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Dedicamos grande parte do tempo de nossas

vidas ao nosso emprego e nem sempre isso é


prazeroso ou satisfatório. A alta taxa de
desemprego no País, a baixa remuneração,
más condições de trabalho, falta de
planejamento profissional, entre tantos
outros, são questões que levam ao aumento
significativo de diversos transtornos.
Alguns dos mais comuns transtornos mentais
associados ao trabalho são a SÍNDROME DE
BURNOUT, o transtorno de estresse pós-
traumático,
a
síndrome da fadiga
crônica, a neurose
profissional e a síndrome do
esgotamento profissional.

TRANSTORNO e DOENÇA
MENTAL MENTAL
O uso da palavra transtorno está relacionado com um conceito mais amplo de
diagnóstico. Ao falarmos de doença nós temos as causas, um padrão de sintomas e
medidas terapêuticas padronizadas, como, por exemplo, as doenças cardíacas.
Quando falamos em transtornos, nos referimos a uma trajetória diagnóstica que varia
bastante de pessoa para pessoa, multifatoriais e com diversas formas de tratamento.
PRECONCEITO
Sim, o preconceito ainda é bastante presente na
sociedade. Começando pelo lugar que a loucura
ocupou na história - o louco como alguém a ser
afastado, enclausurado, aquele que não
compartilha da ‘mesma realidade’ que os demais.
Durante bastante tempo a loucura esteve
associada às questões metafísicas de forma
negativa. Aquele intangível que está relacionado
ao mal, ao descontrole, ao diferente. Hoje em dia,
as questões de saúde mental ainda ocupam um lugar bastante nebuloso. Um
diabético tem um exame com uma medida glicêmica que prova o que ele tem e o
mesmo vale para questões cardíacas e as demais doenças crônicas. Como a saúde
mental está no corpo e no meio, muitas vezes é concebida como uma fraqueza do
sujeito, algo sobre o qual ele teria condições de atuar e não o faz. Por exemplo:
NOSSA, MAS AQUELE MENINO TEM TUDO, POR QUE ESTÁ DEPRIMIDO?
Troque a depressão por câncer e veja como fica esquisito:

NOSSA, MAS AQUELE MENINO TEM TUDO, POR QUE ESTÁ COM
CÂNCER?
A maioria da sociedade ainda tem dificuldade em
reconhecer que é uma doença e ainda ampliar o
conceito de saúde e doença. Não dá mais para serem
conceitos antagônicos; ter saúde não significa
necessariamente não ter nenhuma doença.
Justamente pelo preconceito e julgamento, as pessoas
não querem ser reconhecidas no lugar daqueles que
têm transtornos mentais, com o risco de serem vistos
como fracos ou descontrolados, algo que vai desde
questões morais até as questões éticas. No caso de
crianças então, a família se sente muito culpada e
exposta.
VALE A PENA LEMBRAR QUE
BOA PARTE DA POPULAÇÃO
ESTÁ DEPRIMIDA E ANSIOSA,
MAS NÃO ESTÁ INTERNADA,
POIS AINDA CONSEGUEM SE
SUBMETER AO
FUNCIONAMENTO DA
SOCIEDADE E FREQUENTAM O
TRABALHO, A ESCOLA E
OUTROS LUGARES SEM FAZER
GRANDES ALARDES.

Combater o preconceito é sempre falar sobre o tema, propor debates e tentar


entender que todo mundo tem seu jeito de funcionar, mesmo que seja bastante
diferente do seu jeito. E tentar construir formas de convivências que não afastem
quem é “diferente”. Na infância, por exemplo, as crianças com autismo têm bastante
dificuldade de inserção nas escolas. Falta, da parte de todos, um pouco de empatia e
flexibilidade para pensar onde encontramos o ponto comum. Não é que essas crianças
não aprendem, elas aprendem de outro jeito. Não é que não sabem brincar, elas
brincam de outro jeito. Mas a vida corrida não nos dá tempo de aprender o outro jeito
de fazer as coisas.
No mundo adulto também falta bastante conversa sobre isso. Todo mundo tem que
ser muito bom, o tempo todo. Tem que ser 100% em tudo: no trabalho, na família, na
academia, na escola. Temos que falar mais sobre isso, temos que nos permitir sofrer
quando é preciso, reconhecer o sofrimento do outro.
Pequenas ações inseridas no cotidiano podem provocar grandes mudanças ao longo
do tempo, com um impacto positivo no seu corpo e mente. O que você sabe sobre
autocuidado? Conhece os seus pilares? Nutrição, movimento/atividade física, práticas
mente-corpo, espiritualidade, relacionamentos, ambiente físico/contato com a
natureza. Dicas para manter a atenção plena.
Lembre-se de uma escolha que precisou fazer recentemente
e pergunte-se: você tomou essa decisão no piloto
automático ou de maneira consciente?

Você se
deixou levar
pelos seus
pensamentos, emoções e sensações ou estava
presente quando decidiu?

Quando receber um telefonema ou e-mail, respire


profundamente antes de atender ou responder a
mensagem.

Concentre-se no momento presente e escute


a pessoa de maneira atenta e consciente

Fale com atenção plena! Ao conversar com


alguém, observe seu impulso de falar alguma
coisa.

Como está sua ansiedade ao se expressar? Respire e concentre-se na sua fala. Perceba o que
acontece com sua mente, seu corpo e suas emoções.

Ao tomar banho, concentre-se no momento e perceba as sensações produzidas pela esponja em


contato com sua pele, pela água e pela espuma escorrendo pelo corpo.

Experimente tomar banho com a luz apagada, coloque uma playlist que te
agrade, relaxe profundamente. Use óleos naturais com essências para
relaxamento, foque sua mente no seu banho, no seu corpo e esqueça o
mundo lá fora. Esse é o seu momento. A hora do seu autocuidado.

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