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Sumário
Sumário ...................................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
TRABALHO E EMPREGO........................................................................................ 22
TRANSPORTES ....................................................................................................... 22
DIRETRIZES ............................................................................................................. 29
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AÇÕES DE MANUTENÇÃO DA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA ...................... 32
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 46
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
Essas políticas estão voltadas não somente para a terceira idade como também
para os profissionais da saúde visando a sua divulgação e implementação. Desta
forma, é verificado um aumento no contingente populacional dos idosos em virtude da
baixa de natalidade, aumento da expectativa de vida, desenvolvimento de novas
tecnologias que vislumbraram tratamentos que até alguns anos atrás eram
impensados uma perspectiva e um prognóstico de vida favorável para algumas
enfermidades. Verifica-se em projeções palpáveis que no último censo 2000 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística a população de 60 anos ou mais de idade
no Brasil era de 14.536.029 de pessoas, contra 10.722.705 em 1991. O peso relativo
da população idosa no início da década de noventa representava 7,3%, enquanto em
2000 essa proporção atingia 8,6%.
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do idoso na área da saúde com base nas referências contidas nas principais bases
de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Podemos identificar as seguintes
políticas públicas de saúde que precisam constantemente de reconhecimento e são
objeto de nossa atenção, para o cuidado ao idoso:
Política Nacional do Idoso – Lei 8.842 de 1994; Portaria 702 de 2002 que cria
mecanismos de organização e implantação de Redes Estaduais de Assistência à
Saúde do Idoso tendo como base as condições de gestão e a divisão de
responsabilidades definida pela Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS);
Portaria 703 de 2002 que institui no âmbito do SUS o Programa de assistência aos
Portadores de Doença de Alzheimer; Protocolo de Tratamento da Doença de
Alzheimer – Portaria n.º 843 de 2002; Estatuto do Idoso – Lei 10.741 de 2003 e, a
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – Portaria n.º 2.528 de 2006. Com
propriedade percebemos que as políticas públicas em saúde devem se apoiar em
informações objetivas respaldadas por evidências científicas.
Portanto, quanto maior for o acesso aos bens e serviços da sociedade, maior
será a qualidade de vida no processo de envelhecimento. E sob esta ótica, os serviços
de saúde têm papel fundamental na atenção à saúde, para que a população idosa
possa usufruir a vida com tudo aquilo que construiu. Para tal, são requeridos
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investimentos que priorizem a prevenção de doenças e controle de condições de
cronicidade que permita aos idosos um viver com qualidade.
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Espera-se que a presente publicação, “Atenção à Saúde da Pessoa e
Envelhecimento”, desenvolvida por esta área técnica e que irá se juntar a “SÉRIE
PACTOS PELA SAÚDE 2006”, sirvam de embasamento aos profissionais, gestores,
estudantes e instituições de ensino e pesquisa envolvidas com a temática e com o
compromisso de um melhor atendimento à pessoa idosa em nosso país.
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O PACTO PELA VIDA E A SAÚDE DO IDOSO
• Saúde do Idoso;
• Promoção da Saúde;
• Saúde do trabalhador;
• Saúde mental;
• Saúde do homem.
Assim, a Saúde do Idoso tornou-se uma das prioridades do Pacto Pela Vida
como consequência da dinâmica demográfica do país. Em tal perspectiva é que deve
ser visto o conjunto de diretrizes e ações contidas no Pacto pela Vida/Saúde do Idoso,
apresentadas e comentadas no presente texto, que visa subsidiar os Termos de
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Compromisso de Gestão Estaduais e Municipais, na área da atenção à saúde da
população idosa.
Envelhecimento da População
No Brasil, é definida como idosa a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade.
O envelhecimento populacional é um fenômeno natural, irreversível e mundial. A
população idosa brasileira tem crescido de forma rápida e em termos proporcionais.
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É importante destacar, no entanto, as diferenças existentes em relação ao
processo de envelhecimento entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento.
Enquanto nos primeiros o envelhecimento ocorreu de forma lenta e associada à
melhoria nas condições gerais de vida, no segundo, esse processo vem ocorrendo de
forma rápida, sem que haja tempo de uma reorganização social e de saúde
adequadas para atender às novas demandas emergentes.
É função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem
idades avançadas com o melhor estado de saúde possível, sendo o envelhecimento
ativo e saudável, o principal objetivo. Se considerarmos saúde de forma ampliada,
torna-se necessária alguma mudança no contexto atual em direção à produção de um
ambiente social e cultural mais favorável para população idosa.
Transição Epidemiológica
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socioeconômicas e de acesso aos serviços de saúde. Nos países desenvolvidos, a
transição epidemiológica transcorreu em um período longo, enquanto nos países em
desenvolvimento ocorre de maneira rápida, acarretando profundas necessidades de
adaptação dos serviços de saúde às novas realidades.
Mortalidade
Nos países de alta renda e no mundo de uma forma geral, observa-se o inverso
quanto a essas duas causas, ou seja, doenças cardiovasculares, em primeiro, e
doença cerebrovascular, em segundo. Vários motivos estão implicados nessa
discrepância em relação ao restante do mundo, provavelmente um dos mais
importantes seja a alta prevalência de hipertensão arterial na população brasileira e o
não tratamento ou o tratamento inadequado dessa doença, tendo em vista que a
hipertensão arterial é o principal fator modificável da doença cerebrovascular.
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se trata de morbidade em idosos, aspectos da condição de saúde e uso dos serviços
de saúde na comunidade são extremamente importantes.
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Em 2003, o Congresso Nacional aprova e o Presidente da República sanciona
o Estatuto do Idoso, considerado uma das maiores conquistas sociais da população
idosa em nosso país, ampliando a resposta do Estado e da sociedade às
necessidades da população idosa.
Art 15.
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§ 4º Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão
atendimento especializado, nos termos da lei.
Art. 16
Art 17.
II - pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contatado
em tempo hábil;
III - pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para
consulta a curador ou familiar;
IV - pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em
que deverá comunicar ao Ministério Público.
Art. 18.
Art. 19.
I - autoridade policial;
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II - Ministério Público;
É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de
idade. A PNSPI tem, entre as suas considerações e pressupostos, o contínuo e
intenso processo de envelhecimento populacional brasileiro; os inegáveis avanços
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políticos e técnicos no campo da gestão da saúde; o conhecimento atual da Ciência;
o conceito de que saúde para o indivíduo idoso se traduz mais pela sua condição de
autonomia e independência que pela presença ou ausência de doença orgânica; a
necessidade de buscar a qualidade da atenção aos indivíduos idosos por meio de
ações fundamentadas no paradigma da promoção da saúde, além do compromisso
brasileiro com a Assembleia Mundial para o Envelhecimento de 2002.
Para que isso vigore, uma série de desafios precisam ser enfrentados, entre eles, a
escassez de estruturas de cuidado intermediário e suporte qualificado ao idoso e seus
familiares, destinados a promover intermediação segura entre a alta hospitalar e a ida
para o domicílio; suporte qualificado e constante aos serviços e indivíduos envolvidos
com o cuidado domiciliar ao idoso, conforme previsto no Estatuto do Idoso, incluindo-
se o apoio às famílias e aos profissionais das equipes de Saúde da Família; superação
da escassez de equipes multiprofissionais e interdisciplinares com conhecimento em
envelhecimento e saúde da pessoa idosa; implementação das Redes de Assistência
à Saúde do Idoso.
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• Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da
pessoa idosa;
GESTOR FEDERAL
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- Divulgar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa;
GESTOR ESTADUAL
GESTOR MUNICIPAL
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*Definir recursos orçamentários e financeiros para a implementação desta Política,
considerando que o financiamento do Sistema Único de Saúde é de competência das
três esferas de governo;
ÁREA DA EDUCAÇÃO
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a) Inclusão nos currículos escolares de disciplinas que abordem o processo do
envelhecimento, a desmistificação da senescência, como sendo diferente de doença
ou de incapacidade, valorizando a pessoa idosa e divulgando as medidas de
promoção e prevenção de saúde em todas as faixas etárias;
PREVIDÊNCIA SOCIAL
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a) Reconhecimento do risco social da pessoa idosa como fator determinante de sua
condição de saúde;
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TRABALHO E EMPREGO
DESENVOLVIMENTO URBANO
TRANSPORTES
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nº 8.842/94 e seu regulamento (Decreto nº 1.948/96), bem como a Lei nº 10.741/2003,
que estabelece o Estatuto do Idoso.
ESPORTE E LAZER
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correto preenchimento e orientação sobre o manuseio da caderneta. A distribuição da
Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa iniciou-se em 2007, por meio das Secretarias
Estaduais e Municipais (capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes) de
Saúde. Entre 2007 e 2008 foram disponibilizados dez milhões de exemplares. Até o
momento, já foram distribuídas treze milhões de cadernetas. Espera-se que até 2011,
todos os idosos, usuários do SUS, recebam a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa.
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Curso de Gestão em Envelhecimento
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O Ministério da Saúde vem desenvolvendo Campanhas de Prevenção da
Osteoporose e Quedas e a realização de Oficinas Estaduais com o objetivo de
sensibilizar e capacitar os profissionais de nível superior, preferencialmente aqueles
que atuam na Atenção Primária / Estratégia Saúde da Família, para trabalhar numa
linha de cuidado que vise à prevenção da osteoporose e das quedas e à identificação
de “idosos caidores”, numa visão multi e interdisciplinar, tendo como instrumento
auxiliar a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa.
Ao término das oficinas nos estados são elaborados relatórios que irão compor
as diretrizes do Ministério da Saúde para a Prevenção e o Tratamento da Osteoporose
e Quedas em Pessoas Idosas, o que muito irá contribuir para se atingir a meta de
redução do índice de internações por fratura de fêmur. Aspecto correlato é o da
redução das internações por fratura de fêmur, condição que afeta sobremaneira a
população idosa. Neste sentido, a Área Técnica de Saúde do Idoso vem promovendo
a análise de tendências com relação às metas especificamente pactuadas de acordo
com o Pacto pela Vida. Neste campo, considerando-se os anos anteriores a 2006, a
situação é de grande instabilidade com variação significativa nos valores alcançados,
entretanto os dados atuais demonstram processo de redução na taxa de internação
por fratura de fêmur. Esta é uma situação positiva que deve ser acompanhada de
perto, pois o processo de redução deste indicador é importante parâmetro para se
determinar a eficácia das ações implementadas pela esfera federal nos estados e
municípios.
Dentre outras ações realizadas pela Área Técnica Saúde do Idoso, podem-se
destacar ações estratégicas que foram elencadas no Pacto pela Vida (2006) e aquelas
que a Área Técnica vem acompanhando com interface com outras áreas:
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• Acolhimento: reorganização do processo de acolhimento à pessoa idosa nas
unidades de saúde, como uma das estratégias de enfrentamento das dificuldades
atuais de acesso; utilização do sistema de agendamento e marcação de consulta e da
referência e contra-referência.
O Governo Federal paga uma parte do valor dos medicamentos e o cidadão paga o
restante. O valor pago pelo Governo é fixo e equivale a 90% do Valor de Referência.
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dados do Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde (2008) a incidência
de AIDS entre a população idosa, principalmente entre as idosas, praticamente dobrou
nos últimos dez anos (de 7,3 em 96 para 14,5 em 2006), a taxa de mortalidade
também têm aumentado (de 5,5 em 96 para 6,1 em 2006).
Assim, desde 2008 a prevenção das DSTs e AIDS tem como público prioritário
as pessoas com 50 anos e mais, com o objetivo de informar tal população sexo não
tem idade, mas deve ser praticado de forma segura. Como instrumento de prevenção
o MS disponibiliza preservativo feminino e masculino e gel lubrificante de forma
gratuita nas Unidades Básicas de Saúde.
Importante ressaltar que a saúde da pessoa idosa inclui diversos fatores, ambientais,
socioeconômicos, culturais e políticos que vão além do simples fato de ter ou não ter
saúde. Velhice não pode ser sinônimo de doença. Não se fica velho aos 60 anos. O
envelhecimento é um processo natural que ocorre ao longo de toda a experiência de
vida do ser humano, por meio de escolhas e de circunstâncias.
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Mesmo que as garantias previstas na lei 10.741/2003, que dispõe sobre o Estatuto do
Idoso, ainda não encontrem condições ideais para sua efetivação, devido à
heterogeneidade das realidades regionais e dos idosos de nosso país e pelas
dificuldades de integração das diversas políticas que tratam das pessoas idosas nas
três esferas de gestão, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa traz em suas
diretrizes condições necessárias para melhorar tal situação. Pode ser lembrado, por
extremamente oportuno, o dito de Simone Du Beauvoir (1976) sobre o tema do
envelhecimento humano: “Paremos de trapacear, o sentido de nossa vida está em
questão no futuro que nos espera; não sabemos quem somos se ignorarmos quem
seremos: aquele velho, aquela velha, reconheçamo-nos neles. Isso é necessário se
quisermos assumir em sua totalidade nossa condição humana. Para começar, não
aceitaremos mais com indiferença a infelicidade da idade avançada, mas sentiremos
que é algo que nos diz respeito. Somos nós os interessados.”
DIRETRIZES
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da Pessoa Idosa, com o objetivo de contribuir para a organização da atenção e
ampliação do acesso qualificado da população idosa no âmbito do SUS.
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A implantação do modelo deve ser pactuada entre as três esferas do SUS, com
definição de objetivos e metas de curto, médio e longo prazo, investindo no
desenvolvimento da capacidade de gestão para planejar, monitorar e avaliar o
desempenho da atenção ofertada.
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AÇÕES DE MANUTENÇÃO DA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA
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necessidades do idoso, possibilitando a otimização da alocação de recursos e
estratégias de cuidado.
De um lado, por exemplo, temos a pessoa idosa que é capaz de gerenciar sua
vida de forma independente e autônoma, mesmo apresentando alguma situação
crônica de saúde, mas que não se associa, necessariamente, a maior vulnerabilidade.
Enquanto este grupo representa em torno de 70% das pessoas idosas, cerca de 30%
são consideradas frágeis ou em risco de fragilidade, apresentando maior
vulnerabilidade caracterizada por dependência funcional, incapacidades ou condições
de saúde preditoras de desfechos adversos, necessitando de acesso e cuidado
qualificado no SUS.
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O perfil epidemiológico da população idosa é caracterizado pela tripla carga de
doenças com forte predomínio das condições crônicas, prevalência de elevada
mortalidade e morbidade por condições agudas decorrentes de causas externas e
agudizações de condições crônicas. A maioria dos idosos é portadora de doenças ou
disfunções orgânicas, mas cabe destacar que esse quadro não significa
necessariamente limitação de suas atividades, restrição da participação social ou do
desempenho do seu papel social.
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partir do dado desagregado por grupo etário observou-se, entre as pessoas de 60 a
64 anos, a prevalência de pelo menos uma deficiência (54,19%).
1) o idoso independente, aquele capaz de realizar sem dificuldades e sem ajuda todas
as atividades de vida diária;
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Estes se encontram com pelo menos uma incapacidade funcional básica ou
vivem em situação de violência doméstica. Por critério etário, a literatura estabelece
como frágeis os idosos com 75 anos ou mais, sendo que outros critérios poderão ser
acrescidos de acordo com as realidades locais. Assim, ficam estabelecidos dois
grandes eixos norteadores para a integralidade de ações: o enfrentamento das
fragilidades da pessoa idosa, família, cuidadores e sistemas de saúde; promoção da
saúde e da integração social, em todos os pontos de atenção.
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ESTRATÉGIAS PARA ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE DA
POPULAÇÃO IDOSA NO SUS, A PARTIR DO MODELO DE
ATENÇÃO INTEGRAL MUNICIPAIS DE SAÚDE O SUS
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A Atenção Básica de Saúde, primeiro nível de atenção, deve atuar como porta
de entrada do sistema, com ampla cobertura populacional e equipe multidisciplinar,
devendo cumprir o papel de ordenadora da atenção, integrando e coordenando o
cuidado, atendendo às necessidades de saúde no âmbito de sua atuação e garantindo
o acesso qualificado aos demais serviços de saúde.
Integralidade
- Cuidade em Rede
- Intersetorialidade
Acolhimento
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Para implementar esse modelo e buscar responder às demandas de saúde das
pessoas idosas, posteriormente serão propostas linhas de cuidado, considerando a
condição funcional, de forma que se articulem respostas macro e micro institucionais,
ordenando o processo de trabalho em saúde, demandas de organização do sistema
de saúde e suas interfaces, e também para que se equacione o caminhar do usuário
na Linha de Cuidado, de forma que estas respondam às necessidades dos usuários.
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transmissíveis, orientação e acompanhamento das doenças crônicas, do sofrimento
mental, decorrentes ou não do uso de álcool e outras drogas, dirigidas não só a
pessoa idosa, mas também aos seus familiares e cuidadores, e fundamentalmente na
assistência às condições clínicas mais comuns que adoecem o idoso.
Essas ações de saúde também podem ser intersetoriais, com foco prioritário
nas ações de prevenção e promoção da saúde. Para a qualificação da atenção à
população idosa, é importante a inclusão de determinados temas no escopo de
atuação das referidas equipes, tais como: prevenção da violência, prevenção de
quedas, alimentação e nutrição, saúde bucal, identificação de condições e doenças
crônicas, transtornos mentais decorrentes ou não do uso de álcool e outras drogas,
questões medicamentosas (como polifarmácia e interações).
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físicas, práticas corporais, artísticas, informações sobre segurança alimentar e
nutricional, com impacto positivo na autonomia e mobilização da população descrita.
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O atendimento é realizado por equipes multidisciplinares, formadas
prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta.
Outros profissionais como fonoaudiólogos, nutricionistas, odontólogos, psicólogos e
farmacêuticos também poderão compor as equipes de apoio.
Alguns estudos como o de Bernabei et al. (1998), realizado com idosos frágeis,
constataram que a atenção integrada levou a menos internações hospitalares, menos
consultas na atenção primária à saúde, melhor capacidade funcional dessas pessoas
e a um sistema mais custo/efetivo” (apud MENDES, 2011, p.70).
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Como vimos anteriormente, a população idosa apresenta características
peculiares que devem ser contempladas pelos serviços de saúde, necessitando de
intervenções multidimensionais e multissetoriais com foco no cuidado e com ênfase
na pessoa idosa frágil, articuladas com os demais pontos de atenção da RAS. Tal
proposta justifica-se no sentido de que uma grande parcela dos idosos necessita de
conhecimento especializado, intervenções e métodos de investigação específicos
cujos níveis de complexidade estão fora do escopo das equipes da Atenção Básica
como, por exemplo: avaliação neuropsicológica; reabilitação cognitiva; reabilitação
física; reabilitação fonoaudiológica; investigação de disfagia no idoso; diagnóstico
diferencial de síndromes complexas, como síncope, quedas e demência; manejo de
fármacos especiais; entre outros. Nos pontos de atenção especializada, os seguintes
aspectos devem ser observados para que se cumpram os pressupostos da RAS:
planejamento a partir das necessidades de saúde da população idosa no território;
comunicação, regulação e coordenação do cuidado com a ABS; equipe
multiprofissional; uso articulado de linhas-guia e protocolos clínicos; integração de
prontuários e informações; utilização de tecnologias de gestão da clínica, com
estratificação de riscos; entre outros.
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dos medicamentos, a redução dos riscos de queda e o monitoramento do auto cuidado
e do trabalho dos cuidadores e da família” (MENDES, 2011, p.217).
II – periodontia especializada;
IV – endodontia; e
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promoção da saúde e orientações à pessoa idosa, à família e ao cuidador quanto a
cuidados de higiene bucal e prótese dentária, como forma de prevenção dos agravos
relacionados com a saúde bucal.
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REFERÊNCIAS
CAMARANO, Ana Amélia (Org.). Os novos idosos brasileiros: muito além dos 60. Rio
de Janeiro: IPEA, 2004.
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CHAIMOWICZ, Flávio. Epidemiologia e o envelhecimento no Brasil. In: FREITAS,
Elizabete Viana de et al. (Orgs.). Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
SAYEG, Mário Antônio; MESQUITA, Regina Ângela Viana; COSTA, Neidil Espínola.
Políticas públicas para o envelhecimento. In: FREITAS, Elizabete Viana et al. (orgs.).
Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro, 2006.
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