua vida, mas Dandara foi a mulher de Zumbi dos
Palmares. Na história de nosso país, Dandara é uma heroína que dominava
técnicas de capoeira e lutava ao lado de homens e mulheres nas várias
batalhas que ocorreram em Palmares, quilombo estabelecido na Serra da
Barriga, situada na então Capitania de Pernambuco (atual estado de Alagoas).
Ela liderou as falanges femininas do exército palmarino.
Essa guerreira preferiu a morte à escravidão. Foi presa, suicidou jogando-se
de uma pedreira ao abismo para não retornar à condição de escrava. Saiba
mais sobre essa mulher afro-brasileira.

Ellen Johnson Sirleaf

Ellen Johnson Sirleaf é uma mulher com vontade de mudar o mundo. Essa
política liberiana, líder do Partido da Unidade (Unity Party) foi a primeira
mulher eleita chefe de um estado de país africano. Foi presidente da Libéria de
2006 a 2018. Chegar a esse cargo não foi fácil. Ellen estudou na Universidade
de Harvard e participou, pela primeira vez, no governo liberiano durante o
mandato do presidente William Tolbert, desempenhando o cargo de ministra
de finanças.

Em 1985, ao candidatar-se a uma vaga no Senado, foi condenada a 10 anos de


prisão por criticar, publicamente, o regime militar. Mesmo com essa
condenação, foi presa por pouco tempo. Após a curta passagem pela cadeia
viveu no exílio até 1997, quando regressa à Libéria.

Luciana Lealdina, a Mãe Preta


Luciana Lealdina ficou conhecida como “Mãe Preta”. Nascida em Porto
Alegre, em 13 de junho de 1870, a brasileira se mudou para o município de
Pelotas, onde iniciou toda uma vida de dedicação às crianças negras. Em 1901
fundou o Asilo São Benedito, onde voluntárias negras alfabetizavam e
ensinavam habilidades domésticas às crianças carentes.

Sete anos mais tarde, em 1907, mudou-se novamente, indo viver em Bagé. Lá
deu origem ao Orfanato São Benedito com ajuda da amiga Florentina Ferreira
e de suas três filhas (Alice, Avelina e Julieta). Seu trabalho social foi
realizado, especialmente, com crianças negras, filhos de ex-escravos. Seu
projeto tomou grandes proporções e deu origem a uma creche para crianças
pobres. A Mãe Preta morreu em 1930, mas deixou um legado que perdura até
os dias de hoje.

Mae Jemison

Vamos às alturas e chegar ao espaço? Mae Carol


Jemison, norte-americana, nascida em 17 de outubro de 1956, é uma médica e
ex-astronauta. Ela integrou a tripulação da missão STS-47 como especialista
de missão a bordo do ônibus espacial Endeavour, tornando-se a primeira
astronauta afro-americana a ir ao espaço.

Quanto tempo foi preciso para que uma mulher negra chegasse tão longe!!!

Oprah Winfrey
Oprah Winfrey, sem dúvidas, é uma mulher de
ascendência africana inspiradora. Ao longo de sua carreira, tornou-se uma das
mulheres negras mais ricas e influentes do mundo. A apresentadora de
televisão, atriz e empresária norte-americana, nasceu em janeiro de 1954 em
uma família desestruturada. Seus pais eram adolescentes separados. Já nos
primeiros meses de vida, sua mãe a levou para morar no norte dos Estados
Unidos, já que o pai da criança nada quis saber dela. Lá passou boa parte de
seus dias sob os cuidados da avó materna em um sítio, enquanto a mãe
trabalhava.

Sua infância foi marcada por abusos sexuais e agressão por parte de
familiares, um tio e primos adolescentes. Apesar da dura vida, dedicou-se aos
estudos com a certeza de que queria um futuro melhor para si mesma.
Cansada dos abusos sofridos, terminou a escola fundamental e fugiu de casa.
E nada foi fácil. Viu o drama de seus pais se repetir em sua própria vida. Aos
14 começou a namorar, ficou desesperada ao descobrir-se grávida. E sofreu
depressão após o parto, já que teve que lidar com a morte prematura de seu
filho.

Afastada da família materna vai morar com o pai e volta a estudar. Daí pra
diante, viu como sua vida começou. Seu empenho começou a dar frutos.
Ganhou o título de “Garota mais legal da escola”. Também ganhou um
concurso de locução. Aos 17 anos, ganhou um concurso de beleza por ter uma
beleza chamativa. Esse foi só o início de uma carreira de sucesso! Fica claro
que os estudos podem mudar a vida de uma pessoa.
Ruby Bridges

Ruby Bridges é uma autêntica fonte de inspiração


para muitas meninas negras. Uma linda história de empoderamento. Ruby é
uma ativista norte-americana conhecida por ser a primeira criança negra a
estudar em uma escola caucasiana, em Louisiana, durante o século XX.

Em 1960, atendendo ao pedido da Associação Nacional para o Avanço das


Pessoas de Cor (NAACP), os pais de Ruby a ofereceram para participar no
programa de integração do sistema escolar de Nova Orleans. Dessa forma, ela
e outras cinco crianças passaram no teste que determinava se poderiam ir a
uma escola toda branca. Ruby foi a única que, ao final, ingressou na William
Frantz. A foto de seu início na escola tem rodado o mundo. É que essa mulher
foi, realmente, muito valente. Foi ela a dar um grande passo para a inclusão
dos negros no sistema escolar.

Enfrentou muito preconceito. Viu como sua entrada na escola fez com que
pais brancos tirassem seus filhos de lá. Com exceção de Barbara Henry, todos
os professores se recusaram a ensinar enquanto a menina estivesse
matriculada. Foi, inclusive, Barbara quem aceitou ensinar a Ruby e por mais
de um ano lhe ensinou sozinha, como se estivesse dando aula para uma classe
inteira.

Ainda assim, não desistiu. Persistiu lutando contra o racismo. Atualmente,


através de sua Fundação, criada em 1999, promove “os valores da tolerância,
do respeito e a valorização de todas as diferenças. Para ela “o racismo é uma
doença e temos de parar de usar nossos filhos para espalhá-la”.
Ruth de Souza

Ruth de Souza foi uma das principais damas da


dramaturgia de nosso país. A atriz foi co-fundadora do Teatro Experimental
Negro (TEN), liderado por Abdias do Nascimento, durante a década de 1940.
O grupo foi imprescindível para a valorização da cultura negra e inclusão de
muitos artistas negros na mídia da época.

Essa mulher é uma inspiração para muitos, já que foi a primeira atriz negra a
subir no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com a peça O
Imperador Jones, de Eugênio O’Neil. Além disso, recebeu uma bolsa de
estudos da Fundação Rockefeller, para estudar na Faculdade de Harvard e na
Academia Nacional de Teatro, nos Estaos Unidos.

Zezé Motta

Zezé Motta é um ícone de referência da mulher negra.


Frequentou o Tablado, tradicional escola de teatro carioca, iniciando sua
carreira na peça Roda-Viva, de Chico Buarque, em 1967. No entanto, tornou-
se reconhecida mesmo em 1976, quando deu vida à Xica da Silva, que a
consagrou internacionalmente.

Sem dúvidas, o talento vanguardista da “Pérola Negra” é fonte de inspiração


para muitas mulheres que buscam uma inclusão no meio artístico.
13. Desenhos para colorir do Dia da Consciência Negra

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