Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BELÉM
2021
2
BELÉM-PA
2021
3
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que devidamente citada a
fonte.
4
Banca examinadora:
______________________________________________
Prof. Dr. Fernando Elias Rodrigues da Silva
ISPA/UFRA (Orientador/Presidente)
______________________________________________
Profa. Dra Rosa Maria Sousa Santa Rosa
ISARH/UFRA (Membro Titular 1)
______________________________________________
Profa. Dra Luiza Helena da Silva Martins
ISPA/UFRA (Membro Titular 2)
5
Agradecimentos
Resumo
Abstract
The milk possseses various different proteinaceous components and all of them are
potentially allegernic. this work has been as goal to write about the composition of milk,
Establishing the genotypic profile and their advantages of those alleles A2A2 to the detriment
of A1A1. As well as describe effects the gastrointestinal tract presents in alleles A1. The
animals with genotyping A2 offer point mutation in the amino acid of the position 67th whom
swallowed do not spark allegernic reactions and inflammatory due to proteolysis of beta-
casein A1. Hence, liable people in enteric reaction with milk product that it can be consumed
without any reation. Provided the allergic fram be the only and exclusively caused by beta-
casmorfina-7. Other advantages are the reduction of serum cholesterol and the time that the
milk product keeps itself inside the intestinal loop, lipideous concentration of low density
(LDL) the prevention of multiple diseases. It also includes vascular disease. The milk A2 is a
product with a high added value. So, the herd demands which possesses a great genetic. They
need to be confirmed through of specific genetic trial, as well as, an exclusive a Chain milk
jug. The point out that there are a high frequency of those alleles A2 In the Brazilian cattle.
Therefore, it is an advantage considered competitive to the rural farmers exploring on focus in
this market niche that is going to increase around the product if it offers genotypic A2.
However, the value to analyze this genetic has found costly yet.
Word key: Milk A2; peptide bioactive; beta-casomorphin-7; hipoallergic milk
10
Lista de abreviaturas
Art. Artigo
Dr. Doutor
Dra. Doutora
Ed. Edição
et al. E colaboradores
n. Número
Prof. Professor
Profa. Professora
p. Página
Pág. Página
Rev. Revista
v. Volume
β - Beta
μ - Mi
11
Lista de siglas
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................12
2 OBJETIVOS........................................................................................................................15
2.1 Objetivo geral............................................................................................................. 15
2.2 Objetivos específicos...................................................................................................15
3 METODOLOGIA................................................................................................................ 16
4 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................... 17
4.1 Leite, seus componentes e controle de qualidade........... Error! Indicador Não Definido .
4.2 Fator genético das variantes a1 e a2......................................................................... 19
4.3 Influência dos alelos a1 e a2 sobre o trato gastrintestinalError! Indicador Não Definido .
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................. 25
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................26
13
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
Este trabalho é uma revisão sistemática que alberga as vantagens da variante da Beta-
Caseína A2A2, em detrimento da A1A1. O assunto selecionado baseia-se da necessidade de
entender e suprir a intrigante característica de algumas pessoas serem suscetíveis a doenças ou
reações entéricas devido presença de componente lácteo provenientes de leite do tipo A1.
Outro fator abrangente é o contexto econômico, visto que o leite A2 é um produto
diferenciado financeiramente, pois demanda de rebanhos que possuam genética favorável e
comprovados através de testes genéticos específicos, bem como uma cadeia leiteira exclusiva.
Tais características incrementam valor ao produto.
Esta revisão literária ocorreu no período de abril a agosto de 2021 e teve por base
artigos científicos, periódicos, livros e estudos contidos em plataformas eletrônicas, tais quais
Google School, PubMed, SciElo e Sci-hub, para coleta das informações. E, como estratégia de
pesquisa, as palavras chaves utilizadas foram: Leite A1 e A2, Beta-Caseína A2, Beta-
Casomorfina-7, Intolerância e Alergia à proteína do leite, Peptídeos Bioativos.
Os trabalhos selecionados foram escolhidos a partir dos seus respectivos resumos, os
quais possuíam como características o tema proposto. A partir deles, foram incrementados
outros estudos decorrentes de suas bibliografias.
17
4 REVISÃO DE LITERATURA
4.1 LEITE
Segundo o RIISPOA 2017/2020, Art. 235, a definição de leite é: “Para os fins deste
Decreto, entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha
completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e
descansadas” (BRASIL, 2017).
Nas Instruções Normativas 76 e 77 (IN 76 e 77) são estabelecidos os regulamentos
técnicos e critérios para obtenção de padrão de qualidade para leite, respectivamente: Art. 1º
Ficam aprovados os Regulamentos Técnicos que fixam a identidade e as características de
qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite
pasteurizado tipo A, na forma desta Instrução Normativa e do Anexo Único (BRASIL, 2017)
e Art. 1º Ficam estabelecidos os critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento,
conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no
serviço de inspeção oficial, na forma desta Instrução Normativa e do seu Anexo (BRASIL,
2017).
A tabela abaixo demonstra a composição e constituição do leite
Leite
Segundo De Noni et al. (2008; 2010), a BCM-7 está presente no queijo e no iogurte.,
também há evidências de que há liberação modesta de BCM-7 nos processos de fabricação de
queijo e iogurte, no entanto, certas bactérias presentes no iogurte podem hidrolisar o BCM- 7
(JANER et al., 2005; NGUYEN et al. 2014, 2015).
Vale ressaltar que o surgimento dessa mutação se deu entre 5 mil e 10 mil anos atrás,
em rebanhos europeus - taurinos (HO et al., 2014). A priori, existiam apenas animais com
genotipagem A2A2, todavia, cruzamentos aleatórios desencadearam aumento do número de
animais com genes A1, o que foi difundido com o passar dos anos. Contudo, pode-se observar
que já ocorre mapeamento de rebanho, bem como, do leite e derivados, com composição
genética, exclusivamente, A2A2 no Brasil (MILKPOINT, 2017), e tais rebanhos e produtos
recebem selo de identificação.
Imagem 2 e 3: Evidenciam esquematicamente o tipo de leite decorrente de cada tipo genético
possível.
Imagem 3 e 4: Evidenciam colheita de sangue em jugular de bovino para exame genético e demonstração do
local de arrancamento de pelo da vassoura da cauda da vaca, respectivamente.
21
A fim de evitar fraudes, o Instituto de Zootecnia (IZ) de São Paulo desenvolve uma técnica
muito relevante para empresas que comercializam produtos provenientes de animais
selecionados A2. Ela utiliza de métodos como HRM (High Resolution Melting) e RHAmp
(Amplificação dependente de RNase H), onde são capazes de discriminar e detectar de
maneira altamente confiável os genótipos A1A1, A2A2 e A1A2 do gene CSN2 em amostras
de DNA de animais juntamente com seus produtos.
As duas técnicas apresentem alta precisão, no entanto, cada uma delas tem maior
eficiência de acordo com a aplicação. A detecção por RHAmp é dez vezes mais sensível que o
método HRM, sendo indicada para a fiscalização de leite A2, devido a sua alta sensibilidade
para detectar a presença de A1 em amostras de A2, assim, essa metodologia pode ser utilizada
para identificar possíveis contaminações da variante alélica A1 em amostras de leite e
derivados. Já a metodologia por análise de HRM é indicada para a genotipagem dos animais.
No Brasil, o preço para o teste genético custa entre R$ 35,00 e R$ 66,50. Para
exemplificar, o Laboratório GENEAL, Uberaba - Minas Gerais, realiza o exame com um
preço médio de R$ 45,00 reais, com um prazo de 30 dias para o resultado, no entanto, o frete
é por conta do solicitante, e caso queira com urgência, o valor fica R$ 70,00, com laudo em
até 7 dias úteis.
Entretanto, caso prefiram, há empresas norte-americanas que realizam o exame
genético, como por exemplo a Zoetis®. Onde o custo é de R$ 78,00 reais para o teste da Beta-
caseína ou R$ 240,00 CLARIFIDE (marcador molecular usado para orientar sobre reprodução,
crescimento, habilidade materna (HM), qualidade de carcaça e outras características desejadas)
22
+ Beta-caseína. Este custo alberga a colheita de material biológico, frete para os Estados
Unidos da américa (EUA) e o laudo, em aproximadamente 45 dias. Após o teste genético, o
animal e produto exclusivamente A2, recebem o selo de qualidade mostrado nas imagens
abaixo.
Imagem 5 e 6: Selo para produto exclusivamente A2 (Esquerda) e marcação de animal A2 (Direita).
Segundo Lima e Lara (2015), há alta frequência do alelo A2 na pecuária brasileira (89% -
100%), e isso é considerada uma vantagem competitiva para produtores explorarem nicho de
mercado que está se formando em torno do produto (EMBRAPA, 2017), o qual agregaria
valor, se possuir um genótipo A2A2, tanto ao rebanho, quanto ao leite e derivados (OLENSKI
et al., 2010; GANGULY et al., 2013).
último autor relatou que o tempo de trânsito gastrintestinal foi expressivamente maior em
cobaias submetidas a leite do tipo A1. Kaminski et al., (2007) e Asledottir et al. (2017),
afirmaram que a produção de BCM-7 apresenta uma proporção de duas a quatro vezes maior
pelo alelo A2.
Outras associações referentes à Beta-Casomorfina A2 é que reduz o colesterol no
soro, diminui a concentração de lipídios de baixa densidade (LDL) e prevenção de doenças
vasculares (KAMINSKI et al., 2007), apresentando efeito positivo sobre produção de proteína
e leite, porém negativo sobre produção de gordura (OLENSKI et al., 2010).
25
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AHRENS, Birgit et al. Diagnóstico diferencial de sintomas induzidos por alimentos. Alergia
pediátrica e imunologia , v. 19, n. 1, pág. 92-96, 2008.
ANTUNES, A. E. C.; PACHECO, M. T. B. Leite para adultos: mitos e fatos frente à ciência.
São Paulo: Varela, p. 457, 2009.
BARBOSA, M. G. et al. Leites A1 e A2: revisão sobre seus potenciais efeitos no trato
digestório. Segurança alimentar e nutricional, v. 26, p. e019004-e019004, 2019.
BELL, S. J. et al. Health implications of milk containing β-casein with the A2 genetic
variant. Critical reviews in food science and nutrition, v. 46, n. 1, p. 93-100, 2006.
CASTAÑON, L. et al. Alergia a la proteína de la leche de vaca. Rev Alergia Mex, v. 52, p.
206-12, 2005.
/noticia/29569359/melhoramento-genetico-de-bovinos-permite-a-producao-de-leite-menos-
alergenico> acesso em 02 Mai. 2021.
GDP – Global Dairy Platform. Annual Review 2016. Rosemont, IL, [2017]. Disponível em:
<https://www.globaldairyplatform.com/wp-content/uploads/2018/04/2016-annual-review-
final.pdf.> Acesso em: 30 abr. 2021.
HAUG, A.; et al. Bovine milk in human nutrition – a review. Lipids Health Dis., v. 6, p.25,
2007.
JAISWAL, K.; et al. Detection of single nucleotide polymorphism by T-ARMS PCR of cross
bred cattle Karan Fries for A1, A2 beta casein types. Inter. J. Sci. Res. Biol. Sci., v.1, p.18-
20, 2014.
JIANQIN, S. et al. Effects of milk containing only A2 beta casein versus milk containing both
A1 and A2 beta casein proteins on gastrointestinal physiology, symptoms of discomfort, and
cognitive behavior of people with self-reported intolerance to traditional cows’
milk. Nutrition journal, v. 15, n. 1, p. 1-16, 2015.
KAMIŃSKI, S. et al; Polymorphism of bovine beta-casein and its potential effect on human
health. Journal of applied genetics, v. 48, n. 3, p. 189-198, 2007.
LAUGESEN, M.; ELLIOT, R. Ischemic heart disease, Type 1 diabetes, and cow milk
A1 b-casein. NZ. Med. J., v.116, p.1–19, 2003.
LUIZ, V. F. C.; et al. Terapia nutricional nas intolerâncias e alergias alimentares. Electronic
Journal of Pediatric Gastroenterology, Nutrition and Liver Diseases, 2005.
MAIA, G. B. da S. et al. Produção leiteira no Brasil. BNDES Setorial, n. 37, mar. 2013, p.
371-398, 2013.
OLENSKI, K.; et al. Polymorphism of the beta-casein gene and its associations with breeding
value for production traits of Holstein– Fresian bulls. Livest. Sci., v.131, p.137–140, 2010.
PLEUVRY, B. J. Opioid receptors and their ligands: natural and unnatural. British journal of
anaesthesia, v. 66, n. 3, p. 370-380, 1991.
SHARMA, V. et al. High resolution melt curve analysis for the detection of A1, A2 β-casein
variants in Indian cows. Journal of Microbiology and Biotechnology Research, v. 3, n. 1, p.
144-148, 2013.
SOKOLOV, O.; et al. Autistic children display elevated urine levels of bovine casomorphin-
7 immunoreactivity. Peptides, v.56, p.68–71, 2014.