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1. Organização do Evento
Programa: Pós-Graduação em Planejamento e Governança Pública (PGP – UTFPR)
Curso: Mestrado Profissional em Planejamento e Governança Pública
Comissão Organizadora:
Docente: Professor Dr. Antônio Gonçalves de Oliveira
Discentes:
Adriane Rodrigues Gaia
Adriano Simões Andrade
Alex Sandro da Paixão
Andreia Couto Borges
Antônia de Lima Santos
Egilson da Silva Lima
Fabiana Alves dos Santos Prado
Jaqueline Silva Misael
Jefferson Almeida Martins
Joilma Farias de Souza
Kátia Regina Cardoso Pedra
Max Nóbrega de Menezes Costa
Sandra Silvéria Ramos
Talita Cordeiro Galhardo
Thais Lucena de Oliveira
novos paradigmas do setor público, nos quais se tornam necessários gestores de instituições
públicas, nas suas variadas formas (governamentais, de interesse público, educacionais e
representativas de classe), com capacidade gerencial holística, sistêmica, inovadora e sensível
às questões públicas (UTFPR, 2019)
O público-alvo do curso compreende uma variedade multidisciplinar de profissionais,
afeitos a estudos aplicados ao planejamento e políticas públicas, gestão, governança e
administração pública; docentes de cursos que formam profissionais para essa área; e gestores
de instituições públicas com formação superior. Esses profissionais terão formação profissional
atrelada ao planejamento e governança pública (UTFPR, 2019)
A área de concentração do mestrado envolve aspectos mais amplos relativos ao
planejamento público, desenvolvimento e governança, e se desdobra em duas linhas de
pesquisa principais: uma primeira relativa à Governança Pública e Desenvolvimento e a
segunda que se refere ao Planejamento e Políticas Públicas (UTFPR, 2019).
2021). Esse cenário aponta também para a necessidade de se pensar sobre a atual e futura
organização do Sistema de Saúde, tendo em vista sua sustentabilidade.
Consoante Silva e Bassi (2012), a política pública tem um propósito coletivo em
benefício da sociedade, todavia é feita a partir de escolhas que o governo faz. A política se
refere a uma ação intencional, com objetivos a serem alcançados. Porém, não adianta
estabelecer apenas leis se não existem arranjos institucionais capazes de implementar, executar
e acompanhar a política pública para o alcance dos objetivos traçados. A importância do
processo de formação e implementação da política está diretamente relacionada à sua
capacidade de execução. (SILVA e BASSI, 2012).
Conforme TCU (2018), muitos problemas enfrentados pelo SUS, que atingem a
qualidade e a efetividade das ações e serviços de saúde ofertados à população, “têm uma forte
relação com a forma do exercício da governança e da gestão do Sistema de Saúde.” Para o
Tribunal, seriam vários os exemplos que podem ser citados, desde falhas relativas à aquisição,
armazenagem e distribuição de medicamentos até falhas no planejamento de aquisições de
equipamentos e materiais hospitalares, e deficiências nos planos de saúde, ocasionando
desperdício de recursos públicos.
Assim, segundo a International Federation of Accountants (IFAC, 2013 apud TCU,
2018), a boa governança no setor público permite várias melhorias, tais como: - garantir a
entrega de benefícios econômicos, sociais e ambientais para os cidadãos; garantir a qualidade
e a efetividade dos serviços prestados aos cidadãos; selecionar a liderança tendo por base
aspectos como conhecimento, habilidades e atitudes (competências individuais); garantir a
existência de um sistema efetivo de gestão de riscos; utilizar-se de controles internos para
manter os riscos em níveis adequados e aceitáveis; controlar as finanças de forma atenta,
robusta e responsável; prover aos cidadãos dados e informações de qualidade (confiáveis,
tempestivos, relevantes e compreensíveis; dialogar com e prestar contas à sociedade; dentre
várias outras.
Ressalta-se, contudo, que o conceito de governança é polissêmico e é apropriado por
diversos campos para finalidades analíticas e objetivos diferentes. (OLIVIERI et al, 2018). Em
que pese essa questão conceitual polissêmica, no âmbito da administração pública federal, o
Decreto nº 9203/2017, que dispõe sobre a política de governança da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional, define governança pública como um “conjunto de
mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e
monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de
interesse da sociedade”. Como princípios da governança são destacados: “I - capacidade de
resposta; II - integridade; III - confiabilidade; IV - melhoria regulatória; V - prestação de
contas e responsabilidade; e VI - transparência.”
A governança não existe por si, mas sim incide sobre os modelos de
administração/gestão, posicionando-se a nível estratégico, valendo-se do planejamento
estratégico e da gestão para tornar possível suas pretensões. Governança Organizacional,
Planejamento Estratégico e Administração/Gestão nos órgãos e entidades públicas estão inter-
relacionados e são complementares de forma a proporcionar uma “simbiose” que tem
capacidade de proporcionar o atendimento dos diversos princípios aplicáveis à gestão da coisa
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO E
GOVERNANÇA PÚBLICA (PGP)
Após a abertura oficial, o seminário contemplará uma palestra magna em que serão
abordados os avanços e desafios para o efetivo exercício da governança para a saúde pública ,
tendo como perspectiva o Fortalecimento do SUS.
O eixo temático 1 contemplará abordagens associadas à Gestão Tripartite do SUS,
compreendendo questões relativas ao planejamento, ao financiamento e organização do
sistema e sua sustentabilidade, considerando o arranjo de responsabilidade interfederativa
(União, Estados e Municípios) da saúde pública e a sustentabilidade do sistema a longo prazo.
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO E
GOVERNANÇA PÚBLICA (PGP)
6. Referências:
BONIFÁCIO, Gabriela; GUIMARÃES, Raquel. Projeções populacionais por idade e sexo
para o brasil até 2100.Texto para discussão. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.-
Brasília : Rio de Janeiro, setembro de 2021. Disponível
em:https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2698.pdf. Acesso em: 5 ago
2022.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Assessoria de Imprensa e Comunicação.
Projeções indicam aceleração do envelhecimento dos brasileiros até 2100. Publicado em
13/10/2021. Disponível
em:https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=38577. Acesso
em: 5 ago 2022.